Secretaria de Educação a Distância
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- Thereza Pereira Farinha
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1 Objetivos da unidade Elaborar, verificar e reformular hipóteses sobre um fenômeno observado; Aplicar conceitos básicos de geometria plana e espacial. Esta obrá está licenciada sob uma licença Creative Commons Secretaria de Educação a Distância Ministério da Ciência e Tecnologia Ministério da Educação
2 Montanhas geométricas O experimento Sinopse Nesta atividade o aluno construirá diversos polígonos usando papelão e areia. O objetivo é construir o que chamaremos de Montanhas Geo métricas. Esses polígonos possuem diversos traços peculiares, que são, na verdade, o conjunto de pontos que são centros de circunferências que tangenciam, ao menos, dois lados. A proposta é que, sem conhecerem esse resultado, os alunos construam hipóteses sobre a formação de areia. Por fim, o professor deverá discutir as hipóteses criadas pelos alunos bus cando formalizá-las, utilizando para isso o conhecimento prévio que eles possuem. Conteúdos Geometria Plana, Semelhança de Triângulos; Geometria Analítica, Distâncias Objetivos Elaborar, verificar e reformular hipóteses sobre um fenômeno observado; Aplicar conceitos básicos de gometria plana e espacial. Duração Uma aula simples.
3 Neste experimento os alunos irão se deparar com um fenômeno que pode ser descrito através de conceitos básicos de geometria. O que causa a formação daqueles padrões nem sempre intuitivos? Seria possível descrevê-los? O simples ato de despejar areia sobre uma figura de papelão, se bem explorado, permite retomar conceitos de Geometria Plana e Espacial, e também introduzir conceitos de Geometria Analítica.
4 Material necessário Papelão; Areia ( de preferência fina e seca); Tesoura; Régua; Compasso; Jornais. fig. 1
5 Preparação A sala deve ser dividida em duplas ou trios. Dessa forma, a construção dos polígonos será mais rápida e menos cansativa para os alunos. Preparação do material etapa Peça aos alunos que se organizem dentro dos grupos de modo a otimizar o tempo de construção. Eles irão construir os polígonos a partir das ilustrações presentes no Anexo, buscando seguir a proporção apresentada. O primeiro passo será desenhar as figuras no caderno, de acordo com as medidas indicadas. Em seguida, recortar o papelão usando estes desenhos como moldes para obter cada figura geométrica:! Não é necessário distribuir o Anexo aos alunos, pois os polígonos podem ser desenhados na lousa.
6 fig. 2 Nesta etapa é importante passar pelos grupos verificando se a construção está de acordo com os moldes, principalmente nos casos do quadrado e do retângulo. Neles, fique atento à precisão, à formação dos ângulos retos e ao tamanho dos lados. Nos outros casos a precisão também é necessária, mas pequenos desvios não irão comprometer a observação de padrões. Montanhas de areia etapa Peça aos alunos que despejem aos poucos areia sobre os polígonos até que ela se estabilize sobre o papelão. Essa estabilização acontece quando o monte não retém mais areia, sendo que aquela que é despejada cai para fora do polígono formado.
7 Oriente-os a posicionar o polígono a uma altura de aproximadamente 2 cm da superfície da carteira para evitar que a areia acumule-se em volta da figura. Mesmo assim, será necessário limpar o jornal onde a areia se acumular. Recomendamos o uso de jornais para forrar as carteiras para facilitar a limpeza da sala após a atividade.! Certifique-se de que os alunos jogam a areia aos poucos e no centro da figura. Caso contrário os padrões dificilmente aparecerão. fig. 3 O surgimento de padrões Ao despejar a areia sobre os polígonos, observe as divisões de plano que surgem a partir dos vértices. Chamaremos estas figuras de espinha do polígono. Peça aos alunos que identifiquem essas divisões, observando o monte de areia atentamente. O desafio é tentar entender o motivo de seu surgimento, para, finalmente, conseguir prever sua formação sobre qualquer figura poligonal. No Anexo há uma sequência de polígonos que deve ser seguida. Os 3 primeiros casos servirão, principalmente, para os alunos criarem hipóteses sobre as espinhas que observarão em cada montanha, tentando prever como elas serão nas 3 últimas figuras.
8 A primeira figura será o quadrado. Após despejar areia, a figura formada é essa: fig. 4 fig. 5 Pergunte sobre a origem das linhas, sobre como elas surgiram. Questione também sobre o que essas linhas representam em um quadrado. Uma conclusão correta mas precipitada seria dizer que as linhas serão as diagonais do polígono. Para o retângulo e para o triângulo, eles repetirão os procedimentos.
9 Peça aos alunos que desenhem sobre os moldes suas previsões para que possam compará-las com os montes de areia que serão formados fig. 6 fig. 7 fig. 8
10 fig. 9 Novamente questione sobre como surgiram as linhas das espinhas. Caso eles tenham criado a hipótese das linhas serem diagonais, instigue-os apresentando as novas formas observadas no retângulo e no triângulo. Peça que tentem explicar o que há em comum nas linhas observadas nas 3 montanhas. Na Folha do Aluno propomos que os alunos prevejam as espinhas dos próximos polígonos. Observe se eles estão desenhando suas previsões antes de jogarem a areia. Sem este palpite, o foco do experimento se perde. O próximo polígono é o trapézio: fig. 10
11 s fig. 11 Para criar um clima de expectativa, pergunte aos alunos se alguém acertou a previsão, mas guarde a discussão sobre as hipóteses para o fechamento. O próximo polígono é um paralelogramo. A figura formada se assemelha àquela formada sobre o retângulo. fig. 12
12 fig. 13 Questione novamente se alguém fez uma boa previsão. É importante que os alunos registrem os sucessos e insucessos de suas hipóteses. Assim, poderão, ao fim da atividade, refletir sobre as escolhas que fizeram ao longo dela. O último polígono é o pentágono. Esta figura condensa características das anteriores. As figuras 14 e 15 mostram a montanha formada: fig. 14
13 fig. 15
14 É importante transmitir ao aluno o que está por trás do experimento, a matemática envolvida. Quando despejamos areia sobre um monte, a tendência é que ela deslize sobre o lado mais inclinado, o que nos leva a crer que o monte se estabilizará quando a inclinação nas duas direções for a mesma. Podemos ainda constatar, por congruência de triângulos, que as inclinações são iguais quando a projeção da altura divide a base em segmentos iguais, ou seja, quando a altura é a mediatriz. fig. 16
15 Se olharmos para o retângulo, por exemplo, especificamente para um determinado vértice, veremos qual ponto da espinha é equidistante a duas arestas do polígono, conforme podemos ver na figura abaixo, onde e são as arestas equidistantes, ou seja, os comprimentos dos segmentos e são iguais. A a b r B fig. 17 Assim, os triângulos assinalados na figura 16 são triângulos retângulos com hipotenusa comum e catetos iguais e portanto são congruentes, donde segue que a reta é a bissetriz do ângulo correspondente ao vértice. Como para cada ponto desta reta temos que a distância aos lados e são iguais, podemos dizer que cada ponto é o centro de uma circunferência que tangencia estes dois lados.
16 P S Q fig. 18 R P S Q fig. 19 R O mesmo ocorre nos outros vértices, como abaixo: P S Q fig. 20 R
17 P S Q fig. 21 R Se partirmos dos vértices e ao longo da espinha do retângulo e cada ponto construirmos a circunferência máxima centrada neste ponto da espinha e contida no polígono, obtemos, a partir de cada um dos vértices, família crescente de círculos, até que seus centros coincidem (no ponto de bifurcação da espinha) e neste caso a circunferência é tangente a 3 lados do polígono. P C S s Q fig. 22 B R
18 Se continuarmos ao longo do segmento da espinha, veremos que esta última contém os centros das circunferências que tangenciam e apenas até que atinja um ponto em que tangencia 3 lados novamente, a partir daí temos uma situação análoga a das figuras 20 e 21. Todas as retas consideradas, são partes de bissetrizes, inclusive a reta da figura anterior, ela é a bissetriz definida pelos lados e, se assumirmos que a bissetriz entre duas retas é o conjunto de pontos eqüidistantes das retas. Desta discussão, podemos concluir que a espinha de um polígono é o lugar geométrico formado pelos centros das circunferências que tangenciam dois ou mais lados do polígono. Para concluir a atividade, peça-lhes que realizem a atividade final da Folha do Aluno, que consiste em criar um polígono convexo, e desenhar de antemão a espinha do polígono, a partir dos conceitos discutidos aqui e em seguida despejem areia sobre ele, para verificarem se a previsão está correta. Esta previsão estruturada pode ser baseada na construção das bissetrizes de cada ângulo e também na construção de circunferências que tangenciam mais de um lado. Para mais discussões sobre a espinha do polígono e variações do problema veja o Guia do Professor.
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20 Autor Marcelo Firer Coordenação de redação Fabrício de Paula Silva Redação Rafael Santos Revisores Matemática Antonio Carlos do Patrocínio Língua Portuguesa Carolina Bonturi Pedagogia Ângela Soligo Projeto gráfico e ilustrações técnicas Preface Design Ilustrador Lucas Ogasawara de Oliveira Fotógrafo Augusto Fidalgo Yamamoto Universidade Estadual de Campinas Reitor Fernando Ferreira Costa Vice-Reitor Edgar Salvadori de Decca Pró-Reitor de Pós-Graduação Euclides de Mesquita Neto Matemática Multimídia Coordenador Geral Samuel Rocha de Oliveira Coordenador de Experimentos Leonardo Barichello Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (imecc unicamp) Diretor Jayme Vaz Jr. Vice-Diretor Edmundo Capelas de Oliveira licença Esta obrá está licenciada sob uma licença Creative Commons Secretaria de Educação a Distância Ministério da Ciência e Tecnologia Ministério da Educação
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