número 155 2º semestre de 2006 ISSN

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1 número 155 2º semestre de 2006 ISSN DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL E HISTÓRIA ECONÔMICA

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3 2 John M. Monteiro / Revista de História 154 (1º ), UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Reitora: Prof a Dr a Suely Vilela Vice-Reitor: Prof. Dr. Franco Maria Lajolo FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS Diretor: Prof. Dr. Gabriel Cohn Vice-Diretor: Profa. Dra. Sandra Margarida Nitrini DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Chefe: Prof. Dr. Modesto Florenzano Suplente: Prof a Dr a Maria Ligia Coelho Prado REVISTA DE HISTÓRIA Número 155 (Terceira Série) 2º semestre de 2006 ISSN CONSELHO EDITORIAL Maria Helena P.T. Machado (Editora) Carlos Alberto de Moura R. Zeron Gabriela Pellegrino Soares João Paulo Garrido Pimenta Maria Cristina Cortez Wissenbach Mary Anne Junqueira Rafael de Bivar Marquese PRODUÇÃO Secretário: Joceley Vieira de Souza Diagramação, Normalização, Projeto Gráfico do miolo e Capa: Joceley Vieira de Souza CONSELHO CONSULTIVO Ângela de Castro Gomes (Universidade Federal Fluminense / CPDOC / Fundação Getúlio Vargas) Barbara Weinstein (University of Maryland - EUA) Eliana Regina de Freitas Dutra (Universidade Federal de Minas Gerais) Emília Viotti da Costa (Universidade de São Paulo / Yale University - EUA) Guillermo Palacios (Colegio de México - México) João José Reis (Universidade Federal da Bahia) Luís Miguel Carolino (Museu de Astronomia / Conselho Nacional de Pesquisa) Marcus J. M. de Carvalho (Universidade Federal do Pernambuco) Maria Emília Madeira Santos (Instituto de Investigação Científica Tropical de Lisboa - Portugal) Rafael Sagredo (Pontificia Universidad Católica de Chile - Chile) Robert Slenes (Universidade Estadual de Campinas) Serge Gruzinski (Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales - França) Sueann Caulfield (University of Michigan - EUA) Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses (Universidade de São Paulo) Endereços para correspondência: Conselho Editorial: Av. Professor Lineu Prestes, 338 Cidade Universitária São Paulo SP Brasil Caixa Postal FAX: (011) Tel.: (011) ramal revistahistoria@usp.br Compras: Humanitas Livraria FFLCH Rua do Lago, 717 Cidade Universitária São Paulo SP Brasil Fone/fax: (011) pubflch@edu.usp.br Este número contou com o apoio financeiro do Programa de Pós-Graduação em História Social - FFLCH/USP Órgão Oficial do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas USP Fundada em 1950 pelo Professor Eurípedes Simões de Paula, seu Diretor até seu falecimento em 1977 Copyright 2006 dos autores. Os direitos de publicação desta edição são da Universidade de São Paulo Humanitas Publicações FFLCH/USP maio/2007

4 John M. Monteiro / Revista de História 154 (1º ),

5 4 John M. Monteiro / Revista de História 154 (1º ), Serviço de Biblioteca e Documentação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Revista de História / Departamento de História. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo. n. 1 (1950). São Paulo: Humanitas / FFLCH / USP, Nova Série - 1º Semestre, 1983 Terceira Série - 1º Semestre, Semestral ISSN História I. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de História CDD 900

6 John M. Monteiro / Revista de História 154 (1º ), Revista de História 155 (2º ) 07 Editorial Dossiê: África & América Maria Cristina Cortez Wissenbach 11 África & América Roquinaldo Ferreira 17 "Ilhas Crioulas": o significado plural da mestiçagem cultural na África Atlântica Paola Vargas Arana 43 Pedro Claver y la labor de evangelización en Cartagena de Índias (Siglo XVII). Fuentes para analizar a los africanos en el Nuevo Mundo. Catarina Madeira Santos 81 Escrever o poder. Os autos de vassalagem e a vulgarização da escrita entre as elites africanas Ndembu Alexandre Almeida Marcussi 97 Estratégias de mediação simbólica em um Calundu colonial Alexsander Lemos de Almeida Gebara 125 Negociação e resistência na cidade de Bonny no século XIX. O caso do rei William Pepple Patrícia Santos Schermann 145 Santas e dóceis ou insubmissas e desgraçadas? Uma análise de trajetórias de Mulheres Resgatadas da Escravidão na África Central no contexto colonial ( ) Petrônio Domingues 161 A visita de um afro-americano ao paraíso racial Rosana Gonçalves 183 GONÇALVES, Antonio Custódio. A História revisitada do Kongo e de Angola. Lisboa: Editorial Estampa, Artigos José Carlos Sebe Bom Meihy 191 Os novos rumos da História Oral: o caso Brasileiro. Thiago Pereira Majolo 205 Dinâmicas urbanas e a presença feminina na São Paulo da primeira metade do século XIX ( )

7 6 John M. Monteiro / Revista de História 154 (1º ), Alex Gonçalves Varela 223 O processo de formação, especialização e profissionalização do ilustrado Manuel Ferreira da Câmara ( ) Leandro Antonio de Almeida 261 Leituras de Jantando um Defunto Marcelo Rede 283 "Decreto do Rei": por uma nova interpretação da ingerência do palácio na economia babilônica antiga

8 Maria Helena P.T. Machado / Revista de História 155 (2º ), EDITORIAL É com grande prazer que a Revista de História apresenta o número 155, relativo ao segundo semestre de 2006, número este composto pelo dossiê África & América e complementado por cinco artigos, que versam sobre temas historiográficos diversos. O dossiê África & América se apresenta, em primeiro lugar, como resposta a uma convocação da nossa revista para que pesquisadores da área de História Social nos enviassem artigos redigidos sob o enfoque do tema zonas de contato. Com esta iniciativa a revista estendia aos nossos potenciais colaboradores um desafio que vem animando nossas próprias preocupações como historiadores, que é a de ampliar o enfoque da História para análise de processos sociais complexos, construídos sob a égide dos encontros assimétricos, ensejados pelos processos coloniais e pós-coloniais, atuantes em escala planetária desde o advento da Idade Moderna. Para além dos limites das histórias coloniais, nacionais ou temáticas, como a das trocas comerciais, do tráfico de escravos, da importação de idéias, modos de viver, entre os muitos processos amplos que desde sempre nos afetaram, interessava à Revista de História apresentar um conjunto de artigos inspirados na idéia de uma história construída em ambientes multiculturais, nos quais instâncias dialógicas, complexas e assimétricas, favorecessem a construção de histórias de resistência e recriação de identidades dos povos dominados. A este convite responderam dezenas de colegas, nos oferecendo uma ampla gama de possibilidades. O dossiê África & América, fruto de uma primeira seleção do material enviado, pretende mapear algumas das possibilidades historiográficas ensejadas pelo encontro de povos e processos sociais provenientes da África e das Américas, percorrendo, assim, um amplo escopo de temas e períodos. Desta forma, o dossiê em questão, organizado e ricamente comentado por Maria Cristina Cortez Wissenbach, compõe-se de seis artigos e uma resenha, que trafegam entre ambos os continentes e entre períodos distintos, sugerindo, no fim das contas, uma concepção de zona de

9 9 Maria Cristina Cortez Wissenbach / Revista de História 155 (2º ), DOSSIÊ ÁFRICA & AMÉRICA 00b - Cristina Wissenbach.pmd 9 2/8/2007, 15:09

10 10 Maria Cristina Cortez Wissenbach / Revista de História 155 (2º ), TRÊS PORTUGUESES/Nigéria, Reino do Benim, Século XVI ou XVIII. Latão, 47x29. Coleção Heinrich Bey. Museu Enológico de Berlim. Catálogo da Exposição Arte da África. Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro 2003/2004.

11 Maria Cristina Cortez Wissenbach / Revista de História 155 (2º ), ÁFRICA & AMÉRICA É com grande satisfação que apresentamos o dossiê África & América. Os artigos aqui reunidos dizem respeito a diferentes temas, épocas e sociedades cujo entendimento se remete aos processos históricos inaugurados com a expansão ultramarina da época moderna. Mais especificamente, são textos que procuram avaliar, por meio da revisão de conceitos e de enfoques, o significado histórico dos encontros e dos confrontos entre sociedades européias e não européias, ocorridos nas dimensões do mundo atlântico ou um pouco para além dele. Guardadas as especificidades de cada um dos artigos, é possível articular os textos entre si e demarcá-los em dois conjuntos: um primeiro relativo ao período que vai do século XVI à primeira metade do século XIX, e o segundo, mais contemporâneo, tratando de questões relativas às dinâmicas próprias ao século XX. Em linhas gerais, essa divisão corresponde a marcos da história do mundo atlântico e das interações entre suas frações americanas, africanas e européias. O primeiro bloco de artigos encontra-se demarcado pela época em que se desenvolveram as características do Atlântico enquanto unidade histórica e pela discussão de diferentes aspectos das sociedades envolvidas diretamente ou indiretamente com o comércio de produtos variados mas, sobretudo de escravos. Deslocando-se de um lado ao outro do oceano, alguns dos textos focalizam a movimentação de contextos portuários, exemplificados aqui na história da cidade de Cartagena, na América hispânica dos inícios do Seiscentos (estudada no artigo de Paola Vargas Arana), em Luanda e Benguela na África portuguesa entre os séculos XVIII e XIX (no texto de Roquinaldo Ferreira) e nos acontecimentos que envolveram o porto de Bonny, na baia de Biafra, área de influência dos britânicos em meados do dezenove (tratados por Alexsander Gebara). Outros dois artigos (os de Catarina Madeira Santos e de Alexandre Marcussi) consideram processos ocorridos em zonas localizadas mais ao interior, na hinterlândia de regiões africanas ou americanas atingidas de formas variadas pelos

12 12 Maria Cristina Cortez Wissenbach / Revista de História 155 (2º ), acontecimentos mais gerais, revelando que, historicamente, o Atlântico não se limitava às suas bordas. Contemplam a inserção de sociedades que ganharam um novo dinamismo, uma vez que foram transformadas não só pelos negócios transoceânicos e pelos fluxos de mercadorias, como se viram envolvidas na ampla circulação de idiomas, de culturas, de práticas e crenças religiosas, ideologias e visões de mundo veiculadas no ir e vir constante de agentes históricos. Entre eles, portugueses, espanhóis, cristãos novos, judeus, flamengos, bem como populações hifenizadas e mestiças, mas principalmente africanos, de várias nacionalidades e etnias que passaram a constituir o segmento mais peculiar e sui generis da nova configuração: trazidos como escravizados para as Américas, conformariam seus maiores contingentes populacionais, modificando substancialmente o perfil destas sociedades. Ao tratar de marcas distintivas e de movimentos singulares, os artigos reunidos neste primeiro bloco contemplam fenômenos complexos que dizem respeito a mestiçagens e a bricolagens, ocasionadas, de um lado, pelos deslocamentos humanos, e de outro, por processos de apropriações e ressignificações culturais, destacando-se entre eles os que se deram no mundo das crenças religiosas que se encontram, dialogam ou simplesmente concorrem entre si. Ou ainda, contemplando as inferências da escrita nas relações de poder em sociedades não européias. Escritos em sua maioria por jovens historiadores comprometidos com a pesquisa histórica, realizada nos arquivos de Luanda, de Lisboa, de Cartagena, da Itália e do Brasil, os textos apresentam outro elemento em comum, significativo para o aprofundamento historiográfico de temas complexos ainda insuficientemente explorados: a revisão de conceitos e de enfoques necessária à sua abordagem. Roquinaldo Ferreira, africanista e professor da Universidade de Virginia, em suas Ilhas crioulas, historiciza o conceito de mestiçagem a partir das singularidades que se evidenciaram em Angola e em Benguela, na busca de se aproximar da complexidade implícita ao que Richard Price chamou da magia da crioulização. Já a historiadora portuguesa Catarina Madeira Santos, vinculada aos centros de pesquisa de Lisboa e de Paris, num viés profundamente compromissado com a história africana, reconsidera a introdução e a apropriação da escrita num sentido latente de poder e na perspectiva dos Ndembos do norte de Angola. Avalia a configuração que esse aparato deu às interações dos mesmos com os portugueses de Luanda, veiculado nos tratados de vassalagem e na correspondência entre eles, e às que os mesmos rearticulam com as demais chefaturas africanas da região. A abordagem escolhida pela historiadora pressupõe a impossibilidade de dicotomizar sociedades ágrafas e letradas, sociedades com

13 Maria Cristina Cortez Wissenbach / Revista de História 155 (2º ), Estado e sem Estado, mas principalmente, de pensar tais processos a partir da aceitação a priori de um esquematismo conceitual rígido. Para dar ênfase à história não dos portugueses em Angola, mas das relações que os Ndembos constroem com os mesmos e com os demais poderes da região, seu texto se desenvolve precisamente escapando de obrigatoriedades historiográficas e acadêmicas. De um outro ponto deste mundo transoceânico, o artigo de Paola Vargas Arana, mestre do Centro de Estudos Asiáticos e Africanos do Colégio do México, e atualmente professora de História da África em Salvador, demonstra o profundo envolvimento das sociedades hispânico-americanas com o tráfico atlântico de escravos, ao contemplar o importante porto que foi Cartagena já nos inícios do século XVII, e o escoamento da mão-de-obra africana que daí se fazia em direção às zonas de mineração. O estudo sobre a presença das populações africanas toma como ponto de partida o jesuíta Pedro Claver que desenvolveu seu trabalho de evangelização junto aos desembarcados em Cartagena, trazidos por negreiros portugueses e flamengos, na época da União das Coroas ibéricas. A principal fonte que a autora utiliza o processo de canonização do jesuíta lança luz tanto às intenções da Igreja Católica em se reconciliar, por meio do santo, com as populações afrodescendentes, passando pela descrição das estratégias adotadas pelo missionário para a conversão, como também se aproxima, a partir dos depoimentos processuais, do universo mental africano e afro-americano dos que aí viviam, em sua variação étnica e lingüística, chegando aos que intermediavam os mundos em contato, nos desencontros pautados pelas tragédias do tráfico: a figura dos línguas, africanos poliglotas identificados e adquiridos pelos padres. Da mesma forma que o alvo do estudo sobre os Ndembos desloca-se do litoral para o interior e particulariza as mudanças que se operam no âmbito do poder africano, o artigo de Alexandre Marcussi, mestrando do Departamento de História da USP e da Linha de Pesquisa em Escravidão e História Atlântica prioriza as transformações na ótica da reconfiguração de dimensões do religioso, consideradas a partir do processo inquisitorial de Luiza Pinta. Seguindo a tradição historiográfica de estudos sobre os calundus na América portuguesa, sua releitura intrumentaliza-se por um aporte conceitual mais generoso do que a idéia de sincretismo. Finalmente, fechando o primeiro conjunto de textos, a resenha feita por Rosana Gonçalves, também mestranda do Departamento de História e de suas linhas de pesquisa, nos conduz ao estudo recente de António Custódio Gonçalves sobre a história do reino do Kongo e de Angola no período

14 14 Maria Cristina Cortez Wissenbach / Revista de História 155 (2º ), abrangido por este dossiê, analisada com a intenção de reduzir dimensões exógenas e recuperar o dinamismo próprio a estas sociedades. Avançando no tempo e colocando em perspectiva a figura ambivalente e conflituosa de um dirigente africano em meio a cônsules e mercadores britânicos do golfo de Biafra, o artigo de Alexsander Gebara, doutor e especialista na história das regiões compreendidas no golfo da Guiné, refere-se a um episódio que pode ser visto como marco divisor da história do Atlântico e das sociedades africanas, capaz de flexionar interações seculares havidas entre europeus, africanos e americanos. Trata do contexto decorrente das medidas britânicas de contenção do tráfico de escravos e dos prenúncios de sua política agressiva e intervencionista que irá modificar essencialmente a dinâmica econômica e política de uma ampla região. Apesar da dramaticidade do período anterior, dada pela configuração centrada na escravidão e no seu comércio, afirma Alberto da Costa e Silva que a partir dos eventos dos inícios do século XIX nunca mais o Atlântico será o mesmo. Vale lembrar que este episódio completa atualmente seus duzentos anos, e foi comemorado em Londres com um pedido formal de desculpas, feito pelo primeiro-ministro, diante do enorme comprometimento da Grã-Bretanha no tráfico de escravos. Como fechamento da problemática geral do dossiê, os dois artigos finais, o de Patrícia Santos Schermann, professora de História da África na Universidade Federal de São Paulo e africanista versada nos temas do islamismo na África Central, e o de Petrônio Domingues, pesquisador e professor da Universidade Federal de Sergipe, indicam que embora o Atlântico já não seja o mesmo com os primórdios do imperialismo, contextos advindos de sua formação histórica repercutiram nas trajetórias tomadas por frações dos continentes americano, africano e europeu e nas interações entre suas partes, podendo atingir tanto um distante Sudão, quanto aproximar as partes americanas numa vertente comum das políticas direcionadas aos afrodescendentes. Em outras palavras, nas primeiras décadas do século XX, seus trabalhos acompanham aspectos de uma história que decorre, direta ou indiretamente, da configuração moldada pela escravidão e por seus efeitos. Retomando o tema da canonização que estivera presente já na América hispânica do século XVIII, Patrícia Schermann interpreta um processo similar envolvendo Josephine Bakhita uma resgatada da escravidão que transitava entre a sociedade italiana e o Sudão central, interpretado como uma das formas da Igreja em se aproximar dos africanos e de se reconciliar com seu passado escravocrata. De uma santa africana a um jornalista

15 Maria Cristina Cortez Wissenbach / Revista de História 155 (2º ), afrodescendente, a figura histórica analisada por Petrônio Domingues é o de um norte-americano que, em viagens ao Brasil e em seus artigos publicados em Chicago, contribuiria para a constituição do mito da nação brasileira como paraíso racial, em contraposição ao que ocorria nos Estados Unidos. Neste sentido, o conceito de democracia racial no geral associado tão somente à figura de Gilberto Freyre e, no mais das vezes destituído de contextualização, ganha historicidade relevante ao se ver atrelado às imagens que se procurava incutir nos negros norte-americanos, oferecendo possibilidades de fuga do inferno racial e da política de discriminação legal, em direção ao universo da dissimulação do qual o próprio jornalista havia sentido os efeitos em sua viagem às cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Os artigos que compõem este dossiê foram recebidos em resposta ao chamado que Editores e Comissão Editorial da Revista de História da USP fizeram, em novembro do ano passado, no sentido de compor um número destinado ao tema bastante largo de zonas de contato, pensado este em sua acepção ampla de espaços históricos em que populações, culturas e visões de mundo se encontraram e se transformaram. O título modificado de África & América traduz as características de um primeiro conjunto delineado pela remessa e seleção de textos, expressando possivelmente a atenção que estudos feitos nesta ótica vem ganhando entre a produção histórica. De outra parte, formulado desta maneira, este conjunto de textos vem ao encontro da firme determinação do Departamento de História da FFLCH e de seus Programas de Pós-graduação em História Social e em História Econômica em estimular a formação de pesquisadores e de professores especializados em temas nos quais as histórias das múltiplas frações do Atlântico se conectam. Também como resultado da experiência de um trabalho coletivo, o dossiê só pôde ser concretizado a partir do debate acadêmico promovido pela Linha de Pesquisa Escravidão e História Atlântica e pelo esforço conjunto em restabelecer a prática do diálogo acadêmico, na forma dos seminários promovidos pelos professores Carlos Alberto Ribeiro de Moura Zeron, Maria Helena Pereira Toledo Machado, atual editora da Revista de História, Marina de Mello e Souza, Rafael de Bivar Marquese, e por mim que assino esta apresentação, Maria Cristina Cortez Wissenbach

16 16 Maria Cristina Cortez Wissenbach / Revista de História 155 (2º ), 11-15

17 8 Maria Helena P.T. Machado / Revista de História 155 (2º ), contato menos como espaço geográfico e mais como história da construção de processos e identidades sociais híbridos. Os artigos de fluxo que se seguem representam também uma excelente amostra de nossos estudos históricos atuais. Nesta seleção encontramos o artigo de José Carlos Sebe Bom Meihy, Os novos rumos da História Oral: o caso brasileiro, que apresenta um interessante balanço do estágio da arte entre nós. Em seguida, Thiago Pereira Majolo nos oferece uma bem documentada e problematizada análise da atuação feminina na urbanização da São Paulo do XIX, em Dinâmicas urbanas e presença feminina na São Paulo da primeira metade do século XIX ( ). Na sequência, em O processo de formação, especialização e profissionalizaçãodo ilustrado Manuel Ferreira Câmara ( ), Alex Gonçalves Varela, exemplifica os processos de articulação em ação no âmbito do Império Português. A seguir, a partir de uma análise de história e literatura, Leandro Antonio de Almeida, em Jantando com um defunto, aborda a obra de João de Minas e seu contexto. Finalmente, o artigo de Marcelo Rede, Decreto do Rei: por uma nova interpretação da ingerência do palácio na economia babilônica antiga, testemunha o dinamismo da História Antiga entre nós. Maria Helena Pereira Toledo Machado Editora-Coordenadora

18 ILHAS CRIOULAS : O SIGNIFICADO PLURAL DA MESTIÇAGEM CULTURAL NA ÁFRICA ATLÂNTICA Roquinaldo Ferreira Departamento de História - Universidade da Virginia Resumo O objetivo deste artigo é analisar a interação cultural na África Atlântica, principalmente em Angola. O caso angolano é comparado com outras regiões da África, tais como a Senegâmbia, Costa do Ouro, Benin e Baía de Biafra. Tanto quanto Angola, estas regiões foram afetadas pelo tráfico de escravos, integrando de forma diferenciada as redes de comércio Atlânticas. Em Angola, a mestiçagem cultural alcançou níveis mais intensos do que no restante da África Atlântica, em virtude da maior intensidade e duração do tráfico, assim como do processo de interiorização de interesses luso-africanos na região do hinterland de Luanda, na primeira metade do século XIX. Palavras-Chave Mestiçagem Cultural Crioulidade Escravidão Atlântica Abstract This article deals with the cultural interaction between Africans and Europeans in Atlantic Africa primarily Angola. A comparison is drawn between the cultural interaction in Angola and similar processes in Senegambia, Gold Cost and the Bights of Benin and Biafra. Likewise the Angolan case, these regions were affected by the transatlantic slave trade. In Angola, however, the cultural mixing reached levels more intense than in other regions in Atlantic Africa, due to the intensity and the duration of the slave trade, as well the encroachment of Afro-Portuguese interests in the hinterland of Luanda in the first half of the seventeenth century. Keywords Cultural mixing Creolization Atlantic Slaving

19 18 Roquinaldo Ferreira / Revista de História 155 (2º ), Introdução Este artigo analisa a formação da cultura crioula de Angola nos séculos XVII e XVIII. O título faz referência direta ao ensaio clássico do historiador angolano Mário António de Oliveira sobre os efeitos da presença portuguesa em Angola principalmente em Luanda e presídios interioranos. Fundada em 1576, Luanda, teria sido um centro difusor de uma cultura crioula, que mesclava elementos da cultura européia e africana. A cidade foi um centro de irradiação da influência cultural que acabou delimitando a realidade e geografia que herdaria um nome de linhagem reinante nativa, ele próprio aportuguesado, num testemunho deste contacto: Angola, de Ngola. Segundo Oliveira, o amálgama bio-social que os portugueses realizaram nos trópicos pressupunha africanos inevitavelmente adotando traços culturais europeus uma espécie de processo civilizatórios cuja hegemonia residiria no lado português. Assim, na visão tipicamente lusotropicalista deste historiador angolano, a cultura portuguesa teria uma inerente plasticidade já existente antes mesmo da chegada ao solo africano que teria criado as condições para a síntese cultural e social definida como crioulidade. 1 Na tentativa de demonstrar que a fluidez sóciocultural angolana talvez não tenha sido tão singular como pressuposto por Oliveira, este artigo propõe uma análise comparada de processos de interação cultural em diferentes regiões africanas. Para tanto, a primeira seção do texto faz uma genealogia do termo criolo/crioulidade, traçando a pluralidade de significados e problemático usos do termo na literatura. Na segunda seção, faz-se uma análise comparada de processos de crioulização na África Atlântica. Em geral, como demonstrado por Kristin Mann e Robin Law, tais processos estavam umbilicalmente relacionados com o crescimento do comércio atlântico de escravos. 2 Assim, com variações que dependiam da intensidade do comércio e estratégias políticas específicas dos africanos, amálgamas culturais foram também característicos em várias regiões da África Atlântica desde a Senegâmbia até Angola. Por 1 OLIVEIRA, Mário Antonio de. Luanda: Ilha Crioula. Lisboa: Agência Geral do Ultramar, LAW, Robin & Mann, Kristin. West Africa in the Atlantic Community: The Case of the Slave Coast. William and Mary Quarterly, vol. 56, no. 2, 1999.

20 Roquinaldo Ferreira / Revista de História 155 (2º ), último, o texto se debruça sobre as peculiaridades do caso angolano, onde a intensidade do tráfico de escravos causou uma inigualável integração com o atlântico mas a crioulidade era definida e plasmada primordialmente pela cultura africana. Para analisar o impacto de tal fenômeno na geopolítica das relações comerciais entre Luanda e os reinos Mbundu do interior, o texto reconstrói a trajetória de um crioulo o negociante Francisco Roque dos Santos. (Re) Definindo Crioulidade/Crioulos A definição de crioulo/crioulidade está longe de ser consensual. Para Alison Games e Paul Lovejoy, o conceito é dúbio porque faz referência tanto aos filhos de europeus nascidos nas Américas quanto ao escravos aqui nascidos. 3 As ambigüidades afloram também da controvérsia que cerca o debate antropológico sobre crioulidade nas Américas. Neste debate, apesar das nuances, as posições dos antropólogos Franklin Frazier e Melville Herskovits servem de diretrizes. 4 Assim, seguindo uma linha que se assemelha ao ponto de vista de Frazier, antropólogos como Sidney Mintz e Richard Price argumentam que o impacto do tráfico de escravos transformou em tabula rasa o legado cultural dos africanos escravizados nas Américas. Assim, a cultura aqui construída foi eminentemente nova. 5 De outro lado, ecoando os argumentos de Herskovits, intelectuais como John Thornton, Paul Lovejoy, Gwendolyn Hall, Colin 3 LOVEJOY, Paul. Trans-Atlantic Transformations: The Origins and Identity of Africans in the Americas. In: KLOOSTER, Wim e Padula, Alfred (eds.). The Atlantic World: Essays on Slavery, Migration, and Imagination. New Jersey: 2005, p. 142; GAMES, Alison. Atlantic History: Definitions, Challenges and Opportunities. The American Historical Review, 2006, pp Ver também REIS, João José dos, GOMES, Flávio dos Santos & CARVA- LHO, Marcus de. África e Brasil entre Margens: Aventuras e Desventuras do Africano Rufino José Maria, c Estudos Afro-Asiáticos, Salvador, 26, n. 2, 2004, p FRAZIER, Edward Franklin. The Negro Family in the United States. Chicago, MINTZ, Sidney & PRICE, Richard. The Birth of African-American Culture: an Anthropological Perspective. Boston: 1992; MINTZ, Sidney & PRICE, Richard. The Birth of African-American Culture. In: FULOP, Timothy & RABOTEAU, Albert. African-American Religion: Interpretive Essays in History and Culture. New York & London: Routledge, 1997; PRICE, Richard. O Milagre da Crioulização: Retrospectiva. Estudos Afro-Asiáticos, vol. 25, n.3, 2003, pp Ver também BUISSERET, David & Reinhardt (eds.). Creolization in the Americas. Arlington: University of Texas, 2000; MORGAN, Philip. The Cultural Implications of the Atlantic Slave Trade: African Regional Origins, American Destinations and New World Developments. Slavery and Abolition, vol. 18, n. 1, 1997, pp

21 20 Roquinaldo Ferreira / Revista de História 155 (2º ), Palmer, James Sweet e Douglas Chambers, argumentam que matrizes culturais africanas (no caso de Thornton, o afro-catolicismo Bakongo) cumpriram papel fundamental na sociabilidade e cultura africana nas Américas. 6 A visão aqui adotada é inspirada pela reflexão de Mann, para quem o debate (ou impasse) entre crioulização e retenção cultural africana se exauriu, sendo preciso historicizar as transformações das culturas africanas tomando a África como ponto de partida. 7 Nesta, o termo crioulo parece ter surgido na costa ocidental da África, no século XIX. Naquele contexto, mais especificamente em Serra Leoa, a colônia criada pela Inglaterra para acolher escravos africanos retornados das colônias britânicas, referia primordialmente as comunidades que surgiram no bojo do esforço inglês para banir o tráfico de escravo. 8 Segundo Blyden, esta população de negros cristão e ocidentalizados, [era] freqüentemente designada de crioula. 9 Na essência, a idéia de uma assimilação de valores europeus já era entendida como pressuposto fundamental na dinâmica crioula PALMER, Colin. From Africa to the Americas: Ethnicity in the Early Black Communities of the America. Journal of World History, vol. 6, n. 2, 1995, pp ; THORNTON, John. Africa and Africans in the Making of the Atlantic World, Cambridge: Cambridge University Press, 1998; LOVEJOY, Paul. Methodology through the Ethnic Lens: The Study of Atlantic Africa. In: Toyin Falola & JENNINGS, Christian (eds.). Sources and Methods in African History: Spoken, Written, Unearthed. Rochester: University of Rochester Press, 2003; SWEET, James. Recreating Africa: Culture, Kinship, and Religion in the African- Portuguese World, London: University of North Carolina Press, 2003; HALL, Gwendolyn. Slavery and African Ethnicities in the Americas: Restoring the Links. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2006; CHAMBERS, Douglas. Murder at Montpelier: Igbo Africans in Virginia. Jackson: University Press of Mississippi, MANN, Kristin. Shifting Paradigms in the Study of the African Diaspora and of Atlantic History and Culture. Slavery and Abolition, 2001, pp SCHAMA, Simon. Rough Crossings: Britain, the slaves, and the American Revolution. New York: Ecco, 2006; PYBUS, Cassandra. Epic Journeys of Freedom: Runaway Slaves of the American Revolution and their Global Quest for Liberty. NY: Beacon Press, 2006; BROWN, Christopher Leslie. Moral Capital: Foundations of British Abolitionism. Williamsburg: the University of North Carolina Press, 2006; HOCHSCHILD, Adam. Bury the Chains: Prophets and Rebels in the Fight to Free an Empire s Slaves. Boston: Houghton Mifflin Company, BLYDEN, Nemata. West Indians in West Africa, : the African Diaspora in Reverse. Rochester: University of Rochester Press, 2000, p Mas mesmo na África, é preciso frisar, há controvérsias. Em Fernando Pó, por exemplo, Ibrahim Sundiata argumenta que os crioulos teriam apropriado elementos da cultura ocidental devido ao trabalho de missionários. Ver SUNDIATA, Ibrahim. From Slaving to Neoslavery: The Bight of Biafra and Fernando Po in the Era of Abolition, Madison: University of Wisconsin Press, 1996, p. 65. Contudo, segundo Martin Lynn, a cultura crioula de Fernando Pó era também resultado do amálgama de traços culturais africanos. Ver LYNN, Martin. Commerce, Christianity and the Origins of Creoles of Fernando Po. Journal of African History. 25, 1984, pp

22 Roquinaldo Ferreira / Revista de História 155 (2º ), Mais recentemente, o conceito tem sido usado para analisar as transformações culturais e identitárias de indivíduos envolvidos com o comércio atlântico na condição de escravos, escravocratas ou trabalhadores do tráfico. Neste caso, pressupõe maleabilidade identitária e capacidade de transição entre universos culturais díspares, tendo caráter transracial e transcultural. Como é afirmado por Luis Nicolau Parés, o interessante desta proposta é que ela questiona o cenário assimilacionista que pressupõe que africano e crioulo são dois estágios consecutivos de um processo de mudança de geração, irreversível e unidirecional. 11 Ira Berlin argumenta que crioulos atlânticos tinham em parte ou integralmente características culturais da África, Europa e Américas, mas não pertenciam a nenhum destes lugares, sendo ao mesmo tempo parte dos três mundos que se integraram no litoral Atlântico. 12 Familiarizados com o comércio atlântico, fluentes com suas novas linguagens, e íntimos com suas culturas e finanças, eram cosmopolitas no sentido pleno da palavra. 13 Embora centra- 11 PARÉS, Luis Nicolau. O Processo de Crioulização no Recôncavo Bahiano ( ). Revista Afro-Ásia, 33, 2005, p BERLIN, Ira. From Creole to African: Atlantic Creoles and the Origins of African: American Society in Mainland North America. William and Mary Quarterly, vol. LIII, n. 2, 1999, p Na essência, é preciso assinalar, parte dos argumentos de Berlin já haviam sido avançados por Philip Curtin. Ao analisar a interação cultural entre europeus e africanos na Senegâmbia, Curtin afirma que todos os três grupos residentes europeus, mulatos e negociadores culturais africanos eram na realidade culturalmente Afro-europeus; homens e mulheres que partilhavam a cultura Afro-européia, independente das suas raças, eram os agentes reais e efetivos na consecução da diáspora comercial européia na Sengâmbia. Ver CURTIN, Philip. Economic Change in Precolonial Africa: Senegambia in the Era of the Slave Trade. Madison: University of Wisconsin Press, 1975, pp Rompe-se, assim, com o binarismo característico de Paul Gilroy, cuja perspectiva, embora crioulizante, aparentemente não dicotômica e supostamente transracial, é paradoxicalmente centrada exclusivamente no papel de brancos e negros no Atlântico negro sem atinar para o papel crucial de intermediários culturais. Ver GILROY, Paul. The Black Atlantic: Modernity and Double Consciousness. Cambridge: Harvard University Press, Como sublinhado por Matory, Bennett, Piot e Manning, o trabalho de Gilroy tem como foco o Atlântico Norte e ignora a participação dos africanos na formação do Atlântico negro. A crítica ao ponto de vista de Gilroy pode ser encontrada nos seguintes trabalhos MATORY, Lorand. The English Professors of Brazil, On the Diasporic Roots of the Yorubá Nation. Comparative Studies in Society and History, 41, n o 1, 1999; BENNETT, Herman. The Subject in the Plot: National Boundaries and the History of the Black Atlantic. African Studies Review, vol. 43, 1, 2000; PIOT, Charles. Atlantic Aporias: Africa and Gilroy s Black Atlantic. The South Atlantic Quarterly, 100:1, Winter, 2001; MANNING, Patrick. Africa and the African Diaspora: New Directions of Study. Journal of African History, vol. 44, 2003, pp. 494, 501; LAW & MANN. op. cit., p Ver também Deborah Gray White. Yes, There is a Black Atlantic. Itinerario, vol. XXIII, no. 2, 1999, pp

23 22 Roquinaldo Ferreira / Revista de História 155 (2º ), da na primeira geração de africanos trazidos como escravos para a América do Norte, no início do século XVII, a análise de Berlin tem inspirado ou se assemelha a conceitos empregados em estudos sobre o tráfico de escravos e outras regiões do Atlântico África, Brasil e Caribe. No caso da África, Mann e Law afirmam que o aparato conceitual desenvolvido por Berlin uma cultura cosmopolita que ligava portos em várias partes do Atlântico é aplicável para um período posterior [séculos XVIII e XIX]. 14 Seria esta cultura, segundo Randy Sparks, que teria permitido que dois africanos Efke (Little Ephraim Robin John e Ancona Robin Robin John) ilegalmente levados da Baía de Biafra por um navio negreiro, em 1734, fossem capazes de recuperar a liberdade e retornar para a terra natal depois de anos de exílio e trabalho escravo no Caribe e Estados Unidos. 15 Em Angola, seria moldada primordialmente a partir da cultura africana não a partir da cultura européia e teria permitido a africanos escravizados naquela região (crioulos atlânticos) mais fácil integração ao ambiente colonial nas Américas. 16 No caso de Benguela, Mariana Candido argumenta que o envolvimento de indivíduos com o comércio, mobilização de soldados e constante migração expandiu a cultura crioula para o interior [do sul de Angola]. 17 O conceito de crioulo atlântico tem também inspirado análises do tráfico de escravos e regiões das Américas. Assim, em estudo sobre o tráfico de escravos britânico, Emma Christopher considera os marinheiros africanos dos navios negreiros ilustração fiel dos crioulos atlânticos. 18 No Brasil, embora não diretamente inspirada pelo trabalho de Berlin, a análise de Alida Metcalf e Stuart Schwartz se vale de aparato conceitural semelhante, demonstrado claramente 14 LAW & MANN. op. cit., p SPARKS, Randy. The Two Princes of Calabar: An Eighteenth Century Atlantic Odyssey. Cambridge: Cambridge University Press, 2004, p HEYWOOD, Linda & THORNTON, John. Central Africans, Atlantic Creoles and the Making of Anglo-Dutch Americas. Cambridge: Cambridge University Press, no prelo; THORNTON, John. Central Africa in the Era of the Slave Trade. In: LANDERS, Jane & ROBINSON, Barry. Slaves, Subjects, and Subversives: Blacks in Colonial Latin America. Albuquerque: University of New Mexico Press, 2006, págs CANDIDO, Mariana. Enslaving Frontiers: Slavery, Trade and Identity in Benguela, Tese de doutorado inédita, York University, 2006, p CHRISTOPHER, Emma. Slave Ships Sailors and their Captive Cargoes, Cambridge: Cambridge University Press, 2006, p. 57.

24 Roquinaldo Ferreira / Revista de História 155 (2º ), que embora a hegemonia cultural de mestiços/mamelucos (ou go-betweens/ atlantic creoles) estivesse longe de ser européia, quase sempre ocasionava desvantagem comercial para as populações nativas. 19 No caso das relações entre Caribe e África, Jon Sensbach qualifica como crioulos atlânticos o casal de missionários moravianos Christian e Rebecca Protten, professores na escola para criaças mulatas no forte dinamarquês Christonborg, na costa do Ouro. 20 Crioulidades Ao contrário do que é pressuposto por Oliveira, a fluidez da dinâmica sóciocultural angolana não parece ter sido essencialmente inovadora. Na verdade, a formação de ilhas crioulas foi uma característica presente em várias regiões expostas aos contatos comerciais com os europeus. Como será visto mais adiante, o que distingue Angola é a escala e intensidade deste processo muito maior do que em outras regiões africanas, assim como o processo de reafricanização dos crioulos. Nesta seção, faz-se uma análise de cada uma destas regiões (Senegâmbia, Costa do Ouro, Golfo de Benin e Baía de Biafra). No contexto do tráfico, tais regiões foram origem e/ou ponto de embarque de aproximadamente cinqüenta por cento dos africanos compulsoriamente trazidos para as Américas METCALF, Alida. Go-Betweens and the Colonization of Brazil: Austin: University of Texas, 2005; SCHWARTZ, Stuart. Brazilian Ethnogenesis: Mestiços, Mamelucos, and Pardos. In: GRUZINSKI, Serge & WACHTEL, Nathan. Le Nouveau Monde, Mondes Nouveau: L experience Americaine. Paris: 1996, p Christian Protten nascera naquela região, filho de mãe Akan e pai dinamarquês, e Rebecca Protten tinha nascido escrava na ilha caribenha de Antígua. Seqüestrada aos seis anos, foi vendida na Ilha de São Thomas, então uma das poucas colônias dinamarquesas no Caribe, onde ganhou a liberdade e se transformou numa das líderes dos missionários moravianos. Na Europa, viveu por trinta anos, viuvou, e casou com Christian Potten - a quem acompanharia na empreitada na Costa do Ouro. Ver SENSBACH, Jon. Rebecca s Revival: Creating Black Christianity in the Atlantic World. Cambridge: Cambridge University Press, ELTIS, David. The Volume and Structure of the Transatlantic Slave Trade: A Reassessment. William and Mary Quarterly, vol. LVIII, n o 1, 2001; ELTIS, David. African and European Relations in the Last Century of the Transatlantic Slave Trade. In: PÉTRÉ-GRENOUILLEAU, Olivier (ed.). From Slave Trade to Empire: Europe and the Colonization of Black Africa, 1780s- 1880s. London and New York: Routledge, 2004, p. 24; ELTIS, David & RICHARDSON, David. Prices of African Slaves newly arrived in the Americas, : New Evidence on Long- Run Trends and Regional Differentials. In: ELTIS, David, LEWIS, Frank & SOKOLOFF, Kenneth (eds.). Slavery and the Development of the Americas. Cambridge: Cambridge University Press, 2004, p ELTIS, David. The Transatlantic Slave Trade: A Reassessment based on the Second Edition of the Transatlantic Slave Trade Dataset. Texto inédito.

25 24 Roquinaldo Ferreira / Revista de História 155 (2º ), Na Senegâmbia, a primeira região significativamente afetada pelo comércio atlântico português, a análise de Ivana Elbl demonstra que a formação de comunidades crioulas derivou da fraqueza portuguesa no comércio com os africanos. 22 Segundo Philip Curtin, por volta de 1630, os afro-portugueses não mais operavam individualmente, mas sim como uma diáspora coordenada cujo raio de ação se estendia de Cabo Verde até o Rio Gâmbia. 23 Em análise recente, Walter Hawnthorne afirma que, na Senegâmbia, os lançados, que definiam sua identidade usando como marcas de distinção uma cultura altamente mesclada, refletida diretamente na arquitetura, elementos lingüísticos e religiosos, eram forças dominantes no comércio atlântico. 24 Segundo George Brooks, estes usavam todos os meios à sua disposição para impedir que seus rivais europeus os superassem no papel de intermediários do comércio costeiro. 25 No final do século XVIII, numa estimativa certamente exagerada, um viajante francês situou em quinze mil o número de afro-europeus na Senegâmbia. 26 Na costa do Ouro, seria apenas no final do século XVII que o tráfico de escravos se tornaria mais importante do que o comércio de ouro. 27 Nesta região, onde várias nações européias (Holanda, Inglaterra, Dinamarca e Suécia) construíram um número considerável de fortes para o trato de escravos, as relações comerciais eram marcadas pela ativa presença dos afro-europeus. 22 ELBL, Ivana. Cross-Cultural Trade and Diplomacy: Portuguese Relations with West Africa, Journal of World History, vol. 3, n. 2, Ver também THORNTON. op. cit., p. XXX. 23 CURTIN. op. cit., p HAWTHORNE, Walter. Planting Rice and Harvesting Slaves: Transformations along the Guinea-Bissau Coast, Portsmouth: Heinemann, 2003, p. 59; MARK, Peter. Portuguese Style and Luso-African Identity: Pre-Colonial Senegambia, Sixteenth-Nineteenth Centuries. Bloomington: Indiana University Press, Ver também HORTA, José da Silva. Evidence for a Luso-African Identity in Portuguese Accounts on Guinea of Cape Verde (sixteenth-seventeenth centuries). History in Africa, 27, BROOKS, George. Eurafricans in Western Africa: Commerce, Social Status, Gender, and Religious Observance from the Sixteenth Century to the Eighteenth Century. Athens: Ohio University Press, 2003, p RODNEY, Walter. A History of the Upper Guinea Coast: New York and London: Monthly Review Press, 1970, p Ver também SEARING, James. West African Slavery and Atlantic Commerce: the Senegal River Valley, Cambridge: Cambridge University Press, ELTIS, David. The Rise of African Slavery in the Americas. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.

26 Roquinaldo Ferreira / Revista de História 155 (2º ), Segundo Feinberg, na década de 1730, o número de fortes chegava a No entanto, numa análise que também inclui o século XIX, DeCorse calcula o número de fortes europeus em sessenta. 29 Como assinalado por Catherine Coquery-Vidrovitch, incluindo os estabelecimentos secundários, o número de entrepostos subiria para mais de cem. 30 Como recentemente analisado por Rebecca Shumway, estes fortes precederam o período do pico do tráfico de escravos e foram criados no contexto da exploração de ouro naquela região. 31 Aqui, uma das dimensões da dinâmica crioula pode ter sido a associação direta entre crioulidade e mulatos. Segundo Christopher DeCorse, os mulatos eram reconhecidos como um segmento distinto da população [de Elmina] já no século XVI. 32 Nos vários fortes europeus, existiam até escolas especialmente para afro-europeus. No caso do forte inglês, por exemplo, uma escola para euro-africanos foi criada em Em Elmina (sob controle holandês), o número de alunos chegava a 400, em No forte dinamarquês, só filhos e filhas mulatas de uniões entre europeus e africanas eram aceitos. 35 Muitas vezes, como no caso de Christian Protten, jovens afro-europeus eram enviados para a Europa para melhor aprender (ou aperfeiçoar) línguas européias FEINBERG, Harvey. Africans and Europeans in West Africa: Elminians and Dutchmen on the Gold Coast during the Eighteenth Century. Philadelphia: 1989, p DECORSE, Christopher. Culture Contact, Continuity and Change on the Gold Coast, AD African Archaeological Review, 10, 1992, p. 164; DECORSE, Christopher. The Europeans in West Africa: Culture Contact, Continuity and Change. In: CONNAH, Graham. Transformations in Africa: Essays in Africa s Later Past. London: 1998, p COQUERY-VIDROVITCH, Catherine. The History of African Cities South of the Sahara: from the Origins to Colonization. Princeton: Markus Wiener Publishers, 2005, p SHUMWAY, Rebecca. Between the Castle and the Golden Stool: Transformations in Fante Society in the Eighteenth Century. Tese de Doutorado Inédita, Emory University, DECORSE. op. cit., p NORTHRUP, David. West Africans and the Atlantic, In: MORGAN, Philip e Hawkins, Sean (eds.). Black Experience and the Empire. Oxford: Oxford University Press, 2004, p DECORSE, Christopher R. An archaeology of Elmina: Africans and Europeans on the Gold Coast, Washington: Smithsonian Press, 2001, p SENSBACH. op. cit. Sobre o forte dinamarquês, ver também DECORSE, Christopher. The Danes on the Gold Coast: Culture Change and the European Presence. African Archaeological Review, 11, 1993, p SENSBACH. op. cit.

27 26 Roquinaldo Ferreira / Revista de História 155 (2º ), De qualquer forma, a presença dos afro-europeus foi vital para o funcionamento das comunidades costeiras da costa do Ouro principalmente nos fortes europeus e áreas adjacentes. Segundo Rebecca Shumway, por volta de 1750, a maioria dos cargos militares e muitos intérpretes e postos comerciais [nos fortes ingleses da costa do Ouro] eram ocupados por mulatos. 37 Analisando as relações entre holandeses e africanos, Trevor Getz constatou que foi em virtude das ações de John Currantee e Amonu Kuma [dois afro-europeus] que os traficantes de Anomabu tiveram uma posição privilegiada no tráfico de escravos. 38 No século XIX, um pequeno e inusitado grupo de habitantes da cidade de Elmina tinha emergido com especial proeminência nos assuntos políticos e dinâmica social da cidade. 39 Nesta altura, o número de afro-europeus foi estimado em seis mil indivíduos e a comunidade crioula assumiria caráter transracial com o ainda pouco estudado retorno de ex-escravos do Brasil e Caribe. 40 Mesmo na baía de Biafra, onde o tráfico de escravos foi relativamente tardio, tornando-se significante apenas na primeira metade do século XVIII, houve também um processo de crioulização localizada, que envolveu primordialmente as elites locais. Lá, ao contrário da costa do Ouro, os europeus não foram nunca 37 SHUMWAY. op. cit., p GETZ, Trevor. Mechanisms of Slave Acquisition and Exchange in late eighteenth century Anomabu: Reconsidering a Cross-Section of the Atlantic Slave Trade. African Economic History, 31, 2003, p YARAK, Larry. West African Coastal Slavery in the Nineteenth Century: The Case of the Afro-European Slaveowners of Elmina. Ethnohistory, vol. 36, n. 1, 1989, p GOCKING, Roger. Creole Society and the Revival of Traditional Culture in Cape Coast during the Colonial Period. International Journal of African Studies, vol. 17, n. 4, Para o retorno de ex-escravos, ver RATHBONE, Richard. The Gold Coast, the Closing of the Atlantic Slave Trade, and Africans of the Diaspora. In: PALMIÉ, Stephan. Slave Cultures and the Cultures of Slavery. Knoxville: University of Tennessee Press, 1995; JONES, Adam. Female Slave-Owners on the Gold Coast. In: PALMIÉ, Stephan (ed.). Slave Cultures and the Cultures of Slavery. Knoxville: University of Tennessee Press, 1995; AMOS, Alcione & AYESU, Ebenezer. Sou Brasileiro: História dos Tabom Afro-Brasileiros em Acra, Gana. Revista Afro-Ásia, 33, 2005, pp Para o caso do Togo, ver AMOS, Alcione. Afro-Brazilians in Togo. The Case of the Olympio Family, Cahiers d études Africaines, 162, 2001.

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