MPDFT, determina o cumprimento da legislação militar a esses servidores, e que, nem a
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1 MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO AUDITORIA INTERNA SECRETARIA DE ORIENTAÇÃO E AVALIAÇÃO PARECER SEORI/AUDIN-MPU N 2.356/2015 Referência : Oficio n 152/2015/DG/MPDFT, de 18 de setembro de Protocolo AUDIN-MPU n 2104/2015. Assunto : Pessoal. Pagamento de adicional noturno e outras vantagens a militar cedido ao MPDFT. Interessado : Diretória Geral. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Por intermédio do Ofício em epígrafe, o Excelentíssimo Senhor Diretor- Geral do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios solicita orientação a esta Auditoria Interna do MPU acerca da possibilidade de pagamento de adicional noturno a militar cedido ao MPDFT e, em caso positivo, questiona qual seria a base de cálculo a ser considerada para o pagamento. Solicita, ainda, orientação quanto à possibilidade de pagamento de outras gratificações e adicionais. 2. Sobre o assunto, a Consultoria Jurídica do MPDFT, por meio do Despacho n 188/ DILEP/CONJUR/DG, partindo do pressuposto de que a Portaria Normativa PGJ n 67, de 9 de setembro de 2009, que define a situação funcional dos militares cedidos ao MPDFT, determina o cumprimento da legislação militar a esses servidores, e que, nem a Constituição Federal de 1988, nem a Lei n , de 4 de julho de 2002, que dispõe sobre a remuneração dos militares do Distrito Federal, garantem aos militares o direito ao pagamento do adicional noturno, entendeu não haver amparo legal para a percepção do referido adicional. 3. Com efeito, assim prescreve a supracitada Portaria Normativa PGJ n 67, de 9 de setembro de 2009: / \ 1/5 cs
2 PORTARIA NORMATIVA N 67, DE 9 DE SETEMBRO DE 2009 CONSIDERANDO o disposto no artieo 42 da Constituição Federal e o fato de que os militares não estão suieitos à Lei 8.112/1990: CONSIDERANDO que, no exercício de cargo ou função de natureza ou interesse de polícia militar ou de bombeiro militar, os militares permanecem no serviço ativo e submetidos a regime jurídico próprio, conforme Estatuto dos Policiais Militares e dos Bombeiros Militares - Lei Federal n 7.289/1984 e 7.479/1986, e o Regulamento para as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares - Decreto-Lei n 667/1969 e Decreto Federal n /1983 (alteradopelo Decreto n 5.416/2005); Art. 4 o A Coordenadoria de Segurança institucional efetuará o controle do efetivo militar cedido ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, inclusive os requisitados para atender serviço temporário, para os fins disciplinares, de remuneração e de registros funcionais ou alterações militares. Io A Diretória Geral, por meio do Departamento de Gestão de Pessoas. efetuará o registro administrativo do pessoal militar, para os fins de exercício de carpos em comissão ou funções comissionadas, observado o regime jurídico a que estão submetidos os militares. (Grifou-se) 4. Desse modo, a referida Portaria determina, para os militares cedidos ao MPDFT, a submissão ao regime jurídico próprio dos militares. A esse respeito, cumpre observar, inicialmente as disposições da Constituição Federal de 1988, in verbis: CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Io Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14. $ 8 o ; do art. 40. Ç 9 o : e do art $$ 2 o e 3 cabendo a lei estadual especí fica dispor sobre as matérias do art inciso X. sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores. / 2/5 X
3 2 o Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei especifica do respectivo ente estatal. (...) Art As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. (...) 2 o Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. 3 o Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7. incisos VIII. XII XVII XVIII. XIX e XXV. e no art. 37. incisos XI. XIII. XIV e XV. bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea "c"; (grifou-se). 5. Verifica-se assim, que o texto constitucional estabeleceu, para os militares, regime próprio, a ser fixado em lei, diverso daquele previsto para os servidores públicos civis. Ademais, não garantiu aos militares, consoante se verifica no artigo 142, 3 o, inciso VIII, direito ao adicional noturno, previsto no inciso IX do artigo 7 o da Constituição Federal, como o fez para os servidores públicos civis, conforme 3 o do artigo Dando prosseguimento à análise, verifica-se que a Lei n , de 4 de julho de 2002, que dispõe sobre a remuneração dos militares do Distrito Federal, estabelece: LEI N , DE 4 DE JULHO DE 2002 Art. IoA remuneração dos militares do Distrito Federal - Policia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, compõe-se de:y/ 3/5 ~rq í C' & %
4 I-soldo; II- adicionais: a) de Posto ou Graduação; b) de Certificação Profissional; c) de Operações Militares; d) de Tempo de Serviço, observado o art. 62 desta Lei; III- gratificações: a) de Representação; b) de função de Natureza Especial; c) de Serviço Voluntário. Parágrafo único. As tabelas de soldo, adicionais e gratificações são as constantes dos Anexos I, II e III desta Lei. Art. 2 o Além da remuneração estabelecida no art. Io desta Lei, os militares do Distrito Federal têm os seguintes direitos pecuniários: I - observadas as definições do art. 3oDesta Lei: a) diária; b) transporte; c) ajuda de custo; d) auxílio-fardamento; e) auxílio-alimentação; f) auxílio-moradia; g) auxílio-natalidade; h) auxílio-invalidez; i) auxílio-funeral; II - observada a legislação específica: a) assistência pré-escolar; b) salário-família; c) adicional de férias; d) adicional natalino. Parágrafo único. Os valores representativos dos direitos previstos neste artigo são os estabelecidos em legislação específica ou constantes nas tabelas do Anexo IV. (Gi
5 7. Como se observa da leitura dos supracitados dispositivos, o adicional noturno não figura no rol dos adicionais a que os militares do Distrito Federal fazem jus. Assim, como observado pela Consultoria Jurídica do MPDFT, não há, seja no texto constitucional, seja na legislação aplicável aos militares, amparo legal que possibilite a percepção do adicional noturno. 8. Com relação à possibilidade de pagamento de outras gratificações e adicionais aos militares cedidos ao MPDFT, entendemos que se deve aplicar o mesmo entendimento aplicado ao adicional noturno. Ou seja, seriam passíveis de pagamento quando houver, na legislação a que tais servidores se submetem, previsão para o respectivo recebimento, observada a condição deles no MPDFT. 9. Ante o exposto, somos de parecer pela impossibilidade de pagamento de adicional noturno a militar cedido ao MPDFT, bem como de outras gratificações e adicionais não previstos na legislação militar, a exemplo do adicional pela prestação de serviço extraordinário, por falta de amparo legal. É o parecer que submetemos à consideração superior. De acordo. Brasília, 9 de outubro de Vd^jJjLVD MARILIA DE OLIVEIRA TELLES Chefe da DIAPE À consideração do Senhor Auditor-Chefe. Aprovo. MICHEL ÂNGELÓ víeira OCKÉ Coordenador da COGESP Encaminhe-se à DG/MPDFT. Em 3 / 10 / MA ANDRA DE OLIVEIRA Secretária de Orientação e Avaliação SEBASTIÃO >,ir Auditor-Chefe LVES DE AMORIM 5/5
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