O que vamos compartilhar. Influenza Suína: avaliação de patogenicidade isolada ou combinada a outros agentes. O vírus. Publicações (Camp.

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1 Influenza Suína: avaliação de patogenicidade isolada ou combinada a outros agentes Edson Luiz Bordin MV, patologista A influenza suína (SIV) - ontem 1918» A SIV foi primeiro reconhecida clinicamente em suínos no meio-oeste norte-americano em 1918, coincidindo com a pandemia de influenza conhecida como gripe espanhola. Publicações (Camp.J, 2015) A influenza de 1918 causou de milhões de mortes Rejane Schaefer O que vamos compartilhar Vírus da influenza e a doença Patogenia natural e experimental Diagnóstico Vacinação e controle Pandemias humanas O vírus Família: Orthomyxoviridae Gênero: baseado nas nucleoproteínas (NP) & matriz (M) Influenza A Influenza B Influenza C Genoma: RNA (RT-PCR) Fita única Negativo RNA segmentado e mutável NP M Envelope : pouco resistente 1

2 Vírus da Influenza 2 antígenos de superfície (glicoproteínas) Hemaglutinina (HA) 16 HA Permite entrada nas células hospedeiras Neuraminidase (NA) 9 NA Permite liberação de vírus pelas células Subtipagem (soros HA & NA): H1N1, H5N1, H3N2, Nome do isolado: A/swine/Gent/7622/1999 (H1N2) Diagrama do ciclo de vida do vírus influenza A Gênero Espécie (não vale para humanos) Número País, região, cidade Ano Subtipo A Receptores virais Ácido siálico com ligação com receptores de galactose 2-3 ou 2-6 HA Vias respiratórias normais (Camp. J) & Suínos = vaso de mistura Infecção por IAV (Camp J, 2015) Patogenia= 3 estados de doença causada por vírus influenza A 2

3 Influenza Suína (Schaefer, R) E a campo? Sinais da SIV Epidêmica - Febre alta por aproximadamente 3 dias - animais prostrados, agrupados, notam-se espirros, tosse, corrimento naso-ocular, abortos, mortes (inf. secundárias) Endêmica: Difícil pré diagnóstico, geralmente observase uma patologia respiratória combinada a outros agentes, frequentemente micoplasma e pasteurela SIV: Anatomia patológica H3N2 H3N2 H3N2» Áreas vermelhas, ligeiramente deprimidas (atelectasia) e mais firmes (consolidação), afetando a região cranioventral do pulmão (Gauger et al. 2012a), podendo se estender às áreas caudais em lóbulos isolados, dando o aspecto de tabuleiro de xadrez (Pereda et al. 2010) Fonte: IDT H1N2 Pulmão suíno com lesão microscópica de influenza A. (A) Bronquiolite necrosante. HE, obj.10x. (B) Pneumonia broncointersticial. HE, obj.10x. (C) Marcação do antígeno viral (nucleoproteína) no núcleo das células epiteliais bronquiolares íntegras e descamadas dentro do lúmen. O lúmen do bronquíolo está parcialmente obliterado por neutrófilos degenerados. Imunohistoquímica, obj.20x. Rejane Schaefer 3

4 Amostragem: Swabs nasais durante fase aguda da doença (febre e sinais agudos respiratórios) ou tecidos pulmonares Vários animais por granja Transporte de amostras conservadas (rápido) Isolamento do vírus Apoio celular: ovos embrionados ou linhagens celulares (longas!) Sub tipagem de hemaglutinina: teste HI ou RT-PCR Transcriptase reversa em tempo real PCR (rt RT-PCR) Resultados rápidos Diagnóstico da SIV Tão sensível quanto o isolamento do vírus Detecção de proteínas virais ou RNA Imunofluorescência em pulmões congelados Imunohistoquímica em tecidos respiratórios Teste rápido: testes de imuno-ensaio comercial com enzima Detecção de anticorpos Nível individual: soro pareado é necessário para interpretação HI: inibição de hemaglutinação Método de escolha Método quantitativo: aumento de 4 vezes! Anticorpos (Pico com 2 semanas- Repetir 3 semanas) Declínio de anticorpos: 3-6 meses Cepas locais e atualizadas são necessárias (mais sensíveis) SN: soroneutralização (células) ELISA Sensibilidade baixa (Barbé et al, 2009, Journal of Veterinary Diagnostic Investigation, vol 21, n 1, p 88-96) Embrapa Vacinação SIV Merial: GRIPOVAC 3 protege contra cepas H1N1, H3N2 e H1N2 circulantes na EU. Distintos protocolos Merial-Newport: Vacina autógena com cepa circulante, e envolve vacinação de fêmeas e leitões Zoétis: FLUSURE protege contra ph1n1 em protocolo envolvendo duas doses em leitões A vacinação de porcas parece ser altamente efetiva no controle de doenças em suínos jovens (0-14 sem) Vacinação contra influenza suína na Europa e nos Estados Unidos Bélgica: 20% das porcas Brittany (França): 37% Itália: 30% Espanha: 15% Estados Unidos: 90% das porcas Brasil: Vacinação de leitões (Zoétis?) Ideal o monitoramento sorológico 4

5 Comentários» Agravamento da doença por vacinação com vacinas inativadas é um fenomeno real e reproduzível, Vigilância: Nenhuma vigilância organizada para SIV na EU até 2000 Nenhum quadro evidente da epidemiologia da gripe suína na Europa Pouca informação/confusão sobre a extensão do antígeno e difusão genética Falta de padronização de técnicas de diagnóstico e protocolos usados em diferentes laboratórios» Implicações com vacinas com subtipos diferentes dos que circulam a campo!» Considerar variações de eficácia de vacinas experimentais em suínos livres de doenças e em condições comerciais. (Complexo respiratório). Na época, era difícil fazer recomendações para o controle da SIV na Europa e para seleção das cepas de vacinas Rejane Schaefer : Criação da Rede de Vigilância Européia para Gripe em Suínos (ESNIP, ação concertada EU) 9 laboratórios veterinários: Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, Irlanda, Itália, Holanda, Polônia, RU 2 labs de referencia de gripe humana +3 parceiros industriais (Merial, Intervet, BioScreen) Painel 17 amostras + e 9- para PCR e 5 soros e ant.hi. ESNIP 2: parceiros: Pública: Bélgica, RU, Holanda, Itália, França, Alemanha, Bulgária, Hong Kong, EUA Privada: Merial & Hipra (Espanha) Programa: Vigilância sorológica & virológica: dinâmica em granja Caracterização genética e antigênica Atualização de técnicas clássicas Desenvolvimento de novas técnicas (RT-PCR tempo real) Pesquisa sorológica por gripe aviaria (H5N1) Interação entre gripe suína, aviária e humana Situação brasileira H1N1: Gripe humana pandêmica Vírus circulantes (H1N1c, H1N1p, H1N2, H3N2) Vigilância virológica & identificação do vírus Caracterização antigênica e cartografia Caracterização genômica (seqüenciamento completo) Interação ou formação de rede de vigilância Não existe banco de dados e seqüenciamento genômico, não existe coleção de vírus ou antisoros. É necessário diagnóstico e identificação rápida do VIS. É necessário vigiar novos subtipos como H5N1 e H9N2 Janice Zanella, VI SinSui

6 Recomendações da OIE Intensifique a vigilância da gripe suína e da gripe humana (vacinação humana) Aumente a biossegurança Diminua o risco de transmissão humano-a-suíno Diminua o risco de transmissão suíno-a-humano Se a granja estiver infectada: Não descarte! Quarentena (restrições de movimento) Não troque restrições Carne de porco pode ser consumida Pandemias humanas (próxima?) Ano 1889=H2 Ano 1900=H3 Ano 1918=H1 Ano 1957=H2 Ano 1968=H3 Ano 1986=H1 Ano 2009=H1p Obrigado 6

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