BOLETIM FRUTÍCOLA. Editor: Luiz Carlos Donadio Coordenador: Carlos Ruggiero

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1 BOLETIM FRUTÍCOLA Editor: Luiz Carlos Donadio Nro. 01. Data. 09/02/2015

2 Pag.1 Novas variedades de morango Cultivares italianas de morango foram avaliadas pala Embrapa de Pelotas, com a Udesc e a UFPel, no Sul do País, chamadas Jonica, Nora e Pircinque, cujas qualidades poderão levar ao seu cultivo na citada região. Os Sólidos Solúveis Totais (SST) foram de 7,6 a 8,2 Brix, a consistência foi variável de 570 a 635 g, a massa do fruto entre 20 e 26 g e a produção entre 348 a 534 g /planta, esta para a cultivar Pircinque, que foi também a mais pesada e com maior consistência e maior SST (Fonte:Gonçalves, M. A.;Maltoni,M.L.; Cocco,C.; Antunes, L. e C.; Cultivar-Hortaliças e Frutas, no. 88, out/nov./2014) Fruta Pão é alimento Estudo feito no Hawai avaliou variedades de fruta pão, considerada fruta importante como alimento em países subdesenvolvidos, pois sua produção e valor alimentar são muito altos. Foram avaliadas as espécies Artocarpus altilis e A. camansi, além dos híbridos de A. altilis e A. mariannensis; desta apenas uma cultivar, sendo outra cultivar de A. camansi e três do híbrido citado e nove de A. altilis. O peso do fruto variou de 344 g para a A. camansi até g para o hibrido. O número de frutos por planta variou de 6 para A. mariannensis até 131 frutos/planta para o híbrido, mas pode chegar a 250 frutos/planta, com 5 a 8 ton/ha. Uma cultivar chamada Ma afala é a principal no Hawai propagada por cultura de tecido, que inicia a produção em 2 anos. (Fonte: Ying, L;Jones, A. M.;Murch,s.J. ; Ragone,D.; Fruits,vol.69(5), 2014) Nova fruta- Koubo No II Sinfruit, realizado em Jaboticabal em 2013, foi apresentada uma nova fruta pelo pesquisador israelense Yosef Mizrahi. Trata-se da espécie Cereus peruvianus (L.) Miller, uma cactácea, parente da pitaya, à qual foi dado o nome de Koubo, mas diferente por ser um cacto colunar, como a espécie nativa no Brasil, Cereus jamacaru, o mandacaru. Sementes de várias plantas do sul da Califórnia foram levadas a Israel e aí selecionadas as plantas com melhores frutos, originando o Koubo, hoje cultivado comercialmente. O fruto é vermelho, cor de rosa ou violeta, liso, médio, ovalado, de polpa branca, pouco adocicada, com muitas sementes pequenas, comestíveis e frutas com boa conservação pós- colheita. A planta é adaptada à região árida. (fonte: Mizrahi, Y. Revista Brasileira de Fruticultura, vol 36(1), 2013)

3 Pag.2 Livro: Frutas e saúde O livro ora disponibilizado pelo autor, Dr. Sérgio Sartori,foi publicado pela Funep e mostra a gama de efeitos medicinais na saúde humana. O autor é médico renomado, mas também é dedicado à fruticultura, como colecionador, tendo-se destacado como um dos maiores colecionadores de espécies e tipos frutícolas do Brasil. Além de colecionar, sua curiosidade e cuidados com as suas árvores frutícolas, possibilita-lhe conhecê-las e divulgá-las na mídia. No seu livro Frutas e Saúde, o autor destaca as qualidades medicinais de 54 frutas, englobando boa parte das principais cultivadas e consumidas. Além das frutas citadas, há vários capítulos sobre saúde relacionados com as frutas, o que torna a obra uma fonte importante de consultas, tais como:nós e a Natureza; Depressão e Estado Depressivo;Sedentarismo;Seja Várias Pessoas no Mesmo Dia; Só Engorda Quem Quer e Expectativa de Vida. As fotos das frutas abordadas ilustram o livro e dão um aspecto prático àqueles que quiserem conhecê-las melhor. O autor é fundador e presidente da Associação Brasileira de Frutas Raras, entidade que vem promovendo a fruticultura nacional.

4 Pag.3 Análises de solo e de folhas para o adequado manejo dos pomares de frutas. Prof. Dr. William Natale O melhoramento genético vegetal permitiu a criação de plantas frutíferas com alto potencial de produtividade. A maioria dos pomares comerciais, nos dias atuais, é constituída dessas plantas. Entretanto, a fim de poder expressar todo seu potencial de produção, é necessário que o fruticultor dê condições adequadas de desenvolvimento à essas culturas.o correto manejo nutricional dos pomares é fundamental para atingir a máxima produtividade. Conhecer as exigências em nutrientes, para realizar práticas agrícolas necessárias, como a calagem e a adubação, é o modo mais eficiente de explorar os pomares com êxito. Os solos brasileiros são, em geral, pobres em termos de fertilidade, como são, também, a maioria dos solos tropicais. Assim, determinar a acidez e as carências em nutrientes permite realizar a calagem e a adubação, para garantir que o solo tenha condições adequadas de nutrir as plantas. Além disso, considerando que a maioria das frutíferas são plantas perenes, as quais permanecem explorando o mesmo local durante muitos anos, nem sempre apenas a análise de solo é suficiente para garantir altas produtividades. Vários fatores como a baixa umidade, a compactação do solo, a concorrência das ervas daninhas, a interação entre nutrientes, a acidez entre outras, podem impedir que a planta se nutra adequadamente. Desse modo, pode-se empregar outra importante ferramenta, a análise de folhas, que permite comprovar se a calagem e a adubação estão cumprindo adequadamente os objetivos de nutrir aos pomares. O diagnóstico do estado nutricional, realizado com base nas amostras de folhas, permite comparações com resultados de culturas altamente produtivas, facilitando os ajustes necessários nos programas de calagem e adubação. Para a maioria das culturas, já se dispõe de tabelas que contêm os teores de macro e micronutrientes considerados adequados para atingir altas produtividades. As pesquisas têm mostrado que empregar ferramentas como as análises de solo e folhas, cujo custo é relativamente baixo, permite utilizar de forma racional os insumos agrícolas, aumentando a relação benefício/custo e diminuindo os impactos ambientais da atividade agrícola.

5 Pag.4 Jabuticaba tem qualidade variável Pesquisa das Universidades do Jequitinhonha e Mucuri, de Viçosa, e da UFSJ de Sete Lagoas-MG, avaliaram a qualidade do fruto de jabuticaba, comparando 25 tipos, de diferentes locais. A massa do fruto variou de 2,11 a 6,51 g; a % de polpa foi de 54 a 73 %; a casca variou de 17,97 % a 34,92 %;a semente deu de 3,87 a 13,88 %; o número de sementes/fruto foi de 1 a 2,82; a umidade da polpa perfazia de 81 a 87,5 %. A qualidade do fruto foi medida pelo teor de sólidos solúveis totais variando de 12,92 a 14,52 Brix, índices bons para o consumo do fruto ao natural ou para indústria, como geléia ou outros produtos; a acidez total da polpa variou de menos de 0,58% a até 1,52%, com média de 0,85% de ácido cítrico por 100 g de polpa, sendo os frutos mais ácidos melhores para indústria; a acidez da casca pode chegar até a 2,32% com mínimo de 0,71%; o teor maior de acidez ajuda a preservar o produto, como geléia e outros; foram avaliados também a relação acidez:sólidos solúveis (ratio) e o ph, que foram muito variáveis, segundo o tipo; dados interessantes de flavonóides e de fenóis foram obtidos,sendo a jabuticaba uma fruta rica nesses componentes. Para flavonóides os teores variaram de 0,68 até 1,79 mg de catequina por 100 g de polpa, enquanto na casca os índices foram muito maiores, em média de 43,51 mg/100 g, o que indica a casca como boa fonte; para fenóis, variou de 10,88 a 16,00 g de ácido tânico por 100 g de casca, valores maiores dos encontrados em amora-preta, manga, uva e acerola, sendo conhecido que o ácido tânico é inibidor de tumoes. (Fonte:Guedes, M. N. S.;Rufini, J. C. M. ; Azevedo,A. M.; Pinto, N. A. V.; Fruits, vol 69(6),dez/2014)