Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR"

Transcrição

1 UNIDADE VI CONCURSO DE CRIMES VALDINEI CORDEIRO COIMBRA Especialista em Direito Penal e Processual Penal pelo ICAT/UNIDF Especialista em Gestão Policial Judiciária APC/Fortium Coordenador do Delegado de Polícia Civil do Distrito Federal Ex-analista judiciário do TJDF Ex-agente de polícia civil do DF Ex-agente penitenciário do DF Ex-policial militar do DF vcoimbr@yahoo.com.br Concurso de crimes é a pratica dois ou mais delitos, mediante unidade ou pluralidade de ações ou de omissões, estando estes delitos ligados por alguma circunstância qualquer. Sistemas de aplicação da pena Sistema do cúmulo material considera que as penas dos vários delitos devem ser somadas. Foi adotada no direito brasileiro no concurso material ou real (art. 69, caput) e no concurso formal imperfeito ( art. 70, caput, 2ª parte); Sistema da exasperação da pena: aplica-se a pena do crime mais grave, aumentada de um quantum determinado. (art. 70, concurso formal e art. 71, crime continuado). Sistema da absorção: a pena mais grave absorve a menos grave. Tem o defeito de permitir que o agente rodeie o crime mais grave de infrações de menor gravidade, que ficariam impunes. Sistema da acumulação jurídica: a pena aplicável não é da soma das concorrentes, mas é de tal severidade que atende à gravidade dos crimes cometidos; Sistema da responsabilidade única e da pena progressiva única: os crimes concorrentes devem ser tratados com unidade de pena, e a unidade de pena é progressiva em razão do número e qualidade dos delitos, tomando como ponto de partida a cominada para o delito mais grave. Três são as espécies de concurso de crimes existente no Código Penal: concurso material, concurso formal e crime continuado, sendo que essas hipóteses podem concorrer entre crimes dolosos ou culposos, consumados ou tentados, comissivos e omissivos. Concurso material ou real

2 Ocorre concurso material, quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não (art. 69). Para haver concurso material deve o agente praticar duas ou mais condutas, não importando que tenham ocorrido na mesma ocasião ou em dias diferentes. Espécies: homogêneo: quando os crimes são idênticos (previstos na mesma figura típica); heterogêneo: quando os crimes não são idênticos (previsto em figuras típicas diferentes); Aplicação da pena: as penas são somadas cumuladamente, sendo que antes de somá-las o juiz precisa individualizar e motivar cada uma das penas, para que se saiba qual foi a sanção de cada crime, sendo nula a sentença que não explicitar as penas de cada infração e aplicar pena global (única). Deve ainda o juiz especificar na sentença qual a forma de concurso que esta reconhecendo. Concurso material e causas de aumento de pena: a prática de crimes em situação de concurso material, autoriza a aplicação, sobre cada um deles, das causas de aumento da pena, sem que isso caracterize dupla incidência desses fatores de majoração. Pena privativa de liberdade somada com a restritiva de direitos: quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição (art. 69 1º). Pena restritiva de direitos com outra restritiva: se compatíveis, devem ser executadas simultaneamente, caso contrário, uma depois da outra, ou seja sucessivamente (art. 69 2º). Concurso material e prescrição: o prazo prescricional deve ser contado separadamente para cada uma das infrações penais, face o dispositivo do art. 119 do CP. É admissível o concurso de crimes e contravenções (jurisprudência). O concurso material por si só não enseja reincidência, pois no nosso direito penal só haverá reincidência quando o agente comete nova infração penal depois te ter sido condenado definitivamente por outra (art. 63). Concurso formal ou ideal Ocorre concurso formal (ou ideal) quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não (art. 70, caput). Para a ocorrência do concurso formal de crimes, faz-se necessário a presença de dois requisitos: a) conduta única; b) que essa conduta surjam dois ou mais crimes. Não importa se os crimes sejam diferentes, podendo existir concurso formal até mesmo entre crimes dolosos e culposos. A conseqüência jurídica, em regra, será a aplicação da pena do crime mais grave, com um acréscimo de um sexto até metade. Espécies de concurso formal: Homogêneo: crimes descritos pela mesma figura típica, havendo diversidade de sujeitos passivos ex.: atropelamento de duas pessoas que vem a óbito.

3 Heterogêneo: crimes definidos em figuras típicas diversas. Ex.: atropelamento de duas pessoas, uma vem a óbito e outra sofre lesões; Perfeito (art. 70, caput, 1ª parte): resulta de um único desígnio. Responde pelo crime mais grave, com um acréscimo de um sexto até metade. Imperfeito (art. 70, caput, 2ª parte): é o resultado de desígnios autônomos, ou seja aparentemente, há uma só ação, mas o agente, no seu íntimo, desejava os outros resultados. Somamse as penas, como no concurso material. Essa espécie de concurso formal somente é possível nos crimes dolosos (dolo direto ou eventual). Teorias quanto aos requisitos do concurso formal subjetiva: exige unidade de desígnios, unidade de conduta e pluralidade de crimes, para que haja concurso formal; objetiva: admite a pluralidade de desígnios (sem excluir a unidade), unidade de conduta e pluralidade de crimes. O CP, adotou a teoria objetiva. Regras para aplicação da pena: a) se as penas forem idênticas (em regra crimes homogêneos), aplica-se uma só, aumentada de um sexto até metade; b) se as penas não são idênticas (crimes heterogêneos), aplica-se a mais grave, aumentada de um sexto até metade. Nessa hipótese a pena final não pode ser superior ao cumulo material das penas dos dois crimes, daí alguns autores denominou de concurso formal benéfico. 1 c) Se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, as penas aplicam-se cumulativamente. d) O aumento deve operar-se depois de fixado o quantum da pena reservada a cada crime concorrente, tal como se não houvesse concurso, sob pena de anulação da sentença. Jurisprudência: roubo a várias pessoas, com subtração patrimonial de apenas uma, considera-se um único crime, pois houve apenas uma subtração, logo só um crime contra o patrimônio; roubo contra uma pessoa, com a subtração de seus bens e dos bens de terceiros que estava em seu poder, considera-se apenas um crime, em que pese haver a lesão de dois patrimônios distintos ( duas vítimas); 1 CAPEZ, Fernando e BONFIM, Edilson Mougento. Direito penal. Parte Geral. São Paulo: Saraiva, p. 783.

4 roubo em uma agência bancária, em ônibus, residência, havendo subtração de bens de várias pessoas, bem como grave ameaça e violência contra elas, entende-se como vários crimes em concurso formal. Concurso formal e prescrição: a prescrição incidirá sobre a pena de cada crime, isoladamente, sem se levar em conta o acréscimo decorrente do concurso formal, regra do art. 119 do CP. O aumento de pena se dará conforme o número de infrações praticadas em concurso formal, sendo que a jurisprudência tem recomendado a seguinte proporção: 2 crimes = 1/6; 3 crimes = 1/5; 4 crimes = 1/4; 5 crimes = 1/3; e, + de 6 crimes = 1/2. Crime continuado O conceito do crime continuado encontra-se no art. 71, caput, do CP, que dispõe: Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro. A figura do crime continuado, surgiu na idade média, na Itália, para evitar a pena de morte para crime de furto, pois naquela época, quem praticasse três crimes de furto, era condenado a pena capital. Daí, muito utilizado como tese de defesa. Natureza Jurídica do crime continuado - três teorias explicam a natureza jurídica do crime continuado: a) Unidade real: vários delitos, na realidade, constituem um único crime. São elos de uma única corrente, de modo que a unidade de intenção manifesta-se em unidade de lesão. A pluralidade de conduta não conduz à pluralidade de crimes. 2 b) Ficção jurídica: na realidade existem vários crimes. A lei é que resume, por uma ficção, a existência de um único delito, apenas para efeito de sanção penal (é a Teoria adotada pelo CP). c) Mista: o crime continuado não é um só, nem são vários. Ele constitui um terceiro delito. Duas teorias com relação à conceituação do crime continuado Teoria objetiva-subjetiva: exige-se unidade de resolução, devendo o agente desejar praticar os crimes em continuidade. Teoria puramente objetiva: basta que as condições objetivas semelhantes estejam presentes. Não importa a vontade do agente em praticar os delitos em continuação delitiva (adotada pelo nosso código no art. 71, caput). 2 PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. 4ª Ed. v. 1. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p. 474.

5 Em que pese o código penal ter adotado a teoria puramente objetiva, a doutrina dominante, inclina-se pela teoria objetiva-subjetiva, pois não aceita que o crime continuado se configura a partir de meras circunstâncias objetivas, sem que a continuidade decorra da vontade do agente, ou seja, o juiz dificilmente afastará a hipótese de concurso material para aplicar a continuidade delitiva, sem levar em conta o elemento subjetivo do agente. 3 Além disso os crimes praticados, para o reconhecimento da continuidade delitiva devem ser da mesa espécie. Exemplo: o caixa do banco que todo dia subtrai pequena quantia em dinheiro estaria praticando furto em continuidade delitiva. Já aquele que durante o mesmo mês, em locais diversos, rouba inúmeras vítimas, cada crime resultando de um impulso volitivo autônomo, responderá em concurso material, veja jurisprudência abaixo colacionada: STJ - CONTINUIDADE DELITIVA. FURTO. ESTELIONATO. A Turma, ao prosseguir o julgamento, entendeu, por maioria, que não é possível reconhecerse a continuidade delitiva, com a conseqüente unificação de penas (art. 111 da LEP), quanto aos crimes de furto e estelionato, pois, embora pertençam ao mesmo gênero, são delitos de espécies diversas ao possuírem elementos objetivos e subjetivos distintos. Precedentes citados do STF: HC RS, DJ 30/6/1989; do STJ: REsp SP, DJ 15/8/2005. HC SC, Rel. originário Min. Paulo Medina, Rel. para acórdão Min. Hélio Quaglia Barbosa, julgado em 2/2/2006 (informativo STJ 272). TJDF. HABITUALIDADE CRIMINOSA. INCOMPATIBILIDADE. CONTINUIDADE DELITIVA. CARACTERIZAÇÃO. Para a caracterização da continuidade delitiva é imprescindível o preenchimento dos requisitos objetivos (mesmas condições de tempo, espaço e modus operandi) e subjetivo (unidade de desígnio). A prática de reiterados crimes da mesma espécie, em datas próximas, não significa que os delitos subseqüentes serão tidos como continuação do primeiro, pois também pode configurar a habitualidade criminosa, caso o infrator faça do crime sua atividade econômica, o que agrava o tratamento penal, mostrando-se incompatível com a continuidade delitiva, art. 71 do CP. ( APR, Rel. Des. MARIO MACHADO, Data do Julgamento 27/10/2005) Espécies: a) Continuado comum ou simples: crime cometido sem violência ou grave ameaça contra a pessoa (art. 71, caput). b) Continuado específico ou qualificado: crime doloso praticado com violência ou grave ameaça contra vítimas diferentes (art. 71, parágrafo único). Crimes da mesma espécie, duas posições: 1ª corrente: crimes da mesma espécie não são os crimes previstos no mesmo tipo penal, mas aqueles que possuem elementos 3 Em sentido contrário, não admitindo a teoria objetiva-subjetiva é a posição de Ney Moura Teles, obra citada, p. 447.

6 (objetivos e subjetivos) parecidos, ainda que não idênticos, são aqueles que protegem o mesmo bem jurídico ex.: estupro e atentado violento ao pudor (crimes contra os costumes), furto e roubo (crimes contra o patrimônio). (DELMANTO, LUIZ REGIS PRADO, HELENO CLÁUDIO FRAGOSO). 2ª corrente: são os previstos no mesmo tipo penal, ou seja, aqueles que possuem os mesmos elementos descritivos, abrangendo as formas simples, privilegiadas e qualificadas, tentadas ou consumadas (DAMÁSIO, CAPEZ). O legislador utiliza a expressão "crimes da mesma espécie" e não "crimes do mesmo gênero", assim o furto e a apropriação indébita, embora delitos do mesmo gênero (crimes contra o patrimônio), não são da mesma espécie. A jurisprudência majoritária orientase nesse sentido: Observações: roubo e extorsão não são crimes da mesma espécie, portando não caracterizam crime continuado; roubo e furto (não se admite continuidade delitiva); estupro e atentado violento ao pudor contra vítimas diferentes (responderá em concurso material e não como crime continuado, pois não são crimes de mesma espécie); roubo e latrocínio, não são crimes da mesma espécie, "pois no roubo ocorrem a subtração e o constrangimento ilegal, enquanto no latrocínio subtração e a morte da vítima". Estupro e atentado violento ao pudor - STF, informativo 457. Em face de empate na votação, a Turma deferiu habeas corpus impetrado em favor de condenado pela prática dos crimes de estupro e de atentado violento ao pudor para determinar a unificação das penas pelo reconhecimento de crime continuado. Entendeu-se que a circunstância de esses delitos não possuírem tipificação idêntica não seria suficiente a afastar a continuidade delitiva, uma vez que ambos são crimes contra a liberdade sexual e, no caso, foram praticados no mesmo contexto fático e contra a mesma vítima. Vencidos, no ponto, os Ministros Carlos Britto, relator, e Cármen Lúcia que aplicavam a orientação da Corte, no sentido de que o estupro e o atentado violento ao pudor, ainda que praticados contra a mesma vítima, caracterizam hipótese de concurso material. Por unanimidade, deferiu-se o writ para afastar o óbice legal do art. 2º, 1º, da Lei 8.072/90, declarado inconstitucional, de modo a que o juiz das execuções analise os demais requisitos da progressão do regime de execução. Rejeitou-se, ainda, a alegação de intempestividade do recurso especial do Ministério Público, ao fundamento de que, consoante assentado pela jurisprudência do STF, as férias forenses suspendem a contagem dos prazos recursais, a teor do art. 66 da LOMAN. HC 89827/SP, rel. Min. Carlos Britto, (HC-89827). Comentário: hoje essa discussão está superada, visto que o crime de atentado violento ao pudor passou a integrar o crime de estupro, conforme nova redação do art. 213 do CP, pela Lei nº /09. Crime e contravenção, não se admite continuação, pois não são crimes da mesma espécie.

7 Não pode haver a cumulação dos acréscimos decorrentes do concurso formal e da continuidade delitiva (STF), pois evita a aplicação cumulativa de duas exceções de uma única regra, que é o concurso material. Neste caso só se leva em conta um dos concursos, só o continuado (desprezando-se o concurso formal). Ex.: o agente rouba bens de vários passageiros de um ônibus (concurso formal), mas pratica essa conduta em três ônibus diferentes que fazia o mesmo trajeto, em um mesmo dia, ou até em dias seguidos (crime continuado). Temos ai um concurso formal seguido de crime continuado. Nessa hipótese o juiz leva em conta só a continuidade delitiva, desprezando-se o concurso formal. Fator espaço: a prática do mesmo delito seguidamente em locais diversos não exclui a continuidade. Assim admite-se que crimes praticados em bairros diversos de uma mesma cidade, ou em cidades próximas, podem ser entendidos como praticados em condições de lugares semelhantes. Fator tempo: a jurisprudência admite continuidade delitiva até o espaço máximo de 30 dias entre os crimes praticados, ex.: o agente que várias vezes em um mês, abusa de uma menor. Se for reconhecido o crime continuado com relação a um dos coréus, não se pode negá-lo ao outro. A variação de comparsas impede o reconhecimento de continuidade delitiva, do mesmo modo que agir solitário em um crime e com comparsas em outro, impede o reconhecimento de crime continuado. Outras condições semelhantes: permite uma interpretação analógica, sendo que o entendimento jurisprudencial é de que além da conexão espacial, temporal e modal, exige-se a conexão ocasional, ou seja, deve o agente praticar o delito subseqüente aproveitando-se das mesmas oportunidades ou relações nascidas com o delito antecedente. É possível a continuidade delitiva entre crimes dolosos e culposos, desde que sejam crimes da mesma espécie. O modus operandi utilizado pelo agente na prática dos delitos deve ser semelhante, daí que o furto mediante fraude não guarda nexo de continuidade com o furto mediante arrombamento ou escalada. A utilização de arma de fogo em um crime e no outro não, impede o reconhecimento da continuidade delitiva. A causa de aumento do crime continuado, deve ser aplicada após a análise das circunstâncias agravantes ou atenuantes e não sobre a penabase. Não se admite a figura da tentativa para o crime continuado, entretanto admite-se a tentativa em um dos crimes em concurso de continuidade delitiva. Prescrição e crime continuado: a prescrição é analisada para cada infração penal isoladamente art. 119 do CP. Sumula 497 do STF: quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação.

8 Crime continuado e novatio legis in pejus: o STF tem decidido reiteradamente no sentido de que a lei posterior, mesmo que mais gravosa, será aplicada a toda cadeia de infrações penais da continuidade delitiva, sob o fundamento de que, mesmo conhecedor da nova lei penal, o agente, ainda assim, insistiu em cometer novos delitos, devendo ser responsabilizado pelo todo, com base na nova lei mais grave 4. Luiz Flávio Gomes é contrário a essa posição, alegando ser inconstitucional, pois viola o art. 5º, XL, da CF que diz que a lei penal só retroagirá para beneficiar o réu (RT 752/557; RT 723/653), sugerindo que o juiz deveria fazer o devido aumento em relação aos crimes anteriores à lei nova, assim como o aumento dos crimes praticados durante a lei nova mais grave, buscando ao final uma média entre eles (princípio da proporcionalidade). Dá o seguinte exemplo: suponha-se dois crimes de furto regidos pela pena de um ano; um terceiro com pena de dois anos. Se o aumento mínimo de 1/6 (v.g.) recair sobre a última pena (dois anos), temos quatro meses; se incidir sobre a pena anterior (um ano) temos dois meses. Dependendo do número de crimes cometidos sob a regência de cada lei, o certo é buscar um aumento proporcional (metade: três meses). O aumento da pena no crime continuado se dará conforme o número de infrações praticadas em continuidade delitiva, sendo que a jurisprudência tem recomendado a seguinte proporção: 2 crimes = 1/6, 3 crimes = 1/5, 4 crimes = 1/4, 5 crimes = 1/3, 6 crimes = 1/2 e + de 7 crimes = 2/3. Coisa julgada e crime continuado: quando o juiz não reconhece o crime continuado na sentença, pode o juiz da execução criminal reconhecê-lo (art. 66 da LEP), como incidente de execução penal. Ex.: três crimes ocorridos em cidades vizinhas, em situação de continuidade delitiva. O autor foi julgado por três juízes diferentes, os quais não reconheceram o crime continuado. Na Vara de Execuções Criminais será possível o reconhecimento do crime continuado, em incidente de unificação de penas. Multas no concurso de crimes: art. 72 no concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente. Com relação ao concurso material e formal, não há controvérsia, entretanto com relação ao crime continuado, surgiram duas posições: a) a doutrina majoritária entende que a aplicação cumulativa da pena de multa estende-se a todas as modalidades de concurso de crimes, afastando a incidência da exasperação previsto no art. 71 do CP. Essa conclusão inclusive resulta da própria colocação topográfica do art. 72, que surge logo na seqüência das três espécies de concurso de crimes; b) A jurisprudência dominante, partindo do pressuposto de que o crime continuado é um só para efeito de aplicação da pena, entendeu que a pena de multa, no crime continuado, deve ser aplicado o sistema da exasperação (aumento de 1/6 a 2/3), não incidindo a regra do art. 72 (STF). 4 Confira: STF, HC RS, Informativo STF n. 122, p. 1 e STF, HC RS, Maurício Corrêa, DJU de , p. 27.

9 Erro na execução Trata-se de um erro acidental que não beneficia o agente, pois não exclui a tipicidade do fato. É também conhecido como aberratio ictus, significa aberração no ataque ou desvio no golpe. Dispõe o art. 73 do CP que: quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplicase a regra do art. 70 deste Código. Dispõe o 3 do art. 20 que: o erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. Na aberratio ictus há uma relação pessoa-pessoa (o agente pretendia atacar uma pessoa e não uma coisa, erra e atinge outra pessoa). Ambos são seres humanos (a lei observou a teoria da equivalência). Para efeito de pena aplica a mesma regra do erro sobre a pessoa. (erro in personae), previsto no art. 20 3º do CP (que também é erro acidental), entretanto difere em duas circunstâncias: a) No erro sobre a pessoa não há concordância entre a realidade do fato e a representação do agente. Enquanto o agente quer praticar o crime contra ANTONIO, pratica contra PEDRO. Na sua mente aquela pessoa é ANTONIO. Na aberratio ictus o erro não é na mente do agente, mas sim um erro ou acidente no emprego de execução do delito, ex.: erro de pontaria, desvio da trajetória do projétil por alguém esbarrando no braço do agente no instante do disparo, movimento da vítima no momento do tiro, desvio do golpe de faca pela vítima, defeito na arma de fogo e etc. b) Na aberratio ictus a pessoa visada pelo sujeito sofre perigo de dano, enquanto isso não ocorre no erro sobre a pessoa. Obs.: o erro na execução é aplicado somente aos crimes dolosos. O erro na execução difere também do error in objecto (erro sobre o objeto). Na aberratio ictus o agente responde como se tivesse atingido a vítima que pretendia, enquanto no erro sobre o objeto, o agente responde pelo que efetivamente praticou. Ex. o agente quer furtar um computador e subtrai a bolsa respectiva, sem o computador, posteriormente descobre que dentro dela havia só uma calculadora (cuida-se de erro sobre o objeto material do crime). Responderá pela subtração da calculadora e não do computador (como pretendia inicialmente). Modalidades:

10 erro na execução com um só resultado: não atinge a vítima efetiva, apenas um terceiro (um só crime); erro na execução com dois resultados: atinge de qualquer forma a vítima virtual ou efetiva, bem como o terceiro (dois crime); Hipóteses: o agente desejando matar Paulo que está próximo de José: a) fere apenas José: responde por tentativa de homicídio como se fosse contra Paulo, a lesão corporal fica absorvida pelo crime de tentativa de homicídio; b) mata José, responde por homicídio consumado, como se tivesse matado Paulo. Há dois crimes, um consumado e outro tentado, entretanto o código, vê uma unidade de crime; c) mata Paulo e José: dois crimes de homicídio um doloso e outro culposo: responde por crime de homicídio doloso, com aumento de pena de um sexto até metade em face do concurso formal perfeito (art. 73, 2ª parte); d) o agente mata Paulo e fere José: há um crime de homicídio e um de lesões corporais: responde por um homicídio, com pena acrescida de um sexto até metade diante do concurso formal ( art. 73, 2ª, parte); e) o agente fere Paulo e José, responde por uma tentativa de homicídio, com a pena acrescida de um sexto até a metade diante do concurso formal (art. 73, 2ª parte); f) o agente fere Paulo e mata José: há um homicídio culposo e uma tentativa de homicídio, responde por um homicídio doloso com se tivesse matado Paulo, com aumento de pena de um sexto até a metade diante do concurso formal (art. 73, 2ª parte); g) se houver desígnios autônomos: o art. 73, 2ª parte, quando ocorrer duplo resultado, manda aplicar o art. 70, que em sua 2ª parte, dispõe: "as penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos". Daí que se o agente pretendia matar Paulo e José, que estavam próximos, não haverá a aplicação de uma só pena com acréscimo e sim a regra do concurso material (soma das penas), não se tratando de aberratio ictus e sim concurso formal imperfeito. Pode ocorrer aberratio ictus no exercício da legítima defesa, quando a pessoa que o agente queria atingir era autor de uma agressão injusta, vindo o agente a atingir outra pessoa. Resultado diverso do pretendido (Aberratio criminis ou aberratio delicti) Dispõe o Art. 74 do CP que: Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como

11 crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. Aberratio criminis ou aberratio delicti, significa o desvio do crime. Enquanto na (aberratio ictus) existe o erro na execução com relação à pessoa (vítima), na aberratio criminis, quer atingir um bem jurídico e atinge outro (de espécie diversa), ou seja, a relação aqui é de coisa-pessoa. Ex.1: o agente discute com um amigo e diz que vai arrebentar o carro dele. Apodera-se de uma pedra e a dispara contra o veículo. Erra o alvo e mata um transeunte (que passava pelo local). Bem jurídico pretendido: propriedade. Bem jurídico efetivamente atingido: vida. O resultado é diverso do pretendido. Os bens jurídicos são distintos. Por isso é que configura a aberratio criminis e não aberratio ictus. Ex.2: o agente quer lesionar Paulo, atira uma pedra e acerta em uma vidraça (não existe previsão de dano culposo), portanto não responde o agente pelo crime de dano. Se também lesionou Paulo, responderá apenas pela lesão. Ex.3: único resultado: quer matar Paulo, usando de uma arma de fogo, ao atirar erra e acerta a vidraça próxima, não responderá pelo dano, mas responderá por homicídio tentado. Ex.4: duplo resultado: o agente atira uma pedra com o fim de quebrar uma vidraça, atinge a vidraça que se estilhaça, e seus estilhaços vem a ferir uma pessoa, responderá pelo crime de dano e pelo crime de lesões corporais culposa, se não era previsível lesionar aquela pessoa, pois se fosse previsível, responderia a título de dolo eventual (assumiu o risco de produzir o resultado) em concurso formal imperfeito (art. 70, caput, 2ª parte). Limite das penas Art O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos. 1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido. As condenações que forem surgindo, serão unificadas para atender ao limite máximo de 30 anos. Ocorre que se sobrevier alguma condenação por fato ocorrido após o inicio do cumprimento da pena (durante a execução da pena), a pena já cumprida será desconsiderada, para fins de calculo visando atingir o limite máximo de 30 anos, ou seja, neste caso é possível o réu ficar preso mais do que 30 anos 5. 5 O cometimento de novos delitos, durante o livramento condicional, enseja a realização de nova unificação, para efeito de incidência do limite máximo de 30 anos para o cumprimento da pena, desprezando-se o tempo de pena já cumprido, nos termos do disposto no art. 75, 2º do CP. Com base nesse entendimento, a Turma, preliminarmente, tendo em vista a ausência de pronunciamento do STJ sobre

12 Mirabete 6 entende que a unificação das penas em 30 anos deve ser levado em consideração para o cálculo de livramento condicional, transferência de regimes, remição, e etc. Este não é o posicionamento da jurisprudência majoritária, inclusive do STF, que através do verbete nº 715 de sua Súmula dispôs: a pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do CP, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução. Art. 76 do CP: No concurso de infrações, executar-se-á primeiramente a pena mais grave. Assim, havendo condenação em crime hediondo e crime não hediondo, deve o condenado cumprir a pena do delito hediondo primeiramente, para somente de pois, passar a cumprir a pena do delito não hediondo. Ressalte-se que para o crime não hediondo, a progressão de regime será após o cumprimento de 1/6 da pena, enquanto que para crime hediondo, a progressão de regime será após cumpridos 2/5 (se primário) ou 3/5 se reincidente (Lei n /07). EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1) JUIZ DE DIREITO DF 2004 TJDFT (Penal, questão 3). Assinale a alternativa correta. No caso de crime continuado ou crime permanente, iniciada a execução sob a égide de lei penal mais favorável, sobrevindo lei nova mais grave e entrando em vigor antes da cessação da continuidade ou da permanência: a) aplica-se a lei penal nova mais grave; b) aplica-se a lei penal mais favorável, do tempo do início da execução; c) fica ao critério do juiz, observadas as circunstâncias do artigo 59 do Código Penal, que dispõe sobre a fixação da pena, aplicar a lei antiga, mais favorável, ou a lei nova, mais grave; d) aplicam-se, proporcionalmente, a lei penal mais favorável, do tempo do início da execução, e a lei penal nova mais grave. 2) JUIZ DE DIREITO DF ABRIL DE 2007 (questão 77) - Analise as proposições e assinale a única alternativa correta: I - O concurso formal imperfeito ocorre quando os desígnios não são autônomos. II - Crime progressivo e progressão criminosa são a mesma coisa. III - No crime continuado, devem ser aplicadas distintas e cumulativamente as penas de multa. determinados temas, conheceu, em parte, de habeas corpus no qual paciente que praticara novos crimes durante livramento condicional pleiteava a expedição de alvará de soltura, sob a alegação de que já cumprira a pena em seu limite máximo de 30 anos. No mérito, indeferiu o writ ao entendimento de que o acórdão recorrido encontra-se em consonância com a ordem jurídica (CP, Art. 75: O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a trinta anos.... 2º. Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido.). HC 88402/SP, rel. Min. Marco Aurélio, MIRABETE, Julio Frabbrini. Execução Penal. 11ª ed. rev. e atual. por Renato N. Fabbrini. São Paulo: Atlas, 2004, p. 199.

13 a) Todas as proposições são verdadeiras. b) Todas as proposições são falsas. c) Apenas uma das proposições é verdadeira. d) Apenas uma das proposições é falsa. 3) PROCURADOR DO PR 2007 COPS/UEL (questão 93). Durante discussão acontecida na Assembléia Legislativa, o deputado estadual "A" dispara um tiro contra o deputado "B" com intenção de mata-lo, porém causa-lhe apenas lesão corporal. Ocorre que o mesmo projétil que atravessou o ombro de "B", atingiu o tórax do presidente da Assembléia "C", causando-lhe a morte, resultado não querido por "A". é correto afirmar: a) Houve aberratio ictus, aplicando-se a regra do concurso formal perfeito. b) Houve aberratio criminis, aplicando-se a regra do concurso formal imperfeito. c) Houve erro na execução, aplicando-se a regra do concurso formal imperfeito. d) Houve error in personae, aplicando-se a regra do concurso formal perfeito. e) Houve aberratio criminis por acidente, aplicando-se a regra do concurso formal perfeito. 4) PROMOTOR DE JUSTIÇA DF 2001 MPDFT (Penal, questão 9). Um indivíduo, notabilizado pela prática de furto de veículos, logo após ter furtado um deles, conduzia-o em alta velocidade em uma via pública quando, de forma culposa, acabou por atropelar e matar um transeunte. Relativamente à conduta delituosa, tem-se: a) concurso material. b) concurso formal. c) crime continuado. d) crime progressivo. 5) PROMOTOR SP 2005 (quetão 11). Aponte a alternativa que está em desacordo com disposição do Código Penal envolvendo concurso de crimes. a) No concurso formal e no crime continuado, a pena final não poderá exceder aquela que resultaria da cumulação. b) É possível o reconhecimento da continuidade delitiva entre crimes consumados e tentados. c) Nos casos de concurso material, a prescrição incide sobre a soma das penas cominadas ou aplicadas a cada crime. d) Na condenação por roubo em concurso formal perfeito, as multas devem ser aplicadas cumulativamente. e) No concurso de crimes culposos, a substituição por restritivas de direito é possível qualquer que seja o total das penas privativas de liberdade. 6) PROMOTOR DE JUSTIÇA DF 2002 MPDFT (Penal, questão 15). No que concerne ao erro na execução, julgue os itens subseqüentes. I Ocorre aberratio ictus com unidade simples quando o agente, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, atinge pessoa diversa da que pretendia ofender. II Se, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, for atingida outra pessoa, além daquela visada pelo agente, aplica-se a regra do concurso formal para o cálculo da pena. III Para a caracterização do crime e suas circunstâncias, consideram-se sempre as condições ou qualidades da pessoa atingida. Assinale a opção correta. a) Apenas os itens I e II estão certos. b) Apenas os itens I e III estão certos. c) Apenas os itens II e III estão certos. d) Todos os itens estão certos.

14 7) JUIZ DE DIREITO DF 2004 TJDFT (Penal, questão 9). No concurso formal: a) aplica-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços; b) aplica-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um terço a dois terços; c) aplica-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um terço até metade; d) aplica-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. 8) JUIZ DE DIREITO DF 2005 TJDFT (Penal, questão 81). No concurso material: a) aplica-se a pena mais grave ou, se idênticas, uma das penas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto até a metade; b) aplicam-se, cumulativamente, as penas privativas de liberdade; c) aplica-se a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços; d) aplica-se a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de metade a dois terços. 9) DELEGADO DE POLÍCIA MG 2007 (questão 33) Com relação ao concurso de crimes é CORRETO afirmar que: a) Se, da aplicação da regra do concurso formal, a pena tornar-se superior à que resultaria do cúmulo material, deve-se seguir o critério do concurso material. b) Na hipótese da aberratio ictus com unidade complexa aplica-se a regra do concurso material, pois é este sempre mais benéfico. c) O Código Penal adota para o crime continuado a teoria da unidade real, pela qual, os vários delitos constituem um único crime. d) No concurso material, quando ao agente tiver sido aplicada a pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será cabível a substituição de que trata o art. 44 do Código Penal. 10) JUIZ DE DIREITO PR 2006 TJPR (questão 50). Sobre o concurso de crimes, assinale a alternativa CORRETA: a) Há concurso formal quando o agente, com mais de uma ação, pratica dois ou mais crimes; já o concurso material ocorre quando há unidade de ação e pluralidade de infrações penais. b) No concurso de crimes, é desprezada a pena de multa do delito menos grave, devendo ser paga apenas a multa relacionada ao delito mais grave. c) Não poderá a pena fixada em concurso formal exceder a que seria cabível em caso de concurso material. d) No crime continuado, são irrelevantes as condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes. 11) JUIZ DE DIREITO DF 2005 TJDFT (Penal, questão 78). Conforme jurisprudência predominante do Superior Tribunal de Justiça, o crime continuado, definido no artigo 71 do Código Penal, exige para a sua caracterização: a) apenas pluralidade de crimes da mesma espécie e unidade de desígnio; b) apenas pluralidade de crimes da mesma espécie e condições objetivas semelhantes; c) pluralidade de crimes da mesma espécie, condições objetivas semelhantes e unidade de desígnio; d) apenas pluralidade de crimes da mesma espécie e unidades de desígnio semelhantes. 12) JUIZ DE DIREITO DF 2004 TJDFT (Penal, questão 04) - Na situação em que o agente, mediante grave ameaça, subtrai carteira e celular da vítima, e, em ação subseqüente, ainda mediante grave ameaça, a obriga a emitir cheque e entregar cartão bancário e fornecer a respectiva senha, prepondera a jurisprudência de que:

15 a) há crime único, de roubo; b) há crime único, de extorsão; c) há concurso material entre roubo e extorsão; d) há concurso formal entre roubo e extorsão. 13) OABDF 2006 EXAME III (questão 35). Sobre o crime continuado, assinale a alternativa CORRETA: a) ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente s penas privativas de liberdade em que haja incorrido; b) ocorre quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mais aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade; c) ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços; d) ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. 14) O percentual do acréscimo de pena em razão do crime continuado é fixado tendo-se em vista (A) o iter criminis percorrido. (B) o número de infrações cometidas. (C) a capacidade econômica das vítimas. (D) o montante do prejuízo. (E) a gravidade das infrações. 15) Estudando o nosso Código Penal verifica-se que no concurso de crimes as penas a serem aplicadas ao agente envolvido na prática de mais de um delito podem ser somadas no concurso A) material e no crime continuado, mas não no formal. B) formal, mas não no material. C) material, mas não no formal. D) material e no formal impróprio. 16) Delito continuado: natureza jurídica. Assinale a alternativa correta: a) unidade jurídica de ação, em sentido naturalístico; b) ficção construída para impedir a aplicação do concurso real; c) consagração de uma realidade preexistente à jurídica; d) unidade de resolução delitiva Gabarito: 1) A, 2) B, 3) A, 4) A, 5) C, 6) A, 7) D, 8) B, 9) A, 10) C, 11) C, 12) C, 13) C, 14 B, 15 D, 16 B

16 Bibliografia consultada: 1. BARROS, Flávio Augusto Monteiro de. Direito Penal. Parte Geral v. 1. São Paulo: Saraiva, BITTENCOURT, Cézar Roberto. Tratado de Direito Penal - Parte Geral - Vol. 1-13ª Ed.. São Paulo: Saraiva, CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Parte Geral. São Paulo: Saraiva, CAPEZ, Fernando e BONFIM, Edilson Mougenot. Direito penal. Parte Geral. São Paulo: Saraiva, GOMES, Luiz Flávio. Direito Penal. Culpabilidade e Teoria da pena. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, JESUS, Damásio de. Direito Penal Vol. 1 - Parte Geral - 29ª Ed. São Paulo: Saraiva, MASSON. Cleber. Direito Penal Esquematizado. Parte Geral. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, MIRABETE, Julio Frabbrini. Execução Penal. 11ª ed. rev. e atual. por Renato N. Fabbrini. São Paulo: Atlas, MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Dirieto Penal. Parte Geral. 21ª ed. São Paulo: Atlas, NORONHA, Edgard Magalhães. Direito Penal. São Paulo: Saraiva. v NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. Parte Geral. Parte Especial. 4ª ed. Editora Revista dos Tribunais, GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte geral, 3ª ed. Editora Impetus, Rio de Janeiro PRADO, Luiz Régis. Curso de Direito Penal Brasileiro - Vol. 1 - Parte Geral - 8ª Ed. São Paulo: RT. v QUEIROZ, Paulo. Direito Penal: parte geral. 2 ed. rev. aum. São Paulo: Saraiva, TELES, Ney Moura. Direito Penal Vol. I - Parte Geral - Art. 1 a 120-2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2006

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7:

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1. CONCURSO DE CRIMES 1.1 DISTINÇÃO: * CONCURSO

Leia mais

TEMA: CONCURSO DE CRIMES

TEMA: CONCURSO DE CRIMES TEMA: CONCURSO DE CRIMES 1. INTRODUÇÃO Ocorre quando um mesmo sujeito pratica dois ou mais crimes. Pode haver um ou mais comportamentos. É o chamado concursus delictorum. Pode ocorrer entre qualquer espécie

Leia mais

LATROCÍNIO COM PLURALIDADE DE VÍTIMAS

LATROCÍNIO COM PLURALIDADE DE VÍTIMAS LATROCÍNIO COM PLURALIDADE DE VÍTIMAS ALESSANDRO CABRAL E SILVA COELHO - alessandrocoelho@jcbranco.adv.br JOSÉ CARLOS BRANCO JUNIOR - jcbrancoj@jcbranco.adv.br Palavras-chave: crime único Resumo O presente

Leia mais

Doutrina - Omissão de Notificação da Doença

Doutrina - Omissão de Notificação da Doença Doutrina - Omissão de Notificação da Doença Omissão de Notificação da Doença DIREITO PENAL - Omissão de Notificação de Doença CP. Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 Suponha se que Maria estivesse conduzindo o seu veículo quando sofreu um acidente de trânsito causado por um ônibus da concessionária do serviço público

Leia mais

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 8ª ª-

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 8ª ª- DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 8ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal IV 2 EXTORSÃO Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter

Leia mais

Súmulas em matéria penal e processual penal.

Súmulas em matéria penal e processual penal. Vinculantes (penal e processual penal): Súmula Vinculante 5 A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Súmula Vinculante 9 O disposto no artigo

Leia mais

Egrégio Tribunal, Colenda Câmara,

Egrégio Tribunal, Colenda Câmara, RAZÕES DE APELAÇÃO Vara do Júri do Foro de Osasco Proc. nº 00XXXXX-76.2000.8.26.0405 Apelante: O.C.B. Apelado: MINISTÉRIO PÚBLICO Egrégio Tribunal, Colenda Câmara, 1. Breve síntese dos autos O.C.B. foi

Leia mais

PONTO 1: Concursos de Crimes: 1) Distinção 2) Conceito. 3) Espécies de concursos de crimes:

PONTO 1: Concursos de Crimes: 1) Distinção 2) Conceito. 3) Espécies de concursos de crimes: 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Concursos de Crimes: 1) Distinção 2) Conceito 3) Espécies de concursos de crimes 4) Natureza Jurídica 5) Sistemas de aplicação da pena 6) Concurso Material ou Real 7) Concurso

Leia mais

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 8ª ª-

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 8ª ª- DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 8ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal Iv 2 ROUBO 3 - Roubo Qualificado/Latrocínio 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de

Leia mais

Excelentíssima Senhora Presidente da Comissão Permanente de Direito Penal do Instituto dos Advogados Brasileiros, Dra.

Excelentíssima Senhora Presidente da Comissão Permanente de Direito Penal do Instituto dos Advogados Brasileiros, Dra. Excelentíssima Senhora Presidente da Comissão Permanente de Direito Penal do Instituto dos Advogados Brasileiros, Dra. Victória Sulocki, Indicação nº 056/2012, sobre o "Projeto de Lei nº 3901/2012, de

Leia mais

1. CONCURSO MATERIAL OU REAL

1. CONCURSO MATERIAL OU REAL DO CONCURSO DE CRIMES C V D Sumário 1. Concurso material ou real; 1.2 Espécies; 1.3 Aplicação das penas 2. Concurso formal ou ideal: 2.1 Espécies; 2.2 Aplicação das penas 3. Crime continuado: 3.1 Requisitos;

Leia mais

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Resultado Nexo de causalidade Tipicidade RESULTADO Não basta existir uma conduta. Para que se configure o crime é necessário

Leia mais

Prescrição da pretensão punitiva

Prescrição da pretensão punitiva PRESCRIÇÃO PENAL 1 CONCEITO É o instituto jurídico mediante o qual o Estado, por não fazer valer o seu direito de punir em determinado tempo, perde o mesmo, ocasionando a extinção da punibilidade. É um

Leia mais

CONCURSO FORMAL CONCURSO DE CRIMES CONCURSO MATERIAL CONCURSO MATERIAL CONCURSO FORMAL CRIME CONTINUADO

CONCURSO FORMAL CONCURSO DE CRIMES CONCURSO MATERIAL CONCURSO MATERIAL CONCURSO FORMAL CRIME CONTINUADO DIREITO PENAL MÓDULO DE PREPARAÇÃO CONCURSO POLÍCIA FEDERAL CONCURSO DE CRIMES CONCURSO MATERIAL CONCURSO FORMAL PRÓPRIO IMPRÓPRIO CRIME CONTINUADO AULA 8 Prof. Caupolican CONCURSO DE CRIMES CONCURSO MATERIAL

Leia mais

UNIDADE IV PENA DE MULTA (art. 49 a 52 do CP)

UNIDADE IV PENA DE MULTA (art. 49 a 52 do CP) UNIDADE IV PENA DE MULTA (art. 49 a 52 do CP) VALDINEI CORDEIRO COIMBRA Especialista em Direito Penal e Processual Penal pelo ICAT/UNIDF Especialista em Gestão Policial Judiciária APC/Fortium Coordenador

Leia mais

DISCIPLINA: DIREITO PENAL

DISCIPLINA: DIREITO PENAL ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DISCIPLINA: DIREITO PENAL QUESTÃO Nº 109 Protocolo: 11913003657-0 Não existe qualquer erro material na questão. Nada a ser alterado. O recorrente

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

Do concurso de crimes

Do concurso de crimes PROGRAMA DIREITO PENAL EM 3 MESES LUIZ FLÁVIO GOMES Doutor em Direito Penal pela Universidade Complutense de Madri Presidente do Instituto Avante Brasil www.institutoavantebrasil.com.br ALICE BIANCHINI

Leia mais

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO COMENTADO DIREITO PENAL Título II Do Crime 1. (CESPE / Defensor DPU / 2010) A responsabilidade penal do agente nos casos de excesso doloso ou culposo

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA FADI 2016

FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA FADI 2016 FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA FADI 2016 Disciplina: Direito Penal II Departamento III Penal e Processo Penal Carga Horária Anual: 100 h/a Tipo: Anual 3º ano Docente Responsável: José Francisco Cagliari

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV AULA DIA 25/05/2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com DIREITO PROCESSUAL PENAL IV Procedimento Sumaríssimo (Lei 9.099/95) - Estabelece a possibilidade de conciliação civil,

Leia mais

CRIME CONTINUADO EM HOMICÍDIOS. César Dario Mariano da Silva 8º PJ do II Tribunal do Júri de São Paulo

CRIME CONTINUADO EM HOMICÍDIOS. César Dario Mariano da Silva 8º PJ do II Tribunal do Júri de São Paulo CRIME CONTINUADO EM HOMICÍDIOS César Dario Mariano da Silva 8º PJ do II Tribunal do Júri de São Paulo A figura do crime continuado surgiu na antigüidade por razões humanitárias, a fim de que fosse evitada

Leia mais

NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Conceito. Causa. É elemento do fato típico. É o vínculo entre conduta e resultado. O estudo da causalidade busca concluir se o resultado decorreu da conduta

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº DE 2011

PROJETO DE LEI Nº DE 2011 PROJETO DE LEI Nº DE 2011 Altera a Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, a Lei 8.666, de 21 de junho de 1993 e a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º O art. 4º

Leia mais

Sumário. Lista de abreviaturas 25. Apresentação 31. Introdução 35. 1. Origens e precedentes históricos do instituto. A legislação comparada 41

Sumário. Lista de abreviaturas 25. Apresentação 31. Introdução 35. 1. Origens e precedentes históricos do instituto. A legislação comparada 41 Sumário Lista de abreviaturas 25 Apresentação 31 Introdução 35 1. Origens e precedentes históricos do instituto. A legislação comparada 41 1.1. Do surgimento do Instituto 41 1.2. O Instituto na legislação

Leia mais

A PRISÃO PREVENTIVA E AS SUAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 313 DO CPP, CONFORME A LEI Nº 12.403, DE 2011.

A PRISÃO PREVENTIVA E AS SUAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 313 DO CPP, CONFORME A LEI Nº 12.403, DE 2011. A PRISÃO PREVENTIVA E AS SUAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 313 DO CPP, CONFORME A LEI Nº 12.403, DE 2011. Jorge Assaf Maluly Procurador de Justiça Pedro Henrique Demercian Procurador de Justiça em São Paulo.

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Aspectos penais em tópicos sintéticos: QUEM É O FUNCIONÁRIO PÚBLICO OU EQUIPARADO?

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Aspectos penais em tópicos sintéticos: QUEM É O FUNCIONÁRIO PÚBLICO OU EQUIPARADO? Do que trata? * Crimes contra a administração pública, cometidos por funcionário público. QUEM É O FUNCIONÁRIO PÚBLICO OU EQUIPARADO? Considera-se funcionário público, para os efeitos penais (Conforme

Leia mais

No dia 29 de março de 2007, entrou em vigor a lei nº 11.464/07 que alterou a redação do artigo 2º, da lei nº 8.072, de 28 de julho de 1990.

No dia 29 de março de 2007, entrou em vigor a lei nº 11.464/07 que alterou a redação do artigo 2º, da lei nº 8.072, de 28 de julho de 1990. A NOVA DISCIPLINA DA PROGRESSÃO DE REGIME TRAZIDA PELA LEI Nº 11.464/07. MAURICIO MAGNUS FERREIRA JUIZ DE DIREITO DO TJ/RJ No dia 29 de março de 2007, entrou em vigor a lei nº 11.464/07 que alterou a redação

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Furto de aparelho de som instalado em automóvel. 1. Problema jurídico Edison Miguel da Silva Jr. Ao quebrar o vidro do automóvel subtraindo apenas o aparelho de som nele instalado,

Leia mais

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR. Questões comentadas de Direito Penal da prova objetiva do concurso de 2009 para Defensor do Pará

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR. Questões comentadas de Direito Penal da prova objetiva do concurso de 2009 para Defensor do Pará Cacildo Baptista Palhares Júnior: advogado em Araçatuba (SP) Questões comentadas de Direito Penal da prova objetiva do concurso de 2009 para Defensor do Pará 21. Para formação do nexo de causalidade, no

Leia mais

Roteiro de Teses Defensivas OAB 2ª Fase Penal Vega Cursos Jurídicos

Roteiro de Teses Defensivas OAB 2ª Fase Penal Vega Cursos Jurídicos Roteiro de Teses Defensivas OAB 2ª Fase Penal Vega Cursos Jurídicos Prof. Sandro Caldeira Prezado(a) aluno(a), Na nossa primeira aula abordamos um roteiro de teses defensivas que iremos treinar durante

Leia mais

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 4ª ª-

L G E ISL S A L ÇÃO O ES E P S EC E IAL 4ª ª- DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 4ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal IV 2 FURTO NO REPOUSO NOTURNO: STJ: Causa de incidência de aumento de pena aplicada ao furto simples; O

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL COMPETÊNCIAS

DIREITO PROCESSUAL PENAL COMPETÊNCIAS DIREITO PROCESSUAL PENAL COMPETÊNCIAS Atualizado em 03/11/2015 4. Competência Material Ratione Materiae: Divide-se em competência da Justiça Estadual, Federal, Eleitoral e Militar (não falamos da Justiça

Leia mais

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Resultado Nexo de causalidade Tipicidade NEXO DE CAUSALIDADE O nexo causal ou relação de causalidade é o elo que une

Leia mais

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS 1. Quanto à fonte: a) Alimentos legais: fixados pela lei, fundamentados no direito de família, decorrentes do casamento, ou união estável ou da relação de parentesco

Leia mais

PRESCRIÇÃO PENAL: ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO

PRESCRIÇÃO PENAL: ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO PRESCRIÇÃO PENAL: ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO Celso Duarte de MEDEIROS Júnior 1 Claudete Martins dos SANTOS 2 João Aparecido de FREITA 3 PRESCRIÇÃO PENAL: ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO Este trabalho mostrará as tratativas

Leia mais

COMUNICADO SINDICÂNCIA DE VIDA PREGRESSA ESCLARECIMENTOS DA BANCA EXAMINADORA.

COMUNICADO SINDICÂNCIA DE VIDA PREGRESSA ESCLARECIMENTOS DA BANCA EXAMINADORA. COMUNICADO SINDICÂNCIA DE VIDA PREGRESSA ESCLARECIMENTOS DA BANCA EXAMINADORA. Referências: Edital Bacen Analista n o 1 e Edital Bacen Técnico n o 1, ambos de 18 de novembro de 2009 Itens 14 e 12, respectivamente.

Leia mais

MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco

MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco 2013 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 3.966, DE 2004 Modifica a Lei nº 9.609, de 1998, que dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador. Autor:

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 8ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BELO HORIZONTE APELAÇÃO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 8ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BELO HORIZONTE APELAÇÃO EXMO.SR(a).DR(a). JUIZ(a) DE DIREITO DA 2 ª SECRETARIA CRIMINAL DO JUIZADO ESPECIAL DE BELO HORIZONTE -MG Réu: Autor: Ministério Público Processo n. APELAÇÃO O Ministério Público do Estado de Minas Gerais,

Leia mais

Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas.

Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. Programa de DIREITO PENAL I 2º período: 4h/s Aula: Teórica EMENTA Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. OBJETIVOS Habilitar

Leia mais

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR A punição administrativa ou disciplinar não depende de processo civil ou criminal a que se sujeite também o servidor pela mesma falta, nem obriga

Leia mais

LEI PENAL X NORMA PENAL VIGÊNCIA A PERSECUÇÃO PENAL. -A persecução penal no Brasil é dividia em 5 fases: LEIS PENAIS INCOMPLETAS

LEI PENAL X NORMA PENAL VIGÊNCIA A PERSECUÇÃO PENAL. -A persecução penal no Brasil é dividia em 5 fases: LEIS PENAIS INCOMPLETAS 1 DIREITO PENAL PONTO 1: LEI PENAL X NORMA PENAL PONTO 2: VIGÊNCIA PONTO 3: FASES DA PERSECUÇÃO PENAL PONTO 4: LEIS PENAIS INCOMPLETAS PONTO 5: APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO PONTO 6: LEIS INTERMINTENTES

Leia mais

Exercícios de fixação

Exercícios de fixação 1. (UFMT) As infrações penais se dividem em crimes e contravenções. Os crimes estão descritos: a) na parte especial do Código Penal e na Lei de Contravenção Penal. b) na parte geral do Código Penal. c)

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 215, DE 2015 (EM APENSO OS PLS NºS 1.547 E 1.589, DE 2015)

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 215, DE 2015 (EM APENSO OS PLS NºS 1.547 E 1.589, DE 2015) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 215, DE 2015 (EM APENSO OS PLS NºS 1.547 E 1.589, DE 2015) Acrescenta inciso V ao art. 141 do Decreto- Lei nº 2.848, de 7 de dezembro

Leia mais

O art. 96, III da CF prevê o foro por prerrogativa de função dos membros do MP, incluindo os Promotores e Procuradores de Justiça.

O art. 96, III da CF prevê o foro por prerrogativa de função dos membros do MP, incluindo os Promotores e Procuradores de Justiça. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 11 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Foro por Prerrogativa de Função; Conexão e Continência. 3.5 Foro por Prerrogativa de Função: b) Juízes

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

Conselho Nacional de Justiça PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS Nº 200710000006830

Conselho Nacional de Justiça PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS Nº 200710000006830 RELATOR REQUERENTE REQUERIDO ASSUNTO : CONSELHEIRO JOAQUIM FALCÃO : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA : OFÍCIO/PRESI/100-532 - DIREITO SERVIDOR APOSENTADO RECEBER PECÚNIA

Leia mais

AULA 08. CONTEÚDO DA AULA: Teorias da Conduta (cont). Teoria social da ação (cont.). Teoria pessoal da ação. Resultado. Relação de Causalidade Início.

AULA 08. CONTEÚDO DA AULA: Teorias da Conduta (cont). Teoria social da ação (cont.). Teoria pessoal da ação. Resultado. Relação de Causalidade Início. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 08 Professora: Ana Paula Vieira de Carvalho Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 08 CONTEÚDO DA AULA: Teorias da (cont). Teoria social

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO PENAL PARTE GERAL I. Princípios Penais Constitucionais... 003 II. Aplicação da Lei Penal... 005 III. Teoria Geral do Crime... 020 IV. Concurso de Crime... 027 V. Teoria do Tipo... 034 VI. Ilicitude...

Leia mais

Direito Penal III. Aula 07 21/03/2012 2.3 DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE. 2.3.1 Introdução

Direito Penal III. Aula 07 21/03/2012 2.3 DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE. 2.3.1 Introdução Aula 07 21/03/2012 2.3 DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 2.3.1 Introdução a) Crime de perigo os da periclitação da vida e da saúde são denominados como crimes de perigo, cuja consumação se dá com a exposição

Leia mais

CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES Espécies de Conduta a) A conduta pode ser dolosa ou culposa. b) A conduta pode ser comissiva ou omissiva. O tema dolo e culpa estão ligados à

Leia mais

COMENTÁRIOS DAS PROVAS DE DIREITO PENAL DO TRE PB Autor: Dicler Forestieri Ferreira

COMENTÁRIOS DAS PROVAS DE DIREITO PENAL DO TRE PB Autor: Dicler Forestieri Ferreira Saudações aos amigos concurseiros que realizaram a prova do TRE PB. Analisei as questões de Direito Penal (área judiciária e área administrativa) e estou disponibilizando o comentário das mesmas. Na minha

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO PROJETO DE LEI Nº 5171, DE 2001

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO PROJETO DE LEI Nº 5171, DE 2001 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO PROJETO DE LEI Nº 5171, DE 2001 Modifica o Decreto-lei 3689, de 3 de outubro de 1941 Código de Processo Penal tornando da competência do júri os crimes que

Leia mais

1 Conflito de leis penais no tempo.

1 Conflito de leis penais no tempo. 1 Conflito de leis penais no tempo. Sempre que entra em vigor uma lei penal, temos que verificar se ela é benéfica ( Lex mitior ) ou gravosa ( Lex gravior ). Lei benéfica retroage alcança a coisa julgada

Leia mais

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de constitucionalidade Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: há diversas modalidades de controle de constitucionalidade previstas no direito brasileiro.

Leia mais

LEI N.º 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990

LEI N.º 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990 LEI N.º 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: LEI DOS CRIMES HEDIONDOS Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro RELATÓRIO O Senhor DESEMBARGADOR FEDERAL MARCELO NAVARRO: Cuida-se de apelação criminal interposta pelo Ministério Público Federal contra sentença proferida pelo MM. Juízo da 37ª Vara de Pernambuco, na

Leia mais

A (IN)COMPATIBILIDADE DA TENTATIVA NO DOLO EVENTUAL RESUMO

A (IN)COMPATIBILIDADE DA TENTATIVA NO DOLO EVENTUAL RESUMO 331 A (IN)COMPATIBILIDADE DA TENTATIVA NO DOLO EVENTUAL Cícero Oliveira Leczinieski 1 Ricardo Cesar Cidade 2 Alberto Wunderlich 3 RESUMO Este artigo visa traçar breves comentários acerca da compatibilidade

Leia mais

Das Questões Preliminares

Das Questões Preliminares Direito Penal 2ª Fase OAB/FGV Aula 06- Prescrição Penal Professor Sandro Caldeira Das Questões Preliminares Das Causas de Extinção da Punibilidade Art. 107 do CP Prescrição penal Da Prescrição Penal Conceito:

Leia mais

ARTIGO 14 da Lei nº 6368/76: CRIME HEDIONDO!

ARTIGO 14 da Lei nº 6368/76: CRIME HEDIONDO! ARTIGO 14 da Lei nº 6368/76: CRIME HEDIONDO! ELIANE ALFRADIQUE O artigo 14 da Lei nº 6.368/76 tem causado certa dificuldade em sua aplicação prática. O enunciado do artigo em questão, tipifica a associação

Leia mais

PARAMETROS DO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL

PARAMETROS DO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL 1 PARAMETROS DO ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL Prof.Dr.Luís Augusto Sanzo Brodt ( O autor é advogado criminalista, professor adjunto do departamento de Ciências Jurídicas da Fundação Universidade Federal

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1. TEORIA DA TIPICIDADE

PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1. TEORIA DA TIPICIDADE 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1.1 FUNÇÕES DO TIPO: a) Função garantidora : 1. TEORIA DA TIPICIDADE b) Função

Leia mais

Critérios para correção: o conteúdo e a qualidade da sentença:

Critérios para correção: o conteúdo e a qualidade da sentença: Critérios para correção: o conteúdo e a qualidade da sentença: 1. Qualidade da redação: 1.1. Com observância, inclusive, de ortografia e gramática além de completo domínio do vernáculo. 1.2. Valor: 2,0

Leia mais

Honorários advocatícios

Honorários advocatícios Honorários advocatícios Os honorários advocatícios são balizados pelo Código de Processo Civil brasileiro (Lei de n. 5.869/73) em seu artigo 20, que assim dispõe: Art. 20. A sentença condenará o vencido

Leia mais

CONTROLE CONCENTRADO

CONTROLE CONCENTRADO Turma e Ano: Direito Público I (2013) Matéria / Aula: Direito Constitucional / Aula 11 Professor: Marcelo L. Tavares Monitora: Carolina Meireles CONTROLE CONCENTRADO Ação Direta de Inconstitucionalidade

Leia mais

NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO

NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO O que muda na responsabilização dos indivíduos? Código Penal e a Lei 12.850/2013. MARCELO LEONARDO Advogado Criminalista 1 Regras Gerais do Código Penal sobre responsabilidade penal:

Leia mais

Configuração de grupo econômico e responsabilidade tributária. Fabiana Del Padre Tomé Doutora e professora PUC/SP

Configuração de grupo econômico e responsabilidade tributária. Fabiana Del Padre Tomé Doutora e professora PUC/SP Configuração de grupo econômico e responsabilidade tributária Fabiana Del Padre Tomé Doutora e professora PUC/SP O cenário atual Redirecionamento de execuções fiscais contra empresas do grupo econômico

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br O Estatuto do idoso em Benefício do Réu. Roberto Dantes Schuman de Paula * DA NOVATIO LEGIS IN PEJUS Em outubro de 2003 a ordem jurídica foi inovada com o advento da lei 10741/03,

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº201070510020004/PR RELATORA : Juíza Andréia Castro Dias RECORRENTE : LAURO GOMES GARCIA RECORRIDO : UNIÃO FAZENDA NACIONAL V O T O Dispensado o relatório, nos termos

Leia mais

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: COMENTÁRIOS DA PROVA Questões da prova de Oficial de Justiça PJ-H/2014 Questão 48 (art. 325) Questão 47 (art. 312 parágrafo segundo) QUESTÃO 48 - GABARITO: D QUESTÃO 47 - GABARITO: C CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

JURISPRUDÊNCIA FAVORÁVEL:

JURISPRUDÊNCIA FAVORÁVEL: TRF 2 COMPETÊNCIA PENAL - PROCESSO PENAL - DECISÃO QUE REJEITA EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA - INEXISTÊNCIA DE RECURSO - APELAÇÃO CRIMINAL NÃO CONHECIDA - PEDIDO RECEBIDO COMO HABEAS CORPUS - REDUÇÃO À CONDIÇÃO

Leia mais

PLANO DE RESPOSTA DA PROVA DISSERTATIVA PARA O CARGO DE DELEGADO

PLANO DE RESPOSTA DA PROVA DISSERTATIVA PARA O CARGO DE DELEGADO PLANO DE RESPOSTA DA PROVA DISSERTATIVA PARA O CARGO DE DELEGADO PEÇA D E S P A C H O 1. Autue-se o Auto de Prisão em Flagrante; 2. Dê-se o recibo de preso ao condutor; 3. Autue-se o Auto de Apresentação

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Disciplina Carga Horária Semestre Ano Teoria Geral do Direito Penal I 80 2º 2015. Carga

PLANO DE ENSINO. Disciplina Carga Horária Semestre Ano Teoria Geral do Direito Penal I 80 2º 2015. Carga 1 PLANO DE ENSINO Disciplina Carga Horária Semestre Ano Teoria Geral do Direito Penal I 80 2º 2015 Unidade Carga Horária Sub-unidade Introdução ao estudo do Direito Penal 04 hs/a - Introdução. Conceito

Leia mais

PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL.

PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL. PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL. A PROVA FOI MUITO BEM ELABORADA EXIGINDO DO CANDIDATO UM CONHECIMENTO APURADO

Leia mais

MATERIAL DE AULA LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996.

MATERIAL DE AULA LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996. MATERIAL DE AULA I) Ementa da aula Interceptação Telefônica. II) Legislação correlata LEI Nº 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono

Leia mais

Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais

Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais Convidado para Diretor Sem Fronteiras Dr. Lodi Maurino Sodré Comissão indicou para os Grupos de Trabalhos e demais Comissões. A questão está na aplicação

Leia mais

11175,1;.-.' - ESTADJDA-PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO DES. NILO LUIS RAMALHO VIEIRA

11175,1;.-.' - ESTADJDA-PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO DES. NILO LUIS RAMALHO VIEIRA ' -rr r * 11175,1;.-.' - ESTADJDA-PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO DES. NILO LUIS RAMALHO VIEIRA ACÓRDÃO HABEAS CORPUS N 001.2006.001615-9/001 RELATOR: Des. Nilo Luis Ramalho vieira IMPETRANTE: Francisco

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

Plano de Ensino. Identificação

Plano de Ensino. Identificação Plano de Ensino Identificação Curso: Direito Disciplina: Direito Penal III Ano/semestre: 2012/1 Carga horária: Total: 80h Semanal: 12h Professor: Ronaldo Domingues de Almeida Período/turno: 5º - matutino

Leia mais

Capítulo 12 Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual

Capítulo 12 Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual Capítulo 12 Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual 645. (CESPE / Promotor de Justiça - MPE - ES / 2010) No ordenamento jurídico brasileiro, apenas o homem pode ser autor do delito de estupro; a mulher pode

Leia mais

CURSO: DIREITO NOTURNO - CAMPO BELO SEMESTRE: 2 ANO: 2015 C/H: 67 AULAS: 80 PLANO DE ENSINO

CURSO: DIREITO NOTURNO - CAMPO BELO SEMESTRE: 2 ANO: 2015 C/H: 67 AULAS: 80 PLANO DE ENSINO CURSO: DIREITO NOTURNO - CAMPO BELO SEMESTRE: 2 ANO: 2015 C/H: 67 AULAS: 80 DISCIPLINA: DIREITO PENAL I PLANO DE ENSINO OBJETIVOS: * Compreender as normas e princípios gerais previstos na parte do Código

Leia mais

PONTO 1: Conduta PONTO 2: Resultado PONTO 3: Nexo Causal PONTO 4: Tipicidade 1. CONDUTA. 1.1.1 CAUSALISMO ou NATURALÍSTICA Franz Von Liszt

PONTO 1: Conduta PONTO 2: Resultado PONTO 3: Nexo Causal PONTO 4: Tipicidade 1. CONDUTA. 1.1.1 CAUSALISMO ou NATURALÍSTICA Franz Von Liszt 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Conduta PONTO 2: Resultado PONTO 3: Nexo Causal PONTO 4: Tipicidade 1.1 TEORIAS DA CONDUTA 1. CONDUTA 1.1.1 CAUSALISMO ou NATURALÍSTICA Franz Von Liszt Imperava no Brasil até a

Leia mais

O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL

O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL O ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL Gustavo de Oliveira Santos Estudante do 7º período do curso de Direito do CCJS-UFCG. Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4207706822648428 Desde que o Estado apossou-se

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) Identificação Disciplina Direito Penal II - NOTURNO Carga horária

Leia mais

Tropa de Elite Polícia Civil Legislação Penal Especial CBT - Parte Especial Liana Ximenes

Tropa de Elite Polícia Civil Legislação Penal Especial CBT - Parte Especial Liana Ximenes Tropa de Elite Polícia Civil Legislação Penal Especial CBT - Parte Especial Liana Ximenes 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. CTB- Parte Especial Art. 302. Praticar

Leia mais