Em diagnóstico por imagem se caracteriza como massa qualquer estrutura que tem características expansivas (rechaça outras estruturas) e ocupa espaço,
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- Aline Camelo Santos
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2 Em diagnóstico por imagem se caracteriza como massa qualquer estrutura que tem características expansivas (rechaça outras estruturas) e ocupa espaço, podendo ser tumoral ou inflamatória. 2
3 Nesta radiografia simples Ântero Posterior (AP) do abdome nota-se grande massa com densidade de partes moles, contornos regulares, que cresce da pelve para cima. O diagnóstico foi de útero miomatoso gigante. 3
4 O polipo é uma lesão arredondada que cresce na mucosa de estruturas ôcas, aqui especialmente no tubo digestivo, podendo ser neoplásico ou inflamatório. Trata-se de imagem arredondada, contornos regulares que dá falha de enchimento fixa no exame contrastado do tubo digestivo. Neste caso tratava-se de pólipo da parede do esôfago (flexas). 4
5 A radiografia da região cervical sem contraste, para visualização de corpo estranho do esôfago, nada mostra. Isto significa que o corpo estranho é radiotransparente, isto é, não aparece aos raios X. Então foi realizada a radiografia do esôfago com contraste que mostra falhas irregulares de enchimento. Estas falhas irregulares de enchimento do esôfago, vistas na radiografia contrastada, poderiam ser causadas por uma neoplasia maligna ou por corpo estranho, pois tem aspecto irregular. Neste caso, o paciente ficou engasgado após tentar ingerir um pedaço grande de carne, e as falhas de enchimento visualizadas eram pedaços de carne impactados no esôfago que foram retirados com endoscopia. Toda vez que queremos investigar através dos raios X um corpo estranho devemos primeiro saber se é radiopaco (metais, ossos, etc..) ou radiotransparente (plástico, madeira, borracha, carne, cartilagem, etc.). Se o corpo estranho for metálico ou calcificado basta a radiografia simples para localizá-lo. Se o corpo estranho for radiotransparente não adianta fazer a radiografia simples, mas temos que realizar a radiografia contrastada do tubo digestivo. Estes corpos estranhos radiotransparentes vão dar falhas de enchimento na luz do órgão. 5
6 Estes são três casos em que os pacientes apresentaram disfagia lenta e progressiva, primeiro para sólidos e depois para líquidos, e as radiografias contrastadas do esôfago mostraram câncer epidermóide do esôfago. Os retângulos assinalados mostram falhas de enchimento irregulares com estenose e dilatação à montante. Na região de transição entre a lesão e a porção normal notam-se imagens em bico marginal, isto é uma característica das lesões malignas.nas lesões inflamatórias esta transição é harmônica e não abrupta. 6
7 Neste caso o paciente apresentou disfagia lenta e progressiva com emagrecimento. A seriografia do esôfago, estômago e duodeno mostrou lesão estensante, irregular, com aspecto que sugere pregas esofágicas espessadas (área em destaque). O diagnóstico foi neoplasia maligna do esôfago. As varizes do esôfago podem apresentar o aspecto de pregas espessadas, mas a história clínica é totalmente diferente para os casos de varizes ou de neoplasia. Este caso traz um aprendizado muito importante, mostrando que lesões totalmente diferentes podem dar imagens iguais. Portanto a clínica apresentada pelo paciente é necessária para um diagnóstico seguro, nunca devendo ser omitida nos pedidos de exames. 7
8 Estas radiografias contrastadas do esôfago são de um paciente alcoolista que apresentava cirrose hepática e teve um quadro agudo de vômitos com sangue. As radiografias mostram falhas de enchimento tortuosas, alongadas, o que juntamente com os dados clínicos nos permitem fazer o diagnóstico com segurança de varizes do esôfago. 8
9 Estas são radiografias contrastadas da região pré-pilórica gástrica de dois casos diferentes, e mostram duas falhas de enchimento arredondadas, contornos bem lisos e regulares (flexas vermelhas). A forma arredondada e os contornos lisos e regulares são sinais de lesão benigna. gástricos. Nestes dois casos tratavam-se de pólipos adenomatosos 9
10 Esta é uma seriografia contrastada da região pré-pilórica do estômago com 4 incidências que mostra falha de enchimento arredondada, contornos bem lisos e regulares. A forma arredondada e os contornos lisos e regulares são sinais de lesão benigna. Neste caso tratava-se de pedaço de pão ingerido antes do exame e não referido pelo paciente. Durante o exame temos que nos certificar se a imagem está fixa no local ou se ocorre deslocamento durante o exame, pois falhas de enchimento deste tipo podem simular lesões quando o paciente esconde do radiologista que comeu antes do exame. 10
11 Esta é uma seriografia contrastada da região pré-pilórica do estômago com duas incidências que mostra falha de enchimento arredondada, contornos bem lisos e regulares apresentando pequena imagem opacificada no interior dando o aspecto em olho de boi. A forma arredondada e os contornos lisos e regulares são sinais de lesão benigna, mas as metástases para a parede das vísceras ocas (tubo digestivo e traqueo-brônquicas) podem se apresentar com este aspecto. A pequena imagem radiopaca contrastada (branca) no interior da lesão é uma ulceração com depósito de contaste no nicho ulcerado. Neste caso tratava-se de metástase de melanoma da pele. Este caso também ilustra a importância dos dados clínicos na interpretação das imagens radiológicas. 11
12 Esta é uma seriografia contrastada da região pré-pilórica do estômago e do duodeno mostrando múltiplas falhas de enchimento arredondadas com margens lisas e regulares. Neste caso tratava-se de polipose gástrica e duodenal. 12
13 As radiografias contrastadas do estômago mostram falha de enchimento arredondada de contornos lisos e regulares (flexas vermelhas). (leiomioma). Neste caso tratava-se de lesão gástrica neoplásica benigna 13
14 As radiografias contrastadas do estômago mostram lesão vegetando para dentro do estômago, arredondada, contornos lisos e regulares (flexa vermelha). (leiomioma). Neste caso tratava-se de uma lesão gástrica neoplásica benigna Leiomioma é uma neoplasia intramural extra ou endoluminal do tubo digestivo, que apresenta contornos regulares, podendo se ulcerar dando imagem em ôlho de boi. A diferenciação com leiomiossarcoma é difícil pelos métodos de imagem. 14
15 A imagem mostra corte de tomografia computadorizada ao nível do estômago mostrando lesão vegetante para dentro do estômago, arredondada, contornos lisos e regulares (flexa vermelha). (leiomioma). Neste caso tratava-se de lesão gástrica neoplásica benigna 15
16 Esta é uma figura do Atlas do Netter que mostra lesão gástrica neoplasia vegetante. 16
17 A seriografia do estômago mostra falha de enchimento com aspecto de couve-flor por lesão vegetante. avançado. Este caso trata-se de câncer do estômago do tipo elevado, 17
18 A radiografia contrastada do estômago mostra massa crescendo para dentro da luz do estômago com ulceração na sua parte mais elevada. Trata-se de câncer elevado com ulceração. 18
19 Presença de depósito de contraste grande, raso da mucosa gástrica na região pré pilórica com falha de enchimento ao redor. Carmann. Este nicho de bário chama-se nicho encastuado ou menisco de Trata-se de uma ulceração grande e rasa da mucosa sobre um câncer do estômago. Esta é a forma ulcerada sem elevação. 19
20 Esta figura do Netter mostra um câncer do estômago do tipo infiltrante ou esquirro gástrico. A lesão infiltra e se espalha pela sub-mucosa podendo tomar todo o órgão e se estender ao esôfago e duodeno, como neste caso. O aspecto na radiografia é o de rigidez de parede. Na seriografia da mesma região,realizada em tempos diferentes, podemos superpor as imagens. Isto não aconteceria se não houvesse rigidez, pois o órgão tem peristaltismo e as imagens seriam diferentes nas diferentes fases radiografadas. 20
21 A seriografia do esôfago distal e estômago não mostra diferença entre as duas imagens realizadas em tempos diferentes. Trata-se de câncer infiltrante, esquirroso, avançado do estômago que se estendia ao esôfago e duodeno. Note-se que existem sinais de massa ao redor da parede do estômago afastando as estruturas vizinhas. 21
22 Tomografia computadorizada do abdome superior mostrando espessamento e contorno irregular localizado na mucosa gástrica (seta). Notese que as demais porções da parede do estômago são finas e regulares. A tomografia é um método de diagnóstico por imagem para estadiamento de neoplasias do tubo digestivo, não devendo ser usada para diagnóstico, pois só mostra lesões depois de muito avançadas no tubo digestivo. Sua finalidade é localizar metástases locais e à distância, bem como tentar definir se o tumor infiltra estruturas vizinhas. 22
23 Paciente feminino, 46a, com ca de mama e vizualizados cistos hepáticos à ultrassonografia DIAGNÓSTICO: Metástases hepáticas. 23
24 Pós-Contraste EV, fase portal do contraste: Realce dos nódulos, aspecto em alvo. Paciente feminino, 46a, com ca de mama e vizualizados cistos hepáticos à ultrassonografia DIAGNÓSTICO: Metástases hepáticas. 24
25 Fase pré-c EV. Paciente feminino, 46a, com ca de mama e vizualizados cistos hepáticos à ultrassonografia DIAGNÓSTICO: Metástases hepáticas. 25
26 Pós-C EV. Paciente feminino, 46a, com ca de mama e vizualizados cistos hepáticos à ultrassonografia DIAGNÓSTICO: Metástases hepáticas. 26
27 Pós-C EV. Paciente feminino, 46a, com ca de mama e vizualizados cistos hepáticos à ultrassonografia DIAGNÓSTICO: Metástases hepáticas. 27
28 TC pós-c EV, fase portal. Nódulos coalescentes formando massa hipodensa com realce periférico. DIAGNÓSTICO: Metástases de neo de cólon. 28
29 TC pós-c EV, fase portal. Metástases hepáticas hipervascularizadas. 29
30 TC pós-c EV, fase portal. Metástases hepáticas hipervascularizadas. 30
31 O enema opaco mostra segmento do cólon com pequenas falhas de enchimento, arredondadas, com margens regulares e lisas. Trata-se de polipose do cólon. As imagens de bolhas de ar ou fezes podem dar este mesmo aspecto e se confundir com estas lesões. O que caracteriza o pólipo é uma falha de enchimento com as características descritas que não muda de local durante o exame. As bolhas e fezes mudam de local de uma radiografia para outra ou na radioscopia. Este caso trata-se de polipose familiar do cólon. 31
32 O enema opaco mostra lesão estenosante do cólon sigmóide, em maçã mordida ou anel de guardanapo, aspecto irregular, passagem abrupta do normal (mucosa lisa) para o patológico (estenose com irregularidade). Este é o aspecto do câncer do cólon. Deve-se assinalar que as imagens radiológicas são morfológicas e não histopatológicas. Podem existir lesões com este mesmo aspecto em outras patologias não tumorais, como na tuberculose, paracoccidioidomicose, Doença de Crohn, etc. Portanto, mais uma vez, chamamos atenção da necessidade de se considerar as imagens á luz de dados clínicos. 32
33 O enema opaco mostra lesão estenosante do cólon sigmóide, em maçã mordida ou anel de guardanapo, aspecto irregular, passagem abrupta do normal (mucosa lisa) para o patológico (estenose com irregularidade). Este é o aspecto do câncer do cólon. Deve-se assinalar que as imagens radiológicas são morfológicas e não histopatológicas. Podem existir lesões com este mesmo aspecto em outras patologias não tumorais, como na tuberculose, paracoccidioidomicose, Doença de Crohn, etc. Portanto, mais uma vez, chamamos atenção da necessidade de se considerar as imagens á luz de dados clínicos. 33
34 Tomografia da pelve com contraste venoso e via oral mostrando o reto com contraste no interior, e parede bastante espessada com densidade de partes moles. Trata-se de um caso de câncer do reto. Este paciente quanto foi indicada a tomografia já tinha o seu diagnóstico estabelecido. O exame foi pedido para ver a extensão da lesão aos tecidos e órgãos visinhos, bem como se haviam metástases à distância. Verifica-se que o tumor está restrito á parede do reto, não infiltrando a gordura pélvica vizinha. 34
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40 O trânsito intestinal delgado mostra lesão arredondada de contornos lisos e regulares dando falha de enchimento na luz do intestino à partir da parede (flexa). Neste caso o diagnóstico radiológico é de neoplasia benigna. O diagnóstico patológico foi leiomioma. O leiomioma é o tumor benigno mais freqüente do intestino delgado. Ocorre em 30% de todas as neoplasias benignas, e tem predomínio relativo pelo duodeno São lesões geralmente únicas, se projetam da serosa, 50% menores que 5,0cm, 25% assintomáticos, mais de 50% apresentam hemorragia, 20% tem massa palpável, perda de peso e anorexia são incomuns. Na tomografia computadorizada são esféricos ou ovóides, com realce intenso pós-contraste e calcificações. 40
41 O trânsito intestinal delgado mostra falha de enchimento arredondada intraluminal no jejuno (flexa). O diagnóstico histopatológico foi adenoma Os adenomas são tumores glandulares. Constituem 25% de todas as neoplasias benignas intestinais. São mais freqüentes no duodeno. As lesões são freqüentes e múltiplas, e a maioria é do tipo pedundulado intraluminal. É freqüente intussuscepção no jejuno e íleo porque o tumor pedunculado arrasta a mucosa do intestino fazendo invaginações. Cerca de 65% são sintomáticos dando dor e obstrução e, mais de 50% dão perda de sangue. 41
42 O trânsito intestinal delgado mostra pequenas falhas de enchimento da mucosa, arredondadas, múltiplas. O diagnóstico histopatológico foi adenoma 42
43 O trânsito intestinal delgado mostra pequena falha de enchimento, arredondada, no íleo. adenomas. Os lipomas são menos freqüentes que os leiomiomas e São tumores intramurais e se apresentam como falha de enchimento intraluminal com base larga tendo maior incidência no íleo com predomínio em idosos do sexo masculino. Em 15% apresentam sintomatologia e em 75% deles o sintoma é a dor abdominal intermitente, 30% dá perda de sangue e 25% são palpáveis. 43
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45 Radiografia contrastada mostrando acentuada estenose e alargamento do arco duodenal por miossarcoma do duodeno. 45
46 O trânsito intestinal delgado mostra grande massa infiltrando as alças intestinais, com estenose, irregularidade e separação das mesmas (flexas). Este caso tratava-se de Linfoma de Hodgkin do intestino delgado. 46
47 A tomografia computadorizada do abdome mostra grande massa com densidade de partes moles envolvendo alças do íleo, com estenose e irregularidade das mesmas. O dianóstico histopatológico foi de Linfoma não Hodgkin. 47
48 Tomografia da pelve com contraste venoso e via oral mostrando o reto com contraste e parede bastante espessada com densidade de partes moles. Trata-se de um caso de câncer do reto. Este paciente quanto foi indicada a tomografia já tinha o seu diagnóstico estabelecido. O exame foi pedido para ver a extensão da lesão aos tecidos e órgãos visinhos, bem como se haviam metástases à distância. Verifica-se que o tumor está restrito á parede do reto, não infiltrando a gordura pélvica visinha. 48
49 Tomografia da pelve com contraste venoso e via oral mostrando o reto com contraste e parede bastante espessada com densidade de partes moles. Trata-se de um caso de câncer do reto. Este paciente quanto foi indicada a tomografia já tinha o seu diagnóstico estabelecido. O exame foi pedido para ver a extensão da lesão aos tecidos e órgãos visinhos, bem como se haviam metástases à distância. Verifica-se que o tumor está restrito á parede do reto, não infiltrando a gordura pélvica visinha. 49
50 Tomografia da pelve com contraste venoso e via oral mostrando o reto com contraste e parede bastante espessada com densidade de partes moles. Trata-se de um caso de câncer do reto. Este paciente quanto foi indicada a tomografia já tinha o seu diagnóstico estabelecido. O exame foi pedido para ver a extensão da lesão aos tecidos e órgãos visinhos, bem como se haviam metástases à distância. Verifica-se que o tumor está restrito á parede do reto, não infiltrando a gordura pélvica visinha. 50
51 Tomografia da pelve com contraste venoso e via oral mostrando o reto com contraste e parede bastante espessada com densidade de partes moles. Trata-se de um caso de câncer do reto. Este paciente quanto foi indicada a tomografia já tinha o seu diagnóstico estabelecido. O exame foi pedido para ver a extensão da lesão aos tecidos e órgãos visinhos, bem como se haviam metástases à distância. Verifica-se que o tumor está restrito á parede do reto, não infiltrando a gordura pélvica visinha. 51
52 Tomografia da pelve com contraste venoso e via oral mostrando o reto com contraste e parede bastante espessada com densidade de partes moles. Trata-se de um caso de câncer do reto. Este paciente quanto foi indicada a tomografia já tinha o seu diagnóstico estabelecido. O exame foi pedido para ver a extensão da lesão aos tecidos e órgãos visinhos, bem como se haviam metástases à distância. Verifica-se que o tumor está restrito á parede do reto, não infiltrando a gordura pélvica visinha. 52
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