SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE (SES) 2015 ÁREAS DE ATUAÇÃO / GINECOLOGIA/OBSTETRÍCIA PROVA OBJETIVA
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- Marcelo Gil Domingos
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2 1) A passagem transplacentária da glicose ocorre pelo seguinte mecanismo de transporte: a) difusão facilitada b) difusão simples c) transporte ativo d) ultrafiltração 2) O organismo materno apresenta inúmeras modificações ao longo da gravidez e do puerpério e o sistema respiratório apresenta alterações acentuadas nesse período. Entre os parâmetros a seguir, o que se mantém inalterado é o(a): a) volume minuto b) volume residual c) capacidade vital d) capacidade pulmonar total 3) O mecanismo de parto é constituído de uma série de movimentos passivos do feto, no seu transcurso, através do canal parturitivo. Levando em consideração o desprendimento das espáduas, o movimento que deve ocorrer no tronco para liberar o ombro posterior, respeitando o facilimum desse segmento, é a flexão: a) látero-lateral b) anteroposterior c) oblíquo-anterior d) oblíquo-posterior 4) Durante o acompanhamento de um trabalho de parto, o médico observou que houve, de modo espontâneo, ruptura das membranas ovulares quando a gestante encontrava-se com 10cm de dilatação e altura da apresentação em plano 0 de DeLee. Considerando a cronologia desse trabalho de parto, essa ruptura foi: a) tardia b) precoce c) oportuna d) prematura 5) O médico que acompanhou um trabalho de parto através do partograma concluiu que a curva de dilatação cervical havia ultrapassado a linha de ação. Por esse motivo, esse trabalho de parto foi considerado: a) disfuncional b) prematuro c) cirúrgico d) normal 2
3 6) Uma puérpera procura atendimento ambulatorial no vigésimo dia pós-parto e relata ter sido avaliada em outra unidade, tendo o diagnóstico de candidíase. Para essa condição lhe foi prescrito tetraciclina, uma aplicação via vaginal por sete dias, que já está em uso há três dias. Ciente de que a paciente está amamentando, o médico deve: a) manter seu uso conforme orientado anteriormente b) associar anfotericina B e prolongar a aplicação por mais três dias, totalizando dez dias c) suspender a medicação por ser uma droga contraindicada durante o aleitamento, por ter efeitos adversos nos dentes e ossos dos recém-nascidos d) suspender a medicação por ser uma droga contraindicada durante o aleitamento, por provocar depressão medular ou síndrome cinzenta no recém-nascido 7) Gestante de 35 semanas com diagnóstico de pré-eclâmpsia e em uso de metildopa, dá entrada na emergência apresentando PA = 160 x 110mmHg, com dor epigástrica e cefaleia persistentes. O acompanhamento para essa gestante deve consistir em: a) interrupção imediata da gestação b) uso de MgSO4, hipotensor e corticoide c) uso de MgSO4, hipotensor e interrupção imediata da gestação d) uso de MgSO4, hipotensor, estabilização do quadro por 4-6h, e, após esse período, interrupção da gestação 8) Antes do esvaziamento uterino em uma paciente com suspeita de gestação molar, são recomendados os exames de: a) tomografia de abdome e coagulograma b) raio X de tórax e nível basal de HCG c) nível basal de HCG e coagulograma d) coagulograma e raio X de tórax 9) Gestante hipertensa crônica com 36 semanas realizou ultrassonografia de rotina que evidenciou oligoidrâmnia. No laudo do exame, espera-se encontrar: a) maior bolsão vertical = a 1,5cm b) maior bolsão vertical = a 3,5cm c) ILA = a 10cm d) ILA = a 8cm 3
4 10) Gestante de 33 anos, com idade gestacional (IG) de 10 semanas pela data da última menstruação (DUM), dá entrada na emergência com queixa de náuseas, vômitos incoercíveis e sangramento transvaginal. Ao examiná-la, o médico observa útero aumentado de volume com tamanho aproximado de 15cm, PA = 140 x 90mmHg e sangramento transvaginal com saída de vesículas. Diante desse caso, a principal hipótese diagnóstica é: a) neoplasia trofoblástica gestacional b) ameaça de abortamento c) hiperêmese gravídica d) pré-eclâmpsia 11) Uma gestante de 12 semanas, sem patologia prévia, retorna para a consulta de pré-natal com o resultado dos exames solicitados na consulta anterior. Nesse momento, o médico verifica que a glicemia em jejum da paciente está 98mg/dl. Diante desse quadro, o seu diagnóstico e conduta inicial, respectivamente, são: a) diabetes mellitus gestacional / controle com glicemia capilar e iniciar uso de insulina b) diabetes mellitus gestacional / controle com glicemia capilar e recomendar dieta e exercício físico c) resistência à insulina / iniciar uso de metformina e realizar exame de nova glicemia de jejum em seis semanas d) resistência à insulina / recomendar dieta e exercícios e realizar exame de nova glicemia de jejum em seis semanas 12) Considerando uma gestação de 41 semanas, após avaliação da vitalidade fetal normal, o médico decide induzir o parto com ocitocina. Essa conduta do médico foi baseada no valor de índice de Bishop de: a) 3 b) 4 c) 5 d) 6 13) Paciente com IG de 33 semanas com diagnóstico de trombose hemorroidária, faz uso de fibras hidrossolúveis, dieta anticonstipante, aplicação de agentes tópicos, uso de banho de assento e agentes vasotônicos. Apesar do tratamento, a queixa de dor se mantém. Diante desse quadro, a conduta cirúrgica deve consistir em: a) drenagem cirúrgica e antibioticoterapia b) cauterização com ácido tricloroacético c) reconstrução esfincteriana d) trombectomia 4
5 14) Puérpera está em seu quarto dia pós-parto e vem apresentando insônia, choro fácil, ansiedade e falta de energia e apetite. O diagnóstico para essa paciente é de: a) depressão pós-parto b) psicose puerperal c) disforia pós-parto d) esquizofrenia 15) O tipo de câncer mais comum que ocorre na gestação é: a) colo do útero b) melanoma c) leucemia d) linfoma 16) Na distocia de ombros são consideradas, respectivamente, manobras de primeira e segunda linhas: a) Rubin II / Woods b) McRoberts / Woods c) Woods / pressão suprapúbica d) Woods / pressão suprapúbica 17) Durante um parto transvaginal de apresentação pélvica, o médico introduz na boca do nascituro os dedos indicador e médio da mão ventral, enquanto os mesmos dedos da outra mão circulam o seu pescoço. Essa manobra é denominada de: a) Piper b) Rojas c) Trelat d) Mauriceau 18) Acompanhando um trabalho de parto, o médico observa que a paciente apresenta dor súbita, com paralisação das contrações e ao toque não evidencia mais a apresentação na pelve. Nesse momento, há suspeita de: a) ruptura uterina b) laceração cervical c) laceração de trajeto d) expulsão fetal em avalanche 5
6 19) Após o parto de uma secundípara, o médico aguarda 40 minutos e não ocorre a expulsão da placenta. Embora a paciente não esteja sangrando e esteja estável hemodinamicamente, o médico decide agir e, como primeira medida, ele: a) espera mais 20 minutos massageando o útero b) utiliza misoprostol 200mcg via retal c) utiliza ocitcina 20UI intramuscular d) extração manual da placenta 20) Paciente que teve parto normal há quatro dias inicia febre e saída de secreção purulenta transcervical. O médico diagnostica endometrite e a interna para procedimento de esvaziamento uterino devido restos placentários. Além desse procedimento, o médico inicia antibioticoterapia com: a) 900mg de clindamicina intravenosa de 8/8h associado a 1,5mg/kg de gentamicina intravenosa de 8/8h b) 2g de metronidazol via oral em dose única c) 2g de ampicilina intravenosa de 6/6h d) 500mg de cefalexina de 6/6h 21) Durante a expulsão fetal de uma apresentação pélvica, devido à cabeça derradeira, o médico decide aplicar um fórceps. O fórceps mais indicado para essa situação é: a) Simpson b) Kielland c) Laufe d) Piper 22) O Doppler obstétrico realizado em gestante de 29 semanas evidencia artéria umbilical com diástole zero. Diante desse quadro, a conduta do médico deve consistir em: a) interromper a gestação imediatamente b) interromper a gestação apenas após 37 semanas c) acompanhar com Dopller o ducto venoso e, caso padrão zero-reverso, interromper a gestação d) repetir o Doppler obstétrico em duas semanas e, caso se mantenha, interromper a gestação com 31 semanas 23) Na ultrassonografia morfológica realizada em um gestante de 22 semanas (assintomática e com gravidez única), é evidenciado colo de 1,9cm. Diante desse quadro, a conduta do médico deve consistir em: a) uso de corticoide e tocolítico b) uso de progesterona vaginal c) indicação de cerclagem eletiva d) uso de ômega 3 uma vez ao dia 6
7 24) Gestante de 24 semanas, com diagnóstico de apendicite, será submetida à apendiectomia laparoscópica. Nesse caso, a fim de se evitar lesões uterinas, uma opção é realizar punção alternativa com agulha de Veres: a) suprapúbica b) intraumbilical c) no ponto de Palmer d) em região infraumbilical 25) Paciente com trompa única apresenta gestação ectópica íntegra com saco gestacional de 1,5cm em região ístmica. Durante o procedimento cirúrgico, o médico deve optar por: a) uso intratubário de metotrexate b) realização de salpingectomia c) realização de salpingostomia d) drenagem histeroscópica 26) Médico recebe em seu ambulatório uma paciente de 27 anos, sexualmente ativa e com queixa de úlcera genital. Ela nega episódios semelhantes no passado. Ao examiná-la, o médico observa lesão ulcerada indolor em grande lábio direito com bordas elevadas e endurecidas. Não há sinais de infecção secundária e a paciente nega febre ou mal-estar. O provável diagnóstico, o teste confirmatório e o tratamento indicado para essa paciente, respectivamente, são: a) herpes genital / cultura de tecido / ritonavir b) cancro mole / sorologia de sangue periférico / norfloxacin c) linfogranuloma venéreo / cultura automatizada / azitromicina d) sífilis primária / microscopia em campo escuro / penicilina G benzatina 27) A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma patologia conhecida por suas sequelas no trato reprodutivo feminino. Seu diagnóstico é muitas vezes impreciso e é necessário um baixo limiar de suspeição pelo médico para sua identificação precoce. Um critério diagnóstico e uma indicação de internação para pacientes portadoras de DIP, respectivamente, são: a) ausência de leucócitos no exame a fresco / suspeita de abscesso pélvico b) dor à mobilização do colo uterino / pacientes em idade reprodutiva c) velocidade de hemossedimentação elevada / diagnóstico incerto d) temperatura inferior a 35,2ºC / sinais de peritonite generalizada 7
8 28) A infecção do sítio operatório é importante causa de aumento no período de internação. Além de trazer maior morbidade, aumenta os custos relacionados à saúde. O conhecimento dos fatores predisponentes é de grande importância para o ginecologista identificar pacientes que correm maior risco de infecções. Dois fatores de risco relacionados a esta intercorrência são: a) doença pulmonar obstrutiva crônica e cirurgia prolongada b) imunodeficiência e diabetes controlado com dieta c) tabagismo e anemia pré-operatória d) obesidade mórbida e baixa estatura 29) Os miomas uterinos são tumores benignos muito frequentes e são responsáveis por grande número das indicações de histerectomia. Sobre seu tratamento, é correto afirmar que: a) está indicada embolização das artérias uterinas em pacientes que desejam gestar, principalmente nas nulíparas b) o uso pré-operatório dos análogos do GnRH permite a correção da anemia e a realização de incisões cirúrgicas menores c) está indicado o uso de anti-inflamatório não esteroidal no tratamento da dismenorreia e menorragia causadas pelos miomas d) as pacientes devem ser orientadas sobre o alto risco de desenvolvimento de sarcomas uterinos a partir de miomas, principalmente na menopausa 30) Durante os atendimentos ginecológicos deve-se sempre avaliar a paciente quanto à presença de possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de neoplasias ginecológicas. O câncer de colo de útero tem alta prevalência em nosso país e seu rastreio deve fazer parte da rotina do ginecologista. Dois fatores de risco para desenvolvimento da neoplasia cervical são: a) história familiar positiva e baixo nível socioeconômico b) exposição à radiação e múltiplos parceiros sexuais c) tabagismo e início de vida sexual precoce d) paridade e dieta rica em gorduras 31) Em seu ambulatório, o médico recebe uma paciente de 18 anos, sexualmente ativa há um ano, para realizar sua consulta ginecológica anual. Ela lhe entrega o resultado de sua primeira colpocitologia oncótica na qual a conclusão revela diagnóstico de lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL). Diante desse caso, o médico deve realizar: a) teste de Schiller b) colposcopia com biópsia c) cirurgia de alta frequência (CAF) d) testagem para o DNA do HPV após 12 meses 8
9 32) Paciente de 25 anos, nulípara, ao exame físico, apresenta colo uterino com lesão friável de aspecto tumoral de cerca de 2cm e útero móvel com paramérios livres. A tomografia computadorizada mostra ausência de dilatação ureteral e o laudo histopatológico de biópsia de colo uterino apresenta diagnóstico de carcinoma escamoso sem infiltração do espaço linfovascular. O estadiamento dessa paciente e tratamento adequado para o caso, respectivamente, são: a) IB1 / traquelectmia radical e linfadenectomia pélvica b) IIA1 / histerectomia radical e linfadenectomia pélvica c) IB2 / radioterapia com quimioterapia associada d) IA1 / histerectomia simples 33) No ambulatório de ginecologia infanto-puberal, médico atende uma paciente de cinco anos com história de sangramento vaginal. O responsável relata episódios de fraturas ósseas no passado e nega uso de medicação hormonal. Ao realizar o exame físico, notam-se manchas de cor café com leite em região dorsal e abdominal e não se observa lesões vulvares. Na ultrassonografia pélvica, os ovários encontram-se ligeiramente aumentados. Na avaliação laboratorial, o FSH encontra-se em nível pré-púbere, o TSH baixo e o estradiol elevado. Diante desse caso, a principal hipótese diagnóstica é de: a) sarcoma botrioide b) violência doméstica c) síndrome de McCune-Albright d) puberdade precoce central idiopática 34) Médico atende um casal para investigação de quadro de infertilidade primária. Eles possuem os seguintes exames: espermograma sem alterações, hormônios tireoidianos dentro dos parâmetros da normalidade, prolactina 17,8ng/ml e FSH no terceiro dia de 7,05mUI/ml. A histerossalpingografia apresenta prova de Cotte negativa e a progesterona do 20º dia (ciclo de 27 dias) de 7ng/ml. A conduta inicial frente a esse caso consiste em: a) realizar teste pós-coito e laparoscopia diagnóstica para avaliação de infertilidade sem causa aparente b) prescrever suporte de fase lútea com progesterona micronizada por via vaginal e coito programado c) estimular a ovulação com gonadotrofina e inseminação intraútero após capacitação espermática d) realizar salpingoplastia laparoscópica e indução da ovulação com citrato de clomifeno 35) O sangramento uterino anormal (SUA) causa grande desconforto às mulheres durante o menacma e é responsável por número elevado de perdas de dias de trabalho. A adequada investigação é fundamental para permitir, sempre que possível, o tratamento direcionado à causa. Sobre sua propedêutica, é correto afirmar que a: a) amostragem endometrial através de Pipelle ou histeroscopia é recomendada em mulheres acima de 35 anos b) pesquisa para coagulopatias é importante principalmente em mulheres com início de SUA acima dos 30 anos c) ultrassonografia convencional é superior a histerossonografia na avaliação de patologias miometriais como miomas d) pesquisa de doenças sexualmente transmissíveis é desnecessária em situações em que o exame especular sugere cervicite 9
10 36) O conhecimento da embriologia permite compreender o desenvolvimento normal e anormal do trato genital de homens e mulheres. Com base nesses conhecimentos, sabe-se que o útero, as trompas e o terço superior da vagina na mulher têm sua origem embriológica no(s): a) ductos de Wolf b) seio endodérmico c) ductos mesonéfricos d) ductos paramesonéfricos 37) Os fatores capazes de influenciar o tratamento das neoplasias ginecológicas devem ser considerados na definição do prognóstico de cada paciente. Três fatores de piores prognósticos de câncer de endométrio são: a) idade avançada, invasão endometrial extensa e tumores do tipo endometrioide b) estadiamento avançado, ausência de receptores hormonais e hipertensão arterial c) presença de infiltração do espaço linfovascular, tamanho do tumor e grau histológico d) idade jovem, índice de massa corporal elevado e citologia positiva para células tumorais 38) Mulher de 24 anos, em amenorreia primária, após uso de pílula contraceptiva combinada, apresenta sangramento. Ao exame físico, foi possível observar útero móvel e anexos impalpáveis. Os exames laboratoriais mostram FSH e LH elevados e cromossomo Y em exame de cariótipo. Ao exame de imagem, foi observado útero de volume reduzido e gônodas em fita. O provável diagnóstico para esse caso é: a) síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser b) disgenesia gonádica (síndrome de Swyer) c) síndrome de Sheehan d) síndrome de Moris 39) O prolapso de órgão pélvico (POP) causa impacto significativo na qualidade de vida feminina. Sobre o POP, é correto afirmar que: a) gravidez, diarreia crônica e tabagismo são fatores de risco para POP b) o suporte exercido pelo corpo perineal corresponde ao nível I de DeLancey c) pode-se realizar a sacrocolpopexia por via abdominal, laparoscópica ou robótica d) quanto maior o grau do prolapso apresentado, melhores são os resultados com uso de pessários 40) O domínio da eletrocirurgia é fundamental para que o cirurgião a utilize com segurança, minimizando suas complicações. Sobre os efeitos eletrocirúrgicos nos tecidos, é correto afirmar que: a) a dessecação é melhor obtida utilizando corrente de alta frequência do tipo corte b) o corte ocorre quando a temperatura intracelular se eleva gradualmente a até 100 o C c) a fulguração ocorre quando se coloca o eletrodo ativo em contato com o tecido para hemostasia d) na utilização do efeito de corte é importante que o eletrodo de retorno seja de dimensões reduzidas 10
11 41) A realização do pneumoperitônio é etapa de grande importância nos procedimentos laparoscópicos. O cirurgião deve dominar as diferentes técnicas para sua realização pois podem existir particularidades em determinados pacientes nas quais seja preciso variar a técnica de forma a obter maior segurança. Sobre as diferentes técnicas para realização do pneumoperitônio, é correto afirmar que: a) caso sejam identificados acidentes intestinais durante a realização de punção com agulha de Veres, seu reparo deve ocorrer imediatamente b) o nono espaço intercostal pode ser um local alternativo de realização de punção com agulha de Veres principalmente em pacientes com cicatriz mediana c) antes de se iniciar a primeira punção, a paciente já deve ser colocada em posição de Trendelemburg para minimizar lesões em grandes vasos do retroperitônio d) há menor perda de gás na técnica aberta, pois a punção fica sempre bem ajustada à parede abdominal, sendo a técnica de escolha em paciente obesas 42) O domínio da anatomia é fundamental para o ginecologista, pois ele irá orientar o cirurgião em situações de maior dificuldade durante o ato cirúrgico. Sobre a anatomia da vascularização da pelve, um ramo da divisão posterior e um ramo da divisão anterior da artéria ilíaca interna, respectivamente, são: a) pudenda superior / circunflexa inferior b) epigástrica profunda / obturatória c) sacral lateral / vesical superior d) glútea superior / sacral média 43) Em atendimento no ambulatório de planejamento familiar, uma paciente de 37 anos, GII/PI/AI, tabagista de um maço/dia, refere hipermenorreia há cerca de um ano e nega história pessoal ou familiar de trombose. Ela iniciou novo relacionamento com parceiro sem filhos e deseja contracepção temporária. Para essa paciente, o melhor método contraceptivo é: a) pílula contraceptiva oral combinada b) sistema liberador de levonorgestrel c) ligadura tubária por laparoscopia d) minipílula de progesterona 44) A torção ovariana é uma emergência ginecológica importante, pois pode levar à perda de um dos ovários da paciente, além de implicar em risco de vida se não diagnosticado a tempo. Sobre a torção anexial, é correto afirmar que: a) a ligadura tubária e a gestação, principalmente as resultantes de ciclos estimulados com medicações indutoras, são fatores de risco b) deve-se evitar desfazer a torção do anexo, pois pode ocorrer a liberação de trombos venosos com risco de desenvolvimento de tromboembolismo pulmonar c) deve-se evitar a abordagem laparoscópica, pois o pneumoperitônio, pelas alterações causadas ao retorno venoso, pode comprometer ainda mais a perfusão ovariana d) a recuperação da função ovariana é pouco frequente, sendo mais indicado o tratamento radical com anexectomia como primeira opção 11
12 45) A histeroscopia cirúrgica possui suas indicações no tratamento das patologias intrauterinas como os pólipos endometriais. Em relação aos materiais disponíveis para uso durante a realização do procedimento, diversos aspectos devem ser levados em consideração. Sobre a histeroscopia cirúrgica, é correto afirmar que: a) a glicina é um meio não eletrolítico que pode ser utilizado em cirurgias histeroscópicas como meio distensor e possui metabolização hepática b) a síndrome de intravasamento não ocorre mais desde o advento da energia bipolar e a utilização do soro fisiológico como meio distensor c) o ringer lactato pode ser utilizado como meio distensor durante a realização de miomectomia com ressectoscópio monopolar d) o preparo de endométrio com análogo do GnRH para ablação endometrial é dispensável quando se utiliza laser ou roller ball 46) Os cirurgiões envolvidos no tratamento das distopias genitais devem dominar a anatomia do assoalho pélvico. Esse conhecimento permite transitar pelos planos cirúrgicos com maior eficiência e identificar os marcos anatômicos necessários. As estruturas que compõem o diafragma pélvico são os músculos: a) periforme e obturador interno b) elevador do ânus e coccígeo c) bulbo cavernoso e isquicavernoso d) transverso profundo e superficial do períneo 47) A síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser é uma das principais causas de agenesia de vagina. Seu tratamento tem como um dos objetivos a confecção de canal vaginal para que paciente possa ter vida sexual normal e satisfatória. Sobre essa síndrome, é correto afirmar que: a) essas pacientes devem evitar a atividade sexual até a realização do procedimento cirúrgico, pois há risco de perfuração do fundo de saco vaginal b) a técnica de Ingram consiste na adaptação de moldes vaginais em um banco de bicicleta, permitindo a paciente usar as mãos durante o treinamento c) o método de Frank consiste na confecção de neovagina, utilizando retalho de pele da face interna da coxa e colocando-o no canal vaginal para adaptação d) essas pacientes devem realizar o quanto antes a anexectomia bilateral, pois há risco de desenvolvimento de disgerminomas nas gônadas intra-abdominais 48) Mulher de 30 anos procura atendimento em hospital terciário queixando-se de dor pélvica, dispareunia e disquezia durante período menstrual, com piora há cerca de oito a nove meses. Ao exame, apresenta útero com pouca mobilidade, dor e espessamento da região retrocervical e formação de consistência cística em região anexial esquerda. Diante desse caso, a principal hipótese diagnóstica e o exame complementar a ser realizado, respectivamente, são: a) cisto ovariano roto / ultrassonografia b) tumor de ovário / laparoscopia diagnóstica c) abscesso tubo-ovariano / proteína C reativa d) endometriose / ressonância magnética de pelve 12
13 49) A partir do conhecimento dos fatores de risco e protetores dos tumores malignos é possível formular estratégias para prevenção ou rastreio direcionado aos pacientes mais suscetíveis ao seu desenvolvimento. Um fator protetor e um fator de risco para o desenvolvimento de tumores malignos do endométrio, respectivamente, são: a) uso de contraceptivo oral combinado / obesidade b) tabagismo / uso de dispositivo intrauterino de cobre c) terapia de reposição hormonal / hipertensão arterial d) uso de tamoxifeno / história de múltiplos parceiros sexuais 50) Em 15/07/2014, foi admitida no setor de emergência paciente de 28 anos, nulípara, com queixa de dor abdominal de início há 48 horas. Ela referiu que a data de sua última menstruação foi em 01/06/2014. Ao exame físico, apresentava dor à palpação abdominal sem sinais de peritonite, discreto sangramento vaginal e, ao toque, apresentava útero de tamanho normal e anexo direito palpável, medindo cerca de 5cm. A ultrassonografia realizada mostrou formação anexial direita de 4,5cm, útero normal e endométrio de 8mm. A principal hipótese diagnóstica e o exame que deveria ser solicitado para avaliação do quadro, respectivamente, seriam: a) doença inflamatória pélvica / coleta de matéria para pesquisa de DST b) neoplasia de ovário / ultrassonografia com Doppler c) torção anexial / laparotomia de emergência d) gestação ectópica / teste de gravidez 13
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