Masculinidade na Construção da Saúde do Homem
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- Paulo Amadeu de Sousa Coradelli
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA CURSO DE GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA Masculinidade na Construção da Saúde do Homem Autores Marianne Cardoso Julio Neuza Cristina Gomes da Costa Alane Andréa Souza Costa Maurício Matheus de Melo Rosa Érica Martins da Cunha Bianca Tiemi Morais Matsui
2 Introdução Projeto de Pesquisa: Masculinidade em Questão? O Homem na Estratégia de Saúde da Família. Pesquisas e estudos mostram como a masculinidade interfere diretamente e indiretamente na vida dos homens, principalmente quando se trata da própria saúde. A população masculina cuida menos da saúde em virtude de ter dificuldades em se afastar do trabalho, procura por ajuda médica apenas diante de situações críticas que ocasionam limites na vida social, e por isso adoecem de modo mais severo.
3 Objetivo Analisar a influência da construção social da masculinidade nas formas de adoecer e o comportamento dos homens em relação ao seu cuidar.
4 Metodologia Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa. Realizou-se um levantamento bibliográfico da literatura de fundamentação teórica e metodológica contemplando as contribuições da Antropologia, da Sociologia, da Ciência Política, da História e da Saúde Coletiva.
5 Apresentação dos Resultados Masculinidade é um gênero, que basicamente seria identificada somente pela formulação biológica. Porém o gênero é culturamente constituído, criando a possibilidade de gêneros diferentes (Judith Butler, 2003) A ideia cultural intitulada pela sociedade em relação ao homem aplicam a este as virtudes de virilidade, superioridade, dominação, moral, honra, trabalho e força. Visão esta que é fruto de uma cultura herdada há muitos anos atrás e que predomina em nosso meio até os dias de hoje (Pierre Bourdie, 2003; Robert Connel, 1995).
6 Apresentação dos Resultados As ações citadas anteriormente, desenvolvem problemas para o próprio homem, como o uso de bebida alcoólica e tabaco para serem autossuficientes, arrojados, superiores, o que leva estes homens a sérios problemas de saúde (Harrison; Chin; Ficarrotto, 1994). Características como força, assertividade e não-vulnerabilidade, nos homens, levam a um menor cuidado com a saúde e a uma menor procura de médicos por parte destes, uma vez que isso são representados como uma fraqueza (Rosely Gomes Costa, 2003).
7 Apresentação dos Resultados O Ministério da Saúde lançou em 2008 a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem, formalizada em 2009, visando estimular o autocuidado e o reconhecimento que a saúde é um direito social básico e de cidadania de todos os homens brasileiros. Atenção essa que passou a ser analisada quando se constatou que homens são mais vulneráveis as doenças do que as mulheres, e que eles não buscam a atenção primária de saúde como elas, sendo que muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem regularmente medidas de prevenção (BRASIL, 2009).
8 Apresentação dos Resultados Os profissionais da saúde devem buscar um olhar mais ampliado sobre a relação estabelecida entre o homem e o meio, desde as questões identitárias que trazem consigo valores sociais diferenciados. Este olhar inclui a compreensão da construção social da masculinidade que é responsável pelas formas de adoecer do homem e suas consequências. Conhecer e compreender as formas construídas da masculinidade é essencial para que os profissionais da saúde compreendam as formas de adoecer do homem, a falta de adesão destes ao tratamento, a não procura pelo seu cuidar, bem como o alto índice de morbidade e mortalidade masculina.
9 Considerações Finais A grande contribuição que tem a masculinidade para a baixa demanda de homens aos serviços de assistência à saúde torna importante um maior investimento nas políticas públicas voltadas para eles. Os estudos demonstram a necessidade em ampliar o conhecimento da temática, para assim, fomentar o debate acerca da inclusão do homem na agenda dos serviços de saúde.
10 Referências BOURDIEU, P. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, CONNELL, R. W. Políticas da masculinidade. Educação & Realidade. v. 20, n COSTA, R. G. Saúde e Masculinidade: reflexões de uma perspectiva de gênero. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 20, n. 1, jan./jun HARRISON, J.; CHINN, J.; FICARROTTO, T. Warning: masculinity may be dangerous to your health. In: KIMMEL, M.; MESSNER, M. (Ed.). Men s Lives. Boston: Allyn and Bacon, 1994.
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