ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND
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- Raul Lancastre Branco
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1 PANORAMA DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE CIMENTO E SUAS AÇÕES EM DIREÇÃO DA SUSTENTABILIDADE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND
2 Distribuição das fábricas de cimento no Brasil (2012) 14 grupos industriais 81 fábricas 51unidades completas 30 moagens Capacidade nominal: 78 Mt /ano Produção ,2milhões Toneladas Fonte: SNIC Fábricas integradas Moagens Fonte: SNIC
3 Os 14 grupos industriais de cimento em
4 Distribuição das fábricas por grupo em 2012 Grupos Industriais Fábricas 1 Votorantim 24 2 João Santos 11 3 Lafarge 9 4 Cimpor 8 5 Intercement 7 6 Holcim 5 7 Itambé 1 8 Ciplan 1 9 Outros 15 Total 81 Fonte: SNIC,
5 Evolução do produção de cimento nos últimos 40 anos M tons Década de estagnação Fonte: SNIC,
6 Panorama mundial 10 Maiores produtores mundiais em 2010 (milhões t/ano) 1851 Produção (Mt) País Produção de cimento China 56,1% Fonte: CEMBUREAU 207,9 66,5 63,8 61,0 59,1 53,8 52,1 50,7 50,1 China 1.851,0 India 207,9 Turquía 66,5 Estados Unidos 63,8 Irã 61,0 Brasil 59,1 Japão 53,8 Coreia do Sul 52,1 Rússia 50,7 Vietnã 50,1 Produção mundial 3.300,0 6
7 Panorama mundial Apesar de grande consumidor mundial de cimento o consumo per capita é baixo... PAÍSES CONSUMO (kg/habitante) MÉDIA MUNDIAL 447 CHINA ÍNDIA ESTADOS UNIDOS JAPÃO CORÉIA DO SUL ESPANHA 630 ITÁLIA RÚSSIA BRASIL MÉXICO 338 IRÃ 656 TURQUIA 567 PORTUGAL 580 CONSUMO PER CAPITA (kg/habitante) 2009 Fonte: SNIC/CEMBUREAU 7
8 Consumo regional de cimento em 2010 Consumo per capita (kg/hab/ano) NORTE CENTRO- OESTE NORDESTE Norte 263 Nordeste 228 Centro-Oeste 401 Sudeste 341 Sul 356 Brasil % SUDESTE 20% NE CO SE SUL 7% N S 46% Fonte: SNIC, % 8
9 Despacho de cimento em 2010 por tipo de consumidor Source:SNIC,
10 Dados Preliminares para 2012 Vendas internas de cimento ,0 M toneladas ,5 M t (+7,3%) Janeiro/Março ,1 M toneladas Janeiro/Março ,6 M t (+13%) Fonte: SNIC 10
11 Previsão de aumento da capacidade de produção (até 2016) O aumento da demanda de cimento em resposta aos programas governamentais em habitação e infraestrutura levou a indústria de cimento a novos investimentos em seu parque industrial Capacidade de produção de cimento* ton/ano Fonte: SNIC, 2011 Capacidade Instalada Expansão Expansão realizada Capacidade Instalada - Julho Projetos** até Total estimado em (*) Dado estimado (**)Estimativas baseadas em matérias divulgadas pela imprensa 11
12 Evolução tecnológica na fabricação do cimento Portland 1824 Patente do Cimento Portland Joseph Aspdin CALCÁRIO + ARGILA (Calcinados) Ilha de Portland, Sul da Inglaterra Pedra artificial Patente Mesmo princípio básico evolução tecnológica 12
13 Evolução tecnológica na fabricação do cimento no Brasil Sistema via úmida para sistema via seca Preaquecedores e precalcinadores Coprocessamento Cimento com adições Aditivos de moagem Moinhos e separadores de alta eficiência Automatização dos controles Análises on line (tempo real) Fonte:BEN,
14 Evolução Tecnológica na Fabricação do Cimento no Brasil Resultado: cimentos com excelente desempenho Os cimentos brasileiros ultrapassam expressivamente as exigências mínimas das normas técnicas Cimento 1 dia 3 dias 7 dias 28 dias Norma Média Norma Média Norma Média Norma Média CP II-E-32-9,3 10,0 22,0 20,0 29,8 32,0 40,8 CP II-F-32-14,3 10,0 24,9 20,0 30,7 32,0 38,5 CP III-32-5,2 10,0 15,9 20,0 25,7 32,0 42,7 CP III-40-8,5 12,0 22,1 23,0 33,5 40,0 51,4 CP IV-32-12,0 10,0 21,2 20,0 27,2 32,0 38,8 CP V-ARI 14,0 25,1 24,0 35,5 34,0 41,8-49,8 CP V-ARI-RS 11,0 20,7 24,0 34,2 34,0 41,8-49,8 Fonte: Controle do Selo de Qualidade ABCP 14
15 Capa Informações Participantes Programação Títulos Interceran Dia 17 Dia 18 Dia 19 Versatilidade do concreto Cimento contribui para a versatilidade do concreto Moldável Fundação Iberê Camargo, 2008 POA Masp,1968 SP 15
16 Capa Informações Participantes Programação Títulos Interceran Dia 17 Dia 18 Dia 19 Versatilidade do Concreto Cimento contribui para a versatilidade do concreto Excelente resistência e durabilidade Panteão,século II DC Coliseu,72 DC 16
17 Versatilidade do Concreto Matérias-primas abundantes Jazidas para 600 anos Distribuição de calcário no Brasil 17
18 Versatilidade do Concreto Baixo custo 1 kg de concreto= R$0,10 1Litro = R$1,50 18
19 Cimento e concreto andam juntos Consumo mundial em 2009 Cimento milhões de toneladas Concreto milhões de toneladas Consumo brasileiro em 2010 Cimento 60 milhões de toneladas Concreto 460 milhões de toneladas 190 milhões de m 3 de concreto prédios 20 andares 400m caminhões betoneiras de 5 m 3 19
20 O concreto está presente no desenvolvimento do País Estradas Corredores urbanos Pontes / Viadutos Saneamento Casas populares Favelas Edifícios Hospitais Shoppings / Hotéis Escolas Creches Estádios Praças Centros de Lazer Ferrovias Portos Aeroportos Barragens Presídios 20
21 Todas essas atividades da cadeia produtiva geram impactos ambientais
22 Apesar do concreto apresentar um perfil mais favorável que a maioria dos materiais de construção
23 Emissão dos materiais de construção Material de Construção CO 2, kg/t CO, kg/t SO 2, kg/t NO X, kg/t CH, kg/t Dust, kg/t Madeira 124 1,2 0,1 0,5 Concreto 147 0,2 0,6 0,1 Vidro ,7 9,3 1,6 Plástico ,0 5,0 1,0 Metais ,0 5,0 0,5 Fonte: PENTTALA,ACI Materials Journal, set-out
24 Consumo de energia dos materiais de construção Material de construção Consumo de energia GJ/t Alumínio 270 Aço 30 Vidro 20 Cimento 5 Concreto armado 2,5 Madeira 2 Cerâmica 2 Concreto 1,4 Agregados 0,25 Fonte: PENTTALA,ACI Materials Journal, set-out
25 O consumo de concreto pela humanidade é expressivo Alimentos Cimento Concreto Água Consumo anual em kg por habitante Fonte: Agopyan & John,2011
26 Grande desafio da indústria mundial do cimento Mitigação das emissões dos gases de efeito estufa A indústria somente terá um futuro sustentável se a taxa de inovações tornar-se maior que a taxa de restrições. Na Europa o número de regulamentos ambientais cresceu de 19 em 1990 para 635 em 2010 Fonte: Chandelle,
27 As medidas de mitigação das emissões na indústria do cimento
28 A emissão de CO 2 na fabricação do cimento Emissão de CO 2 é característica do processo de fabricação do cimento Descarbonatação da matéria-prima (60%) Queima dos combustíveis (40%) 28
29 A Iniciativa de Sustentabilidade do Cimento (WBCSD CSI) 6 grupos no Brasil são membros do CSI, representando mais de 70% da produção nacional, com suas próprias metas específicas de redução para os próximos anos. 29
30 Como mitigar as emissões de CO 2? Eficiência Energética Combustíveis alternativos WBCSD- CSI Adições ao cimento Captura e armazenamento de carbono 30
31 Eficiência Energética: evolução tecnológica na fabricação do cimento no Brasil Sistema via úmida para sistema via seca (99%) Preaquecedores e Precalcinadores (2730 MJ/t de cimento ) Maçaricos ecológicos Queimadores desenvolvidos para coque de petróleo e resíduos Moinhos e Separadores de alta eficiência (107 kwh/t) Fonte: BEN,
32 Eficiência Energética: evolução tecnológica na fabricação do cimento no Brasil Consumo de energia por tonelada de clinquer, incluindo combustíveis alternativos Fonte: FICEM 32
33 Eficiência Energética: evolução tecnológica na fabricação do cimento no Brasil Consumo especifico de energia TÉRMICA Fonte: SNIC 33
34 Eficiência Energética: evolução tecnológica na fabricação do cimento no Brasil Consumo especifico de energia ELÉTRICA Fonte: SNIC 34
35 Eficiência Energética: evolução tecnológica na fabricação do cimento no Brasil Devido ao estado de excelência alcançado o Brasil apresenta baixo potencial de redução de consumo energético Fonte: IEA analysis - IEA International Energy Agency Energy Technology Transitions for Industry (2009) 35
36 Como mitigar as emissões de CO 2? Eficiência Energética Combustíveis alternativos Adições ao cimento Captura e armazenamento de carbono 36
37 Combustíveis Alternativos: evolução tecnológica através do coprocessamento Conceito de coprocessamento: Tecnologia de destinação final de resíduos em fornos de cimento que não gera novos resíduos e contribui para a preservação de recursos naturais, por substituir matérias primas e combustíveis tradicionais no processo de fabricação do cimento Queimar e destruir resíduos, aproveitando energia Operação combinada Produzir clínquer de qualidade 37
38 Combustíveis Alternativos: evolução tecnológica através do coprocessamento Plantas licenciadas = 37 Resíduos coprocessados = t/ano t de pneus usados Capacidade de Coprocessamento = 2,5 M t/ano ANO BASE 2010 Evolução do Coprocessamento (t) Fonte: ABCP
39 Coprocessamento nos fornos de cimento de resíduos de outros setores industriais Pneus inservíveis Plásticos Borras ácidas Lixo urbano tratado Resíduos industriais Tintas usadas 39
40 Estrutura do consumo de energia na indústria do cimento no Brasil 100% 80% 60% 40% ESTRUTURA DO CONSUMO NO SETOR DE CIMENTO (%) CARVÃO VEGETAL ELETRICIDADE ÓLEO COMBUSTÍVEL OUTRAS COQUE DE PETRÓLEO * 20% CARVÃO MINERAL 0% Fonte: BEN, 2010 * Biomassa e resíduos. 40
41 Combustíveis Alternativos Segundo o WBCSD CSI, no estudo Getting the Numbers Right (GNR): Brazil is the leader in the use of biomass as substitute fuel, with 12% of total thermal energy generated. Adding 9% fossil waste, Brazil also replaces more than one fifth of fossil fuels with alternative fuels. 41
42 Como mitigar as emissões de CO 2? Eficiência Energética Combustíveis alternativos Adições ao cimento Captura e armazenamento de carbono 42
43 Cimentos com adições No Brasil, os cimentos Portland comum são produzidos desde 1926 e os cimentos com adições começaram a ser produzidos a partir de 1952 Cimento portland comum (desde 1926) CP I-S 1-5% adições Cimento com escória (desde 1952) CP III 35-70% escória Cimento Portland pozolânico (desde 1969) CP IV 15-50% pozolanas Cimento composto (desde 1991) CP II-E 6-34% escória CP II-Z 6-14% pozolanas CP II-F 6-10% calcário 43
44 Vantagens dos cimentos com adições Preservação de jazidas Economia de combustíveis Aproveitamento de resíduos industriais Melhoria da durabilidade do concreto Cinza de casca de arroz Diminuição das emissões específicas escória Cinza volante 44
45 Produção de cimento por tipo ( 2010) Cimento Portland Comum (CPI)... 0,2% Cimento Portland Composto (CP II) 66,5% Cimento Portland de Alto-Forno (CP III) 14,4% Cimento Portland Pozolânico (CP IV). 11,6% Cimento de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI). 7,3% Cimento Portland Branco (CPB) % Fonte : SNIC,
46 Adições ao cimento Adições de escória de alto forno e cinzas volantes nos vários tipos de cimento é uma das melhores alternativas para redução das emissões Adições Cimento Índice: 1990 = Redução de emissões (2010): Clinquer Mt CO Indicador: 1990 = 100 Fonte: SNIC Fonte: SNIC 46
47 Resultados
48 2º Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa O 2 Inventário Nacional de GEE divulgado em 2010, com abrangência de 1990 a 2005 Indústria do cimento Emissão média mundial 5% 2,2% 16,5% 16,1% 1,4% 1,0% 1,7% Uso do Solo e Queimadas Trat. de Resíduos Energia Processos Industriais Emissão média brasileira 1,4% 57,7% 21,9% Agropecuária Brasil (2005): 2,2 Bi toneladas de CO 2 Fonte: MCT 48
49 Emissões de CO 2 do cimento (CSI) - Período Emissões de CO 2 por tonelada de cimento (kg/t) Fonte: CSI 49
50 Potencial de redução de CO 2 O Brasil tem o menor potencial redução de emissão de CO 2 em comparação com outros países produtores de cimento, com base nas melhores tecnologias disponíveis (BAT) Fonte: IEA International Energy Agency/
51 Considerações finais A indústria de cimento no Brasil apresenta baixa taxa de emissão específica de CO 2 quando comparada à média mundial. Ações continuadas da indústria do cimento Garantir o fornecimento de cimento para as obras de infraestrutura necessárias ao desenvolvimento do País Manter os cimentos com menores taxas de emissão específica de CO 2 e com qualidade Aumentar progressivamente a substituição de combustível fóssil por combustível alternativo, incluindo biomassa. Estímular à produção de cimento sustentável (uso de adição e de clínquer coprocessado) Estar aberta às inovações tecnológicas 51
52 Obrigado!
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