Nebulizadores aplicam gotas menores que 50 mm.
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- Ruy Paixão Neves
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1 Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Curso : Agronomia Disciplina: Tratamento Fitossanitário Aula: Aplicação de Líquidos e Pulverizadores Os produtos fitossanitários podem chegar ao alvo por gravidade, pressão hidráulica (pulverizadores), fluxo de ar (atomizadores), mistos (pressão hidráulica + fluxo de ar), nebulização (quente e frio) e eletrostática. Os equipamentos para pulverização de líquidos podem ser divididos em três: Injetores aplicam um filete líquido sem fragmentação de gotas. Nebulizadores aplicam gotas menores que 50 mm. Pulverizadores aplicam gotas. Estes são os mais utilizados em operações agrícolas, e também podem ser classificados quando a forma de levar as gotas até o alvo, sendo divididos em dois grupos: Pulverizadores de jato lançado as gotas depois de lançadas pelos bicos, deverão chegar ao ar pela sua própria energia cinética. Pulverizadores de jato arrastado uma corrente de ar deverá arrastar a gota até o alvo. Os pulverizadores terrestres ainda podem ser classificados em autopropelidos (automotrizes), tratorizados montados (três pontos), tratorizados de arrasto, e também pulverizadores turbo-atomizadores. Pulverizadores Autopropelidos: Capacidade de carga: a litros; Barra de pulverização: 18 a 30 metros (espaçamento entre bicos 35 a 50 cm).
2 Pulverizadores tratorizados de arrasto: Capacidade de carga: a litros; Barra de pulverização: 16 a 24 metros (espaçamento entre bicos 35 a 50 cm). Pulverizadores tratorizados montados (três pontos): Capacidade de carga: 400 a 800 litros; Barra de pulverização: 14 a 18 metros (espaçamento entre bicos 35 a 50 cm). COMPONENTES BÁSICOS DOS PULVERIZADORES HIDRÁULICOS Os pulverizadores têm, de um modo geral, algumas partes em comum, sendo que todos apresentam pelo menos um tanque, uma fonte de energia para acionamento do líquido (pode até ser a gravidade) e um elemento que forma gotas. No entanto, para se ter controle sobre todas as condições operacionais, muitas outras partes e acessórios são necessários. Está demonstrado a seguir os componentes de circuitos hidráulicos com bombas centrífuga e de pistões (a qual será discutido cada item do circuito, por possuir um sistema mais utilizado em pulverizadores tratorizados).
3 Circuito hidráulico com bomba centrífuga Circuito hidráulico com bomba de pistões Manual Jacto
4 Componentes de um circuito hidráulico de um pulverizador convencional 1-tanque; 2-agitador; 3-registro; 4-filtro; 5-bomba; 6-câmara de compressão; 7-regulador de pressão; 8-manômetro; 9-registro de seções; 10-tubulação de retorno; 11-barra; 12-bicos 1 Tanque - é o componente responsável por armazenar a calda (água ou outro diluente mais o produto) que será pulverizada; 2 Agitador - Os sistemas de agitadores de tanque são muito importantes, principalmente para produtos que necessitam de uma boa agitação para permanecerem homogêneos na calda (por exemplo, os pós molháveis) e podem ser de dois tipos básicos: - Mecânicos, com uso de uma hélice acionada por um eixo da bomba (ou outro acionamento) dentro do tanque; - Hidráulicos, usando parte do sistema de retorno da bomba para agitação da calda. Em tanques maiores, para não necessitar de bombas muito grandes, são colocados sistemas de agitadores que usam o princípio de Venturi que proporcionam um deslocamento da calda de 3 e 5 vezes maior que o retorno normal da bomba (como na figura); 3 Registro - Essa peça, apesar de muito simples, é importante e, no campo, é muito comum encontrá-la em mau estado de funcionamento, ocasionando grande desperdício de produtos na limpeza de filtros ou na manutenção de outras partes do sistema quando o tanque está carregado; 4 Filtro - Esse é um componente fundamental no pulverizador e é responsável por quatro funções muito importantes: - Garantir maior uniformidade das aplicações, não permitindo que o entupimento de pontas venha a causar a distribuição desuniforme da calda; - Garantir maior capacidade operacional dos pulverizadores, diminuindo o tempo parado dos pulverizadores enquanto se desentope as pontas, tratando assim uma maior área por dia;
5 - Garantir segurança ao trabalhador durante o serviço, não expondo o trabalhador à tarefa de desentupir as pontas e entrando em maior contato com o produto químico, ficando o trabalhador apenas na operação de tratorista ou condutor do equipamento; - Garantir maior durabilidade das pontas, diminuindo as impurezas como areia e, assim, a abrasão nas pontas, além de garantir que o operador não venha a desentupir essas peças com objetos não recomendados; A- pré-bomba, B- de linha, C- auto-limpantes 5 Bomba - A função da bomba é pressionar a calda, colocando no sistema a energia que será usada para fazer a pulverização (energia potencial). Existem vários tipos de bomba, como bomba de pistão, de diafragma, de roletes, de engrenagens e centrífuga. No Brasil, para pulverizadores tratorizados, a esmagadora maioria das bombas ainda é de pistão. As bombas de pistão e pistão diafragma, são bombas de bombeamento positivo, o que permite succionar a calda do tanque; e têm uma curva de desempenho praticamente constante, dependente da rotação e da capacidade do conjunto de pistões ou diafragmas e independente da pressão de trabalho. Já as bombas centrífugas precisam trabalhar em posição mais baixa que a do tanque, pois não têm capacidade de sucção e sua curva de desempenho para volume deslocado cai à medida que aumenta a pressão. Essa diferença provoca problemas de restrição de aumento do volume de calda quando se precisa de maior pressão; 6 Câmara de compressão - O regime de trabalho das bombas de pistão e diafragma geram pontos de mais alta pressão (compressão do pistão) e de menor pressão (admissão da calda), ocasionando variações de pressão no sistema e, por isso, uma pulsação nas pontas. Com a função de eliminar as pulsações oriundas dessas bombas, é
6 instalado no circuito, após a bomba, na linha de pressão, uma câmara que é um compartimento parcialmente cheio de ar. Como o ar é mais elástico e aceita melhor a compressão, no momento de aumento de pressão, o ar se retrai e absorve o aumento da pressão, quando a pressão reduz, o ar se expande, devolvendo ao sistema a pressão acumulada; mantendo assim a pressão mais uniforme no sistema. Essa câmara é muito importante nas bombas de 2 pistões. Para bombas de ação contínua, como as bombas centrífugas, não é necessária essa câmara. Para bombas de vários pistões a câmara também é dispensável; 7 Regulador de pressão - Eliminada uma possível pulsação, a calda entra no regulador de pressão (Figura 6). O regulador, basicamente, é um divisor de volume. Nas bombas de pistão ou diafragma esse regulador deverá sempre ser de mola, garantindo que, ao fechar as saídas para os bicos, o volume deslocado para as pontas possa retornar pelo regulador, forçando a mola a abrir maior passagem de retorno, funcionando, assim, como uma válvula de segurança ou alívio. Nas bombas centrífugas o regulador pode ser de estrangulamento, pois em caso de fechamento das seções da barra, a bomba deslocará menor volume de calda com o aumento da pressão. Regulador de pressão de mola 8 Manômetro - É uma peça muito importante, pois tem a função de medir a energia usada pelo sistema para pulverizar. O manômetro comum traz escala em lb/pol.2 e kg/cm2; 9 Registro de Seções - Depois do regulador de pressão e manômetro, deve haver um registro, que o operador comanda para abrir ou fechar a passagem do líquido para os bicos. O número de válvulas pode variar de acordo com o número de seções de barra do pulverizador
7 10 Tubulação de retorno Serve de desvio para o retorno do líquido ao tanque; 11 Barra - As barras de pulverização contêm os bicos. O comprimento da barra varia conforme o modelo do pulverizador. Quanto mais comprida a barra, mais larga será a faixa de tratamento e, portanto, maior a capacidade operacional do equipamento. Entretanto, quanto mais comprida a barra, maior será a oscilação da mesma e a deposição poderá ser mais heterogênea; 12 Bicos de pulverização - O bico de pulverização é todo o conjunto e suas estruturas de fixação na barra como: corpo, porca, ponta, etc. Os bicos se acham posicionados na barra em distâncias uniformes, fixados por diferentes sistemas; Partes dos bicos como: engate rápido, corpos múltiplos com antigotejo, corpo, filtro de bico, capa, abraçadeira REFERÊNCIA MATUO, T. Técnicas de aplicação de defensivos. Jaboticabal: Funep, 139 p., 1990.
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