NUTRIÇÃO & PSORÍASE. Terapia nutricional em Psoríase e Artrite Psoriásica: Qual a relação entre nutrientes e a doença?

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Lucas Gabriel Galvão Clementino
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1 NUTRIÇÃO & PSORÍASE Terapia nutricional em Psoríase e Artrite Psoriásica: Qual a relação entre nutrientes e a doença? Melissa Aparecida Morimoto Pepper Nutricionista do Ambulatório de Doenças Osteometabólicas da EPM Mestranda em Ciências da Saúde Aplicadas à Reumatologia melissa@melissamorimoto.com

2 NO BRASIL Psoríase Artrite Psoriásica 70 67% % Ranza R et al. J Rheumatol. 2015

3 OBESIDADE IMC > 30 kg/m2: maior prevalência Média IMC no Projeto APso: 30 kg/m 2

4 ARTRITE PSORIÁSICA - PERCENTUAL DE GORDURA 41% 46 31% Homens Mulheres Percentual de Gordura

5 ARTRITE PSORIÁSICA - CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA Homens Mulheres Adequada Alta

6 ARTRITE PSORIÁSICA - COMORBIDADES % 44.3% 47% 30 21% 15 0 APso Síndrome Metabólica Dislipidemia Diabetes mellitus Hipertensão

7 ÍNDICE INFLAMATÓRIO DA DIETA Média do DII de acordo com a região dos participantes. 1.40* 1.29** ** 1.23 Artrite Psoriásica Homens:+2.42 (0.68) Mulheres:+2.53 (1.05) 1.10* *p = **p = 0.006

8 DIMINUIÇÃO DO PESO Diminuição do peso Diminuição do aumento da sobrecarga nas articulações Lombalgia por sobrecarga

9 INTRODUZIR ALIMENTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS E COM DENSIDADE NUTRITIVA À ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE

10 DIETA FUNCIONAL E ANTI-INFLAMATÓRIA Eliminar alimentos que estimulam o aumento de citocinas pró-inflamatórias e incluir na dieta alimentos que aumentem citocinas anti-inflamatórias.

11 ALIMENTOS PRÓ-INFLAMATÓRIOS - DIETA WESTERN Açúcar refinado Farinhas refinadas Leites e derivados integrais Carnes vermelhas Gorduras saturadas Food-like products

12 DIETA WESTERN Aumento da inflamação Relacionada com aumento PCR Aumento insulina Redução do controle de infecções Cancer Alergias Myles AI, 2014; Fung et al, 2001; Esposito et al, 2004; Bluher et al, 2012; Konstantinidou et al, 2010.

13 Myles IA, 2014

14 ALIMENTOS FUNCIONAIS

15 ALIMENTOS IN NATURA Alimentos minimamente processados Frutas e vegetais: base da alimentação Diminuição de PCR, IL-6, TNF-α Vitaminas Minerais

16 COMPOSTOS BIOATIVOS MACRO MICRO

17 Nutrientes Resultados Via/Propriedades Ômega 3 EPA DHA (Chapkin, 2004; Wall, 2010; Ebrahimi, 2009)! PCR! IL-6 RANKL Inibição ômega 6 próinflamatório COX-2 Zinco (Yamaguchi, 2012; Bao, 2003) Magnésio (King, 2005) " Osteoblastos Inibição reabsorção óssea! Marcadores inflamatórios Atenua extresse oxidativo e disfunção endotelial O efeito de nutrientes individuais foi se mostrando progressivamente insuficiente para explicar a relação entre! PCR alimentação e saúde. - Guia Alimentar! lipoperoxidação para a População Brasileira, 2014 Menor perda óssea Vitamina D (Holick, 2004; Borges; Martini; Rogero, 2011; Baeke, 2010) Melhora inflamação Agente imunomodulador da resposta imune; Proliferação celular Vitamina E (Thomas; Stocker, 2000; Singh; Jialal, 2004; Devaraj, 1996)! oxidação de lipídeos Inibição de 90% da síntese de IL-1β Antioxidante Anti-inflamatório

18 ÔMEGA 3 Ácido graxo essencial - não pode ser sintetizado pelo organismo. É constituído por LNA (ácido alfa-linolênico). Diminuição de citocinas pró-inflamatórias, redução de LDL e aumento do HDL. Atum, salmão, arenque, sardinha, bacalhau, óleos de canola e oliva. Linhaça - 1 colher de sopa/dia Dose de suplementação 1000 mg, 3x ao dia por 12 semanas Concentração EPA: 33% DHA: 22%

19 VITAMINA D BRAZOS (2009) - 99% dos brasileiros apresentam ingestão inadequada de vitamina D.

20 VITAMINA D Efeito imunomodulador Suplementação - não há evidências Reumatologia: > 30ng/mL Indicador dos níveis sérios de vitamina D3 (25[OH]D) Desejável Insuficiente Deficiente no mínimo 30 ng/ml acima de 20 ng/ml e abaixo de 30 ng/ml inferior a 20 ng/ml IOF Position statement: vitamin D recommendations for older adults, 2010.

21 BETA-GLUCANOS Fibras alimentares, principalmente solúveis Fontes: aveia, cevada, cogumelos e leveduras Retardo do esvaziamento gástrico Aumento da viscosidade do bolo fecal, diminuindo a taxa de absorção de glicose e lipídeos. Ribeiro et. al, 2008

22 VITAMINA C Menor concentração PCR e redução da lipoperoxidação (LPO) Consumo de frutas e hortaliças Suplementação?

23 ISOFLAVONAS Genisteína Anti-inflamatória - modulação TNF-α, IL-1β, IL-6 and IL-8 Antioxidante Diminuição PCR Inibição NFκB signaling Pazyar N; Yaghoobi R, 2015

24 CANELA (CINNAMOMUM ZEYLANICUM) Composto bioativo: CUMARINA Antioxidante Anti-inflamatória Antibacteriana Controle glicêmico - metil-hidroxicalcona (MHCP) (Lee SC et al, 2013; Lu T et al, 2012) Prevenção câncer (Lu J et al, 2010) 2 g/dia

25 GENGIBRE (ZINGIBER OFFICINALE) 2 g/dia Termogênico e relacionado à diminuição do apetite (Mansour MS et al, 2012); Anti-inflamatório em pacientes com DM tipo 2 - Diminuição de TNF-α e PCR (Mahluji S et al, 2013) Diminuição da Inflamação Crônica (Atashak S et al, 2011)

26 CHÁ VERDE (CAMELLIA SINENSIS) Pressão arterial (Bogdanski P et al, 2012) PCR LDL (Wu AH et al, 2012; Bogdanski P et al, 2012) Triglicérides Peso (Brown AL et al, 2011; Vieira AE et al, 2012) Hemoglobina glicada (Hsu CH et al, 2009; Nagao T et al, 2009)

27 AÇAFRÃO (CURCUMA LONGA) Anti-inflamatório Antioxidante Antibacteriano Antiviral Antifúngico (Zorotchian et al, 2014)

28 Suplementação Vitaminas Minerais Vitamina A Complexo B, vitaminas C, D e E Cálcio, fósforo, manganês, zinco e selênio Tiamina Complexo B, vitamina C Manganês, zinco, enxofre Riboflavina Complexo B, vitamina C Manganês, fósforo e zinco Niacina Complexo B, vitamina C Manganês, fósforo e zinco Ácido Pantotênico Complexo B, vitamina C Manganês, zinco, enxofre Piridoxina Complexo B, vitamina C Potássio, manganês e zinco B12 Ácido fólico Complexo B, vitaminas C, E e A Complexo B (especialmente B12), biotina, vitamina C Potássio, manganês, sódio e zinco Manganês, zinco Cálcio Complexo B, vitaminas A, C, E e D Selênio, fósforo, ferro, magnésio e zinco

29 QUAL A MELHOR DIETA? VLCD Gluten-free Adequação da dieta e perda de peso - melhora da atividade da doença desfecho pele e articular

30 NON-CELIAC GLUTEN SENSITIVITY (NCGS) Diagnóstico clínico Exclusão do glúten: Diarréia; Desconforto ou dor abdominal; Inchaço; Flatulência Dor de cabeça, letargia, déficit de atenção e hiperatividade, ataxia ou ulceração oral recorrente. Estudo conseguiu reunir 3 características comuns em NCGS: coceira, presença de C3 na junção derma-epidérmica e melhora rápida das lesões quando é feita a exclusão do glúten na dieta. Boncionili et al, Nutrients.

31 AJUSTAR DE ACORDO COM O PERFIL DO PACIENTE Dieta anti-inflamatória Tradicional Mediterrânea Vegetariana Sem glúten Sem lactose ATENÇÃO NOS MICRONUTRIENTES Macrobiótica Pesco-vegetariana

32 PROJETO Efetividade de um programa de intervenção dietética sobre a atividade de doença, perfil metabólico e estresse oxidativo em pacientes com artrite psoriásica e psoríase em atividade: Um ensaio clínico, randomizado e placebo-controlado Beatriz Leite, Melissa Morimoto, Barbara Carvalho, Carina Mori, Nágila Damasceno, Patrícia Genaro, Marcelo Pinheiro

33 INTERVENÇÃO Dieta hipocalórica para perda de 10% do peso Consumo de alimentos com propriedades anti-inflamatórias Prescrição de ômega 3 (Óleo de Peixe) 3g/dia por 12 semanas EPA: 33% DHA: 22%

34 GRUPOS Ômega 3 Dieta tradicional + Placebo Dieta anti-inflamatória + Placebo Só o suplemento ou Suplemento + Dieta? Grupo APso Ômega 3 + Dieta Placebo Placebo + Dieta Dieta tradicional? Dieta funcional?

35 INDIVIDUALIDADE Respeitar a individualidade de cada paciente e qual a dieta mais adequada para cada caso específico.

36 OBRIGADA

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