Processo nº 1666/2011 Data:

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1 Processo nº 1666/2011 Data: Acordam na 2ª secção (cível) deste Tribunal da Relação I - A Lda, B e C, intentaram ação de despejo com processo comum sob a forma sumária, contra D Unipessoal, Lda, pedindo que o Tribunal reconheça que o contrato de arrendamento em apreciação foi legal e definitivamente denunciado e resolvido pelas AA., com efeito a partir de Julho de 2011, e em consequência condene a Ré a restituir-lhes imediatamente o imóvel, livre e desocupado, bem assim como a pagar-lhes, a título de indemnização até ao momento da restituição efectiva, a renda mensal estipulada de 575,30 euros, com o agravamento de 100% logo que a locatária se constitua em mora.. Alegando, para tanto e em suma, que as AA. sucederam na posição de senhorio, relativamente ao contrato de arrendamento para habitação, relativo ao 1º andar esq.º e frente do prédio urbano sito na Rua......, celebrado em , entre o então proprietário daquele e a Ré, como inquilina. Ora, em 15 de Junho de 2010, o mandatário das AA. dirigiu à Ré carta notificando aquela de que as comproprietárias/senhorias do imóvel denunciam o arrendamento em curso para o próximo dia 28 de Julho de Tendo, por carta de 26 de Maio de 2011, exigido àquela a restituição do locado, livre de pessoas e bens, até 28 de Julho de Ignorando a Ré tal notificação. Contestou a Ré arguindo a inidoneidade do meio processual utilizado pelas AA., que deveriam ter lançado mão de uma acção para reconhecimento de direito e uma acção possessória para que o imóvel lhes fosse entregue. Deduzindo ainda impugnação, sustentando vigorar entre as partes um contrato de arrendamento industrial, que só não foi celebrado na forma e com o clausulado correctos face ao acordado, por ato do senhorio. Posto o que, mais alega, virem agora as AA. que lhe sucederam no arrendamento, invocar tal preterição de forma legal, como fundamento para sustentar a inexistência de arrendamento não habitacional redunda em venire contra factum proprium. Mais arguindo a preclusão do direito de exigir o despejo, na circunstância de os sucessores senhorios não poderem negar a evidência de todos conhecida, há dezenas de anos, da atividade de indústria de hospedagem desenvolvida no locado. Sendo, que a entender-se ser finalidade do arrendamento primitivo a residência da Ré, então teria o seu objeto sido alterado supervenientemente por acordo entre senhorio e arrendatário. Ais deduzindo reconvenção, pedindo, para a eventualidade de se verificar haver fundamento para o despejo, a condenação das AA. a pagarem-lhe o valor das benfeitorias lícitas e autorizadas pelos senhorios, pela Ré realizadas no locado, e que montam a Rematando com a improcedência da ação e a sua absolvição do pedido, condenando-se a Autora como litigante de má-fé.. Houve resposta das AA., sustentando a propriedade do meio processual de que lançaram mão, a procedência do pedido formulado na ação e a improcedência do pedido reconvencional, dele se absolvendo as AA. Vindo as mesmas AA., a folhas 112, deduzir incidente por não pagamento das rendas do locado, vencidas na pendência da ação, requerendo a notificação da R. para vir aos autos fazer prova documental suficiente de que efectuou o pagamento atempado das rendas. Notificada, juntou a Ré o que entendeu ser comprovativo de pagamento das rendas e indemnização devida. O processo seguiu seus termos, sendo, em audiência preliminar, proferido despacho saneador julgando improcedente a arguida nulidade de erro na forma do processo, e operando-se a condensação do mesmo. Vindo, depois de ouvidas as AA. no âmbito do sobredito incidente, a ser proferida decisão, reproduzida a

2 folhas 144 e 145, considerando não ter a ré provado haver pago ou depositado a renda devida, ressalvando que Os autores poderão querendo, agir conforme o estatuído no n.º 5 do citado art.º 14º do NRAU, sendo que não cabe neste incidente e de acordo com a lei actualmente em vigor, decretar o despejo do locado. E, realizada a audiência final, foi proferida sentença, com o seguinte dispositivo: Por tudo quanto exposto fica decide-se: 1) julgar a acção procedente, por provada e, em consequência: a) declarar que o contrato de arrendamento referido nos autos, na alínea A), foi legalmente denunciado pelas autoras, com efeito a 28 de Julho de 2011; b) condenar a ré a restituir às autoras o imóvel, livre e desocupado; c) condenar a ré a pagar às autoras, a título de indemnização até ao momento da restituição efectiva, a renda mensal estipulada 575,30 euros, com o agravamento de 100% logo que a locatária/ré se constitua em mora. 2) julgar o pedido reconvencional improcedente, por não provado e, em consequência, dele absolver as autoras.. Inconformada, recorreu a Ré, formulando, nas suas alegações, as seguintes - aperfeiçoadas - conclusões: ( ) As recorridas prescindiram do prazo de contra-alegações louvando-se na sentença recorrida. O senhor juiz a quo pronunciou-se no sentido da não verificação das nulidades assacadas pela Recorrente à sentença recorrida. II - Corridos os determinados vistos, cumpre decidir. Face às conclusões de recurso, que como é sabido, e no seu reporte à fundamentação da decisão recorrida, definem o objeto daquele - vd. art.ºs 684º, n.º 3, 685º-A, n.º 3, 660º, n.º 2 e 713º, n.º 2, do Código de Processo Civil de são questões propostas à resolução deste Tribunal: - se se verifica o pretendido erro na forma de processo; - na negativa, se a sentença recorrida enferma das nulidades que lhe são assacadas; - se é caso de alteração da decisão da 1ª instância quanto à matéria de facto, nos termos pretendidos pela Recorrente; - se a notificação à Ré da denúncia do contrato de arrendamento, por via da missiva subscrita pelo mandatário das AA., datada de 15 de Junho de 2010, é ineficaz; - se o contrato de arrendamento em causa excluía a indemnização da Ré pelas benfeitorias realizadas no locado. *** Considerou-se assente, na 1ª instância, a factualidade seguinte: A) Por contrato assinado em 28 de Julho de 2003 E, Lda., na qualidade de senhorio e a ré, na qualidade de inquilina, estabeleceram e reciprocamente aceitaram o arrendamento do 1º andar esq. e frt. do prédio urbano sito na Rua..., nº..., em Lisboa. B) No contrato id. em A) consignou-se que a fracção arrendada se destinava à habitação. C) A renda foi fixada em 531,69 euros/mês, actualizável anualmente de acordo com os índices legais. D) O prazo de duração do arrendamento fixou-se em 5 anos, com início em 28 de Julho de E) No contrato id. em A) consignou-se que o inquilino poderá fazer obras de benfeitorias e que uma vez realizadas tais obras ficam a fazer parte integrante do locado, não podendo ser retiradas quando do término do contrato, e não podendo a inquilina alegar direito de retenção ou pedir qualquer indemnização. Mais se consignou nesta cláusula Quinta, que ficava o inquilino autorizado a fazer hospedagem. F) Na sequência de escritura pública de compra e venda de 24 de Novembro de 2003, o imóvel foi adquirido por A : 50%; B : 37,5% e C, 12,5%, aquisição que foi transcrita no registo predial pela AP. 54, de 7 de Janeiro de G) Posteriormente o 1º titular, por escritura de 22 de Novembro de 2005, vendeu a sua quota-parte de 50% à empresa A, Lda., facto que foi averbado no registo predial pela AP. 44, de 16 de Fevereiro de H) Com a data de 15 de Junho de 2010, o mandatário das autoras dirigiu à ré a missiva junta a fls. 20, cujo teor se dá por reproduzido. I) Em resposta a ré dirigiu ao mandatário dos autores a carta de 29 de Junho de 2010, junta a fls. 23, cujo teor se dá por reproduzido. J) Em 9 de Julho de 2010 o mandatário dos autores dirigiu à ré a carta junta a fls. 25, cujo teor se dá igualmente por reproduzido. L) Em 26 de Maio de 2011 o mandatário dos autores dirigiu à ré uma carta sob registo, junta a fls. 29, relembrando que o contrato terminaria a 28 de Julho de 2011, e reclamando a restituição do locado, livre de pessoas e bens, até 28 de Julho de M) Por contrato de 8 de Setembro de 2000, E, Lda., na qualidade de dona e legítima possuidora do prédio

3 urbano sito na Rua..., nº 268 deu de arrendamento à ora ré o id. prédio para exercício de actividades comerciais ou industriais, pela renda mensal de $00. N) O contrato teria a duração de seis meses, renovável, com início em 1 de Fevereiro de O) O arrendado, nos termos da cláusula Sexta do contrato, destinava-se ao exercício de qualquer ramo de actividade comercial ou industrial escolhido pela ré. P) A ré ficava autorizada a realizar obras de benfeitorias no interior do locado, podendo também realizá-las no exterior devendo, para o efeito, obter as necessárias licenças camarárias. Uma vez realizadas tais obras serão fazer parte integrante do prédio arrendado, não podendo ser retiradas pela inquilina no termo do contrato, nem podendo esta alegar direito de retenção ou pedir por elas qualquer indemnização. Q) A ré vem desde Agosto de 2000 ocupando a fracção id. em A), mediante o pagamento mensal da quantia de $00. R) Em Setembro de 2010, no R/C Direito do prédio onde a fracção id. Em A) se insere, teve lugar uma reunião entre a ré e o representante da 1ª autora ocorrida a seu pedido onde este garantiu ao gerente da ré que a carta remetida pelo advogado dos autores ficaria sem efeito e que queria continuar a ser seu amigo. S) Quando o gerente da ré lhe apresentou a minuta de carta, junta a fls. 64, a formalizar a reunião, aquele recusou-se a assiná-la e zangou-se com o gerente da ré. T) Em 13 de Novembro de 2006 a ré solicitou aos autores autorização para construir uma casa de banho e pequenas obras no locado id. em A) que o gerente da 1ª autora aceitou fossem realizadas. U) A ré tomou de arrendamento em 20 de Agosto de 2000 (a) fracção id. em A) e fez dela um estabelecimento agregado à sua unidade de hospedagem instalada no prédio id. em M). V) Após a celebração do contrato referido no quesito 1º a ré procedeu à demolição de elementos e barrotes, paredes, tabiques e tectos. X) Aplicando novas estruturas para soalhos. Z) Efectuando reforços estruturais metálicos. AA) Criando novas divisórias. BB) E três novas instalações sanitárias, incluindo as respectivas canalizações de águas quentes e frias e esgotos. CC) Aplicando azulejos e mosaicos novos. DD) Remodelando completamente a cozinha. EE) Tendo que picar, rebocar e estucar todo o interior do apartamento previamente. FF) E pintar e rematar todo o apartamento e proceder ao tratamento e preparação de madeiras, para aplicação de tinta de esmalte. GG) Mandando ainda afagar e envernizamento o pavimento de madeira incluindo substituição de elementos danificados. HH) Montando e instalando uma nova instalação eléctrica, incluindo quadro eléctrico novo e respectivos disjuntores. II) A ré despendeu na realização das obras referidas nos quesitos 8º a 18º a quantia de $00 ( euros).. *** Vejamos. II Do erro na forma de processo. 1. Considerou-se, no despacho saneador, e quanto à, pela Ré, alegada impropriedade processual da ação de despejo para obter a entrega do locado : O NRAU apenas dispensa o recurso à acção de despejo quando a lei admite a cessação do vínculo pelo senhorio mediante comunicação à contraparte, nos termos do seu art. 9º. Um dos casos em que a lei prevê o recurso à acção executiva vem consignado na alínea b) do nº 1 do art. 15º. Ora, no caso presente, os autores alegam que o contrato que pretendem ter por findo por caducidade foi celebrado para habitação e com prazo certo. Não cabe o contrato em discussão nos autos naquela disposição legal, a que acresce o facto de se tratar de contrato habitacional de duração limitada celebrado na vigência do RAU e como tal abrangido pela norma transitória referida no art. 26º do NRAU. Assim, e por essa razão e na ausência de disposição legal em contrário pode o senhorio, os ora autores, recorrer à acção de despejo. Donde, julga-se improcedente a invocada excepção dilatória.. Contrapondo a Recorrente, e como visto, que A acção de despejo destina-se unicamente a fazer cessar o contrato de arrendamento e não a reconhecer a validade da respetiva denúncia, passando a ser reservada aos casos em que a lei impõe o recurso à via judicial para fazer cessar a relação de arrendamento (art. 14-1) e a acção executiva passou a ser fundada, não só na sentença de despejo, mas também nos títulos,

4 judiciais e extrajudiciais, elencados no art. 15 do NRAU.. A exceção dilatória a que se reporta - rejeitando a sua verificação - o despacho proferido em audiência preliminar, pressupõe que a nulidade de erro na forma de processo determine a nulidade total do mesmo, cfr. art.º 494º, alínea b), do Código de Processo Civil de 1961, aqui considerável. Mas, sem problematizar esse ponto, não é de aceitar, e salvo o devido respeito, a convocação do disposto na alínea b) do nº 1 do art. 15º do NRAU, para concluir não ser caso de dispensa do recurso à ação de despejo. Com efeito, vem invocada pelas AA. a celebração com a Ré, no domínio do RAU - em 28 de Julho de de um contrato de arrendamento para habitação, com o prazo de duração de cinco anos, e renovação automática no fim do prazo inicial, pelo período de três anos, ou seja, a primeira, até 28 de Julho de 2011, e a denúncia do mesmo com efeito para aquela data. Posto o que a norma do art.º 15º do NRAU a convocar - ex vi do disposto, em matéria de regime transitório, no art.º 26º, n.ºs 1 e 3, com o qual converge o art.º 59º, n.º 1, do mesmo Diploma - seria a do n.º 1, alínea c), na sua primitiva redação, vigente aquando da propositura da ação. Inciso aquele nos termos do qual Não sendo o locado desocupado na data devida por lei ou convenção das partes, podem servir de base à execução para entrega de coisa certa: Em caso de cessação por oposição à renovação, o contrato de arrendamento, acompanhado do comprovativo da comunicação prevista no artigo 1097º do Código Civil;. Certo a propósito que os tipificados casos de denúncia pelo senhorio, a que se reporta a alínea d) do mesmo n.º 1 - contemplados no art.º 1101º do Código Civil - nada têm que ver com a hipótese dos autos, e para lá da expressão denúncia, na carta de , onde, porém, é feita expressa menção à cobertura legal da presente notificação no disposto nos artigos ( ) 15º/1/c); ( ) da Lei 6/2006, de 27 de Fevereiro. Sendo, de resto, que como anota Maria Olinda Graça, [1] a norma do art.º 1097º do Código Civil, aditado pela Lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro - e sob a epígrafe Oposição à renovação deduzida pelo senhorio - corresponde, em grande medida, ao que dispunha o n.º 2 do art.º 100º, do R.A.U. As diferenças entre a norma revogada e a norma actual traduzem-se, por um lado, no facto de a expressão oposição à renovação ter substituído a expressão denúncia e, por outro lado ( ). 2. Não se tratará, de qualquer modo, de uma questão de erro na forma de processo - que se verifica, quando o autor indica para a acção uma forma processual inadequada ao critério da lei, [2] e designadamente, quando se emprega certo processo especial em vez de outro processo especial, [3] previsto na lei para a concreta pretensão formulada. Ou, por outras palavras, A questão do erro na forma do processo resolve-se em face do pedido formulado na ação em confronto com o fim a que, segundo a lei, o processo escolhido pelo A. se destina.. [4] Na verdade, e como também dá nota Rui Pinto, [5] discute-se se o senhorio pode optar entre constituir um título executivo extrajudicial, nos termos do art.º. 15., n.º 1, do NRAU, ou obter uma normal sentença de condenação na entrega do locado, em sede de despejo. Mantendo-se o problema com a Lei n.º 31/2012, de 14 de Agosto - entrada em vigor apenas em , ex vi do seu art.º 15º, e que reforma a NRAU - porquanto no art.º 15º, n.º 1, do NRAU/2012 não se determina a exclusividade do processo especial de despejo.. Mostrando-se divididas a jurisprudência e a doutrina. Assim, e como refere aquele Autor, A linha maioritária vai no sentido da não existência de um ónus de uso da via extrajudicial, permanecendo aberta ao senhorio a possibilidade de recorrer à acção de despejo para obtenção do mesmo efeito.. [6] Como é o caso dos Acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça de [7] e da Relação do Porto de [8] Sendo também essa a posição de Gravato de Morais, [9] Soares Machado e Regina Santos Pereira, [10] e Laurinda Gemas/Albertina Pedroso/João Caldeira Jorge. [11] Outras decisões indo no sentido da existência de um ónus de uso da via extrajudicial. Perante a imposição do recurso à via extrajudicial, o senhorio que fizer uso da acção judicial de despejo não tem interesse processual, pois o direito que pretende fazer valer não carece de tutela judicial.. [12] Neste sentido podendo ver-se o Acórdão da Relação de Coimbra de , [13] aliás com apoio na doutrina de Menezes Leitão [14] e Pinto Furtado. [15] Considerando Rui Pinto que o âmbito restrito constante do art.º 14º, n.º 1, NRAU (pretérito) conduz à conclusão de que o senhorio tinha o ónus de constituir o título executivo extrajudicial.. [16] Também Miguel Teixeira de Sousa [17] referindo - na ponderação já, porém, da introdução no NRAU, pela Lei n.º 31/2012, de um procedimento especial que dá sequência à cessação do contrato de arrendamento

5 obtida através da comunicação do senhorio ao arrendatário, regulado nos art.ºs 15º a 15º-S NRAU, que em certas condições, conduz à formação de um título para a desocupação do locado (cfr. art.º 15º-E NRAU) - que o conjunto constituído pela comunicação extrajudicial de senhorio e pelo procedimento especial de despejo pode fornecer o mesmo que uma ação de despejo: um título executivo destinado a obter a desocupação do imóvel. Esta conclusão é suficiente para que se possa concluir que, sempre que estejam verificadas as condições que permitem uma cessação do contrato de arrendamento através de uma comunicação do senhorio ao arrendatário, falta àquele senhorio o interesse processual para instaurar ação de despejo.. Concedida tal falta de interesse processual - que Antunes Varela, J. Miguel Bezerra e Sampaio e Nora, [18] referem como consistindo na necessidade justificada, razoável, fundada, de lançar mão do processo ou de fazer prosseguir a acção - coloca-se a questão da sua relevância enquanto pressuposto processual. No domínio do Código de Processo Civil de 1961 João de Castro Mendes, [19] sustentou - aderindo à tese do Prof. Galvão Telles - que só portanto no campo restritíssimo das acções baseadas em direitos futuros estabelece o art.º 472º, n.º 2, um requisito de interesse em agir. Sendo que, fora disso, a utilidade da acção e o interesse em agir não são pressupostos processuais (e muito menos condições de acção). A sua eficácia restringe-se ao campo limitado - e, doutrinariamente, de pouco interesse - das custas processuais.. De modo não substancialmente dissemelhante considerando Rui Pinto, [20] conquanto em sede de consequência da falta de interesse processual, que Por isso o senhorio que fizesse uso da acção de despejo nos casos substantivos abrangidos pelo art.º 15º, n.º 1, NRAU não poderia deixar de ser cominado com o pagamento das respectivas (custas), salvo se o inquilino contestar a acção, nos termos do art.º 449º, n.º 1 = art.º 535º, n.º 1, nº C.P.C... E Tal condenação nas custas será de maior razão se o senhorio até estivesse já munido do título extrajudicial e, ainda assim, optar pela via condenatória: impunha-no o art.º 449º, n.º 2, alínea c)=art.º 535º, n.º 2, al. c).. Sendo que Todavia, a condenação em custas não retirava ao juiz o dever de proferir decisão de mérito sobre o pedido. O entendimento de que o inquilino deve ser absolvido da instância traduzia uma inaceitável preponderância de uma questão de forma sobre o fundo da causa, desconforme ao art.º 20º, n.º 1, CRP. Acrescentando: [21] O senhorio, nessas eventualidades, está, na verdade, na mesma situação do credor que dispondo de uma letra ou um cheque, coloca uma acção condenatória.. Continuando, no domínio da Lei n.º 31/ aqui não aplicável, como assinalado já - a referir que a solução não deixa de ser a mesma, visto nada ter mudado ( ) o senhorio tem o ónus de fazer uso do PED no âmbito abrangido pelo art.º 15º, n.º 2, NRAU/2012. Se não fizer uso desse procedimento, mas, sim, da ação comum de despejo, responde pelas custas, por força da analogia com o art.º 449º, n.º 2, alínea d) e, no Código novo, com o espírito legislativo presente no art.º 535º, n.º 1 e n.º 2, alínea d).. Concluindo-se pois no sentido de não configurar o recurso à ação declarativa (de despejo), no caso em apreço, uma qualquer exceção dilatória, ainda que inominada ou atípica, sobrelevando tão só a definição da responsabilidade por custas, estabelecida no agora art.º 535º, n.ºs 1, e 2, alínea c), do novo Código de Processo Civil. Com improcedência, nesta parte, das conclusões da Recorrente. II Das arguidas nulidades de sentença. 1. Partindo do quer entende ser uma insanável contradição entre os factos constantes de U) e V), que consubstanciam errada determinação da matéria de facto, começa a Recorrente, e nesta sede, por concluir a violação de b) e c) do n.º 1, do art.º 668º (agora 615º) do C.P.C.. Ora, e por um lado, na citada alínea b) comina-se a nulidade da sentença quando Não especifique os fundamentos de facto e de direito que justificam a decisão. Mas, concedendo reportar-se a Recorrente aos primeiros, ponto é que a indicação dos mesmos se mostra feita, com discriminação, na sentença recorrida, sob a epígrafe 2- Fundamentação de facto. A uma tal omissão não sendo recondutível eventual contradição entre pontos da factualidade julgada provada na 1ª instância. Por outro lado, a oposição entre os fundamentos e a decisão, geradora de nulidade, nos termos da também, referida alínea c), implica uma contradição lógica; se, na fundamentação da sentença, o julgador seguir determinada linha de raciocínio, apontando para determinada conclusão, e, em vez de a tirar, decidir noutro sentido oposto ou divergente, a oposição será causa de nulidade da sentença.. Ao que também estranha uma hipotética contradição entre pontos determinados da matéria de facto. Que apenas poderá interessar em sede de erro de julgamento da matéria de facto, como meridianamente

6 flui do disposto no art.º 712º, n.º 4 do Código de Processo Civil de 1961 (662º, n.º 2, alínea c) do novo Código de Processo Civil), ao contemplar a possibilidade de a Relação ordenar a repetição do julgamento, se não constarem do processo todos os elementos probatórios que permitam a reapreciação da matéria de facto, quando repute ( ) contraditória a decisão sobre pontos determinados da matéria de facto. 2. Insistindo nesta senda, mais sustenta a Recorrente a nulidade da decisão, ex vi do art.º 668º ( ), n.º 1 alínea c), por manifesta contradição entre a matéria de facto dada como provada e a decisão. E isso, assim, considerando que confessando os AA. que fizeram cessar o arrendamento por notificação, e dando como provada esta matéria de facto não poderia o tribunal a quo fazer senão considerar inadequado o meio processual e absolver a R. da instância.. Ora, como é bom de ver, também aqui se não equaciona qualquer contradição lógica entre a linha de raciocínio seguida na sentença recorrida e o sentido da decisão proferida. Situando-nos, ainda e sempre, no domínio do error in judicando. Que, com o invocado fundamento, nem se verifica, como resulta do já expendido supra, em sede de erro na forma de processo/interesse processual, cfr. II - 1. * Improcedendo, por igual nesta parte, as conclusões da Recorrente. II Da impugnação da decisão da 1ª instância quanto à matéria de facto. 1. Da pretendida contradição entre os factos constantes das alíneas U) e V). Não logramos, deveras, alcançar aquela. De acordo com o consignado em U): A ré tomou de arrendamento em 20 de Agosto de 2000 fracção id. em A) e fez dela um estabelecimento agregado à sua unidade de hospedagem instalada no prédio id. em M). E em V): Após a celebração do contrato referido no quesito 1º a ré procedeu à demolição de elementos e barrotes, paredes, tabiques e tectos.. Ora a alínea U) da matéria de facto provada, na sentença recorrida, corresponde precisamente ao provado do quesito 1º, cfr. base instrutória, a folhas 121, e decisão quanto à matéria de facto, a folhas 209. Assim, a solução propugnada pela Recorrente não resolve qualquer, inexistente, contradição, apenas resultando em melhoramento da redação, e nessa estrita perspetiva se acolhe. Passando assim a ter a alínea V) da matéria de facto provada a ter a redação seguinte: Após a celebração do contrato referido em U) a ré procedeu à demolição de elementos e barrotes, paredes, tabiques e tectos.. 2. Questiona ainda a Recorrente o teor das alíneas A), B), C), e D), da matéria de facto considerada provada, aliás correspondentes e respetivamente, às alíneas A), B), C), e D) dos Factos Assentes em audiência preliminar, que não sofreram reclamação. Propugnando: - quanto à alínea A), a alteração do seu teor para: Por contrato celebrado em Agosto de 2000 e reduzido a escrito em 28 de Julho de 2003 E, Ld.ª, na qualidade de senhorio, e a ré, na qualidade de inquilina, estabeleceram e reciprocamente aceitaram o arrendamento comercial do 1º andar esq.º e frt. do prédio urbano sito na Rua..., n.º..., em Lisboa. - quanto à alínea B), a sua supressão. - quanto à alínea C), a alteração do seu teor para: A renda foi fixada em cem mil escudos (cem contos) mês, actualizável anualmente de acordo com os índices legais. - quanto à alínea D), a sua supressão, como corolário. - quanto à alínea V), a alteração do seu teor para: Após a celebração do contrato referido em U a ré procedeu à demolição de elementos e barrotes, paredes, tabiques e tectos.. E isto, assim, apelando aos depoimentos das testemunhas F, G e H, bem como aos recibos oferecidos com a contestação, que seriam peremptórios quanto à existência prévia ao contrato junto pelos AA. (sic). 3. Tendo-se consignado, na fundamentação da decisão da matéria de facto, como segue:

7 O tribunal fundou a sua convicção no depoimento das testemunhas indicadas pela ré, sendo que estas quanto à matéria do contrato em causa nos autos, celebrado em 2003, nada sabiam de conhecimento próprio; sabiam o que a ré lhes referira. Apenas a testemunha I, que outorgou no dito contrato o conhecia e referiu que o locado se destinava à habitação de D, sócio e gerente da ré, que foram feitas obras no locado e desconhecia que a ré lá fizesse hospedagem. Quanto ao facto de a ré usar a fracção como pensão atentou-se no depoimento das testemunhas J e L, que aí residem desde 2009, ocupando dois dos 4 quartos existentes, e pagando a quantia de 900,00 euros/mês, estando os outros dois quartos igualmente ocupados. A testemunha G referiu que se hospedou na Pensão..., da ré, em 1999 e o locado foi usado como ponto de apoio daquela, desde o início e antes de Referiu também terem sido realizadas obras no locado, que lhe foram mostradas depois. Quanto às obras atentou-se nos documentos de fls. 65 e 66, aliás não impugnados. Relativamente aos documentos exibidos em audiência e posteriormente juntos apenas dão conta no que aos autos respeita que A autorizou o afixar de reclames, sendo que o fez na qualidade de proprietário do prédio urbano, qualidade que não tinha à data da assinatura. Não se refere qualquer intervenção sua na qualidade de gerente da 1ª autora e não se referem as restantes autoras.. 4. Temos pois que está aqui assim em causa, hipótese contemplada no art.º 712º, n.º 1, alínea a), do Código de Processo Civil de 1961, a saber, ter ocorrido gravação dos depoimentos prestados, sendo impugnada, nos termos do art.º 685º-B, e com invocação de parte daqueles, a decisão que, também com base neles, proferida foi. Certo sendo que à matéria da admissibilidade do recurso e do âmbito deste, será sempre aplicável o regime vigente aquando da interposição daquele, nada diversamente resultando da norma transitória do art.º 7º da Lei n.º 41/2013, de 26 de Junho. [22] Afigurando-se assim pertinente, in casu, e salvo melhor opinião, observar que: A reforma processual de 1995/96, implementando um verdadeiro segundo grau de jurisdição no âmbito da matéria de facto, já resultante de diploma anteriormente aprovado, veio ampliar os poderes do Tribunal da Relação quanto a tal matéria, transformando-a num tribunal de instância que não já apenas um tribunal de revista quanto à subsunção jurídica da factualidade assente. Com recusa, porém, de soluções que contemplassem ou impusessem a realização de novo julgamento integral em segunda instância. Ainda assim, um tal sistema acarreta riscos, e, desde logo, o de se atribuir equivalência formal a depoimentos substancialmente diferentes, de se desvalorizarem alguns deles, só na aparência imprecisos, ou de se dar excessiva relevância a outros, pretensamente seguros, mas sem qualquer credibilidade... Pois existem aspetos comportamentais ou reações dos depoentes que apenas podem ser percecionados, apreendidos, interiorizados e valorados por quem os presencie, e que jamais podem ficar gravados ou registados, para aproveitamento posterior por outro tribunal que vá reapreciar o modo como no primeiro se formou a convicção dos julgadores. É de relembrar que "os depoimentos não são só palavras, nem o seu valor pode ser medido apenas pelo tom em que foram proferidos. Todos sabemos que a palavra é só um meio de exprimir o pensamento e que, por vezes, é um meio de ocultar. A mímica e todo o aspeto exterior do depoente influem, quase tanto como as suas palavras, no crédito a prestar-lhe.". [23] E a fixação da matéria de facto, há-de ser o resultado de todas as operações intelectuais, integradoras de todas as provas oferecidas e que tenham merecido a confiança do Juiz, pelo que, não raras vezes se constata que o julgamento daquele possa não ter a correspondência direta nos depoimentos concretos (ou falta destes), mas seja o resultado lógico da conjugação de alguns outros dados, sobre os quais o seu sentido crítico se exerceu. Como também dá nota Suraia Schelles, [24] A linguagem corporal é tão forte que não se consegue esconder nem de si mesma, nem de um observador avisado, ela transcende a consciência. Por isso é tão importante que a corporal esteja em consonância com a verbal. ( ) O corpo fala e fala mesmo. Aponta as mentiras, expõe verdades inconscientes, reforça as ideias, dá ênfase à comunicação, favorece ou dificulta o entendimento e promove a interação com emissor e recetor da mensagem. ( ) A linguagem não verbal é tão forte, que um gesto pode dizer mais que mil palavras.. Assim a divergência quanto ao decidido pelo tribunal a quo na fixação da matéria de facto, só sobrelevará no Tribunal da Relação se resultar demonstrada, através dos meios de prova indicados pelo recorrente, a ocorrência de erro na apreciação do seu valor probatório, tornando-se necessário, para equacionar aquele, que os aludidos meios de prova apontem, inequivocamente, no sentido propugnado pelo mesmo recorrente. Tendo o Supremo Tribunal de Justiça decidido já, em Acórdão de , [25] que 1 - O DL 39/95, de 15 de fevereiro veio consagrar um efetivo duplo grau de jurisdição pela Relação quanto à matéria de facto

8 impugnada. 2 - Tal garantia visa apenas a deteção e correção de pontuais, concretos e excecionais erros de julgamento, incidindo sobre pontos determinados da matéria de facto, que o recorrente sempre terá o ónus de apontar claramente.. E, no seu Acórdão de , [26] I - A criação da convicção do julgador que leva à decisão da matéria de facto tem de assentar em dados concretos, alguns dos quais elementos não repetíveis ou tão fiáveis na 2.ª instância como na 1.ª, em situação de reapreciação da prova. Na verdade, escapam à 2.ª instância, por princípio, a imediação e a oralidade que o juiz da 1.ª instância possui. II - Quando o pedido de reapreciação da prova se baseie em elementos de características subjetivas, a respetiva sindicação tem de ser exercida com o máximo cuidado e só deve o tribunal de 2.ª instância alterar os factos incorporados em registos fonográficos quando efetivamente se convença, com base em elementos lógicos ou objetivos e com uma margem de segurança muito elevada, que houve errada decisão na 1.ª instância, por ser ilógica a resposta dada em face dos depoimentos prestados ou por ser formal ou materialmente impossível, por não ter qualquer suporte para ela. III - A Relação tem de ser muito cautelosa na alteração da matéria de facto, especialmente nos casos em que o depoimento das testemunhas na audiência de julgamento é feito no próprio local ou quando o processo contenha prova pericial ( ). Na mesma linha, o Acórdão desta Relação de , [27] em cujo sumário ler-se pode: I - Tal como se mostra reconhecido mais uma vez no recente acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 17 de Janeiro de 2008, inserto na Colectânea de Jurisprudência (STJ) Ano XVI, T.1, pág. 206, o recurso de facto para a Relação não é um novo julgamento em que a 2.ª Instância aprecia toda a prova produzida como se o julgamento ali realizado não existisse; antes se deve afirmar que os recursos, mesmo em matéria de facto, são remédios jurídicos destinados a colmatar erros de julgamento ( ). II - ( ) III - Como a lei claramente hoje o indica, não basta à procedência da impugnação que as provas invocadas no recurso permitam a solução propugnada na motivação e conclusões apresentadas.. Ponderado tendo o Tribunal Constitucional, no seu Acórdão nº 198/2004, de 24/03/2004, in DR, Série II, de 2 de junho de 2004, que: «A oralidade da audiência, que não significa que não se passem a escrito os autos, mas que os intervenientes estejam fisicamente perante o tribunal ( ) permite ao tribunal aperceberse dos traços do depoimento, denunciadores da isenção, imparcialidade e certeza que se revelam por gestos, comoções e emoções, da voz, por exemplo. A imediação, que vem definida como a relação de proximidade comunicante entre o tribunal e os participantes no processo, de tal modo que, em conjugação com a oralidade, se obtenha uma perceção própria dos dados que haverão de ser a base da decisão. É pela imediação, também chamada princípio subjetivo, que se vincula o juiz à perceção, à utilização, à valoração e à credibilidade da prova. A censura quanto à forma de formação da convicção do tribunal não pode consequentemente assentar de forma simplista no ataque da fase final da formação dessa convicção, isto é, na valoração da prova; tal censura terá de assentar na violação de qualquer dos passos para a formação de tal convicção, designadamente porque não existem os dados objetivos que se apontam na motivação ou porque se violaram os princípios para a aquisição desses dados objetivos ou porque não houve liberdade na formação da convicção. Doutra forma, seria uma inversão da posição das personagens do processo, como seja a de substituir a convicção de quem tem de julgar pela convicção dos que esperam a decisão.» (o negrito é nosso). *** Como quer que seja: 4. Não alegou a Ré, na fase dos articulados, e no confronto do petitório inicial das AA., que Por contrato celebrado em Agosto de 2000 e reduzido a escrito em 28 de Julho de 2003, E, Ld.ª, na qualidade de senhorio, e a ré, na qualidade de inquilina, estabeleceram e reciprocamente aceitaram o arrendamento comercial do 1º andar esq.º e frt. do prédio urbano sito na Rua...,..., em Lisboa. (tout court, sem estipulação de prazo). Nem o poderia fazer, desde que no escrito datado de , expressamente se consignou: - ser o arrendamento pelo prazo de cinco anos, com início em 28 de Julho de 2003 (cláusula segunda). - destinar-se o arrendamento a HABITAÇÃO, podendo sublocar todo ou em parte o local arrendado sendo este inquilino sempre responsável por estes. (cláusula terceira). - ser a renda mensal de 531,69. O que, rigorosamente, e com interesse neste plano, alegou a Ré, na sua contestação, foi que: - acertado verbalmente o aludido contrato de arrendamento em Agosto de vd. art.º 19º da contestação - foi o locado utilizado pela Ré, com o conhecimento e concordância do então proprietário do imóvel, como estabelecimento agregado à sua primitiva unidade de hospedagem, cfr. art.ºs 11º, 16º, 17º, do mesmo articulado. - e que a vontade real da arrendatária - de permanecer no locado por tempo indeterminado, enquanto exercer a sua atividade comercial/industrial - apenas não resulta expressa no contrato que veio a subscrever em 2003, por pressão do senhorio, aquando do momento em que quis alienar o prédio aos actuais Réus, convencendo-o a assinar o contrato ( ) e que o contrato era igual ao que tinham assinado

9 com as fracções onde a R. tem a sua unidade principal, dizendo o senhorio que o contrato de arrendamento comercial sem termo teria que ser reduzido a escrito, art.ºs 35º a 41º. - sendo expectativa da R. que o contrato de arrendamento aquando da sua passagem a escrito fosse em tudo idêntico ao da Residencial, onde sempre foi autorizado o desempenho da actividade comercial da R. - Hospedagem - naquele local., art.º 42º. - nunca tendo sido vontade nem de arrendatário nem de inquilino celebrar um contrato com termo certo., art.º 59º. - Também os ora senhorios ( ) não desconheciam ( ) tão evidentes factos, art.º 72º. - estando cientes de que a construção/completamento, de casa de banho (no locado) para a qual concederam autorização em 2006, apenas fazia sentido construir para a actividade da R. - hospedagem., vd. art.ºs 50º e 51º. - sendo a renda de $00 ( ). Estando pois insinuada, na defesa apresentada pela Ré, a subscrição, com erro na declaração, por divergência entre a vontade real e a vontade declarada, determinado pela contraparte, do escrito de 28 de Julho de 2003, cfr. art.º 247º, 253º e 254º, do Código Civil. Simplesmente, essa versão dos factos, distinta da que a Recorrente agora pretende refletir no reclamado teor das alíneas A) e C), da matéria de facto provada - com a eliminação das alíneas B) e D) - foi levada à base instrutória, mais precisamente aos seus art.ºs 1º a 7º. Apenas a matéria do art.º 1º havendo resultado provada Sem que a ora Recorrente haja impugnado a decisão da 1ª instância reportada aos referidos art.ºs 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º da base instrutória. Não colhendo assim, e na circunstância, o propósito de lograr, em via de impugnação de factos dados por assentes na fase condensatória - por via de acordo e documentos - a consagração dessa novel versão, aliás rejeitada pela incontornável literalidade do documento subscrito em Nem, quando se devesse entender tratar-se, afinal, da mesma versão que carreada fora para os art.ºs 2º a 7º da base instrutória - o que se não concede - se poderia ultrapassar o não provado dos mesmos - que impugnado não foi pela Recorrente, nos termos do art.º 685º-B, n.º 1, alínea a), do Código de Processo Civil de em via de impugnação de outros pontos da matéria de facto. De resto, não se antolha como poderia ser feita a prova, mediante testemunhas, de corresponder o contrato de arrendamento de na sua consignada literalidade, para habitação, pelo prazo de cinco anos - à redução a escrito de um anterior contrato verbal de arrendamento para a indústria/hospedagem, por prazo indeterminado - e não obstante a possibilidade de a inobservância da forma legal poder ser suprida pela exibição do recibo de renda, vd. art.º 7º, n.ºs 1 e 2, do RAU, com a redação introduzida pelo Decreto-lei n.º 64-A/2000, de 22 de Abril - - atento o disposto nos art.ºs 393º, n.º 2 e 394º, n.º 1, do Código Civil. Para além de os invocados documentos - recibos de renda - serem todos datados do ano de 2000 e por montante inferior ao constante do contrato de 2003, nada implicando pois no sentido de uma tal redução e correspondência. Por igual nada aportando à tese da Ré a autorização concedida por A, presuntivamente no final de 2006, para construção de uma casa de banho e pequenas obras a executar no locado, vd. doc. de folhas 63. Diga-se, ainda assim e sem prejuízo do que se deixou já equacionado, que nem em qualquer caso os invocados depoimentos teriam de sobrelevar em sentido diverso do que se acolheu na 1ª instância. Pois como se consignou na motivação da decisão da 1ª instância quanto à matéria de facto, no tocante ao contrato celebrado em 2003, as testemunhas da Ré nada sabiam de ciência própria, apenas sabendo o que a Ré, ou talvez melhor, o sócio único daquela, lhes referia. Com a ressalva relativa à testemunha I, que sendo sócia gerente da I &..., Ld.ª, assumiu o arrendamento de Julho de 2003, e posteriormente, a venda do prédio aos AA. Tendo aquela testemunha da Ré, quando inquirida, mantido-se firme e coerente perante as sucessivas e desinibidas tentativas manifestas de indução, por parte do mandatário da Ré, que lhe fazia a pergunta dando a resposta e acrescentando não é?. Assim reiterando que não fazia arrendamentos sem ser por escrito que aquando de tal contrato de 2003, o Sr. D disse-lhe que o locado era para moradia dele, e sendo o arrendamento para habitação dele, sem prejuízo da possibilidade - aliás legal - de o locatário habitacional dar hospedagem. Com improcedência, dest arte também neste segmento, das conclusões da Recorrente. II Da eficácia da notificação à Ré da denúncia/oposição à renovação, do contrato de arrendamento. A recorrente pretende negar aquela com fundamento na preterição do que diz ser a exigência legal de efetivação de tal notificação através de contacto pessoal, nos termos do art.º 9º do NRAU.

10 É porém evidente, e salvo melhor opinião, a sua sem razão. Com efeito, o convocado art.º 9º prevê três modos diversos de comunicação entre as partes no contrato de arrendamento. Dois desses modos de comunicação, e nas palavras de Maria Olinda Garcia, [28] são gerais, ou seja, valem, potencialmente, para todas as hipóteses de comunicação entre as partes. São eles: a carta registada com aviso de recepção, prevista no n.º 1, e a entrega em mão com cópia assinada pelo destinatário, prevista no n.º 6, podendo a eles recorrer-se em livre alternativa. Já O terceiro modo de comunicação encontra-se previsto no n.º 7 e tem um âmbito de aplicação limitado, pois vale apenas para efeitos de resolução do contrato, nos termos do art.º 1084º, n.º 1, do C.C. Nesta hipótese, pelas especiais razões de certeza e segurança inerentes a uma comunicação destinada a resolver o contrato, a comunicação é feita mediante notificação judicial avulsa ou por contacto pessoal com o notificado através de advogado ou solicitador de execução.. Deste modo, a carta subscrita pelo mandatário das AA., para o efeito mandatado por aquelas - denunciando o arrendamento em curso, titulado pelo contrato de 28 de Julho de enviada à R. sob registo e com A/R, e expedida para o local arrendado - cfr. folhas 21 - e por aquela recebida - vd. alínea I da matéria de facto - cumpre todos os requisitos formais da comunicação da denúncia/oposição à renovação do contrato, cfr. cit. art.º 9º, n.ºs 1 e 2. Revestindo-se pois tal comunicação de plena eficácia. Com improcedência, uma vez mais, das conclusões da Recorrente. II Do direito a indemnização por benfeitorias. Nos termos do disposto no art.º 1074º do Código Civil salvo estipulação em contrário, o arrendatário tem direito, no final do contrato, a compensação pelas obras licitamente feitas, nos termos aplicáveis às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé.. Tendo assim o direito a ser indemnizado das benfeitorias necessárias que haja feito e bem assim a levantar as benfeitorias úteis realizadas na coisa, desde que o possa fazer sem detrimento dela. Quando, para evitar o detrimento da coisa, não haja lugar ao levantamento das benfeitorias úteis, satisfará o titular do direito ao arrendatário cessante o valor delas, calculado segundo as regras do enriquecimento sem causa, cfr. art.º 1273º, n.ºs 1 e 2, do Código Civil. Mais tendo o arrendatário, nessa circunstância da licitude das obras feitas, o direito a levantar as benfeitorias voluptuárias, não se dando detrimento da coisa; sendo que no caso contrário, não pode levantálas nem haver o valor delas, vd. art.º 1275º, do Código Civil. Considerando-se benfeitorias todas as despesas feitas para conservar ou melhorar a coisa, sendo necessárias as que têm por fim evitar a perda, destruição ou deterioração daquela; úteis as que, não sendo indispensáveis para a sua conservação lhe aumentam, todavia, o valor, e voluptuárias as que, não sendo indispensáveis para a sua conservação nem lhe aumentando o valor, servem apenas para recreio do benfeitorizante, cfr. art.º 216º, do Código Civil. Não sofre crise constituírem as obras levadas a cabo pela Ré no locado - discriminadas em V) a HH) da matéria de facto - efetivas benfeitorias. Tratando-se - tanto quanto assim é possível concluir no confronto da factualidade apurada - de benfeitorias úteis, com a exceção única relativa à substituição de elementos danificados do pavimento de madeira, em que nos deparamos já, de modo incontornável, com benfeitorias necessárias. Como quer que seja, ponto é, porém, que a indemnização do inquilino, por aquelas, está expressamente arredada, pelo que respeita ao contrato de arrendamento cuja cessação assim se discutiu nos presentes autos, na cláusula quinta, n.º 2 do mesmo, onde se consignou, e como visto, que Uma vez realizadas, tais obras ficam a fazer parte integrante do locado, não podendo retiradas quando do término do contrato, e não podendo a Inquilina alegar direito de retenção ou pedir por elas qualquer indemnização.. Não colhendo, por outro lado, o argumento de terem as obras sido realizadas em momento anterior à redução a escrito do contrato e assim sendo, não havia disposição que impedisse o seu ressarcimento., devendo a cláusula a aplicar-se ( ) ser para obras futuras e não aquelas que tinham sido previamente autorizadas e realizadas.. Desde logo, a tese da correspondência do contrato de 28 de Julho de 2003, à redução a escrito do contrato celebrado em segundo a própria recorrente, verbalmente - foi já rejeitada. Para além de que, quando se tratasse de uma tal redução, então seria a vontade normal dos outorgantes que o clausulado abrangesse toda a dinâmica do contrato, que não apenas uma parte.

11 E não sendo o caso de redução, temos que, a aceitar tratar-se de benfeitorias realizadas ainda no domínio desse anterior contrato verbal, estaria em causa um contrato cuja cessação, não constituiu objeto da lide. Transitando-se de uma causa de pedir para outra, rigorosamente não invocada. Pois que a um tal contrato se não reportam as AA. na sua petição inicial, sendo a causa de pedir alegada, relativamente à indemnização por tais benfeitorias - peticionada em via de reconvenção - a realização autorizada das mesmas, no âmbito de contrato que a Ré pretendeu ser ainda aquele - titulado pelo escrito de cuja cessação se reconheceu nestes autos. Com substanciação pela Ré dos factos a tal contrato atinentes, na sustentação de uma continuidade contratual, relativa às frações em causa, desde Agosto de 2000 até ao presente E apenas quando tivesse constituído objeto de discussão a cessação de tal anterior e autónomo contrato, enquanto integrante da causa de pedir - como deste modo não é, seja em sede de ação seja em sede de reconvenção - teriam as AA. tido oportunidade de contraditarem de forma efetiva a pretensão indemnizatória da Ré/recorrente, quer em via impugnatória, quer em via de exceção, v.g., compensação. Nem sendo admissível - e na ausência de acordo das partes quanto à alteração da causa de pedir, cfr. art.º 273º, n.º 1, do Código de Processo Civil de 1961 e 264ºdo novo Código de Processo Civil - a consideração, em sede de julgamento do recurso, de questões novas, sem prejuízo das hipóteses, de que nenhuma aqui se configura, de questões novas de conhecimento oficioso e funcional. Assinalando-se, conquanto na circunstância apenas marginalmente, que a testemunha I foi clara no sentido de o montante da renda das frações em causa ter sido mais baixo do que a do 1º dt.º, do mesmo prédio, precisamente atendendo à diferença do estado de conservação respetiva, e para compensar os melhoramentos que o inquilino entendesse ter de fazer. * Improcedendo, por fim, neste segmento, as conclusões da Recorrente. III - Nestes termos, acordam em julgar a apelação improcedente, e confirmam, embora com fundamentação não inteiramente coincidente, a sentença recorrida. Custas pela Recorrente, que assim decaiu totalmente. * Em observância do disposto no n.º 7 do art.º 663º, do novo Código de Processo Civil, passa a elaborar-se sumário, da responsabilidade do relator, como segue: ( ) Lisboa, Ezagüy Martins Maria José Mouro Maria Teresa Albuquerque [1] In A nova disciplina do arrendamento urbano, 2ª ed., Coimbra Editora, 2006, pág. 33. [2] Antunes varela, J. Miguel Bezerra, Sampaio e Nora, in Manual de Processo Civil, 2ª ed., (Reimpressão) Coimbra Editora, 2004, pág [3] J. A. Alberto dos Reis, in Comentário, Vol. 2º, págs [4] Assim, e a propósito da ação de divisão de coisa comum, Luís Filipe Pires de Sousa, in Acções especiais de divisão de coisa comum e de prestação de contas, Coimbra Editora, 2011, pág.82. [5] In Manual da Execução e Despejo, Coimbra Editora, 1ª Ed., Agosto 2013, págs [6] Idem, pág [7] Proc. 438/08.5YXLSB.LS.S1, Relator: CUSTÓDIO MONTES, in [8] Proc , Relator: DEOLINDA VARÃO, in [9] Anotação ao Acórdão da Relação de Lisboa, de , in Cadernos de Direito Privado, n.º 22, págs. 65 e seguintes, e in Novo Regime de Arrendamento Comercial, Almedina, 2006, págs [10] In Arrendamento Urbano, Livraria Petrony, 2ª ed., revista e aumentada, pág. 13 [11] In Arrendamento Urbano, 2ª ed., Quid Juris, 2007, pág. 37. [12] Rui Pinto, op. cit., pág [13] Proc. 937/07.6TBGRD.C1, Relator: ISAÍAS PÁDUA, in [14] In Arrendamento Urbano2, 3ª ed., Almedina, 2007, págs. 96, e

12 [15] In Manual do Arrendamento Urbano, Vol. II, 4ª. ed. atualizada, Almedina, 2008, pág [16] Op. cit. pág [17] In Temas de Direito do Arrendamento, Cadernos O Direito, n.º 7, 2013, pág [18] In manual de Processo Civil, 2ª ed., (reimpressão), Coimbra Editora, 2004, pág [19] In Direito processual Civil, II, FDL, 1974, págs [20] In op. cit., pág [21] In op. cit., pág. 41, nota de rodapé n.º 70. [22] Cfr. Paulo Ramos de Faria e Ana Luísa Loureiro, in Primeiras Notas ao Novo Código de Processo Civil, 2013, Vol. I, Almedina, pág. 23. [23] Vd. Eurico Lopes Cardoso, in BMJ n.º 80, págs. 220/221. [24] Revista Esfera nº. 1 Jan./Jun. 2008, in [25] Proc. 115/1997.S.1, relator: SERRA BATISTA, in [26] Proc. 73/2002.S1, relator: MÁRIO CRUZ, in [27] Proc. 1884/06.4TABRR.L1-5, relator: Luís Gominho, in proferido na jurisdição penal, mas com interesse na jurisdição cível. [28] In op. cit., pág. 94.

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