GUIA DE COMPRAS. Top 10 Tecnologias do ano. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável Pág. 22. Carbono Negro Pág. 28
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- Giulia Brandt Gabeira
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1 SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA AR, ÁGUA, SOLO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS JAN A MAR 2011 GUIA DE COMPRAS Top 10 Tecnologias do ano Pág Indicadores de Desenvolvimento Sustentável Pág. 22 Carbono Negro Pág. 28 Projetos de Flotação por Ar Dissolvido Pág
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3 CONTEÚDO Pág. 34 JANEIRO A MARÇO 2011 NÚMERO 8 COLUNAS Editoriais Por Roy Bigham (EUA) Por Udo Fiorini (Brasil) Panorama Legal Por Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno Ambiente Gerencial Por Georges Kaskantzis Neto Efeito Carbono Por Pablo Fernandes Visão Regional ARTIGOS Top 10 em Tecnologias para Por mais que a nossa indústria reaja às regulamentações, o progresso real da engenharia ambiental acontece com o desenvolvimento das tecnologias de controle de poluição. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável...22 Dentro dos processos de certificação ambiental, o uso de indicadores pode ser potencialmente eficazz na avaliação de melhoria contínua dos sistemas empresariais. Carbono Negro...28 Carbono negro é uma mistura antropogênica de sulfato, cinzas, material orgânico, poeira, nitrato e aerossóis naturais, que também dão origem à produção regional de nevoas de coloração acastanhada ou mais conhecidas como nuvens marrons atmosféricas. DEPARTAMENTOS Expediente PE Índice de Anunciantes...06 PE Eventos...07 EnviroNews...08 Produtos PE...11 Pergunte ao Especialista...12 Guia de Compras 2011 Especial!...34 Pág. 17 Projetos de FAD...30 Hoje em dia, gerentes e técnicos rotineiramente encontram diversas e, às vezes adversas, condições de clarificação. Tais eventos podem ser uma oportunidade de melhorar o desempenho de um sistema de Flotação por Ar Dissolvido (FAD) ou uma ajuda para trocá-lo por um mais eficiente. Top 10 Tecnologias JAN a MAR
4 EDITORIAL Muita Balela Apesar de ameaças do congresso americano, a habilidade da EPA em criar e aplicar seus esforços em regulamentações ainda é grande. Seremos honestos: Ser ambientalmente correto nem sempre traz um retorno positivo para o lucro líquido da empresa. Devemos admitir também que as normas são escritas com a intenção expressa de criar uma demanda artificial para que as empresas controlem suas emissões. E como estamos tão claros, a EPA, Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, é uma agência executiva que permite ao governo um extenso controle sobre as empresas. Número de Ações Pendentes Agência sobre a verba do governo, para retardar os planos da agência ambiental. A extensão do poder da EPA foi reiterada pouco antes do Natal, quando a agência realizou uma conferência de imprensa onde anunciou seus planos de estabelecer padrões de controle de emissões em empresas que utilizam combustíveis fósseis e em refinarias de petróleo. Um dos repórteres questionou a opinião da agência quanto ao posicionamento do congresso perante essas novas regulações, a agência respondeu citando a Suprema Corte Judiciária que disse: É uma obrigação da EPA regular as emissões de GEE sob a autoridade do Clean Air Act. Enquanto isso, a presidência dos EUA pretende seguir as conclusões do congresso, evitando se desgastar com a questão. Se você acredita que a EPA é realmente forte em direcionar a agenda regulatória dos EUA, eu concordo com você. Se você pensa que a EPA compele empresas a tomar decisões econômicas, que de outra forma não tomariam, eu concordo novamente. Mas se você acha que as medidas da liderança republicana do congresso para assustar a agência ambiental sejam balela, não aposte nisso. PE Veja o gráfico ao lado: A EPA publica o incrível número de a documentos no Diário Oficial a cada ano e possui mais ações regulatórias em revisão do que qualquer outra agência. No congresso americano, o presidente da comissão de energia e comércio tem anunciado os seus planos de impedir os esforços da EPA de controlar as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE). Outro congressista ainda declarou que o congresso irá utilizar sua arma mais forte, o controle Roy Bigham Editor da PE no EUA roy@pollutionengineering.com Pollution Engineering EXPEDIENTE EQUIPE DE EDIÇÃO BRASILEIRA S+F Editora - (19) Udo Fiorini - Editor udo@revistape.com.br (19) Sunniva Simmelink sunniva@revistape.com.br (19) Fabrício Braga fabricio@revistape.com.br ESCRITÓRIO CORPORATIVO NOS EUA 2401 West Big Beaver, Ste. 700, Troy, Michigan Fone: +1 (248) Doug Glenn Diretor de Núcleo doug@pollutionengineering.com Roy Bigham Editor roy@pollutionengineering.com Seth Fisher Managing Editor/Associate Publisher seth@pollutionengineering.com Tammie Gizicki Diretora de Arte gizickit@bnpmedia.com John Talan Gerente de Produção talanj@bnpmedia.com REPRESENTANTES DE PUBLICIDADE NOS EUA Steve Roth Gerente de Vendas Centro Oeste/Costa Leste EUA chicagosales@pollutionengineering.com Lori Koning Venda Costa Leste EUA lori@pollutionengineering.com Lydia Stewart Gerente Classificados Vendas Internas EUA lydia@pollutionengineering.com DIRETORES CORPORATIVOS Timothy A. Fausch - Edição John R. Schrei Edição Christine A. Baloga Desenv. de Mercado Steve M. Beyer Custom Media Rita M. Foumia Estratégia Corporativa Scott Kesler Tecnologia da Informação Vince M. Miconi Produção Lisa L. Paulus Finanças Michael T. Powell Criação Douglas B. Siwek Marketing Nikki Smith - Guias Marlene J. Witthoft - Recursos Humanos Scott Wolters Conferências e Eventos John E. Thomas Clear Seas Research 4 Pollution Engineering JAN a MAR 2011
5 EDITORIAL JAN a MAR
6 EDITORIAL Um novo paradigma Anteriormente ambientes que não continham os elementos necessários para a constituição da maioria dos organismos, não eram considerados possíveis hospedeiros de formas de vida. Índice Anunciantes Anunciante Pág. Acqua Consulting Ag Solve B&F Dias Centroprojekt Chem Service Ecotech... 2ª capa Ep Engenharia... 3ª capa Fenasan Ao final de 2010 a mídia popular anunciou que a Agência Espacial Americana descobriu uma nova forma de vida alienígena, contudo a história não é muito bem assim. Realmente, com a recente descoberta da bactéria GFAJ-1, que é capaz de utilizar arsênio para estruturar seu DNA, abre-se um novo paradigma para o conceito de vida. Enquanto todos, inclusive a NASA, vislumbraram as oportunidades proporcionadas por essa descoberta focando suas atenções para o espaço e para novas formas de vida extraterrestres, eu particularmente comecei a olhar de uma forma diferente para a Terra. O que se efetivamente concluiu das pesquisas realizadas é que uma bactéria encontrada no poluído lago Mono, na Califórnia, foi capaz de sobreviver em um ambiente saturado de arsênio. O arsênio é um composto altamente tóxico, seu limite máximo para presença em águas utilizadas para pesca e recreação é de 0,01 ppm, segundo a resolução 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Uma análise da água do lago onde a bactéria foi encontrada registrou a concentração de 17 ppm de arsênio. A maioria das formas de vida aquáticas presentes na terra não sobreviveriam nesse ambiente. Portanto, o grande fato se dá pelo desenvolvimento de uma bactéria em um ambiente considerado tão desfavorável. E o que a GFAJ-1 tem de alienígena? Simplesmente nada. O que aconteceu na verdade é que essa descoberta desvendou um novo paradigma para a busca de formas de vida em outros planetas. Anteriormente, a busca por organismos vivos fora da Terra limitava-se por locais com circunstâncias próximas daquelas consideradas fundamentais para a existência de vida. Ambientes que não continham os elementos necessários para a constituição da maioria dos organismos, não eram considerados possíveis hospedeiros de formas de vida. Assim, com a recente descoberta, um novo conceito de vida é desvendado. E por que estou prestando atenção na Terra e não no espaço? Obviamente que não quero descobrir uma forma de vida alienígena durante meus passeios no parque, mas essa descoberta revela a capacidade que a vida tem de se adaptar à circunstâncias extremas. Portanto, porque não olhar para a nossa Terra e os problemas ambientais que aqui possuímos? Seria possível a existência de bactérias capazes de utilizar outros compostos tóxicos para sobreviver? O desenvolvimento da microbiologia já possibilitou a utilização de bactérias na remediação de áreas contaminadas por hidrocarbonetos de petróleo, para melhorar a eficiência de estações de tratamento de efluentes e até sua utilização em biofiltros, para reduzir os odores causados por sulfetos de hidrogênio, como mostrado na nossa matéria de capa. Portanto, se existem bactérias capazes de utilizar compostos tóxicos para sobreviver, um novo paradigma para o setor ambiental está criado, vislumbrando-se com perspectivas para o desenvolvimento de novas e mais eficientes tecnologias de controle de poluição. Essa descoberta nos estimula a cada vez mais a pensarmos de maneira criativa, não nos limitarmos às estigmas deixadas por grandes pensadores de outrora. Em consonância com essa afirmação, reforço nosso propósito de divulgar tecnologias e soluções para as problemáticas ambientais. Por isso temos, sempre na primeira edição do ano, uma matéria que relata tecnologias que podem se destacar. Além disso, se você tem algum trabalho que queira divulgar, nos envie-o, ele poderá ser publicado na Pollution Engineering. PE Udo Fiorini Editor da PE no Brasil udo@sfeditora.com.br Anunciante Pág. Flipper Purolite... 4ª capa Rinen Resilimp Sdix Solinst Tratamento de Água Westfall Pollution Engineering ABR a JUN 2011
7 PEEVENTOS EVENTOS l NEGÓCIOS l PESSOAS ABRIL 26 a 28 Resilimp - Feira Internacional de Resíduos Sólidos São Paulo, SP MAIO 23 a 27 Curso extensivo "Produção de água, recuperação e preservação de nascentes" Campinas, SP AGOSTO 01 a 03 Fenasan 2011 São Paulo, SP SETEMBRO 20 a 23 Ambiental Expo São Paulo, SP 25 a 28 Fitabes - Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental Porto Alegre - RS NOVEMBRO 08 a 10 Fimai São Paulo, SP Acesse o calendário completo de eventos no site JAN a MAR
8 ENVIRONEWS EVENTOS l NEGÓCIOS l PESSOAS Apliquim e Brasil Recicle se unem para atender setor de reciclagem de lâmpadas e recuperação de mercúrio Aempresa Apliquim (Paulínia/SP), especializada no tratamento e na recuperação de mercúrio, e a Brasil Recicle (Indaial/SC), que atua na descontaminação e reciclagem de lâmpadas fluorescentes, acabam de formar uma nova empresa, a Apliquim Brasil Recicle. A fusão ocorreu após a aquisição das duas unidades pelo grupo gaúcho Datasys, do empresário Mário Sebben. A nova marca está sob direção do biólogo e especialista em meio ambiente Eduardo Sebben. Estamos aliando a experiência e a tecnologia das duas empresas e unificando as linhas de produção, informa Eduardo Sebben. Atualmente, a Apliquim e a Brasil Recicle já atendem mais de 50% do mercado nacional no setor de reciclagem de lâmpadas, processando cerca de 7 milhões de unidades por ano. A expectativa é de que, a partir da atuação integrada, este número cresça 20% nos próximos meses. A Apliquim Brasil Recicle atua na coleta, descontaminação e Bloco Verde será produzido em escala industrial Até o fim deste ano, a Blocaus Pré Fabricados, que desenvolve processos de industrialização construtiva, tendo como base a alvenaria estrutural e pavimentos intertravados ambos com blocos de concreto de alto desempenho, vai produzir em escala industrial um bloco ecologicamente correto, o Bloco Verde. Idealizado e criado pela engenheira ambiental e civil, Bernadete Batista, o bloco verde se difere dos tradicionais, pois é produzido a partir de cascas de ostras e mariscos, pó de porcelanato, pó de vidro e de mármore, resíduo da prancha de surf o poliuretano, além de entulho da construção civil. É um produto fabricado para a construção civil, substituindo o bloco de concreto. Amigável com o meio ambiente, o novo bloco apresenta vantagens, como maior leveza e menor participação na sua composição de insumos como cimento, areias, pó de pedra e brita. Reduz entre 30% e 40% o custo total de uma obra, com desperdício zero, explica Bernadete. As cascas de ostras e mariscos garantem ao bloco resistência 30% superior à dos blocos convencionais, além da baixa absorção de água. Além disso, essas matérias-primas são fartas em Santa Catarina: são 16 mil toneladas por ano, sendo que 60% desse total são gerados na Grande Florianópolis. reciclagem de lâmpadas fluorescentes, e no tratamento de resíduos mercuriais (como amálgamas dentários e termômetros), com a recuperação de mercúrio, um metal tóxico presente nesses tipos de produtos. Sebben explica que é preciso conscientizar a sociedade de sua responsabilidade com relação ao descarte das lâmpadas após o uso, já que, no Brasil, das cerca de 200 milhões de lâmpadas fluorescentes comercializadas todo ano, apenas 11 milhões têm um destino final adequado. O mercúrio presente nas lâmpadas é um metal tóxico e bioacumulativo que, uma vez liberado, contamina o solo, o ar e as águas, afetando animais e seres humanos, alerta. Jogar lâmpadas em lixões, terrenos baldios e aterros provoca a liberação do mercúrio, o que gera diversos efeitos nocivos ao meio ambiente e à saúde pública. Para saber mais sobre a empresa e seus serviços, o telefone da Central de Atendimento Comercial em São Paulo é (11) A produção em escala industrial do bloco verde só foi possível graças ao convênio com a Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina) que possibilitou conseguir apoio da subvenção econômica do projeto FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e do PAPPE e, com isso, equipamento para a montagem da indústria de insumos reciclados das cascas de ostras e mariscos. Será produzido em escala industrial até o final do ano, esclarece o engenheiro Luiz Francisco Teixeira Marcondes, diretor comercial e responsável técnico da empresa. Mais informações contate Bernadete Batista pelo telefone: (48) ou bbbambiental@gmail.com Bloco Verde feito de resíduos de materiais 8 Pollution Engineering JAN a MAR 2011
9 ENVIRONEWS EVENTOS l NEGÓCIOS l PESSOAS Master assume gestão ambiental da Cocamar AMaster Ambiental, de Londrina, assumiu a gestão ambiental da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, de Maringá. A parceria se estende à Corol, tradicional cooperativa da região de Londrina, cujas unidades foram arrendadas pela Cocamar. A Master passa a se responsabilizar pela gestão ambiental de 62 unidades de recebimentos de grãos e armazenamento e comercialização de agrotóxicos da Cocamar/Corol instaladas em 56 municípios do Norte/Noroeste paranaense e pelas 11 unidades industriais da Cocamar. "Vamos trabalhar em linha com a Cocamar. Trata-se de um reconhecimento à eficiência de nosso trabalho e da consolidação de uma visão de futuro da cooperativa", afirma o engenheiro Fernando de Barros, responsável técnico da Master. "Para nós, é um passo importante para garantir o crescimento da empresa com total respeito ao meio ambiente", diz o gerente de Gestão e Qualidade da Cocamar, Clodimar Viotto. A nova gestão prevê ainda o treinamento de funcionários para a correta segregação de resíduos na fonte e a busca de novos fornecedores para a venda de produtos recicláveis. "Vamos também buscar alternativas para reduzir custos do tratamento e da destinação dos resíduos sólidos", revela Barros. Também estão entre as atribuições da Master a obtenção e renovação de licenças ambientais e outorga de poços artesianos junto aos órgãos competentes; o licenciamento de novas atividades; a elaboração de planos de contingência e emergência com o objetivo de se prevenir problemas ambientais. "Nosso trabalho buscará um constante aperfeiçoamento da Gestão Ambiental, para cumprimento rigoroso da legislação", diz Barros. Mais informações pelos telefones (43) e (44) ou pelo site@masterambiental.com.br JAN a MAR
10 ENVIRONEWS EVENTOS l NEGÓCIOS l PESSOAS Estre Ambiental compra Cavo por R$ 610 milhões Bioagri Laboratórios se une a Laborquímica e expande sua atuação no Brasil A AEstre Ambiental adquiriu a Cavo Serviços e Saneamento criando assim o maior grupo de gerenciamento de resíduos do país. Com a aquisição da Cavo, a Estre irá complementar seu portfólio de serviços oferecidos no Brasil e em outros países da América Latina através da operação dos aterros sanitários próprios e também através de outras empresas do grupo Estre como Resicontrol, Oxil e Água & Solo. A Cavo agregará ao grupo sua expertise em coleta urbana de lixo domiciliar e de gestão de resíduos hospitalares. A Cavo tem mais de 85 anos de existência e profissionais, a empresa atua nacionalmente e possui unidades nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. A Cavo também projetou e opera a primeira central de resíduos da indústria siderúrgica. A Estre vem se destacando no mercado de gerenciamento de resíduos. A Estre, desde sua fundação em 1999, atuou na disposição final de resíduos não perigosos (Classe IIA e IIB). A partir de 2007, com a inauguração da Estre Soluções Classe I, a Estre iniciou o recebimento de resíduos perigosos (Classe I) contaminados por hidrocarbonetos. Em 2009 a empresa compra as unidades operacionais de Classe I da empresa francesa Veolia Soluções ambientais e a batiza de Resicontrol, assim, a Estre passa a oferecer soluções completas para toda a gama de resíduos industriais classificados como perigosos. A Estre tem atualmente 12 aterros sanitários em vários locais, principalmente na região Sudeste. Está presente também na Argentina e na Colômbia, no gerenciamento de aterros sanitários. Com 3,5 mil clientes, 55% da receita tem origem no setor privado e os demais 45% na área pública. Com a possível promulgação da lei nacional de resíduos sólidos em 2011, as perspectivas para o setor de gestão de resíduos é promissora. O faturamento previsto para 2011 é de R$ 1,13 bilhão. Tamanho é o volume de resíduos que a Estre instalou no aterro sanitário localizado em Paulínia um triturador capaz de processar os resíduos convertendo-os em combustível. O equipamento poderá elevar a capacidade de processamento do aterro, já que parte do resíduo que seria depositado no solo gerará energia. Mais informações pelo site Bioagri agregou a seu grupo de laboratórios a Laborquímica, tradicional laboratório de análises químicas ambientais estabelecido em Canoas/RS. A bioagri conta com 14 unidades distribuídas pelo Brasil. A união com a Laborquímica é parte da estratégia de expansão da Bioagri, que já têm unidades estabelecidas em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pará, Paraná e agora no Rio Grande do Sul. Além da vanguarda na área ambiental, os laboratórios contam ainda com unidades especializadas em setores como alimentos, agroquímicos, cosméticos, medicamentos, biocombustíveis, saneantes e veterinária. A Laborquímica possui 44 anos de atuação no mercado do Rio Grande do Sul e presta serviços em análises ambientais, pautados pela confiabilidade e responsabilidade. Qualidade, atendimento personalizado e equipe de profissionais altamente capacitados são características tradicionais da empresa. Com cerca de 1000 m 2, o prédio que abriga o laboratório localizado no bairro São Luís em Canoas/RS, é dividido em três andares. A unidade conta com equipe de 30 profissionais altamente especializados, que passará por uma série de treinamentos, a fim de garantir ainda mais qualidade aos serviços prestados. A chegada dos Laboratórios Bioagri ao Rio Grande do Sul tem o objetivo de somar agilidade à qualidade conquistada e mantida pela Laborquímica, o que reflete em diversos ganhos ao cliente. A estrutura tecnológica de última geração empregada pelos Laboratórios Bioagri possibilitará maior rapidez na geração e entrega dos resultados. Juntos, laboratórios atendem demandas em todos os tipos de matrizes com análises de parâmetros inorgânicos, orgânicos, metais e resíduos com qualidade e tecnologia avançada para atender todas as legislações nacionais, estaduais e municipais. Para os próximos cinco anos, além da expansão da capacidade de atendimento pelo Brasil, o Grupo tem um plano de investimento que visa a compra de equipamentos, softwares e contratação e treinamento de profissionais especializados. Mais informações pelo site 10 Pollution Engineering JAN a MAR 2011
11 PEPRODUTOS Nova Geração de Compostadeiras A Ménart desenvolve e fabrica equipamentos específicos para tratamento e reciclagem de biomassas e bio resíduos. As compostadeiras Ménart, contrariamente às compostadeiras tradicionais que são tracionadas, propulsam o trator graças às suas 2 rodas motrizes. O trator não traciona mais a compostadeira, é a compostadeira que o empurra hidraulicamente. Isso gera muitas vantagens: - diminuição do investimento, pois não precisa de um trator especial que tenha super redutor de velocidade e que seja 4x4; - velocidade de avanço que atinge até 1000 m/hr; - dimensões grandes: rotores de até 5 metros de largura e leira de até 2,5 metros de altura. Os equipamentos Ménart, foram comprovados para aplicações variadas: compostagem de resíduos agro-industriais, tratamento e reciclagem de resíduos orgânicos urbanos, remediação de solos contaminados, tratamento de lodos, etc. Ménart Dour, Bélgica Estações Compactas para Tratamento de Esgoto A Mizumo possui experiência e competência para fornecer soluções compactas para tratar efluente sanitário de pequenas comunidades que possuem uma população equivalente a 20 mil habitantes, ou seja, uma vazão de até 35 litros de esgoto/segundo. As estações de tratamento de esgoto (ETE) da Mizumo são adequadas às necessidades do cliente e com padrão de produção que garante rapidez na implantação. São sistemas robustos, com baixos custos operacionais e com vantagens ambientais: a água tratada tem possibilidade de reúso para fins não potáveis ou retorno sem riscos à natureza. Os sistemas modulares podem ser ampliados após o início de seu funcionamento ou removidos para outro local. A ETE varia de tamanho e capacidades de tratamento e requer pouco espaço físico para instalação: de 0,5 a 2,0 m²/m³ de esgoto/dia. Mizumo Grupo Jacto Pompeia, SP +55 (14) JAN a MAR
12 PEPRODUTOS Desaguamento de lodos voltado para pequenas quantidades A Singular Agronegócio e Meio Ambiente desenvolveu dispositivos específicos para facilitar o desaguamento e transporte de material utilizando a geoforma têxtil Ambiental Bag, produto nacional comercializado pela Masterserv. Uma das novidades é o leito de secagem vertical, que possibilita a saída da água pelos quatro lados da bolsa, reduzindo pela metade o tempo de desaguamento. "Na geoforma horizontal convencional a água sai somente pelo fundo", diz Paulo Cielo, diretor da Singular. Com tamanhos de 4,5 x 4,5 m e profundidade de 1 m, o leito tem uma vazão de 16 m 3, podem fornecer outras medidas sob consulta. Depois de cheio, basta trocar o saco filtrante por outro, mantendo-se a mesma estrutura do leito. Também desenvolvimento da Singular é o tambor de aço/ fibra hermeticamente fechado, composto por um cesto interno perfurado com alças para pendurar o saco filtrante. O efluente é drenado por uma torneira localizada na parte inferior do tambor. O cilindro pode ser fornecido na versão estacionária ou móvel: uma base com rodinhas permite o seu transporte até o local desejado. Assim, pode ser levado diretamente à descarga de efluentes de uma determinada área da empresa ou indústria. "Basta conectar a mangueira de entrada". Por ser totalmente fechado, o produto oferece segurança no manuseio de efluentes oriundos de indústrias químicas. "O lodo fica contido dentro do cilindro", diz. Singular Agronegócio e Meio Ambiente Campinas, SP +55 (19) Poliuretano elastomérico É a solução para redução de perdas físicas. Produto sem solvente, 100% sólido, indicado para proteção de aço e concreto em ambientes agressivos, típicos de locais como reservatórios e estruturas de tratamento de água e esgoto (ETE e ETA) e plantas de processamento industrial, entre outros. Por suas características de flexibilidade e alongamento o Poliuretano elastomérico apresenta desempenho superior a todos os revestimentos rígidos e não é afetado por raios ultravioletas. Possui excelente adesão a vários substratos, excelente resistência à abrasão, rápido tempo de cura, atóxico, não afeta a potabilidade da água e não possui emendas. LAM Isolantes Térmicos Campinas, SP + 55 (19) PERGUNTE PEPRODUTOS ao ESPECIALISTA do Grupo ECOGEO VINÍCIUS AMBROGI Formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp, atuou em projetos de energias renováveis pelo Grupo Ecogeo e nos últimos anos tem se concentrado nas áreas ligadas ao desenvolvimento de projetos em carbono, como inventários, carbon footprint e MDL. Essa é a pergunta do mês: P Como aproveitar mais as oportunidades do mercado de Compensação de Emissões de GEE antecipando-se a novas demandas? RO mercado de compensação de carbono Europeu pelo mecanismo de desenvolvimento limpo já possibilitou o registro de mais de projetos com uma capacidade anual de redução de 400 milhões de tco 2 e. Para o primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto ( ) foi originalmente programada uma demanda de compensação de 2,7 bilhões de tco 2 e. Até o momento foram emitidos pouco mais de 450 milhões de reduções de emissões certificadas. Tendo em vista o término do primeiro período de compromisso em 2012, e as recentes atualizações das demandas por compensação é possível projetar um mercado de mais de US$ 6 bilhões na geração de créditos de carbono nos próximos dois anos. Isto continua a apontar as oportunidades para o Brasil, que ocupa hoje o quarto lugar na geração dos créditos de carbono no mundo com 9,6% das certificações emitidas. Nos últimos dois anos, o número de projetos brasileiros registrados caiu em 50%, mas temos grandes chances de mudar este cenário. Basta uma busca profunda de oportunidades, através de inventário de GEE das atividades, processos e empresas. O início do mapeamento não pode aguardar por demandas legais, o Brasil hoje subutiliza seu potencial em um mercado de US$ 15 bilhões ao ano em geração e transações das reduções de emissões certificadas. Além do mercado MDL, é preciso olhar à frente e se preparar para a próxima onda, que já começa a aparecer. O carbon footprint de produtos é uma das formas mais claras que o Brasil tem para apresentar seus diferenciais de emissões. Já existem muitas iniciativas em desenvolvimento no assunto, antecipar nossa ação é fundamental para a definição das estratégias e oportunidades deste novo mercado. Erramos: Na edição de setembro saíram erradas as cidades de duas empresas. Segue a correção: Grupo Zurs B&F Dias Ribeirão Preto, SP Vinhedo, SP +55 (16) (19) Envie sua pergunta para PE@revistaPE.com.br - (11) Pollution Engineering JAN a MAR 2011
13 PANORAMALEGAL Por Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno O TAC como viabilizador da remediação de áreas contaminadas O Termo de Ajustamento de Conduta vem se fortalecendo como uma ferramenta de solução de conflitos ambientais. E m edições passadas, abordamos as implicações legais para as áreas contaminadas, indicando que o acelerado processo de urbanização verificado nas últimas décadas no país marcou a explosão do crescimento das cidades, transformando o espaço urbano e propiciando que imóveis industriais fossem convertidos para usos residenciais. Ocorre que imóveis e/ou áreas que já tenham sido ocupadas por atividades industriais, possibilitam a presença de contaminantes no solo, ou mesmo em suas instalações prediais remanescentes. Inúmeras são as ações preventivas adotadas pelos órgãos de controle ambiental objetivando evitar ou mesmo minimizar os riscos das atividades. No entanto, a atividade industrial por si só é passível de provocar contaminação ambiental. Diante deste cenário e da garantia constitucional de se proporcionar um meio ambiente ecologicamente equilibrado e uma sadia qualidade de vida para as presentes e futuras gerações, o Termo de Ajustamento de Conduta TAC, foi instituído como um instrumento mais célere e eficaz para a adoção de medidas destinadas à recuperação do meio ambiente afetado, com o estabelecimento de obrigações e regras de conduta a serem observadas pelas partes, transformando-se num potente viabilizador do processo de remediação de áreas contaminadas. O parágrafo 6º, do art. 5º, da Lei 7.347/85 outorgou aos órgãos públicos que possuem legitimidade para ajuizar ação civil pública a possibilidade do autor de comportamento lesivo a direitos transidividuais assumir o compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais. Desse modo, estão legitimados a propor um TAC o Ministério Público, a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal e os órgãos públicos sem personalidade jurídica, desde que tenham, em sua destinação, a defesa dos direitos coletivos, difusos e individuais homogêneos, como por exemplo. Importante esclarecer que o termo de ajustamento de conduta não possui natureza jurídica de transação, uma vez que o órgão público que firmou o acordo não pode realizar concessões mútuas de direito indisponível, circunstância que desfigura um dos elementos constitutivos da transação, segundo dispõe o artigo 840 do Código Civil. Assim, como um acordo extrajudicial o TAC deve ser revestido de certeza e liquidez, proporcionando a gestão ambiental com base em mecanismos tripartites entre Estado, Mercado e Sociedade, buscando uma solução acertada para a preservação ambiental. O TAC objetiva a recuperação do passivo ambiental e pode ser celebrado em dois momentos: (i) antes da propositura da Ação Civil Pública em sede de Inquérito Civil; (ii) ou quando já instaurada a Ação Civil Pública, neste caso sendo homologado pelo juiz. Em ambas as situações, o causador da lesão ao meio ambiente compromete-se a reparar os danos ou paralisar a conduta ou atividade, estabelecendo-se prazo e medidas para o cumprimento do acordo. Vale indicar que a indisponibilidade do meio ambiente não impede que sejam utilizados meios alternativos de solução de conflitos, devendo ser analisado para cada caso em concreto qual o melhor meio de resolução do conflito. Ocorre que, a opção pela via jurisdicional muitas vezes é morosa e na maioria das vezes resulta em prejuízos para o ambiente e para a sociedade como um todo. Assim, o TAC vem se fortalecendo como uma ferramenta de solução de conflitos ambientais. Por fim, insta frisar que a Lei da Ação Civil Pública, assim como o TAC Termo de Ajustamento de Conduta proporcionaram uma (r)evolução no ordenamento jurídico brasileiro, fazendo com que, o processo judicial deixasse de ser visto apenas com o enfoque de interesses individuais, e passa-se a servir de instrumento efetivo na defesa dos direitos transindividuais e principalmente como viabilizador na remediação de áreas contaminadas. PE A atividade industrial por si só é passível de provocar contaminação ambiental. Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno É formada em Direito pela Universidade São Francisco e em Ciências Sociais pela UNICAMP, com extensão em Direito Ambiental pelo Instituto Brasileiro de Advocacia Pública - IBAP e Direito Internacional Público pela Academia de Direito Internacional da Haia (Holanda). É mestre pela Université de Metz (França) e doutoranda em Ciências Sociais na UNICAMP. Associada do escritório Emerenciano, Baggio e Associados Advogados, responsável pelo Departamento de Direito Ambiental. JAN a MAR
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