Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho 27 de abril de 2015

Transcrição

1 Panorama dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho no Estado de São Paulo Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho 27 de abril de 2015

2 SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN Implantado no começo da década de 90. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE AGRAVOS À SAÚDE DO TRABALHADOR Portaria Nº RESOLUÇÃO SS 63 SES/SP CERESTE ESTADUAL E CVE 2009

3 Regulamenta o Fluxo de Notificação. Rede Sentinela: PARA TODOS OS AGRAVOS: CEREST e outros serviços especializados em saúde do trabalhador..., inclusive os SESMT; PARA OS AT: hospitais, pronto socorros e outros serviços de atendimento de urgência e emergência...; AGRAVOS ESPECÍFICOS: serviços de referência diagnóstica. Notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível.

4 SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014 Determina que a notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privadosde saúde, que prestam assistência ao paciente, em conformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de A notificação compulsória será realizada diante da suspeita ou confirmaçãode doença ou agravo, de acordo com o estabelecido no anexo, observando-se, também, as normas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. O acidente de trabalho com exposição a material biológico passa a ser de notificação semanal e o acidente de trabalhograve, fatal e em crianças e adolescentes, de notificação imediata.

5 Notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível.

6 SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação PORTARIA Nº 1984 DE 12 DE SETEMBRO DE 2014 Define a lista nacional de doenças e agravos de notificação compulsória a serem monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes. Reafirma, na Vigilância em Saúde do Trabalho, a obrigatoriedade da notificação das doenças ocupacionais: câncer relacionado ao trabalho, dermatoses ocupacionais, LER/DORT, Perda Auditiva Induzida por Ruído -PAIR relacionada ao trabalho, Pneumoconiosesrelacionadas ao trabalho e Transtornos mentais relacionados ao trabalho.

7 Dados dos registros de agravos ocupacionais no SINAN Estado de São Paulo Período de abrangência: 2007 a 2014 Base de dados atualizada em 23 de fevereiro de 2015

8 AT BRASIL Notificações de AT Graves, Fatais e em Crianças e Adolescentes - Brasil

9 DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE REGISTROS DE ACIDENTES DO TRABALHO POR ANO DE NOTIFICAÇÃO

10 NOTIFICAÇÃO DE AT BRASIL E SÃO PAULO Notificações de AT Graves, Fatais e em Crianças e Adolescentes - Brasil

11 DISTRIBUIÇÃO NÚMERO DE REGISTROS DOS AGRAVOS OCUPACIONAIS POR SEXO E PERÍODO DE NOTIFICAÇÃO

12 NÃO FORAM CONSIDERADOS OS CASOS EM QUE A VARIÁVEL SEXO NÃO FOI INFORMADA

13 MUNICÍPIOS COM PELO MENOS 1 NOTIFICAÇÃO (VERDE) E MUNICÍPIOS SEM NOTIFICAÇÃO (VERMELHO) DE AT 2007 A %

14 TOTAL DE MUNICÍPIOS NO ESTADO: 645 EM TODOS OS ANOS DE NOTIFICAÇÃO: 85% DOS MUNICÍPIOS NOTIFICARAM AO MENOS 1 ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO; 93% DOS MUNICÍPIOS NOTIFICARAM AO MENOS 1 AGRAVO OCUPACIONAL; 73% DOS MUNICÍPIOS NOTIFICARAM 100 OU MENOS CASOS DE AGRAVOS OCUPACIONAIS.

15 MUNICÍPIOS QUE MAIS NOTIFICARAM DOENÇAS E INTOXICAÇÕES EXÓGENAS RELACIONADAS AO TRABALHO 2007 A SÃO JOSÉ DOS CAMPOS casos 2. CAMPINAS casos 3. SÃO PAULO casos 4. SÃO BERNARDO DO CAMPO casos 5. DIADEMA casos 6. PIRACICABA casos 7. RIO CLARO 909 casos 8. GUARULHOS 792 casos 9. AMPARO 728 casos 10.MARÍLIA 682 casos

16 MUNICÍPIOS QUE MAIS NOTIFICARAM ACIDENTES DO TRABALHO 2007 A SÃO PAULO casos 2. SÃOJOÃO DA BOA VISTA casos 3. MOJI-GUAÇÚ casos 4. JUNDIAÍ casos 5. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO casos 6. DIADEMA casos 7. SÃO BERNARDO DO CAMPO casos 8. MARÍLIA casos 9. RIBEIRÃO PRETO casos 10. SOROCABA casos 63,5%

17 DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE REGISTROS DE AT POR FAIXA ETÁRIA 2007 A 2014

18 OCUPAÇÃO AT 2007 A 2014 VARIÁVEL OCUPAÇÃO : 28% SEM INFORMAÇÃO. OCUPAÇÕES MAIS FREQUENTES (NÃO AGRUPADAS): 1. PEDREIRO; 2. FAXINEIRO; 3. OPERADO DE MÁQUINAS FIXAS; 4. MOTORISTA DE CAMINHÃO (ROTAS REGIONAIS E ITERNACIONAIS);

19 OCUPAÇÃO AT 2007 A AÇOUGUEIRO; 6. ALIMENTADOR DE LINHA DE PRODUÇÃO; 7. COZINHEIRO GERAL; 8. AUXILIAR DE ENFERMAGEM; 9. SERVENTE DE OBRAS; 10. VENDEDOR DE COMÉRCIO VAREJISTA; 11.MOTOCICLISTA NO TRANSPORTE DE DOCUMENTOS E PEQUENOS VOLUMES; 12. SOLDADOR;

20 OCUPAÇÃO AT 2007 A AUXILIAR DE ESCRITÓRIO (EM GERAL); 14.MECÂNICO DE MANUTENÇÃO DE AUTOMÓVEIS, MOTOCICLETAS E VEÍCULOS SIMILARES; 15. AJUDANTE DE MOTORISTA; 16. REPOSITOR DE MERCADORIAS; 17. ATENDENTE DE LANCHONETE; 18. EMPREGADO DOMÉSTICO NO SERVIÇOS GERAIS; 19.CARPINTEIRO, E 20. SERRALHEIRO.

21 DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE REGISTROS DE AT POR RAMO DE ATIVIDADE 2007 A 2014 CNAE-Ativ. Econ. Total %Total D - INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO ,2% G - COMÉRCIO; REPARAÇÃO DE VEÍC AUTOMOT E MOTOC A COM E VAREJO DE COMB ,2% K - ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS, ALUGUÉIS E SERVIÇOS PRESTADOS ÀS EMPRESAS ,1% F - CONSTRUÇÃO ,9% I - TRANSPORTE, ARMAZENAGEM E COMUNICAÇÕES ,5% N - SAÚDE E SERVIÇOS SOCIAIS ,0% H - ALOJAMENTOS E ALIMENTAÇÃO ,6% O - OUTROS SERVIÇOS COLETIVOS, SOCIAIS E PESSOAIS ,9% M - EDUCAÇÃO ,2% L - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DEFESA E SEGURIDADE SOCIAL ,0% P - SERVIÇOS DOMÉSTICOS 817 0,4% A - AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA E EXPLORAÇÃO FLORESTAL 590 0,3% J - INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 485 0,2% E - PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ELETRECIDADE, I GÁS E ÁGUA 215 0,1% B - PESCA 175 0,1% C - INDÚSTRIAS EXTRATIVAS 86 0,0% SEM INFORMAÇÃO ,3% Total ,0%

22 SUB RAMOS DE ATIVIDADE MAIS FREQUENTES OUTRAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS PRESTADOS PRINCIPALMENTE ÀS EMPRESAS, NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE (7,4%) EDIFICAÇÕES(RESIDENCIAIS, INDUSTRIAIS, COMERCIAIS E DE SERVIÇOS (4,6%) ATIVIDADES DE ATENDIMENTO HOSPITALAR (3,6%) TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS, EM GERAL (3,3%) ATIVIDADES DE IMUNIZAÇÃO, HIGIENIZAÇÃO E DE LIMPEZA EM PRÉDIOS E DOMICÍLIOS (3,1%)

23 DISTRIBUIÇÃO POR CAUSA DO AT 2014 E (TOTAL) CAUSA DO ACIDENTE 2014 TOTAL %TOTAL W00-X59 OUTRAS CAUSAS EXTERNAS DE TRAUMATISMOS ACIDENTAIS ,5% Y90-Y98 FAT SUP RELAC C/ CAUSAS DE MORB E MORT CLAS EM OUT PARTE ,6% V01-V99 ACIDENTES DE TRANSPORTE ,8% Y10-Y34 EVENTOS (FATOS) CUJA INTENÇÃO É INDETERMINADA ,3% X85-Y09 AGRESSÕES ,5% X58-X59 ESPOSIÇÃO ACID A OUTROS FATORES E OS NÃO ESPECIFICADOS ,4% Y40-Y84 COMPLICAÇÕES DE ASSISTÊNCIA MÉDICO E CIRÚRGICA ,1% X60-X84 LESÕES AUTOPROVOCADAS INTENCIONALMENTE ,0% Y85-Y89 SEQ DE CAUSAS EXT DE MORB E MORT ,0% Y35-Y36 INTERVENÇÕES LEGAIS E OPERACOES DE GUERRA - 1 0,0% Dado Incorreto ou Sem Informação ,8% Total 91% ,0%

24 ACIDENTES DE TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTE 2007 a 2014

25 ACIDENTES DE TRABALHO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Protocolo SINAN: menores de 18 anos. A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XXXIII considera menor o trabalhador de 16 (dezesseis) a 18 (dezoito) anos de idade. Ao menor de 16 anos de idade é vedado qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz a partir de 14 anos. Segundo a legislação trabalhista brasileira é proibido o trabalho do menor de 18 anos em condições perigosas ou insalubres.

26 Distribuição do número de registros de AT em crianças e adolescentes por ano de notificação. Período: 2007 a 2014.

27 AT EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES 2007 A 2014 A grande maioria dos casos (90%) atingiu jovens entre 16 e 17 anos de idade.

28 DISTRIBUIÇÃO PELA EVOLUÇÃO DO CASO Evolução caso Freqüência % Cura ,0% Incapacidade Temporária ,0% Incapacidade parcial permanente 136 1,3% Outra 66 0,6% Óbito pelo acidente 30 0,3% Incapacidade total permanente 10 0,1% Óbito por outras causas 4 0,0% Ign/Branco ,7% Total ,0%

29 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS AT POR MUNICÍPIO DE OCORRÊNCIA 2007 A 2014 M U N IC ÍP IO % D O S C A S O S S ã o P a u lo 2 4,7 % F r a n c a 7,4 % S ã o Jo s é d o R io P r e t o 5,7 % Ju n d ia í 3,8 % A r a r a q u a r a 3,7 % R io C la r o 3,5 % S o r o c a b a 3,1 % A m e r ic a n a 2,9 % D ia d e m a 2,5 % M a r ília 2,5 % A r a ç a t u b a 2,2 %

30 OCUPAÇÕES COM MAIOR FREQUÊNCIA 2007 A embalador a mão -7,0% 2. atendente de lanchonete - 6,9% 3. repositor de mercadorias - 5,1%

31 OCUPAÇÕES INFORMAIS OU ASSOCIADAS À INFORMALIDADE 2007 A 2014 empregado doméstico nos serviços gerais casos catador de material reciclável 14 casos banhista de animais domésticos 10 casos jardineiro 9 casos

32 OCUPAÇÕES EM GERAL PERIGOSAS OU INSALUBRES 2007 A 2014 açougueiro casos servente de obras 92 casos serralheiro 75 casos pedreiro 72 soldador 41 eletricista de instalações casos de acidentes com motociclista no transporte de documentos e pequenos volumes.

33 PRINCIPAIS CAUSAS DOS AT W00-W59 Outras Causas Externas de Traumatismo Acidentais; 2. V01-V99 Acidentes de Transporte, e 3. X10-X19 Contato com uma Fonte de Calor ou com Substâncias Quentes.

34 ACIDENTES DE TRABALHO FATAIS

35 DEFINIÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO FATAL Acidente de trabalho fatal é aquele que leva a óbito imediatamente após sua ocorrência ou que venha a ocorrer posteriormente, a qualquer momento, em ambiente hospitalar ou não, desde que a causa básica, intermediária ou imediata da morte seja decorrente do acidente.

36 Distribuição do número de registros de acidentes de trabalho fatais por ano de notificação

37 Distribuição do número de registros de acidentes de trabalho fatais por evolução do caso e por letalidade a 2014 Evolução caso Total Óbito pelo AT Total de AT Letalidade (X 1.000) 8,61 14,43 14,64 18,23 16,62 13,56 12,62 13,12 14,13

38 Distribuição pela letalidade (X 1.000) dos AT 2007 a ,43 14,64 18,23 16,62 13,56 12,62 13,12 8,

39 Comparação entre número de registros de óbitos por Acidente de Trabalho INSS e SINAN no estado de São Paulo a Ano INSS A - Óbitos B - AT Fatal (Total) SINAN C - AT Fatal (Trabalhadores CLTistas) % SINAN/INSS (C/A X 100) 40% 44% 40%

40 CARACTERÍSTICAS DOS AT FATAIS 93,7% eram do sexo masculino; a maioria era branca (58,1%); a faixa etária predominante a de 26 a 45 anos de idade (48,5%); escolaridade predominante: o ensino médio completo (17,5%); 2 casos de trabalhadoras gestantes.

41 DISTRIBUIÇÃO POR CAUSA DO AT FATAL 2007 A 2014 causa acidente 2007/-/2014 %Total W00-X59 OUTRAS CAUSAS EXTERNAS DE ,20% TRAUMATISMOS ACIDENTAIS V01-V99 ACIDENTES DE TRANSPORTE ,50% X85-Y09 AGRESSÕES 69 5,30% Y10-Y34 EVENTOS (FATOS) CUJA INTENÇÃO É 18 1,40% INDETERMINADA Y90-Y98 FATORES SUPL. RELAC. C/ AS CAUSAS DE 13 1,00% MORB. E MORT.... X60-X84 LESÕES AUTOPROVOCADAS 3 0,20% INTENCIONALMENTE Y40-Y84 COMPLICAÇÕES DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E 3 0,20% CIRÚRGICA X58-X59 EXPOS. ACIDENTAL A OUTROS FATORES E 1 0,10% AOS Ñ ESPEC. Total ,00%

42 1.873 casos (59,2%) sem informação.

43 DISTRIBUIÇÃO POR MUNICÍPIO DE NOTIFICAÇÃO 2007 A 2014 Mun Notificação SP Frequência % %Acum São Bernardo do Campo 224 7,10% 7,10% Santos 201 6,40% 13,40% São Paulo 199 6,30% 19,70% Sorocaba 194 6,10% 25,90% Jundiaí 101 3,20% 29,00% Ribeirão Preto 93 2,90% 32,00% São José do Rio Preto 90 2,80% 34,80% Campinas 77 2,40% 37,30% Piracicaba 74 2,30% 39,60% Araraquara 67 2,10% 41,70% São José dos Campos 63 2,00% 43,70% Moji-Guaçu 58 1,80% 45,50% Marília 56 1,80% 47,30% Guarulhos 53 1,70% 49,00% Registro 51 1,60% 50,60% Demais municípios ,40% 100,00% Total ,00% 15 MUNICÍPIOS 50,60%

44 OUTRAS INFORMAÇÕES CEREST/SP DVST