O PAPEL DA ANIMAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PARANORMAL

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1 UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO O PAPEL DA ANIMAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PARANORMAL DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO: ESPECIALIZAÇÃO EM ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL FÁBIO MIGUEL VARGAS DOS SANTOS Orientadora: Professora Doutora Maria José Cunha VILA REAL, 2012

2 Dissertação submetida à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Polo de Chaves, elaborada sob a orientação da Professora Doutora Maria José Cunha. Chaves, 2011 I

3 À minha mãe Judite e à minha avó Laurinda. Para sempre Alegres. II

4 Agradecimentos Esta dissertação representa o culminar de dois anos de trabalho na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Polo de Chaves. Ao longo deste tempo, várias foram as pessoas que me ajudaram e sempre me incentivaram para que este trabalho fosse concluído. A essas pessoas gostaria de deixar umas palavras de reconhecimento e gratidão. Em primeiro lugar, expressar o meu profundo agradecimento a todos os professores que tive durante todo o meu percurso escolar, porque sem eles não estaria aqui hoje a escrever estas saudosas e gratas palavras. À Doutora Maria José Cunha pelas sugestões para a melhoria do trabalho. Aos meus pais, Judite e Manuel, que nunca pouparam esforços para que eu pudesse estudar. Em especial à minha mãe que sempre me deu muita atenção, quer nos momentos alegres, quer nos mais tristes por que passei nestes dois anos, guiando e ajudando-me a ter força e dedicação para que conseguisse realizar os meus objetivos. À minha cunhada Celina e ao meu irmão Pedro, pelas palavras sempre sábias. III

5 À minha sobrinha Miriam, por todo o carinho. Ao Marcos pela sua permanente paciência e prezável ajuda e também por me ter cedido um pouco da sua determinação e me ter ensinado a não desistir quando a primeira dificuldade aparece. mas pessoal. À Josefa, Liliana e Carla pelo auxílio prestado, não na componente científica, À Jaqueline, Lucimara e à Natália pelo seu carinho e conversas divertidas e pelo precioso apoio que me deram nesta fase final. À Mafalda, Sandrine, Juliana e Marina, minhas grandes amigas e companheiras de vida académica, pelas dicas valiosas que contribuíram para que esta dissertação fosse concluída. Ao maestro da Banda Musical de Carrazedo de Montenegro, Maurício, pelas dispensas que me cedeu. Ao Doutor Agostinho Diniz Gomes e ao Doutor Marcelino Lopes pela ajuda e disponibilidade. Às termas de Pedras Salgadas e à Junta de Freguesia de Vidago pela prestabilidade e pela hospitalidade. A todos os entrevistados que se mostraram tão recetivos e sinceros. trabalho. A todos aqueles que contribuíram de forma direta e indireta na conclusão deste Por tudo, estou imensamente grato. IV

6 Resumo Nos Estados Unidos da América (Amityville, Queen Mary, etc ), e em outros locais espalhados pelo globo (Argentina, México, Espanha, Itália, França, Inglaterra, Escócia, etc ), podemos encontrar locais históricos tidos como assombrados (casas, navios, castelos, hotéis, etc ) que são usados como forma de promoção da região, enquanto outros são construídos como forma de assustar os seus visitantes/hóspedes, como é o caso do Haunted Hotel em San Diego na Califórnia. Em Portugal, na zona de Trás-os-Montes, é também possível encontrar algumas dessas supostas casas assombradas. Casas muitas das quais de grandes dimensões que pelo facto de terem sido rotuladas de assombradas estão a degradar-se, já que são poucos os que têm a coragem de as habitar ou dar-lhes outra finalidade. Foi portanto o termo-nos deparado com esta situação que criou em nós a vontade de levar por diante esta investigação que agora apresentamos e nos permitiu resultados que confirmam que o recurso a atividades de Animação pode ser um fator de promoção e atração às localidades em que se inserem estas ditas casas assombradas, de pessoas que se interessam por estes fenómenos ou são movidas por simples curiosidade e desta forma melhorar a vida das populações locais. V

7 Abstract In the United States of America (Amityville, Queen Mary, etc...), and elsewhere around the globe (Argentina, Mexico, Spain, Italy, France, England, Scotland, etc...), we can find historical sites deemed "haunted" (houses, ships, castles, hotels, etc...) that are used as means of promoting the region, while others are built as a way to scare their visitors / guests, such as the Haunted Hotel in San Diego. In Portugal, in the area of Trás-os-Montes is also possible to find some of these so-called haunted houses. Many of these housesare large and as they have been labeled as haunted are being degraded, because there are few people who have the courage to live in them or to give them another purpose. As soon as we encountered this situation, it has created in us the desire to pursue this research and allowed us to now present results which confirm that the use of animation activities can be a factor in promotion and attraction to the locations in which these so called haunted houses by people who are interested in these phenomena, or are driven by simple curiosity and thereby improve the lifestyle of local people. VI

8 where ignorance is bliss, 'Tis folly to be wise. (Gray, 1768) VII

9 ÍndiceGeral Agradecimentos Resumo Abstract Índice Geral Índice de Figuras Índice de Gráficos Siglas III V VI VIII XI XIII XIV I. Introdução 1 II.I. Caraterização do estado de arte O que se entende por Casas Assombradas 4 4 Turismo 6 Conceitos e definições 6 Evolução Histórica 9 VIII

10 Idade Antiga 9 Idade Média 10 Idade Moderna 10 Idade Contemporânea 11 Paranormal 13 Conceito Perceção Extrassensorial Psicocinese OuijaBoards (Quadros Ouija Quadros de bruxas) Turismo Paranormal 18 Animação Sociocultural 20 Os perfis de Animador O papel do Animador Sociocultural Animação Turística III. Metodologia 28 Questão Inicial 29 Hipóteses 30 Objetivos 31 Caracterização da amostra 32 O Inquérito 32 Elaboração do questionário 33 Diário de bordo (notas de campo) 34 Procedimento da recolha e tratamento dos dados recolhidos 34 IV. Os Projetos 36 Projeto de Turismo Paranormal 36 Projeto de Animação Turística Paranormal 37 Os locais 38 Pedras Salgadas 39 Casino das Termas de Pedras Salgadas 39 Vila Real 40 Palácio de Mateus 41 IX

11 Vidago 42 Hotel Salus/Hotel do Golf 43 Hotel Avenida 44 V. Abordagem e Processo de Investigação 46 Caracterização dos participantes no estudo 46 Conhecimento do Turismo Paranormal 48 Disponibilidade para participação nos projetos apresentados 50 Conclusão 54 Síntese da dissertação 54 Discussão dos resultados e principais contributos 54 Desenvolvimento subsequente e propostas de trabalho futuro 55 Considerações finais 55 Bibliografia 57 Webgrafia 64 Anexos 70 Anexo 1 Casino das Termas de Pedras Salgadas 70 Anexo 2 Palácio de Mateus 73 Anexo 3 Hotel Salus 75 Anexo 4 Hotel Avenida 77 Anexo 5 Notas de Campo 79 X

12 Índice de Figuras Figura 1 - Materialização 15 Figura 2 - Entrada principal do casino de Pedras Salgadas 40 Figura 3 - Vista frontal do Palácio de Mateus 41 Figura 4 - Vista frontal do Hotel Salus 44 Figura 5 - Vista frontal do Hotel Avenida 44 Figura 6 - Pormenor da entrada 70 Figura 7 - Vista do lado esquerdo 71 Figura 8 Vista traseira 71 Figura 9 Vista do lado direito 72 Figura 10 Vista frontal do Palácio 73 Figura 11 Lago e vegetação circundante 73 Figura 12 Entrada da Igreja do Palácio 74 Figura 13 Pormenor lado direito 75 Figura 14 Escadaria principal 75 Figura 15 Corredor esquerdo rés do chão 76 Figura 16 Vista frontal 76 XI

13 Figura 17 Vista traseira 77 Figura 18 - Salão de refeições 77 Figura 19 Entrada Principal 78 XII

14 Índice de Gráficos Gráfico 1 - Percentagem de inquiridos por localidade participantes no estudo 47 Gráfico 2 - Percentagem de idades dos inquiridos 47 Gráfico 3 - Número de inquiridos por idade e localidade de residência 48 Gráfico 4 - Já ouviu falar de Turismo Paranormal? 48 Gráfico 5 - Já praticou este tipo de turismo? 49 Gráfico 6 - Por que motivo? 49 Gráfico 7 - Consideraria visitar um local que possuísse uma casa, ou qualquer outra infraestrutura assombrada em Portugal (Turismo 50 Paranormal)? Gráfico 8 - Análise do gráfico 7 por localidades. 50 Gráfico 9 - Análise do gráfico 7 por idades. 51 Gráfico 10 - Consideraria participar num projeto de Animação Turística Paranormal como o apresentado? 51 Gráfico 11 - Análise do gráfico 10 por localidades. 52 Gráfico 12 - Análise do gráfico 10 por idades. 52 XIII

15 Siglas OMT Organização Mundial de Turismo UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization XIV

16 I. Introdução Há fenómenos naturais e ilusões óticas. Uma porta que chia, abre ou fecha sozinha, o soalho que range, as cortinas gastas pelos anos que flutuam, um sussurro gutural ao ouvido ou a luz do luar que banha a escuridão de uma casa abandonada são motivos para que muitos se afastem. Quanto mais antigo for o local, mansão ou casa senhorial mais memórias de noites, homicídios, suicídios e traições guarda. Por vezes podem não passar de projeções da mente das pessoas (imagens criadas na cabeça de cada um e projetadas devido à ansiedade). Mas esses vultos, sons, encontros imediatos que podem ou não ter algum fundamento real levam a que muitas destas casas se degradem e permaneçam abandonadas. O que aqui nos motiva não é encontrar justificação para estes fenómenos. O que nos afeta de facto é verificarmos este abandono de imóveis que poderiam muito bem ser aproveitados com finalidades turísticas. Foi com este propósito que cresceu em nós a vontade de através desta investigação que pretendemos levar a cabo, conhecer mais sobre este assunto, atrair às localidades pessoas que gostam do paranormal, quer se trate de investigadores ou simples turistas à procura de novas aventuras, dar-lhes a conhecer as localidades, história e cultura das populações que nelas habitam e contribuir de certa forma para a sua melhoria de vida e preservação do património imobiliário. 1

17 Tendo em vista os objetivos que nos propomos algumas questões se nos colocam: Estarão as populações abertas a este desafio? ou Como utilizar a animação com o propósito de animar estas casas e lugares supostamente assombrados? O termo turismo possui um vasto leque de definições (consultar subtítulo Turismo) que nos ajudam a definir esta atividade. De uma forma mais clara e abrangente descrevemo-lo como a atividade ou atividades decorrentes das deslocações e permanência dos visitantes (Cunha, 2001: p. 29). Pode também dizer-se que o turismo como sendo uma atividade necessita de deslocamento, de recursos financeiros, de tempo disponível e de motivação. Paranormal é um termo empregue para descrever as proposições de uma grande variedade de fenómenos supostamente anómalos ou estranhos ao conhecimento científico. Diz-se que um evento ou perceção são paranormais quando envolvem forças ou agentes que estão além de explicações científicas, mas assim mesmo são misteriosamente vivenciados por aqueles que alegam possuir poderes psíquicos, como a perceçãoextrassensorial ou a psicocinese. ou psíquicos. Paralelamente aplica-se a palavra aos fenómenos pouco habituais, sejam físicos Sendo assim, a definição de Turismo Paranormal poderia ser a atividade de deslocação e permanência dos visitantes e turistas a/em locais que são alegadamente vítimas de eventos paranormais. A esta definição, com esta dissertação, pretende-se adicionar também a temática da Animação Sociocultural. E de que forma é possível fazê-lo? Vejamos: Se a Animação Sociocultural é um conjunto de práticas sociais que têm como finalidade estimular a iniciativa, bem como a participação das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento e na dinâmica global da vida sociopolítica em 2

18 que estão integrados (UNESCO, 1977) e se, sobre a Animação Turística, Portas escreveu que O desenvolvimento do Turismo não se trata apenas de servir os já residentes na região, mas também de ajudar a fixar quadros mais qualificados, agentes de serviços privados ou pessoal para o próprio município e outras entidades públicas (1988: p. 2), na nossa opinião é possível criar um projeto homogéneo, porque é exatamente isso que se pretende com o Paranormal levar as comunidades a participar num projeto de desenvolvimento local assumindo-se como sujeitos críticos e atores das suas próprias mudanças sociais, políticas, culturais e económicas (Lopes, 2008). A associação do Paranormal, um tema tabu, com o Turismo que está muito em voga e a recente Animação Sociocultural/Turística, apesar de parecer um pouco controversa, tem, a nosso ver a possibilidade de resultar numa relação de entreajuda na promoção e desenvolvimento locais. O trabalho que agora apresentamos está estruturado em seis capítulos: No capítulo I é feita uma breve introdução ao tema em que está focado o trabalho e são referidos os objetivos desta dissertação, bem como a sua estruturação. No capítulo II é caracterizado o estado da arte nestas áreas. O capítulo III é apresentada a metodologia usada. No capítulo IV serão apresentados projetos para uma possível resolução do problema apresentado previamente. Serão também propostos os locais propícios para o seu desenvolvimento. Finalmente, no capítulo V, é apresentada a abordagem e o processo de investigação usados, e é feita a caracterização dos participantes no estudo. 3

19 II.I. Caracterização do estado da arte Nesta secção, é definido o que são Casas Assombradas, o que é o Turismo, o Paranormal e a Animação Sociocultural e são abordadas as suas principais caraterísticas. II.I.I. O que se entende por Casas Assombradas A mitologia greco-romana está cheia de fatos sobrenaturais. Fatosestes presentes também na Idade Média. Fenómenos de feitiçaria eram comuns da época, as civilizações primitivas viviam temerosas com o sobrenatural. O homem moderno tem ouvido falar de castelos e casas assombradas, de facas e mesas que se movem e transmitem mensagens, de pessoas simples que falam línguas que nunca aprenderam, de objetos que parecem surgir do nada. O mistério existente nesses fenómenos sempre esteve entre nós, mas só há algum tempo despertámos a nossa curiosidade para a descoberta do seu significado. Há certos lugares assombrados onde os espíritos inquietos de noite vagueiam. Manifestam-se como vozes misteriosas e perfumes estranhos, movem-se sobre as coisas, saem das sombras como aparições. Às vezes atacam. (WAGNER, about.com) 1 4

20 Estes são os lugares, através de anos de experiências e reputação enervante, que são considerados os lugares mais assombrados do mundo. As lendas de casas assombradas têm uma história longa na literatura, quer no género de terror quer mais recentemente na ficção paranormal. Segundo a Wikipédia casa assombrada ou casa mal-assombrada é o nome que se dá a uma casa onde supostamente acontecem eventos insólitos sem que se encontre uma causa física para os mesmos. Estes eventos que podem ir de ruídos a movimentações de objetos e até alegadas aparições de vultos denominados de assombrações ou fantasmas tornam impossível, segundo alguns a vivência nessas casas, porque habitadas por entidades sobrenaturais. À luz da doutrina espírita estes fenómenos são produzidos por espíritos desencarnados, que se valem do ectoplasma produzido por um ou mais moradores que sem o saber possuem mediunidade extensiva, para conseguirem esses efeitos. 2 Os objetivos com que o fazem podem ser variados e passam pelo desejo de se comunicarem; de se julgarem ainda donos da moradia não sabendo que já nãopertencem ao mundo dos vivos; de provocarem medo ou outros. A presença destas entidades é geralmente associada a assassinatos, suicídios ou mortes trágicas que no local aconteceram. O certo é que estas manifestações físicas ocorrem com mais frequência em lugares ermos em casas de grandes dimensões cuja estrutura tanto pode ser a de uma mansão obscura de há dois séculos atrás, como um antigo castelo feudal, ou uma casa de subúrbio embora de construção recente. A justificação para que isto aconteça é que na cidade os fluidos que compõem o ectoplasma, tónico vital dos espíritos, se dissolvem rapidamente. 3 Mas vamos ao que interessa Quem nunca ouviu falar de casas ou outros lugares ditos mal-assombrados? Muitas pessoas certamente podem dizer que já moraram numa dessas casas ou foram vizinhos de algo do género. 1. WAGNER, Stephen. The World's Most Haunted Places. Em: Acedido a 9 Dezembro de Acedido a 9 Dezembro de Acedido a 9 de Dezembro de

21 Evidentemente que boa parte das histórias relatadas carecem de testemunhas confiáveis, outras porém apesar de estarem documentadas com vídeo, áudio e fotos continuam sem explicação racional. Nesta procura da verdade, há os que acreditam e respeitam, os que não acreditam mas respeitam e os que não acreditam mas gozam. Há no entanto pessoas predispostas para investigar estas situações e se por vezes estas investigações inicialmente são movidas por brincadeira, com o tempo dão lugar a processos insólitos de pura investigação. II.I.II. Turismo Embora não haja uma definição única do que seja Turismo, as Recomendações da Organização Mundial de Turismo/Nações Unidas sobre Estatísticas de Turismo (1983), definem-no como Fenómeno que ocorre quando um ou mais indivíduos se transladam a um ou mais locais diferentes de sua residência habitual por um período maior que 24h horas e menos que 180 dias, sem participar dos mercados de trabalho e capital dos locais visitados. (Oliveira, 2000 p.31) Turista é um visitante que se desloca voluntariamente por período de tempo igual ou superior a vinte e quatro horas para um local diferente da sua residência e do seu trabalho sem, este ter por motivação, a obtenção de lucro. (OMT, 1983) II.I.II.I.Conceitos e definições 4 Em 1942, os professores da Universidade de Berna, Hunziker e Krapf, definiam o turismo como: A soma dos fenômenos e de relações que surgem das viagens e das estâncias dos não residentes, desde que não estejam ligados a uma residência permanente nem a uma atividade remunerada. 4. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO.(2001). Introdução ao turismo. Trad. Dolores Martins Rodriguez Córner. São Paulo: Roca. 6

22 Obviamente esta definição lançada em plena guerra mundial e como antecipação do que seria o turismo de massa é pouco ampla e pouco esclarecedora, pois introduz muitos conceitos indeterminados que deveriam ser previamente definidos. Assim, a palavra fenómenos refere-se a quê? Pode-se considerar um fenómeno turístico o extravio de uma mala num aeroporto? Por outro lado, a dita definição permite considerar como turista quem tivesse de fazer um deslocamento para uma visita com fins terapêuticos, por exemplo. Posteriormente, definiu-se o turismo como: Os deslocamentos curtos e temporais das pessoas para destinos fora do lugar de residência e de trabalho e as atividades empreendidas durante a estada nesses destinos (Burkart e Medlik, 1981: p. 33). Nessa definição, conceitos como deslocamentos fora do lugar de residência e de trabalho introduzem positivamente a conotação de viagem e férias/lazer, em contraposição à residência e ao trabalho, mas, ao mesmo tempo, deixa de fora conceitos modernos de turismo como são as viagens por motivo de negócios, com ou sem complementos de lazer ou as férias em segundas residências. É também criticável o termo vago deslocamento curto. Mathienson e Wall (1982: p. 34), por sua vez, utilizaram uma definição muito semelhante à anterior, ainda que com algumas modificações: Turismo é o movimento provisório das pessoas, por períodos inferiores a um ano, para destinos fora do lugar de residência e de trabalho, as atividades empreendidas durante a estada e as facilidade que são criadas para satisfazer as necessidades dos turistas. Como se pode observar, destaca o caráter temporário da atividade turística ao introduzir o termo período inferior a um ano. Também introduzem duas importantes inovações: de um lado a perspetiva da oferta quando mencionam as facilidades criadas ; de outro, introduzem na definição o fundamento de toda atividade turística: a satisfação das necessidades dos turistas/clientes. Por fim, deve-se destacar a definição que foi adotada pela OMT (1994), que une todos os pontos positivos das expostas anteriormente e, por sua vez, formaliza os 7

23 aspetos da atividade turística: O turismo compreende as atividades que realizam as pessoas durante suas viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras. Trata-se de uma definição ampla e flexível que concretiza as características mais importantes do turismo. São elas: outros. Introdução dos possíveis elementos motivadores de viagem: lazer, negócios ou Nota temporária do período por um ano, período realmente amplo, máximo se comparado com o tempo normal de duração dos vistos de viagem para turismo dados pelos governos três meses ou com a periodicidade prevista por algumas legislações para delimitar o que se considera habitual seis meses. Delimitação da atividade desenvolvida antes e durante o período de estada. Localização da atividade turística como a atividade realizada fora de seu entorno habitual. No que diz respeito a essa última característica e num intento de precisar o que se entende por entorno habitual, a OMT (1995) esclarece: O entorno habitual de uma pessoa consiste numa certa área que circunda a sua residência mais todos aqueles lugares que visita frequentemente. De todas as definições expostas, cabe destacar a importância dos seguintes elementos que são comuns a todas elas, não obstante as particularidades próprias das mesmas: Existe um movimento físico dos turistas que, por definição, são os que se deslocam fora de seu lugar de residência. A estada no destino deve ser durante um determinado período não permanente. 8

24 O turismo compreende tanto a viagem até o destino como as atividades realizadas durante a estada. Qualquer que seja o motivo da viagem, o turismo inclui os serviços e produtos criados para satisfazer as necessidades dos turistas. II.I.II.II.Evolução Histórica Pensa-se existir duas linhas de pensamentos, nos quais a História doturismo se divide. A primeira seria que é o ócio, descanso, cultura, saúde, negócios ou relações familiares. Deslocamentos, estes, que se distinguem pela sua finalidade dos outros tipos de viagens motivados por guerras, movimentos migratórios, conquista, comércio, etc. Não obstante, o turismo tem antecedentes históricos claros. Depois, se concretizaria com o então movimento da Revolução Industrial. A segunda linha de pensamento baseia-se em que o Turismo realmente se iniciou com a Revolução Industrial, mais concretamente com Thomas Cook e a sua viagem de comboio em 1841, visto que os deslocamentos tinham como intuito o lazer. (Ignarra, 2003) II.I.II.III. Idade Antiga Na História da Grécia Antiga, dava-se grande importância ao tempo livre, os quais eram dedicados à cultura, diversão, religião e desporto. Os deslocamentos mais destacados eram os que se realizavam com a finalidade de assistir às olimpíadas (que ocorriam a cada 4 anos na cidade de Olímpia). Para lá deslocavam-se milhares de pessoas, misturando religião e desporto. Também existiam peregrinações religiosas, como as que se dirigiam aos Oráculo de Delfos e ao de Dódona. Durante o Império Romano os romanos frequentavam águas. Eram assíduos de grandes espetáculos, em teatros, e realizavam deslocamentos habituais para a costa. Estas viagens de prazer ocorreram possivelmente devido a três fatores fundamentais: a Pax Romana(período de paz), o desenvolvimento de importantes vias 9

25 de tráfego e a prosperidade económica que possibilitou a alguns cidadãos meios financeiros e tempo livre. 5 II.I.II.IV. Idade Média Durante a Idade Média ocorreu num primeiro momento um retrocesso devido ao maior número de conflitos e à recessão económica, entretanto surge nesta época um novo tipo de viagem, as peregrinações religiosas. Embora já tenha existido na época antiga e clássica, entretanto o tanto o Cristianismo como o Islão (religião islâmica) estenderam-se a um maior número de peregrinos e deslocamentos ainda maiores. São famosas as expedições desde Veneza à Terra Santa e as peregrinações pelo Caminho de Santiago, foram contínuas as peregrinações de toda a Europa, criando assim mapas e todo o tipo de serviço para os viajantes. 6 No desenvolvimento/criação do Turismo Islâmico, pode ser referida a Hajj (peregrinação para Meca), ou seja, um dos cinco Pilares do Islamismo que obriga todos os crentes a fazer esta peregrinação pelo menos uma vez na sua vida. 6 II.I.II.V. Idade Moderna As peregrinações continuam durante a Idade Moderna. Em Roma morrem peregrinos por causa da peste. É neste momento que aparecem os primeiros alojamentos com o nome de hotel (palavra francesa que designava os palácios urbanos). Como as viagens das grandes personalidades acompanhadas do seu séquito, comitivas cada vez mais numerosas, sendo impossível alojá-los a todos num palácio, ocorre a criação de novas edificações hoteleiras acedido em 22 Fevereiro de Acedido em 22 Fevereiro de

26 Esta é também a época das grandes expedições marítimas de espanhóis, britânicos e portugueses que despertam a curiosidade e o interesse por grandes viagens. Ao final do século XVI surge o costume de mandar os jovens aristocratas ingleses para fazerem um Grand Tour no final dos seus estudos, com a finalidade de complementar a sua formação e adquirir certas experiências. Sendo uma viagem de larga duração (entre 3 e 5 anos) que se fazia por distintos países europeus, é desta atividade que nascem as palavras: turismo, turista, etc 7 Dá-se, também, um ressurgimento das antigas termas, que haviam decaído durante a Idade Média. Não tendo somente como motivação a indicação medicinal, sendo também por diversão e o entretenimento em estâncias termais como, por exemplo, em Bath, na Inglaterra. Também nesta mesma época data o descobrimento do valor medicinal da argila com os banhos de barro como remédio terapêutico e das praias frias onde as pessoas iam tomar os banhos por prescrição médica. 7 II.I.II.VI. Idade Contemporânea Com a Revolução Industrial consolida-se a burguesia que volta a dispor de recursos económicos e tempo livre para viajar. A invenção da máquina a vapor promove uma revolução nos transportes, que possibilita substituir a tração animal pela locomotiva a vapor tendo as linhas férreas que percorrem com rapidez grandes distâncias cobrido grande parte do território europeu e norte-americano. Também o uso do vapor nas navegações reduz o tempo dos deslocamentos. Inglaterra torna-se a primeira a oferecer serviços de travessias transoceânicas e dominam o mercado marítimo na segunda metade do século XIX, o que favorecerá as correntes migratórias europeias para a América. Sendo este o grande momento dos transportes marítimos e das companhias navais. Começa a surgir na Europa o turismo de montanha ou saúde: constroem-se famosos sanatórios e clínicas privadas europeias, muitos deles ainda existem como pequenos hotéis guardando ainda um certo charme e muitas histórias negras que podem 7. MACEDO, Luiz Almeida, acedido em 22 Fevereiro de

27 da Mancha, ). ser aproveitadas. É também esta uma época de praias frias (Costa azul, Canal Entre 1950 e 1973 começa-se a falar de boom turístico. O turismo internacional cresce a um ritmo superior ao de toda a sua história. Este desenvolvimento é consequência da nova ordem internacional, a estabilidade social e o desenvolvimento da cultura do ócio no mundo ocidental. É nesta época que se começa a legislar sobre o sector. A recuperação económica, especialmente da Alemanha e do Japão deu surgimento a uma classe média estável que começa a interessar-se por viagens. Entretanto com a recuperação elevando o nível de vida de sectores mais importantes da população dos países ocidentais. Assim, surge a chamada sociedade do bem-estar que uma vez com as suas necessidades básicas atendidas passa a buscar o atendimento de novas necessidades, aparecendo neste momento a formação educacional e o interesse por viajar e conhecer outras culturas. Outros incentivos foram a nova legislação trabalhista que permitia adotar uma semana de 5 dias de trabalho e uma redução da carga horária de 40 horas semanais, disponibilizando, assim, mais tempo de ócio; a produção de carros em série e a construção de mais estradas; a massificação das cidades que leva ao desejo de evasão, vindo a ser substituído depois pelo desejo de recreação. Depois de baixos (a crise energética de 1970 e posterior inflação) e altos (Tratado de Maastricht em 1992 que permitia o livre tráfego de pessoas e mercadorias e a cidadania europeia e em 1995 a entrada em vigor do Acordo de Schengen em que foram eliminados os controles fronteiriços nos países da União Europeia) e baixos (crise energética e posterior inflação) o Turismo é um dos sectores com maior desenvolvimento nos dias Acedido em 23 Fevereiro de

28 II.I.III. Paranormal 9 O que se sabe a respeito do homem é extremamente pouco se comparado com o que se sabe sobre o mundo que nos cerca. No que se refere à mente, central elétrica da qual depende todo o resto do corpo, muito pouco se tem descoberto. Há muitos séculos que o homem tenta desvendar os mistérios que existem entre os seus semelhantes, muitas são as lacunas a serem preenchidas para que enfim se tenha absoluto domínio da máquina humana. II.I.III.I. Conceito Normalidade Considera-se fenómeno normal todo acontecimento cujo mecanismo causal eficiente se enquadra no conjunto das leis que admitimos governarem os processos da natureza. (Faria, 1985) Paranormalidade É o objeto de estudo da parapsicologia. Designamos por este termo todo o acontecimento "inusitado", "além do normal", ou seja, fora do conjunto dos fatos normais. Paranormal não deve ser confundido com "sobrenatural", pois a ciência rejeita a possibilidade deste último e aceita a realidade do primeiro. (Faria, 1985) II.I.III.I.I. Perceção Extrassensorial A perceção extrassensorial (ESP: Extra Sensory Perception), é uma designação introduzida pelo parapsicólogo americano Joseph BanksRhine (1983). Consiste no meio de informação e de conhecimento não fundado nos cinco sentidos. É a perceção extrassensorial de pessoas, objetos ou acontecimentos sem ser através dos conhecidos recetores sensoriais. O alvo da perceção extrassensorial é todo o sistema físico, para o qual os agentes PSI (sistema, pessoa ou animal, que tenta modificar, de forma paranormal, as regras de um outro sistema, pessoa ou animal) tentam dirigir as suas capacidades paranormais e que os parapsicólogos procuram entender e medir nos seus experimentosdeste tipode 9. MABILE, Rafaela [et al.] acedido em 25 Fevereiro de

29 perceção. 10 II.I.III.I.II. Psicocinese A psicocinese inclui diversos fenómenos, como a faculdade de se movimentar objetos com a força da mente, casos de casas mal-assombradas (poltergeist) teleportação, materialização e desmaterialização. A psicocinese ou psicocinesia ( movimento pela mente ), é um termo adotado mais recentemente em substituição a telecinese ( movimento a distância ) para explicar a ação da mente sobre objetos físicos. Jesus de Nazaré foi, segundo os relatos contidos na Bíblia, um dos mais notáveis paranormais psicocinéticos de que se tem notícia. Entre seus feitos constam a conversão da água em vinho, a multiplicação dos pães e a caminhada sobre as águas do lago da Galiléia. Outro exemplo famoso de psicocinese no passado está nas notáveis levitações de São José de Cupertino, um dos motivos pelos quais o padre italiano foi canonizado em A psicocinese atraiu o interesse dos pesquisadores já no século passado. Eles consideravam que o fenômeno se explicaria por um fluido que emanava do agente psicocinético para o objeto em questão, realizando assim uma transferência energética. A fim de se comprovar esta hipótese, foram construídos vários aparelhos sofisticados, em sua grande maioria consistindo de uma peça móvel pendurada por um fio finíssimo ou apoiada sobre uma ponta que servia de mancal, tudo isso fechado dentro de uma campânula de vidro. Tais equipamentos não levaram a conclusões definivas, mas experiências conduzidas sob outros critérios por William Crookes, J. K. F. Zöllner e outros renomados estudiosos forneceram indícios seguros da existência da psicocinese parapsicologia. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, Acedido a 17 de Dezembro de

30 A época em que esses pesquisadores atuaram coincidiu com o surto de espiritualismo pela Europa e Estados Unidos, com suas sessões de materialização, mesas girantes e outros eventos espetaculares. Muitos dos pretensos médiuns eram na verdade charlatães, e talvez por isso o tema tenha sido posto à margem pelos estudiosos que vieram a seguir. Materialização Nestas fotos, feitas durante uma sessão espírita nos Estados Unidos, a médium emana ectoplasma que é usado por um espírito chamado SilverBelle, segundo a apresentadora do fenómeno. Não foi constatado embuste, mas também não há como provar se SilverBelle não seria uma criação mental da paranormal. Figura 1 - Materialização Contra um desses paranormais, porém, nada se descobriu de errado: o inglês Dunglas Home. Entre as suas fantásticas habilidades figuravam a levitação (inclusive dele próprio), o movimento de objetos a distância e certas materializações, como a de uma curiosa mão seccionada do resto de seu (desconhecido) corpo, que cumprimentou as pessoas presentes naquela sessão. 11 Descobrir e desenvolver os poderes psicocinéticos é, mais do que nunca, uma tarefa que escapa ao domínio da racionalidade e da lógica. Pelo que se pôde entender dos que manifestam esta faculdade, qualquer pessoa pode praticá-la, desde que se ponha relaxada e manifeste o desejo de que o evento ocorra, mas evitando simultaneamente e participação da vontade (um elemento lógico). Em resumo, a pessoa deve querer que o fenómeno aconteça, mas sem ligar muito para isso. Essa inconsciência parcial observada na psicocinese pode explicar parte do que ocorre nos casos de poltergeist. Neste tipo de fenómeno incluem-se batidas (rap), movimento de objetos, arranhões, fogo espontâneo e outras interferências sobre a matéria. sabe-se que o poltergeist está sempre relacionado à existência de uma criança ou adolescente desequilibrado emocionalmente GONÇALVES, Ana Lucia Melo, Fenômenos Psíquicos. Acedido a 17 de Dezembro de

31 I.I.III.I.III. Ouija Boards (Quadros Ouija Quadros de bruxas) Os quadros de Ouija são um dos modos mais amplamente utilizados para a comunicação não treinada com os espíritos. O nome é composto pela justaposição das palavras Francesas e Alemãs oui e ja, significando ambas sim. Consiste num quadro plano com as letras do alfabeto, alguns números, sinais de pontuação e as palavras sim e não escritas no quadro. Os grupos que o utilizam, colocam os seus dedos levemente num ponteiro que, então, rapidamente e sem conhecimento consciente dos membros presentes, se move Figura 2 Quadro Ouija de forma a encontrar as letras das palavras que formam as mensagens. A venda dos quadros de Ouija nos Estados Unidos atingiu o seu ponto mais alto durante a I Guerra Mundial e os anos trinta, quarenta e sessenta assistiram a uma loucura nacional dos Ouijas durante a qual Os Misteriosos Oráculos Falantes eram, frequentemente, usados por estudantes (Hunt, 1985). É normalmente, o primeiro método usado por amadores para investigarem o pós-vida. É científico na medida em que pessoas utilizando a mesma fórmula obtêm resultados idênticos obtêm mensagens inteligentes. Pessoas que utilizaram as mesmas fórmulas objetivas, em várias partes do Mundo, obtiveram os mesmos resultados respostas inteligentes. Inteligentes no sentido de que respostas dadas a questões específicas o foram da mesma maneira como seriam dadas por pessoas na Terra. A qualidade das respostas depende, naturalmente de quem e daquilo a que se responde. Os psíquicos e médiuns experimentados acreditam na realidade do contacto com espíritos e que as respostas ao quadro Ouija são feitas por humanos e não-humanos de diferentes níveis de aperfeiçoamento mas, mais frequentemente pelas entidades mais inferiores que operam mais próximos do nosso comprimento de ondas. Se o contacto é feito com uma entidade mais desenvolvida, a resposta será, normalmente, sofisticada. Se o contacto for feito com entidades rudes e de astral muito baixo, então a informação é a mesma que se teria de alguém na Terra que seja também rude, vulgar, estúpido, arrogante e que blasfema com o propósito de chocar os que estão à sua volta. 16

32 Logo de início, a opinião dos materialistas oficiais era a de que as mensagens simplesmente vinham da ação da mente subconsciente ou inconsciente dos jogadores uma forma de automatismo. Durante anos, os quadros de Ouija eram vendidos em lojas de brinquedos e de jogos, nos Estados Unidos, e as pessoas usavam-nos como divertimento ou para obter benefícios pessoais, como obter números vencedores em jogos, etc. Mas, nenhum cético foi capaz de explicar como é que grupos de pessoas decentes se sujeitavam a receber terríveis blasfémias, pragas e toda a espécie de ameaças terríveis através do quadro de Ouija duma forma que certamente não receberiam por outros processos que, supostamente, projetavam o inconsciente. Stoker Hunt, que investigou os efeitos da utilização dos quadros de Ouija, resumiu o padrão comum que se desenvolve entre os utilizadores dos quadros de Ouija e a força com a qual eles se comunicam: O invasor concentra-se nos pontos fracos do carácter da sua vítima Se uma pessoa é vã, ele apela para a vaidade. Preciso da tua ajuda, dirá o sedutor, e só tu me podes ajudar. A entidade é maliciosa e não hesita em mentir, em dar falsa identidade (faz-se normalmente passar por um ente querido falecido) e em adular. É melhor para o invasor, claro, que a vítima esteja sozinha, isolada, cansada e doente (Hunt, 1985: p. 86). Assim, a entidade encorajará as suas vítimas a abandonar os seus melhores amigos e a confiar apenas nas comunicações através do Ouija para obter conselhos, informações e companhia. Recomendará proezas perigosas, e aventuras extravagantes e, ao mesmo tempo, desencorajará atividades salutares e cuidados médicos adequados. A vítima sentirá um desejo incontrolado de utilizar o quadro ou escrever automaticamente a todas as horas do dia e da noite: Se houver necessidade, o invasor aterrorizará a sua vítima, materializando-se em formas horripilantes, induzindo visões grotescas, incitando atividades poltergeist, fazendo com que objetos apareçam do nada, dando notícias trágicas ou falsas, levantando objetos, até mesmo levitando a vítima. Tudo isto e mais ainda poderá ser 17

33 feito não como um fim em si mesmo, mas como um meio de conseguir completa posse da vítima (Hunt, 1985: p. 87). Os médiuns em todo o Mundo relatam, consistentemente, que os que morreram e vivem em desespero nas regiões de baixas vibrações, próximas da Terra algumas vezes chamadas de regiões de baixo astral têm inveja dos que vivem na Terra; sabem que enquanto se está na Terra pode-se aumentar a vibração e que é muito difícil fazer isso nas baixas esferas do mundo espiritual. O desespero é impelido para os extremos, simplesmente porque não podem experimentar as coisas a que estavam habituados quando vivos excitação, bebidas, álcool, fumo, sexo. Se esses rufias que respondem às questões do quadro de Ouija tivessem a capacidade para amar, ou de ter um pensamento de amor, ou tivessem outro atributo espiritual positivo, não estariam na posição em que se encontram. Se, pelo menos, tivessem a capacidade de pedir ajuda para os aliviar da sua miséria, temos informação do Pós-vida, que lhes seria dispensada essa ajuda. Seja qual for a explicação que o leitor queira aceitar a hipótese do espírito ou a teoria da mente inconsciente dos jogadores existem muitos casos de doenças psíquicas que aconteceram, como resultado direto de utilização do quadro, o qual deverá ser tomado muito a sério. Um quadro de Ouija pode ser altamente perigoso, especialmente para quem seja sugestionável, tenha qualquer tipo de disfunção física ou emocional ou que tenha estado a tomar drogas suscetíveis de alterar a mente. A recomendação dos entendidos é que, em nenhuma circunstância, deverão ser utilizados por crianças ou por seja quem for que não possua um forte sentido de identificação própria (Covina, 1979). II.I.IV. Turismo Paranormal O termo turismo possui um vasto leque de definições. De uma forma mais clara e abrangente Cunha (1997: p. 29) descreve-o como a atividade ou atividades decorrentes das deslocações e permanência dos visitantes. Esta deslocação implica por sua vez recursos financeiros, tempo disponível e motivação. Já o termo paranormal é um termo empregue pelo Dicionário da Língua Portuguesa para descrever as 18

34 proposições de uma grande variedade de fenómenos supostamente anómalos ou estranhos ao conhecimento científico. Assim diz-se que um evento ou perceção são paranormais quando envolvem forças ou agentes que estão além de explicações científicas, mas assim mesmo são misteriosamente vivenciados por aqueles que alegam possuir poderes psíquicos, como a perceção extrassensorial ou a psicocinese. ( ) Paralelamente aplica-se a palavra aos fenómenos pouco habituais, sejam físicos ou psíquicos. 12 Considerando como fenómeno normal todo o acontecimento cujo mecanismo causal eficiente se enquadra no conjunto das leis que admitimos governarem os processos da natureza e paranormal o acontecimento "inusitado", "além do normal", ou seja, fora do conjunto dos fatos normais, podemos definir o Turismo Paranormal como a atividade de deslocação e permanência dos visitantes e turistas a/em locais que são alegadamente centros de eventos paranormais. Não devemos contudo confundir paranormal com "sobrenatural", pois a Ciência rejeita a possibilidade deste último e aceita a realidade do primeiro. 13 Esta forma de turismo particular que se carateriza pela visita a lugares onde se acredita habitam fantasmas ou acontecem coisas estranhas tem-se desenvolvido com rapidez nas últimas décadas em todo o Mundo. Nos dias de hoje, fazer turismo não é apenas tostar-se ao sol na praia ou fotografar catedrais renascentistas. Entre as alternativas mais extravagantes destaca-se a de se ir à caça de fantasmas, detetar ovnis ou apanhar em flagrante os seres do além nas suas andanças noturnas. 14 Praticamente todos os países do mundo possuem lugares onde se podem desenvolver estas atividades, porém só alguns os exploram comercialmente, edificando todo um negócio à volta do paranormal. 12. Fenômeno Sobrenatural. Acedido a 11 de Dezembro de BORGES, Valter. Fundamentos para uma teoria geral da Paranormalidade. Acedido a 14 de Dezembro de 2012 CHAGAS, Aécio. A Ciência confirma o Espiritismo?. 20Pereira%20Chagas).pdf. Acedido a 14 de Dezembro de MUÑOZ, Manuel, Turismo paranormal. Agárrame a ese fantasma. Acedido a 15 de Dezembro de

35 Assim certas regiões da Europa antiga, são bastante visitadas por aqueles que gostam do paranormal, quer se trate de investigadores ou simples turistas à procura de novas aventuras. Na América Latina em países como o México e a Argentina este tipo de turismo está bastante desenvolvido enquanto que na Espanha, a região da Galiza é uma das mais procuradas. 15 O importante é tudo fazer para abrirmos as nossas próprias fronteiras e deixar que outros venham observar, admirar e ajudar a engrandecer aquilo que é nosso, com os seus conhecimentos e coragem e espírito de aventura de forma a criarem sinergias que conduzam à mudança e desafiem a capacidade de se interagir com o mundo. II.I.V. Animação Sociocultural 16 A Animação Sociocultural é um conjunto de práticas sociais que têm como finalidade estimular a iniciativa, bem como a participação das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento e na dinâmica global da vida sociopolítica em que estão integrados (UNESCO, 1982). A Animação Sociocultural, também designada Animação Comunitária, emerge historicamente a partir da conjugação de vários fatores: o aumento do tempo livre e a preocupação com o preenchimento criativo do lazer e do ócio; a necessidade de educação e de formação permanente ao longo da vida, numa sociedade crescentemente baseada no domínio do conhecimento e da inovação técnica; o aumento do fosso cultural entre as classes sociais como consequência das diferentes condições de acesso aos bens culturais; o surgimento das indústrias culturais, através de um processo de fabrico, reprodução, difusão e venda em grande escala de bens e serviços. 15. Turismo paranormal. Acedido a 23 de Outubro BAPTISTA, António Manuel Rodrigues Ricardo. Animação e Animadores Socioculturais: imprecisões, ambiguidades, incertezas tensões e controvérsias de uma ocupação profissional. Acedido a 28 de Novembro de

36 A Animação Social não é, assim, uma ciência autónoma mas antes uma "tecnologia social", uma estratégia de educação não formal dotada de um conjunto de fundamentos teóricos e de métodos e técnicas importados das Ciências Sociais (como a Sociologia, a Antropologia, a Psicologia, a Economia e outras) aplicados a objetivos práticos da realidade social. Segundo Ezequiel Ander-Egg (1991: p. 12), a Animação Sociocultural é uma forma de ação sociopedagógica que [...] se caracteriza basicamente pela busca e intencionalidade de gerar processos de participação das pessoas. O papel do animador sociocultural consiste, pois, em desenvolver estratégias de mobilização (ou animação) dos atores sociais para uma participação autónoma, voluntária, criativa e corresponsável - recusando, portanto, todas as formas de manipulação, paternalismo ou autoritarismo -, desempenhando uma função de mediação entre os atores (saberes, necessidades e expectativas) e entre estes e o meio (recursos e instituições), tendo como finalidade o desenvolvimento sociocultural da comunidade. Assim sendo é nossa intenção lançar mão dela para desenvolver em uníssono com as comunidades, que devem assumir-se como sujeitos críticos e atores das suas próprias mudanças sociais, políticas, culturais e económicas (Lopes, 2008), projetos de animação(consultar capítulo Projetos) capazes de atrair a essas localidades pessoas interessadas numa forma original de conhecer a história dessas localidades, as suas lendas e fenómenos sobrenaturais, explorando os seus lugares mais recônditos ao cair da noite. 16 No período de 1974 a 1980 assiste-se à institucionalização da Animação Sociocultural em Portugal. Esta é centralizadaem instituições criadas expressamente para o efeito, assumindo o Estado a gestão e o controlo dasatividades e a formação dos animadores. Dentro deste período, Lopes (2008) distingue duas fasesna Animação Sociocultural: a fase revolucionária, que decorre entre 1974 e 1976 e a faseconstitucionalista, entre 1977 e Na primeira fase, assiste-se a uma intensa atividade de animação,coordenada pela Comissão Interministerial para a Animação Sociocultural (CIASC), instituição que levoupor diante as campanhas de dinamização cultural e de alfabetização nas diferentes regiões do país. Nasegunda fase, a ação da Animação Sociocultural é determinada por instituições que assumiram acentralidade da 21

37 mesma, constituindo o Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis (FAOJ) e o InstitutoNacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores (INATEL) exemplos dessacentralidade. 16 Entre 1981 e 1990, a conceção de Animação, que anteriormente passava por dar expressão a uma ideia decultura una e homogénea, evoluiu para o reconhecimento de uma cultura com dimensão plural ediversificada, pois( ) com a emigração, o turismo, o regresso dos retornados, a abertura democrática, a diversidade de investimentos, a criação de grupos e empresas privadas, os partidos políticos e as associações, a televisão, a integração europeia com 9 de 23 tudo isto, de repente há mesquitas, as sinagogas têm nova vida, nascem seitas, surgem novos cultos, aparecem igrejas protestantes; há sindicatos diversificados e plurais, opiniões diferentes, novos credos e crenças Isto é, está em construção uma sociedade finalmente plural. (Barreto, 1998 cit. inlopes, 2006: p. 276) Neste período, a Animação passa gradualmente da esfera do poder central para a esfera do poder local. Também, nesta década, Lopes (2008) identifica duas fases da Animação Sociocultural: a fase patrimonialista, que decorre entre 1981 e 1985, em que o Estado se mantém ainda como o grande impulsionador da atividade, através da Secretaria de Estado da Cultura, do FAOJ e da Junta Central das Casas do Povo, caracterizando-se esta fase por uma intervenção centrada na preservação e recuperação dopatrimónio cultural; a fase da deslocação da Animação Sociocultural do poder central para o poder local,que decorre entre 1986 e 1990, em que o poder local passa a assumir um crescente interesse e um papel relevante na Animação Sociocultural, encarando-a como uma maneira de mobilizar vontades e recursos e, nessa medida, privilegiando o desenvolvimento de ações no sentido de serem os próprios indivíduos a construir a sua cultura. 16 De 1991 a 1995, assiste-se ao crescimento do fenómeno da imigração, não só dos países africanos de língua oficial portuguesa, mas também do Brasil, dos países da Europa do leste, da China e da Índia. Nestas circunstâncias, a intervenção da Animação Sociocultural passa a dar expressão à dimensão multicultural(lopes, 2008). Dimensão que se prende com formas de aprendizagem/convívio relacionadas com a alteridade 22

38 cultural e social e que, segundo Bauman (2006), tanto medo gera nas cidades em que vivemos. 16 A partir de meados dos anos 90, em resultado das transformações ocorridas num mundo cada vez mais globalizado, é posta à prova a capacidade da Animação Sociocultural para enfrentar os novos e complexos desafios. E pese embora, no dizer de Ander-Egg (2008), a insuficiente valorização atribuída à Animação Sociocultural em termos de políticas públicas, não deixou de se alargar a intervenção dos Animadores Socioculturais e de se ampliarem os seus perfis profissionais, passando estes a atuar em campos que tradicionalmente não eram os seus (Ferreira, 2008). II.I.V.I. Os perfis de Animador E, a este propósito, Dinis (2007) situa a Animação Sociocultural num terreno flexível e por natureza criativo e, socorrendo-se de um discurso metafórico, procura diferenciá-la de outras áreas de atividade ao identificar e caracterizar cinco perfis de Animadores: 1) o vidente, cuja amplitude vai desde o visionário, mágico e sonhador, passando pelo militante, vanguardista e estratega, até ao revolucionário, um modelo em que as soluções são determinadas aprioristicamente; 2) o terapeuta, cuja espectro cobre o analista, o parteiro, o médico, o reformador e o psicólogo, um modelo de pendor reformista; 3) o guia, cobrindo o intérprete, o bandeirante, o empreendedor e também o dinamizador cultural e o artífice de memórias coletivas; 4) o técnico,compreendendo o prestador de serviços, o agente de programação e o organizador profissional, um modelo que assenta num paradigma funcional de eficiência e eficácia; 23

39 5) o mediador, cujo modelo focaliza o papel de procurador, intermediário e treinador, centralizando toda a ação nas pessoas nos grupos e nas comunidades. Por sua vez, Azevedo (2009), sublinhando a flexibilidade apontada por Dinis, acrescenta o perfil do animador empreendedor, como sendo aquele que desenvolve a atividade em diferentes cenários e posições organizacionais. Já Correia (2008), ao traçar o perfil do Animador Investigador, realça um conjunto de requisitos pessoais e profissionais que remetem para vários mundos, nomeadamente para o mundo cívico, o mundo inspirado e o mundo de projetos (Boltanski & Thévenot, 1991; Bolthanski & Chiapello, 1999, Boltanski, 2001). Requisitos que vão desde a flexibilidade, a humildade, a coragem, a solidariedade, a paciência, a persistência e a tolerância, passando pela mediação, a negociação, a criatividade, o dinamismo e a inovação, até à capacidade de adaptação e flexibilidade para participar em projetos diferenciados em termos de exigências profissionais. A atuação em novos campos de intervenção parece traduzir, pois, a capacidade de adaptação e flexibilidade dos Animadores Socioculturais perante experiências de trabalho que apresentam muitas delas um carácter transitório e uma grande diversidade em termos das competências exigidas. O que parece corresponder à indicação dada por Lopes (2008) quando, em matéria de empregabilidade, escreve que entre os anos 60 e 90 existiu emprego em Animação. No século XXI vai existir muito trabalho em Animação, mas não o modelo de emprego do século XX, isto requer preparar os Animadores para um novo conceito de empregabilidade assente no trabalho em rede e não no trabalho por conta de outrem, na criação de empresas que respondam ao pulsar do novo tempo e que os contratos programa com lares, hospitais, jardins-de-infância, autarquias, organizações governamentais, dêem respostas aos diferentes âmbitos de Animação existentes e ainda os que hão-de vir, porque o movimento da vida vai sempre gerar novas necessidades e consequentemente novos âmbitos. 24

40 II.I.V.II. O papel do Animador Sociocultural O papel do Animador Sociocultural consiste em divulgar e difundir a cultura predominante, não deixando que ela seja esquecida, por forma a estabelecer a importância da sua preservação, criando uma sociedade melhor e mais inteligente. Mas com o objetivo de atingir a chamada democratização cultural ; Animar, vitalizar e dinamizar as energias e potencialidades existentes nas pessoas, grupos e coletividades; Estimular o desenvolvimento pessoal e social, a partir da reflexão sobre o comportamento e as convicções e valores próprios dos outros, que permitam uma melhor relação consigo próprio e com o grupo de trabalho; E, por fim, promover o desenvolvimento das competências necessárias ao exercício profissional, a partir da resolução de problemas e da realização de projetos. II.I. V. Animação Turística 17 A Animação turística tem vindo a ocupar uma importância crescente no contexto da catividade do turismo. Isso deve-se à utilização, cada vez mais frequente, de um conjunto de técnicas orientadas para potenciar e promover um turismo que estimula as pessoas a participarem, crítica e informadamente, na descoberta dos locais, sítios e monumentos que visitam. A Animação turística tem como objetivos centrais como: levar as pessoas a relacionarem-se com o meio que visitam (pessoas, património natural, paisagem, crenças e tradições, património arquitetónico, associações existentes, artesanato, gastronomia, festas populares, etc.); substituir o ver pelo envolver, procurando uma integração ativa social e cultural; criar processos dinâmicos e criativos, fruto de diferentes interações, em que articulem valências culturais, sociais e educativas; transformar o tempo livre em ócios criativos e rejeitar o tempo morto e a ociosidade depressiva; estabelecer a comunicação entre a população nativa de um espaço visitado com a população visitante, através de eventos e experiências que passem por convivências, assentes em partilhas de saberes, partilhas culturais, partilhas inter e multiculturais, etc LOPES, Marcelino. A Animação Turística. Acedido a 28 de Novembro de

41 Num conceito alargado de Animação, pretende-se que esta projete, junto do turismo, a sua capacidade técnica e metodológica de gerar processos participativos e criativos, de otimizar recursos humanos e outros, de promover a interação social, de potenciar o desenvolvimento social e pessoal, sempre com a preocupação central de levar a pessoa a um autodesenvolvimento que decorra das aprendizagens ativas. 17 O turismo, que é praticado atualmente, em Portugal, tem como destino geográfico dominante o saturado litoral. Importa, pois, encontrar, pela via da Animação turística, formas inovadoras de turismo, que travem a desertificação das zonas do interior, uma vez que elas podem oferecer propostas de fruição diferenciadas e relacionadas como a fauna, flora, termas, cursos de rios, paisagens, montanha, arquitetura, gastronomia, crenças, tradições, jogos, etc. 17 Esta perspetiva de turismo é defendida por Nuno Portas ao referir: O desenvolvimento do Turismo não é já um exclusivo das regiões com praias ou das cidades com monumentos de nomeada, exatamente porque se tendem a valorizar outras motivações - desde os festivais e feiras mais variadas, às competições desportivas, às iniciativas culturais, à gastronomia, ao artesanato... - e outros ambientes, históricos e paisagísticos, que podem não ter castelos, catedrais ou mar. (...) E não se trata apenas de servir os já residentes na região, mas também de ajudar a fixar quadros mais qualificados, agentes de serviços privados ou pessoal para o próprio município e outras entidades públicas.(portas, Nuno. 1988: p. 2) A importância da Animação, no contexto do turismo, é ainda destacada por este autor, quando enaltece o seu papel como forma de utilizar zonas (regionais) e sítios (locais) afastados dos grandes centros urbanos ou das áreas litorais de maior procura turística. Ligando a animação dos tempos livres ao fomento de formas mais imaginativas de turismo (a animação dos tempos livres dos outros visitantes), chamamos a atenção para os efeitos benéficos mútuos destes dois campos da ação municipal (e regional). O turismo sem animação local, não passa de «alugar areia e sol»; enquanto por outro 26

42 lado, a animação local pode ser decisivamente sustentada pelo próprio fomento do turismo. (...) A ótica da animação urbana (ou rural) é relativamente recente e apanhou desatenta a maioria dos municípios, presa a antigas formas de encarar, quer a cultura, quer o turismo: a cultura como somatório de atos pontuais, mais ou menos solenes, da divulgação das artes ou do artesanato a desobriga do inevitável pelouro cultural e o turismo como atração de hotéis e edição de desdobráveis. Ora a animação é outra coisa e mexe com vários pelouros e serviços municipais: trata-se de conseguir uma continuidade e densidade de acontecimentos mobilizadores, provocados ou espontâneos, que faça com que uma cidade ou uma região dê a escolher entre diversas oportunidades ou iniciativas e dê que falar, noutras cidades, do que vai acontecer. (Portas, Nuno. 1988: p. 3) A ideia de Animação turística tem, assim, por pressuposto a necessidade de se criar motivação e implicar o turista numa participação cultural e social que não descure o relacionamento com o meio e com as populações visitadas. A Animação turística rejeita, liminarmente, o turismo de praia, que isola as pessoas do espaço envolvente, não promovendo a interação e o relacionamento ativo. O aspeto fundamental da Animação turística é a interação com as pessoas e com o meio onde se está, gerador de um potencial desenvolvimento económico, social, cultural, ambiental. Isso mesmo nos lembra Cunha: Pelas suas características o turismo é um fenómeno que estabelece relações não só com todas as atividades humanas como também com o ambiente físico. Por um lado, os seres humanos nas suas viagens influenciam, com maior ou menor intensidade, todas as atividades e todas as relações humanas: económicas, sociais, políticas, sanitárias, culturais, ambientais, e, por outro, dão origem a atividades produtivas que estabelecem estritas interdependências diretas ou indiretas com as existentes.(cunha. 2001: p. 117) 27

43 III. Metodologia A metodologia entendida por Demo (1989), como o conhecimento crítico dos caminhos do processo científico é uma dimensão essencial para realizar trabalhos com qualidade científica e aprender a pensar. Pardal e Correia por seu lado entendem-na como sendo, ( ) um vocábulo utilizado com diversos sentidos, sendo, por esse facto, portador de não pequena ambiguidade. No uso corrente, aparece não apenas associado à ciência que estuda os métodos científicos, como a técnicas de investigação e, até mesmo, a uma certa aproximação da epistemologia. (1995: p. 12) Parecendo-nos portanto a recolha de dados o que melhor se adequava a esta investigação. 28

44 III.I. Questão inicial A definição do problema constitui a primeira fase na elaboração de um projeto ou concretização de uma investigação. Na esteira de Sousa (2009: p. 43), o problema define o objetivo da investigação, desenrolando-se toda a investigação com o propósito de descobrir a resposta para essa pergunta. Para desempenhar corretamente a sua função, a pergunta de partida deve apresentar determinadas qualidades que têm a ver com: a clareza, (ser precisa, concisa e unívoca); a exequibilidade (ser realista) e a pertinência (ser uma verdadeira pergunta e ter uma intenção de compreensão dos fenómenos estudados), isto é, deve deixar transparecer que o problema que traduz é um problema significativo. Uma pergunta com estas características contribui para a exequibilidade da pesquisa, muito embora isso não seja um dado adquirido automaticamente, pois consegui-lo depende também dos meios e disponibilidade de dados que o investigador dispões e, igualmente, da sua experiência e conhecimento na área. (Cunha. 2009: p ) A pergunta ou questão que inicialmente se nos colocou foi a seguinte: - O Turismo Paranormal pode ter uma promoção mais eficaz quando a ele se associa a Animação? Como forma de dar vida a zonas com este tipo de riqueza paranormal, talvez fosse interessante explorá-las com esta recente forma de Turismo. Mas, de forma a torná-lo inovador, foi decidido aliar o Turismo à Animação para o desenvolvimento deste projeto de Animação Turística Paranormal. Em Portugal, seria novidade quer fosse abordado pela temática turística e no mundo pela sua interação com a Animação. Isto porque, em Portugal não existe este tipo de Turismo e no mundo não existe Animação Turística Paranormal daí também não ser possível implementar apenas a animação paranormal. 29

45 Não se entende o porquê deste tipo de Turismo não estar implementado em Portugal. Há muitos locais históricos que podem ser facilmente convertidos em pontos turísticos. Posteriormente surgiram outras: - Como utilizar a animação com o propósito de animar estas casas e lugares supostamente assombrados? Obviamente teriam de ser criadas formas de envolver a Animação com essa recente forma de Turismo. Para isso foram pensados projetos de Turismo Paranormal e de Animação de Turismo Paranormal. - Estarão as populações abertas a este desafio? Depois de verificar se a Animação pode ser usada para promover o Turismo Paranormal em Portugal, será necessário testar a sua viabilidade. Porque de nada serve criar um projeto que não será do interesse público e ficará mais abandonado do que os locais que se iriam aproveitar. III.II. Hipóteses A hipótese é um palpite que orienta o pesquisador para que através de um conjunto não organizado de fatos possa observar e escolher aqueles que lhe parecem mais relevantes para o estudo do problema em questão. (ALMEIDA. 1989) As hipóteses são as respostas prováveis à pergunta de partida de qualquer investigação. O valor das hipóteses, num estudo de investigação, depende da sua natureza e porque se trata de um referente do problema, a hipótese ( ) fornece à investigação um fio condutor eficaz que, a partir do momento em que ela é formulada, substitui nessa função a questão da pesquisa, mesmo que esta deva permanecer presente na nossa mente (Quivy e Campenhoudt, 1998: p ). 30

46 Assim sendo e ainda que de forma menos elaborada, uma investigação deve apresentar no início uma hipótese, que não necessita ser rígida e imutável, mas que pode, com o decorrer da investigação, sofrer modificações. Apresentamos por de seguida as hipóteses por nós formuladas como resposta provável à questão inicial que colocámos e responsável por este processo de investigação: se: H 1 A população encontra-se mais disposta a participar num projeto Paranormal H 1 a) incluir apenas Turismo Paranormal H 1 b) incluir para além do Turismo Paranormal a Animação, sendo assim um projeto de Animação Turística Paranormal. H 2 Esta adesão varia consoante: H 2 a) a idade H 2 b) ser uma zona mais rural ou uma zona mais urbana III.III. Objetivos Os objetivos no dizer de Froufe e González (1999: p. 102) são as metas que pretendemos alcançar mediante a execução de uma ação cientificamente planificada. Na realidade são os objetivos que se pretendem alcançar com o processo de investigação que dão sentido e determinam o caminho a traçar. Cunha (2008: p. 239) a eles se refere afirmando que em qualquer ação é preciso delinear os objetivos que se têm em vista, uma vez que são eles que expressam sucintamente o que se deseja conseguir ou pretende alcançar com o seu desenvolvimento. Ao embrenharmo-nos nesta investigação foram nossos objetivos: 31

47 Os estudos realizados procuram, essencialmente, desenvolver o Turismo Paranormal com recurso à Animação, promovendo determinadas localidades que possuem locais assombrados de forma a captar público impedindo, assim, a degradação e o esquecimento de infraestruturas históricas e conhecer a opinião e adesão da população sobre os projetos. III.IV. Caracterização da amostra Definindo o conceito de amostra, Marconi e Lakatos (1991: p. 163) asseveram que ela é uma parcela convenientemente selecionada do universo (população). Essa população é definida por Gil (2002: p. 91) como [...]um conjunto de elementos que possuem determinadas características. Comumente fala-se de população como referência ao total de habitantes de determinado lugar. Na opinião de Albarello (1995), a representatividade da amostra não tem a ver com o número de indivíduos que a constituem, esse número tem antes a ver com o tipo de análise que se pretende, ou melhor dizendo, com aquela que se deve efetuar posteriormente, de acordo com as hipóteses formuladas. No âmbito deste trabalho de investigação decidimos formar uma amostra composta por 100 pessoas das regiões de Vila Pouca de Aguiar, Mirandela, Carrazeda de Ansiães, Pedras Salgadas e Vidago, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 16 e os 70 anos de idade (público-alvo). III.V. O Inquérito Visto que se pretendia estudar opiniões, atitudes e modos de pensar de uma dada população, optámos por utilizar a metodologia do inquérito, cujo propósito se deve traduzir num objetivo central, bem definido, do qual depende todo o inquérito (Cunha. 2009: p. 90). Esta metodologia consiste, de acordo com Sousa, em formular uma série de 32

48 perguntas diretamente aos sujeitos, utilizando como instrumentos entrevistas, questionários ou testes (Cunha. 2009: p. 153). III.V.I. Elaboração do questionário Uma vez decidido que a técnica de recolha de dados seria o inquérito por questionário, já que este é um instrumento que, questiona, pergunta, interroga e é normalmente utilizado em investigações para se obterem informações diretamente provenientes dos sujeitos, que depois se convertem em dados suscetíveis de serem analisados, procedemos à sua elaboração. Casanova (1992) define-o como sendo um conjunto de perguntas devidamente estruturadas acerca de um tema que se aplica a um determinado número de sujeitos e que, pelo seu emprego e forma, se converte numa técnica de observação não direta dos acontecimentos. Em cada uma dessas perguntas, segundo Laville e Dionne (1999: p. 183): ( ) oferece-se aos interrogados uma opção de respostas, definida a partir dos indicadores, pedindo-lhes que assinalem a que corresponde melhor à sua opinião. Ou então, outra forma possível de questionário: enunciados que lhes são propostos, cada um acompanhado de uma escala (frequentemente escala de Likert), série de campos que lhes permite precisar se, por exemplo, estão em total desacordo, em desacordo, sem opinião, de acordo, ou totalmente de acordo com o enunciado considerado. Pardal e Correia consideram que ele constitui seguramente a técnica de recolha de dados mais utilizada no âmbito da investigação sociológica (1995: p. 51), tendo em conta que é uma forma económica e rápida de consultar um grande sector de população (Cunha, 2009: p. 118) Como refere Cunha (2008: p. 156) na elaboração de um questionário, cada questão deve ser pensada e colocada de forma inteligível e clara para que os destinatários a interpretem de igual forma, procurámos ter isto em conta na elaboração do questionário relativo a este trabalho de investigação que comportou as seguintes questões: 33

49 - Já ouviu falar de Turismo Paranormal? - Já praticou este tipo de Turismo? - Por que motivo? - Consideraria visitar um local que possuísse uma casa ou qualquer outra infraestrutura assombrada em Portugal? - Consideraria participar num projeto de Animação Turística Paranormal como o apresentado? III.VI. Diário de bordo (notas de campo) O diário de bordo constitui um dos principais instrumentos do estudo decaso. Segundo Bogdan e Biklen (1994) este é utilizado relativamente às notasde campo. O diário de bordo tem como objetivo ser um instrumento em que oinvestigador vai registando as notas retiradas das suas observações no campo. Bogdan e Bilken (1994: p. 150) referem que essas notas são o relato escrito daquilo que o investigador ouve, vê, experiência e pensa no decurso da recolha e refletindo sobre os dados de um estudo qualitativo. No caso de oinvestigador ser um observador-participante, alguns autores (Yin, 1994: p. 88;Merriam, 1995: p. 11), alertam para esse risco mas também para as excelentesoportunidades que esse papel pode proporcionar. O diário de bordo representa,não só, uma fonte importante de dados, mas também pode apoiar oinvestigador a acompanhar o desenvolvimento do estudo. Bogdan e Biklen (1994: p. 151) referem que acompanhar o desenvolvimento do projeto, a visualizar como é que o plano de investigação foi afetado pelos dados recolhidos, e a tornar-se consciente de como ele ou ela foram influenciados pelos dados. recolhidos III.VII. Procedimento da recolha e tratamento dos dados O objetivo da análise e tratamento dos dados é reunir as observações de maneira coerente e organizada, de forma a responder ao problema de pesquisa e procurando dar um sentido mais amplo aos dados coletados. No dizer de Cortezão (1995: p. 580)a 34

50 necessária qualidade científica, exige múltiplos cuidados a nível de colheita de dados, exige também preocupação na análise do seu significado e da identificação da importância que eles assumem para o problema em estudo. (Cortesão, 1995: p. 580) Os inquéritos por questionário foram feitos via telefone e também enviados (correio eletrónico). Após efetuada a recolha dos questionários, procedeu-se à codificação dos dados constantes das respostas às questões por nós colocadas, através da construção de uma base de dados apresentada no capítulo V. 35

51 IV. Os Projetos De seguida serão apresentadas duas propostas que poderiam, talvez, solucionar o problema apresentado. IV.I. Projeto de Turismo Paranormal constaria de: A primeira seria uma proposta mais turística, mas com pontos de animação que Visita guiada pelo local supostamente assombrado escolhido. Narração de toda a história do local. Mentalizar os turistas do que podem ouvir, sentir ou mesmo ver em certas zonas do local. 36

52 Não esquecer o uso de máquinas fotográficas, gravadores e materiais para o estudo do oculto, como por exemplo Ouija Boards (quadros das bruxas, para comunicação com o Além). No fim da visita proceder à revisão e análise em conjunto, do material obtido. Discutir sensações estranhas que ocorreram durante a visita. Opções extra: Pernoitar no interior do local de visita e registar qualquer acontecimento num bloco de notas, fotografia, vídeo ou gravador. No dia seguinte comparar todos os registos e tirar conclusões. Na nossa opinião, como vantagens teríamos a diversão, o sentir-se na pele de um verdadeiro parapsicólogo e quem sabe, talvez possíveis descobertas ou revelações. E as desvantagens, são muito subjetivas, poderiam ser o medo e a adrenalina, o que para muitos, são vantagens porque gostam de estar com os nervos em franja ou então de ser assustados. IV.II. Projeto de Animação Turística Paranormal O segundo projeto, seria um pouco mais ousado e mais virado para a Animação (mas não esquecendo o Turismo). Esta ousadia constaria de: Criar a mesma situação do primeiro projeto. Não revelar o que irá acontecer. 37

53 Através de uma curta-metragem ou de atores dramáticos, explicar toda a história do local, tornando, assim, os visitantes mais suscetíveis. Recorrer ao uso dos mesmos e de tecnologia para representar perseguições aos visitantes, assombrações, vocalizações, etc Ao fim de 2 horas ou 2 horas e meia, revelar toda a verdade. Opções extra: Pensamos ser interessante, também, instalar câmaras ocultas de forma a gravar toda a ação e no final fornecer a cada visitante um DVD ou fotografias da sua prestação. Fazer o mesmo, mas como um evento. Ou seja, se alguém quisesse oferecer o serviço como prenda de anos, criar-se-ia um convite (ou um jornal falso com o anúncio) para o aniversariante informando-o de uma investigação paranormal com amadores e tudo se desenrolaria como explicado em cima. Mais uma vez, na nossa opinião, como vantagens teríamos a diversão e a subjetiva adrenalina. A subjetiva adrenalina constaria também da lista de desvantagens, juntamente com o subjetivo medo e a possível insanidade mental (daí ser necessária a presença de paramédicos no local e de psicólogos). IV.III. Os locais Depois de um levantamento dos vários locais ditos assombrados em Trás-os- Montes foi necessária fazer uma seleção, reduzindo-os assim para quatro um nas Pedras Salgadas, um em Vila Real e dois em Vidago. Será necessário mencionar que a 38

54 assombração dos quatro, não está provada, apenas as pessoas da região (e não só) o afirmam através da oralidade (entrevistas informais). IV.III.I. Pedras Salgadas Pedras Salgadas é uma pequena vila termal, no distrito de Vila Real, no norte do centro de Portugal, localizada a aproximadamente 37 km a norte da capital do distrito de Vila Real. É famosa pelas suas águas minerais. Existem vários pequenos hotéis na área, que recebem os turistas que querem relaxar no campo verde e beneficiar das facilidades do spa localizado lá. Em 2010, a Unicer empresa Portuguesa de cerveja e água abriu um novo complexo na cidade. Pedras Salgadas está localizada no município de Vila Pouca de Aguiar. Ambos estão localizados na N2, a estrada nacional que liga Chaves a Vila real. A nova autoestrada A24 passa a poucos quilómetros a oeste da cidade. A ferrovia foi fechada na década de noventa anos e a parte abandonada já foi asfaltada para o uso como um caminho de bicicleta e a pé. Este caminho estende-se a Vila Pouca de Aguiar, a uma distância de cerca de 10 quilómetros. 18 IV.III.I.I. Casino das Termas de Pedras Salgadas Construído em 1910 como ponto de reunião entre hóspedes de todos os hotéis de Pedras Salgadas, possui um salão vasto para bailes, concertos e espetáculos. 19 Pelo que se pode apurar, o casino é uma das muitas instalações no interior do parque das termas que se encontra fechado (e abandonado) Acedido a 18 de Outubro de Acedido a 24 de Março

55 Relativamente às assombrações, nada de concreto foi dito pelas pessoas, talvez porque seja a própria arquitetura (Figura 3) do casino que as remete para os filmes de fantasmas e assombrações. (Para mais imagens consultar anexo 1 e para mais informações consultar anexo 5 notas de campo) Figura 3 - Entrada principal do casino de Pedras Salgadas IV.III.II. Vila Real Vila Real é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Vila Real, na Região Norte e sub-região do Douro, com cerca de habitantes. É sede de um município com 377,08 km² de área. e habitantes 20 (2011), subdividido em 30 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Ribeira de Pena e de Vila Pouca de Aguiar, a leste por Sabrosa, a sul pelo Peso da Régua, a sudoeste por Santa Marta de Penaguião, a oeste por Amarante e a noroeste por Mondim de Basto. Crescida num planalto situado na confluência dos rios Corgo e Cabril, a cidade está enquadrada numa bela paisagem natural (Escarpas do Corgo), tendo como pano de fundo as serras do Alvão e, mais distante, do Marão. Com mais de setecentos anos de existência, Vila Real foi outrora conhecida como a "Corte de Trás-os-Montes", devido ao elevado número de casas brasonadas que então tinha INE (2011) Censos 2011 Resultados preliminares, p Câmara Municipal de Vila Real: Concelho: História. Acedido a 04/09/

56 IV.III.II.I. Palácio de Mateus 22 O Palácio de Mateus (Figura 4), nos arredores de Vila Real, é uma casa solarenga de grande elegância e uma das maiores expressões da arquitetura civil do Barroco nortenho, possuindo ainda belos jardins e extensas propriedades vinícolas circundantes. Data de 1619 a sua construção original, mas o palácio atual está ligado à pessoa de António José Botelho Mourão, seu proprietário em 1721, sabendo-se por documentação coeva que o renovado palácio Figura 4 Vista frontal do Palácio de Mateus pelo seu filho, D. Luís António Mourão. foi concluído em 1750 Robert Smith atribuiu ao arquiteto italiano Nicolau Nasoni a responsabilidade pelo projeto do Solar de Mateus. De acordo ainda com este historiador de arte, Nasoni terá remodelado um palácio já construído, pois as compridas e planas alas configuramse de modo diferente face à exuberância do pátio da entrada. O edifício é constituído por três corpos, sendo o central recuado. A fachada principal apresenta grandes janelas com frontões triangulares simples e outros ondulados e interrompidos por concheado. Num dinâmico jogo barroco, o arquiteto recorre ao contraste entre superfícies côncavas e convexas, com formas ascendentes e descendentes, balaustrada convergente e divergente. As linhas túrgidas horizontais são interrompidas por um coroamento de estátuas de vulto perfeito e pináculos, acentuando as linhas verticais do conjunto. 22. Palácio de Mateus. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, [Consult ]. 41

57 Exuberância e requinte dos pormenores esculpidos, combinando com a artificiosa e engenhosa escadaria dupla, compõem o conjunto nobre da fachada solarenga. A entrada dá acesso a uma sala central, daí divergindo para os quartos e demais dependências do solar. Os seus interiores, dispostos de modo a proporcionar maior privacidade, apresentam excecionais tetos forrados por painéis trapezoidais em madeira. De grande qualidade é o mobiliário que decora os vários compartimentos da casa. Os jardins, delineados com verdejante buxo e pontuados por canteiros florais, estão magnificamente arranjados, proporcionando a série de terraços adjacentes agradável visão sobre os vinhedos em redor. O cenário arquitetónico do Solar de Mateus tornou-se famoso em todo o mundo através dos rótulos do conhecido vinho rosé, batizado com a mesma denominação da propriedade onde é produzido. As assombrações já foram vistas ou ouvidas por quase todo o pessoal que lá trabalha, em formas de animais (gatos ou cães negros), ou na forma humana. O Perna de Prata, como é denominado, foi um dos senhores da Casa de Mateus que perdeu uma perna e lhe foi colocada uma em prata e é das aparições mais referidas. (Para mais imagens consultar anexo 2 e para mais informações consultar anexo 5 notas de campo). IV.III.III. Vidago 23 Vidago é uma freguesia portuguesa do concelho de Chaves, com 6,40 km² de área e habitantes (2001). Densidade: 185,3 hab/km². É conhecida pelas suas águas. Vidago está situada a quinze quilómetros de Chaves, sede do concelho a que pertence.fica na zona sul da circunscrição, sendo atravessada pela estrada nacional nº Vidago, acedido em 17 de Março

58 A vila está localizada no fundo de um vale apertado onde confluem o rio Avelames e a Ribeira de Oura, em cujas margens se plantam videiras. Em volta estão as serras do Alvão e da Padrela. A norte está o pico de Santa Bárbara, local de grande passado nacionalista. O vale, em tempos muito arborizado está agora mais despido de vegetação, por ter sido, na década de 80, vítima de incêndios devastadores. Vidago é ainda conhecido pelas suas águas termais e pelo ex-libris da vila: Vidago-Palace Hotel. As águas de Vidago, muito especialmente as da nascente n.º 1, de uma alcalinidade superior a qualquer água portuguesa, excedem também em alcalinidade a de Vichy. Na Europa só há outra estância, onde se dão injeções de água viva, Uriage (França). Tais injeções são intramusculares, para a cura de eczemas, coriza hidrorreica, urticária, bronquites, asma, etc. IV.III.III.I. Hotel Salus/Hotel do Golf O Hotel Salus foi inaugurado no verão de 1918 e a sua construção deve-se ao financiamento de um empresário de nome Pereira Basto. Foi o segundo grande edifício hoteleiro a ser construído em Vidago, oito anos após a inauguração do hotel Palace Hotel. Mais tarde, o seu nome passa a ser Hotel do Golf. No início, o hotel dispunha de cem quartos aproximadamente, todos luxuosamente mobilados, com luz direta, água canalizada e luz elétrica.no primeiro piso do hotel, estava instalado o balneário com casa de duches, cabines para banhos de imersão alcalinos, carbogasosos, e para banhos de limpeza e um gabinete próprio para massagens manuais ou vibratórias. Este hotel ficou destruído em 19 de Março de 1967, devido a um grande incêndio Hotel Salus/Hotel do Golf, acedido em 17 de Março

59 Hoje em dia, está em muito mau estado exterior e interiormente, havendo apenas algumas divisões quase intactas. Possui um ambiente escuro e assustador. Segundo as pessoas da região, à noite um piano toca, gritos ouvem-se, máquinas de costura, pessoas a falar e o ambiente é bastante pesado no seu interior. De referir que existem manchas de sangue em determinadas divisões e uma sala onde parece que se realizam rituais de magia devida à presença de velas de Figura 5 Vista frontal do Hotel Salus cemitério e um crucifixo de madeira espalhados pelo chão. (Para mais imagens consultar anexo 3 e para mais informações consultar anexo 5 notas de campo.) IV.III.III.II. Hotel Avenida Pouco foi possível apurar sobre este hotel. Só que foi encerrado no final do século passado 25. Era um hotel, como o anterior, de luxo. Encontra-se em muito bom estado, ainda com muito material lá dentro (livros de reservas, fotografias, mobiliário, etc ). Figura 6 Vista frontal do Hotel Avenida Acedido a 16 de Junho

60 Falando de assombrações, este hotel tem de tudo, desde figuras nas janelas, cortinas que abanam sem vento, luzes, barulhos de passos ou vocalizações, portas que batem sem vento algum, etc (Para mais imagens consultar anexo 4 e para mais informações consultar anexo 5 notas de campo.) 45

61 V. Abordagem e Processo de Investigação No sentido de investigar e caracterizar não só a adesão do público, como também as condições infraestruturais de localidades, foi realizada uma pesquisa intensiva na internet sobre o tema, passando pela recolha bibliográfica e confirmação oral por parte dos habitantes sobre as histórias de determinado local. Foram, também, realizados inquéritos informais (via e telefónico) a 100 pessoas das regiões de Vila Pouca de Aguiar, Mirandela, Carrazeda de Ansiães, Pedras Salgadas e Vidago, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 16 e os 70 anos de idade (públicoalvo). V.I. Caracterização dos participantes no estudo Com o primeiro grupo de perguntas do questionário procurou-se caracterizar os participantes no estudo. Analisando os gráficos seguintes, pode-se verificar que os inquiridos apresentam características diversificadas. No que concerne à localidade onde habitam, através da 46

62 análise do gráfico 1, podemos verificar que todas têm a mesma percentagem de inquiridos para todas estarem ao mesmo nível de respostas ao estudo. Gráfico 1 - Percentagem de inquiridos por localidade participantes no estudo No que respeita às idades dos participantes, os resultados apresentam-se no gráfico 2. Foi usado mesmo método anterior na escolha dos inquiridos, daí todas as etapas de idades apresentarem o mesmo número de pessoas. 25% 25% 25% 25% Gráfico 2 Percentagem de idades dos inquiridos Os resultados que se apresentam no gráfico 3 são o número de inquiridos com determinada idade em cada uma das localidades selecionadas. 47

63 Vidago Vila Pouca de Aguiar Pedras Salgadas Mirandela Carrazeda de Ansiães Gráfico 3 - Número de inquiridos por idade e localidade de residência V.II. Conhecimento do Turismo Paranormal No segundo grupo de perguntas pretende saber-se os conhecimentos dos inquiridos sobre este tipo de turismo. 0 5% Sim 95% Não Gráfico 4 - Já ouviu falar de Turismo Paranormal? É compreensível que 95% dos inquiridos tenha dito que nunca ouviu falar de Turismo Paranormal, tendo em conta que é um conceito inexistente em Portugal. 48

64 Aos 5% dos participantes que responderam afirmativamente à pergunta anterior foi colocada outra questão, à qual todos responderam que Não. 0% 100% Sim Não Gráfico 5 - Já praticou este tipo de turismo? Devido à inexistência do serviço em Portugal, é normal que nenhum dos poucos inquiridos que ouviu falar deste turismo inovador tenha praticado. Aos 100% dos participantes que responderam à pergunta anterior: Gráfico 6 Por que motivo? Mais uma vez, a falta de informação sobre onde está implementado este Turismo, leva os participantes do estudo a uma unanimidade. 49

65 V.III. Disponibilidade para participação nos projetos apresentados O último grupo de perguntas é para todos os participantes do inquérito em que se pretende saber a disponibilidade para o participar nos projetos de Turismo e Animação Paranormal apresentados mais à frente neste capítulo. Gráfico 7 - Consideraria visitar um local que possuísse uma casa, ou qualquer outra infraestrutura assombrada em Portugal (Turismo Paranormal)? Pode-se observar que uma grande percentagem está disposta a, pelo menos, visitar um local com infraestruturas assombradas em Portugal. Tendo em conta este último gráfico, foi considerado interessante analisar as respostas por idades e localidades. Gráfico 8 - Análise do gráfico 7 (ver acima) por localidades. 50

66 A maioria dos aderentes seria de Vidago com 19% com nenhum inquirido a rejeitar a proposta, se bem que as outras localidades não estão muito atrás em termos de percentagem. Gráfico 9 - Análise do gráfico 7 (ver acima) por idades. Tendo em conta as idades, só os intervalos de idades entre os 16 e os 30 anos, perfazem quase metade da percentagem de aderentes. Sendo o intervalo dos 65 aos 70 o que mais rejeita a proposta e com menor percentagem de adesões (6%). Relativamente à Animação Turística Paranormal: 13% 75% 12% Sim Não Não sabe/não quer responder Gráfico 10 - Consideraria participar num projeto de Animação Turística Paranormal como o apresentado? 51

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