ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 6

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1 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 6

2 Índice 1. Ética e globalização da economia...3 2

3 1. ÉTICA E GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA Na atual sociedade, lamentavelmente, o sucesso econômico passou a ser a medida de todas as coisas. Também a ciência libertou-se da ética e está a serviço do lucro. Dupas (2000, p. 76), em seu livro Ética e poder na sociedade da in formação, alerta para um estado de vazio ético. Tal vazio ocorre porque os valores e as referências tradicionais desaparecem e os fundamentos ontológicos, metafísicos e religiosos da ética se perderam. Diz ainda Dupas que o paradoxo mais claro de nossa época é que apesar de o capitalismo ter se desligado da sua origem, que era ver o homem como um fim e não um meio, as pessoas, ainda que não pratiquem, buscam exigir a ética e os preceitos morais que estão sempre no debate por toda a sociedade. Quase todos os dias os programas da mídia e os jornais debatem a questão do dever. Há uma nova ordem surgindo, uma exigência de uma ética da responsabilidade em relação ao futuro longínquo pelo qual somos responsáveis, pois, como é sabido, a grande questão ética que se propõe hoje é a salvação do planeta e do homem como espécie. Como vivemos em uma sociedade em rede, o que acontece a uma parte da humanidade acontecerá a todos nós. Desde seus primórdios, mas acentuadamente nos últimos séculos, o capitalismo e sua ideia de progresso sem fim vai aos poucos restringir sua ação apenas à busca do lucro como resultado mecânico da livre concorrência entre seus diferentes componentes. A produção científica e os centros de pesquisa amarrados ao lucro capitalista perderam o sentido original de produzir bens que trouxessem para a humanidade o bem-estar e buscam aumentar sua produtividade para buscar o lucro sobre o lucro. A técnica, em vez de levar à emancipação e à felicidade dos homens como era seu objetivo inicial, tem levado a humanidade ao sofrimento e à exclusão de uma parte considerável da população mundial. Havia necessidade de normas de condutas para as empresas, porque elas são pessoas jurídicas e há, ao mesmo tempo, uma relação comunitária; por meio das empresas é que o capitalismo como tal se manifesta. Para retomar normas morais de conduta no mundo econômico, há que se atingir sua manifestação corpórea: as empresas. Tal concepção surge pela primeira vez nos Estados Unidos, na década de 60. Nessa época, havia nesse país uma crise generalizada de confiança. Por ser uma nação democrática, seus órgãos de mídia são extremamente livres e começaram a denunciar o que se passava no mundo dos negócios: os escândalos de corrupção, os atentados à saúde pública, os subornos, o tráfico de influências, o uso de informação privilegiada, a distribuição injusta do benefício, a manipulação dos preços etc. Juntamente com esta crise de confiança que estas denúncias fizeram surgir, o país vivia a crise da Guerra do Vietnã e as consequências do escândalo Watergate que levou à renúncia de Richard Nixon. Tantos escândalos e desrespeito ao bem comum, ao patrimônio público e até aos direitos fundamentais das pessoas geraram na grande nação uma atmosfera de desconfiança de todas as esferas da vida pública e 3

4 de um setor para com o outro. Tal situação fez com que se instalasse na sociedade estadunidense um clima de desconfiança tão profundo que políticos e homens de negócio perderam a credibilidade indispensável à atividade política e econômica. Uma sociedade só pode funcionar dentro de um nível mínimo de confiança, sem o qual se desmorona, e a situação ficou muito complicada na década de 70 nos Estados Unidos. Naquela nação propulsora do mundo econômico, a desconfiança foi de tal ordem que os analistas concluíram não ser possível esperar para que a sociedade, mais concretamente o setor empresarial, recuperasse por si mesmo o grau de confiança necessário ao mercado e ao mundo social como um todo. Considerou-se que o estado de degradação da confiança que se tinha instalado era de tal ordem que a sociedade entregue a si mesma já não tinha energia para recuperar. Havia de se fazer alguma coisa para que a confiança indispensável aos negócios ressurgisse de modo a superar a crise em todas as suas dimensões. A partir daí, então, começa a pressão da sociedade e do grande Capital para se retornar à ética dos fundadores do Capitalismo, ou seja, a ética como elemento constitutivo da sociedade de organizações, a ética que gira em torno desses dois eixos: a) procura dar conta da responsabilidade do indivíduo enquanto pessoa e das responsabilidades sociais da empresa e b) visa compreender melhor o papel do elemento empresarial no seio da ordem alargada da cooperação humana, tendo em conta que a ordem econômica numa sociedade livre só se pode entender no contexto de certas normas morais e jurídicas, que tornam tal ordem possível. Assim, as grandes empresas, a princípio, depois todo o mundo econômico passam a exigir que os estudantes tenham curso de ética e que as empresas desenvolvam com seus colaboradores uma reflexão sobre a importância da ética empresarial. Pressionada por um capitalismo global, a ética torna-se um dos temas mais discutidos nos últimos anos no Brasil e no mundo, em especial quando aplicada ao exercício profissional, mais ainda no que se refere aos cargos de gestão empresarial. Isso porque as informações que apoiam os processos de tomada de decisão interferem diretamente no processo de construção da imagem e da própria continuidade das empresas. Além do mais, o Estado na ideologia neoliberal que é adotada pelo Brasil a partir da década de 90 deixa de ser empresário. Não há mais praticamente empresas estatais e as empresas encarregadas da prestação de serviços para o Estado contribuem para a imagem negativa ou positiva da própria nação brasileira no mundo todo. Os grandes escândalos que ocorrem na relação empresa-estado no Brasil têm demonstrado como está longe por aqui a ética da responsabilidade por parte de muitos homens de negócios. A desvinculação das normas religiosas de conduta moral no Brasil não foi um fenômeno que começou a partir de estudo sistematizado de filósofos da moral como na Europa e nos Estados Unidos. A grande empresa nacional nasce estatal e se estabelece por decreto durante o governo Vargas, e nossos empresários especializam-se em produtos e serviços que serviam às empresas estatais ou, a partir da década de 50 do último século, às empresas multinacionais. A maior parte dessas empresas se especializou sem que seus gestores percebessem a extrema ligação, como já provara Max Weber, entre a ética da responsabilidade e o estabelecimento e, a reprodução do capitalismo. 4

5 Quando não aprendemos pelos livros, vamos pela prática; fazemos por imitação aquilo que já deu certo com os outros. Assim, nossos empresários, muitas vezes frutos de ascensão social, adotaram como normas de conduta a prática popular das gentes sem instrução e sem mecanismos de defesas institucionais de seus direitos: o jeitinho brasileiro. Tal Jeitinho de lobistas das empresas, mais uma relação iníqua com parlamentares e até com agentes da esfera da justiça, tem no Brasil desviado somas consideráveis que poderiam promover as pessoas, gerando a felicidade pessoal e, portanto, igualdade de oportunidade para todos, promovendo a liberdade, que mais do que nunca se conquista pelo saber. O desvio de recursos públicos termina por minar os recursos para a educação de jovens e adultos. Os valores que orientam as normas de conduta ética, que exige como função principal do Estado promover a igualdade entre desiguais pela natureza e pela história, promoveram a própria civilização capitalista liberal e democrática por meio da Educação. Os valores que orientam a conduta ética têm que ser ensinados, eles não vêm de berço. Sem a prática de tais valores no mundo econômico, não é possível ter responsabilidade moral geradora de confiança e respeito pela empresa, tornada pessoa pelo capitalismo. Mesmo para aqueles agentes econômicos que se comportam fora das regras morais, o que parece ser uma esperteza termina por ser desvantajoso. O capitalismo é racional. O lucro oriundo da corrupção, que parece ser grande de imediato, acaba sumindo em comissões, subornos, problemas com a justiça, pagamento de indenizações e outros arranjos. A insegurança em relação à empresa com fama de corrupta diminui os investimentos e faz cair o valor de suas ações entre outras mazelas. Tudo contribui para a morte da própria empresa e esse é um dos motivos pelos quais nossas empresas não conseguem uma sobrevida à vida de seus fundadores. Como o capitalismo é racional e metódico, não pode viver na irracionalidade dessa situação. Se for urgente para todo o mundo falar em ética no mundo dos negócios, no Brasil trata-se de uma questão de vida ou morte. Dentro de uma economia cada vez mais entrelaçada e em rede não é possível a solução, ao nosso jeitinho, de hábitos que levam à morte muitos brasileiros: por fome, por doenças endêmicas e epidêmicas, por violência gratuita e por exclusão social. Além disso, o capital foge como o diabo da cruz, onde não há confiança de reprodução com lucro e em paz. 5

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