FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DE MINAS

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1 UNIÃO EDUCACIONAL MINAS GERAIS S/C LTDA FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DE MINAS Autorizada pela Portaria no 577/2000 MEC, de 03/05/2000. BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ASPECTOS SOBRE A NEUTRALIDADE DE REDE E FERRAMENTAS DE INSPEÇÃO DE TRÁFEGO LIVIA GIULIANI ALVES EUSTAQUIO Uberlândia MG 2008

2 LIVIA GIULIANI ALVES EUSTAQUIO ASPECTOS SOBRE A NEUTRALIDADE DE REDE E FERRAMENTAS DE INSPEÇÃO DE TRÁFEGO Trabalho de final de curso submetido à como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Bacharel em Sistemas de Informação. Orientador: Prof. Esp. Alexandre Campos. Uberlândia MG 2008

3 LIVIA GIULIANI ALVES EUSTAQUIO ASPECTOS SOBRE A NEUTRALIDADE DE REDE E FERRAMENTAS DE INSPEÇÃO DE TRÁFEGO Banca Examinadora: Trabalho de final de curso submetido à como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Bacharel em Sistemas de Informação. Orientador: Prof. Esp. Alexandre Campos Uberlândia, 28 de Agosto de Prof. Esp. Alexandre Campos Profa. Dra Kátia Lopes Silva Prof. Esp. Leandro de Souza Lopes Uberlândia MG 2008

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois, sem ele nada seria possível. A todos que me incentivaram a concluir mais esta etapa da minha vida. Em especial, aos meus pais, José Maria e Aparecida, minha irmã que adoro Eloainy, pelo esforço, dedicação e compreensão e por acreditarem que este sonho iria se realizar.

5 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, agradeço a Deus e a Nossa Senhora Desatadora dos Nós, pelo dom da vida que me deu, pela luz que nunca se apagou, iluminando os meus passos, e por tudo o que não pode ser expresso com palavras. Especialmente, aos meus pais, José Maria e Aparecida, pela vida, pelo amor e pelo exemplo de luta, o meu agradecimento eterno, amo vocês. Agradeço minha irmã Eloiany por sempre estar ao meu lado incentivando em tudo em minha vida. Agradeço as minhas amigas Marselha e Elânia que, nesta caminhada, embarcaram comigo no meu sonho, incentivando e colaborando com os seus conhecimentos e sabedoria. Ao meu amigo, Paulo, pelo comprometimento e empenho na tradução. Ao meu orientador, Prof. Alexandre Campos, pelo incentivo, confiança e dedicação. A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a elaboração deste trabalho. Finalmente, aos demais componentes da banca examinadora pelo tempo despendido para a leitura e análise deste trabalho. A todos, muito obrigada.

6 RESUMO No inicio da utilização da Internet as aplicações eram basicamente para troca de informações textuais, seja pela troca de s, transferência de (FTP), ou através da utilização de consoles remotos (Telnet). Com a evolução natural da infraestrutura tecnológica incorporaram-se novos tipos de mídias às aplicações, notadamente mídias contínuas, como áudio e vídeo. As aplicações que manipulam de forma integrada diferentes tipos de mídia, conhecidas como aplicações multimídia, têm como requisito comum a exigência de certa qualidade de serviço da infra-estrutura de rede da qual elas fazem uso, para que possam funcionar de maneira apropriada. Este trabalho apresenta a evolução e funcionalidade da Internet por camadas de pacotes, juntamente com os aspectos da Neutralidade de Rede Net Neutrality que permite que as pessoas possam comunica-se independentemente do lugar onde estejam e não desejam que operadoras possam bloquear estes acessos. Já para as operadoras de telecomunicação a liberdade deste segmento pode trazer prejuízo, pelo fato delas não poderem fazer cobranças diferenciadas para o acesso à Internet as quais julgam ser uma desvantagem da Neutralidade de Rede. Outro aspecto que é apresentado são as Ferramentas de Inspeção de Tráfego DPI Inspeção Profunda de Pacotes os quais são desenvolvidas para que os canais de informação da Internet não fiquem congestionados parando assim a entrega da comunicação. São ferramentas de proteção interna e externa da rede, sem comprometer o desempenho da mesma. Desta forma este trabalho serve como material de apoio e pesquisa para pessoas interessadas neste assunto possa adquirir conhecimentos básicos sobre os aspectos da Neutralidade de Rede e Ferramentas de Inspeção de Tráfego na Internet. PALAVRAS-CHAVE: neutralidade de rede, ferramentas de inspeção de tráfego, inspeção profunda de pacotes, DPI.

7 ABSTRACT In I begin him/it of the use of Internet all the applications that came along with it, were basically for the exchange of textual information, either for the exchanging and transference of files (FTP), or through the network protocol use (Telnet). With the natural evolution of the technological infrastructure, new types of medias to the applications had been incorporated, evidently uninterrupted medias, like audio and video. The applications that manipulate the integrated form different types of media, known as multimedia applications, have as common requisite the requirement of a certain quality of service of the net infrastructure of which they make use, so that they can work in an appropriate way. This work will present the evolution and the functionality of the Internet with the aspects of the Net Neutrality that allows the people to can he/she communicates independently of the place where you/they are and they don't want operators to block these accesses. Therefore, for the telecommunication operators, the availability of this segment can bring loss, for the fact that they cannot make any differentiated charges for the access to the Internet in which they judge to be a disadvantage of the Net Neutrality. Another aspect that it will be presented is the Tools of Inspection of Traffic DPI Deep Packet Inspection that is developed to ensure equitable bandwidth to all users by preventing network congestion. They are protection tools it interns and it expresses of the net, without committing the acting of the same. In such a way this present work will be used as a support and research for people interested in this subject and also to acquire basic knowledge on the aspects of the Net Neutrality and Deep Packet Inspection on the Internet. KEY WORDS: Net Neutrality, Traffic Inspection Tools, Deep Packet Inspections, DPI

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Funcionamento conexão ADSL Figura 2 Taxa de freqüência ADSL2 e ADSL Figura 3 Arquitetura do TCP/IP Figura 4 Alguns Protocolos Figura 5 Exemplo de conexão TCP Figura 6 Modelo de VoIP Figura 7 O número de subscritores ativos que usam aplicações diferentes Figura 8 Modelo para QoS Figura 9 Forma geral de um pacote IPv Figura 10 Estrutura do cabeçalho Ipv

9 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Camadas do Modelo de Referência TCP/IP Quadro 2 Protocolos TCP/IP Quadro 3 Serviços e Protocolos TCP/IP Quadro 4 Comparativos das tecnologias de rede para transmissão de voz... 43

10 LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS ADSL Asymmetric Digital Subscriber ARP Address Resolution Protocol ARPA Advanced Research Projects Agency ARPANET Advanced Research Projects Agency Network CAR Committed Access Rate CERN Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire DPI Deep Packet Inspection DSL Digital Subscriber Line FCC Federal Communication Comission FTP File Transfer Protocol HTML Hypertext Markup Language HTTP Hypertext Transfer Protocol ICMP Internet Control Message Protocol IGMP Internet Group Management Protocol IP Internet Protocol ISP Internet Service Provider MILNET MILitary NETwork NCP Network Control Protocol OSI Open Systems Interconnection P2 Peer-to-peer-P2P POP3 Post Office Protocol 3 PPPoE Point-to-Point Protocol over Ethernet QoS Quality of Service RARP Reverse Address Resolution Protocol RTP Real Time Protocol SMTP Simple Mail Transfer Protocol SNMP Simple Network Management Protocol TCP Transmission Control Protocol UDP User Datagram Protocol XML Extensible Markup Language

11 WAN Wide Area Network VSDL - Very-high-bit-rate Digital Subscriber Line MIB Management Information Base RITS Rede de Informações do Terceiro Setor COPE - Communications Opportunity, Promotion and Enhancement Act PSIs Provedores de Serviço Internet UTM - Unified Threat Managemen

12 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1 Cenário Atual Objetivo do Trabalho Objetivo Geral Objetivo Específico Justificativa para Pesquisa Organização do Trabalho FUNCIONAMENTO DA INTERNET 2.1 Introdução Tecnologia ADSL Protocolos de Internet Modelo de Referencia OSIxTCP/IP Camada de Aplicação Camada de Transporte Camada de Rede Camada de Enlace Camada Física Protocolo da Arquitetura TCP/IP Protocolo IP Protocolo TCP Protocolo TCP e Controle de Fluxo Controle de Fluxo - Stop And Wait Controle de Fluxo - Sliding Window HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) O SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) FTP (File Transfer Protocol) SNMP (Simple Network Management Protocol) UDP (User Datagrama Protocol) ARP (Address Resolution Protocol) RARP (Reverse Address Resolution Protocol) ICMP (Internet Control Message Protocol) IGMP (Internet Group Management Protocol) Algumas aplicações da Internet Voip - Voz sobre IP Peer-to-Peer- P2P Protocolo Fasttrack BitTorrent Web Mail Correio Eletrônico NEUTRALIDADE DE REDE (NET NEUTRALITY) 3.1 Introdução Origem da Neutralidade de Rede Argumentos Favoráveis à Neutralidade de Rede Argumentos Desfavoráveis à Neutralidade de Rede Quebra da Neutralidade de Rede...56

13 4. FERRAMENTAS DPI DEEP PACKET INSPECTION (INSPEÇÃO PROFUNDA DE PACOTES) 4.1 Introdução Fornecedores DPI Deep Packet Inspection Ellacoya Allot Packteer Sandvine Traffic Shaping (Modelagem de Tráfego) Objetivos do Traffic Shaping Aspectos e Necessidade do Traffic Shaping Inspeção e Controle de Tráfego Exemplos de Ferramentas IPv6 e Traffic Shaping Traffic Policing (Policiamento de Tráfego) CONCLUSÃO 5.1 Trabalhos Futuros...76

14 14 1 INTRODUÇÃO 1.1 Cenário Atual Atualmente a Internet, a rede mundial de computadores, é um privilégio aos usuários da vida moderna e está em freqüente expansão, revolucionando o mundo dos computadores e das comunicações. Ela funciona como mecanismo de disseminação da informação e divulgação mundial e um meio para colaboração e interação entre indivíduos e seus computadores, independentemente de suas localizações geográficas. Representa um dos mais bem sucedidos exemplos dos benefícios da manutenção do investimento e do compromisso com a pesquisa e o desenvolvimento de uma infra-estrutura para a informação. Começando com as primeiras pesquisas em trocas de pacotes, o governo, a indústria e o meio acadêmico tem sido parceiros na evolução e uso desta excitante tecnologia. Uma vez que, com a globalização o uso da Internet tem se tornado indispensável para esses setores, pois através dela é possível buscar e trocar informações de maneira rápida e eficiente com o mundo sem sair do lugar. A Internet surgiu nas décadas de 60 e 70 com objetivo inicial de atender as necessidades militares do governo americano. O governo norte-americano queria desenvolver um sistema para que seus computadores militares pudessem trocar informações entre si, de uma base militar para outra e que mesmo em caso de ataque nuclear os dados fossem preservados, ou seja, uma tecnologia de resistência e segura. Foi assim que surgiu então o antecessor da Internet a ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network) criada pela ARPA (Advanced Research Projects Agency) no ano de 1969 com o objetivo de interligar as universidades juntamente com as bases militares do governo americano. (TANENBAUM, 1997). Na década de 80 a ARPA cedeu os direitos do código dos protocolos TCP/IP à Universidade da Califórnia para que fosse distribuído junto com o sistema operacional UNIX (Unics Uniplexed Information and Computing System). A ARPA solicitou que todos os computadores que estavam conectados a ARPANET para que utilizassem os protocolos TCP/IP. Com isso, esses protocolos se difundiram rapidamente, visto que não eram aplicativos comerciais. Com o passar dos anos, a Internet vem se popularizando e se tornando um

15 15 dos meios de comunicação mais eficazes do planeta. Sua utilização abrange desde fins pessoais e comerciais até fins não-legais. (TANENBAUM, 1997 p.253). A ARPA iniciou suas atividades voltando-se para tecnologia de interligação em redes em meados da década 1970, e a arquitetura e os protocolos adquiriram sua forma atual por volta de (Douglas E. Comer, 1998 p.305) Em Janeiro de 1983, a ARPANET mudou seu protocolo NCP (Network Control Protocol) para pilha TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol). O sucesso do sistema criado pela ARPANET foi tanto que as redes também foram voltadas para a área de pesquisas científicas das universidades. Com isso, a ARPANET começou a ter dificuldades em administrar todo este sistema, devido ao grande e crescente número de localidades universitárias contidas na mesma. Dividiu-se então este sistema em dois grupos a MILNET (Military Network NCP) (rede exclusiva para órgão militares), que possuía as localidades militares, e a nova ARPANET que possuía as localidades não militares. A transição para a tecnologia da Internet foi completa em janeiro de 1983, quando o Office of the Secretary of Defense ordenou que todos os computadores conectados a redes de longa distância utilizassem o TCP/IP. (Douglas E. Comer, 1998 p.305) Contudo, a Internet, como é conhecida, com sua interatividade como arcabouço de redes interligadas de computadores e seus conteúdos multimídia só se tornou possível no ano de 1990 pela contribuição do cientista Tim Berners-Lee e ao CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire) - Centro Europeu de pesquisas nucleares, que criaram a World Wide Web, o qual já havia criado o projeto de HTML Hyper Text Transfer Protocol, http Hypertext Transfer Protocol e primeiras páginas web, inicialmente interligando sistemas de pesquisa científicas e mais tarde acadêmicas ligadas às universidades. Segundo pesquisas realizadas, no ano de 1993, Tim Berners-Lee lançou um projeto chamado de Navegador Mosaic 1.0, mas foi apenas no final de 1994 que houve interesse do público na Internet. A palavra Internet só foi de uso comum, principalmente nos paises desenvolvidos no ano de 1996, referindo-se na maioria das vezes a WWW. A Internet hoje é uma larga infra-estrutura de informações, o protótipo inicial do que é frequentemente chamado a Infra-Estrutura Global da Informação.

16 16 A história da Internet é complexa e envolve muitos aspectos tecnológicos, econômicos, organizacionais e comunitários. Sua influência atinge não somente o campo técnico das comunicações via computadores, mas toda a sociedade na medida em que usa cada vez mais ferramentas online para fazer comércio eletrônico, adquirir informação, elaborar pesquisas e operar em comunidades. A Internet é um grande exemplo de um sistema de grande escala, bastante engenhado, ainda que muito complexo. A Internet é extremamente heterogênea, pois, por exemplo, as taxas de transferência de dados e as características físicas das conexões variam bastante. Adicionando à sua complexidade está a capacidade de mais de um computador utilizar a Internet através de um nó de rede com um endereço IP público chamado de proxy (um tipo de servidor que atua nas requisições dos seus clientes executando os pedidos de conexão a outros servidores), criando a possibilidade de sub-redes hierárquicas, que poderiam ser estendidas infinitamente (exceto pelas limitações técnicas de segurança por exemplo do protocolo IPv4, o qual é a quarta versão do protocolo IP). No IPV4, os endereço IP são compostos por 4 blocos de 8 bits (32 bits no total), que são representados através de números de 0 a 255, como " " ou " ". É importante compreender que a Internet não é um novo modelo de rede física. Ao contrário, é um conjunto de redes físicas ligadas entre si e de convenções sobre o uso de redes que estabelecem a conexão entre computadores. (Douglas E. Comer, 1998) Todas as redes conectadas pelo endereço IP na Internet comunicam-se para que todas possam trocar mensagens. Através da National Science Foundation, o governo norte-americano investiu na criação de backbones (que significa espinha dorsal, em português), que são poderosos computadores conectados por linhas que tem a capacidade de dar vazão a grandes fluxos de dados, como canais de fibra óptica, elos de satélite e elos de transmissão por rádio. Além desses backbones, existem os criados por empresas particulares. A elas são conectadas redes menores, de forma mais ou menos anárquica.

17 17 Hoje, a maioria dos sistemas operacionais comerciais inclui e instala a pilha TCP/IP por padrão. Para a maioria dos usuários, não há nenhuma necessidade de procurar por implementações, o TCP/IP é incluído em todas as versões do Unix e Linux, assim como no Mac OS X e no Microsoft Windows. Uma das características da Internet é que ela é interativa, não apenas absorve conteúdo, mas publica conteúdo, como por exemplo, a Web 2.0 que é um ambiente de orientação a conhecimento onde interações humanas geram conteúdos que são publicados, geridos e utilizados através de aplicações de rede em uma arquitetura orientada a serviços. Na Web 2.0 os softwares funcionam através da Internet, não somente instalados no computador local, de forma que vários programas podem se integrar formando uma grande plataforma. Por exemplo, os seus contatos do programa de podem ser usados no programa de agenda, ou pode-se criar um novo evento numa agenda através do programa de . Os programas funcionam como serviços em vez de vendê-los em pacotes. "Web 2.0 é a mudança para uma Internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva". (Tim O'Reilly). O termo Web 2.0 é uma expressão muito popular, é uma buzzword (é um BUZZ em torno de um novo termo, ou seja, o aparecimento de uma palavra até então desconhecida), um conceito de marketing. Desenvolveram alguns protocolos básicos que permitem a interação de vários processos na Internet, através de Standards (Normas para Web). Os objetos de XML - Extensible Markup Language (manipulação do arquivo texto em diferentes programas e sistemas operacionais) que foram uniformizados com propósitos de negócio na área da voz, pagamentos ou encomendas. Os standards podem ser utilizados nos negócios para aumentar a produtividade ou fomentar a comunicação. A Web 2.0 começou por aplicar standards a comunicações de negócios, automatizando práticas comerciais. Mas tornou-se mais abrangente que isso. Os serviços da Web exigem recursos físicos computadores, comunicações, processamento, memória... Só que agora há aplicações que não querem saber que máquinas estão a ser usadas, o que é positivo. Cada máquina pode ser encarada como um recurso virtual e, se deixar de funcionar, podemos mudar a aplicação para outra que não está avariada. Além disso, se um processo de

18 18 negócio exigir maior capacidade de computação é possível juntar duas ou três máquinas, através da virtualização de recursos. (Vinton Cerf) A Internet é uma via de duas mãos, ao contrário da TV convencional e do rádio analógico, por exemplo. Isso permite que se instale um espaço de expressão livre, onde um domínio tem o mesmo peso que qualquer outro. Ela surgiu sem despertar muita atenção das empresas de telecomunicações, usando justamente as redes destas para fazer trafegar seus conteúdos. Agora, quando a Internet se torna o novo paradigma das comunicações e outras mídias já começam a incorporar o IP - Internet Protocol, as donas das redes (operadoras de telefonia fixa e de TV a cabo) perceberam que elas podem auferir enormes vantagens com o controle da infraestrutura da Internet. As empresas de telecomunicação como a AT&T, Verizon e Comcast estão conseguindo mudanças de regras que desfiguram a Internet como a conhecemos, em sua condição essencial de rede de comunicação livre, sem discriminações. Foi assim que essas empresas exerceram um poderoso lobby e conseguiram que o órgão regulador norte-americano a Federal Communication Comission (FCC), revisse o princípio da Neutralidade de Rede. Desta forma, este trabalho serviu como material de estudo e de referência para que as pessoas interessadas neste assunto que é a Internet possam adquirir conhecimento sobre as mudanças e evolução que a Internet está sofrendo, ao longo do tempo.

19 Objetivos do Trabalho Objetivo Geral Este trabalho tem como objetivo principal mostrar o funcionamento da Internet com os aspectos sobre a Neutralidade de Rede ou Net Neutrality, que é um assunto pouco explorado e muito discutido no mundo inteiro, principalmente nos Estados Unidos, juntamente com as tecnologias de Inspeção de Tráfegos, controladores de IP, com ferramentas DPI (Deep Packet Inspection), para se ter um alto nível de confiabilidade no acesso à Internet Objetivo específico Descrever como é o funcionamento da Internet, por camadas de pacotes e vários caminhos; Mostrar o cenário da Neutralidade de Rede; Descrever o conceito e origem da Neutralidade de Rede; Apontar argumentos favoráveis e desfavoráveis à Neutralidade de Rede e sua quebra; Abordar o conceito e alguns fornecedores das Ferramentas de Inspeção de Tráfego DPI (Deep Packet Inspection) e alguns exemplos Justificativa para a Pesquisa Apresentar um assunto pouco difundido na Internet que é a Neutralidade de Rede e mostrar os seus benefícios, seus argumentos e as conseqüências de sua quebra. Este trabalho também irá mostrar o funcionamento de aplicação de Inspeção de Tráfego. Apresentando conceitos sobre a Internet a qual é uma rede global que conecta milhões de computadores e pessoas e está em pleno crescimento, evolução e discussão.

20 Organização do Trabalho Este trabalho está organizado da seguinte forma: no capitulo 1 apresentará de modo geral, o surgimento da Internet e os dados e informações que serão abordados neste trabalho. No capitulo 2 abordará o funcionamento da Internet em geral por camadas de pacotes. O capitulo 3 irá descrever o conceito e origem da Neutralidade de Rede, juntamente com os aspectos favoráveis e desfavoráveis e sua quebra. Já o capitulo 4 abordará o que são as ferramentas de DPI (Deep Packet Inspection) e seus fornecedores. Para concluir o trabalho, no capítulo 5 será apresentada a conclusão.

21 21 2 FUNCIONAMENTO DA INTERNET 2.1 Introdução A Internet é um grande conjunto de redes de computadores interligadas pelo mundo inteiro de forma integrada viabilizando a conectividade independente do tipo de máquina que seja utilizada, para manter essa multi-compatibilidade se utiliza de um conjunto de protocolos e serviços em comum, podendo assim, os usuários a ela conectados usufruírem de serviços de informação de alcance mundial. A comunicação via Internet pode ser de diversos tipos: Dados, Voz, Vídeo e Multimídia. Devido a recursos cada vez mais "pesados", uma maior velocidade das transmissões torna-se cada vez mais necessária. A facilidade do acesso à rede vem estimulando inúmeras novas aplicações, incluindo streaming de áudio e vídeo, voz sobre IP, bem como uma variedade de maneiras de trocar informações, como sistemas para facilitar a interação entre grupos. (Vinton Cerf, 2006) Para um pacote de dados o caminho percorrido, nem sempre segue da fonte direto ao destino, pelo contrário, isto é até bem raro. Mais comum, são os dados percorrerem caminhos diversos, passando por vários computadores até o destino, visando sempre o menor trajeto, apesar disto, o processo é bem rápido. Com a aparição e uso mais difundido da Intranet, integrando redes internas de grandes empresas com a Internet, a utilização da mesma vem sendo cada vez mais diversificada. Os protocolos são a base do funcionamento da Internet, eles são regras para trocas de informações que garantem que computadores se comuniquem de forma eficiente. Diferentemente das redes telefônicas baseadas em tráfego comutado por centrais, a Internet baseia-se na troca de pacotes entre roteadores. Um arquivo, seja ele uma imagem, texto ou uma sessão de voz é transformado em pacotes de informação, ou seja, pacotes IP que são enviados através da rede de um roteador para outro. Todos os computadores ligados à Internet possuem um endereço próprio e os pacotes são simplesmente enviados de um roteador para outro, cujo endereço mostre que ele está mais perto do destinatário final do pacote. No processo de distribuição dos pacotes para envio ao destinatário por um roteador, os pacotes

22 22 pertencentes a um mesmo arquivo podem até mesmo chegar ao destinatário final através de diferentes vias, se em algum momento o caminho mais curto estiver desabilitado ou congestionado. É importante se ter em mente que a Internet é uma poderosa ferramenta de uso geral, nela pode trafegar qualquer tipo de informação que seja digital. Pode se referir ao fato de que como é possível trafegar na rede IP vários tipos de conteúdos (texto, dados, voz, audiovisual, etc), estas redes são inerentemente mais eficientes que redes dedicadas a um só tipo de conteúdo como as redes de voz na telefonia, por exemplo. Gosto de pensar na Internet sem fronteiras. Cada vez mais os fornecedores de rede vão descobrir formas de fazer coisas inteligentes dentro das suas redes. A pergunta que se coloca é até que ponto eles podem trabalhar com fornecedores de aplicativos de modo a melhor satisfazer as necessidades dos utilizadores? (Robert Kahn, 2006) Quando a Internet iniciou, utilizava-se uma rede de acesso disponível de forma universal, entretanto a característica técnica do processamento de informações via sistema de telefonia permitiam apenas velocidades muito baixas, limitadas, na prática, a cerca de 50 Kbps (kilobits por segundo) no modelo de acesso discado. Com o passar do tempo e com o barateamento de circuitos eletrônicos complexos, tornou-se economicamente viável fornecer equipamentos, que tornaram possível um maior aproveitamento da capacidade dos meios físicos existentes nas habitações, tanto a fiação telefônica como par trançado, quanto o cabo coaxial. Essa tecnologia permite velocidades de mais de 200 Kbps, o que é considerado o limiar mínimo para a caracterização de um serviço de banda larga na maioria dos países. Atualmente é possível acessar a Internet via banda larga, o qual é realizado pelas operadoras telefônicas que utilizam à tecnologia DSL (Digital Subscriber Line) ou pelas operadoras de TV a cabo que utilizam codecs ou ainda operadoras que utilizam enlaces via rádio-frequência. É importante frisar também que tecnologicamente tanto as redes das operadoras telefônicas como as dos operadores de TV por assinatura têm demonstrado uma notável convergência de sua arquitetura tecnológica. Embora o acesso à casa dos consumidores, se viabilize por diferentes meios físicos (par trançado no caso da telefonia/adsl, cabo coaxial

23 23 no caso dos provedores de TV por assinatura), o restante das redes tem arquitetura notavelmente semelhante, constituindo-se de centros periféricos de consolidação do tráfego que por sua vez podem conectar-se a uma outra camada hierárquica de centros operacionais. 2.2 Tecnologia ADSL Pode-se destacar também a tecnologia ADSL - Asymmetric Digital Subscriber a qual permite a transferência digital de dados em alta velocidade por meio de linhas telefônicas comuns. A ADSL basicamente divide a linha telefônica em três canais virtuais, sendo um para voz, um para download (de velocidade alta) e um para upload (com velocidade média se comparado ao canal de download). É por causa dessas características que o ADSL ganhou o termo assymmetric (assimétrica) no nome, pois, indica que a tecnologia possui maior velocidade para download e menor velocidade para upload. Na figura 1 mostra o funcionamento de conexão ADSL. Figura 1: Funcionamento conexão ADSL. Com a tecnologia ADSL, os dados transmitidos ou recebidos pelo usuário não interferem no canal de voz porque utilizam canais independentes, situados acima da faixa de freqüências de voz, quando fala-se em canais independentes, refere-se às faixas de freqüência dos sinais correspondentes aos dados que trafegam pelo mesmo canal de comunicação, ou seja, a linha telefônica.

24 24 O sistema ADSL pode transformar a cadeia de informação pública já existente que é limitada à voz, texto e gráficos de baixa resolução para um sistema poderoso, onipresente capaz de trazer multimídia, incluindo vídeo em full-motion como, por exemplo, videoconferência, para a casa de todos. A cada dia, o ADSL ganha novos usuários, tanto é que este é o tipo de tecnologia para conexão à Internet em banda larga mais usado no Brasil e um dos mais conhecidos no mundo. Além do ADSL original, existe também o ADSL2 e o ADSL2+, que oferecem taxas de download de, 12 megabits e 24 megabits. O ADSL2 opera na mesma faixa de freqüência do ADSL, utilizando a faixa dos 26 khz a 1100 khz, enquanto o ADSL2+ utiliza uma faixa mais ampla, de 26 khz a 2200 khz, o que permite dobrar a taxa de download, esta taxa de freqüência pode ser vista no figura2 abaixo. A grande limitação é que em ambos os casos é mantida a mesma faixa de freqüência para upstream, mantendo a taxa de upload em apenas 1 megabit. Figura 2: Taxa de freqüência ADSL2 e ADSL2+ O ADSL2 e o ADLS2+ trazem novos recursos e funcionalidade aos serviços de banda larga via par metálico, como a melhoria nas taxas de transmissão, maior alcance, recursos de diagnóstico, modo "espera" entre outros. O ADSL por si só é um meio físico de conexão, que trabalha com os sinais elétricos que serão enviados e recebidos. Funcionando dessa forma, é necessário um protocolo para encapsular os dados de seu computador até a central telefônica.

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