Masterclass - Aprendendo a Trabalhar com os Dados do LHC/CERN

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1 Masterclass Manaus - AM LISHEP 2015 Masterclass - Aprendendo a Trabalhar com os Dados do LHC/CERN Marcia Begalli & Vitor Oguri Isabella Ferreira, Mariana Soeiro João Pedro G. Pinheiro IF-UERJ

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3 O Masterclass é um evento promovido pelo CERN para alunos do Ensino Médio e iniciantes do curso de Graduação, ou seja, em sua maioria adolescentes, bem como para seus professores. Dias especiais são dedicados aos Professores de Física (a pedido). Consiste em explicar aos interessados a Física de Altas Energias, de forma introdutória, levando-os a analisar eventos reais registrados pelos experimentos do LHC, no CERN.

4 A Organização Européia para a Pesquisa Nuclear, conhecida como CERN (antigo acrônimo para Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire) é o maior laboratório de física de partículas do mundo, localizado em Genebra, na fronteira Franco-Suíça. criado em 1954 Vinte e um Estados membros efetivo de aproximadamente 2400 funcionários em tempo integral cientistas e engenheiros, representando 580 universidades e centros de pesquisa de 80 nacionalidades. (dados de 2010)

5 Vista aérea do LHC, CERN Circunferência = 27,4 km CERN - Main Site

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8 LHC (Large Hadron Collider) Esquema da posição dos 4 experimentos no LHC: ALICE, ATLAS, CMS, LHCb

9 IPPOG : The International Particle Physics Outreach Group É uma rede de cientistas, professores de ciências e especialistas em comunicação, trabalhando em cooperação em várias partes do mundo em divulgação científica sobre Física de partículas. Masterclass: Coordenação Geral Estados Unidos Fermilab Dra. Uta Billow Prof. Kenneth Cecire

10 Um breve histórico No início dos anos 90, Erik Johanson, da universidade de Estocolmo, desenvolveu o Hands on CERN, um curso para a graduação em Física onde os alunos analisavam os eventos do DELPHI. Final dos anos 90, o Reino Unido iniciou atividades envolvendo Física de Altas Energias para alunos do último ano do 20 grau e seus professores, chamadas de UK Masterclasses. 2005, o Ano Internacional da Física, o CERN inicia o Masterclass como um evento de toda a Comunidade Européia sob a coordenação do EPPOG. EPPOG (European Particle Physics Outreach Group) foi o grupo criado, em 1997, para a divulgação de Física de Altas Energias nos países membros do CERN.

11 Um breve histórico 200 instituições de pesquisa participam do Masterclass atualmente; 2014: cerca de alunos/participantes. Esse número cresce a cada ano. 2011: EPPOG se torna IPPOG, o Masterclass se torna mundial. Reúne CERN, DESY, Fermilab, entre seus membros. Brasil participa desde 2008: 2008, 2009, 2010*, 2011 (Rio: UERJ, São Paulo: IFT-UNESP) 2012 (Rio + Lavras: UERJ (+UFLA), São Paulo: IFT-UNESP) 2013, 2014 (Rio: UERJ, São Paulo: IFT-UNESP, Curitiba; UFPR) * + Manaus, UFAM, indiretamente, por telefone

12 Organização das Atividades No CERN : 1 dia inteiro de colóquios e atividade experimental Oferece almoço e coffee breaks. Ao final do dia, reunião com outros institutos participantes, de diversos países. Em São Paulo : meio-dia + meio-dia de atividades (colóquios e experimental) devido ao fuso horário em relação ao CERN. No Rio : reuniões semanais, duração de tempo livre. reunião com o CERN e os outros institutos usando video-conferência no dia estabelecido.

13 Organização das Atividades Minas Gerais : parte das atividades do Encontro Mineiro de Física (anual) 1 tarde inteira (até ~20:00h) : apresentação e explicação + 1 tarde inteira (até ~20:00h) : análise dos eventos Não quiseram participar da vídeo-conferencia com o CERN e outros participantes internacionais. Em Natal : 2,5 dias de atividades para 2 grupos, separadamente (devido ao número de participantes) perfazendo 1 semana. Reunião por vídeo-conferência com o CERN e outros participantes internacionais na segunda-feira seguinte participantes tiveram todo o fim de semana para analizar os eventos.

14 Atividades Palestras introdutórias sobre Física das Partículas Elementares. Perguntas, discussões e dúvidas sempre. antes, durante, depois, Internet indispensável. Palestras sobre os dados a serem utilizados, bem como sobre o experimento onde foram obtidos. Análise dos eventos e discussão dos resultados obtidos.

15 Organização O elemento principal do Masterclass é a reunião com videoconferência envolvendo o CERN, ou o Fermilab, e outros institutos participantes. Dado o grande número de universidades envolvidas, tal atividade é desenvolvida em vários dias. Em 2015, foi realizado no período O número de institutos participantes por dia varia entre 5 e 8, que é o máximo de conexões que o Vydio (programa utilizado para video-conferência) suporta. Esse é o mesmo programa utilizado pelos experimentos do LHC. Essa reunião pode ser conjunta, alunos e professores, ou pode-se requisitar um dia especial para os professores.

16 Video-conferencia (Brasil) Rio de Janeiro, UERJ com o CERN: 1 de abril, ATLAS Z0 com o Fermilab, 27 de março, CMS. São Paulo, IFT-UNESP, UFABC com o CERN: 6 de março, CMS. 11 de março, CMS. 24 de março, CMS. São Paulo, USP com o CERN: 27 de março, ALICE. Natal, UFRN com o CERN: 23 de março, ATLAS. São João del Rei, UFSJ com o CERN: 25 de março, ATLAS. Calendário 2015

17 A Internet Toda informação sobre o Masterclass pode ser encontrada na internet. Várias informações sobre Física de Altas Energias podem ser encontradas nos links das páginas do Masterclass. Dado o carácter internacional do evento, essas informações são dadas em várias linguas. Não é necessário saber inglês para participar do Masterclass!

18 Tópicos que podem ser estudados no Masterclass ATLAS: Z0 + Higgs ATLAS: W (+ Higgs) CMS: Z0 + W +Higgs CMS: J/ψ ALICE: partículas estranhas LHCb: medida da vida média do méson D0 (UERJ) Escolhemos Z0: ATLAS Z0 + Higgs, CMS Z0+W + Higgs Os outros tópicos podem ser desenvolvidos ao longo do ano e discutidos na video-conferência do ano seguinte, se assim se desejar. O Masterclass é uma atividade que pode ser desenvolvida durante o ano todo dentro de cada instituição.

19 UERJ Porque 2 experimentos: Normalmente, cada instituição escolhe 1 experimento para analisar no Masterclass ATLAS foi o primeiro experimento do LHC a disponibilizar dados para o Masterclass (2011, antes analisávamos eventos do DELPHI, um dos experimentos do LEP, o acelerador anterior ao LHC) O grupo liderado pelo Prof. Alberto Santoro, na UERJ, participa do experimento CMS

20 ATLAS e CMS são experimentos de propósito geral, ou seja, estudam todos os tópicos de Física acessíveis na energia de centro de massa do LHC.

21 Comprimento: 28,7 m Altura: 15 m Peso: toneladas Canais - eletrônica: ~100 milhões O experimento CMS Detectores de Traços Solenóide supercondutor Câmara de Múons Calorímetros na região frontal Calorímetro Eletromagnético Calorímetro Hadrônico

22 Pixels de silício Detectores de Traços Tiras de silício detectam partículas com carga elétrica, medem as suas posições em função do tempo. estão envolvidos por um campo magnético homogêneo as trajetórias são defletidas pela ação deste campo. a reconstrução da curvatura da trajetória permite calcular o momento linear da partícula e determinar a sua carga eléctrica. A interação entre as partículas produzidas na colisão e o material dos detectores de traços é muito pequena, assim as partículas depositam nestes detectores pouquíssima energia.

23 Calorímetro Eletromagnético PbWO4 tungstato de chumbo Esquema de um elétron interagindo dentro de um dos blocos do calorímetro Onde são detectadas as partículas e anti-partículas que interagem com a matéria maioritariamente através da interação eletromagnética fótons, elétrons e pósitrons praticamente toda a energia destas partículas e anti-partículas é absorvida pelo calorímetro eletromagnético e transformada num sinal eletrônico. a intensidade do sinal é uma medida da energia da partícula, que é totalmente absorvida no detector.

24 CMS Calorímetro eletromagnético sendo montado em uma das tampas na região frontal do detector

25 Calorímetro Hadrônico Esquema da interação de um hádron no calorímetro hadrônico Onde são detectadas as partículas que interagem majoritariamente através da interação forte, como as partículas constituídas por quarks e/ou antiquarks, por exemplo os prótons e nêutrons. praticamente toda a energia destas partículas e antipartículas é absorvida pelo calorímetro hadrônico e transformada num sinal eletrônico. (similar ao EM) a intensidade do sinal é uma medida da energia da partícula, que é totalmente absorvida no detector. (similar ao EM)

26 Magneto Curva a trajetória das partículas carregadas, permitindo medir seu momento (e energia); Envolve os calorímetros e o detector de trajetórias; As Câmaras de Múons estão sobre ele; É um solenóide supercondutor. Campo magnético de ~4 Tesla.

27 Câmara de Múons múons depositam uma pequena fração da sua energia nos calorímetros, são as únicas partículas que atravessam todas as camadas do Detector CMS. estão colocados na camada exterior do CMS, são constituídas por milhares de longos tubos cheios de gás, com um fio longitudinal no centro de cada tubo. quando um múon passa através do tubo, ioniza o gás libertando elétrons, criando íons positivos, que se deslocam para o fio e para a parede do tubo devido a uma grande diferença de potencial elétrico entre o tubo e o fio, criando assim um sinal elétrico mensurável.

28 As interações das partículas com diferentes partes do Detector CMS

29 Do conhecimento que temos atualmente, a matéria é formada por átomos, que possuem um núcleo (formado por prótons e neutrons) rodeado por elétrons. Esses prótons e neutrons são, por sua vez, formados por quarks. O que são o Z0 e o W?

30 O que são o Z0 e o W? Existem 6 quarks e 6 léptons, organizados em 3 famílias cada. Léptons podem ter carga elétrica ou serem neutros (neutrinos). Quarks possuem carga elétrica fracionária. A interação entre quarks, entre léptons e entre quarks e léptons se dá através de mediadores. O Z0 é um desses mediadores, neutro eletricamente. Outro mediador é o W, que possui carga elétrica, e participa do mesmo tipo de interações que o Z0.

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