NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO. Recria - Gestação Lactação. Cachaço 08/06/2014. Levar em consideração: Exigências nutricionais de fêmeas suínas
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- Júlio César Lagos Prada
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1 NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO Recria - Gestação Lactação Cachaço Msc. Daniela Junqueira Rodrigues Exigências nutricionais de fêmeas suínas 1. Linhagem 2. Estágio de desenvolvimento do animal 3. Consumo de ração 4. Nível energético da ração 5. Disponibilidade de nutrientes 6. Temperatura ambiente 7. Estado sanitário do animal 8. Outros SUINESP Levar em consideração: Desenvolvimento de marrãs Gestação Para adequar o consumo de nutrientes pela fêmea devese sempre levar em consideração o consumo de ração Lactação Intervalo Desmame-Cio 1
2 Consumo de ração Gestação 114 dias x 2,2 kg = 251 kg ração Lactação 21 dias x 6 kg = 126 kg ração OBJETIVO PRINCIPAL: - Maior número de leitões desmamados saudáveis e com peso uniforme por matriz ao ano Intervalo DC 7 dias x 3 kg = 21 kg ração Total: ~ 400 kg VIÁVEIS Viabilidade da produção: 22 leitões/matriz/ano SAUDÁVEIS Metas básicas Maximizar o número de leitões nascidos vivos/porca/ano: 25 leitões vivos/porca/ano; 2,3 leitegadas/porca/ano; 11,0 nascidos vivos por leitegada Evolução da fêmea suína Mortalidade pré-desmame < 8 % dos leitões nascidos vivos EXIGE MANEJO ALIMENTAR ATUALIZADO Eficiência na vida produtiva > 5 leitegadas/porca/vida produtiva 2
3 Características da fêmea moderna Mais pesada (KG) Mais magra (% Gordura) Tem pior apetite Mais fértil Produz mais leitões/leitegada Produz mais leite Características da fêmea moderna Desmame Ciclo Peso, kg ET (P2), mm Produção leite, kg/dia Adaptado de Penz Junior, 2007 Características da fêmea moderna * Leitegadas/porca/ano 1,90 2,18 2,23 2,25 3,37 Leitões nascidos vivos/leitegada 10,3 10,3 10,7 11,0 11,73 Desmamados/porca/ano 16,3 19,8 21,1 22,0 25,42 ET (P2) aos 100 kg (mm) - 19,0 13,0 11,0 Adaptado de Penz Junior, 2007 * Programa de alimentação sempre atualizado Maximizar o número de leitões; Otimizar o peso individual dos leitões; Maximizar o número de leitegadas/porca/ano; Maximizar a produção de leite da porca; Otimizar a longevidade da porca 3
4 NUTRIÇÃO DE MARRÃS DE REPOSIÇÃO Não alimentar a marrã de reposição igual àquelas de abate Programa de alimentação de marrãs MAXIMIZAR» Necessitam aumentar a deposição de gordura» Necessitam desenvolver boa ossatura» Necessitam apresentar o primeiro cio mais cedo» Necessitam aumentar sua imunidade natural Vida Produtiva Performance Reprodutiva Fatores a ser considerados Ganho de peso diário Espessura de toucinho Idade à puberdade Condições mínimas para a marrã entrar em reprodução Idade: 220 dias; Peso: 130 kg; ET na P2: 18 mm; 2º ou 3º Cio Seguir as condições mínimas possibilita que a fêmea esteja na condição ideal para o 2 período reprodutivo, apresente um baixo intervalo desmama-cio e taxa ovulatória adequada 4
5 < 12 mm diminui peso da leitegada aumenta o IDC EFEITOS DA ET diminui a longevidade produtiva Rozeboon, 1999; Tantasuparuk et al., 2001; Clowes et al., 2003 > 20mm diminui o apetite na lactação produção de leite maior ocorrência de partos distócicos problemas locomoção MANEJO NUTRICIONAL DA MARRÃ META: GPD de 600 g/dia (± 5%) Ração tradicional do desmame até 120 dias (± 70 kg PV) Ração de reposição (marrã) dos 120 dias até o Flushing (14 dias antes da Inseminação). Dourmad et al., 1994; Rozeboon, 1999 GESTAÇÃO OBJETIVOS DA NUTRIÇÃO DURANTE O PERÍODO DE GESTAÇÃO Desenvolvimento Corporal das Marrãs Fêmeas suínas estabilizam seu desenvolvimento depois do 3 ciclo produtivo 5
6 Recomposição Reservas Corporais - Porcas Diminuir a mortalidade Embrionária FATORES QUE AFETAM A MORTALIDADE EMBRIONÁRIA Estágio da Gestação Desenvolvimento Glândulas Mamárias Genéticos Doenças Fêmeas gordas Nutrição MORTALIDADE EMBRIONÁRIA Idade da Porca % de tecido conectivo na glândula mamária Ambiente Intrauterino Ambientais Externo Estresse N de células secretoras 6
7 Desenvolvimento dos Fetos (Fibras musculares) Minimizar ou evitar grandes perdas de peso na lactação kg Fetos Gls mamárias Dias da gestação 2/3 do desenvolvimento dos fetos ocorre no 1/3 final da gestação FORNECENDO FIBRA DURANTE A GESTAÇÃO Maximizar o consumo de ração durante a lactação Pode obter alguma energia da fibra dietética (fermentação no IG) Reduz a constipação e previne a obesidade. Melhora o consumo de ração na lactação. Fibra nas dietas de fêmeas 7
8 PRINCIPAIS ENFOQUES NUTRICIONAIS DURANTE A GESTAÇÃO Cobertura/IA Parto Excesso de alimento (energia) Eleva a mortalidade embrionária Reduz o desenvolvimento mamário Mortalidade Embrionária Formação das Fibras Musculares Recuperação das Reservas Corporais Desenvolvimento Glândulas Mamárias Desenvolvimento dos Fetos Porcas gordas (dificuldades no parto) Reduz do consumo de ração Próxima lactação Ga$to desnecessário com ração Efeito do consumo de ração no início da gestaçãosobre a sobrevivência de embriõesem marrãs Consumo de ração na lactação de matrizes alimentadas com diferentes níveis energéticos durante a gestação Nível de consumo (kg/dia) Taxa de ovulação Total de embriões Sobrevivência de embriões (%) Dia 1 3 Dia ,9 1,9 14,5 12,4 86 2,5 1,9 14,9 11,5 77 2,6 2,6 14,9 10,2 67 Adaptado de Xueetal., (1997) 8
9 Exigências nutricionais durante a gestação: LACTAÇÃO Primeiro parto: (10-15% maior >> crescimento ainda) 14 % proteína bruta (0,7% lisina total) Kcal de EM/kg 0,95% Cálcio ± 5 % de Fibra 0,45% Fósforo disponível Segundo Parto e demais: % proteína bruta (0,6% lisina total) Objetivos da alimentação na lactação Maximizar o consumo de ração Efeito da alimentação da lactante sobre os parâmetros sanguíneos Aumenta a Produção de Leite da Porca 3,50 3,00 3,1 Aumenta a Taxa de Crescimento dos Leitões Diminui a Taxa de Mortalidade dos Leitões Reduz a Perda de Peso 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 2,29 1,12 0,2 Ad libitum Restrito Preservar as reservas corporais das fêmeas 0,00 Insulina LH Melhora a Performance Reprodutiva Subsequente 9
10 Efeito da alimentação da lactante sobre os folículos ovarianos 40,00 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 37,2 Folículos 0,2 Ad libitum Restrito Exigências nutricionais durante a lactação: Primeiro parto: 18,5 % Proteína Bruta (1,2 % lisina total ) Kcal d EM/kg 1,0% Cálcio ± 4-5 % de Fibra 0,5% Fósforo Disponível Segundo Parto e seguintes: 17,5 % Proteína Bruta (1,1% Lisina total) Kcal EM/kg Meta: MANEJO ALIMENTAR DA PORCA DURANTE A LACTAÇÃO»Atingir alimentação ad libitum em aproximadamente 3 a 5 dias pós-parto»primeiro dia alimentar para a mantença (1% do peso corporal)» Alimentar (pouca quantidade) várias vezes durante o dia Mudar de 2 para 3 alimentações ao dia pode resultar em 10 a 15 % de aumento no consumo Condições que estimulam o consumo de ração na lactação Conforto térmico (18-20ºC) Maximizar o consumo de ração» Durante o período quente, manter a temperatura corporal mais baixa 10
11 Efeito da temperatura sobre o desempenho produtivo de porcas em lactação Conforto térmico Temperatura 20 o C 29 o C Cons. Ração(kg/d) 6,71 3,56 Cons. EM (Mcal/d) 25,9 12,9 Prod. De leite (kg/dia) 10,6 7,2 N o de Leitões 10,5 10,4 GDP leitegada (kg/dia) 2,93 2,15 Perda Peso da porca (kg) Desconforto térmico 11
12 Condições que estimulam o consumo de ração na lactação Conforto térmico (18-20ºC) Maximizar o consumo de ração MEIOS PARA MAXIMIZAR O CONSUMO 1) Não super alimentar na gestação 2) Fornecer ração úmida 3) Alimentar a fêmea várias vezes ao dia 4) Evitar ração velha e estragada 5) Água limpa e em abundancia 6) Adição de óleo na ração (verão) INTERVALO DESMAMA - CIO CONDIÇÃO CORPORAL Período crítico» Observar a condição corporal» Fornecer ração de gestação é suficiente» 1,8 a 2,7 kg/dia Efeito Flushing (Período curto!!) Fornecer kcal de EM/d até a cobertura >> 3,0-3,5 kg/dia. 12
13 FLUSHING (marrãs ou fêmeas magras) dias antes da data prevista de manifestação de cio Consumo de Energia (CHO) Nível de FSH Freqüência de Pulso de LH EFEITO DA DURAÇÃO DO ALTO CONSUMO DE ENERGIA (FLUSHING) SOBRE A TAXA DE OVULAÇÃO EM SUÍNOS N o de experimentos Dias com alta energia antes da ovulação ou cobertura Aumento na taxa de ovulação , , , , ,66 Objetivo aumentar taxa de ovulação e consequentemente de leitões nascidos Manejo nutricional durante o IDC Não diminuir bruscamente a quantidade de ração fornecida Fornecer ração de lactação Fêmeas muito magras => esperar pelo segundo cio CONSIDERAÇÕES FINAIS» A fêmea suínas está mudando ao longo dos anos, devemos nos atentar a isso» Para um correto planejamento nutricional de fêmeas devemos conhecer os padrões de consumo desse animal» O processo reprodutivo é intimamente relacionado com a nutrição da fêmea suína 13
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS» Não alimentar marrãs de reposição como terminados» Alimentação restrita e controlada durante a Gestação» Alimentar a porca durante a gestação de acordo com estágio da gestação e da condição corporal da porca» Ferramentas para Maximizar o consumo (á vontade) de ração durante a lactação Manejo Nutricional do Cachaço CACHAÇO Desempenho reprodutivo - baixa herdabilidade das características - > influencia ambiente e nutrição Criação separada a partir dos 50kg - diferentes exigências nutricionais - maior potencial de crescimento - necessidade de formar estrutura corporal adequada Manejo Nutricional do Cachaço Manejo Nutricional do Cachaço MANEJO ALIMENTAR Objetivos - ótimo desempenho reprodutivo - manutenção da condição corporal (evitar descarte precoce pelo excesso de peso ) Alimentação diferenciada (fatores): - peso vivo; genótipo; clima; condições de alojamento Ganho d peso = g/dia Uso de fibra saciedade e não aumenta energia RESTRIÇÃO ALIMENTAR Cachaços em crescimento pode causar dano permanente nos tecidos gonadal e neural Cachaços adultos altera secreção hormonal e reduz quantidade de sêmem normalização com o reestabelecimento da alimentação 14
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