Índice Índice. Introdução Inteligência da coisa educativa CIENTIFICIDADE DOS DISCURSOS SOBRE A EDUCAÇÃO
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- Danilo Macedo da Fonseca
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1 Índice Índice Introdução Inteligência da coisa educativa Charles Hadji e Jacques Baillé 1. Investigadores e práticos: um encontro impossível? Cinco questões para julgar da cientificidade dos discursos sobre a educação O que é provar? O que há a provar quando se trata de educação? Não há mais que fazer que pretender provar? Que relação com o verdadeiro implica o acto educativo? Na ordem das coisas humanas, a cientificidade ficará suspensa da realização de um único paradigma? Cinco questões sobre os processos susceptíveis de, concretamente, fornecerem provas Poderá realmente haver experimentação em ciências da educação e em que condições? Como conciliar concretamente investigação e reflexão? Em que condições poderá ser considerado cientificamente correcto um processo de investigação em educação? O que é que se prova na investigação empírica em educação? Será possível ultrapassar a oposição entre causalidade e sentido? 23 I PARTE CIENTIFICIDADE DOS DISCURSOS SOBRE A EDUCAÇÃO Questão 1 O que é provar? Opinar, afirmar, professar em didáctica Yves Chevallard 1. Opinar: a doxa e os paradoxos Do opinar a afirmar: a ruptura fundadora Comprovar uma asserção Afirmar em didáctica Professar 33 Bibliografia 38 5
2 Questão 2 O que há a provar em educação? A validação científica dos propósitos e discursos sobre as práticas de ensino: depois das ilusões perdidas Marc Bru 1. Acabar com as imitações de prova : os obstáculos da orientação prescritiva A legitimação de escolhas já realizadas A promoção de novas práticas A definição de um ensino eficaz 45 Os limites da exploração prática das meta-análises 45 De que eficácia se trata? Para uma orientação descritiva, explicativa e compreensiva Situar a questão da prova numa orientação descritiva, explicativa e compreensiva Os caminhos mal traçados da prova 50 Pluralismo metodológico 50 As diferentes facetas da validade 51 Divergência irredutível dos princípios de construção da prova Novo olhar sobre as práticas Em direcção a uma abordagem praxeológica? 55 Internalismo contra externalismo? 55 Bibliografia 58 Questão 3 Não há nada melhor a fazer do que pretender provar? Produzir a prova, visar a eficácia, procurando sempre a verdade: serão desafios inconciliáveis para os trabalhos de investigação em educação? M. Develay 1. Porque, então, levantar hoje a questão do procedimento de prova nos trabalhos de investigação em educação? A resposta estrutural Uma resposta conjuntural Confrontado com os paradigmas positivista e humanista, o investigador em educação deve permanentemente adoptar uma postura dupla Como escapar simultaneamente a uma investigação que se fecha sobre o que é verdade (uma investigação não é somente válida porque é verdadeira) e a uma investigação que se fecha sobre o bem (uma investigação não é apenas válida por ser emancipadora)? Comecemos por aceitar viver tensões entre posturas diferentes De seguida, retomando os trabalhos de Isabelle Stengers, construamos uma ciência que seja um acontecimento ao criar um Parlamento das coisas da educação Retomemos as três características de uma investigação em educação 69 Bibliografia 71 6
3 Questão 4 Que relação com o verdadeiro envolve o acto educativo? Prova, acção educativa e saber: da questão da prova à questão dos saberes úteis do educador Charles Hadji 1. O que é provar? A investigação pode provar? O que é investigar? O que faz verdadeiramente a cientificidade de uma investigação? Nestas condições, a investigação poderá provar? Do ponto de vista da possibilidade de provar, a investigação em educação será específica? E em quê? Como pensar, nestas condições, a relação do acto educativo com o verdadeiro? 81 Bibliografia 84 Questão 5 Na ordem das coisas humanas, a cientificidade ficará dependente da realização de um paradigma único? Provar ou comprovar? A argumentação sobre a educação em busca de experiências Nanine Charbonnel 1. O que é argumentar, segundo a grande tradição ocidental? Os estragos de uma falsa analogia Contra a confusão dos géneros 98 Bibliografia 100 II PARTE PROCESSOS SUSCEPTÍVEIS DE TRAZEREM PROVAS Questão 6 Será possível a experimentação e em que condições? Do interesse e dos limites do paradigma experimentalista em didáctica das ciências S. Johsua 1. A experimentação Experimentação e reducionismo Estruturas históricas e abordagem quase-experimental Da estabilidade e dos contextos Do alcance das modelizações A modelização didáctica A responsabilidade da prova Interesse, limites 111 Bibliografia 111 7
4 Questão 7 Questão 8 Será possível conciliar, e como, investigação em educação e reflexão sobre a acção educativa? Investigação em educação e reflexão sobre a acção educativa M. Crahay 1. Será conveniente distinguir duas abordagens do facto educativo? Via descritiva e via prescritiva, uma distinção clássica A via descritivo-nomotética A via prescritiva ou pragmática A Pedagogia Experimental e a Educação Nova: a mesma esperança de instituir uma prática científica Existem leis em educação e, se sim, qual o seu estatuto? Será o ensino regido por leis imutáveis? Leis biológicas ou leis sócio-históricas A longevidade das leis em ciências humanas Da necessidade de submeter as convicções pedagógicas à comprovação dos factos A reflexão sobre a acção educativa não pode subtrair-se à exigência de refutabilidade Primeira ilustração: os dispositivos de ensino individualizado são eficazes? Segunda ilustração: será necessário lutar contra a prática da reprovação de ano? Como conclusão: que pode trazer a investigação à reflexão da acção educativa? 137 Bibliografia 139 Sob que condições um processo de investigação em educação pode ser considerado cientificamente correcto? Verificação e falsificação na investigação em educação Marie Duru-Bellat e Alain Mingat 1. A construção da prova na investigação em educação Uma necessidade fundamental de construção de prova Algumas balizas para a investigação empírica 146 Aceitar simplificar e limitar as suas ambições 146 O carácter incontornável da perspectiva comparativa 148 As noções de explicação e de prova comportam aspectos convencionais 149 Finalmente, prova de quê? O processo de prova inscreve-se em práticas concretas de investigação Questões gerais à volta do ciclo do percurso empírico 153 A questão da objectivação dos termos teóricos 155 Os erros inerentes à medida 157 A escolha das especificações funcionais 159 O teste estatístico e a inferência A dimensão colectiva da prova 164 Bibliografia 168 8
5 Questão 9 O que é que se prova na investigação empírica em educação? Modelos e provas na investigação empírica Jacques Baillé 1. O investigador, o seu público e o objecto Um empirismo bem mitigado O objecto trabalho Provas de existência À guisa de abertura 189 Bibliografia 191 ANEXO ANEXO Questão 10 É possível ir para além da oposição entre causalidade e sentido? Prova, operacionalidade e auto-referência Jacques Lerbet Introdução geral As ciências da coerência O ideal de coerência 198 A modelização de base em psicologia científica: o behaviorismo 199 Aberturas As distorções sofridas por este ideal 201 As interacções (S c (O h ): resistências 201 Prova e indução A necessidade de tomar em consideração o real empírico As teorias da autonomia, as ciências da coesão e o reconhecimento do real velado A complementaridade dos dois tipos de ciências: interfaces sujeito-objecto e heteroauto-referência para um modelo mais englobante 206 O princípio de complementaridade nas ciências humanas Operacionalidade e prova suficiente de uma realidade empírica: o sistema pessoal de pilotagem da aprendizagem e sua abordagem pragmática Um quadro operacional Objectividade empírica e acto de prova 211 Conclusão geral 212 Bibliografia 215 Conclusão Para além das ilusões perdidas: para uma nova aliança entre professores e investigadores? 1. As ilusões perdidas As ilusões partilhadas 217 A ilusão do dedutivismo 217 A ilusão do cientificamente certo 218 A ilusão do poderio da ciência 218 9
6 1.2. As ilusões próprias dos investigadores 218 A ilusão do poder da ciência de formular as leis imutáveis de uma prática intemporal 218 A ilusão da possível compreensão plena do objecto humano pelo investigador 219 A ilusão indutiva 219 A ilusão substancialista As ilusões próprias dos práticos 219 A ilusão realista Que convergências existem nas respostas dadas pelos autores desta obra às questões às quais estas ilusões (mal) respondiam? Quanto ao primeiro tema, trata-se de saber Sobre a articulação ciência/prática educativa Vê-se que isso responde, de facto, à questão das condições de determinação e de realização de uma prática pertinente
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