INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

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1 INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL EFEITOS AMBIENTAIS E DE GRUPOS GENÉTICOS SOBRE CARACTERÍSTICAS DE PRODUÇÃO DE SÊMEN EM TOUROS MESTIÇOS (Bos taurus x Bos indicus) Rafael Ribeiro Coelho de Paula Souza Nova Odessa Janeiro, 2012

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3 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL EFEITOS AMBIENTAIS E DE GRUPOS GENÉTICOS SOBRE CARACTERÍSTICAS DE PRODUÇÃO DE SÊMEN EM TOUROS MESTIÇOS (Bos taurus x Bos indicus) Rafael Ribeiro Coelho de Paula Souza Orientadora Profª. Dr a. Claudia Cristina Paro de Paz Co-orientador Prof. Dr. Aníbal Eugênio Vercesi Filho Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação do Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Produção Animal Sustentável. Nova Odessa Janeiro, 2012

4 Ficha elaborada pelo Núcleo de Informação e Documentação do Instituto de Zootecnia Bibliotecária responsável Ana Paula dos Santos Galletta - CRB8/7166 S729e Souza, Rafael Ribeiro Coelho de Paula Efeitos ambientais e de grupos genéticos sobre características de produção de sêmen em touros mestiços (Bos taurus x Bos indicus). / Rafael Ribeiro Coelho de Paula Souza. Nova Odessa - SP, p. : il. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Zootecnia. APTA/SAA. Orientador: Prof. Dra. Claudia Cristina Paro de Paz. 1. Bovinos Reprodução animal. 2. Sêmen - Avaliação. 3. Inseminação artificial. I. Paz, Claudia Cristina Paro de. II. Título. CDD

5 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL CERTIFICADO DE APROVAÇÃO TÍTULO: EFEITOS AMBIENTAIS E DE GRUPOS GENÉTICOS SOBRE CARACTERÍSTICAS DE PRODUÇÃO DE SÊMEN EM TOUROS MESTIÇOS (Bos taurus x Bos indicus) AUTOR: RAFAEL RIBEIRO COELHO DE PAULA SOUZA Orientadora: Profª. Dra. Claudia Cristina Paro de Paz Co-orientador: Prof. Dr. Aníbal Eugênio Vercesi Filho Aprovado como parte das exigências para obtenção de título de MESTRE em Produção Animal Sustentável, pela Comissão Examinadora: Profª. Dr a. Claudia Cristina Paro de Paz Profª. Dr a.lenira El Faro APTA/SAA Dr. Luiz Carlos Roma Júnior APTA/SAA Data da realização: 27 de janeiro de 2012 Presidente da Comissão Examinadora Profª. Dr a. Claudia Cristina Paro de Paz

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7 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por me dar oportunidades; A Georgina, Adriana, Fabrícia, Thalita, João e Rafael, pela compreensão e por servirem de exemplo e motivação para continuar; A minha orientadora pela paciência, amizade, dedicação e ensinamentos; Ao meu co-orinetador pela confiança em mim depositada; Aos membros das bancas examinadoras, Dr a. Lenira El Faro, Dr a. Maria Lúcia Pereira Lima, Dr. Luiz Carlos Roma Júnior, pelos comentários e sugestões, que aperfeiçoaram este trabalho; A todos os professores e colegas do curso de pós graduação, pelos ensinamentos, amizade e dedicação; A todos os funcionários do Instituto de Zootecnia, principalmente aos da biblioteca e da secretaria da pós graduação; E a todos que participaram direta ou indiretamente deste trabalho. ii

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9 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... vi LISTA DE TABELAS... viii RESUMO... x ABSTRACT... xii 1. INTRODUÇÃO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Inseminação Artificial Exame Andrológico Efeitos Genéticos Efeitos Ambientais Maturidade Sexual MATERIAL E MÉTODOS Animais e Dados Climáticos Produção e Qualidade do Sêmen Análises Estatísticas RESULTADOS E DISCUSSÕES Grupo Genético Idade do Touro Época de Coleta Ano de Coleta Intervalo de Dias entre Coletas CONCLUSÕES REFERÊNCIAS iv

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11 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Volume da produção do sêmen (a), motilidade (b) e concentração espermática (c) e número total de espermatozóides viáveis (d), em função do ano da coleta de sêmen vi

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13 LISTA DE TABELAS TABELA 1 TABELA 2 TABELA 3 TABELA 4 TABELA 5 TABELA 6 TABELA 7 TABELA 8 TABELA 9 Médias de dados climáticos, referentes ao período de 1992 a 2010, na Embrapa Pecuária Sudeste, São Carlos, SP Número de observações, o coeficiente de variação, as médias e o desvios-padrão para as características volume (VOL), concentração (CONC), motilidade (MOT) e número total de espermatozóides viáveis (NTZV), para o sêmen de touros leiteiros mestiços em diferentes coletas Correlação entre as características volume (VOL), concentração (CONC), motilidade (MOT) e número total de espermatozóides viáveis (NTZV) Médias seguidas pelos erros-padrão para volume (VOL), motilidade (MOT), concentração do sêmen (CONC), e número total de espermatozóides viáveis (NTZV) em função dos grupos genéticos dos touros Média seguidas pelos erros-padrão para volume (VOL), motilidade (MOT), concentração (CONC) do sêmen e número total de espermatozóides viáveis (NTZV) em função das classes de idade do touro na coleta de sêmen (CIDTC) Frequência observada para a motilidade do sêmen nas diferentes classes de idades na coleta de sêmen de touros mestiços B.taurus x B.indicus Frequência observada para a motilidade do sêmen nas diferentes classes de idades na coleta de sêmen de touros mestiços B.taurus x B.indicus Média seguidas pelos erros-padrão para volume (VOL), motilidade (MOT), concentração (CONC) do sêmen e número total de espermatozóides viáveis (NTZV) em função da época de coleta do sêmen Médias estimadas, seguidas pelos erros-padrão para volume (VOL), motilidade (MOT), concentração (CONC) do sêmen e número total de espermatozóides viáveis (NTZV), em função do intervalo entre coletas do sêmen, para touros mestiços leiteiros.. 33 viii

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15 EFEITOS AMBIENTAIS E DE GRUPOS GENÉTICOS SOBRE CARACTERÍSTICAS DE PRODUÇÃO DE SÊMEN EM TOUROS MESTIÇOS (Bos taurus x Bos indicus) RESUMO Os objetivos deste estudo foram avaliar a produção do sêmen de reprodutores mestiços Bos taurus x Bos indicus, avaliando o potencial reprodutivo e verificar quais efeitos influenciaram a produção do sêmen destes reprodutores. Este estudo foi realizado com o conjunto de dados coletado no período de 1979 a 1990 do projeto Desenvolvimento do Mestiço Leiteiro Brasileiro implantado pelo CNPGL EMBRAPA. Os dados se referem a coletas de sêmen de 156 touros com fração de genes de Bos taurus variando entre 5/8 e 7/8, nascidos nos anos de 1968 a 1987, sendo que as coletas foram realizadas entre 1979 a As médias encontradas neste estudo foram: volume (4,84 ml), concentração (0,93x10 9 /ml), motilidade (46,51%) e número de espermatozóides viáveis (239,14 x10 9 /ml). O grupo genético influenciou (P<0,01), o volume do ejaculado, o número de espermatozóides viáveis e a motilidade, exceto a concentração espermática. Os touros 7/8 e 5/8 apresentaram melhores resultados para a concentração e para a motilidade seminal, e os touros 3/4 tiveram um maior volume e número de espermatozóides viáveis por ejaculado. Os efeitos das classes de idade do touro a coleta, intervalo entre coletas e de ano foram significativos (P<0,01) para o volume, concentração, motilidade e número de espermatozóides viáveis. O efeito da estação foi significativo sobre o volume e sobre o número de espermatozóides viáveis, no entanto, não foi significativo sobre a concentração e a motilidade. PALAVRAS CHAVE: avaliação de sêmen, bovinos leiteiros, qualidade do sêmen, touros mestiços Bos taurus x Bos indicus x

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17 GENETIC GROUPS AND ENVIRONMENTAL EFFECTS ON CHARACTERISTICS OF SEMEN PRODUCTION IN CROSSBREDS BULLS (Bos taurus x Bos indicus) ABSTRACT The objectives of this study were to evaluate the production of semen of crossbred bulls Bos taurus x Bos indicus, and evaluating the effects which influenced the production of semen of bulls. This study was conducted with the data set collected in the period 1979 to 1990 the project "Development of the Crossbred Brazilian Dairy " deployed by CNPGL - EMBRAPA. The data refer to samples of semen collected from 1979 to 1990, from 156 bulls with a fraction of genes from Bos taurus ranging from 5/8 and 7/8, born in the years 1968 to The mean values found in this study were: volume (4.84 ml), concentration (0.93 x109/ml), motility (46.51%) and number of viable sperm ( x109/ml). The genetic group affected (P <0.01), ejaculate volume, the number of viable sperm motility, except the sperm concentration. Bulls 7/8 showed better results for the concentration and motility. Bulls 5/8 had an intermediate production in the different characteristics analyzed and bulls 3/4 had a higher semen volume and number of viable sperm. The effects of classes, age of bull on collection, interval between samples and years were significant (P <0.01) for volume, sperm concentration, motility and number of viable sperm. The effect of season was significant on the volume and the number of viable sperm, however, was not significant on the concentration and motility. KEYWORDS: crossbred bulls Bos taurus x Bos indicus, dairy cattle, quality of the semen, semen evaluate xii

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19 1. INTRODUÇÃO As taxas reprodutivas em regiões tropicais são geralmente mais baixas do que as de regiões mais temperadas. As razões para isso são complexas e incluem os efeitos de estresse ambiental, gestão e possíveis efeitos de raças, além de ocorrer diferenças nos indicadores da fertilidade dos touros entre diferentes sistemas de produção, época de colheita, idade e peso corporal. Touros Bos indicus e mestiços (Bos indicus x Bos taurus) têm sido amplamente utilizados nessas regiões devido a sua adaptação, no entanto, o uso destes animais tem sido associado a baixa fertilidade (CHENOWETH et al., 1996). O touro mestiço é uma opção para introduzir material genético de raças especializadas em ambientes tropicais. Entretanto, o seu uso só será vantajoso se forem utilizados touros mestiços comprovadamente superiores, visando o aumento dos índices produtivos e reprodutivos. A manutenção de rebanhos mestiços por meio do uso de touros mestiços provados para produção de leite pode ser uma boa estratégia para diminuir as dificuldades operacionais encontradas pelos produtores, principalmente aquela referente à produção de animais com grande variação na composição genética ou no potencial de produção de leite (BARBOSA, 2006). 1

20 Um touro representa metade da composição genética de sua progênie assim, sua contribuição é muito importante porque deixa inúmeros descendentes. Devido à ênfase para características produtivas, uma menor atenção está sendo dada ao desempenho reprodutivo dos touros (MARTINEZ et al., 2000). A seleção de touros deve ser baseada na excelência genética para características produtivas e reprodutivas, considerando o ambiente e o mercado (GALLOWAY, 1989). As características produtivas (produção de leite, porcentagem de gordura e proteína, vida produtiva) e reprodutivas (circunferência escrotal, características físicas e morfológicas do sêmen) dos touros devem ser cuidadosamente avaliadas antes de seu uso generalizado. Como não é possível testar a fertilidade de um grande número de touros jovens devido ao tempo necessário para avaliar a progênie e também em razão do limitado número de vacas disponíveis, a avaliação das características do sêmen se torna uma alternativa necessária (MARTINEZ et al., 2000). O objetivo é otimizar o uso de touros com bom desempenho no exame andrológico, maximizando a produção total de espermatozóides e o número de espermatozóides por inseminação artificial, podendo assim inseminar diversas vacas sem diminuir a taxa de prenhez (DEN DAAS et al., 1998). A utilização de reprodutores selecionados pelo exame andrológico tem como finalidade a garantia da qualidade seminal e a melhoria da eficiência reprodutiva do rebanho, visando aumentar a lucratividade (SILVEIRA et al., 2010). Touros que produzem sêmen com qualidade média ou abaixo da média alcançam níveis de fertilidade abaixo da média, mesmo que seja aumentado o número de espermatozóides por dose na tentativa de compensar os baixos níveis de qualidade. Em contraste, os touros que produzem sêmen com qualidade acima da média atingem níveis de fertilidade acima da média mesmo com um número menor de espermatozóides por dose (DeJARNETTE et al., 2004). A aquisição de touros melhoradores deve ser associada à otimização de seu uso, pois os custos por concepção aumentam muito quando a relação touro/vacas é desfavorável. Quando se emprega a proporção touro/vaca de 1:40, 1:60, 1:80 e 1:100, reduz-se em 37,5; 57,5; 67,5 e 75%, respectivamente, o valor para aquisição do touro (BERGMANN, 1993, citado por PIRES, 2010). Segundo Amaral et al. 2

21 (2003), o custo por concepção de um touro de R$ 1.700,00 servindo 20 fêmeas é semelhante ao de um touro de R$ 4.000,00 que serve a 40 fêmeas. Existe necessidade de utilizar touros avaliados pelo exame andrológico, pois os animais subférteis podem gerar descendentes, e mesmo que esta condição clínica seja afetada por fatores ambientais esta alteração pode ser de caráter genético, sendo assim indesejável o uso destes animais. Segundo Tyagi et al. (2006), citados por (MANDAL et al., 2009), a produção com qualidade de doses de sêmen congelado de touros mestiços mantidos em ambiente tropical é um sério problema e cerca de 60% dos touros mestiços (Bos taurus x Bos indicus) são rejeitados das centrais de coleta de inseminação artificial na Índia, devido à baixa qualidade ou insatisfatória congelabilidade do seu sêmen. Quando há problema de infertilidade numa propriedade, três aspectos devem ser considerados, tais como, problemas no macho, problemas na fêmea e problemas de manejo, onde o homem e o ambiente exercem um importante papel (PIMENTEL, 2008). Efeitos ambientais são causados por diversos fatores, como temperatura ou umidade ambiental, fotoperíodo, qualidade dos alimentos ou instalações, sendo assim a variação ambiental na produção de sêmen não bem compreendida (MATHEVON et al., 1998). Os objetivos deste estudo foram avaliar a produção do sêmen de reprodutores mestiços Bos taurus x Bos indicus, avaliando o potencial reprodutivo desses touros e verificar quais efeitos influenciam a produção e a qualidade do sêmen destes reprodutores. 3

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23 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A produtividade dos sistemas de produção de leite em áreas de clima tropical, quando comparada aos sistemas de clima temperado é caracteristicamente baixa em todo o mundo. Na tentativa de melhorar a produtividade destes sistemas tem-se utilizado, em larga escala, o cruzamento entre raças zebuínas (ou nativas adaptadas), com raças de origem européia especializadas para produção de leite, onde o principal objetivo deste de cruzamento é utilizar-se da expressão da heterose e da complementaridade entre estes tipos zootécnicos para a obtenção de animais mais adaptados e produtivos sob tais condições (FACÓ et al., 2002). A combinação de raças zebuínas e européias foi responsável pelo o aumento da produção de leite, maior regularidade de parição e produção mais econômica desde, aproximadamente, o ano de 1945 (VILLARES et al., 1947). Devido a uma menor exigência esses animais adaptam-se melhor às limitações de meio, prevalecendo na maioria das fazendas devido a uma menor necessidade energética para a mantença e pela maior resistência a doenças, parasitas e ao stress térmico, podendo assim demonstrar toda a sua capacidade produtiva, reprodutiva e adaptativa. 5

24 Visando integrar os esforços que diversos criadores e instituições vinham realizando, o Centro Nacional de Pesquisa de Gado de leite (CNPGL) da Embrapa implantou, em 1977, o projeto Desenvolvimento do Mestiço leiteiro Brasileiro (MLB), combinando por meio de cruzamento entre raças, as características de produção de Bos taurus com as características de adaptação do Bos indicus. Este programa produziu touros avaliados para resistência aos carrapatos e com teste de progênie para produção e composição do leite e ganho de peso. Alguns desses touros foram utilizados comercialmente em centrais de inseminação, provando a existência de demanda no mercado de sêmen de touros tropicais provados, fato que não era sabido anteriormente (MADALENA, 1992) Inseminação Artificial É de grande importância avaliar a contribuição do touro em relação ao progresso genético e a fertilidade do rebanho, pois o uso da inseminação artificial é, de forma geral, pouco usada e a monta natural prevalece sendo que somente cerca de 9% das fêmeas em idade de reprodução são inseminadas (ASBIA, 2010). A inseminação artificial é a principal ferramenta utilizada para o melhoramento genético do gado leiteiro. Através da inseminação artificial podem ser produzidas filhas de touros superiores nos rebanhos, melhorando as características de importância econômica (MATHEVON et al., 1998), promovendo o melhoramento genético rápido e aumentando a lucratividade (BRITO et al., 2002a). Outra vantagem é a viabilização do cruzamento sem os problemas da monta natural com touros europeus, mantidos em regiões tropicais (AMARAL et al., 2003). Os touros de origem européia de produção leiteira encontrados no Brasil são principalmente das raças Holandesa, Pardo Suíça e Jersey, geneticamente constituídos para clima temperado. Em clima tropical estes animais sofrem com os efeitos do meio ambiente, seja pela elevada temperatura, umidade relativa do ar, presença de ectoparasitas e da redução de pastagens na seca (VALE FILHO, 1997). Comparando touros Holandeses com touros Curraleiros (raça naturalizada brasileira) estes se mostraram mais tolerantes aos efeitos da insulação escrotal, com melhores resultados nas características seminais do que os touros Holandeses. 6

25 Assim, o uso de raças bovinas adaptadas é uma alternativa promissora em condições ambientais desfavoráveis, como altas temperaturas ou baixa oferta de alimentos (PEZZINI et al., 2006). Devido a estes e a outros fatores, atualmente a raça Girolando é a que mais cresce na venda de sêmen no Brasil, alcançando mais de doses comercializadas no ano de 2010, com um aumento de 38,12% em relação ao ano de 2009 e de 164,72% em relação ao ano de 2006 (ASBIA, 2010). A raça Girolando possui grande aceitação no Brasil, sendo que 80% do leite produzido provêm de animais mestiços, por serem capazes de manter um bom nível de produção em diferentes sistemas de manejo e de condições climáticas. Outro dado importante desta raça é o crescente aumento na produção de leite (305 dias) das vacas primíparas, de 3.657kg no ano de 2000 para 4.144kg em 2010, representando um aumento de 13,3%, na produção leiteira (SILVA et al., 2011) Exame Andrológico O exame andrológico completo é composto pelo exame clínico geral, exame específico dos órgãos reprodutivos, mensuração do perímetro escrotal, avaliação do comportamento sexual, avaliação dos aspectos físicos e morfológicos do sêmen, (BARBOSA et al., 2007) e pelo exame microbiológico (PIMENTEL, 2008). Entretanto, para que seja considerado viável e potencialmente fértil é necessário que o sêmen possua morfologia, atividade metabólica e membranas plasmáticas normais (ARRUDA et al., 2004). A qualidade do sêmen reflete a saúde dos túbulos seminíferos, epidídimos e glândulas acessórias (SINGH, 2006). Os aspectos físicos de um sêmen com alto poder fecundante, apresenta alta concentração de espermatozóides por ejaculação (> 10 bilhões), motilidade progressiva acima de 70% e vigor 5, além de um alto trubilhonamento (VALE FILHO, 1997). O sêmen com baixo poder fecundante pode ter sua limitação no plasma, devido à insuficiência de açúcares necessários para a combustão energética dos espermatozóides, nos aspectos morfológicos, devido a níveis elevados de 7

26 espermatozóides anormais ou por a uma baixa condição metabólica (VALE FILHO, 1997), sendo resultante da disfunção dos testículos, dos epidídimos ou de origem genética (SINGH, 2006). A ocorrência de patologia nos espermatozóides é o primeiro sinal de alterações degenerativas no epitélio seminífero (SINGH, 2006), geralmente causada por clima ou trimestres quentes, alta umidade, animais com sobrepeso, baixa circulação de ar ou alimentação com altas porcentagens de concentrados (GALLOWAY, 1989). A subfertilidade genética geralmente está relacionada à hipoplasia testicular (VALE FILHO, 1997). Para Singh (2006), na degeneração testicular o aparecimento de espermatozóides anormais é, frequentemente, acompanhado por outros sinais como a diminuição da concentração e motilidade dos espermatozóides, assim como, diminuição no tônus e no tamanho dos testículos, indicando perdas na gametogênese, baixa eficiência nos processos de mitose e meiose (VALE FILHO, 1997). O uso dos touros depende da obtenção máxima de crescimento testicular, do equilíbrio da produção de células de esperma, e do desenvolvimento completo do impulso sexual, além de uma condição física adequada para assegurar o sucesso da monta (FONSECA, 2000). No entanto, a fertilidade do touro é apenas um dos muitos fatores que contribuem para o desempenho reprodutivo dos rebanhos. Na avaliação do potencial da fertilidade dos touros, os testes estabelecidos, como o exame físico, exame de sêmen e avaliação da libido são usados para eliminar touros de baixa fertilidade, para estimar a proporção touro/vaca (PARKINSON, 2004). Além disso, é uma forma de agregar valor ao touro (PINEDA, 1997). Como a eficiência econômica do sistema de gado de leite está diretamente ligada ao desempenho reprodutivo do rebanho, o exame andrológico se torna necessário pois, conforme Menegassi (2010), se trata de uma prática de manejo de baixo custo que proporciona um aumento da rentabilidade da atividade. Segundo Menegassi (2010), a realização do exame andrológico dos touros aumentou a produção de bezerros em 31%, com uma produtividade estimada do touro durante sua vida útil em 13,8 bezerros. Isso aumentou a receita líquida por 8

27 vaca e por touro, tendo uma relação benefício/custo de R$35,84. Esse aumento na receita proporciona um valor adicional que pode ser utilizado na aquisição de novos touros. Pineda (1997) e Fonseca et al. (1997), selecionaram touros com alta fertilidade, avaliados com uma proporção de 60 a 94 vacas, e que foram capazes de alcançar taxas de até 95% de prenhez dentro de estações de monta que variaram de 63 a 120 dias. Pode-se gerar uma economia de 18,66% do custo por bezerro desmamado aumentando a proporção touro vaca de 1:25 para 1:60, demonstrando assim, a necessidade da avaliação andrológica (FONSECA et al., 1997) Efeitos Genéticos As contribuições dos touros em relação à baixa fertilidade de um rebanho são frequentemente mal definidas, especialmente as que envolvem genótipos tropicais mantidos em ambientes quentes (CHENOWETH et al., 1996). Segundo Koivisto et al. (2009), os animais Bos indicus são conhecidos por serem mais termotolerantes. Assim, a espermatogênese e a maturação do espermatozóide no epidídimo são mais afetadas nos touros B. Taurus do que B. Indicus, sob altas temperaturas ambientais. Touros B. indicus e seus mestiços possuem um maior fornecimento de sangue e uma maior capacidade de termorregulação testicular quando comparado aos touros B. taurus, devido a diferenças morfológicas na vascularização nos testículos (BRITO et al., 2003). No entanto estudos tem demonstrado que touros B. Indicus apresentam uma puberdade atrasada, deficiencias endócrinas, baixa libido, testículos pequenos e uma menor produção e qualidade seminal quando comparados aos touros B. Taurus (FIELDS, 1979; GALINA;ARTHUR, 1991; CHENOWETH et al., 1996; ANCHIETA et al., 2005). Porém, em ambiente tropical sob as mesmas condições, touros Bos indicus tiveram uma produção de espermatozóides igual ou superior aos Bos Taurus, sendo 9

28 a sua melhor adaptação às condições ambientais a responsável para essa observação (BRITO et al., 2002a). Nas condições térmicas, pluviométricas e de umidade relativa do ar do Sudeste brasileiro, os taurinos apresentam uma maior eficiência no processo de congelação de sêmen do que os zebuínos. Também apresentam, na précongelação, melhores indicadores de avaliação do sêmen, sugerindo pouca susceptibilidade a efeitos climáticos mais severos do que os observados em climas temperados (ANCHIETA et al., 2005). Brito et al. (2002a) verificaram que a produção e a qualidade do sêmen foram influenciadas pelo genótipo dos animais. Diferenças significativas foram encontradas nos touros B. indicus, pois estes apresentaram uma concentração espermática maior e nos touros B. taurus menos espermatozóides com defeitos. No entanto, Brito et al. (2002b) avaliando o efeito da idade nas características de produção e qualidade seminal de touros Bos indicus, Bos taurus e mestiços (Bos indicus x Bos taurus), em três centrais de inseminação artificial no Brasil, verificaram que não houve efeito significativo de grupo genético sobre a qualidade do sêmen. Os touros Bos indicus apresentaram maiores resultados (P<0,01) na concentração e no número de espermatozóides viáveis que os Bos taurus, com resultados intermediários para os mestiços. No entanto, os touros mestiços apresentaram uma maior motilidade, mantendo desta forma uma maior qualidade seminal. Segundo Mandal et al. (2009) há indicação de uma possível incompatibilidade genética nos animais mestiços (Bos taurus x Bos indicus), pelo baixo desempenho reprodutivo, baixa qualidade seminal e alta anomalias morfológicas, quando comparado aos Bos taurus e Bos indicus puros, sob as mesmas condições ambientais, e se não for geral, é evidentemente particular nos cruzamentos Holandes x Sahiwal. 10

29 2.4. Efeitos Ambientais Como diferentes resultados são encontrados nos exames andrológicos, a idade e o período de colheita de sêmen podem afetar a qualidade do sêmen (características físicas e morfológicas) e a quantidade de doses produzidas por touros. Dairra et al. (1997), investigaram a influência da idade de bovinos europeus sobre a qualidade do sêmen e constataram que a idade do touro afetou significativamente o volume de sêmen ejaculado, a concentração espermática, as anormalidades espermáticas e a quantidade de doses por ejaculado. A idade do touro foi positivamente associada com espermatozóides normais (P<0,001), e negativamente associada com anormalidades primárias (P<0,001). A motilidade aumentou e os espermatozóides com anormalidades primárias diminuíram com o aumento da idade dos touros. Neste estudo, o peso corporal, a circunferência escrotal e as características de qualidade de sêmen melhoraram com o aumento da idade do touro (CHENOWETH et al., 1996). Silva et al. (2009), encontraram similaridades avaliando as características do sêmen de touros nas duas subespécies com idade intermediária. Entretanto, as maiores porcentagens de anormalidades totais, nas duas subespécies, foram observadas nos animais mais jovens (12 a 36 meses) e nos mais velhos (109 e 142 meses). Informações da idade relacionada às alterações no espermiograma de touros mestiços (Bos taurus x Bos indicus) são insuficientes e os problemas como a alta prevalência de anormalidades morfológicas, baixa qualidade e congelabilidade seminal não foram investigadas extensivamente (MANDAL et al., 2009). Avaliando touros das raças Nelore, Gir e Holandês, Oliveira et al. (2006), verificaram que as características físicas e morfológicas do sêmen variam entre as estações seca e chuvosa e dentro da mesma estação, interferindo na qualidade do sêmen de touros doadores em central de inseminação artificial e na sua eficiência para congelação. 11

30 Brito et al. (2002a), avaliando touros B. indicus e B. taurus, verificaram que a produção ou a qualidade de sêmen não foram significativamente afetadas pela temperatura e umidade ambiental ou pela estação na coleta. Segundo Silva et al. (2009), os resultados de avaliações microscópicas dependem de diversos fatores, como o meio utilizado para diluir o sêmen, as taxas de diluição e da sua congelabilidade, além da influência dos fatores climáticos como as estações do ano e da má nutrição que podem influenciar negativamente o crescimento testicular e a qualidade do sêmen durante a coleta. Sendo asim uma melhor compreensão do efeito de fatores como idade do animal, estação de coleta e freqüência da coleta sobre a produção de sêmen de touros é importante, e com o conhecimento destes efeitos, pode-se adaptar a gestão dos touros para melhorar a produção de sêmen (MATHEVON et al., 1998) Precocidade Sexual Segundo Siddiqui et al. (2008), touros jovens devem ser o mais rápido possível avaliados e descartados caso não apresentem bons resultados. Esta prática é desejável por identificar touros superiores precocemente e pela seleção de novos touros com um melhor pedigree em um menor período, além de avançar o desenvolvimento genético do gado leiteiro através da disseminação rápida e eficiente de nova genética. A variabilidade da idade merece uma maior investigação para verificar com exatidão em que idade a produção normal de esperma é atingida, a fim de usa-lá como indicador da fertilidade (TORRES-JUNIOR; HENRY, 2005) e de seleção. A seleção de animais para reprodução visa atualmente não só a qualidade seminal, mas a precocidade dos reprodutores (OSORIO, 2010). Destacam-se como indicativos da eficiência reprodutiva dos touros, os relacionados com a puberdade e a maturidade sexual precoce, por ter reflexos na idade ao primeiro parto das filhas destes animais (GRESSLER, 2000). Existe suporte na literatura para se concluir que os fatores hormonais que promovem o desenvolvimento inicial testicular nos machos são os mesmos que 12

31 promovem o desenvolvimento inicial ovariano nas fêmeas, e a seleção para a puberdade precoce em um sexo resultará em associada redução da idade a puberdade do outro sexo (MACKINNON et al., 1990). Toelle e Robison (1985), e Gallloway (1989), relataram que touros com maior circunferência escrotal produziram filhas com maior eficiência reprodutiva. Assim a seleção para maiores valores de circunferência escrotal em touros resulta em melhoramento dos índices reprodutivos das fêmeas, filhas desses indivíduos. A circunferência escrotal, associada às outras medidas que determinam a fertilidade do touro, como as características físicas e morfológicas do sêmen, constituem-se em ponto básico para direcionamento dos processos de seleção de reprodutores e suas descendências (SALVADOR, 2001). A concentração, a motilidade e o vigor foram negativamente correlacionados com a idade ao primeiro parto. Assim, a seleção de touros que produzem sêmen de maior qualidade pode trazer, como resposta correlacionada, menor idade ao primeiro parto de suas filhas (SANTANA-JUNIOR et al., 2010). Valentim et al. (2002), avaliando as diferenças entre as médias de circunferência escrotal de zebuínos e cruzados, demonstraram que o início da puberdade é mais tardio nos zebuínos do que nos cruzados. O desenvolvimento sexual de touros B. Indicus e de touros mestiços B. indicus x B. taurus parece ser atrasado quando comparado ao desenvolvimento dos touros B. taurus (BRITO et al., 2004). No entanto, touros das raças Holandesa e Pardo Suíça, mantidos em ambiente tropical mexicano, apresentaram idade a puberdade maior do que as verificadas em ambientes temperados (JIMÉNEZ-SEVERIANO, 2002). Portanto, o manejo, o clima e o fotoperíodo podem contribuir para o atraso no desenvolvimento sexual em touros mantidos em ambientes tropicais (BRITO et al., 2004). A maturidade sexual é altamente influenciada por fatores ambientais, e quando touros zebuínos são submetidos a um manejo adequado pode se observar precocidade semelhante aos touros europeus (PIRES, 2010). 13

32 Touros mestiços criados em ambientes tropicais e selecionados com base na circunferência escrotal irão melhorar as características reprodutivas e de crescimento na progênie, pois o impacto genético de touros superiores é limitado pelo número de espermatozóides produzidos, o qual é uma função direta do tamanho testicular (SIDDIQUI et al., 2008). A seleção para a precocidade sexual em touros B. Indicus e touros mestiços B. taurus x B. Indicus, pode diminuir os custos de produção, reduzir o intervalo entre gerações, aumentando o ganho genético e a produtividade (BRITO et al., 2004). 14

33 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Animais e Dados Climáticos Este estudo foi realizado com o conjunto de dados coletado no período de 1979 a 1990, referente ao projeto Desenvolvimento do Mestiço Leiteiro Brasileiro, implantado pelo CNPGL - EMBRAPA, devido à necessidade de um gado leiteiro adaptado as diferentes condições tropicais e de produção do Brasil. Sendo executado desde 1977, este programa consistia em realizar pesquisas na área de melhoramento genético, com base no teste de progênie dos melhores tourinhos mestiços de diferentes rebanhos. Estes reprodutores eram filhos de vacas elite com maiores valores genéticos para produção, selecionadas pela produção de leite com base nos controles leiteiros existentes nas fazendas. O grupo genético das vacas variava entre 1/2 a 3/4 de proporção de genes de raças européias, independente da composição racial, cor, tipo ou conformação (MADALENA, 1992). Os dados se referem a coletas de sêmen de 156 touros com fração de genes de Bos taurus variando entre 5/8 e 7/8, nascidos entre os anos de 1968 a As coletas foram realizadas entre os anos de 1979 a 1990, no laboratório da Fazenda Canchim, localizada na cidade de São Carlos (Latitude: 21 57'42"(S), 15

34 Longitude: 47 50'28 (W), Altitude: 860m), sob o registro EP: BR-0 do Ministério da Agricultura, para produzir e comercializar sêmen. O clima local é considerado como tropical de altitude, que, segundo a classificação de Koeppen, é o Cwa, clima quente com inverno seco, sendo o mês de janeiro o mais chuvoso, com 274,7 mm em média e, agosto o menos chuvoso, com 22,8 mm. (Tabela 1). A temperatura máxima anual foi de 27,1ºC e a mínima anual de 15,9ºC. A temperatura média anual foi de 21,5ºC, sendo os meses de junho e julho mais frios (12ºC) e fevereiro o mais quente (28ºC) (CPPSE-EMBRAPA, 2011). Tabela 1 - Médias de dados climáticos, referentes ao período de 1992 a 2010, na Embrapa Pecuária Sudeste, São Carlos, SP UR Temperatura Temperatura Temperatura Precipitação Mês (%) Máxima (ºC) Mínima (ºC) Média (ºC) (mm) Janeiro 81,5 28,1 18,7 23,4 274,7 Fevereiro 80,8 28,7 18,7 23,7 224,4 Março 79,0 28,4 18,1 23,3 142,9 Abril 74,6 27,5 16,6 22,1 62,7 Maio 74,3 24,7 13,6 19,2 50,9 Junho 73,4 24,3 12,4 18,4 28,6 Julho 69,2 24,9 12,1 18,5 28,3 Agosto 64,6 26,9 13,1 20,0 22,8 Setembro 67,1 27,5 15,0 21,3 60,2 Outubro 71,2 27,3 15,9 21,7 102,6 Novembro 75,6 28,3 17,3 22,8 144,5 Dezembro 80,4 28,2 18,1 23,2 218,8 Média anual 74,3 27,1 15,8 21,5 1361,6 * UR = umidade relativa do ar; Fonte: Adaptado de * precipitação acumulada 3.2. Produção e Qualidade do Sêmen Neste experimento os touros só foram considerados aptos a doar sêmen quando apresentaram laudos zootécnicos reprodutivos e sanitários adequados, após a realização de exames de brucelose, tuberculose, tricomonose, campilobacteriose, 16

35 leptospirose, leucose bovina, febre aftosa, IBR/BVD e língua azul, além do exame semiológico completo dos órgãos genitais internos e externos. Os touros permaneceram em baias individuais com 16m² de área coberta e com acesso a piquete de 60,0 m², contendo cocho para volumoso e sal mineral além de bebedouro. Os mesmos apresentavam condições corporais adequadas com alimentação controlada para que o peso não aumentasse excessivamente, sendo esta baseada em volumoso, principalmente silagem de milho e capim picado. O sêmen foi obtido em diferentes frequências de coletas, em intervalos variando de 0 a 30 dias por meio da vagina artificial sendo feita as avaliações físicas como aspecto, cor, volume, turbilhonamento, motilidade, concentração e morfologia logo após a coleta. O sêmen que apresentasse 60% de motilidade foi diluído com uma concentração mínima de 20 milhões de células viáveis por dose, sendo o citrato de sódio o diluente mais usado. Entretanto, em determinadas épocas, o citrato foi substituído por lactose, leite ou Tris-gema (Tris-hidroximetil-amino metano, gema de ovo). Foram congeladas doses de sêmen de cada touro, das quais 600 foram utilizadas no teste de progênie e as doses restantes, estocadas na central da fazenda Análises Estatísticas Os touros foram agrupados em três grupos genéticos, com fração de genes de Bos taurus variando entre 5/8, 3/4 e 7/8, com 37, 74 e 45 animais, respectivamente. As observações foram agrupadas em nove classes de idade à coleta (cidtc), determinadas da seguinte maneira: cidtc 1 ( 660 dias), cidtc 2 ( dias), cidtc 3 ( dias), cidtc 4 ( dias), cidtc 5 ( dias), cidtc 6 ( dias), cidtc 7 ( dias), cidtc 8 ( dias) e cidtc 9 (> 1801 dias). As classes trimestrais de coleta (ctric) foram: ctric 1 (dezembro, janeiro e fevereiro), ctric 2 (março, abril e maio), ctric 3 (junho, julho e agosto), ctric 4 (setembro, outubro e novembro). Os intervalos de dias entre as coletas (cintdiac) foram agrupados por meio das seguintes classes: cintdiac 0 (sem intervalo), cintdiac 1 (1-7 dias), cintdiac 2 (8-14 dias), cintdiac 3 (15-30 dias) e cintdiac 4 (>30 dias). 17

36 Conforme Martinez et al. (2000), foi calculado o número total de espermatozóides (NTZ = vol*concentração) e o número total de espermatozóides viáveis (NTZV = NTZ*motilidade), assim como as características físicas do sêmen. A motilidade e a concentração foram transformadas para y / 100, o volume e o NTZV foram transformados para y, para que a normalidade dos dados fosse obedecida. As análises de variância foram realizadas para as variáveis volume, motilidade, concentração e número total de espermatozóides viáveis (NTZV), usando o PROC MIXED do programa estatístico SAS. O modelo incluiu os efeitos fixos de grupo genético, idade do touro na coleta, ano de coleta, classe trimestre de coleta, classe intervalo de dias entre coletas, as interações entre touro e grupo genético e o efeito aleatório do touro. As estimativas das correlações entre as variáveis as variáveis volume, motilidade, concentração e número total de espermatozóides viáveis (NTZV), foram realizadas utilizando o PROC CORR do programa estatístico SAS. 18

37 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO O número de observações (N), o coeficiente de variação (CV), as médias e o desvios-padrão (DP) para as características volume (VOL), concentração (CONC), motilidade (MOT) e número total de espermatozóides viáveis (NTZV) são apresentados na Tabela 2. Os valores encontrados neste estudo, para as características, volume (4,84 ml), concentração (0,93 x10 9 esptz ml -1 ), motilidade (46,51%) e número total de espermatozóides viáveis (239,14 x10 9 esptz ml -1 ), podem ser considerados como regular, e provavelmente ocorreram devido a grande variação da idade neste estudo. Sendo que as médias foram influenciadas pelos valores inferiores das características seminais dos touros jovens ou dos touros com idade avançada. As coletas, assim como as avaliações laboratoriais, foram realizadas por cerca de 11 anos e por diferentes técnicos, aumentando a subjetividade dos valores encontrados, o que também pode ter influenciado negativamente os resultados. Estes resultados sugerem uma produção e qualidade seminal regular, no entanto, se tratam de valores médios. Não podemos esquecer que na avaliação andrológica, o objetivo é a avaliação individual, e que na comparação entre raças, e 19

38 até mesmo dentro da mesma raça, os animais apresentam diferentes resultados e atingem a maturidade sexual em diferentes épocas. Mesmo apresentando resultados regulares, estes animais seriam classificados como inaptos temporários (FONSECA, 1997), sendo necessário uma nova avaliação. Tabela 2 - Número de observações, o coeficiente de variação, as médias e o desvios-padrão para as características volume (VOL), concentração (CONC), motilidade (MOT) e número total de espermatozóides viáveis (NTZV), para o sêmen de touros leiteiros mestiços em diferentes coletas Média DP CV CV Característica N (escala (escala (variável na escala (variável na escala original) original) original) transformada) VOL (ml) ,84 1,59 33,01 16,65 CONC ,93 0,28 30,32 26,43 (x10 9 esptz ml -1 ) MOT ,51 14,24 30,61 20,70 (%) NTZV ,14 135,46 56,64 36,24 (x10 9 esptz ml -1 ) A média do volume por ejaculado encontrado neste experimento (4,84 ml) foi menor que a encontrada em touros zebuínos e taurinos (BRITO et al., 2002a); em touros da raça Gir leiteiro (MARTINEZ et al., 2000); em touros das raças Holandesa e Pardo Suíça, mantidos em ambientes tropicais, com idade entre 27 e 63 meses (JIMÉNEZ-SEVERIANO, 2002); porém maior do que o volume encontrado por Siddiqui et al. (2008), em touros mestiços Holandês x Sahiwal com 17,9 meses de idade; em touros da raça Nelore (FONSECA, 1997). Mandal et al. (2009), avaliando touros mestiço Holandês x Sahiwal encontrou valores intermediários, menores nos touros jovens (< 30 meses), e maiores nos touros adultos (31 a 70 meses). A concentração média encontrada neste estudo (0,93 x10 9 esptz ml -1 ) foi maior que a verificada em touros das raças Holandesa e Pardo Suíça, mantidos em ambientes tropicais, com idade entre 27 e 63 meses (JIMÉNEZ-SEVERIANO, 20

39 2002); em touros da raça Guzerá com idade variando de 12 a 36 meses (OSORIO, 2010); porém menor que a encontrada em touros zebuínos e em touros taurinos (BRITO et al. 2002a); em touros da raça Gir leiteiro (MARTINEZ et al., 2000); e nos touros mestiços Holandês x Sahiwal (MANDAL et al., 2009). A motilidade média antes do congelamento observada neste estudo (46,51%) foi menor do que a verificada em touros da raça Nelore (FONSECA, 1997); em touros da raça Gir leiteiro (MARTINEZ et al., 2000); em touros zebuínos e taurinos (BRITO et al., 2002a); em touros mestiços Holandês x Sahiwal (MANDAL et al., 2009); porém maior que a observada em touros das raças Holandesa e Pardo Suíça, mantidos em ambientes tropicais, com idade entre 27 e 63 meses (JIMÉNEZ-SEVERIANO, 2002); e em touros da raça Guzerá com idade variando de 12 a 36 meses (OSORIO, 2010). O número total de espermatozóides viáveis (NTZV) encontrado neste estudo (239,14 x10 9 esptz ml -1 ), foi menor do que o verificado em touros da raça Gir leiteiro (MARTINEZ et al., 2000); em touros mestiços Holandês x Sahiwal (MANDAL et al., 2009); em touros zebuínos e europeus (KOIVISTO et al., 2009); porém maior que a observada em touros das raças Holandesa e Pardo Suíça, mantidos em ambientes tropicais, com idade entre 27 e 63 meses (JIMÉNEZ-SEVERIANO, 2002). Devido aos problemas de fertilidade dos touros europeus mantidos em regiões tropicais, os resultados encontrados neste estudo, demonstram a importância dos touros mestiços como uma opção para introduzir material genético de raças especializadas em ambientes tropicais. As estimativas das correlações entre as variáveis estudadas (Tabela 3), embora significativas, foram médias altas apenas entre NTZV e as demais variáveis, o que era de se esperar, já que para o cálculo do NTZV são utilizadas as demais variáveis. A correlação média entre MOT e CONC, pode ser explicada por serem variáveis dependentes do metabolismo espermático, logo, ambas se modificam quando ocorre alteração metabólica, concordando com Folhadela (2006). A correlação muito baixa entre VOL e CONC, indica que touros mestiços que produzem maiores volumes no ejaculado apresentam uma menor concentração de 21

40 espermatozóides por ejaculado, resultado que já era esperado, e está de acordo com o verificado em touros leiteiros taurinos (DEEN DASS et al., 1998) e zebuínos (MARTINEZ et al., 2000). Tabela 3 Correlação entre as características volume (VOL), concentração (CONC), motilidade (MOT) e número total de espermatozóides viáveis (NTZV) VOL CONC MOT NTZV VOL ,02 0,25 0,64 0,03 <,0001 <,0001 CONC ,31 0,50 <,0001 <,0001 MOT ,65 <, Grupo Genético As comparações entre os diferentes grupos genéticos com relação às características do sêmen (volume, concentração, motilidade e número total de espermatozóides viáveis) estão apresentadas na Tabela 4. Tabela 4 - Médias seguidas pelos erros-padrão para volume (VOL), motilidade (MOT), concentração do sêmen (CONC), e número total de espermatozóides viáveis (NTZV) em função dos grupos genéticos dos touros GG N VOL MOT CONC NTZV (ml) (%) (x10 9 esptz ml -1 ) (x10 9 esptz ml -1 ) 5/8 37 5,4962 ± 0,070 b 50,0137 ± 0,795 a 0,9082 ± 0,012 ª 282,59 ± 5,968 b 3/4 74 5,9461 ± 0,058 ª 47,4863 ± 0,650 b 0,8929 ± 0,011 ª 301,34 ± 5,123 a 7/8 45 5,4889 ± 0,071 b 51,2519 ± 0,796 a 0,9162 ± 0,012 ª 296,85 ± 5,940 ª b Valores seguidos por letras distintas na mesma coluna diferem estatisticamente entre si (P<0,01) O grupo genético teve influência significativa sobre o volume do ejaculado, o NTZV e a motilidade (Tabela 4). Para a concentração espermática o efeito do grupo genético não foi significativo. Ao contrário do que foi verificado por Brito et al. (2002a), onde o efeito de grupo genético foi significativamente diferente para concentração e não para o volume, motilidade e número total de espermatozóides viáveis. 22

41 Os touros 7/8 apresentaram melhores resultados na concentração e na motilidade, no entanto, estes resultados não foram significativamente diferentes aos dos touros 5/8, não havendo também diferença significativa entre os touros 7/8 e 5/8 para o volume e número total de espermatozóides viáveis por ejaculado. Demonstrando desta maneira, não haver diferença na produção e na qualidade seminal entre os touros mestiços com maior fração de genes Bos Taurus (7/8), com os touros de menor fração (5/8). Os touros 3/4 tiveram um maior volume, sendo significativamente diferente dos touros 5/8 e 7/8. Também apresentaram um maior número total de espermatozóides viáveis por ejaculado, havendo diferença significativa apenas com os touros 5/8. No entanto, os touros 3/4 apresentaram um menor resultado na motilidade (significativamente diferente dos touros 5/8 e 7/8), e também na concentração (não havendo diferença significativa com os touros 5/8 e 7/8). Indicando desta maneira uma maior produção seminal, porém, com uma menor qualidade. Resultado que está de acordo com a baixa correlação entre VOL e CONC encontrada na Tabela 3. Asad et al. (2004), estudaram o efeito de sete diferentes grupos genéticos sobre as características do sêmen (volume, concentração e motilidade), e observou diferenças significativas (P<0,001), nas características seminais de touros de diferentes grupos genéticos, do cruzamento entre as raças Sahiwal x Holandesa. Brito et al. (2002b) avaliando as características de produção e qualidade seminal de touros Bos indicus, Bos taurus e mestiços (Bos indicus x Bos taurus) em três centrais de inseminação artificial no Brasil, verificaram que o efeito de grupo genético não foi significativo para produção e qualidade do sêmen. Os touros Bos indicus apresentaram um menor volume seminal, entretanto, uma maior concentração, um maior número total de espermatozóides e um maior número total de espermatozóides viáveis, do que os touros Bos taurus e que os touros mestiços. Os touros mestiços apresentaram uma maior motilidade, seguido pelos touros Bos indicus e dos touros Bos taurus, mantendo desta forma, uma produção de sêmen intermediária, porém com uma maior qualidade. Diferentemente do que foi verificado por Mathew et al. (1982), citado por Mandal et al. (2009), onde verificaram uma menor qualidade seminal nos touros mestiços Pardo Suíço x Zebu do que nos touros da raça Pardo Suíça mantidos sob um mesmo manejo e em condições climáticas tropicais na Índia, 28,3% dos touros da 23

42 raça Pardo Suíça foram rejeitados devido à baixa qualidade e desempenho sexual, enquanto nos touros mestiços a taxa foi de 63.9%, 73.8% e 76.9% nos touros 3/4, 5/8 e 1/2 Pardo Suíço, respectivamente Idade do Touro O efeito da classe de idade do touro na coleta (CIDTC) foi significativo (P<0,0001) para o volume, concentração, motilidade e NTZV (Tabela 5). Tabela 5 - Média seguidas pelos erros-padrão para volume (VOL), motilidade (MOT), concentração (CONC) do sêmen e número total de espermatozóides viáveis (NTZV) em função das classes de idade do touro na coleta de sêmen (CIDTC) CIDTC VOL MOT CONC NTZV (ml) (%) (x10 9 esptz ml -1 ) (x10 9 esptz ml -1 ) 1 ( 22 meses) 4,3860 ± 0,102 a 36,6003 ± 1,134 a 0,7379 ± 0,018 ª 178,07 ± 8,414 ª 2 (22-26 meses) 4,8910 ± 0,093 b 43,1005 ± 1,016 b 0,8504 ± 0,017 b 234,73 ± 7,950 b 3 (26-30 meses) 5,3066 ± 0,087 c 48,9034 ± 0,948 c 0,9093 ± 0,015 c 273,03 ± 7,344 c 4 (30-34 meses) 5,6216 ± 0,086 d 51,2855 ± 0,938 d 0,9400 ± 0,015 d 302,79 ± 7,245 d 5 (34-38 meses) 5,9318 ± 0,088 e 53,4034 ± 0,946 d e 0,9346 ± 0,015 c d 323,75 ± 7,356 ef 6 (38-42 meses) 6,0871 ± 0,091 ef 53,1295 ± 0,978 d e 0,9411 ± 0,016 d 325,92 ± 7,547 ef 7 (42-50 meses) 6,0882 ± 0,072 ef 52,2714 ± 1,011 d e 0,9385 ± 0,016 c d 320,62 ± 7,753 e 8 (50-60 meses) 6,1720 ± 0,104 ef 54,5990 ± 1,154 e 0,9557 ± 0,018 d 343,93 ± 8,659 f 9 (> 60 meses) 6,3093 ± 0,103 f 52,9627 ± 1,160 d e 0,9445 ± 0,018 d 339,51 ± 8,576 ef Valores seguidos por letras distintas na mesma coluna diferem estatisticamente entre si (P<0,05) Resultados semelhantes foram encontrados por Dairra et al. (1997), que avaliaram a influência da idade de touros da raça Holandesa sobre a qualidade do sêmen, verificaram que a idade influenciou significativamente o volume, a concentração, o número de doses e anormalidades. E por Asad et al. (2004), estudaram o efeito da idade em touros (divididos em três grupos, de 4 a 6, 6 a 9 e 9 a 12 anos) sobre as características do sêmen em sete diferentes grupos genéticos. Os autores verificaram que o volume, a concentração e a motilidade, foram significativamente diferentes (P<0,001), para as diferentes classes de idade. 24

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