A OSTEOPROTEGERINA ESTÁ ASSOCIADA À DISFUNÇÃO CARDÍACA E À LESÃO VASCULAR EM PACIENTES PORTADORES DE DRC EM ESTÁGIO

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1 DIÁLISE PERITONEAL A OSTEOPROTEGERINA ESTÁ ASSOCIADA À DISFUNÇÃO CARDÍACA E À LESÃO VASCULAR EM PACIENTES PORTADORES DE DRC EM ESTÁGIO 3-4 Marcelo Mazza do Nascimento Shirley Yumi Hayashi, Maria Aparecida Pachaly, Miguel C Riella, Anna Bjalmark, Bengt Lindholm A osteoprotegerina (OPG), um inibidor da osteoclastogênese, tem sido associada à mortalidade em pacientes com DRC terminal em diálise. O objetivo do presente estudo foi avaliar a relação entre a OPG em relação a função cardíaca e ao espessamento médio intimal (EMI) e elasticidade vascular da artéria carótida em pacientes com DRC estágios 3 e 4. Métodos: 54 pacientes (34 homens, 60 ± 11 anos) com DRC estágios 3 e 4 foram avaliados. Os marcadores de calcificação vascular avaliados foram a fetuína e a OPG. A função cardíaca foi avaliada através da ecocardiografia convencional e por medidas de velocidades miocárdicas realizadas pelo ecodopplercardiograma tissular (TDE). A presença de aterosclerose foi avaliada por medidas de espessura da íntima carotídea (IMT) e a elasticidade vascular foi estudada por uma nova técnica de ultrassom (ultrasound strain imaging), que mede a deformação ou tensão da artéria carótida comum pela técnica speckle tracking. Resultados: Não houve diferença significativa nos níveis de OPG observados entre os pacientes com DRC estágios 3 e 4 (6,9 ± 2,5 vs. 7,1 ± 2,5 pmol/l)(p>0,05). Os níveis de OPG foram negativamente correlacionados com as velocidades de contração isovolumétrica (IVCv) (Rho= -0,45, p <0,001), com o pico de velocidade sistólica (Rho=-0,37, p <0,01) e positivamente com a pressão diastólica final (E/E ) do ventrículo esquerdo (LV) (Rho=0,34, p <0,05), indicando associação entre OPG e disfunção cardíaca. Os níveis de OPG foram associados positivamente com a IMT (Rho 0,48, p <0,001) e também com a tensão (Rho - 0,32, p <0,05) e taxa de deformação (-0,32, p <0,05) da artéria carótida comum. Não foram encontradas associações entre a fetuína e os parâmetros de função cardíaca e de lesão vascular. A análise multivariada mostrou que os níveis de OPG foram independente associados a IVCv e a IMT. Conclusão: A OPG parece estar associada a presença de disfunção cardíaca e lesão vascular nos pacientes portadores de DRC já na fase prédialítica. COMPARAÇÃO DE DUAS TÉCNICAS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM PACIENTES DE DIÁLISE PERITONEAL Soraia Lemos de Siqueira Ana Figueiredo, Silvana Vargas Superti Comparação de duas técnicas de higienização das mãos em pacientes de diálise peritoneal Soraia Lemos de Siqueira (1) e Ana Figueiredo (2) Residência Multiprofissional em Saúde - PREMUS, PUCRS 1, 2, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil1, 2RESUMO A higienização das mãos é uma importante medida para a prevenção de infecções relacionadas à diálise peritoneal. A utilização e a adesão da técnica adequada se fazem necessária para o sucesso da terapia. Objetivo: Comparar duas técnicas de higienização das mãos (HM), quanto à eficácia na diminuição na contagem das unidades formadoras de colônia (UFC), em pacientes de diálise peritoneal. Materiais e Métodos: Estudo experimental, observacional com caso controle. Foram incluídos no estudo pacientes pertencentes ao programa de diálise peritoneal (DP), por um período mínimo de três meses. As amostras para cultura foram coletadas diretamente das superfícies dos dedos das mãos (direita e esquerda) dos pacientes, em placas de Agar Sangue de Carneiro (Biomerieux ). Foram realizadas três coletas: um antes e uma após a higienização das mãos com lavagem por 3 minutos com água e sabão glicerinado nãoantimicrobiano e última amostra, em dia diferente das primeiras, após fricção das mãos com de álcool etílico glicerinado na apresentação gel, em concentração 70%. As leituras das culturas foram realizadas pela técnica de incubação a 37 C das placas, por 24 horas. Resultados: A amostra foi composta por 33 pacientes que iniciaram as coletas, dos quais 93,3% (30) concluíram as três coletas. Sendo 63,3% (19) mulheres, com idade média de 52,3± 26,2 anos. A mediana do tempo em DP foi de 12,5 variando de 3 a 125 meses. A cultura das placas das mãos obteve uma média de crescimento de 60, 56 e 22 UFC antes da higienização, após a lavagem com água e sabão glicerinado e após a fricção com álcool gel, respectivamente. Houve uma redução estatisticamente significante no número de UFC após a higienização com álcool gel quando comparada com a lavagem com água e sabão

2 na mão direita p<0,000 e p<0,001 na mão esquerda. A análise da contagem das UFC antes da higienização e após a lavagem não foi estatisticamente significante. Staphyloccocus coagulase negativo foi o germe predominante, estando presente em 93,7% das culturas em todas as etapas respectivamente. Conclusão: Na comparação das duas técnicas já existentes, o uso de álcool gel 70% se mostrou mais eficaz na redução das UFC nas mãos dos pacientes de diálise peritoneal. COMPARAÇÃO ENTRE O PERFIL METABÓLICO E INFLAMATÓRIO DA DIÁLISE PERITONEAL VERSUS HEMODIÁLISE Karina F Pinheiro Victor AH Sato, Bruno C da Silva, Marcia FA Oliveira, Hugo Abensur Introdução: A aterogênese vem sendo compreendida cada vez mais como um processo inflamatório, tornando-se importante buscar novos marcadores deste processo nos pacientes em terapia renal substitutiva. Tanto o fibrinogênio, que está envolvido na cascata de coagulação e viscosidade sangüínea, quanto à leptina, que se correlaciona diretamente com o estado nutricional e com a gordura corporal total do organismo, estão relacionados com estado de maior inflamação e consequentemente maior risco cardio vascular. Objetivo: avaliar características metabólicas e marcadores inflamatórios através do fibrinogênio, leptina e proteína C reativa (PCR) em pacientes mantidos em diálise peritoneal (DP) versus hemodiálise (HD). Materiais e métodos: foram estudados 63 pacientes prevalentes em diálise em único centro universitário, sendo 48 em HD e 15 em DP. Fibrinogênio, leptina, perfil lipídico, albumina e PCR foram comparados entre os dois grupos. Para a comparação entre os grupos, foram utilizados o teste de qui-quadrado para variáveis qualitativas e os testes t de student ou Mann-Whitney para variáveis quantitativas com distribuição normal ou não, respectivamente. Resultados: as características clínico-laboratoriais dos pacientes em DP em relação aos em HD foram respectivamente: idade 48±18 vs. 47±18 (p>0.05); hipertensão 100% vs. 69% (p=0.013); obesidade expressa através do índice de massa corporal (IMC) 25.67±6.9Kg/m² vs ±3.9 Kg/m² (p = 0.012); diabetes mellitos 27% vs. 4% (p=0.01); fibrinogênio 511±141mg/dL vs. 380±115mg/dL (p=0.001); PCR 14.18±13.82 vs. 4.18±5.01 (p < 0,001); albumina 3.87±0.46g/dL vs ± 0.32g/dL (p = 0.011) e hemoglobina 10.3±1.15g/dL vs. 11.5±1.67g/dL (p < 0.001). A mediana da leptina foi 35,6ng/mL em DP e 8,2ng/mL em HD (p=0.006). O perfil lipídico entre os pacientes em DP e HD foi: colesterol total 190±46mg/dL vs. 154±36mg/dL (p = 0.003); LDL 104.4±41.3mg/dL vs. 83.9±28.7mg/dL (p=0.035); HDL 54.8±22.2mg/dL vs. 42±15.1mg/dL (p=0.014) e triglicerídeos 156.8±115.2mg/dL vs ±61.8mg/dL (p>0.05). Não houve diferença estatística quanto ao número de eventos cardiovasculares, nem ao KtV std, no entanto 53% dos pacientes em DP usaram estatina e somente 19% dos em HD (p=0.008). Conclusão: pacientes em DP apresentaram níveis de fibrinogênio, leptina, PCR mais elevados se comparados com pacientes em HD, assim como pior perfil lipídico, maiores IMC e mais hipertensão, podendo se correlacionar com um estado de maior inflamação e pior controle volêmico. FATORES GEOGRÁFICOS E EDUCACIONAIS SÃO ASSOCIADOS COM O RISCO DE PERITONITES EM DIÁLISE PERITONEAL: RESULTADOS DO ESTUDO MULTICÊNTRICO BRASILEIRO DE DIÁLISE PERITONEAL (BRAZPD) Martin, LC Fernandes, N; Caramori, JT; Divino Filho, JC; Pecoits Filho, R; Barretti, P Objetivo: Avaliar os fatores de risco das peritonites em pacientes incidentes no Estudo Multicêntrico Brasileiro de Diálise Peritoneal (BRAZPD). Nenhum estudo multicêntrico com número grande de pacientes avaliou, previamente, os fatores de risco de peritonites em DP in países com extensa área geográfica e disparidades sócio-econômicas como o Brasil. Material e Métodos: Pacientes maiores que 18 anos, incidentes em DP de 114 centros de diálise participantes do estudo BRAZPD, entre dezembro de 2004 e outubrode 2008 foram incluídos. Dados clínicos, dialíticos, demográficos e sócio-econômicos foram analisados. Os pacientes foram seguidos do início do tratamento em diálise peritoneal até o primeiro episódio de peritonites, considerado como desfecho primário. O modelo de regressão de Cox foi utilizado para determinar os fatores associados com o risco independente da primeira peritonite. Resultados: de 2032 pacientes incidentes incluídos, 474 (23.3%) tiveram o primeiro episódio de peritonite durante o seguimento, com tempo de tratamento cumulativo de pacientes-mês. A incidência global

3 de peritonite foi de 1 episódio a cada 38,6 meses. A mediana do tempo livre de peritonite foi de 26 meses. Diferentemente de achados anteriores, a modalidade de diálise (CAPD ou DPA), a presença de diabetes, sexo, condições sócio-econômicas não foram preditivos do risco de peritonite. Os fatores associados com aumento do risco (HR) para peritonite foram: menor escolaridade (analfabeto: HR=1,77 p=0.028; fundamental:hr=1,64, p=0,026 e médio: HR=1,58, p=0,05 vs nível superior), região onde o paciente vive (sudeste: HR=1,38; nordeste:hr=1,85, p=0,001 vs. sul), enquanto a raça branca se associou à diminuição de risco (HR=0,77, p=0,022). Conclusão: O nível educacional e fatores raciais, assim como a região geográfica são associados com o risco da primeira peritonite pacientes incidentes em DP, independentemente da condição sócio-econômica, modalidade de diálise e comorbidades. NÍVEL EDUCACIONAL E SOBREVIDA EM PACIENTES INCIDENTES EM DIÁLISE PERITONEAL (BRAZPD) Kleyton de Andrade Bastos Abdul Rashid Qureshi, Antonio Alberto Lopes, Natália Fernandes, Luciana Mendonça Morais Barbosa, Roberto Pecoits-Filho, José Carolino Divino Filho Objetivo: Dados de um grande estudo de coorte prospectivo desenvolvido no Brasil foram utilizados para avaliar possível associação entre nível educacional (NE) e sobrevida da técnica e de pacientes em diálise peritoneal (DP) crônica. Material e Métodos: Foram incluídos no estudo 1952 pacientes adultos incidentes em DP recrutados de 114 centros de diálise e reportados mensalmente ao Estudo Clínico Multicêntrico Brasileiro de Diálise Peritoneal (BRAZPD) de dezembro de 2004 a outubro de Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a escolaridade: Menor NE (<4 anos de estudo regular 1309 pacientes) e Maior NE (>4 anos de estudo regular 643 pacientes). Realizou-se análise de sobrevida através de curvas de Kaplan-Meier e modelo de regressão de Cox, respectivamente, para comparar sobrevida e estimar o risco relativo de morte ajustados para idade, sexo, renda familiar, modalidade dialítica inicial e atual, acompanhamento pré-dialítico e comorbidades. Resultados: Os pacientes possuíam em média 59 anos de idade, 54% eram mulheres, 60% brancos, 41% diabéticos e 24% tinha doença cardiovascular. A maioria deles realizava CAPD (55%), não realizou tratamento conservador (58%) e possuía renda familiar mensal inferior a 5 salários mínimos (80%). O tempo de seguimento variou de 3 a 34 meses e durante esse período 307 pacientes morreram (16%). 70% dos pacientes sobreviveram 2 anos e a sobrevida da técnica para o mesmo período foi de 73%. Houve diferença entre os grupos na sobrevida dos pacientes (Log Rank test χ2 =4.29, p=0.03), mas não na da técnica (Log Rank test χ2 =0.90, p=0.34). Ao ajustar-se para renda familiar, modalidade dialítica inicial, sexo e modalidade atual observou-se tendência a menor sobrevida do grupo Menor NE quando comparado ao grupo Maior NE (HR=1.29; IC 95%= ; p=0.06). Essa tendência desapareceu quando o ajuste incluiu realização de tratamento conservador, idade e comorbidades (HR=0.97; IC 95%= ; p=0.82). Conclusão: De acordo com os resultados apresentados, NE não está independentemente associado com desfechos nesse grande estudo de coorte. NE não deve ser considerado barreira para indicação de DP como modalidade dialítica. PERITONITES EM DIÁLISE PERITONEAL: ASPECTOS CLÍNICOS, MICROBIOLÓGICOS E FATORES PREDITIVOS DA RESPOSTA AO TRATAMENTO Oliveira, LG Luengo, J; Caramori, JT; Montelli, AC; Cunha, MLR; Barretti, P Objetivos: avaliar as características clínicas e microbiológicas das peritonites em DP e os fatores preditivos da resposta ao tratamento. Material e Métodos: Foram estudados retrospectivamente 146 episódios de peritonites (líquido turvo e/ou dor abdominal, com > 100 leucócitos/mm³) em 82 pacientes, entre 01/2004 a 12/2008. Análise de regressão logística foi usada para testar os fatores preditivos da evolução clínica dos episódios (cura versus não cura. Resultados: Os sinais mais freqüentes foram líquido turvo (85,61%) e dor abdominal (87,67%). Cocos Gram positivos foram isolados em 46,5% dos casos, predominando estafilococos coagulase negativa (ECN) (27,3%) e bastonetes Gram negativos (BGN) em 31,5% (Enterobactérias, 18,5% e BGN não fermentadores, 12,3%). Cefazolina e Amicacina (44,5%), Cefazolina e Ceftazidima (25,3%) e Vancomicina e Amicacina (17,8%) foram os tratamentos mais prescritos. Cura primária foi observada em 43,8% dos casos.

4 Resistência à oxacilina, observada em 57,5% dos casos foi o único fator independente preditivo de não cura (odds ratio=0,015, p=0,0001). Conclusão: Os resultados chamam a atenção para a elevada prevalência de ECN oxacilino-resistentes e seu impacto negativo sobre o prognóstico das peritonites em DP. PERITONITES EM PACIENTES SUBMETIDOS À DIÁLISE PERITONEAL Mariana Costa Espiga Luis Alberto Batista Peres, Karina Litchteneker, Noris R. S. Rohe, Vanessa S.M. Uscocovich, Solange A. M. Frederico Objetivo: Avaliar a incidência de peritonites em pacientes submetidos à diálise peritoneal ambulatorial contínua e as características relacionadasàs peritonites, tratamentos realizados e evolução dos pacientes. Material e Métodos: Estudamos retrospectivamente todos os pacientes submetidos à diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) no período de 01 desetembro de 2000 a 01 de fevereiro de 2010 na Renalclin Oeste Ltda. Foram coletados os seguintes dados: idade, sexo, raça, data do início e término do tratamento, situação atual dos pacientes, complicações observadas,número de episódios de peritonite, germes causadores e antibiogramas,tratamentos realizados e evolução dos pacientes. Os dados foram armazenados em banco de dados do programa Microsoft Excel e foram analisados por meio das estatísticas descritivas: média aritmética e mediana quando for adequado. Foram calculadas as freqüências das variáveis e as sobrevidas dos cateteres e pacientes, bem como a incidência e peritonite. Resultado: No referido período 149 pacientes foramsubmetidos à CAPD, sendo diagnosticados 43 casos de peritonites (30%).Dentre os pacientes com peritonite a idade média foi de 56,8 + 17,5 anos.o sexo masculino e a raça branca predominaram em 53,5% e 93,1%,respectivamente. O principal agente causador foi o Staphylococcus aureus. A evolução foi satisfatória em 90,7%, retirada do cateter foi realizada em 9,3% e não ocorreu óbito como complicação de sepse. Conclusão: A peritonite em CAPD em nosso meio apresenta evolução favorável e os nossos dados são compatíveis com a literatura. UTILIDADE DA FITA REAGENTE NO DIAGNÓSTICO DE PERITONITE EM PACIENTES SUBMETIDOS A DIALISE PERITONEAL Eny Sá de Araújo Manoel Pacheco de Andrade Júnior, Kleyton de Andrade Bastos, Alex Vianey Callado França O diagnóstico rápido de peritonite continua sendo uma meta importante no manejo de pacientes em diálise peritoneal. Diversas tentativas de utilizar fitas reagentes de esterase leucocitária para diagnosticar peritonite já foram descritas. Nesse estudo, foi avaliada a utilidade da fita reagente de urina Multistix 10 SG para o diagnóstico de peritonite em pacientes submetidos a diálise peritoneal. Foram estudados 152 efluentes peritoneais obtidos de 96 pacientes mantidos em programa crônico de diálise peritoneal nas modalidades DPAC diálise peritoneal ambulatorial contínua, DPA diálise peritoneal automática e DPI diálise peritoneal intermitente, em um único centro de terapia renal substitutiva. A distribuição das coletas correspondeu a 28 casos suspeitos e 124 casos não suspeitos. Das 28 coletas de pacientes com suspeita de peritonite foram analisados citometria, pesquisa direta com coloração de Gram e cultura. Das 124 coletas em pacientes não suspeitos, em 35 coletas foram analisadas citometria, pesquisa direta com coloração de Gram e cultura e em 89 coletas, foram analisadas somente citometria. Em todas as coletas foi realizado o teste com a fita reagente de urina. O padrão de referência para o diagnóstico de peritonite considerado foi o critério diagnóstico da ISPD International Society of Peritoneal Dialysis. A prevalência de peritonite na amostra foi 18,41 %. Os resultados de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo da fita reagente de urina para o diagnóstico de peritonite foram, respectivamente, 92,86 %, 100 %, 100 % e 98,41 %. A fita reagente de urina Multistix 10 SG é uma ferramenta sensível, específica e rápida para o diagnóstico de peritonite em pacientes em diálise peritoneal. A sua utilização ajudaria no reconhecimento precoce da peritonite e em seu pronto tratamento.

5 DOENÇA RENAL CRÔNICA A ASSOCIAÇÃO LOSARTAN (L) E FUROSEMIDE (F) É MENOS RENOPROTETORA QUE A L+HIDROCLOROTIAZIDA (H) NO MODELO DE ABLAÇÃO RENAL DE 5/6 (NX) Costa SR Souza RA, Romagnoli C, Moraes MCM, Sena CR, Fanelli C, Ventura BH, Malheiros DM, Fujihara CK, Zatz R A associação LH previne a progressão das lesões renais mesmo após o período de 7 meses de Nx (AJP 292:F1810). Possivelmente esse efeito deve-se à potencialização que o diurético confere ao efeito renoprotetor do losartan. No entanto, não se sabe se esse efeito sinérgico é específico à associação de L com um tiazídico ou se também ocorre quando se utiliza um diurético de alça. Neste estudo investigamos se a associação LF possui uma eficiência comparável à da associação LH. Utilizamos ratos Munich-Wistar machos e adultos submetidos a Nx. Um mês após a cirurgia a pressão caudal (PC, mmhg), a albuminúria (ALB, mg/d), o quociente peso renal esquerdo/peso corpóreo (PRE/PE), o volume glomerular (VG, x106mm3), o índice de esclerose glomerular (IEG) e o grau de infiltração por macrófagos (Mf, céls/mm2) e células + para PCNA (céls/mm2) na região túbulo-intersticial (TI). Os 42 animais restantes foram distribuídos nos grupos: Nx (sem tratamento); NxLH, (L, 50 mg/kg/d + H, 6 mg/kg/d) e NxLF (L + F, 20 mg/kg/d, a maior dose sem efeito tóxico). Um grupo controle foi submetido a cirurgia simulada (S). Após 7 meses de tratamento, todos os parâmetros foram novamente determinados e expressos como Média ± EP, ap<0.05 vs. C; bp<0.05 vs. Nxpré; cp<0.05 vs. Nx, dp<0.05 vs. NxLH). Resultados: PC: S=149±3, Nxpré= 198±5a, Nx=200±14a, NxLH=146±5bc, NxLF=167±6abcd; ALB: S=28±6, Nxpré=91±8a, Nx=203±26ab, NxLH=26±4bc, NxLF=90±18acd; PRE/PE:S=0,49±0,1, Nxpré=0,53±0,1a, Nx=0,53±0,1a, NxLH=0,46±0,1bc NxLF=0,56±0,1ad VG: S=0,7±0,1, Nxpré=0,8±0,1a, Nx=1,4±0,1ab, NxLH=1,3±0,5ab, NxLF=1,6±0,1abd; IEG: S=1±1, Nxpré=16±3a, Nx=328±38ab, NxLH=12±4ab, NxLF=38±12acd; Mf: S=36±5, Nxpré=104±10a, Nx=217±19ab, NxLH=87±7ac, NxLF=121±11acd; PCNA+ TI: S=26±5, Nxpré=142±16a, Nx=163±21a, NxLH=34±3abc, NxLF=86±10abcd. Após 8 meses de Nx, a sobrevida foi de 35% no grupo Nx, 100% no NxLH e 82% no NxLF. O tratamento com LH, como esperado, preveniu a progressão da EG, a infiltração de Mf e a expansão intersticial, além de fazer regredir PC, ALB, hipertrofia renal e hiperplasia do TI. Por outro lado, o tratamento LF não mostrou eficiência em normalizar ou regredir nenhum dos parâmetros avaliados de forma comparativa ao LH. Além disso, não preveniu a progressão da EG e inflamação renal e apresentou hipertrofia renal e hiperplasia do TI. Os mecanismos para a menor eficácia de LF ainda não são conhecidos porém, podem ser decorrentes do aumento da tensão glomerular devido à hipertrofia do tufo e à inflamação relacionada à hiperplasia TI. FAPESP/CNPq. A SOBRECARGA DE CÁLCIO E FÓSFORO ESTÃO ASSOCIADAS COM OSTEOPENIA EM RATOS URÊMICOS Vanda Jorgetti Daniella Batista, Veronica Gouveia, Elizabeth Oliveira, Luciene dos Reis, Fabiana Graciolli, Wagner Dominguez, Katia Neves, Rosa Moyses Introdução: A piora da função renal leva a uma deterioração progressiva na homeostase do cálcio (Ca) e calcitriol, bem como alterações no hormônio da paratireóide (PTH), fator de crescimento fibroblástico (FGF- 23) e fósforo (P). Como resultado, as anormalidades ósseas são encontrados em quase todos os pacientes com DRC, causando alterações nos parâmetros estáticos e dinâmicos da histomorfometria óssea, assim comprometendo a integridade do esqueleto. Nós mostramos anteriormente que a restrição de P previne osteopenia em ratos doença renal crônica (DRC) (Kidney Int; 66,6: , 2004; Calcif Tissue Int [Epub ahead of print]). No entanto, o mecanismo pelo qual o a elevação do P sérico causa osteopenia permanece desconhecido. Além disso, não existem dados sobre se os níveis séricos elevados de Ca também provocam a perda óssea. Objetivo: Neste estudo, nós avaliamos o efeito isolado da sobrecarga de Ca e de Ca/P no osso de ratos com DRC, mantidos com uma infusão de fixa de PTH, alterando o conteúdo de Ca e de Ca / P na dieta. Material e Métodos: 24 Ratos Wistar foram submetidos à paratireoidectomia e nefrectomia 5/6 (Nx) para induzir DRC. Os animais foram divididos em 3 grupos de acordo com a dieta que recebiam: Controle (Ca/P:0,7%), Nx + RCa (Ca:1,2%) e Nx + RCa/P (Ca:1,2%/P:1,2%). Após a Nx, a atividade do PTH foi

6 restaurada pela infusão contínua de PTH. Após 2 meses, foram realizadas análise bioquímica, apoptose e histomorfometria do tecido ósseo. Resultados: Os níveis de creatinina e P foram maiores em todos os ratos Nx. Os animais Nx + RCa/P desenvolveram hipocalcemia. A infusão contínua de PTH foi eficaz nos animais Nx. Não houve diferenças nos níveis séricos de FGF-23. A análise histomorfométrica revelou que o volume trabecular (BV / TV) foi reduzido em todos os ratos Nx. Não houve diferenças quanto aos parâmetros de formação e reabsorção, assim como os parâmetros dinâmicos. No entanto, a apoptose dos osteoblastos foi maior no grupo Nx. Conclusão: Nossos resultados demonstram que a sobrecarga de Ca e de Ca /P levam a osteopenia, provavelmente por aumentar a apoptose dos osteoblastos. Isto sugere que o manejo adequado da uremia exige um controle do Ca e P na dieta, como um ajuste do PTH, a fim de garantir a remodelação óssea adequada. ADERÊNCIA MEDICAMENTOSA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA Edson José de C. Magacho Luiz Paulo Ribeiro, Alfredo Chaoubah, Marcus G. Bastos Introdução: A não adesão medicamentosa favorece a ocorrência de desfechos clínicos desfavoráveis nas doenças crônicas. O uso irregular das medicações pode impactar desfavoravelmente o curso da doença renal crônica (DRC), relativamente à progressão da doença e ocorrência de morbimortalidade cardiovascular. O presente estudo objetivou identificar os fatores associados à adesão medicamentosa em pacientes com doenças renais, acompanhados no num ambulatório de nefrologia com modelo de atendimento multidisciplinar. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, realizado por um ano a partir de outubro de 2007, envolvendo 149 pacientes, escolhidos aleatoriamente no momento do seu comparecimento para consulta. A adesão medicamentosa foi avaliada pelo método do autorrelato em entrevista no início da pesquisa (período basal) e 12 meses após. Foi avaliada a adesão às classes medicamentosas de anti-hipertensivos betabloqueadores (BB), inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA), bloqueador de receptor da angiotensina (BRA), bloqueadores de canais de cálcio (BcCa), diuréticos, às estatinas e ao ácido acetil salicílico. Foi considerado aderente o paciente que relatou os medicamentos e respectivas quantidades de comprimidos em uso prescrito na consulta que antecedeu a entrevista. O teste Minimental State Examination (MMSE) foi utilizado para excluir pacientes com declínio cognitivo. Resultados: Na análise univariada, os pacientes aderentes (82,6%) diferiram dos não aderentes (17,4%) por apresentar menor média de idade (0R=0,964,IC 95%=[0,938-0,990], p=0,08), fazer uso de menor número de comprimidos por dia (0R= 0,877; IC95%= [0,792-0,971], p=0,011), apresentar menor média de creatinina sérica (0R=0,654,IC95%=[0,438-0,976],p=0,037), maior média de filtração glomerular (0R=1,028,IC95%=[1,007-1,049],p=0,010), não apresentar a doença coronariana (0R=0,295,IC95%=[0,096-0,902],p=0,037) como comorbidade mais frequente, e não depender de cuidador na administração dos seus medicamentos (0R=4,163,IC95%=1,688-10,269,p=0,003). Após ajuste do modelo, permaneceram como fatores associados à não adesão o uso de um número maior que cinco comprimidos utilizados por dia (OR=2,71,IC95%=[0,99-7,41],p=0,052) e a administração da medicação feita por terceiros (OR=3,53,IC95%=[1,39-8,89],p=0,007). Conclusão: Na população estudada, a não aderência foi identificada em 17,8% de pacientes e associou-se ao maior número de comprimidos em uso por dia e à administração dos medicamentos por terceiros. AGREGAÇÃO FAMILIAR DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC). UM ESTUDO CASO-CONTROLE DE PREVALÊNCIA EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA (TRS). Fernando Antonio de Almeida Giuliano S. Ciambelli, André L. Bertoco, Eder A. Bernardo, Guilherme V. Siqueira, Marcelo M. Jurado, Enio M. M. Guerra, Ronaldo D ávila, Reinaldo J. Gianini Agregação familiar da doença renal crônica (DRC). Um estudo caso-controle de prevalência em terapia renal substitutiva (TRS). Fernando A. Almeida, Giuliano S. Ciambelli, André L. Bertoco, Eder A. Bernardo, Guilherme V. Siqueira, Marcelo M. Jurado, Enio M. M. Guerra, Ronaldo D Ávila, Reinaldo J. Gianini. Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde PUC/SP (Sorocaba - SP) Contexto: A DRC em seu estágio terminal é um grande problema de saúde pública, pois está associada a alta morbidade, mortalidade e gastos com a saúde, particularmente em TRS. As principais causas de DRC terminal são a hipertensão arterial (HA) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2), respondendo por

7 aproximadamente 60% dos casos de DRC terminal no Brasil e mais de 70% dos casos nos Estados Unidos. Embora existam relatos claros de agregação familiar de DRC e sua associação com a HA e DM2 no sudeste dos EUA, esta predisposição familiar à lesão renal não está claramente estabelecida no Brasil. Há um único estudo brasileiro na cidade do Rio de Janeiro onde foi encontrada maior prevalência de agregação familiar em indivíduos com DRC em TRS quando comparada a indivíduos controles hospitalizados sem indícios de lesão renal (Madeira EPQ, et al. Nephron 2002;91:666). Objetivos: O objetivo primário deste estudo é avaliar se, na região de Sorocaba-SP, há agregação familiar da DRC entre os pacientes em TRS. O estudo realizado foi do tipo caso-controle. No grupo casos avaliamos 336 pacientes portadores de DRC em TRS residentes nos municípios de Sorocaba e Votorantim, cuja causa da DRC era DM2 (50,9%), HAS (34,5%) ou indeterminada (14,6%). Foram excluídos os pacientes com glomerulonefrites, doença renal policística e doença de refluxo como doença de base. Consideramos que o grupo controles apropriado seriam indivíduos portadores de HAS (53,5%) ou DM2 (46,5%) com função renal normal atendidos nas Unidades Básicas de Saúde de Sorocaba e Votorantim. Avaliamos 389 indivíduos nesta condição que foram pareados por idade, sexo e doença de base (DRC de causa indeterminada foi pareada à HA). Resultados: No grupo casos, encontramos 51 indivíduos (15,2%) que tinham pelo menos 1 familiar de primeiro ou segundo graus com DRC submetido à TRS contra apenas 27 indivíduos (6,9%) no grupo controle, com um odds ratio (OR) de 2,40 (IC95% 1,47 3,92; p<0,001). A análise multivariada mostrou a raça como determinante da agregação familiar. Considerando indivíduos brancos como referência, os negros têm OR de 2,01 (IC95% 1,33 3,04; p<0,001) e amarelos (descendentes de japoneses) OR de 5,53 (IC95% 1,16 26,22; p<0,03) Conclusões: Uma vez confirmada a existência de agregação familiar para a DRC terminal, os familiares diretos de indivíduos com DRC devem ser alvos preferenciais para a investigação e intervenção visando à prevenção primária e secundária da DRC. PIBIC-PUC/SP AJUSTE POR RAÇA NA EQUAÇÃO DO ESTUDO MDRD PODE NÃO SER APROPRIADO PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Jocemir Ronaldo Lugon Juliana Alves Manhães de Andrade, Maria Luiza Garcia Nefrologia/Medicina Clínica, Universidade Federal Fluminense, Niterói RJ. Objetivo: As justificativas para o uso do ajuste por raça na equação do estudo MDRD são duas: 1. Para qualquer faixa etária, o nível sérico da creatinina (Cr) em pretos é maior do que em brancos (AJKD 32:992,1998); e 2. Para qualquer nível de Cr sérica, a filtração glomerular (FG) medida é cerca de 15-20% maior em pretos do que em brancos (Ann Int Med 130: 461,1999). Nosso objetivo foi comparar o nível de Cr sérica de pretos, brancos e pardos e em uma população extraída do estudo CAMELIA. Métodos: O estudo Camelia (junho de 2006 a dezembro de 2007) incluiu 1098 indivíduos recrutados do Programa Médico de Família de Niterói-RJ. Treze unidades foram selecionadas para cobrir todas as áreas administrativas da região. Famílias foram registradas após uma seleção inicial de casos-índices. Para ser aceita como caso-índice, a pessoa deveria ter um conjugue que concordasse em participar do estudo e, pelo menos, um descendente entre 12 e 30 anos, que também seria incluído no estudo. Quatro grupos de casos-índices foram recrutados: 1. Pacientes hipertensos sem diabetes mellitus 2; Pacientes diabéticos com hipertensão; 3. Pacientes diabéticos sem hipertensão; e 4. Pacientes sem hipertensão e diabetes mellitus. Os casos-índices foram selecionados aleatoriamente entre os que preencheram os critérios de inclusão. Gestantes, pessoas com deficiência imunológica ou sob imunossupressores (corticóides e / ou citostáticos) foram excluídos. Para a presente análise, somente pessoas com >20anos foram selecionados do banco de dados. Resultados: Foram analisadas 740 pessoas. A idade foi 43±13 anos, 46% eram homens e 54% mulheres. Trinta e um por cento eram brancos, 44% pardos e 25% pretos. Diabéticos representavam 19%, hipertensos não-diabéticos, 32% e pré-hipertensos sem diabetes, 18%. Quando as médias de Cr entre homens e mulheres foram comparadas entre si, os valores foram sempre estatisticamente maiores nos homens (0,99±0,23 vs. 0,77±0,17 mg/dl, P<0,001). No concernente ao quesito raça, para os homens, as médias de Cr entre pretos, brancos e pardos, respectivamente, foram: 1,00±0,18, 1,01±0,16 e 0,97±0,18 mg/dl para a faixa de anos (n.s.); 1,00±0,34, 0,96±0,22 e 0,99±0,20 mg/dl para a faixa de anos (n.s.); e 1,17±0,23, 1,15±0,28 e 1,01±0,19 mg/dl para a faixa >60 anos (n.s). Para as mulheres, as médias de Cr entre pretos, brancos e pardos, respectivamente, foram: 0,77±0,16, 0,76±0,15 e 0,75±0,15 mg/dl para a faixa de anos(n.s.); 0,80±0,18, 0,77±0,15 e 0,78±0,18 mg/dl para a faixa de anos(n.s.); e 0,97±0,21, 0,73±0,27 e 0,83±0,19 mg/dl para a faixa >60 anos(n.s.).

8 Conclusão: Nossos achados confirmam que, em qualquer faixa etária, a Cr sérica é maior em homens do que em mulheres. Diferenças entre raças, entretanto, não foram observadas. Os dados sugerem que em populações miscigenadas como a brasileira, não se deveria aplicar ajuste por raça quando se estima a FG. ALTERAÇÃO DA EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS PRODUZIDAS POR OSTEÓCITOS NA PROGRESSÃO DA DOENÇA ÓSSEA NA DRC Graciolli FG Dos Reis LM, Sabbagh Y, Tang W, O Brien S, Liu S, Carvalho AB, Moyses Rma, Schiavi S, Jorgetti V Distúrbios no metabolismo ósseo e mineral ocorrem precocemente na DRC e caracterizam-se pelo aumento do hormônio fosfatúrico FGF23, com subseqüente elevação do PTH. A associação dessas alterações hormonais com a progressão da doença óssea na DRC não está totalmente esclarecida. Estudos recentes descrevem as características dos osteócitos bem como seu papel na regulação da mineralização óssea associada ao metabolismo mineral sistêmico. Além disso, proteínas produzidas por estas células (como MEPE, Phex e SOST), e que estão diretamente associadas à mineralização, em condições fisiológicas também são reguladoras da expressão de FGF23 e podem estar alteradas durante a progressão da DRC. Como um primeiro passo na abordagem da história natural da doença óssea na DRC e a participação dos osteócito avaliamos a expressão de proteínas produzidas por essas células, através de imunohistoquímica. Para tanto analisamos biópsias ósseas de pacientes em tratamento conservador (DRC: n=9; clearance de creatinina=49±17 ml/min), em hemodiálise (HD: n=8) e de indivíduos normais (controles: n=4) pareados por sexo e idade. Nos pacientes HD observou-se aumento do número de osteócitos em relação aos DRC (508±147 vs 331±119, p<0,05), assim como de FGF23 e beta-catenina (27±15 vs 10±5 e 8±5 vs 3±2, respectivamente, p<0,05). Nestes pacientes observou-se ainda aumento dos níveis de FGF23 (27±15) e da expressão de beta-catenina fosforilada (13±7), MEPE (22±19) e Phex (15±11) em relação aos respectivos controles (9±5, 1±1, 5±3 e 7±4; p<0,05). Nos pacientes DRC observamos um aumento significativo na expressão de SOST (46±25) e do receptor de PTH (19±8) no osso trabecular em relação aos respectivos controles (4±2 e 7±3; p<0,05). Em conclusão, nossos resultados sugerem que, na DRC, as alterações ósseas ocorrem precocemente, antes da detecção de distúrbios bioquímicos e que os mecanismos moleculares envolvidos, bem como o efeito da expressão destas proteínas na doença óssea devam ser elucidados em futuros estudos. ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA ESTÁGIO 5 (DRC) EM DIÁLISE NA CIDADE DE SÃO PAULO Antonio Carlos Cordeiro Ricardo Ferreira da Cunha, Marcelo Itiro Takano, Irene L. Noronha Objetivo: A doença renal crônica (DRC) é considerada uma epidemia mundial. No Brasil, apesar da disponibilidade de dados sobre a prevalência de pacientes em terapia dialítica crônica, são escassas as informações no que tange à incidência. O objetivo do presente estudo foi analisar a incidência da DRC em São Paulo, bem como avaliar os dados demográficos destes pacientes. Para tanto, foram analisadas as solicitações para início de terapia renal substitutiva (TRS) através do Sistema Único de Saúde (SUS) em pacientes com DRC estágio 5 na cidade de São Paulo, entre 01 de janeiro de 2006 e 31 de dezembro de Material e Métodos: Utilizamos dados do Complexo Regulador Municipal, órgão responsável pelo encaminhamento de pacientes para terapia dialítica através do SUS, na cidade de São Paulo. Foram excluídas as solicitações referentes à transferência de paciente entre as Clínicas, mudança de modalidade de diálise, perda da cobertura de planos de saúde privados e solicitações para diálise em trânsito. O diagnóstico da doença de base foi divido em 3 grupos: hipertensão e diabetes mellitus, outras causas (doenças glomerulares, doença renal policística, pielonefrite crônica, etc) e causa ignorada. Os dados apresentados como número absoluto (n), relativo (%), por milhão de população (pmp), ou mediana (percentis ) e analisados sob o ponto de vista estatístico pelo teste de Chi-quadrado de Pearson ou teste de Kruskal-Wallis. Resultados: Entre 2006 e 2009 foram registradas solicitações para início de TRS na cidade de São Paulo, conforme descrito na Tabela-1. Conclusão: Em comparação com as informações pré-existentes em nível nacional, o achado mais importante foi o decréscimo progressivo e significativo nas solicitações para início de TRS entre 2006 e 2009 na cidade de São Paulo. A informação disponível com relação à doença de base é ainda precária, o que dificulta uma análise mais específica. A hemodiálise é a principal modalidade de tratamento dialítico,

9 correspondendo a mais de 90%. As incidências de hepatite B, hepatite C e HIV, além de baixas, estão estáveis. Este primeiro estudo descrevendo a incidência de pacientes com DRC estágio 5 em TRS pelo SUS na cidade de São Paulo tem relevância epidemiológica e poderá servir como base para o aprimoramento das informações e análises mais criteriosas neste âmbito. ASSOCIAÇÃO TERAPÊUTICA DE LOSARTAN (L) E HIDROCLOROTIAZIDA (H) PREVINE A PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) DECORRENTE DA ADMINISTRAÇÃO DE L DURANTE A NEFROGÊNESE Camilla Fanelli Bianca Helena Ventura Fernandes, Flavia Gomes Machado, Elizabete Pereira Barros Poppi, Claudia Ramos de Sena, Denise Maria Avancini Costa Malheiros, Clarice Kazue Fujihara, Roberto Zatz Descrevemos recentemente (AJP, 2008) um novo modelo de DRC severa, baseado nos efeitos teratogênicos da administração de L na lactação (LLAC). O objetivo do presente estudo foi investigar se a associação terapêutica de L+H, uma das estratégias mais bem sucedidas no controle da progressão da DRC no modelo de ablação renal de 5/6 (NX), seria igualmente renoprotetora no modelo LLAC, elucidando alguns mecanismos envolvidos na patogênese da DRC nesse modelo. Para a realização do protocolo utilizamos 20 ratas Munich-Wistar lactantes, com 6 filhotes cada. Essas fêmeas foram dividas nos grupos: C, recebendo somente água e LLAC, recebendo L, 250mg/Kg/d durante a amamentação. Os filhotes machos foram acompanhados até os 7 meses de vida, quando verificou-se; pressão caudal (PC, mmhg), albuminúria (ALB, mg/d), creatinina sérica (Scr, mg/dl), índice de glomerulosclerose (IGS), expansão intersticial (INT), proliferação celular (PCNA) e acúmulo de -actina intersticial (ACT), além da atividade renal da metaloproteinase 2 (MMP2), em 17 ratos (LLACPre). Os animais LLAC restantes foram divididos em 3 novos grupos: LLAC+V, mantidos sem tratamento, LLAC+L, recebendo L, 50mg/Kg/d e LLAC+LH, recebendo L e H, 6mg/Kg/d. Os parâmetros foram reavaliados após 3 meses e comparados a animais C de mesma idade. O grupo LLACPre já apresentava aos 7 meses de vida ALB (105±14), %INT (0,6±0,6), ACT (1,9±0,3) e PCNA (71±12) elevados em relação ao grupo C (32±7, 0,4±0,1, 0,5±0,1, 20±3, respectivamente). Aos 10 meses de vida, o grupo LLAC+V apresentou piora desses parâmetros; ALB: 106±16, %INT: 5,8±0,9, -ACT: 4,1±0,6 e PCNA: 107±12, além de hipertensão (187±4), aumento de Scr (1,1±0,1) e IGS (94±26) em relação ao grupo C (149±4, 0,7±0,1, 6±2, respectivamente). A monoterapia com L mostrou-se eficaz em reduzir PC (130±19), ALB (59±9), IGS (22±5), -ACT (2,5±0,4) e PCNA (59±7), no entanto, a associação terapêutica L+H promoveu, redução adicional da Scr (0,9±0,1), normalização da ALB (32±5) e de PCNA (50±6). Observamos também que a atividade da MMP2 mostrou-se aumentada nos animais LLAC+V, (2,7±0,4) em relação ao grupo C (1,0±0,1) e não sofreu influência dos tratamentos. A progressão da DRC no modelo LLAC está intimamente associada a um processo inflamatório ativo, com elevada proliferação celular e acúmulo de matriz extracelular (MEC). Não foi observada redução da atividade de MMP, sugerindo que a fibrose evidente nos animais LLAC seja fruto do aumento exacerbado da síntese de MEC. O tratamento com L foi eficaz em conter a progressão da DRC do modelo LLAC. No entanto, somente a associação L+H normalizou ALB e PCNA e preveniu o aumento da Scr, exercendo um acentuado efeito renoprotetor, apesar de ter sido iniciada numa fase já bem avançada da DRC. ATIVAÇÃO DA IMUNIDADE INATA POR LPS SE ASSOCIA COM INFLAMAÇÃO SISTÊMICA E DISFUNÇÃO ENDOTELIAL EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA Andrea Emilia Marques Stinghen Aline Borsato Hauser, Simone Mikosz Gonçalves, Bettina Gruber, Roberto Pecoits-Filho Pacientes com doença renal crônica (DRC) apresentam níveis constantemente altos de marcadores de inflamação sistêmica, acelerando o risco cardiovascular. Os ligantes deste processo de ativação inflamatória são em grande parte desconhecidos. Potencialmente a presença de lipopolissacarídeo (LPS) circulante pode representar um gatilho para a resposta inflamatória. A proteína CD14 é parte essencial da resposta imune inata, particularmente pela via dos toll like receptors (TLR), sendo uma molécula intermediária na ativação celular e na sinalização da resposta a LPS, encontrada na circulação na forma de CD14 solúvel (CD14s). Objetivo: Analisar as associações entre os níveis séricos de CD14s, inflamação sistêmica e disfunção endotelial em pacientes com DRC. Material e Métodos: Foram coletadas amostras de plasma de pacientes em diferentes estágios de DRC avaliados segundo a média dos clearances de uréia e creatinina. A presença de inflamação sistêmica foi

10 analisada através dos níveis plasmáticos de fibrinogênio e a disfunção endotelial através dos níveis plasmáticos de molécula de adesão intercelular-1 solúvel (sicam-1) e CD14s (ELISA). Resultados: A população era formada por 73 pacientes (média de 57 anos, com variação entre 18 e 80 anos, sendo 51% homens) com DRC e taxa de filtração glomerular (TFG) média de 34±21mL/min. As concentrações plasmáticas de sicam-1 e CD14s foram respectivamente 80±1.7 ng/ml e 2,6±0,1 µg/ml. Houve uma correlação negativa da TFG com fibrinogênio (ρ=-0,48; P<0,0001) e com CD14s (ρ=-0,26; P<0,05). Quando os pacientes foram avaliados segundo a mediana de suas TFG, observouse níveis mais elevados de CD14s (2,9 ±0,1 µg/ml) em pacientes com TFG abaixo de 34±21mL/min, comparados com pacientes com níveis mais altos de TFG (34-107±21 ml/min; P<0,05). Observou-se uma correlação positiva entre CD14s com inflamação sistêmica (fibrinogênio) (ρ=0,32; P<0,005) e com a disfunção endotelial (sicam-1) (ρ=0,33; P<0,005). Finalmente houve uma correlação positiva entre fibrinogênio e sicam-1 (ρ=0,32; P<0,001). Conclusão: Baseado na análise das associações entre biomarcadores neste grupo de pacientes com DRC em fase pré-dialítica, a inflamação sistêmica na DRC pode ser induzida parcialmente pela ativação a partir do LPS através da via TLR4, podendo adicionalmente estar associada à disfunção endotelial. AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIO VASCULAR SEGUNDO ESCORE DE FRAMINGHAM (REVISADO) EM INDIVÍDUOS SUBMETIDOS A PROGRAMA DE HEMODIÁLISE Thaisa Cruvinel Campos Bonfim Marcus Vinicius de Pádua Netto, Clícia Pereira Marques, Jonerson Valadares dos Santos, Reinaldo Francisco dos Santos Júnior, André Augusto Sirna dos Santos Introdução - Pacientes portadores de doença renal crônica (DRC), quando comparados à população geral, apresentam maior prevalência de doenças cardiovasculares (DCV), incluindo doença coronariana, cérebrovascular, vascular periférica e insuficiência cardíaca. A estratificação de risco cardiovascular (RCV) é uma etapa primordial principalmente para pacientes de DRC em terapia renal substitutiva (TRS) e que serão submetidos à transplante renal. Não existe nenhuma condição, nem mesmo o diabetes, que se associe com um risco cardiovascular tão elevado quanto aquele conferido pela DRC e alguns estudos têm demonstrado o aparecimento precoce de DCV em pacientes portadores de TRS em programa de hemodiálise, sendo a DCV a principal causa de óbito nessa população. Objetivo - Avaliar o risco cardiovascular em pacientes portadores de doença renal crônica submetidos a programa de Terapia Renal Substutiva (TRS) utilizando o escore de Framingham. Materiais e Métodos - Foi aplicado, após assinatura do consentimento informado, o escore de Framingham em pacientes submetidos a TRS, onde foram avaliados o sexo, a idade, o nível pressórico, os níveis de colesterol LDL e HDL, hábito do tabagismo e a presença de diabetes dos entrevistados. Resultados - Foram incluídos no estudo 71 pacientes, 35 do sexo masculino com média de idade de 50 anos e 36 do sexo feminino com média de idade de 53 anos e separados por sexo para análise do escore tendo sido encontrado: No grupo masculino, 9 eram diabéticos, 29 hipertensos, 6 tabagistas, e média de tempo em TRS de 45 meses. Com relação ao escore de Framingham aplicado no estudo aos pacientes do sexo masculino, todos eles aqui descritos representam o valor médio, encontramos uma média de pressão arterial sistólica (PAS) de 144,5 mmhg; da pressão arterial diastólica (PAD) 84,7mmHg; do HDL colesterol 31,6 mg/dl e do LDL colesterol de 77,1 mg/dl, o que leva esse grupo a um risco absoluto médio de doença cardiovascular em 10 anos de 11,6%. Foram também analisadas 36 mulheres, entre elas 13 diabéticas, 33 hipertensas, 7 tabagistas, e média de tempo em TRS de 39,6 meses, média de PAS de 149 mmhg, de PAD de 85 mmhg, de HDL de 34,7 mg/dl e LDL de 90,7 mg/dl, que leva o grupo feminino a um risco absoluto médio de doença cardiovascular em 10 anos de 15%. Conclusão - A amostra de dados coletada permitiu concluir que nestes pacientes submetidos a TRS, o sexo masculino possui menor risco de DCV em relação ao sexo feminino, a presença de diabéticos e tabagistas é maior no sexo feminino, fatores que aumentam o risco de DVC nestas. Cabe ainda ressaltar o alto índice de hipertensos na amostra 87,32 %, destes 53,2 % de mulheres,a principal causa de DRC nesta população. COMPOSIÇÃO CORPORAL E INFLAMAÇÃO EM PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) NA FASE NÃO DIALÍTICA Maria Inês Barreto Silva

11 Barbara da Silva Vale, Laura Kawakami Carvalho, Carla Cavalheiro Lemos, Carla Maria Avesani, Rachel Bregman A composição corporal de pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) é pouco conhecida. O excesso de peso, e a expansão da adiposidade corporal, são acompanhados de alterações que se associam à inflamação e fatores de risco para doença cardiovascular (DCV). Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes com DRC, com ênfase na gordura corporal e sua associação com a inflamação. Pacientes e Métodos: Estudados 134 pacientes estáveis com DRC em tratamento regular. Filtração glomerular estimada (FGe) pela equação do MDRD. Todos os pacientes foram orientados a seguir dieta com 0,6-0,8 g de proteína/kg/dia e aporte energético de kcal/kg/dia. Estado Nutricional: índice de massa corporal (IMC kg/m2; classificação: OMS) e albumina. Composição Corporal: gordura corporal total GordT (%) e do tronco TroncoGord (%) por DEXA e por circunferência da cintura CC (cm). Avaliadas: Proteína C-reativa (PCR) por ELISA, leptina e insulina por radioimunoensaio, resistência à insulina por HOMA-RI. Análise Estatística: resultados: média± DP. Comparação de grupos: ANOVA e qui-quadrado; associação entre variáveis: Spearman, nível de significância p 0,05. Software: STATA versão 8.2. Resultados: Idade 65±12 anos, homens 56%, tempo de tratamento nefrológico 5±3 anos, nutricional 3±2 anos; FGe 29±13 ml/min. Dados laboratoriais (mg/dl): uréia (82±40), colesterol (186±43), triglicérides (137±67), glicose (97±19) hemoglobina(g/dl) (12,4±2,3). IMC (26±4 kg/m2), albumina (4,2 0,3 g/dl). Distribuição pelo IMC: 47% eutrófico, 34% sobrepeso e 19% obeso (p= 0,0007). A FGe não foi diferente entre os grupos. A composição corporal em GordT, TroncoGord e a CC foram maiores quando comparados: eutrófico vs sobrepeso, eutrófico vs obeso, sobrepeso vs obeso (p<0,01). A leptina foi menor comparando: eutrófico vs sobrepeso e obeso, sobrepeso vs obeso (<0,001). A PCR e o HOMA-IR foram menores comparando: eutrófico vs obeso, sobrepeso vs obeso (<0,001). As associações foram positivas entre leptina e GordT (r=0,62), TroncoGord (r= 0,53), CC (r= 0,39), HOMA-IR (r = 0,27), e PCR (r = 0,25) (p< 0,01); HOMA-IR: vs GordT (r= 0,26), vs TroncoGord (r= 0,38), vs CC (r= 0,44) (p< 0,01); PCR: vs GordT (r= 023), vs TroncoGord (r= 0,28), vs CC (r= 0,26) (p< 0,05). Conclusão: Os pacientes com DRC na fase não dialítica não apresentaram desnutrição. Houve maior prevalência de indivíduos com sobrepeso e obesidade, com elevada adiposidade corporal total e central. O excesso de adiposidade se associou com inflamação e maior resistência à insulina. Os achados sugerem que pacientes com DRC com elevada adiposidade corporal, apresentam-se com mais inflamação e, devem ser alvo de monitoramento dos fatores de risco para DCV, incluindo controle nutricional. CORRELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS SÉRICOS DE SFAS, ANEMIA E BIOMARCADORES DE INFLAMAÇÃO E DISFUNÇÃO ENDOTELIAL EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA Andrea Emilia Marques Stinghen Ligia Maria Claro, Simone Mikosz Gonçalves, Roberto Pecoits-Filho Durante a evolução da doença renal crônica (DRC), a resistência à eritropoietina está freqüentemente presente. O soluble Fas (sfas), é uma molécula antiapoptótica e proinflamatória, que tem sido associada à presença de anemia e resistência à eritropoietina em pacientes com DRC. Objetivo: investigar os níveis séricos de sfas e sua correlação com a anemia (através dos valores de hemoglobina e volume globular), utilizando o fibrinogênio como marcador de inflamação sistêmica e a molécula de adesão intercelular-1 solúvel (sicam-1) como marcador de disfunção endotelial em pacientes com DRC. Material e Métodos: foram coletadas amostras de plasma de pacientes em pré-diálise, em diferentes estágios de DRC, avaliados segundo a média dos seus clearances de uréia e creatinina. Os níveis de hemoglobina (Hb) e volume globular (VG) foram avaliados através de contadores eletrônicos hematológicos. As concentrações de sfas e sicam-1 foram determinadas por ELISA e a concentração de fibrinogênio por método coagulométrico. Resultados: A população era formada por 72 pacientes (média de 57 anos, com variação entre 18 e 80 anos, sendo 51% homens) com TFG média de 37±21 ml/min. Os níveis séricos de sfas apresentaram correlação negativa com a TFG, Hb e VG ( =-0,41; P<0,0001; =-0,27; P<,05; =- 0,24; P<0,05, respectivamente) e correlação positiva com os níveis séricos de fibrinogênio ( =0,24; P<0,05) e sicam-1 ( = 0,24; P<0,05). Foi observado que a concentração de sfas aumentou de acordo com o avanço dos estágios de DRC (P< 0,0005).

12 Conclusão: os resultados sugerem que o sfas se eleva na progressão da DRC, e está associado a anemia, inflamação sistêmica e disfunção endotelial em pacientes com DRC. DESEMPENHO DAS EQUAÇÕES QUE ESTIMAM A FILTRAÇÃO GLOMERULAR NA DOENÇA RENAL CRÔNICA E EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS Eduardo C. Gomes Joana Chanan, Maicon Carraro, Renata da Rosa, Viviane C. Grohmamm, Fernando S. Thomé, Elvino G. Barros, Carlos A. Prompt, Osmar M. de Oliveira, Francisco V. Veronese Objetivo: Comparar o desempenho das equações que estimam a filtração glomerular (TFG) em relação a método radioisotópico, em pacientes com doença renal crônica (DRC) e em indivíduos saudáveis. Material e Métodos: Foram estudados 47 pacientes com DRC estágios 1 a 5 (idade anos, 27 homens) e 45 controles (idade anos, 31 mulheres); foi dosada a proteinúria (IPC) e a creatinina sérica (Jaffé calibrado). A TFG (ml/min/1,73 m2) foi medida e estimada mensalmente por 3 meses, pelo 51Cr-EDTA (51Cr) e pelas equações do MDRD re-expresso, Cockcroft-Gault (CG), CKD-EPI e Clínica Mayo (Mayo), respectivamente. Foram calculados para a primeira medida da TFG em todos os grupos: concordância entre os métodos (Bland & Altman), viés (diferença da TFG medida e estimada), e acurácia (percentagem dos valores estimados dentro de 15% (P15) e 30% (P30) da TFG medida). Os três valores da TFG para cada método foram comparados por ANOVA para medidas repetidas, assim como o seu coeficiente de variação (CV, %). Resultados: O IPC foi de 0,82+-1,38 e 0,07+-0,04 em casos e controles respectivamente (P=0,001). O IMC foi e respectivamente (NS). No grupo DRC, CG e Mayo diferiram significativamente do 51Cr, e no grupo controle MDRD e CKD-EPI diferiram significativamente do 51Cr (ver tabela). 51Cr-EDTA MDRD CG CKD-EPI Mayo Global * * DRC ** *** Controles # ## *P<0,001 (vs. 51Cr); **P=0,009 (vs. 51Cr); ****P<0,001 (vs. 51Cr); #P<0,001 (vs. 51Cr); ##P=0,006 (vs. 51Cr) Concordância: No grupo DRC foi observada concordância entre 51Cr e MDRD e 51Cr e CKD-EPI (limites - 28,5 a +25,5 e -31,1 a +23,8); no grupo controle só não houve concordância entre 51Cr e MDRD, sendo maior com CKD-EPI: limites -24,7 a +38,9. Viés: No grupo DRC o viés entre 51Cr e Mayo foi maior (viés+- EP: -11,8+-2,6 [IC -19,5 a -4,0], P<0,001) mostrando superestimativa, e no grupo controle o viés entre 51Cr e MDRD também o foi (+16,6+-2,4 [IC +9,45 a 23,8], P<0,001), observando-se subestimativa da TFG. Acurácia: No grupo DRC, o P15 foi maior para as equações MDRD (46,8%), CG (46,8%) e CKD-EPI (40,4%) em comparação a Mayo (29,8%), P=0,04; o P30 foi maior para MDRD (78,7%) e CKD-EPI (78,7%) vs. CG (63,8%) e Mayo (61,7%), P=0,03. No grupo controle, P15 e P30 foram maiores para CKD-EPI (64,4% e 95,6%) e CG (60% e 93,3%) respectivamente, vs. MDRD (42,2% e 88,9%) e Mayo (53,3% e 84,4%) (P<0,05). Não houve diferença nas médias da TFG medida e estimada pelas equações nos três pontos de medida. O CV dos métodos foi aceitável, situando-se entre 10,1% e 15,7%. Conclusão: O desempenho global da equação CKD-EPI foi melhor que o das demais equações, tanto nos pacientes com DRC quanto nos controles. O MDRD mostrou boa acurácia no grupo DRC mas subestimou a TFG nos controles. O desempenho da equação CG foi intermediário e o pior desempenho foi o da equação Mayo, que superestimou a TFG. DIAGNÓSTICO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA A PARTIR DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR ESTIMADA: CKD-EPI OU MDRD? Natalia Fernades Rita Maria R. Bastos, Marcus G. Bastos Introdução: Por definição, todo indivíduo com filtração glomerular estimada (FGe) <60 ml/min/1,73 m2 apresenta doença renal crônica (DRC). Estudos recentes sugerem que equação denominada CKD-Epi é superior a do estudo MDRD na identificação de pacientes com DRC. Objetivo: Comparar a equação CKD-Epi com a equação do estudo MDRD usando a creatinina sérica na estimativa da prevalência de DRC em adultos acompanhados ambulatorialmente. Métodos: A partir do banco de dados de um Laboratório de Análise Clínicas, dados como idade, sexo e creatinina de pacientes ambulatoriais determinados em dois momentos com intervalo de tempo superior a três meses, foram utilizados para diagnosticar a DRC como estabelecido pela K/DOQI da NKF americana e KDIGO, empregando-se as equações do estudo MDRD e CKD-Epi. A avaliação da performance das duas

13 fórmulas foi realizada utilizando-se a Correlação de Pearson e a concordância entre elas pelo método de Bland & Altman. Resultados: Foram analisados indivíduos, com idade média de 48,7±14,9 anos, sendo 59,6% do sexo feminino. Observamos excelente correlação entre as fórmulas, contudo, a concordância entre ambas (analisadas pelo método de Bland Altman) só ocorreu para valores de FGe <50ml/min/1,73 m2. A prevalência de DRC por estágio determinada pela equação CKD-Epi e MDRD foi, respectivamente, de 9,03% e 10,15% (3A), 1,50% e 1,49% (3B), 0,50% e 0,48% (4) e 0,34% e 0,32% (5). Conclusão: Quando comparadas, as fórmulas MDRD e CKD-EPI mostram boa correlação no diagnóstico da DRC estágios 3 a 5, contudo, a concordância entre ambas só ocorre para valores de FGe <50 ml/min/1,73m2. Não há diferença na prevalência de DRC estimada pelas fórmulas CKD-Epi e MDRD. EFEITO DOS QUELANTES DE FÓSFORO EM UM NOVO MODELO DE DOENÇA ÓSSEA ADINÂMICA Juliana C. Ferreira Guaraciaba O. Ferrari, Raquel T. Cavallari, Cássia M. Puci, Wagner V. Dominguez, Luciene M. dos Reis, Fabiana G. Graciolli, Rosa M A. Moysés, Katia R. Neves, Vanda Jorgetti Apesar do aumento da prevalência da doença óssea adinâmica (DOA), há poucos modelos experimentais para estudo dessa doença e a maioria deles está associada à síndrome metabólica. Além disso, os efeitos dos quelantes de fósforo na DOA têm sido pouco estudados. Assim, desenvolvemos um modelo de DOA através de paratireoidectomia + nefrectomia 5/6 em ratos wistar. Após a cirurgia, os animais receberam dieta à base de grão, rica em P (1,2%) e foram divididos em 4 grupos: Ca (tratado com 3% de Carbonato de cálcio); Sev (tratado com 3% de Carbonato de Sevelamer); DRC (não tratado) e Controle (dieta standard, sham-operado). Após 8 semanas, foram realizadas análises bioquímicas, histomorfométricas e avaliação de calcificação vascular da aorta (CV), pela técnica de von Kossa. Todos os animais urêmicos apresentaram valores maiores de creatinina (1,4 Ca, 1,5 Sev, 1,4 DRC vs. 0,6mg/dl controle; p<0,05) e fósforo (11,5 Ca, 10,6 Sev, 11,3 DRC vs. 5,2 mg/dl controle; p<0,05) e menores de cálcio iônico (0,5 Ca, 0,5 Sev, 0,6 DRC vs. 1,1 mmol/l controle; p<0,05) que os animais controle. Apesar dos valores similares de P entre os animais urêmicos, a fração de excreção de P (FeP) foi menor nos grupos tratados (1,8% no Ca, 23,1% no Sev vs. 53,8% DRC; p<0,05). A calciúria foi maior no grupo Ca do que no grupo Sev (8.5 vs. 4,3 mg/24h; p<0,05). Diminuição não significativa nos valores de FGF-23 foi vista no grupo Sev quando comparado com o grupo Ca (85,1 vs. 172,5 pg/ml; p=0,08). Nenhum dos ratos apresentou CV. A histomorfometria revelou DOA em todos os animais urêmicos, visto por baixa taxa de formação óssea (0,01 Ca, 0,03 Sev, 0,02 DRC vs. 0,08 dia controle; p<0,05), diminuição do volume osteóide (0,1% Ca, 0,3% Sev, 0,1% DRC vs. 0,8% controle; p<0,05), da superfície osteoblástica (2,4% Ca, 4,1% Sev, 1,7% DRC vs. 14,7% controle; p<0,05) e da superfície osteoclástica (2,4% Ca, 0,9% Sev, 1% DRC vs. 4,3% controle, p<0,05), além da ausência de fibrose. O volume ósseo foi similar entre os grupos (29,1% Ca, 25,1% Sev, 24% DRC e 22,3% controle; p>0,05). Não houve diferença histomorfométrica entre os grupos urêmicos, exceto por uma maior superfície de reabsorção no grupo Ca (10,4% vs. 6,9% Sev e 5,7% DRC; p<0,05). Apesar de não ter corrido diminuição significativa nos valores do fósforo sérico e de também não ter havido melhora nos parâmetros histomorfométricos, os quelantes de fósforo foram capazes de diminuir a sobrecarga de fósforo vista pela FeP. Este novo modelo experimental pode ser utilizado para avaliação de DOA em outros estudos. EFEITO PROTETOR DA TALIDOMIDA E DO TAMOXIFENO EM MODELO EXPERIMENTAL DE LESÃO VASCULAR Alexandre Chagas Santana Humberto Dellê, Dimitri B. E. Marinotto, Filipe Miranda, Antônio C. Cordeiro A lesão vascular crônica constitui uma importante causa de perda do enxerto em transplante de órgãos. Considerando que a resposta inflamatória é um dos mais importantes eventos no desenvolvimento de lesões vasculares, estratégias para o bloqueio da inflamação podem ser de extrema relevância. O objetivo do presente estudo foi investigar o possível efeito protetor da talidomida (TALID) e do tamoxifeno (TAM), drogas com propriedades anti-inflamatórias e anti-fibróticas, em modelo de lesão vascular (LV) induzida por cateter balão - um modelo animal que mimetiza as características morfológicas da doença vascular do enxerto. Ratos Wistar machos (n=18) foram submetidos à lesão de carótida esquerda por cateter balão e foram tratados ou não com TALID (100mg/Kg/dia) ou TAM (100mg/Kg/dia) por gavagem. A artéria carótida direita

14 foi usada como controle, sem lesão. Morfometria e imuno-histoquímica para PCNA, Von Willebrand e alfaactina de músculo liso foram realizadas 14 dias após a lesão. a p<0,001 vs. LV; b p<0,05 vs. LV A lesão na carótida esquerda foi caracterizada por hiperplasia da íntima, a qual foi significativamente reduzida nos animais tratados com TALID ou TAM. Imuno-histoquímica para PCNA demonstrou que a atividade proliferativa apresentada na neoíntima foi reduzida pelos tratamentos com TALID e TAM. Além disso, a perda das células endoteliais foi significativamente menor nos animais tratados com TALID e TAM e os tratamentos foram eficientes também na preservação das células musculares da camada média. Os resultados demonstram que os tratamentos com TALID e TAM foram eficazes em reduzir a lesão vascular provocada por cateter balão. Os efeitos protetores foram relacionados à diminuição da camada neoíntima, preservação do endotélio e preservação da camada média vascular. O possível efeito sinérgico destas drogas será investigado em estudos futuros. EFEITO RENAL DO EXERCÍCIO FÍSICO AERÓBIO DE ALTA INTENSIDADE EM RATOS DIABÉTICO INDUZIDOS POR STZ Rodolfo Rosseto Rampaso Rafael da Silva Luiz, Elisa M. S. Higa, Luciana Teixeira, Nayda P. Abreu, Nestor Schor Introdução e Objetivo: Exercício físico aeróbio moderado tem se tornado progressivamente uma terapia complementar no tratamento em diabéticos. Estudos indicam que ele promove redução da glicemia, da incidência de doença renal crônica (DRC), dos riscos cardiovasculares e contribui para um melhor controle da hipertensão arterial bem como da obesidade entre outros. Entretanto, pouco tem se estudado sobre o efeito do exercício físico aeróbico de alta intensidade nesta população. O objetivo deste estudo é avaliar os efeito do exercício físico aeróbio de alta intensidade em esteira rolante durante 8 semanas sobre os parâmetros bioquímicos e urinários assim como sobre fatores possivelmente reno-protetores. Métodos: Foram utilizados ratos Wistar macho adultos divididos em 4 grupos: Sedentário (SED), Diabetes + sedentário (DM-SED), Diabetes + exercício (DM-EXE) e Exercício (EXE). O diabetes foi induzido por estreptozotocina (STZ) e foram tratados com 0,5 unidades de insulina por dia. O exercício foi realizado em esteira rolante durante 35 minutos, sendo 5 minutos de aquecimento e 30 minutos de exercício, 4 dias por semana. Semanalmente realizados teste de esforço máximo, ajustando o treinamento com a carga de 80 % da máxima atingida no teste. Coletamos por 24 horas urina e avaliamos a função renal: clearance de creatinina com e sem correção para peso corporal, creatinina sérica, proteinúria e óxido nítrico sérico e urinário. Foi realizada a dosagem do NO através de quimioluminescência e analisado pelo software NOA. Resultados: O clearance de creatinina foi significativamente diferentes entre os grupos SEDe DM-SED (1,80 ± 0,16 vs 1,24 ± 0,09 ml/min, p 0,05). Entretanto, o clearance de creatinina corrigido pelo peso do animal não apresentou diferença significativa. Por outro lado,observamos que a proteinúria foi menor quando os ratos diabéticos praticavam exercício, conforme os dados para os grupos DM-SED, SED, DM- EXE: 38,68 ± 2,50 vs 15,65 ± 1,11 e 16,58 ± 1,58 mg/24h, p 0,05, respectivamente. O NO urinário e o sérico também sofreram modificações pelo exercício nos ratos diabéticos grupos DM-SED, SED e DM- EXE: 3515,93 ± 494 vs ± 933 vs 8062 ± 423, p 0,05 para o NOu e 19,34 ± 2,27 vs 30,67 ± 2,42 p 0,05 para o NOs para o DM-SED e DM-EXE, respectivamente. Conclusão: Os resultados sugerem que apesar de menor efeito protetor no clearance do diabéticos induzido pelo exercício (~20%), ocorreu uma significante redução da proteinúria (~54%).Nota-se uma melhora de (~37%) do DM-EXE em relação ao DM-SED do NOs e no NOu observamos uma menor redução (~15%) do DM-EXE em relação ao DM-SED. Desta forma pode-se sugerir que estes animais teriam uma progressão da doença renal em velocidade menor, pois teriam uma redução na proteinúria e menor impacto do diabetes sobre o NO sérico e urinário. Estes dados sugerem que o exercício, conforme este protocolo, poderia contribuir e minimizar a progressão da doença renal induzida pelo diabetes. Apoio: CNPq, FAPESP, CAPES, FOR. EFEITOS DA CASTRAÇÃO SOBRE OS GLICOSAMINOGLICANOS RENAIS E URINÁRIOS DE RATOS E RATAS COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Rachel Bregman Carla C S Lemos, Ana M Tovar, Marco A M Guimarães

15 1CCS Lemos, 3AM Tovar, 2MAM Guimarães, 1R Bregman. 1Disciplina de Nefrologia e 2Disciplina de Patologia Geral da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 3Laboratório de Tecido Conjuntivo do Instituto de Bioquímica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Objetivos: No rim, alterações dos glicosaminoglicanos (GAG) e, particularmente, no heparan sultato (HS) podem levar ao desenvolvimento de proteinuria (PTN), que além de ser marcador de disfunção renal, está diretamente relacionada ao pior prognóstico da doença renal. Os hormônios sexuais têm sido apontados como responsáveis por diferenças gênero-relacionado na progressão da doença renal. O objetivo deste estudo foi relacionar GAG, particularmente o HS, e PTN em ratos e ratas com insuficiência renal crônica (IRC) em privação dos hormônios sexuais. Material e Métodos: Ratos (M, n=20) e ratas (F, n=20) Wistar foram subdivididos em Controles castrados (Cc) e não castrados (C); e após 30 dias de IRC, induzida por nefrectomia 5/6, castrados (IRCMc, IRCFFc) e não castrados (IRCM, IRCF). Os GAG foram extraídos do rim total (GAGr) e de urina de 24 horas (GAGu), quantificados através da dosagem do ácido hexurônico (Método do Carbazol) e caracterizados em géis de agarose e poliacrilamida. Resultados: Animais IRC apresentaram redução do clearance da creatinina em relação aos controles (p<0,05). Os GAGu não mostraram diferenças em sua composição, nem no peso molecular nos grupos estudados. No rim normal, as ratas tiveram maior concentração de GAGr e HS (µg/mg tecido seco) que os ratos (p<0,05). Na IRC, os machos tiveram aumento de PTN, GAGr e de HS renal quando comparados aos controles (p<0,05). Nas fêmeas, a PTN aumentou, porém os GAGr e HS renal diminuíram em relação aos controles (p<0,05). Após castração, observamos diferenças gênero-dependente na IRC: redução de PTN, GAGr e HS renal nos machos (p<0,05), enquanto que nas fêmeas não houve alteração nestes parâmetros. Conclusão: Nossos dados sugerem que a PTN, os GAGr e o HS renal parecem ser influenciados pelo hormônio sexual masculino na IRC. Alterações quantitativas e estruturais no HS podem comprometer sua funcionalidade biológica, principalmente na modulação de fatores de crescimento na matriz extracelular glomerular, interferindo na organização estrutural da barreira de filtração glomerular. Em contrapartida, o mesmo não parece ser dependente do hormônio feminino, já que a redução do HS não foi fator determinante para a PTN nas fêmeas. EFEITOS DA ROSUVASTATINA E DO SEVELAMER NA CALCIFICAÇÃO CORONARIANA DOS PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO CONSERVADOR Lemos MM Jancikic ADB, Sanches FMR, Christofalo DM, Ajzen SA, Carvalho AB, Draibe SA, Canziani MEF Objetivo: A doença cardiovascular (DCV) é a maior causa de morte entre os pacientes com doença renal crônica em tratamento conservador (DRCTC). O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da Rosuvastatina e do Sevelamer na calcificação coronariana. Material e Métodos: Estudo randomizado, controlado, aberto, conduzido com 122 pacientes com DRCTC (61.5% homens, 55±11 anos, TFG estimada=35±15ml/min). Os pacientes foram divididos nos grupos Rosuvastatina (10mg/dia), Sevelamer (2400mg/dia) e grupo controle. O escore de cálcio coronariano (EC), além de análises bioquímicas foram realizadas no início e no final do estudo (após o seguimento de 12 meses). Resultados: Setenta e oito entre os 120 pacientes concluíram o estudo. As características dos grupos foram semelhantes no início do estudo, exceto o LDL colesterol e a proteína-c reativa (PCR), que foram maiores no grupo Rosuvastatina; Portanto, todas as análises subsequentes foram ajustadas para o LDL e PCR. No seguimento, a função renal não variou significativamente em nenhum dos grupos, bem como os níveis de PCR e o número de pacientes que entraram em diálise ou faleceram. No grupo Sevelamer, o fósforo se elevou durante o estudo de forma menos pronunciada (p=0.001) comparada aos outros grupos. Adicionalmente, este grupo foi o único grupo que cursou com redução do PTHi (p<0.001) durante o seguimento. O LDL colesterol também diminuiu em relação ao baseline [99 (45 181) vs. 85 (37 144)mg/dL; p=0.007] neste braço. No grupo Rosuvastatina, também houve uma redução significativa no LDL-colesterol, comparado ao baseline [113 (66 227) vs. 59 (27 119)mg/dL; p<0.001]. Com relação aos marcadores do metabolismo mineral e ósseo, o delta relativo do FGF-23 tendeu a ser mais baixo nesse grupo e se correlacionou com o delta relativo do EC (R=0.42; p=0.03). Quanto à calcificação coronariana, houve piora durante o seguimento, todavia sem relação com o tipo de droga utilizada, mas com um padrão de progressão tempo-dependente (gráfico Quando analisado o subgrupo com um EC 30UA no baseline, entre os que melhoraram a patamar do LDL (LDL elevado LDL normal), apenas 27% pioraram o EC, comparado aos 50% que pioraram

16 o EC entre os pacientes que mantiveram seu LDL basal no mesmo patamar e, finalmente 80% entre os que pioraram seu LDL (LDL normal LDL elevado), (p=0.074). Conclusão: Não houve diferença na progressão da calcificação coronariana entre os grupos Rosuvastatina, Sevelamer e controle, embora exista uma associação entre os níveis lipídicos e a evolução do escore de cálcio coronariano, que precisa ser detalhada em estudos subsequentes. EFEITOS DO FUMO NA FUNÇÃO RENAL DE RATOS HIPERCOLESTEROLÊMICOS Bárbara da Costa Glória Elisa Florido Mendes, Monique Silva Martinez, Leandro Araújo Pires, Marcus Luz, Emmanuel A. Burdmann Objetivos: avaliar os efeitos da associação de fumo e hipercolesterolemia na função renal de ratos. Métodos: ratos machos adultos foram expostos ao fumo (câmara de fumo) ou sham (câmara de fumo sem cigarros) por 10 minutos, 2 vezes por dia, por 18 semanas. Entre a 14 e 18º semanas os ratos receberam dieta pobre em sal (0,06%) e metade deles receberam suplementação de colesterol 2% e ácido cólico 0,5% na dieta. Os grupos finais (5 a 8 ratos/grupo) foram colesterol normal (CN)+não fumo, CN+fumo, colesterol elevado (CE)+não fumo e CE+fumo. No dia 126 foram determinados o RFG (depuração de inulina, ml/min/100g), o FSR (Doppler, ml/min), a RVR (mmhg/ml/min), os níveis de colesterol (mg/dl), a osmolalidade urinária (UOsm, mosm/kg), o hematócrito (Ht, %) e o escore de fibrose tubulointersticial (0 a 4). Os dados (média±ep) foram analisados por ANOVA. Resultados: O RFG foi similar nos grupos CN não-fumo e CN fumo (0,72 0,05 e 0,69 0,03). O CE diminuiu o RFG no grupo não-fumo (0,40 0,06; p<0,05 vs. CN não-fumo) o que foi ainda mais agravado pelo fumo (0,20 0,03; p<0.05 vs. CN fumo; p<0.05 vs. CE não fumo). O FSR foi similar nos grupos CN não-fumo (4,0 0,4), CN fumo (3,5 0,2) e CE não fumo (4,0 0,5) e diminuído no grupo CE fumo (2,2 0,3; p<0.05 vs. CN fumo e p<0.05 vs p<0.05 vs. CE não fumo). Da mesma forma a RVR foi similar nos grupos CN não-fumo (33 6), CN fumo (30 2) e CE não fumo (24 2) e aumentada no grupo CE fumo (43 5; p<0.05 vs. CN fumo e p<0.05 vs p<0.05 vs. CE não-fumo). A UOsm foi no grupo CN não-fumo, no CN fumo (p<0.05 vs CN não-fumo), no CE não-fumo (p<0,05 vs. CN não-fumo) e no CE fumo. O colesterol foi mais elevado nos grupos com suplementação: CN não fumo 63 2, CN fumo 60 1, CE não fumo 85 5 (p<0,05 vs. CN não-fumo) e CE fumo 83 2 (p<0.05 vs. CN fumo). O Ht foi similar nos 4 grupos (55 2, 53 1, 52 2 e 49 1, respectivamente). O CE provocou FTI, não agravada pelo fumo: CN não fumo 0,03 0,005, CN fumo (0, ), CE não-fumo 0,13 0,02 (p<0,05 vs. CN não-fumo) e CE fumo 0,17 0,02 (p<0.05 vs. CN fumo) Conclusões: CE causou queda no RFG, alteração da UOsm e FTI. A associação de fumo e hipercolesterolemia potencializou os efeitos desfavoráveis do colesterol na função renal. ESTUDO DO PREVALÊNCIA DE DOENÇA RENAL CRÔNICA ASSOCIADA AO RISCO DE EVENTO CARDIOVASCULAR NA POPULAÇÃO DE PALMAS-TOCANTINS Itágores Hoffman Ii Coutinho Guilherme S L Lopes, Luis Paulo de S Oliveira, Aline G dos Santos, Ana Carolina Oliveira, Bruna Elias Parreira, Léa Cristina C A Miranda, Larissa V Silva, Felippe H M S Maciel, Ibsen S Trindade, Balduino F Andrade, João E. Romão Jr, Manuel C. M. Castro A prevalência da doença renal crônica (DRC) tem aumentado de forma exponencial nos últimos anos. Apesar dos avanços conquistados nos últimos anos no tratamento dessa nefropatia, a mortalidade continua alta nesse grupo quando comparada à da população geral. A doença cardiovascular (CV) é a principal causa de morte nos pacientes com DRC. Objetivos: realizar um estudo da prevalência da DRC e estimar o risco de evento cardiovascular (EVC) na população adulta e urbana de Palmas/Tocantins-Brasil. Métodos: randomizadas 707 pessoas com idade 18 anos e que residisse ou trabalhasse no domicílio sorteado. A história clínica pregressa e atual, o peso corporal, altura, circunferência abdominal, pressão arterial, glicemia capilar, glicemia de jejum, creatinina sérica e urinálise foram avaliados. DRC foi definida como clearance de creatinina estimado (CCre) pela equação de Cockcroft-Gault <60 ml/min/1.73 m2. EVC foi definido como episódio de infarto agudo do miocárdio e/ou acidente vascular encefálico. Determinou-se as frequencias de todas as variáveis e análise bivariada, através do cruzamento das variáveis independentes com o desfecho DRC e EVC, determinando o odds ratio (OR). Resultados: a idade média foi de 40,11±15,61 (range: 18-87) anos e 8,9% tinham idade 65 anos. Observamos que 62,7% eram do sexo feminino e 73,1% não brancos. A DRC e EVC foram observados em

17 3,4% e 3,5%, respectivamente. No grupo com CCre <60 ml/min/1.73 m2, a média foi de 42,18±12,68 (variação: 18,43-59,51). Comparando o resultado de DRC com EVC, observamos OR de 8,72 (p <0,00001). Analisando a variável EVC com idade 65 anos, diabete mellitus e hipertensão arterial, observamos OR de 7,9 (p <0,00001), 5,33 (p =0,005) e 2,5 (p =0,023), respectivamente. Conclusão: a DRC associou-se a maior risco de EVC, sendo 9 vezes maior nas pessoas com DRC quando comparada com pessoas sem DRC na população geral. Também observamos maior risco de EVC em idosos, diabéticos e hipertensos. EVIDÊNCIA PARA A PARTICIPAÇÃO DE RECEPTORES PURINÉRGICOS NA ATEROGÊNESE. SÃO ELES HIPERFUNCIONANTES NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA? Beatriz Amado Penedo Alex Sandro Albuquerque, Ana Maria Freire Tovar, Robson Coutinho-Silva, Jocemir Ronaldo Lugon, Maurilo Leite Jr. Receptores purinérgicos do tipo P2X7 (P2X7R) são expressos em macrófagos em diversas condições patológicas, sendo responsáveis pela síntese de citocinas pró-inflamatórias. Pacientes portadores de insuficiência renal crônica (IRC) são sabidamente susceptíveis ao estado inflamatório e aterogênese acelerada. Este estudo teve por objetivo a investigação do papel destes receptores na transformação de macrófagos em células espumosas e em seguida a pesquisa indireta da presença destes receptores em células mononucleares de indivíduos portadores de insuficiência renal crônica em programa de hemodiálise. Pacientes E Métodos: Na primeira etapa procedemos à cultura de macrófagos humanos extraídos de sangue de doadores saudáveis, para a formação de células espumosas. Monócitos foram extraídos através de centrifugações com gradiente de Ficol, cultivados em meio RPMI com 5% soro humano e incubados por cerca de 96 h até aderência em placa. Em seguida, foram divididos em 3 grupos submetidos a prétratamento com: grupo 1: Ox-ATP (antagonista seletivo de P2X7R); grupo 2: Suramina (antagonista P2 nãoseletivo) e grupo 3: sem pré-tratamento. Sessenta minutos após, LDL oxidado, extraído de plasma humano, foi adicionado em todos os poços. Após 60 horas de incubação, as células foram fixadas e coradas com Oil red O (corante lipídico), observados em microscopia Confocal. Na segunda etapa, foram coletadas amostras de sangue (10 ml) de indivíduos saudáveis (grupo 1, n=7) e pacientes portadores de IRC em tratamento pela hemodiálise (grupo 2, n=8) para extração de células mononucleares derivadas de sangue periférico (PBMC) através de centrifugação com Ficol. A seguir, as células foram introduzidas em tubos de citometria, onde foi adicionado ATP em diferentes concentrações (100, 500, 1000, e 5000 µm) e em seguida brometo de etídio para análise de permeabilização celular, examinada através de FACS. Resultados: A primeira etapa mostrou claramente que Ox-ATP e Suramina foram capazes de inibir a formação de células espumosas, uma vez que nestes grupos (1 e 2) a coloração pelo Oil red O foi significativamente atenuada, em relação ao grupo 3 (32 e 37% vs 7%, respectivamente, P<0,05). A segunda etapa revelou que no grupo de pacientes com IRC observou-se maior número de indivíduos com permeabilização no grupo 2, a partir de concentrações de 100 e 500 µm de ATP. Conclusão: A formação de células espumosas parece estar associada à presença e ativação de P2X7R em macrófagos. A segunda etapa sugere que estes receptores podem estar hiperfuncionantes em pacientes portadores de IRC. Unindo as duas etapas, este estudo se constitui em evidência para uma maior susceptibilidade à aterogênese nos pacientes renais através do aumento de resposta à ativação de P2X7R. IMPACTO DE UM PROGRAMA ESTRUTURADO DE EDUCAÇÃO NA IDENTIFICAÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA PELOS PROFISSIONAIS DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Edson Magacho Wander B. Carmo, Natália Fernandes, Jessica A. Bastos, Fabiane Rossi, Luciana Campisi, Luciana Tirapani, Anita Soares, Antônio Jorge de S. Marques, Marcus Gomes Bastos Introdução: A doença renal crônica (DRC) é considerada, em todo mundo, um problema de saúde pública. No manejo da DRC é importante que a doença seja diagnosticada precocemente e para tal, é importante a participação dos profissionais de saúde do Programa de Saúde Família (PSF), primeiros a ter contato com os estes pacientes. Nós hipotetizamos que uma intervenção educacional estruturada aumentaria o reconhecimento da DRC e seus principais aspectos prognósticos, pelos profissionais do PSF. Métodos: Nós conduzimos um estudo de avaliação de conhecimentos antes e depois da aplicação de um programa de educação teórico-prático sobre aspectos básicos da DRC, incluindo o diagnóstico, estagiamneto e evolução da doença.

18 Resultados: Dos participantes, 62% eram enfermeiros e 36% eram médicos. Outros profissionais de saúde não foram incluídos devido ao baixo número de participantes. A idade média (±DP) dos participantes foi 31,6±9,2 anos (médicos= 33,6±12,6 e enfermeiros= 30,7±6,6, p= 0,239). O tempo de participação no PSF foi de <1 ano (36%), 1-5 anos (48%) e >5 anos (16%). Na tabela são apresentados os percentuais de acerto relativos a perguntas que avaliaram o diagnóstico, estagiamento e evolução da DRC: Pergunta Médicos Enfermeiros Antes Depois p Antes Depois p Sobre o método recomendado na avaliação da filtração glomerular 37,5% 81,3% 0,039 35,7% 64,3% 0,039 Sobre a definição da DRC 18,8% 87,5% 0,001 50,0 92,9% 0,004 Sobre a evolução da DRC 68,8% 100% 0,063 39,3 82,1 <0,001 Conclusão: A instituição de um programa educacional teórico-prático abordando os principais aspectos da DRC aumenta acentuadamente o reconhecimento da doença entre os profissionais do PSF. INSUFICIÊNCIA DE VITAMINA D EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA PRÉ-DIALÍTICA Wander B. do Carmo Henrique Mansur, Marcus G. Bastos Introdução: Insuficiência ou deficiência de vitamina D tem sido descrito em regiões com alta exposição ao sol. Contudo, até o momento, dados sobre deficiência de vitamina D no Brasil é extremamente limitado. Objetivo: Avaliar os níveis séricos da 25-hidroxivitamina D (25-OHD3) em pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) em tratamento conservador em Juiz de Fora, MG. Material e Métodos: Pacientes regularmente acompanhados no ambulatório de prevenção de DRC (PREVENRIM) foram avaliados retrospectivamente para níveis séricos de 25-OHD3 pela técnica de HPLC, filtração glomerular (estimada a partir da creatinina pela equação do estudo MDRD), hemoglobina, cálcio total fosfato e PTHi. Os mesmos parâmetros laboratoriais foram reavaliados após reposição de unidades de colecalciferol. Resultados: Foram estudados 59 pacientes, 53% do sexo masculino, com média de idade de 62,2±13,9 anos. As principais causas da DRC foram glomerulonefrite crônica (27,6%), diabetes mellitus (13,8%) e hipertensão arterial (12,1%). A filtração glomerular (FG) estimada foi de 35,2±14,8 ml/min/1,73 m2, sendo que em 94,9% dos pacientes a FG foi <60 ml/min/1,73 m2. Os valores laboratoriais médios ± desvio padrão basais foram: hemoglobina= 12,5±1,7 g/dl; cálcio= 9,3±0,8 mg/dl; fosfato= 3,8±0,9 mg/dl e PTH intacto= 112±88,7 pg/ml. A concentração média de 25-OHD3 foi de 40,6±19,9 ng/ml; em 7,5% dos pacientes a concentração de 25-OHD3 foi <15 ng/ml, em 27% a concentração foi ng/dl e em 66% a concentração foi 30 ng/ml. Os pacientes com níveis séricos de 25-OHD3 <30 ng/ml apresentaram tendência de PTH intacto mais elevados quando comparados aos pacientes com níveis da 25-OHD3 >30 ng/ml (142,9 ± 104,5 ng/dl vs 96,1 ± 75,6 ng/dl, p=0,08). Após período médio de 162 dias de reposição com colecalciferol, os níveis da 25-OHD3 aumentou de 24,7±10 ng/ml para 46,6±15,2 ng/ml (p=0,0001). Conclusão: Apesar da exposição solar crônica em nossa região, pacientes adultos com DRC em tratamento conservador comumente apresentam hipovitaminose D, a qual é corrigida com administração oral de colecalciferol. NOVO MODELO EXPERIMENTAL DE DOENÇA RENAL CRÔNICA: INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA INDUZIDA POR ADENINA EM CAMUNDONGOS Alexandre Chagas Santana Sérgio Catamozi, Fernanda B. Fusco, Dimitri Marinotto, Humberto Dellê A utilização de modelos experimentais para o estudo da doença renal crônica (DRC) é de indiscutível importância não apenas para a compreensão de mecanismos patogênicos como também para estudos de abordagens terapêuticas e de fase pré-clínica. Embora tenhamos à disposição modelos experimentais de DRC, não existem modelos estabelecidos no nosso meio para o estudo da DRC com uremia. Neste contexto, o estabelecimento de um modelo que, além de reproduzir as características da uremia possa também reproduzir outras anormalidades que constituem fatores de risco, é de extrema relevância. Recentemente, reproduzimos o modelo de DRC induzido por adenina em ratos. No presente estudo, considerando a importância da dislipidemia no risco cardiovascular associado à uremia, tivemos como

19 objetivo estabelecer um novo modelo de DRC com uremia em animais com alterações lipídicas. Para tanto, foram utilizados camundongos knock-out para o gene da apolipoproteína E (ApoE -/-), que por conta da disfunção genética, apresentam elevadas taxas de colesterol total e frações e aterosclerose espontânea. Foram utilizados 20 camundongos selvagens (C57BL/6) e 20 camundongos ApoE-/-, divididos em 4 grupos: SELV, camundongos selvagens recebendo ração normal (n=10); SELV+AD, camundongos selvagens recebendo adenina 2%; APOE, camundongos ApoE-/- recebendo dieta normal; e APOE+AD, camundongos ApoE-/- recebendo adenina 2%. Após 30 dias de acompanhamento, o soro foi coletado para análise bioquímica (uréia, creatinina e colesterol total) e os rins foram encaminhados para análise histológica da fibrose intersticial e da dilatação/atrofia tubular (área tubular total / área da luz At/Al) a p<0,0001 vs. SELV; b p<0,0001 vs. SELV+AD; c p<0,0001 vs. APOE; d p<0,0005 vs. SELV+AD A administração de adenina foi eficiente em induzir lesão renal grave, caracterizada pelo aumento sérico de uréia e creatinina, e este efeito foi intensificado nos animais dislipidêmicos. Conforme esperado, os animais do grupo APOE apresentaram níveis significativamente elevados de colesterol sérico comparados aos animais do grupo SELV. A administração de adenina intensificou significativamente a dislipidemia dos animais de ambos os grupos. Os animais tratados com adenina apresentaram uma porcentagem significativa de fibrose intersticial (14,0±0,7% no grupo APOE+AD vs. 0,6±0,1% no grupo APOE; p<0,0001) acompanhada de intensa dilatação e atrofia tubular (At/Al 3,2±0,5 no grupo APOE+AD vs. 10,2±0,7 no grupo APOE; p<0,0001). O presente estudo apresenta um modelo inédito de DRC com uremia associado a alterações lipídicas. PATÓGENOS PERIODONTAIS FREQUENTES EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA Jessica do Amaral Bastos Claudio G. Diniz, Marcus G. Bastos, Eduardo M. Villela, Vania L Silva, Alfredo Chaoubah, Debora C. Souza- Costa, Luiz Carlos F. Andrade Introdução: A periodontite crônica (PC) tem sido considerada fator de risco não tradicional para a doença renal crônica (DRC). No presente estudo, realizado em portadores de PC, os principais patógenos periodontais identificados em pacientes com DRC foram comparados com os detectados em indivíduos sem doença sistêmica. Métodos: Foram avaliados 19 indivíduos com PC e sem evidências de doença sistêmica (grupo controle), 25 pacientes com PC e com DRC em estágio pré-dialítico (grupo pré-diálise) e 22 pacientes com PC e DRC em terapia renal substitutiva (grupo TRS). A gravidade da PC baseou-se na profundidade de sondagem (PS) e no nível de inserção clínica (NIC). A definição e o estagiamento da DRC basearam-se nos critérios propostos pela Kidney Disease Outcome Quality Initiative da National Kidney Foundation. A filtração glomerular (FG) foi estimada pela equação do Modification of Diet in Renal Disease e a identificação dos microrganismos na placa subgengival foi realizada pela técnica de reação em cadeia da polimerase. Resultados: Comparativamente aos indivíduos controles, C. albicans, P. gingivalis, T. forsythia e T.denticola foram mais frequentes nos pacientes em TRS (72,7%, 100%, 68,2%, 68,2%, p <0,05) e em prédiálise (52%, 94,7%, 39,1%, 44%), porém não houve significância estatística. Observou-se maior gravidade da PC nos pacientes com DRC tanto nos estágios pré-dialíticos quanto submetidos a tratamento dialítico. Também foi encontrada forte associação entre C. albicans (p=0,056), P.gingivalis (p=0,008) e T.denticola (p= 0,013) e o NIC, principalmente quando comparamos o grupo. Conclusão: Nos pacientes com DRC, a PC é mais grave e se associa com maior frequência de C. albicans, P.gingivalis, T. forsythia e T.denticola. PERICÁRDIO BOVINO SEMEADO COM CÉLULAS DERIVADAS DA MEDULA ÓSSEA RETARDA A PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA EM DOIS DIFERENTES ESTÁGIOS Mario Abbud Filho Heloisa Cristina Caldas, Ida Maria Maximina Fernandes, Maria Alice S.F. Baptista, Rosa S. Kawasaki- Oyama, Domingo Marcolino Braile, Eny Maria Goloni Bertollo, Ana Maria de Guzzi Plepis, Érika Cristina Pavarino-Bertelli Introdução: A terapia com células-tronco (CT), pelo seu potencial de tratamento das doenças crônicas, pode ser uma estratégia promissora para reparar ou retardar a progressão da insuficiência renal crônica (IRC). Existem dúvidas sobre o tipo celular, a quantidade de células, o método e local ideal para

20 implantação das CT, e sobre o papel por elas desempenhado na reparação do tecido renal. Paralelamente, existem evidências que os biomateriais (BM) causam inflamação e modificam a resposta imunológica, além de possuírem potencial para remodelação tecidual. Por essa razão nosso objetivo foi avaliar o efeito combinado das CT e BM na progressão da IRC e estudar o efeito dessa terapia em diferentes estágios da doença. Métodos: Quarenta e cinco ratas foram subdivididas em 9 grupos conforme: 1) a quantidade de parênquima renal lesado (5/6 ou 2/3); 2) uso de BM como arcabouço para o implante celular; 3) o tipo de CT utilizada: célula mononuclear (BPMO) ou CT mesenquimal (BPCTM). A função renal foi avaliada pela creatinina sérica (scr), depuração da creatinina (Clcr) e proteinúria de 24 horas (PT24h) nos dias 0, 45 e 90 após cirurgias. Análise histológica e imunohistoquimica foram realizadas em todos os grupos ao final do estudo. Resultados: Após 90 dias o grupo IRC 2/3 tratados com BPCTM tiveram aumentos na creatinina sérica (scr), semelhante ao grupo sham (S) (S= 5,2% vs BPCTM= 7,6%, p= NS) e menor do que os grupos não tratados (IRC2/3= 48% vs BP= 39%, p=0,04). O CLcr foi maior após o tratamento com BPCTM (S= 0,98±1,05ml/min vs IRC2/3=0,4±0,09 vs BP=0,12±0,34 vs BPCTM=0.21±0,65ml/min, p<0,0001) e a PT24h foi semelhante ao grupo S (S=4,0±2,8 vs BPCTM=4,8±2.4mg/24h). A progressão da IRC2/3 medida pelo slope de creatinina (1/Cr) foi reduzida em BPCTM (S=0,88±0,91 vs BPCTM=0,78±0,71 [p=ns] vs IRC2/3= - 0,24±0,03 vs BP=-0,2±0,09; p=0,01). O tratamento com BPMO não afetou significativamente a função renal nos animais IRC2/3. No modelo de IRC5/6 ambos os tratamentos foram eficazes para impedir aumentos da scr (IRC5/6=128% vs BP=168% vs BPCTM=79% vs BPMO= 72%, p= 0,01), em PT24h (IRC5/6= 319±239mg/24 vs BP=176±103 vs BPCTM=91±31 vs BPMO=117±73mg/24h, p= 0,07) e diminuição no Clcr (IRC5/6= 0,25±0,17 vs BP=0,22±0,09 vs BPCTM=0,46±0,1 vs BPMO=0,53±0.15ml/min, p=0,004). A progressão da IRC5/6 foi parcialmente retardada pelos dois tratamentos (IRC5/6=-0,49±0,04 vs BP= - 0,53±0,1 vs BPCTM=-0,35 ± 0,12 vs BPMO=-0,32 ± 0,13, p=0,01). A avaliação histológica mostrou menor grau de cronicidade nos rins remanescentes de ratos tratados em ambos os modelos utilizando os dois tipos de BMDC. Conclusão: Nossos resultados demonstram que: 1) BP semeados com BMDC pode ser uma rota alternativa para a terapia celular; 2) BP+BMDC retarda a progressão da IRC experimental; 3) A terapia celular parece ser mais eficaz quando administrada em estágios menos graves da IRC. PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E SEU RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DE DOENÇA RENAL CRÔNICA NA POPULAÇÃO DE PALMAS-TOCANTINS Itágores Hoffman Ii Coutinho Bruna Elias Parreira, Léa Cristina C A Miranda, Aline G dos Santos, Ana Carolina Oliveira, Larissa V Silva, Felippe H M S Maciel, Guilherme S L Lopes, Luis Paulo de S Oliveira, Ibsen S Trindade, Balduino F Andrade, João E. Romão Jr, Manuel C. M. Castro A relação entre pressão arterial (PA) elevada e doença renal crônica (DRC) já está bem estabelecida. Recentes guidelines para o manejo da hipertensão arterial (HA) têm reconhecido a importância da função renal no prognóstico cardiovascular em pacientes hipertensos. Objetivos: estimar a prevalência da HA e estabelecer o grau de risco para DRC na população adulta e urbana de Palmas/Tocantins-Brasil. Métodos: Randomizadas 707 pessoas com idade 18 anos e que residisse ou trabalhasse no domicílio sorteado. Um questionário abordando dados demográficos, história médica, índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA), glicemia capilar, glicemia de jejum, creatinina sérica e urinálise foram avaliados. HA foi definida de acordo com VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão e DRC como clearance de creatinina estimado (CCre) pela equação de Cockcroft-Gault <60 ml/min/1.73 m2. Determinou-se as frequencias de todas as variáveis e análise bivariada, através do cruzamento das variáveis independentes com o desfecho HA e DRC, determinando o odds ratio (OR). Resultados: a idade média foi de 40,11±15,61 (variação: 18-87) anos e 62,7% eram do sexo feminino. A raça negra contabilizou 12,7% da população. HA foi detectada em 31,3% dos participantes e o diagnóstico de DRC foi estabelecido em 3,39%. Quando analisamos a população acima de 35 anos, observamos a prevalência de HA em 42,78%. O IMC médio foi de 25,16±4,76 (variação: 15,81-49,54) e 13,58% foi 30, caracterizando a população de obesos. A CA esteve alterada em 53,32% (homens 94 cm e mulheres 80 cm). Comparando o desfecho HA com DRC, observamos OR de 3,22 (P =0,004). Na análise da relação entre HA e IMC 30, verificamos OR de 5,01 (P <0,00001). Já na comparação das variáveis HA e CA alteradas, foi observado OR de 2,71 (P <0,00001). Dos hipertensos em tratamento medicamentoso, somente 37,33% tinham PA controlada.

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