MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA
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- Aurélia Cortês Neto
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1 MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA TRÁFEGO AÉREO ICA CORREÇÃO QNE 2016
2 MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO TRÁFEGO AÉREO ICA CORREÇÃO QNE 2016
3 MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO PORTARIA DECEA Nº428/DGCEA DE 14 DE DEZEMBRO DE Aprova a reedição da Instrução do Comando da Aeronáutica que estabelece o emprego da Correção QNE no cálculo da altitude mínima de cruzeiro para o voo IFR. O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO, de conformidade com o previsto no art. 19, inciso I, da Estrutura Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada pelo Decreto n 6.834, de 30 de abril de 2009, e considerando o disposto no art.10, inciso IV, do Regulamento do DECEA, aprovado pela Portaria nº 1.668/GC3, de 16 de setembro de 2013, resolve: Art. 1º - Aprovar a reedição da ICA 100-2, "Correção QNE", que com esta baixa. Art. 2º - Esta Instrução entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 3º - Revogar a Portaria DECEA n 39/SDOP, de 18 de outubro de 2007, publicada no Boletim do Comando da Aeronáutica nº 209, de 01 de novembro de Ten Brig Ar CARLOS VUYK DE AQUINO Diretor-Geral do DECEA (Publicado no BCA nº 006, de 12 de janeiro de 2016)
4 ICA 100-2/2016 SUMÁRIO 1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES FINALIDADE ÂMBITO INTRODUÇÃO DEFINIÇÕES QNE QFE QFF QNH GENERALIDADES EMPREGO DO QFE EMPREGO DO QNH EMPREGO DO QNE (PRESSÃO PADRÃO HPA) FATORES QUE FORAM LEVADOS EM CONTA NA AVALIAÇÃO DA CORREÇÃO QNE PROCEDIMENTOS DISPOSIÇÕES FINAIS Anexo A CORREÇÕES QNE/GAMA DE ALTITUDES DE 0M A 1000M...14 Anexo B CORREÇÕES QNE/GAMA DE ALTITUDES DE 1000M A 2000M...15 Anexo C CORREÇÕES QNE/GAMA DE ALTITUDES DE 2000M A 3000M...16
5 ICA 100-2/ DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 1.1 FINALIDADE Esta Instrução tem por finalidade estabelecer o emprego da Correção QNE no cálculo da altitude mínima de cruzeiro para o voo IFR. 1.2 ÂMBITO Os padrões e procedimentos aqui prescritos têm caráter compulsório para todas as aeronaves em voo IFR que utilizem o espaço aéreo brasileiro. 1.3 INTRODUÇÃO Os elementos básicos desta Instrução foram apresentados pelo Brasil durante a 3º Conferência da Divisão OPS da OACI, em Montreal, e foram unanimemente aceitos pelos Estados contratantes, como a melhor solução para o problema de se evitarem os obstáculos naturais, quando em voo, sobre regiões onde não haja um número satisfatório de Estações meteorológicas aptas a fornecer o QNH. Em tais regiões, como é o caso do Brasil, somente é possível realizar o voo em níveis de cruzeiro referidos à pressão de hectopascais, contudo, tendo em vista que dessa forma os altímetros não permitem avaliar a altura verdadeira acima dos obstáculos, torna-se necessário estabelecer um sistema de proteção, além das alturas mínimas sobre obstáculos prescritas nas Regras de Voo por Instrumentos (IFR).
6 8/16 ICA 100-2/ DEFINIÇÕES 2.1 QNE É a altitude fictícia de um ponto, indicada por um altímetro ajustado para a pressão padrão (1013.2hPa). 2.2 QFE É o ajuste a Zero, isto é, a pressão barométrica reduzida ao nível médio da pista. NOTA: Caso esta pressão seja introduzida na subescala do altímetro, fará com que indique a altitude zero, quando a aeronave estiver no solo. É fornecido apenas a pedido do piloto. 2.3 QFF É a pressão barométrica reduzida ao nível médio do mar de acordo com a atmosfera real existente naquele local, conforme procedimento adotado pelo MCA , Manual de Códigos Meteorológicos. NOTA: Quando usado para aeródromo de baixa altitude, o altímetro indicará, no momento do pouso, a altitude aproximada do aeródromo ao nível médio do mar. Todavia, quando o aeródromo for relativamente elevado, o erro tenderá para mais ou para menos, em função da variação de temperatura da coluna de ar existente no local. Quando esta variação for maior do que a do padrão internacional, a altitude indicada será maior e, caso contrário, a altitude indicada será menor. 2.4 QNH É o ajuste do Altímetro, isto é, uma pressão tal que introduzida na subescala do altímetro de uma aeronave fará com que este indique a altitude oficial do aeródromo, quando a aeronave se encontrar pousada.
7 ICA 100-2/2016 9/16 3 GENERALIDADES 3.1 EMPREGO DO QFE A maior parte dos altímetros empregados atualmente a bordo das aeronaves não pode ser ajustada em QFE para aeródromos que têm uma altitude superior a 600m, em consequência, para o emprego generalizado do QFE, seria necessária a substituição dos altímetros atuais, o que demandaria um tempo considerável e traria grande despesa aos operadores. O emprego do QFE exigiria, ainda, nova edição de todas as Cartas de Aproximação por Instrumentos, já que seria necessário indicar todas as alturas acima dos níveis dos aeródromos. 3.2 EMPREGO DO QNH É evidentemente o mais prático e correto por indicar, com razoável grau de precisão, a altitude da aeronave. Considerando-se que o QNH é o Ajuste mais exato para a determinação da altitude, conclui-se que seu emprego generalizado seria o mais recomendável, contudo, para tornar possível seu emprego em rota, seria necessária uma distribuição profusa de estações fornecedoras de Ajustes de Altímetro. 3.3 EMPREGO DO QNE (PRESSÃO PADRÃO HPA) Considerando-se que, presentemente, é impossível obter-se um agrupamento de estações suficientemente denso para permitir o estabelecimento de Zonas de QNH em número adequado, chega-se a conclusão de que a solução mais conveniente é o emprego generalizado da Pressão Padrão para o voo em rota, observando-se, entretanto, um procedimento complementar capaz de assegurar o mínimo de separação vertical do solo ou das obstruções. A este procedimento se convencionou chamar de Correção QNE cuja definição é: Um valor tal que, somado algebricamente à altitude de qualquer ponto, resultará em um valor fictício máximo QNE, que poderá ocorrer nesse ponto. É obtido computando-se as condições mais desfavoráveis de pressão e temperatura que se pode prever para um determinado lugar ou Zona. NOTA: O emprego do QNE para a aproximação, pouso e decolagem apresenta o inconveniente insuperável de obrigar o piloto a calcular mentalmente as distâncias verticais sobre as configurações do terreno ou sobre os obstáculos indicados nas Cartas de Aproximação por Instrumentos, razão bastante para evidenciar a impraticabilidade do seu emprego. 3.4 FATORES QUE FORAM LEVADOS EM CONTA NA AVALIAÇÃO DA CORREÇÃO QNE a) Pressão atmosférica abaixo de hPa; b) Temperatura ao nível do mar inferior a 15º C; e c) Distribuição de temperatura em altitude.
8 10/16 ICA 100-2/ A fórmula usada para o cálculo da correção QNE (CZ) foi a seguinte: Cz N Z T 0,0325N 8P em que: a T a N = Nível de referência (Os erros foram computados para os níveis de 1.000, e 3000 metros). Zª = Altitude em metros, indicada pelo altímetro quando ajustado para o QFF. T = Temperatura (K) do ar ao nível do mar. Tª = Temperatura média (K) de uma coluna de ar da atmosfera padrão que se estende do nível do mar ao nível de referência N. P = Diferença algébrica entre a pressão real (QFF) e a pressão padrão hPa.
9 ICA 100-2/ /16 4 PROCEDIMENTOS 4.1 Para possibilitar o emprego da correção QNE na obtenção das altitudes mínimas de segurança em rotas, o Serviço de Meteorologia aeronáutica disponibilizou as Cartas anexas, para as altitudes de 1.000, e metros. 4.2 A altitude mínima de cruzeiro é obtida da seguinte forma: a) procura-se a altitude do ponto mais elevado dentro de uma faixa de 30 km para cada lado do eixo da rota; b) soma-se a maior correção QNE da rota; c) somam-se 300m (1.000 pés) gabarito. - Se o valor encontrado não corresponder a um nível de voo, arredonde para o nível de voo IFR imediatamente acima. NOTA: Sobre regiões montanhosas o gabarito é de 600 metros (2.000 pés). 4.3 As altitudes mínimas de cruzeiro indicadas nas Cartas de Rotas, as altitudes de início dos procedimentos de descida e as altitudes mínimas de segurança, por setor, das Cartas de Aproximação por Instrumentos são calculadas computando-se a correção QNE. 4.4 Os pilotos, ao planejarem os seus voos em IFR, deverão aplicar o método previsto em 4.2 para obter a altitude mínima de cruzeiro. 4.5 As Cartas anexas serão revisadas periodicamente para cômputo dos dados que vêm sendo catalogados continuamente.
10 12/16 ICA 100-2/ DISPOSIÇÕES FINAIS 5.1 As sugestões para o contínuo aperfeiçoamento desta publicação deverão ser enviadas por intermédio dos endereços eletrônicos ou acessando o link específico da publicação 5.2 Os casos não previstos nesta instrução serão submetidos ao Exmo. Sr. Diretor-Geral do DECEA
11 ICA 100-2/ /16 REFERÊNCIAS BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando-Geral do Pessoal. Confecção, Controle e Numeração de Publicações Oficiais do Comando da Aeronáutica: NSCA 5-1. [Rio de Janeiro], BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Regras do Ar. ICA [Rio de Janeiro], 2013.
12 14/16 ICA 100-2/2016 Anexo A - CORREÇÕES QNE/GAMA DE ALTITUDES DE 0M A 1000M
13 ICA 100-2/ /16 Anexo B CORREÇÕES QNE/GAMA DE ALTITUDES DE 1000M A 2000M
14 16/16 ICA 100-2/2016 Anexo C CORREÇÕES QNE/GAMA DE ALTITUDES DE 2000M A 3000M
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