Relatório Resultado de vendas Páscoa

Transcrição

1 Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina Relatório Resultado de vendas Páscoa Panorama do movimento na economia durante a Páscoa 2010 Divisão de Planejamento Núcleo de Pesquisa FECOMÉRCIO SC

2 PESQUISA RESULTADO DE VENDAS PÁSCOA A Páscoa movimenta a economia do comércio varejista em todas as regiões do Brasil, principalmente nos setores que vendem chocolates. Para confirmar estes dados a FECOMÉRCIO SC realizou uma pesquisa de resultado de vendas ouvindo 359 estabelecimentos de 15 setores do comércio varejista. A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 8 de abril de Os quinze setores entrevistados foram: Móveis, decorações e utilidades domésticas, cine foto som, óticas, relojoarias e joalherias, informática, instrumentos musicais, CDs e DVDs, vestuário, tecidos, cama, mesa e banho, calçados, livrarias e papelarias, supermercados, farmácias e perfumarias, combustíveis e lubrificantes, revendedoras de veículos, autopeças e acessórios, materiais de construção. A margem de erro para este estudo é de 5,17% para mais ou para menos. Perfil dos estabelecimentos: Ramo de atividade: Freq. % Ramo de Atividade , ,1 8, ,9 6,1 5,3 6,4 5,3 7,5 3,9 5,9 4,5 6,1 2 2

3 Número de colaboradores registrados: Número de Colaboradores De 1 a 5 De 6 a 10 De 11 a 20 Mais de 21 Não quis responder 45 13% 30 8% 5 1% 57 16% % Local do estabelecimento: Locais Centro Estreito Kobrasol Trindade Santa Mônica 89 25% 54 15% 34 9% 90 25% 92 26% 3

4 Gasto Por Cliente De R$50,00 a R$100,00 De R$101,00 a R$200,00 De R$201,00 a R$300,00 De R$301,00 a R$400,00 Mais de R$ 400,00 NS/NR 7 2% 16 5% 51 14% 75 21% 12 3% % Quanto à pergunta de variação percentual de crescimento nas vendas os empresários afirmam que não houve crescimento significativo nesta Páscoa com 60%. Apenas 29% dos entrevistados asseguram que houve um aumento de até 10% nas vendas. 4

5 217 60% Variação da Páscoa Até 5% De 6 a 10% De 11 a 20% De 21 a 50% Mais de 50% Não houve crescimento NS/NR 3 1% 69 19% 37 10% 7 2% 20 6% 6 2% 5

6 Formas de Pagamentos mais 29 5% 34 6% utilizados Á vista em dinheiro Cartão de débito Cartão de crédito Crediário Cheque pré Outro 28 5% % % % Ações para atrair Clientes Promoções Pagamento facilitado (parcelamento, juros baixos) Outro NS/NR Não fez nada % 44 12% 73 20% % 12 3% 6

7 Faturamento 2009 X 2010 Melhor Pior Igual NS/NR 59 16% 99 28% % 86 24% CONCLUSÃO Os pesquisadores aplicaram os questionários em três locais estratégicos, Centro (Praça XV e Felipe Schmidt), Kobrasol/Estreito, e Trindade/Santa Mônica. Locais de grande fluxo populacional e conseqüentemente de comércio intenso. Em cada local foram objetivadas aproximadamente 120 entrevista. Foram realizadas pesquisas com 15 setores do comercio varejista da grande Florianópolis. Ao analisarmos o quadro de trabalhadores contratados de carteira assinada, observamos que a maioria das empresas (78%) possui menos de 10 funcionários nesta situação. Verificamos portanto, que a grande maioria de empresas respondentes enquadram-se em micro-empresas. Considerando-se o porte das empresas pelo critério do número de trabalhadores adotado pelo SEBRAE, o Cadastro Central de Empresas (IBGE, 2000) indica que as micro, pequenas e médias empresas correspondem a mais de 99% do total das unidades econômicas do país, sendo responsáveis, em conjunto, pela geração de 62,51% dos postos de trabalhos no mercado doméstico. De um total de empresas, apenas são classificadas como de grande porte e ocupam 37,49% do estoque de trabalhadores. Uma análise mais particularizada em relação ao porte de empresas e considerando que o item mais cobiçado da páscoa são os ovos de chocolate e seus derivados, podemos destacar que 47,4% do total de empresas do setor de supermercados, enquadram-se no porte de micro-empresas seguido de 26,3% que se enquadram no porte de pequena empresa. 7

8 Com relação ao gasto por cliente, verificamos o mesmo cenário do mesmo período do ano anterior, imperando o pagamento gasto na faixa entre R$50,00 à R$100,00 com 55% dos respondentes, confirmando a intenção dos consumidores. A forma de pagamento imperante foi o cartão de crédito com 44% das afirmativas, forma esta, que vem sendo apontada por um dos principais modelos de dívidas dos consumidores Catarinenses na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) dos últimos três meses. Este dado conclui que as famílias catarinenses, devido à abertura do crédito mediante a amenização dos efeitos da crise apresentaram um aumento da dívida e comprometimento da renda e, em decorrência do efeito pós crise este vem a ser o principal meio de formação de dívida. Este quadro vem ocorrendo devido a retomada do crescimento econômico no estado, uma vez que os níveis de emprego apresentam uma melhora, o que vem incidindo também com a renda. Esta situação influencia diretamente o otimismo do consumidor o que, reflete diretamente na expansão gradativa do consumo. No término de 2009 foi realizada uma pesquisa de intenções do comerciante para A fim de projetar o cenário econômico varejista na ótica dos comerciantes, no qual a páscoa nem era citada como uma data comemorativa que exercia influencia no faturamento. Como podemos verificar, 32% das empresas pesquisadas mantiveram seu faturamento semelhante ao do ano passado e 60% afirmam não ter havido crescimento nos setores. Em virtude desta observação, podemos verificar que 73% dos empresários realizaram ações para incrementar as vendas, destacando 80% dos setores que deram preferência as promoções. Como mencionado anteriormente, o setor de maior destaque em vendas na páscoa são os supermercados que relataram um déficit no crescimento das vendas de 47,37% e apenas 36,84% confirmaram aumento no faturamento de até 5%. Quanto à forma de pagamento, nos supermercados há uma diferença, na soma dos dados de pagamento à vista e cartão de débito é de 60% superior ao uso do crédito que é de 37,14%. A ação mais utilizada, pelos supermercadistas, para atração dos consumidores com 33,3% é a promoção dos itens. E na comparação entre 2009 e 2010 em sua maioria 36,84% dizem que o faturamento piorou em relação ao mesmo período do ano passado. Isto confirma a expectativa dos empresários em relação a páscoa, segundo eles, as datas mais expressivas para o aumento no faturamento é o natal, seguido pelo dias das mães e do dia dos namorados. É importante salientar que 85% dos empresários questionados sobre o aumento no faturamento esperam uma melhora no índice, o que ainda não ocorreu e tem se mantido em relação as mesmas datas do ano passado. 8