ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL

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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS CURSO DE DIREITO ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL Sheila Amendola Panica RA: Turma: 3209-B SÃO PAULO 2006

2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS CURSO DE DIREITO ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL Trabalho apresentado à disciplina de Direito Processual Civil do Curso de Graduação em Direito/UniFMU, como exigência parcial para obtenção do grau de bacharel em Direito, sob orientação do Professor Rodrigo da Cunha Lima Freire SÃO PAULO 2006

3 BANCA EXAMINADORA: ( ) Professor Orientador ( ) Professor Argüido ( ) Professor Argüido

4 Homenageio minha família que proporcionou, a mim, firmemente, amor e educação. Sementes fundamentais para uma ilustre vida.

5 SINOPSE Com o presente trabalho de pesquisa realizado, pretende-se apresentar o novo instituto da tutela recursal. Instituto este novo no seu aspecto legal, mas, tendo em vista a sua aplicabilidade nos tribunais, há que se falar que tal pratica já era corriqueira. Porém a nomenclatura utilizada incorretamente era de efeito suspensivo ativo. Com desenvolver da análise do instituto da tutela antecipada, é possível averiguar as hipóteses de seu cabimento no âmbito recursal, o porque de sua utilização, e principalmente o meio correto para obtenção do seu deferimento. Sem um embasamento em relação ao instituto em tela, torna-se impossível acompanhar o desenvolvimento social em contra partida ao engessamento da legislação que demora em se atualizar.

6 SUMÁRIO Introdução Aspectos históricos A tutela antecipada no direito brasileiro 2.1 Definição Requerimento Conceitos vagos Prova inequívoca Reversibilidade Revogabilidade Efetividade Impugnação Fungibilidade Inaudita Altera Parte Breve comparação entre tutela antecipada e a tutela cautelar Antecipação de tutela quanto ao receio de dano irreparável ou de difícil reparação Antecipação de tutela autônoma ao perigo de dano 6.1 Em relação ao abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu Em relação ao pedido incontroverso Tutela antecipada nos tribunais Poderes do relator Possibilidade do recorrido pleitear antecipação de tutela Antecipação de tutela nos processos de competência originária Tutela antecipada nos recursos 9.1 Tutela antecipada no agravo de instrumento Tutela antecipada recursal na apelação Tutela antecipada diante da sentença do artigo 267 ou da sentença de improcedência Antecipação da tutela em embargos de declaração Tutela antecipada no recurso especial e extraordinário Mandado de Segurança e a antecipação da tutela...59 Conclusão...62 Referências Bibliográficas...64

7 INTRODUÇÃO Preliminarmente, há que se destacar as reformas ocorridas no sistema processual brasileiro, as quais visam a obtenção de um rito mais célere para o processo judicial, juntamente com a obtenção da efetividade da prestação jurisdicional. Para se entender por completo o instituto da tutela antecipada em segundo grau, é necessário, inicialmente o seu conhecimento vasto e enraizado. Tendo em vista a necessidade de um meio para amenizar os possíveis riscos que podem ocorrer no transcorrer de uma lide é que surgiram as medidas de urgência. Isto ocorreu porque cada vez mais a sociedade busca soluções rápidas, em todas as fases do processo. Quanto ao âmbito recursal, a tutela antecipada surgiu como forma de cessar, principalmente, o uso inadequado das cautelares inominadas e do mandado de segurança. Isto porque, esses dois institutos eram utilizados com os mesmos objetivos que se utiliza hoje da tutela antecipada, vez que não havia previsão legal para um meio adequado. Dentre as reformas em destaque, é possível ressaltar aquela que atribuiu ao relator maiores poderes, atuando monocraticamente, o que pode possibilitar maior agilidade ao processo, inclusive no que se refere à antecipação da tutela. É importante ressaltar também o grande aprimoramento quanto a utilização do termo adequado para a antecipação da tutela em âmbito recursal; evitando-se a anterior terminologia utilizada de efeito suspensivo ativo. O motivo para a cessação da utilização inadequada de tal terminologia mostrou-se de simples compreensão, e vem bem exposto nas linhas desta monografia.

8 Enfim, as reformas ocorridas e que vêm ocorrendo trazem em si o propósito de buscar maior celeridade e efetividade ao processo, o que vai ao encontro dos anseios de uma sociedade dinâmica e que não comporta o engessamento do respectivo ordenamento jurídico.

9 1. TUTELA ANTECIPADA E SEUS ASPECTOS HISTÓRICOS Ao se analisar o Código de Processo Civil brasileiro de 1973, em sua integra e sem reformas, observa-se que tal documento não se espelha com a realidade atual. Por isso, temse a necessidade reiterada das alterações. É de se destacar que o texto codificado não pode ser visto como um documento engessado, que não se adequa com a sociedade que conduz, mas sim um regramento atualizado em razão das inúmeras alterações no decorrer de toda a evolução social. Aduz Nelson Nery: o nosso direito positivo possui longa tradição, oriunda, aliás, dos romanos, de antecipação do resultado da providência jurisdicional de mérito nos interditos possessórios 1. Desta forma, entre outras reformas ocorridas, no que tange à tutela antecipada, é possível mencionar o seu marco inicial na legislação brasileira, que se deu com o advento da Lei 8.952, de , que universalizou tal instituto. Isto porque, além de todo o desenvolvimento da sociedade, começou a surgir a aspiração pela celeridade da justiça, tendo em vista a sua morosidade que, não mais condizia com a realidade vivida. A universalização da tutela antecipada, a partir da Lei 8.952, de , representou uma nova estrutura organizada, que correlacionava os processos de conhecimento, execução e cautelar, introduzindo para as ações cognitivas a prerrogativa de sua utilização. 1 NERY JÚNIOR, Nelson, Princípios do Processo Civil na Constituição Federal, 8ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 187.

10 Vale mencionar ainda a reforma processual que alterou a redação do artigo 461 e acrescentou o artigo 461-A ao Código de Processo Civil brasileiro, bem como a inovação trazida pelo artigo 84 do Código de Defesa do Consumidor, Lei 8078/90. Conforme explica João Batista Lopes, o artigo 461 e parágrafos pode ser resumido: no binômio tutela específica tutela efetiva, isto é, o legislador deixou patente sua preocupação em assegurar ao credor o direito de exigir do devedor o cumprimento específico da obrigação em tempo oportuno 2. Cabe observar, nos termos do artigo 461 e seu 3º do Código de Processo Civil: Art Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. 3 o - Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. Código: Bem como, nos termos do caput do artigo 461-A e respectivo 3º do mesmo Art. 461-A - Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. 3 o - Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos 1 o a 6 o do art LOPES, João Batista. Tutela Antecipada no Processo Civil Brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 126.

11 Assim sendo, o artigo 461, que trata das obrigações de fazer e não fazer traz no seu parágrafo terceiro que o magistrado, fundamentando sua decisão, está possibilitado de conceder a tutela antecipada e de revogá-la ou modificá-la a qualquer tempo. Há ainda a hipótese de que para forçar o cumprimento da determinação, pode o juiz impor, de ofício, ao réu multa diária. Ressalte-se que para tornar efetiva a tutela pleiteada e garantir-lhe o resultado prático, é possível impor multa por tempo de atraso, determinar a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras, o impedimento de atividade nociva, podendo inclusive contar com força policial, conforme preceitua o parágrafo quinto deste artigo. O artigo 461-A dispõe sobre a entrega de coisa, em que também se aplicam os parágrafos do artigo 461. Em não ocorrendo o cumprimento da determinação liminar no prazo determinado, advirá a expedição de mandado de busca e apreensão quando se tratar de coisa móvel ou de imissão na posse quando for o caso de bem imóvel.

12 2. A TUTELA ANTECIPADA NO DIREITO PÁTRIO 2.1 DEFINIÇÃO Parece claro que o processo tem como principal meta satisfazer a relação, como se a mesma tivesse sido cumprida por mera liberalidade das partes. Entretanto, tal solução, em algumas situações, não pode esperar o final do processo para obter algum resultado útil, vez que a morosidade pode acarretar inúmeros danos, necessitando-se, então, de um instituto que possibilite a geração do resultado mais rapidamente. É de se observar que as alterações que vêm ocorrendo gradativamente no Código de Processo Civil, principalmente a reforma de 1994, foram de grande valia, vez que adaptam o processo à evolução e anseios da sociedade. Conforme discorre Arruda Alvim: o legislador, na conjuntura atual, já referida amplamente, encontra-se inserido numa sociedade em constante e ebulitiva evolução, em que os padrões tradicionais e, no caso, o modelo do processo tradicional, principalmente com audiência e recursos com efeito suspensivo, sucessivos à sentença vêm tendo sua aplicação quantitativamente reduzida pelas leis. O processo vive um momento de crise, de que se pode ter como exemplo, para o que nos interessa neste ponto, este instituto da tutela antecipatória, com vistas a minimizar os efeitos dessa crise 3. A tutela antecipada, em sua grande parte fundada na urgência, nada mais é do que uma decisão interlocutória satisfativa que visa trazer para o plano presente, os efeitos práticos que se alcançaria, futuramente, na sentença de mérito com o término do processo. 3 ALVIM, Arruda. Manual de Direito Processual Civil. vol 2, 9ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005, p. 359.

13 Ela satisfaz, parcial ou totalmente, o pedido realizado pela parte visando impedir que a demora na fruição seja elemento determinante do dano grave. Com a utilização de tal instituto é possível garantir a eficácia do julgamento posterior determinado em sentença, no campo dos fatos, nas ações condenatórias, constitutivas, ou ainda declaratórias. Esta última não há que se negar, com base nesses fundamentos, de que não há motivos para dizer quanto a impossibilidade da antecipação da tutela nas ações declaratórias, quando analisado corretamente o objeto da antecipação. O que ocorre, na verdade, é a antecipação dos efeitos que decorrem da declaração. O termo poderá utilizado pelo legislador no texto de lei causa uma certa dúvida quanto ao limite do poder do magistrado em analisar a situação e determinar a possibilidade ou não do seu deferimento. Porém, tal postura vem sendo interpretada pelos Tribunais no sentido de que, se preenchidos os requisitos, a parte possui o direito quanto à obtenção do pedido antecipatório. Conforme salienta Wambier: parece-nos, todavia, não ser incompatível a declaratoriedade da sentença e a antecipação de alguns dos seus efeitos. Mas, embora em princípio não se deva limitar, em tese, o alcance da regra contida no art. 273, parece que se deve examinar caso a caso 4. Deve-se ter em vista que, tal satisfação do direito pleiteado pela parte para aplicação rápida no plano dos fatos possui, caráter provisório. Existe uma etapa posterior necessária para o reconhecimento definitivo do direito, ratificando ou revogando a determinação provisoriamente concedida. 4 Luiz Rodrigues (coord), Flávio Renato Correa de Almeida, Eduardo Talamini. Curso Avançado de Processo Civil. vol 1, 7ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005, p. 335.

14 Essa satisfação, parcial ou total (dentro dos limites do pedido) que se obtém com o deferimento da tutela antecipada, conforme preceitua Luiz Guilherme Marinoni: não é correto pensar em antecipação do efeito executivo, uma vez que não pode haver antecipação de parte de um efeito, mas apenas a produção antecipada de um efeito para uma finalidade parcial" 5. A tutela antecipada está prevista nos artigos 461, 461-A para as hipóteses de obrigação de fazer, não fazer ou ainda de entrega de coisa, bem como no artigo 273 para as demais possibilidades, todos do Código de Processo Civil, e ainda o artigo 84 do Código de Defesa do Consumidor. Ao analisar o artigo 273, é possível verificar a existência de condições obrigatórias bem como a presença de condições alternativas para a concessão da tutela antecipada, as quais serão apresentadas posteriormente. 2.2 REQUERIMENTO O requerimento, conforme determina o caput do artigo do artigo 273 referido, é um exemplo de condição obrigatória a ser preenchida, uma vez que não será possível ao juiz, deferir, de ofício, tal determinação, sem a devida provocação da parte. Diferentemente do que ocorria anteriormente à reforma de 1994, não ocorrerá a abertura de nova ação, tal pleito é feito na relação processual já existente que visa a obtenção da tutela definitiva ao final, salvo os casos expressamente previstos em lei, como no caso de ação de alimentos provisionais, em que se deve pleiteá-los por ação cautelar. 5 MARINONI, Luiz Guilherme. A Antecipação da Tutela. 8ª ed. São Paulo: Malheiros, p. 48.

15 Além disso, é possível à parte, requerer oralmente em audiência, que constará no termo. O autor é quem possui a capacidade de postular em juízo requerendo a tutela antecipada. No entanto, além dele, é possível aos terceiros (Ministério Público e ao assistente) requererem tal pleito, sendo que a antecipação dos efeitos práticos atingirá somente o autor e o réu. Não se deve deixar de tratar quanto à possibilidade de se requerer tutela antecipada na reconvenção, isto porque, amparados na lição de José Frederico Marques: na reconvenção, o reconvinte é o autor, em nova ação existente no mesmo processo. Logo, não há óbice para que, na petição reconvencional, haja requerimento de tutela antecipada CONCEITOS VAGOS Não se pode deixar de ressaltar que o legislador utilizou-se de conceitos vagos no momento da elaboração do artigo 273. Isso ocorreu porque a definição acarretaria em uma prisão ao passado. Fato esse decorrente da evolução da sociedade, em que não é possível engessá-la, exigindo que textos minuciosamente explicativos sejam perpétuos. A condição de serem indefinidos, na verdade proporciona ao magistrado uma larga margem para análise da situação fática com os preceitos descritos em lei. 6 MARQUES, José Frederico. Manual de Direito Processual Civil. vol I, 9ª ed. Campinas: Millennium, 2003, p.13.

16 É possível perceber isso ao observar as expressões prova inequívoca, verossimilhança, abuso de direito, perigo de irreversibilidade, manifesto propósito protelatório, dano irreparável ou de difícil reparação, etc. Assim, ter-se-á a interação quando aplicados juntos os conceitos vagos com a sua respectiva interpretação baseada na situação fática concreta, proporcionando a ideal aplicação do direito na atualidade, cabendo aos juristas e demais aplicadores do direito, tentar conceituá-los de forma a tornar mais prático e efetivo o alcance à tutela jurisdicional. Cabe ressaltar que mesmo após a realização da interpretação com o mais alto grau de complexidade, ainda assim resta dúvida acerca do sentido mais plausível, restando outro meio senão aplicar ao fato concreto, permanecendo no campo da incerteza, haja vista a multiplicidade de alternativas válidas ante o âmbito do direito. 2.4 PROVA INEQUÍVOCA A prova inequívoca consiste na necessidade de se ter como certos os fatos alegados, ou seja, determina a verossimilhança quanto ao fundamento de direito, resultante de relativa certeza. Das palavras de Teori Albino Zavascki destacamos uma explicação que elucida a situação: o que a lei exige não é, certamente, prova de verdade absoluta-, que sempre será relativa, mesmo quando concluída a instrução mas uma prova robusta, que, embora

17 no âmbito de cognição sumária, aproxime, em segura medida, o juízo de probabilidade do juízo de verdade 7. A prova inequívoca para a concessão da tutela antecipada se mostra muito próxima do direito líquido e certo exigido no mandado de segurança. Ambas buscam a certeza, para que não haja dúvidas quanto a sua concessão. Como explica Luiz Fux: se revela em prova inequívoca a alegação calcada em fatos notórios, incontroversos ou confessada noutro feito entre as partes, bem como aquela fundada em presunção jure et de jure, haja vista que a presunção relativa admite, em princípio, prova em contrário 8. Deve-se interpretar a prova inequívoca na tutela antecipada, como sendo a prova suficiente para a existência do verossímil. Isto porque, o legislador permitiu ao magistrado determinar o cumprimento de uma decisão sua, fundamentado-a em prova não exauriente. Dever-se-á convencer o juiz da verossimilhança da situação jurídica por parte do requerente, bem como convencê-lo da juridicidade do feito que se requer, para que assim conceda a tutela antecipada. É então a busca do fumus boni iuris, ou seja, é a demonstração de que os juristas deverão se basear na existência ou não da aparência. Necessidade esta em que o juiz terá que indicar as razões do seu convencimento com a análise das matérias fáticas, in verbis, 1º do artigo 273 do Código de Processo Civil: 1º - Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento. 7 ZAVASCKI, Teori Albino. Antecipação da tutel. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, p FUX, Luiz, Curso de Direito Processual Civil. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 63.

18 Ainda assim, esclarece William Santos Ferreira: para a tutela antecipada não pode o julgador conformar-se com a mera aparência (tênue): necessita de algo mais, que seria a prova inequívoca combinada à verossimilhança. Se o requisito fosse apenas a verossimilhança, estar-se-ia exigindo apenas o fumus boni iuris 9 (grifado no original). 2.5 REVERSIBILIDADE Assim dispõe o artigo 273 do Código de Processo Civil, em seu 2º: 2º - Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. Tendo em vista o direito assegurado constitucionalmente de defesa que o réu tem em qualquer processo judicial, deve-se observar a possibilidade da reversibilidade da tutela deferida por decisão interlocutória. Tal fato deve ser assim definido, pois uma das principais características da tutela antecipada é a sua função provisória na relação jurídica inaugurada, mas com desejo de ser definitiva. Ponto este de diferença com a cautelar que apresenta, tão somente, a função provisória. O que se quer é a possibilidade do retorno ao status quo ante. No entanto, não pode ser interpretada de forma absoluta a possibilidade do retorno ao estado anterior. Tal possibilidade de seguimento do caminho inesperado justifica a realização de cauções, isto porquê, muitas vezes torna-se impossível retornar à situação fática que 9 FERREIRA, William Santos. Tutela Antecipada no Âmbito Recursal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p. 140.

19 anteriormente existia, restando somente a possibilidade de indenização garantida pela caução. Assim, afirma Zavascki: a reversibilidade diz com os fatos decorrentes do cumprimento da decisão, e não com a decisão em si mesma. Esta, a decisão, é sempre reversível, ainda que sejam irreversíveis as conseqüências fáticas decorrentes de seu cumprimento 10. Não se pode deixar de olvidar que há danos insuscetíveis de pecúnia, como os objetos com um valor subjetivo além do seu valor material. Nestes casos, cabe aplicar o princípio da proporcionalidade, consoante lição de Luiz Rodrigues Wambier: O princípio da proporcionalidade que recomenda que, ainda que esteja em jogo um interesse rigorosamente não indenizável, devam ser ponderados os valores em jogo, e, em função dessa ponderação, eventualmente, conceder-se a antecipação 11. O que se observa é que não se deve deixar de deferir tal pleito por medo da possibilidade da ocorrência de eventual prejuízo. A perpetuação de tal dúvida sem a devida caução apenas acarretaria mais lentidão ao processo. 2.6 REVOGABILIDADE Pode ocorrer de ser determinada, a qualquer momento, a modificação ou ainda a revogação da tutela antecipada, anteriormente concedida. Nestes termos 4º do artigo 267 do Código de Processo Civil: 4º - A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 10 ZAVASCKI, Teori Albino, op. cit., p WAMBIER, Luiz Rodrigues (coord), Flávio Renato Correa de Almeida, Eduardo Talamini, op. cit., p. 337.

20 Há aqueles que entendem não ser possível a modificação da tutela antecipada, mas sim o surgimento de uma nova decisão 12. A revogabilidade pode ocorrer com a alteração das circunstâncias fáticas, ou ainda, pela existência de provas novas. Tal ato não poderá ser realizado de ofício pelo juiz, pois para isto, ocorre a preclusão para o magistrado. Tendo em vista tal consideração, é de se observar que a simples mudança de opinião não tem efeito no plano jurídico, vez que em tais hipóteses, a alteração será possível quando houver retratação pelo juiz em razão da interposição do recurso de Agravo, inclusive por expressa previsão legal (art. 523, 2º do CPC). Isto porque, a tutela antecipada produz efeitos imediatos, mas não faz coisa julgada material. Tal motivo que a obriga ser reafirmada na sentença de mérito, esta que, por sua vez, transita em julgado. Dessa maneira, o juiz irá modificá-la, total ou parcialmente, ao constatar que o seu entendimento anterior do que era verossímil, não condiz com a nova realidade que se apresenta no momento. Isto ocorre não por simples erro do juiz, mas pela presença da circunstância superveniente. É importante ressaltar ainda que, da mesma forma que a concessão da tutela antecipada está vinculada a uma motivação, deve-se fundamentar também a decisão de revogar ou a de alterá-la. Quanto à revogação o seu efeito é ex tunc, ou seja, retroagirá, para a recomposição da situação anteriormente existente. Sendo em apenas algumas circunstâncias possível a 12 Nesse sentido, Wambier: não se poderá dizer que a decisão terá sido propriamente alterada, mas o que terá havido terá sido a prolação de outra decisão, para outra situação.(...) Alterados os fatos e o quadro instrutório em que se tenha embasado a decisão anteriormente proferida, outra deverá ser prolatada em seu lugar. (WAMBIER, Luiz Rodrigues (coord), Flávio Renato Correa de Almeida, Eduardo Talamini, op. cit., p.337).

21 ocorrência da revogação ex nunc, ou seja, apenas daquele momento em diante, isto porque, tal fato se limita aos casos de ações provisionais de alimentos, em que impossibilita o regresso. O ato de restituição das coisas ocorrerá nos próprios autos nos casos em que se observa a ocorrência de danos, os mesmos serão apurados em processo à parte. Essa solução de reversibilidade por perdas e danos, é uma solução possível, mas só deve ser assumida naqueles casos em que isso seja necessário à sobrevivência da pretensão do autor 13. Em segundo grau, há a possibilidade do deferimento da tutela antecipada anteriormente revogada. Isto porque, o risco de dano irreparável, não sanado, pode facultar prejuízo ou inutilidade do recurso. 2.7 EFETIVIDADE A efetivação da tutela antecipada, conforme preceitua o artigo 273 3º, deve observar os artigos 588, 461, 4º e 5º, e 461-A. Com base em qualquer um desses artigos, 273, 461 e 461-A deve-se requerer a tutela antecipada quando se basear em abuso do direito de defesa ou ainda de parcela incontroversa da demanda. Ou seja, deve-se requerer com fundamento no artigo 273, mas efetivar com base no artigo 461 e 461-A nos casos de ação de obrigação de fazer ou de não fazer e de entrega de coisa. Dispõe o artigo 273, em seu 3º: 13 ALVIM, Arruda, op. cit., p. 343.

22 3º - A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, 4 o e 5 o, e 461-A. Assim, é possível ao juiz determinar, sob pena de multa a expedição de mandado de busca e apreensão ou ainda o de imissão na posse. O artigo 588 do Código de Processo Civil, redação alterada pela Lei , de dispõe quanto à execução provisória da sentença. Em seu 2º, deve-se prestar caução idônea, salvo nas hipóteses em que será possível a sua dispensa quando o crédito for de natureza alimentar, até o limite de 60 salários mínimos, quando o exeqüente se encontrar em estado de necessidade. Utiliza-se o termo efetivação, pois se deve diferenciar do termo execução. Semanticamente, não há diferença nos dicionários, quanto ao momento correto e distinto da utilização de tais palavras. Deve-se entender o momento correto da aplicação subsidiária do artigo 588 às regras de execução provisórias previstas no artigo 273, 3º. Isto porque, não se deve imaginar que a tutela antecipada irá sempre ser processada conforme a execução, mas que sua efetividade seja executiva lato sensu ou mandamental. Assim explica Wambier: será efetivado no próprio processo em que proferido, através de medidas típicas de substituição de conduta da parte contra qual se antecipou a tutela (eficácia executiva lato sensu) ou de ordens contra essa mesma parte (eficácia mandamental) IMPUGNAÇÃO 14 WAMBIER, Luiz Rodrigues (coord), Flávio Renato Correa de Almeida, Eduardo Talamini, op. cit., p. 333.

23 A decisão interlocutória do juiz que defere ou indefere a tutela antecipada, será passível de recurso de agravo. Tendo em vista o caráter de urgência, nada mais justo do que a interposição do agravo de instrumento. Dentro deste contexto: poderá o relator do agravo determinar as providências consistentes na antecipação do futuro, e provável juízo de provimento do recurso, para efeito de suspender o cumprimento do ato agravado, ou, sendo ele omissivo ou indeferitório, para adiantar a tutela por ele negada 15. O momento da concessão da tutela antecipada importa na observância do meio para impugná-la. Os momentos da sua concessão não são pacíficos na doutrina. Há aqueles que defendem que a tutela antecipada é concedida a qualquer tempo, contudo sempre antes da sentença; há os que determinam que não é possível o seu deferimento antes do esgotamento da instrução. Grande parte da doutrina, entre eles Luiz Guilherme Marinoni, Humberto Theodoro Júnior e João Batista Lopes, entendem que a tutela antecipada pode ser deferida a qualquer momento, seja antes ou depois da sentença tendo em vista que a mesma visa antecipar os efeitos que irá se obter ao final. Assim, não há razão para se demarcar o momento para o seu deferimento, mas tão somente a importância na interpretação quanto ao vocábulo antecipada que, nada mais é, do que antes do momento corriqueiro. Isto porque não há como determinar o momento processual em que ocorrem os requisitos por ela exigidos para sua concessão. 15 ZAVASCKI, Teori Albino, op. cit., p.112.

24 É de se observar que parcela da doutrina entende que da decisão que defere ou indefere a tutela antecipada, quando proferida juntamente com a sentença de mérito, será impugnada pelo agravo de instrumento. Tal fato, aparentemente vai de encontro com o princípio da unicidade dos recursos, porém, é de se ressaltar que existe aqueles que entendem que o proferimento da decisão interlocutória é ato distinto da decisão final, mesmo que, ambos foram dados nas mesmas entrelinhas. Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart esclarecem em sua obra, com uma linguagem pratica: na mesma folha de papel, e no mesmo momento, o juiz pode proferir a decisão interlocutória, concedendo a tutela, e a sentença, que então confirmará a tutela já concedida, e não poderá ser atacada através de recurso de apelação, o qual deve, em regra, ser recebido no efeito suspensivo (nesta situação, então, será plenamente aplicável o art. 520, VII, do Código de Processo Civil) 16. Há ainda, diferente posição, como a de William Santos Ferreira, quanto à tutela antecipada concedida no corpo da sentença: Tudo isto ocorre no mesmo momento processual, do que se corporifica, pelo conteúdo mais abrangente, numa decisão objetivamente complexa, sentença, sendo a apelação o único recurso adequado FUNGIBILIDADE diz: Com o advento da Lei /02, o legislador acrescentou ao artigo 273 o 7º que 16 MARINONI, Luiz Guilherme e Sérgio Cruz Arenhart. Manual de Processo de Conhecimento. 4ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005, p FERREIRA, William Santos. Op. cit., p. 299.

25 7º - Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado. A introdução de tal parágrafo permitiu a aplicação do princípio da fungibilidade, como ocorre nos recursos. Essa novidade somente é possível porque, o juiz ex officio, realiza o exame dessa conversão através da verificação da presença de um defeito na postulação. Isto ocorre porque o requerente pleiteia por antecipação de tutela providências que levam a crer a necessidade da postulação através da cautelar. Cabe ressaltar que isto é possível vez que os requisitos para o deferimento da tutela antecipada são mais complexos que os requisitos para consentir a cautelar. Assim, o juiz irá deferir a cautelar incidentalmente, no processo ajuizado. Ou seja, nos próprios autos, como ocorre com a tutela antecipada, mas lembrando ser de natureza cautelar. Tal procedimento, conforme explica Arruda Alvim, somente é possível da antecipação da tutela para a medida cautelar: Isto porque em conformidade com o que decorre da lei, e do entendimento assente, os requisitos da antecipação da tutela ainda que em substância possam ser coincidentes expressam exigência maior da lei comparativamente aos da medida cautelar 18. Isto porque, se fosse possível o inverso, o que ocorreria era a presença da satisfatividade sem a existência de ação principal, dependente de sua interposição. Tal fato traria uma certa indisposição, pois se teria a satisfação provisória em um determinado momento, mas que poderia não ser objeto de processo de conhecimento posterior (em que é feita a análise do mérito). 18 ALVIM, Arruda, op. cit., p. 368.

26 A aplicação desse dispositivo encontra guarida em nossa jurisprudência, conforme se verifica da seguinte ementa: A medida judicial que impede a inscrição do nome do pretenso devedor nos serviços de proteção ao crédito, até o julgamento da lide, não é tutela antecipada e sim cautelar, pois não objetiva o aceleramento do direito invocado, isto é, a outorgba do bem perseguido, mas manter o quadro fático anterior à situação de perigo, para evitar danos de difícil e incerta reparação, em face das restrições creditícias que o apontamento pode lhe causar, enquanto se trava embate judicial a respeito da exigibilidade do crédito. Se o autor pedir providência com a denominação de tutela antecipada, o juiz, dentro do seu poder de adequação, e com fundamento no princípio da fungibilidade (art. 273, 7º, do CPC), para que não venha a ser prejudicado pela falta da melhor técnica processual, pode conceder-lhe a providência cautelar, se esta for a que melhor se harmoniza com sua pretensão. (6ª C. Cível do TJPR, AgIn , DJ , rel. Des. Airvaldo Stela Alves, v.u.,. In RT 842/308).

27 3. INAUDITA ALTERA PARTE Verifica-se no inciso I, bem como no inciso II do artigo 273 do Código de Processo Civil que a tutela antecipada pode ser concedida antes que a outra parte seja ouvida. Essa admissão do deferimento da decisão interlocutória, sem que a instrução esteja terminada necessita de um minucioso cuidado para sua aplicação. Isto porque, conforme preceitua o artigo 5º da Constituição Federal: Inciso LV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Inciso LVI - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Haja vista, o juiz, segundo essas determinações da Constituição Federal, deverá observar profundamente a presença da verossimilhança das alegações, com base na existência da prova inequívoca, agindo sempre com prudência. O que ocorre é um percalço à bilateralidade da audiência, mas que não fere o princípio do contraditório, isto porque, tal princípio está garantido pela provisoriedade do instituto da tutela antecipada. À parte contrária está assegurada a manifestação, tendo em vista a sua provisoriedade, vez que, conforme exposto anteriormente, a tutela antecipada pode ser revogada ou modificada a qualquer momento, Nesse sentido, salienta Nelson Nery:

28 mesmo as antecipações de mérito liminares não ofendem o contraditório porque são provisórias, ensejando impugnação da parte contrária bem como sua revogação a qualquer tempo (CPC, artigo 273, 3º e 4º) NERY JÚNIOR, Nelson, op. cit., p. 187 e 188. Ainda nesse sentido o cerne da questão se encontra na manutenção da provisoriedade da medida, circunstância que derruba, a nosso ver, a alegada inconstitucionalidade das liminares concedidas sem a ouvida da parte contrária.

29 4. BREVE COMPARAÇÃO ENTRE A TUTELA ANTECIPADA E A TUTELA CAUTELAR Anteriormente, no Código de Processo Civil brasileiro não existia a tutela antecipada. O que existia era, v.g., as ações possessórias que antecipavam o pedido quando houvesse o perigo da demora e a presença da aparência, ou ainda, liminares em mandado de segurança, na ação civil pública e na declaratória de inconstitucionalidade. Não se pode deixar de olvidar que essas últimas medidas, já anteriormente utilizadas, caracterizam a tutela antecipada mista, isto é, além de ter como pressuposto o periculum in mora, resultam no adiantamento dos efeitos da tutela pretendida. Como é o caso do artigo 273, inciso I, que possibilita o adiantamento do pedido em face da preservação do provimento final. A tutela antecipada e a medida cautelar figuram ambos como espécies do gênero tutela de urgência ou tutela de cognição sumária. No entanto, deve se ter em mente que a tutela cautelar não é satisfativa ou ainda exauriente, motivo este que ensejou a criação da tutela antecipada. Isto porque, antes de 1994, já se observava pelos juristas a necessidade da provisão da tutela de urgência dentro do processo de conhecimento ou do processo de execução, de maneira que pudesse satisfazer o seu direito, ainda que provisoriamente. É de se concordar que ambas são provisionais, ou seja, o juiz pode revogá-las a qualquer momento, em razão de estarem no palco da plausibilidade. A cognição sumária nada mais é do que o fumus boni iuris, ou seja, dizer que a decisão se dá pela aparência e não pela certeza, nesse sentido Cândido Rangel Dinamarco:

30 a cognição se contenta com a superficial demonstração da probabilidade do direito, definida como fumus boni juris; basta encontrar afirmação, não é necessário chegar à substância. Onde a cognição é mais superficial, ou seja, sumária e não exauriente (ou seja, restrito no plano vertical), por coerência a lei nega autoridade de coisa julgada aos julgamentos que ali sejam proferidos justamente porque, tomada a decisão sem um elevado grau de certeza, seria ilegítimo sujeitar o vencido à imutabilidade do julgado 20. Existe uma relevância quanto à cognição ao processo, e, no caso da cognição sumária, observa-se que a sua técnica é de grande importância para a obtenção de resultados mais rápidos. Assim preceitua Kazuo Watanabe: a cognição sumária é uma técnica de elevada importância para a concepção de procedimentos ágeis, rápidos e de compasso ajustado ao ritmo da sociedade moderna 21. A satisfação que se obtém com a tutela antecipada não faz coisa julgada formal. O que na verdade ocorre é que, essa característica da satisfatividade resulta para o autor em obtenção do que se deseja no processo em curso. Deve-se ressaltar que a tutela cautelar visa assegurar a viabilidade da reparação do direito já violado, ou ainda assegurar que tal resultado pretendido no processo principal poderá ser, posteriormente, obtido. Entende-se que a cautelar tem por objetivo garantir objetivamente, as condições materiais para que o requerente possa obter o seu direito. A tutela preventiva conhecida também como tutela inibitória é a tutela pleiteada no momento em que ainda não houve a violação do direito na situação de fato. A tutela preventiva pode ser concedida em tutela antecipada, vez que obtê-la no processo cautelar 20 DINAMARCO, Candido Rangel. Instituições de Direito Processual Civil. vol. III, 4ª ed. São Paulo: Mlaheiros, p WATANABE, Kazuo. Da cognição no Processo Civil. 1ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987, p.112.

31 acarretaria um descompasso, isto porque, na tutela inibitória, o direito ainda não foi violado, já na cautelar busca-se assegurar que o tempo não prejudicará o direito violado. Com a tutela antecipada, o que se pretende é o adiantamento do pedido, já com a tutela cautelar, busca-se a conservação de uma situação para a obtenção do provimento principal. O que se deve ter em mente é que a tutela antecipada tem a probalidade do direito ao passo que a cautelar tem a plausibilidade do direito (fumus boni iuris). Conforme ressalta William Santos Ferreira: em síntese: enquanto na tutela cautelar concede-se no presente a proteção do que provavelmente será obtido no futuro, na tutela antecipada concede-se no presente o que só provavelmente seria obtido no futuro 22 (grifado no original). Quanto à tutela antecipada, pressupõe processo pendente e constitui mero incidente em contrapartida, a medida cautelar é ação autônoma e a autonomia pressupõe condições da ação e mérito próprios, sendo preparatória ou incidental à principal. Nesse sentido, explica Luiz Guilerme Marinoni: antigamente era utilizada a técnica cautelar para a obtenção da tutela preventiva. Hoje, em razão dos instrumentos processuais implantados pelos artigos 84 do Código de Defesa do Consumidor e 461 do Código de Processo Civil, é possível pensar em uma ação de conhecimento capaz de conferir a tutela antecipatória e sentença capaz de permitir a tutela preventiva, vale dizer; em uma espécie de ação de conhecimento capaz de conferir a tutela preventiva, não sendo mais necessário o uso distorcido da ação cautelar inominada FERREIRA, William Santos. Turela Antecipada no âmbito recursal. São Paulo: Revista dos tribunais, 2000, p MARINONI, Luiz Guilherme. op. cit., p.79.

32 Em suma, não se deve mais utilizar apenas da tutela cautelar para a concessão da tutela preventiva, mas também se utilizam as ferramentas contidas nos artigos 84 da Lei e 461 do Código de Processo Civil por meio da tutela antecipada. O que ocorre é que a tutela inibitória deve ser fundamentada com base no artigo 461 do Código de Processo Civil quando se tratar de ação individual ou ainda, no artigo 84 do Código de Defesa do Consumidor, no caso de ação coletiva. Não é necessário o uso de processo, em separado, para se obter a tutela inibitória, mas, tão somente, de um procedimento dentro do processo já em curso. Há de se ressaltar que, no Código de Processo Civil italiano não há previsão legal para a utilização da tutela antecipada. Há apenas o instituto da tutela cautelar. Desta forma, o que ocorre na prática é a utilização da ação cautelar inominada (artigo 700 do CPC italiano) como fundamento para a tutela antecipada, assim como ocorre com a tutela inibitória, também motivada por este artigo 24. Em razão da similitude entre ambas as tutelas de urgência, o legislador resolveu acrescer ao artigo 273 uma possibilidade de conversão, conforme ocorre com os recursos, com base no princípio da fungibilidade. A tutela antecipada pleiteada será convertida em cautelar incidental, conforme o artigo 273 7º do Código de Processo Civil. Isso ocorre pela quantidade de confusões ocorridas pela dificuldade de clareamento da zona cinzenta existente entre esses dois institutos. Aliás, deve-se ressaltar que não são para todas as cautelares que existe a possibilidade da conversão. Apenas será possível se houver dúvidas quanto à natureza da tutela de urgência. 24 Nesse sentido, João batista Lopes: No direito italiano, o art. 700 do CPC previsto para regular a tutela cautelar passou, por construção doutrinária, a escorar também a tutela antecipatória com caráter satisfativo.(op. cit., p. 47.)

33 Em síntese, a cautelar é ação autônoma disposta no Livro do Processo Cautelar; já a tutela antecipada ocorre na própria ação. A tutela antecipada se utiliza quando se objetiva satisfazer o direito pretendido, já a cautelar na demonstração de urgência quanto à necessidade de garantia. Na cautelar o objeto é autônomo do objeto da ação principal, já na tutela antecipada não, o que se pretende antecipar é requisitado também como provimento resultante do direito material pretendido pelo autor.

34 5. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA QUANTO AO RECEIO DE DANO IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL REPARAÇÃO Os requisitos exigidos par ao deferimento da tutela antecipada, no inciso I do artigo 273 é a verossimilhança da alegação bem como o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, assim, in verbis: Artigo O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: Inciso I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; Ao se deparar com o artigo 273, inc I, percebe-se que o dano é evitável em decorrência da concessão da tutela antecipada. Tal tutela pode ser concedida a qualquer momento. É possível a sua concessão antes de se ter ouvido o réu, ou após a contestação. Tais termos utilizados pelo legislador para determinar a hipótese em que a tutela antecipada pode ser concedida não vem expressamente determinada. Conforme já anteriormente exposto, se tratam de conceitos jurídicos vagos, cabendo aos doutrinares, com base na pesquisa doutrinária e jurisprudencial tentar conceituar. Ocorre a irreparabilidade quando, não for possível reverter os efeitos dos danos. Isto ocorre quando o direito não pode retornar à forma anterior. É nesse sentido que se deve observar que se ocorrendo repressão, tal fato não acarretará prejuízo à parte no futuro. Salienta ainda, Luiz Guilherme Marinoni: que a irreparabilidade pode atingir direitos não-patrimoniais, direitos patrimoniais com função não-patrimonial e simplesmente direitos patrimoniais MARINONI, Luiz Guilherme, op. cit., p.185.

35 Já o dano de difícil reparação é aquele em que se as condições econômicas do réu não autorizam supor que o dano será efetivamente reparado 26, ou ainda, se dificilmente poderá ser individualizado ou quantificado com precisão MARINONI, Luiz Guilherme, loc. cit. 27 MARINONI, Luiz Guilherme, loc. cit.

36 6. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA AUTÔNOMA AO PERIGO DE DANO 6.1 EM RELAÇÃO AO ABUSO DO DIREITO DE DEFESA OU MANIFESTO PROPÓSITO PROTELATÓRIO DO RÉU O exercício abusivo do direito de defesa é considerável, no direito brasileiro, como uma prática abusiva, egoística, etc. Pelo fato de se ter assegurado, constitucionalmente, o direito à ampla defesa, torna-se difícil demonstrar no curso de um processo que uma das partes não está agindo como deveria. Tal possibilidade está prevista no artigo 273 caput, inciso II, in verbis: Art O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. Conforme saliente João Batista Lopes, ampla defesa não significa, pois, defesa ilimitada, mas defesa adequada à natureza do processo em que é exercida EM RELAÇÃO AO PEDIDO INCONTROVERSO 28 LOPES, João Batista, op. cit., p. 74.

37 que, em seu novo texto diz: O 6º foi acrescido pela Lei /02 ao artigo 273 do Código de Processo Civil 6º - A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. Esta determinação traz a lógica que o juiz obtém pela análise dos pedidos com a situação atual. Em não havendo controvérsia, não há motivo ou razão para adiar a decisão favorável ao autor. Essa possibilidade de ser o pedido incontroverso ocorre com a presença da revelia; presunção de veracidade; confissão de fato; pedido que nunca foi objeto de controvérsia em qualquer momento; inexistência de qualquer dúvida por parte do magistrado. Ressalta Arruda Alvim se tiver havido reconhecimento jurídico de um dos pedidos cumulados, ou de parte de um desses pedidos cumulados, caberá decisão, e não será mais, então, antecipação de tutela 29. Ou ainda, em existindo apenas um pedido, ao juiz caberá apenas decidir, e não deferir tutela antecipada com base no inciso II, 6º. A possibilidade do deferimento antecipado do pedido pode ocorrer quando se observar o fenômeno do amadurecimento 30 de um pedido em tempo diferente dos outros. Diferente do que ocorre com o julgamento antecipado da lide que nada mais é do que a antecipação da sentença, porém, diferentemente da tutela antecipada, não ocorre a 29 ALVIM, Arruda, op. cit., p Cf. diz Marinoni que é inevitável concluir que parcela do pedido poderá se tornar madura para julgamento no curso do processo, que ainda deverá prosseguir para elucidação do restante da demanda (MARINONI, Luiz Guilherme, op. cit., p. 340).

38 antecipação dos seus efeitos. Ou seja, o julgamento antecipado da lide possibilita que o julgamento final ocorra em momento anterior ao que normalmente deveria advir. O julgamento antecipado da lide veio para o nosso sistema jurídico para possibilitar a inocorrência de audiências sem sentido. Entre as semelhanças e diferenças do julgamento antecipado da lide (artigo 330 do Código dr Processo Civil), a antecipação de tutela e a medida cautelar são provimentos que, analisando do ponto de vista objetivo, têm o condão de acelerar a jurisdição. O julgamento antecipado da lide dar-se-á quando for matéria exclusivamente de direito e se, também, de fato e de direito não houver necessidade de produzir prova em audiência ou, ainda, quando ocorrer o fenômeno da revelia. Configuradas as hipóteses do artigo 330, incisos I e II, deve-se antecipar o julgamento da lide, assim, in verbis: Art O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença: I - quando a questão de mérito for unicamente de direito, ou, sendo de direito e de fato, não houver necessidade de produzir prova em audiência; II - quando ocorrer a revelia. Assim, a tutela antecipada prevista no artigo 273 6º, segundo Marinoni: é oportuna não só quando mais de um dos pedidos cumulados são incontroversos, mas também quando parte do pedido se torna incontroversa no curso do processo Ibid. p.347.

39 7. TUTELA ANTECIPADA NOS TRIBUNAIS O Código de Processo Civil, em seu artigo 273, prevê a possibilidade da utilização de um incidente processual, qual seja, a tutela antecipada. Instituto este, que visa a celeridade processual, principalmente em primeiro grau. Porém, devido ao acúmulo de processos em segunda instância, é possível observar a maior aplicação da tutela antecipada pelos julgadores em decorrência da distribuição numerosa dos recursos. O instituto da tutela antecipada reiteradamente empregado ocorre, pois, há sufocamento nos Tribunais em decorrência da quantidade de recursos recebidos. Este volume de processos ocasiona a desaceleração da jurisdição. Impede que o recorrente obtenha sua prestação jurisdicional no momento oportuno. Com a possibilidade da aplicação do instituto da tutela antecipada nas instâncias superiores, foi possível tornar mais acessível a tutela jurisdicional à sociedade. O deferimento da antecipação da tutela em grau de recurso, resultante do preenchimento dos requisitos do artigo 273, terá como decorrência o adiantamento dos efeitos práticos do provimento, e não a rapidez do julgamento da lide. Desse modo, vislumbra ao recorrente o alcance antecipado dos efeitos de uma possível decisão positiva ao final do julgamento em segundo grau. Tendo em vista que o recurso é interposto em razão da negativa da solicitação realizada no grau de origem, tem o recorrente o desejo da satisfação do seu pedido de forma mais rápida neste plano. Deve o relator verificar a verossimilhança das alegações no plano recursal. Quanto à verificação da presença de prova inequívoca que nada mais é do que a certeza e liquidez

40 do direito há de se destacar que após ter transcorrido outras instâncias, já se encontram exaustivamente averiguadas. Não há que se impedir a apreciação o instituto da tutela antecipada nos Tribunais, vez que se há possibilidade em primeira instância, porque impedi-lo no grau superior que é um órgão mais respeitado 32. No Tribunal, a tutela antecipada só é possível em face de decisões interlocutórias, pois estas possibilitam a reversão liminar do provimento antecipatório. Ocorre que o Relator poderá suspender a decisão deferida do pedido antecipado de tutela em primeiro grau, ou se indeferida, concedê-la. 7.1 PODERES DO RELATOR Através da Lei 9.756/98, procurou-se proporcionar mais poderes ao relator no que diz respeito ao julgamento de recursos. Após a reforma do Código de Processo Civil, conforme explica Luiz Fux, o relator passou a ter inúmeros poderes, tais como: negar seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo Tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior. Ademais, se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior, o relator poderá dar provimento ao recurso Cf. Fux que diz afrontaria a lógica jurídica, elemento inseparável da hermenêutica, admitir-se ao juiz de primeiro grau antecipar a tutela e veta-la aos mais eminentes Tribunais Superiores do país (FUX, Luiz, op. cit., p.967). 33 Ibid. p.965.

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