Minc calcula em R$ 100 bilhões gastos para redução de gases

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1 mobile.brasileconomico.com.br TERÇA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO, 2009 ANO 1 Nº 51 DIRETOR RICARDO GALUPPO DIRETOR-ADJUNTO DARCIO OLIVEIRA R$ 3,00 Marcela Beltrão Imóveis Ubirajara Spessoto, da Cyrela, diz que expansão virá com aquisição de terrenos. P34 Saúde São Paulo vai adotar meritocracia em hospitais e mexer com bônus de servidores. P46 Conjuntura Internacionalização no Brasil ainda é restrita a pequena elite de empresas. P12 Minc calcula em R$ 100 bilhões gastos para redução de gases Encontro do clima em Copenhague começa com esperança de que os países cheguem aumacordosobremetas Attila Kisbenedek/AFP Ao mesmo tempo em que se iniciava ontem em Copenhague a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (Cop15), em São Paulo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciava que o custo da redução das emissões brasileiras será de R$ 100 bilhões. O ministro espera que os recursos externos, como o US$ 1 bilhão aportado pela Noruega no Fundo Amazônia, contra o desmatamento, se multipliquem. E uma parcela virá da iniciativa privada, que será incentivada a adotar melhores práticas ambientais. O cidadão vai ter que entrar no jogo, afirmou. A Cop15 terá a participação de 110 chefes de Estado e de governo, incluindo o presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente Lula. Esta é a nossa chance; se a perdermos, pode levar anos até que consigamos uma melhor, disse a ministra do Clima da Dinamarca, Connie Hedegaard. P4 São necessários US$ 18 bilhões para evitar o desmatamento da Amazônia até 2020, aponta estudo. P10 Philips descobre os Brics Steve Rusckowski, presidente da Philips Healthcare, que produz equipamentos de diagnóstico por imagem, aponta a importância de países emergentes. P28 Gerald van Daalen Celular pagará a corrida do táxi e acompranafeira Segmentos ainda pouco explorados de comércio e serviços, como feiras livres e táxis, são filões cada vez mais desejados por bandeiras como MasterCard e Visa. Com 160 milhões de celulares no país, a ideia é transformar o aparelho numa carteira móvel. P41 Dólar Ptax (R$/US$) Dólar Comercial (R$/US$) Euro (R$/ ) Euro (US$/ ) Peso Argentino (R$/$) Selic (meta/efetiva % a.a.) Bovespa (var.%/pontos) Dow Jones (var.%/pontos) Nasdaq (var.%/pontos) FTSE 100 (var.%/pontos) S&P 500 (var.%/pontos) Hang Seng (var.%/pontos) 1,7294 1,7190 2,5738 1,4883 0,4543 8,75 1,34 0,01-0,22-0,22-0,25-0,77 1,7302 1,7210 2,5753 1,4885 0,4550 8, , , , , , ,96 Pequenos varejistas buscam apoio da indústria Redes menores apostam que fabricantes irão incentivá-las para se proteger da fusão entre Casas Bahia e Pão de Açúcar. Para Ubirajara Pasquotto, presidente da Cybelar, não é possível competir em escala, mas o custo menor de operação vai ajudar a reduzir preços. Para 2010, a Fecomercio prevê alta de 8% nas vendas do varejo. P36 Centauro na concentração para a Bovespa O empresário Sebastião Bomfim prepara a abertura de capital do Grupo SBF, dono das marcas By Tennis e Nike Store, todas de vestuário e artigos esportivos. O balanço da empresa deve apontar receita de R$ 1 bilhão neste ano. Para 2010, a previsão é de R$ 1,4 bilhão de faturamento. P24 Grupo ligado à JBS-Friboi terá fábrica de celulose A Eldorado, empresa formada pela MCL Empreendimentos e pela J&F (controladora da JBS- Friboi), construirá uma fábrica de celulose em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, com capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas por ano. O investimento no projeto será de R$ 2,9 bilhões. P48

2 2 Brasil Econômico Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 NESTA EDIÇÃO Em alta Alberto Cesar Araujo Mais vinho na taça dos brasileiros Henrique Manreza De janeiro a outubro, a indústria gaúcha vendeu 189,9 milhões de litros da bebida, entre finos e de mesa, alta de 12,7% sobre o mesmo período de P22 Philips Healthcare quer crescer no LRIC Steve Rusckowski, CEO da empresa holandesa, elegeu o que ele chama de LRIC (América Latina, Rússia, Índia e China) como o alicerce para crescer nos próximos anos. P28 Pequeno varejo bem longe de um ataque de nervos O pequeno varejista não está apreensivo com a megafusão do Ponto Frio, do Grupo Pão de Açúcar, com a Casas Bahia, anunciada sexta-feira. Ao contrário, há quem considere que o surgimento da nova empresa pode ser até vantajosa, já que se acredita que para não ficar nas mãos da gigante, as indústrias serão forçadas a incentivar as redes menores. Este é um momento de oportunidade para que as pequenas empresas se transformem em um diferencial para dar mais equilíbrio ao setor, acredita, Ubirajara Pasquotto, presidente da Cybelar, rede de 70 lojas de eletroeletrônicos do interior paulista. 36 Três Lagoas terá mais uma indústria de celulose Formada pela MCL Empreendimentos e pela J&F, controladora do JBS, a nova empresa denominada Eldorado, terá capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas/ano de celulose de eucalipto. Os investimentos totais chegarão a R$ 2,9 bilhões, sendo parcela financiada pelo BNDES, que será a fonte principal dos recursos, como informa Mário Celso Lopes, diretor-presidente da nova empresa. Trata-se da segunda unidade de celulose a ser instalada na cidade matogrossense do sul. No início deste ano, foi inaugurada a unidade da Fibria, em parceria com a International Paper, a primeira construída pela IP foram dos Estados Unidos. P48 Masao Goto Filho Salvar a Amazônia custa US$ 18 bilhões A conclusão é de um grupo de pesquisadores brasileiros e americanos em estudo publicado pela revista Science. Os recursos disponíveis hoje não chegam a US$ 1 bilhão. P10 A internacionalização das empresas Precisamos recuperar o tempo perdido em relação à Índia e à China, afirmou, ontem, em seminário na Fiesp, Welber Barral, secretário de Comércio do MDIC. P12 Saneamento recebe poucos recursos A única área pública onde a privatização ainda não chegou receberá entre 2007 até agora, investimentos de apenas R$ 6,5 bilhões, dos R$ 40 bilhões programados pelo PAC. P16 Divulgação Hypermarcas vai ampliar portfólio Empresa negocia financiamento com o BNDES para reforçar a estratégia de adquirir marcas, que já somam 160. O plano é centralizar nas áreas farmacêutica e de higiene. P32 Habbo Hotel atrai os jovens brasileiros Rede de relacionamento social via internet para adolescentes entre 13 e 17 anos tem 15 milhões de usários no Brasil, 10% do total de 150 milhões no mundo todo. P26 Empresas falham na comunicação Estudo da CVM e do Ibri mostra que apenas 7% das empresas listadas em bolsa instalaram um comitê para controlar o cumprimento da política de divulgação. P39 Pagar contas, a nova utilidade do celular Visa e MasterCard lançam sistema de pagamento de faturas de baixo valor pelo telefone móvel, como táxi, vendas porta a porta, delivery e compras em feiras livres. P41 A Kindle além das fronteiras cariocas Especializada em mídia digital, a agência, criada em 2006, por um grupo de jovens, tendo à frente o publicitário Bruno Magalhães, abre escritório em São Paulo. P20 FGTS tem R$ 1,8 bi para debêntures Volume é o que sobrou dos R$ 6 bilhões anunciados há um ano. Dos R$ 4,2 bilhões restantes, R$ 3,2 bilhões foram aplicados em papéis de empresas da construção. P42 Enem é reprovado pelos estudantes Meritocracia na saúde pública paulista SBF prepara lançamento de ações onde tudo acontece Detentor das bandeiras Centauro, By Tênis e Nike Store, com o total de 150 lojas, o grupo, do empresário Sebastião Bonfim, prevê faturar R$ 1 bilhão este ano, e chegar a um lucro líquido de R$ 56 milhões. Ainda não estamos bem certos da data, massequisermosabrirocapitalnomeio do ano que vem já será possível, afirma Bonfim, confiante em que em 2010 conseguirá ter um faturamento de R$ 1,4 bilhão. Como parte da estratégia de oferecer ações ao público, a empresa transferiu a sede para a capital paulista, depois de ficar 28 anos em Belo Horizonte. Em São Paulo é onde tudo acontece, disse Bonfim confiante. P24 Falta de organização que prejudicou muitos alunos é apenas um dos problemas do Enem, na avaliação do professor Cláudio Moura e Castro. P19 AFRASE A vela do nosso barco tem de estar pronta para poder receber os bons ventos Ubirajara Spessoto, diretor-geral da Cyrela, ao explicar que segue, na empresa, a filosofia de primeiro lucrar para depois crescer. Ele revela que está comprando terrenos bons em todas as cidades onde opera, em dinheiro ou em permuta. Temos dinheiro para isso, complementa. No primeiro trimestre do próximo ano, programa começa a ser testado pelo governo do Estado de São Paulo em 15 hospitais públicos. Até o fim de 2010 serão 19. P46 Marcela Beltrão

3 Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 Brasil Econômico 3 EDITORIAL LUCIANA DIAS, SUPERINTENDENTE DE DESENVOLVIMENTO DE MERCADO DA CVM Andre Penner Copenhague entre a dúvida e a esperança Em 1972 realizou-se em Estocolmo a primeira grande conferência mundial para tratar da questão climática. Embora tivesse contado com a participação de representantes de 113 países, pouca importânciateveparaosbrasileirose, exceto por ter sido a primeira, não deixou legados palpáveis. Depois de Estocolmo, o outro evento importante foi a ECO-92,noRiodeJaneiro,daqualse pode dizer que a única novidade foi o discurso surpreendentemente curto do prolixo líder cubano Fidel Castro. O primeiro compromisso firme, aí já centrado nos gases causadores do aquecimento global, seria assinado somente em 1997, com o Protocolo de Kyoto. Correto nas intenções, o documento falhou na prática, a começar pela recusa dos Estados Unidos, nação mais poluidora do planeta, em assiná-lo. Em 37 anos, de Estocolmo a Copenhague, as agressões ambientais no mundo todo só aumentaram Nestas quase quatro décadas, desde Estocolmo até a Conferência de Copenhague, inaugurada ontem, as agressões ambientais no mundo todo só aumentaram. Mesmo o Brasil, que leva uma proposta concreta de redução de emissões de 36% a 39%, dá motivos para a desconfiança. Poucos dias atrás, funcionários do Ibama, responsáveis pela concessão de licenças ambientais, foram afastados de suas funções, o que causou nova crise no instituto. Além disso, 2010 une o fato de ser ano eleitoral com a esperada retomada do crescimento econômico, o que poderia mais uma vez minimizar a agenda ambiental. Porisso,écomrazãoque,embora ainda mantenham as esperanças de que a capital da Dinamarca se torne um marco na adoção de medidas concretas contra o aquecimento global, os ambientalistas também têm seus motivos para dúvidas. Ainda mais que já se volta a falar em nova conferência climática, desta vez na Cidade do México, daqui a um ano. A CVM divulgou o conteúdo da Instrução 480, que trata do registro de emissor de valores mobiliários. Consolidamos as regras de modo que procedimentos de registro, informações, conversão, suspensão e cancelamento serão iguais para todos, afirma Luciana Dias. P38 redacao@brasileconomico.com.br BRASIL ECONÔMICO é uma publicação da Empresa Jornalística Econômico S.A. Presidente do Conselho de Administração Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcellos Diretor-Presidente José Mascarenhas Diretor e Jornalista Responsável Ricardo Galuppo Redação, Administração e Publicidade Avenida das Nações Unidas, º andar, CEP , Brooklin, São Paulo (SP), Tel. (11) Fax (11) Diretor de Redação Ricardo Galuppo Diretor-adjunto Darcio Oliveira Editores Executivos Costábile Nicoletta, Fred Melo Paiva, Gabriel de Sales, Jiane Carvalho, Thaís Costa Produção EditorialClara Ywata EditoresArnaldo Comin e Rita Karam (Empresas), Carla Jimenez (Brasil), Cristina Ramalho (Outlook e FS), Laura Knapp (Destaque), Márcia Pinheiro (Finanças) SubeditoresClaudia Bozzo (Brasil), Fabiana Parajara, Isabelle Moreira Lima (Empresas), Luciano Feltrin (Finanças), Phydia de Athayde (Outlook e FS) Repórteres Aline Lima, Amanda Vidigal, Ana Paula Machado, Carlos Eduardo Valim, Carolina Pereira, Cintia Esteves, Daniel Haidar, Daniela Paiva, Denise Barra, Domingos Zaparolli, Dubes Sônego, Elaine Cotta, Fábio Suzuki, Fernando Taquari, Françoise Terzian, Guilherme Guimarães, Gustavo Kahil, Ivone Santana, João Paulo Freitas, Juliana Elias, Karen Busic, Luiz Henrique Ligabue, Luiz Silveira, Lurdete Ertel, Marcelo Cabral, Maria Luiza Filgueiras, Mariana Celle, Mariana Segala, Marina Gomara, Martha S. J. França, Natália Flach, Natália Mazzoni, Nivaldo Souza, Regiane de Oliveira, Roberta Scrivano, Ruy Barata Neto, Thais Folego, Vanessa Correia Brasília Simone Cavalcanti, Silvio Ribas Rio de Janeiro Renata Batista, Ricardo Rego Monteiro BRASIL ECONÔMICO On-line Marcel Salim (Editor),Carolina Marcondes, Conrado Mazzoni, Vivian Pereira (Repórteres), Rodrigo Alves (Webdesigner) Arte Pena Placeres (Diretor), Betto Vaz(Editor), Cassiano de O. Araujo, Evandro Moura, Letícia Alves, Maicon Silva, Paulo Argento, Renata Rodrigues, Renato B. Gaspar, Tania Aquino, (Paginadores) Infografia Alex Silva (Chefe), Monica Sobral, Rubens Neto Fotografia Antonio Milena (Editor), Marcela Beltrão (Subeditora), Henrique Manreza, Murillo Constantino (Fotógrafos), Roberto Donask, Thais Moreira (Pesquisadores) Tratamento de imagem Antonio Moura, Henrique Peixoto Secretaria/Produção Shizuka Matsuno Departamento Comercial Diretor Executivo Heitor Pontes Assistente Executiva Sofia Pimentel Publicidade Comercial Juliana Farias, Renato Frioli, Valquiria Resende, Wilson Haddad (Gerentes Executivos), Márcia Abreu (Gerente de Publicidade), Bárbara de Sá, Celeste Viveiros, Erico Bustamante (Executivos de Negócios), Andreia Luiz (Assistente Comercial) Publicidade Legal Marco Panza (Diretor Comercial), Ana Alves, Carlos Flores (Executivos de Negócios), Alcione Santos (Assistente Comercial) Departamento de Marketing Gian Marco La Barbera (Diretor), Samara Ramos (Coordenadora), Patricia Filippi (Planejadora), Solange Ferreira dos Santos (Assistente) Operações Cristiane Perin (Diretora), Tarija Lanzillo (Assistente) Departamento de Mercado Leitor Flávio Cordeiro (Diretor),NancyGeraldi(Assistente Diretoria),Carlos Madio (Gerente Negócios), Anderson Palma (Coordenador Negócios), Rodrigo Louro (Gerente MktD e Internet), Gisele Leme (Coordenadora MktD e Internet), Lea Soler (Gerente Tmkt ativo), Silvana Chiaradia (Coordenadora Tmkt ativo), Alexandre Rodrigues (Gerente de Processos) Central de atendimento e venda de assinaturas (capitais) (demais localidades). 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4 4 Brasil Econômico Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 DESTAQUE CONFERÊNCIA DE COPENHAGUE Meta nacional custará R$ 100 bi Segundo Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente, montante será necessário para reduzir gases do efeito estufa; Luiz Silveira lsilveira@brasileconomico.com.br O Brasil deve investir pelo menos R$ 100 bilhões para atingirasmetasde redução na emissão de gases do efeito estufa, disseontemoministrodomeioambiente, Carlos Minc. Não teremos custos inferiores a R$ 10 bilhões por ano até 2020, calcula. A meta anunciada pelo Brasil é reduzir as emissões de gases do aquecimento global em 36,1% a 38,9% até A proposta, ousada para um país em desenvolvimento, deu destaque ao Brasil nos debates sobre o clima. Mas seus custos não sairão só dos cofres públicos. O ministro espera que recursos externos, como o US$ 1 bilhão aportado pela Noruega no Fundo Amazônia, se multipliquem. E uma parcela virá da iniciativa privada, que será incentivada a adotar melhores práticas ambientais. O cidadão vai ter que entrar no jogo, diz. Da parte do governo, haverá novas medidas na linha do chamado IPI Verde, a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para mercadorias que consumam menos energia. Os carros flex e os eletrodomésticos mais econômicos já ganharam o benefício, e os próximos serão os produtos reciclados. O ministro [da Fazenda,Guido]Mantegaéafavor e isso deve ser anunciado logo, afirmou Minc, após o lançamentodeumprogramadecertificação da produção responsável de carne bovina da Associação Brasileira de Supermercados. Além dos reciclados, o ministro do Meio Ambiente defende a desoneração de carros elétricos e equipamentos de energia solar e eólica. Papel privado As desonerações terão um custo para o Estado, mas o objetivo é estimular o setor privado a adotar práticas que emitam menos gases. Na próxima quinta-feira, segundo Minc, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina a criação do programa Mais Ambiente, um pacote de apoio tecnológico e financeiro para o produtor rural recompor e manter as áreas de preservação permanente e reservas legais em suas terras. Estuda-se ainda um programa de empresas âncora, no qual o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestaria recursos para grandes empresas repassarem a seus fornecedores, para que eles regularizem sua situação ambiental. A forte redução no ritmo de desmatamento da Amazônia, quesegundomincéoquedá moral para o Brasil assumir uma posição central em Copenhague, também pode custear parte dos R$ 100 bilhões. O país tentará levantar na reunião mais recursos para o Fundo Amazônia, que remunera a manutençãodafloresta. Podemostriplicar ou quadruplicar o valor do fundo em Copenhague, prevê o ministro. No mês passado, o Brasil anunciou o menor desmatamento da Amazônia em 21 anos: 7 mil km². Sobre as perspectivas para Copenhague, o ministro afirmou que seguramente vai sair um acordo assinado. Para ele, países como Índia, Indonésia, Coreia do Sul e África do Sul estabeleceram metas de redução de emissões por influência da metabrasileira.esóofatode tantos e tão fortes países, como China e Estados Unidos, terem estabelecido metas, já é uma vitória. O que foi colocado na mesa não vai mais ser tirado. Já avançamos com a desoneração de IPI da linha branca e carros flex, e agora vamos avançar para os carros elétricos e os produtos reciclados Podemos triplicar ou quadruplicar o valor do Fundo Amazônia em Copenhague Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente É grande a descrença com relação à reunião mundial, diz Goldenberg Não acho que deva sair nada de concreto de Copenhague, porque as propostas dos países são muito díspares, declarou o físico e professor da Universidade de São Paulo (USP) José Goldemberg, durante um evento na Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), ontem. Para ele, Índia e China apresentarão propostas complicadas que, na prática, não devem reduzir as emissões de gases poluentes. Os Estados Unidos farão uma oferta de cortar 17% dos gases até 2020, mas esse projeto ainda nem foi aprovado pelo Congresso americano. O Brasil se comprometerá com uma redução de36% sócomofocona Amazônia com relação ao que seriam as emissões em 2020, o que para o professor é puro marketing. A proposta brasileira não se compromete com nenhum número concreto. Se o país crescer muito, a proposta significa uma redução importante. Se crescer pouco, a redução vai ser pequena, avaliou o professor. O único compromisso verdadeiro de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa é dos países da União Europeia, na visão de Godemberg, porque o grupo se propõe a cortar 20% dos gases até 2020 com relação aos níveis de 2005, ou 30% em cima de Já que não conseguirão chegar a um consenso sobre a redução das emissões, os países reunidos na Dinamarca poderiam, de acordo com o professor, fechar um acordo sobre a comercialização dos créditos de carbono. No âmbito nacional, José Goldemberg defende medidas estaduais, em vez de priorizar as metas nacionais. O estado de São Paulo, por exemplo, está comprometido com uma proposta semelhante à do bloco europeu. Além disso, o professor criticou a demora do governo brasileiro em aprovar a redução de imposto para produtos com eficiência energética. Isso está para ser aprovado desde 2001 e só foi feito agora. No estado americano da Califórnia, por exemplo, isso é feito desde a década de Marina Gomara

5 Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 Brasil Econômico 5 PONTOS-CHAVE Brasil define o custo da redução de emissões seguindo meta de 36% a 39%. O físico José Goldemberg não acredita em acordo em Copenhague. Reunião do clima começa em clima de expectativa de negociações duras entre países desenvolvidos e emergentes sobre metas e financiamento das ações de mitigação. Reviravoltas dos últimos dias evitaram fracasso antecipado. Mas troca de s entre cientistas levou os descrentes acerca do aquecimento global a acusar o IPCC. até 2020 governo, empresas e pessoas físicas terão de colaborar Andrea Pattaro/AFP EUA admitem perigo dos gases à saúde Crianças de vários países participam da abertura da Conferência sobre Mudanças Climáticas em Copenhague Adrian Dennis/AFP Decisão pode resultar em novas leis que limitem a emissão de poluentes; o presidente Obama participará do final da reunião A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) declarou ontem, coincidindo com o primeiro dia da reunião do clima em Copenhague, que os gases poluentes são um perigoàsaúdepúblicaeaobem-estar, numa decisão que poderá levar a novas regulamentações das emissões. A chamada conclusão de perigo anunciada pela administradora da EPA, Lisa Jackson, é necessária para que sejam realizados novos padrões de emissão para os automóveis, enquanto abre espaço para que grandes poluidores, como usinas termelétricas, refinarias de petróleo e indústrias químicas, limitem a sua produção de CO 2 e outros gases do efeito estufa. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, participará da cúpula em 18 de dezembro, no encerramento da reunião. Antes, Obama apenas faria uma rápida visita ao evento no dia 9. Depois de conversar com outros líderes e do progresso obtido nas negociações, o presidente acredita que a contínua liderança americana pode ser mais produtiva por meio de sua participação no fim da cúpula de Copenhagueem18dedezembrodoque (uma passagem pela capital dinamarquesa) em 9 de dezembro, diz nota à imprensa distribuída mais cedo pela Casa Branca. A conclusãode perigo da Agência de Proteção Ambiental dos EUA teve forte oposição de grupos econômicos e congressistas Kopenhagen (em inglês) pode virar esperança (Hope), insinua o cartaz Discussão no Congresso A conclusão da EPA contou com uma forte oposição de grupos econômicos e congressistas, os quais temem que as novas regulamentações possam colocar um peos muito grande sobre a economia. As conclusões preparam a regulamentação das emissões de gases poluentes que, alguns especialistas alertam, será bem mais drástico que a legislação preparada pelo Congresso sobre a mudança climática. Mesmo assim, a lei é considerada vital para as negociações do clima. Os congressistas discutem uma redução de apenas 3% nas emissões dos Estados Unidos em relação a 1990, o que é muito menos do que os 25% a 40% necessários para estabilizar o clima. Agência Estado GÁS CARBÔNICO As propostas de redução das emissões de cada país Fonte: Ipam PAÍSES Austrália Canadá União Europeia Japão Rússia Estados Unidos Belarus Noruega Ucrânia Nova Zelândia China Brasil PROPOSTA - 25% - 20% - 30% -25% - 15% - 20% - 10% - 40% - 20% - 20% - 45% - 39% ANO (2005) Projeção 2020

6 6 Brasil Econômico Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 DESTAQUE CONFERÊNCIA DE COPENHAGUE Reunião começa com esperanças de acordo renovadas Países em desenvolvimento precisam ter programas nacionais de redução; os desenvolvidos devem cortar gases em até 40% Martha San Juan França mfranca@brasileconomico.com.br O grand finale de dois anos de negociações envolvendo países de interesses tão diversos quanto contraditórios começou ontem, primeiro dia da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (Cop15) em Copenhague. A presidente do encontro e ministra do Clima da Dinamarca, Connie Hedegaard, exortou os delegados dos 192 países participantes a não perder a oportunidade de um acordo. Estaéanossachance.Seaperdermos, pode levar anos até que consigamos uma melhor. A conferência foi aberta com imagens de crianças de vários lugares do mundo pedindo aos delegados que as ajudem a crescer num planeta sem crises climáticas. Ativistas também chamaram a atenção para suas campanhas contra o desmatamentoepelousodeenergias limpas e baixo crescimento das emissões de carbono. Esforços em discussão Aquestãoquecomeçaaser tratada em Copenhague gira em torno das mudanças climáticas que devem ocorrer, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), caso haja um aumento médio de temperatura da ordem de 2 C acima dos valores pré-industriais. Os gases responsáveis pelo aumentodetemperaturasãoo dióxido de carbono ou gás garbônico (CO 2 ), resultante da queima de combustíveis fósseis; o metano (CH 4 ) gerado, sobretudo, pela decomposição dematériaorgânicaematerros sanitários e plantações alagadas, e o óxido nitroso (N 2 O) que advém do processo digestivo do gado. Ao alterar o uso da terra, por meio de atividades agrícolas, a população também lança no ar, por apodrecimento ou queima, o CO 2 que estava acumulado nas plantas e no solo. O sucesso do encontro de Copenhague depende do compromisso dos países desenvolvidos de reduzir suas emissões até Os países Temia-se um fracasso, mas o panorama agora é mais otimista com as declarações dos chefes de Estado dos países que mais poluem, como Estados Unidos e China em desenvolvimento defendem uma redução dos ricos entre 25% e 40% em relação aos níveis de 1990, por ser mais consistente com as recomendações do IPCC. Os países emergentes, entre os quais Brasil, Índia e China, comprometeram-se a estabelecer programas nacionais de redução, mas alegam que a sua responsabilidade pelo volume de emissões dos gases do aquecimento global é menor comparativamente à dos países ricos e industrializados. Até recentemente, temia-se que a conferência estivesse destinada ao fracasso, principalmente pela falta de compromisso dos maiores emissores, como Estados Unidos, China e Índia. Mas o panorama mudou com as declarações dos chefes de Estados desses países. Nessa primeira semana de negociações, a missão dos países será definir as novas metas de redução para os desenvolvidos, os compromissos para aqueles em desenvolvimento e questões como transferência de tecnologia e financiamento de ações de mitigação e adaptação às mudanças do clima. Mas grandes decisões terão de esperar a chegada, na semana que vem, de ministros de Meio Ambiente e dos chefes de Estado, nos últimos dias da conferência, que termina no dia18dedezembro. EXPECTATIVAS 1. Fundo para financiar mudanças nos países pobres O tempo para declarações formais acabou. Copenhague só será um sucesso se resultar em afirmou Yvo de Boer, chefe do Secretariado para Mudanças Climáticas da ONU. Dentre essas ações,estáapropostadacriação de um fundo de US$ 10 bilhões anuais, pelos próximos três anos, para ajudar os países pobres a criarem estratégias para as mudanças climáticas. Por enquanto, a única proposta concreta veio da União Europeia, que ofereceu entre 3 bilhões e 15 bilhões por ano para ajudar os mais pobres a enfrentar o problema climático. Mas esse valor ainda não é suficiente. M.F. 2. Novos mecanismos de comércio de carbono Pelo Protocolo de Kyoto, acordo que Copenhague visa substituir, o único mecanismo de transferência de financiamento e tecnologia era o comércio de carbono. Todos os países concordam que esse sistema deve continuarnonovoacordo,mas deverá ser complementado por outras iniciativas, como o estabelecimento de mecanismos de incentivos financeiros para os países dotados de florestas, que comprovarem esforços para evitar a degradação delas. O mecanismo chamado REDD, que interessa muito ao Brasil, deve ser assinado, mas existem dúvidas sobre a sua regulação. M.F. 3. As emissões da Copa de 2010 na África do Sul A Copa do Mundo de 2010 na África do Sul vai poluir nove vezes mais que o Mundial de 2006 na Alemanha, devido à longa distância dos voos necessários para chegar ao país, segundo estimativas apresentadas em Copenhague. As emissões também serão mais de duas vezes superiores às dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, afirmaram representantes da ONU. As 400 mil pessoas esperadas na África do Sul para o Mundial vão percorrer mais de 7 milhões de quilômetros de avião para chegar ao país organizador, emitindo 1,6 milhão de toneladas de CO 2. France Presse

7 Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 Brasil Econômico 7 Bob Strong/Reuters Índia diz ter acordo com Brasil e China OBrasil,aÍndiaeaChina dispõem de uma minuta comum de negociação para discutir cortes em suas emissões de gases durante a cúpula em Copenhague, disse o ministro do Meio Ambiente indiano, Jairam Ramesh. Índia, China e Brasil têm uma minuta básica. Tenho uma cópia da minuta básica (...) para formar as negociações, reiterou Ramesh durante uma sessão de controle na Câmara Alta indiana, em declarações citadas pela agência Ians. Ramesh viajará hoje para Copenhague para participar da cúpula do clima. Até o momento, a Índia prometeu uma redução voluntária entre 20% e 25% na intensidade de suas emissões até 2020, e afirmou que estas nunca serão maiores que as dos países desenvolvidos. Ramesh protagonizou ontem um debate acalorado com deputados da oposição conservadora do seu país, que acusou o governo indiano de dar um giro em sua política climática com o anúncio da redução relativa de emissões. Não comprometemos o interesse nacional da Índia, disse o ministro, após garantir que o corte divulgado por seu país não será vinculativo internacionalmente. Suas explicações não convenceram os senadores do conservador partido Bharatiya Janata, que saíram da Câmara para expressar sua insatisfação com o governo e foram seguidos pelos comunistas e deputados de outras legendas menores. A Índia se uniu a outras sete nações do sul da Ásia para a apresentação de um posicionamento comum contra a obrigatoriedade de metas de redução. No plano interno, pretende criar uma legislação apenas com indicativos de redução de emissões. Com agências PROPOSTAS E INDEFINIÇÕES 1 2 Medições são difíceis de estabelecer É difícil avaliar de forma exata as emissões de CO2 e outros gases do efeito estufa. Cada país, cada órgão responsável pelo inventário adota uma metodologia. Até o Protocolo de Kyoto, havia o consenso de que os países desenvolvidos eram os que mais afetavam o clima. Hoje, países como a China e o Brasil também estão nessa lista. Emergentes sugerem continuação em 2010 Brasil, China, Índia e África do Sul querem que um novo tratado climático seja concluído até junho de 2010, de acordo com documento apresentado na reunião da ONU. Segundo a Reuters, esses países querem o acordo numa continuação de Copenhague. Outros países sugeriram uma conclusão até o fim de Abertura da Conferência sobre o clima: final grandioso de dois anos de negociações

8 8 Brasil Econômico Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 DESTAQUE CONFERÊNCIA DE COPENHAGUE Ânimo mudou na última hora Reviravolta dos países mais poluidores dá novo alento aos negociadores do clima Martha San Juan França mfranca@brasileconomico.com.br Até recentemente, a perspectiva de não realização de um acordo em Copenhague era bastante concreta. O primeiroministro dinamarquês, Lars Rasmussen, chegou a afirmar, às vésperas do início da conferência, que não seria possível alcançar um acordo sobre metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. Como resultado, a reunião teria um acordo estritamente político. Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Hu Jintao, apoiaram publicamente a afirmação dinamarquesa o que causou impacto mundial. Isso significaria que seria necessário uma nova reunião para chegar a um acordo efetivo.noentanto,hámenosde duas semanas, os vários países se posicionaram de forma mais efetiva, dando novo alento ao encontro. De qualquer jeito, O primeiro-ministro da Dinamarca, Larz Rasmussen, havia afirmado na véspera da conferência que não seria possível alcançar um acordo sofre metas de redução organizações ambientalistas como a Vitae Civilis, que acompanham as negociações, acreditam que este será um acordo duro de ser alcançado. Veja ao lado a posição dos principais países. OS GIGANTES QUE TOMARAM A DIANTEIRA As propostas e a política dos países mais importantes na reunião de Copenhague e o volume per BRASIL 10 toneladas O Brasil se esforça para assumir nas questões ambientais uma posição de protagonista. Foi um dos principais negociadores comprometidos com a criação do Protocolo de Kyoto. Um dos grandes avanços na posição brasileira para Copenhague foi a decisão de assumir uma meta de redução de emissões de carbono. Opaísresistiaàpropostademetas vinculantes ou obrigatórias para os países em desenvolvimento. Agora, aasume um objetivo que, mesmo não sendo compulsório, foi saudado como uma proposta importante. O país defende uma redução de emissões entre 36% e 39% em relação às projeções para Ou seja, em relação ao que o país emitiria caso não fizesse nada com um crescimento de até 6%. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Na posição de protagonista, assume proposta importante UNIÃO EUROPEIA 10,2 toneladas A União Europeia foi a liderança por trás do Protocolo de Kyoto. Isso foi possível porque os países europeus já vinham apostando em usinas nucleares e em matrizes energéticas mais limpas desde a crise do petróleo da década de 1970 e tomaram a dianteira no processo. A UE foi também um dos motores das negociações que conduziram à conferência de Copenhague e um dosprimeirosgruposaavançar com uma proposta de redução de emissões em 30% até 2020, em relação aos níveis de 1990, com propostas ainda mais ousadas de países como a Noruega, de redução de 40%. Também se comprometeram a financiar uma partedosesforçosdemitigação dos países menos desenvolvidos. DURÃO BARROSO União Europeia foi uma das primeiras a apostar em redução ESTADOS UNIDOS 21 toneladas Os Estados Unidos, cuja economia é fortemente dependente do petróleo e do carvão, não assinou o Protocolo de Kyoto. Sendo a maior economia mundial e o maior emissor de gases do efeito estufa, sua recusa contribuiu para esvaziar os esforços de outros países. Hoje, a situação é diferente. O presidente Barack Obama vai levar a Copenhague uma redução de 17% das emissões americanas em Ele se baseia no projeto de lei de mudanças climáticas, chamado Lei de Energia Limpa, Empregos e Força Americana, que determina metas de redução e medidas de incentivo ao uso de energia limpa. Mas Obama não pode prometer muita coisa enquanto a lei não for aprovada. BARACK OBAMA Presidente dos EUA espera aprovação de lei em seu país Ceticismo, dúvidas e fins políticos na raiz do Climagate s extraídos ilegalmente de computadores da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, levantando suspeitas sobre as mudanças climáticas, dão início a um debate acirrado sobre verdades científicas Mafalda Avelar, de Lisboa deconomico@economico.pt Existe uma sombra que teima em quebrar os raios de sol das (supostas) boas intenções da Conferência de Copenhague. Uma sombra que mina a credibilidade da causa associada à mudança climática e que pode levar muitosanosaserreparada.oque aconteceu para que a uns dias da Conferência os estudos científicos que alertam para o aquecimento global sejam questionados? Um pacote de s trocados entre especialistas e cientistas da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, veio a público em novembro. Os s, dos últimos 13 anos da Unidade de Investigação Climática, levantam inúmeras suspeitas sobre a veracidade dos alertas lançados no mundo. O que é particularmente preocupante, sendo que essa unidade é uma referência mundial para as instituições internacionais que se encarregam de defender o meio ambiente. O que o Climategate fez foi expor as verdades científicas e deu também razão a muitos de nós, para quem os assuntos científicos estão sendo puxados pelas agendas políticas, diz James Delingpole, jornalista nitidamente Unidade de Investigação Climática, de onde os s foram copiados, é referência mundial para as instituições internacionais de defesa do meio ambiente cético em relação a todos os debatesemtornodascausasclimáticas, até porque considera que existem muitos interesses à volta da questão do ambiente, Isto não é ciência. Isto é política! E quanto mais cedo as pessoas tomarem essa consciência, melhor, diz. Condenando os céticos em relação às alterações climáticas, até porque as provas são objetivas, Viriato Soromenho Marques, professor da Universidade de Lisboa, deixa bem claro que não podemos correr o risco de considerar que todosessesanosdeestudosmundiais, em diferentes instituições, são uma fraude. Esse escândalo rebenta em cima da conferência, relembra Soromenho. O professor, que trabalha nessa área há 30 anos, salienta o acesso a um banco de dados de uma instituição universitária, por um ato ilegal de pirataria informática. Para Soromenho, é fácil tirarmos a conclusão de que não setratadeumacontecimento inocente, pois poderá ajudar a criar uma cortina de fumaça que dificulta ou impede eventualmente um acordo em matéria climática em Copenhague, diz o especialista, concluindo que se trata de um acontecimento planejado e premeditado.

9 Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 Brasil Econômico 9 capita que cada um emite CHINA ÍNDIA RÚSSIA OUTROS PAÍSES As emissões totais da China crescemàtaxade5%aoano e o país já é o maior emissor de gases do efeito estufa do mundo. O governo chinês, no entanto, percebeu que o custo de redução será muito alto se continuar com o modelo atual de industrialização. A China anunciou o compromisso de reduzir voluntariamente entre 40% e 45% a sua intensidade de carbono até 2020 (em relação aosníveisde2005).ogoverno insiste no argumento das responsabilidades comuns, porém diferenciadas - ou seja, que as nações desenvolvidas reduzam 40% de suas emissões até 2020equeareduçãodospaíses em desenvolvimento seja financiada pelos mais ricos. 5,5 toneladas 1,2 tonelada 11,9 toneladas 11 toneladas AÍndiafoiumdosúltimospaíses emergentes a anunciar suas metas. Nesse final de semana, o país demonstrou a intenção de adotar de forma voluntária o compromisso de baixar a intensidade das emissões entre 20% e 25% até 2020 em relação aos níveis de O governo adota uma posição em comum com os chineses, no sentido de enfatizar que seu compromisso não é obrigatório. Além disso, propõe, como os chineses, que deve receber financiamento externo para fortalecer seus esforços de combate e adaptação à mudança climática. A Índia deve ser um dos países que mais sofrerão com as mudanças climáticas resultantes do aumento de temperatura do planeta. Embora a Rússia faça parte do grupo dos países desenvolvidos, ou seja, tenha a obrigação de reduzir suas emissões, sua posição é curiosa. Na época de Kyoto, suas emissões eram muito maiores do que agora, porque no ano base de 1990 a ex-união Soviética tinha uma economia muito poluente e de pouca eficiência energética. Os gases de efeito estufa foram, portanto, reduzidos drasticamente. Isso permitiu que em 2007 os níveis de emissões estivessem 34% abaixo dos de Agora, a Rússia aumentou bastante suas emissões. O que significa que sua proposta de reduzi-las entre 20% e 25% até 2020 em relação a 1990 não significa muito em termos de esforço global. Um dos países que mais relutavam em diminuir suas emissões era o Japão. Mas uma das primeiras medidas do novo governo foi ajustar as metas, passando de 8% em relação a 1990 para 25%. Além disso, o Japão desenvolveu em 2007 o plano Esfriando a Terra 2050, o primeiro aprovado pelo governodeumpaísricoa mostrar um caminho detalhado e consistente para a transição rumo a uma economia de baixo carbono. Outro país rico, o Canadá, está sendo criticado por não apresentar propostas de redução de suas emissões. O problema, além do governo conservador, é a necessidade de se adaptar a um mundo onde o petróleo, hoje uma fonte de riqueza do país, seja menos utilizado. WEN JIABAO Primeiro-ministro do país que mais polui quer redução voluntária MANMOHAN SINGH O último a assumir metas segue modelo da China DIMITRY MEDVEDEV Projeto do presidente russo não implica mudanças YUKIO HATOYAMA Primeiro-ministro japonês anunciou planos ambiciosos

10 10 Brasil Econômico Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 BRASIL Queimada na Amazônia: fim do desmatamento poderia reduzir as emissões globais de carbono em até 5% US$ 18 bilhões para salvar a Estudo calcula valor necessário para acabar com o desmatamento na região até 2020, mas o Brasil só tem em Marcelo Cabral mcabral@brasileconomico.com.br O Brasil precisa de US$ 18 bilhões para acabar com o desmatamento na Amazônia até 2020, segundo um estudo de pesquisadores brasileiros e americanos publicado esta semana na revista Science. No entanto, somando o caixa do governo para o setor com os recursos disponíveis no Fundo Amazônia, chega-se a um total inferior a US$ 1 bilhão. O Brasil não tem como pagar essa conta sozinho, admite Britaldo Soares Filho, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um dos autores do estudo. Esse dinheiro é necessário com mais urgência nos locais ondeodesmatamentojáestá mais avançado, como no caso do Pará ou da fronteira agrícola do Mato Grosso. De acordo com o trabalho, à medida que a derrubada supera os 40% da cobertura florestal, se inicia uma rápida série de mudanças climáticas, tais como no regime de chuvas. Isso faz com que a intervenção nesses Somando os recursos do Plano federal contra o desmatamento com o caixa do Fundo Amazônia, chega-se a um total inferior a US$ 1 bilhão locais precise ser priorizada o que encarece o preço total projetado.otrabalho-assinadoem conjunto com o americano Daniel Nepstad, do Woods Hole Research Center - será apresentado durante a conferência climática de Copenhague, na Dinamarca. Hoje, as verbas empregadas para combater a derrubada florestal estão divididas em duas frentes principais. Uma é o Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia, que reúne cerca de US$ 500 milhões nas ações específicas feitas pelos ministérios federais. A outra é o Fundo Amazônia, que recebe doações vindas de entidades privadas nacionais e de governos e associações internacionais. Embora ainda tenha menos de US$ 200 milhões em caixa, vindos da Noruega, o Fundo primeiro projeto mundial com essas características - é considerado promissor. Tínhamos diversas empresas conversando conosco antes da crise financeira. Depois deu uma esfriada, mas sentimos que o interesse começa a voltar, diz Marco Conde, gerente de fomento do Serviço Florestal, gestor do Fundo. Segundo ele, também existem entendimentos comosgovernosdaalemanhae da Finlândia para investimentos através do mecanismo. Na semana passado o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comemorou a aprovação dos três primeiros projetos que receberão os recursos do Fundo e previu mais três nos próximos dias. Vamos chegar a Copenhague com seis projetos debaixo do braço, e haverá um estande do Fundo Amazônia lá, disse Minc. Esperamos que com esses primeiros projetos, outras instituições se animem a financiar mais, completa Conde. Aplicações A ideia é aplicar o dinheiro em três perfis diferentes de projeto, explica Britaldo Soares, da UFMG.Oprimeiroéousodosrecursos em ações de combate ao desmatamento dos governos federal e estaduais, tais como patrulha e fiscalização. O segundo é ABr O ministro Carlos Minc quer chegar a Copenhague com seis projetos do Fundo Amazônia aprovados manter as áreas que já são consideradas como reservas ambientais e locais de moradia dos povos da floresta, um território que corresponde a 43% da área oficial da floresta, conhecida como Amazônia Legal. Finalmente, o terceiro uso é a remuneração a proprietários de terra e agricultores que conservem a floresta. Esse último fator pode ser particularmente importante. A conservação passa por valorar a floresta inteira, diz o pesquisador da UFMG. Ele dá como exemplo o cálculo do chamado custo de oportunidade. Se você é agricultor e deixa a floresta em

11 Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 Brasil Econômico 11 Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Mantega, com o pé no acelerador O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o Brasil iniciou um novo ciclo de crescimento e o governo acelerará os esforços para aumentar os investimentos. Tenho posto o pé no acelerador da economia, brincou o ministro. Mantega não disse, porém, se novas medidas para incentivo de investimentos serão adotadas até o final de dezembro. Para 2010, está previsto um crescimento (do PIB) de pelo menos 5%. Essa é mais modesta. Outras já falam em 5,5%, e até 6,5%. AGENDA DO DIA Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara realiza debate sobre o Plano de Outorga Florestal Audiência pública na Câmara, sobre a viabilidade econômica e social das Áreas de Livre Comércio e ZEPs na Região Amazônica. Agência Estado INVESTIMENTO O governo concentra suas ações contra o desmate no Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia, cujos recursos estão perto do patamar de US$500 mi APLICAÇÃO Outra fonte de recursos para a região florestal é o Fundo Amazônia. Até agora, a ferramenta recebeu verbas vindas da Noruega, num total inferior a US$200 mi SUBSÍDIO A adoção de ferramentas paraosqueospaísesricos subsidiem o combate às queimadas e ao desmate poderia trazer ao país um total de cerca de US$100 bi O AVANÇO DO FOGO Taxa de desmatamento da região amazônica, em milhares de km Amazônia caixa uma fração dos recursos necessários Fonte: Inpe *Projeção PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS NO DESMATAMENTO PARÁ 45% MATO GROSSO 22% ÁREAS MAIS DESMATADAS 2009* PRIVADAS OU SEM POSSE DEFINIDA 83% ÁREAS CONSERVADAS 9% pé, o custo de oportunidade é o quanto você deixou de ganhar com essa ação. Na maioria dos casos, esse custo é muito baixo, porque o terreno da Amazônia nãoéadequadoparaoagribusiness, completa. Assim, uma remuneração adequada poderia incentivar esse agricultor a evitar o desmatamento. Oportunidade Para os autores do projeto, mesmo com a escassez de recursos, o Brasil passa por uma janela de oportunidade única para tentar acabar com o desmatamento. O desflorestamento já vem mostrando sinais de redução nos últimos tempos dos 27 mil quilômetros quadrados (Km 2 ) registrados em 2004 para os 7 mil Km 2 esperados para este ano devido a uma conjunção de fatores. De um lado, há um reforço das ações governamentais. De outro, um recuo do mercado agrícola - cuja expensão em alguns locais se dá às custas da floresta -, puxado pela queda do dólar e valorização do real. A isso se soma a conferência de Copenhague, que pode aumentar o acesso dos países em desenvolvimento a recursos para combater a derrubada florestal. Uma das apostas para gerar os recursos necessários é o mecanismo conhecido como Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd), pelo qual os países ricos investiriam no combate ao desmatamento nas nações emergentes. Para os ricos, o Redd é um bom negócio. É mais barato evitar o desmatamento no terceiro mundo do que mudar toda a matriz energética, diz Conde, do Serviço Florestal. Calcula-se que o fim da derrubada da Amazônia brasileira reduziria entre 2% a 5% a emissão mundial de gases poluentes. Copenhague discutirá a possibilidade de criar um novo mercado de desmatamento, regulado através do Redd. Pode ser uma oportunidade econômica enorme. Mais do que os US$ 18 bilhões, poderíamos conseguir algo em torno de US$ 100 bilhões com esse sistema, calcula o professor Britaldo. MUNICÍPIOS MAIS DESMATADOS, EM KM ,7 SÃO FÉLIX DO XINGU (PA) ÓBIDOS (PA) Fonte: Imazon, dados de outubro de 2009 RONDÔNIA 13% AMAZONAS 9% RORAIMA 6% OUTROS 5% TERRAS INDÍGENAS 4% ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA 4% Fonte: Imazon, dados de outubro de ,7 6,5 6,3 FELIZ NATAL (MT) CAROEBE (RR) NOVA MAMORÉ (RO)

12 12 Brasil Econômico Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 BRASIL INTEGRAÇÃO Brasil propõe aumento de comércio em moedas locais na Cúpula do Mercosul O governo brasileiro apresentou ontem a seus sócios na 38ª Cúpula do Mercosul, em Montevidéu, uma oferta de integração ao Sistema de Comércio em Moeda Local (SML). Segundo Luiz Eduardo Melin, do ministério da Fazenda, o Brasil quer ampliar o sistema com a inclusão de novos países para estimular o comércio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje da cúpula e deverá criticar o protecionismo. Divulgação FIMDEANO Natal terá a ceia mais barata em dois anos, por inflação menor e preço de importados A ceia deste Natal será mais barata. Segundo a Fundação Getulio Vargas, os preços dos principais itens tiveram a menor inflação dos últimos dois anos. Além disso, com o preço do real frente ao dólar, importados como castanhas e carnes estão mais em conta. A FGV destaca que itens básicos como arroz e carnes que tiveram reduções entre dezembro de 2008 e novembro de 2009, são os principais responsáveis barateamento. Internacionalização de empresas ainda não decola Apenas uma pequena elite de companhias tem atuação no exterior e depende de seus próprios recursos Fernando Taquari ftaquari@brasileconomico.com.br A internacionalização de empresas é uma tendência mundial e está em ascensão nos países emergentes, sobretudo os asiáticos. No Brasil, este processo evoluiu muito nos últimos cinco anos, mas ainda não deslanchou. Atualmente, apenas uma pequena elite de empresas brasileiras têm atuação no exterior e elas dependem basicamente de suas forças para sobreviver à concorrência imposta pelos outros mercados. Para encorajar os empresários, o governo discute junto com a iniciativa privada sobre qual deve ser a participação do estado neste processo. O Secretário de Comércio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, defende o modelo do estado facilitador, caracterizado pelo ambiente regulatório favorável à internacionalização por meio da simplificação ou eliminação das barreiras administrativas e cambiais. Precisamos recuperar o tempo perdido com relação à ChinaeaÍndia.Avançospassam pelarevisãonalegislaçãoena introdução de instrumentos que incentivem a internacionalização das empresas, como as linhas de crédito, afirma Barral, que participou de um seminário sobre internacionalização das empresas brasileiras na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A secretária executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Lytha Spindola, acredita que o país deve ampliar a coordenação entre os diferentesórgãoseesferasdegoverno. Somente com uma oferta estruturada vamos conseguir dar apoio e criar condições de competitividade para as empresas nacionais, diz. Precisamos recuperar o tempo perdido com relação à China e Índia. Avanços passam pela revisão na legislação e na introdução de instrumentos que incentivem a internacionalização Welber Barral, secretário de Comércio do MDIC Investimentos Para Lytha, também é preciso aumentar o comércio e os investimentos brasileiros no exterior. Em 2006, as empresas brasileiras investiram mais de US$ 28 bilhões fora do país. De acordo com dados do Banco Central (BC), os ativosexternosdobrasilcresceram 226% entre 2001 e 2007, de US$ 68 bilhões para US$ 115,1 bilhões. Tivemos grandes avanços, principalmente em 2006 e No entanto, falta maior leveza na legislação para o investidor que queira manter sua presença no exterior, acrescenta Lytha. Dados mais recentes, elaborados pela Fundação Dom Cabral, mostram que o fluxo de Investimentos Brasileiros Diretos no Exterior (IBDE) das 20 maiores transnacionais atingiu R$ 10,8 bilhões em operações de fusões e aquisições em Essas empresas ainda registraram R$ 205 bilhões em ativos fora do país no ano passado, um crescimento de 32% em relação a O valor representa 27% dos ativos totais das empresas, incluindoopatrimônionobrasil. Já as receitas no exterior totalizaramr$ 134 bilhões em 2008, o que responde por 25% do faturamento total das empresas. Neste cálculo, está contabilizado o lucro obtido com as operações no Brasil. Os empresários ainda apontaram na pesquisa da Fundação Dom Cabral como pretendem se expandir no mercado externo: 45% com exportações, 17% com alianças e parcerias, 17% por meio de aquisições, 9% via investimentos em novas plantas, 7% mediante joint ventures e apenas 5% através de fusões. Vale destacar que a crise financeira mundial aliada a valorizaçãodo real ante o dólar apresentou um cenário de oportunidades para as empresas brasileiras na aquisição de ativos no exterior, ressalta Barral. Iniciativa privada cobra conjunto de ações para auxiliar Um conjunto de ações governamentais pode auxiliar no processo de internacionalização das empresas brasileiras. A iniciativa privada defende que o governo seja mais ágil para garantir que os contratos de companhias nacionais sejam preservados diante de mudanças nas legislações de outros países. Além disso, cobram a inserção da internacionalização na pauta de acordos bilaterais e multilaterais para acesso aos demais mercados, sobretudo aqueles que possuem maior potencial de absorção dos produtos brasileiros com maior valor agregado. Outras propostas incluem incentivos financeiros e fiscais, seguro de riscos e a conscientização sobre aexistênciadeacordosde bitributação, tratados ou zonas de livre comércio que contenham regras sobre investimentos. Seminários regulares, por exemplo, podem servir como troca de experiência entre empresas com resultados positivos no processo de internacionalização, inclusive, com o relato das dificuldades enfrentadas. José Carlos Martins, diretor executivo da mineradora Vale do Rio Doco, pede um maior suporte de organismos

13 Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 Brasil Econômico 13 RECURSOS Relator do orçamento reserva R$ 3,5 bilhões para reajuste a aposentados O relator do Orçamento para 2010, deputado Geraldo Magela (PT-DF), reservou R$ 3,5 bilhões para o reajuste dos aposentados. Ele evitou, no entanto, falar sobre percentuais de reajuste. Estou reservando esses recursos para que se possa fazer o reajuste dos aposentados acima da inflação. Não posso falar em percentuais. A discussão sobre índices ficará a cargo do governo e das centrais sindicais, explicou o deputado. Edson Santos/Ag. Câmara INTERNET Câmara dos Deputados promove debate sobre acesso à banda larga na Amazônia A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional promove amanhã debate sobre o acesso à internet banda larga na Amazônia e, em especial, no Amapá. A reunião foi sugerida pelo deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP). Segundo ele, há estudos sobre a viabilidade de implantar uma rede de fibra óptica a partir das linhas da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (PA) ou a partir da Guiana Francesa. Murillo Constantino Superávit comercial será de dois dígitos empresas nacionais de crédito e investimentos. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), porém, abriu recentemente escritórios em Londres, na Inglaterra, e Montevidéu, no Urugaui, para promover oportunidades de negócios e melhorar o apoio financeiro às empresas instaladas nos dois países. Também se discutiu a necessidade de aperfeiçoar e fortalecer a política de inovação tecnológica, considerando queoatualíndicedeinvestimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) está aquém do que seria ideal para o Brasil. REIVINDICAÇÕES Governo precisa agir com rapidez para garantir que os contratos de empresas nacionais sejam preservados quando ocorrer mudanças na legislação de outros países. A internacionalização deve estarnapautadeacordos bilaterais para acesso aos demais mercados, sobretudo aqueles que possuem potencial de absorção dos produtos brasileiros. Maior suporte de organismos de crédito e investimentos para promover oportunidades de negócios e melhorar o apoio financeiro às empresas. Para Barral, governo precisa incentivar a internacionalização das empresas e assim recuperar o tempo perdido INVESTIMENTO 20 transnacionais lá fora R$10,8 bi PATRIMÔNIO Ativos no exterior R$205 bi RECEITA Faturamento no exterior R$134 bi Segundo o ministro Miguel Jorge, mundo voltará a crescer e, com isso, o Brasil exportará mais O acúmulo de reservas internacionais, ao redor de US$ 240 bilhões, em teoria, poderia ajudar a coibir um eventual movimento de valorização excessiva do real O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou ontem que o superávit da balança comercial em 2010 será maior que o registrado neste ano, e ambos terão dois dígitos. Até a primeira semana de dezembro, o resultado comercial do país com o exterior é positivo em US$ 23,6 bilhões, é 6,2% superior ao registrado em igual período de Indagado se o aumento do crescimento do país previsto para o próximo ano, que poderá atingir 5%, não provocará uma alta substancial das importações, reduzindo o saldo comercial, o ministro foi peremptório: Teremos um superávit robusto neste ano e também em O ano que vem será melhor que este ano. Neste ano tivemos dificuldades que não teremos em 2010, comentou o ministro, depois de participar de evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre internacionalização de empresas brasileiras. Miguel Jorge argumentou que, apesar do avanço das importações, que deve ocorrer em função do aumento do nível de atividade econômica nos próximos 12 meses, o mundo voltaráacrescer,oquevaielevar as exportações brasileiras. Ele destacou que países centrais, que devem registrar uma queda do PIB ou, na melhor das hipóteses, estabilidade neste ano, podem crescer 2% no ano que vem, o que, segundo ele, faz alguma diferença. O PIB dos EUA está ao redor de US$ 14 trilhões e uma expansão de 2% significa um incremento de US$ 280 bilhões. Em 2008, o PIB da Argentina atingiu US$ 328 bilhões. O ministro ressaltou que não acredita que a taxação de 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de investidores estrangeiros no País possa diminuir o ingresso de capitais no Brasil. Não acredito muito nisso. O chamado mercado absorve essas questões, como absorveu. Não houve impacto de qualquer volume, disse. É muito mais adequado melhorar as condições de exportações, colocar mais crédito e melhorar as condições das empresas para torná-las mais competitivas. O ministro disse que o acúmulo de reservas internacionais, ao redor de US$ 240 bilhões, em teoria, poderia ajudar a coibir um eventual movimento de valorização excessiva do real. Agora, você cria um problema porque quando aumentam as reservas, isso dá mais robustez ao país, atraindo mais dólares. Fica com uma escolha de Sofia, referindo-se entreodilemadeaumentoda poupança externa do País e a possibilidade de estimular ainda mais o capital internacional.

14 14 Brasil Econômico Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 BRASIL CRISE OIT calcula que 20 milhões de pessoas perderam seus empregos em 51 países Desde o início da crise financeira, em outubro de 2008, 20 milhões de postos de trabalho foram fechados. E, apesar de superado o período crítico, 5 milhões de pessoas correm o risco de perder o emprego em 51 países. Os dados são do estudo O Trabalho no Mundo, 2009, divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O levantamento revela, ainda, que para 43 milhões o desemprego deve ser mais longo. José Cruz / ABr METAS Prefeitura do Rio pretende reduzir em 8% o volume de lixo público O Prefeitura do Rio lançou ontem seu plano de metas até 2012, que inclui investimentos de R$ 5,7 bilhões, sendo que 70% dos recursos partirão da prefeitura. Uma das novidades metas será a instalação de 30 lixômetros pela cidade, que vão medir o volume de lixo produzido pela população. OprefeitoEduardo Paes informou que a meta é diminuir 8% do lixo público ao ano, o que deve gerar uma economia de R$ 30 milhões. Murillo Constantino Mendes, do STF: alguns estados tiveram dificuldades na realização de perícias MENSALÃO DO DEM OAB pede impeachment de Arruda e do vice Justiça acelera processos Cerca de 2,4 milhões de ações abertas antes de 2006 serão julgadas até o fim do ano Daniel Haidar dhaidar@brasileconomico.com.br Perto de 2,4 milhões de processosemtodoobrasilqueforam abertos antes do dia 31 de dezembro de 2005 vão ser julgados até o fim deste ano, conforme estabeleceachamadameta2do Judiciário. Ao menos é o que acredita o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Gilmar Mendes. Estamos considerando que cumprimento vai se dar em grande escala, declarou Mendes ontem no lançamento da Semana Nacional de Conciliação em São Paulo. A quantidade de processos iniciados antes de 2006 pendentes de julgamento foi estimada pelo CNJ no início de dezembro. Segundo o último relatório Justiça em Números, o Brasil Consideramos que o cumprimento da meta se dará em grande escala Gilmar Mendes, presidente do STF tinha magistrados ao fim de Com esse contingente e menos de 30 dias para o fim do ano, cada juiz teria de julgar, em média, 154 processos. Segundo a assessoria de imprensa do CNJ, só 13 dos 91 tribunais brasileiros cumpriram a Meta 2 até hoje. Os juízes que estão mais longe de cumprir a meta são das justiças estaduais. Segundo Mendes, alguns estados tiveram dificuldades particularmente na realização de perícias necessárias para o trâmite das ações. Foram encontrados também problemas meramente burocráticos, como no estado do Rio de Janeiro, onde processos concluídos ainda não tinham sido arquivados e distorciam as estatísticas. Mesmo que nem todos os processos abertos antes de 2006 sejam julgados este ano, o presidente do STF avalia que a meta 2, por si só, já contribuiu para a eficiência no Judiciário. Conciliação A Semana Nacional de Conciliação foi criada como iniciativa para agilizar soluções judiciais em casos em que são possíveis acordos entre os envolvidos. Só no estado de São Paulo, cerca de 70 mil processos devem ser avaliados em mutirões por várias cidades. A presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª região, Marli Ferreira, informou que cerca de 170 mil ações, de 490 mil em andamento, devem ser julgadas entre7e11dedezembrodurante os mutirões. Na maioria das ações levadas a conciliação, há divergências entre a União e pessoas físicas sobre FGTS, aposentadorias e financiamentos habitacionais. A Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) informou ontem que protocolou pedidos de impeachment para o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM-DF), e o vice-governador, Paulo Octávio. O ministro Gilson Dipp do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que é corregedor nacional de Justiça do CNJ, disse que Arruda e outros envolvidos nas denúncias de pagamento de mensalão para deputados distritais e caixa 2 ainda precisam ser investigados, mas que não vai ter impunidade. Ele admitiu, no entanto, que o andamento do processo pode eventualmente ser lento, seguindo a velocidade habitual da Justiça brasileira. Vamos ter que apurar, mas não acredito que haja espaço para impunidade. Acredito que haja espaço sim para alguma morosidade, mas isso faz parte do sistema, declarou ontem. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, elogiou a atuação do Judiciário no caso, mas destacou que mesmo com a punição dos culpados, ainda há uma sensação de impunidade por parte da população. Mendes disse que deve ser discutido um modelo de financiamento público de campanha. Talvez devamos ousar modelo de financiamento publico de campanha. A compra de panetones por pregão que Arruda tinha programado para ser feita na próxima quinta-feira (10), que poderia sustentar a versão de que a quantia de R$ 50 mil recebida em 2006 era uma contribuição para a compra de panetones, foi suspensa.

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16 16 Brasil Econômico Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 BRASIL ETANOL BNDES supriu falta dos bancos privados em financiamento ao setor sucroalcooleiro O BNDES ocupou o espaço deixado pelos bancos comerciais no financiamento do setor sucroalcooleiro durante o auge da crise financeira mundial. Enquanto no período pré-crise, entre outubro de 2007 e setembro de 2008, os repasses diretos do BNDES para o setor foram de 46% do total, entre outubro de 2008 e setembro de 2009, o volume para o setor, de forma direta subiu para 63% do total, alta de cerca de 12%. Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr PESQUISA Popularidade de Lula vai para 83% e seu governo é ótimo ou bom para 72% O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ótimo ou bom, para 72 % dos entrevistados em pesquisa CNI/Ibope, divulgada ontem, acima dos 69% de setembro. Já a aprovação ao presidente passou para 83% (81% em setembro). Quanto às intenções de voto para a sucessão, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), subiu para 38% (de 35%). Dilma Rousseff e Ciro Gomes empatam no segundo lugar, com 17%. ENTREVISTA YVES BESSE Presidente da Associação das Concessionárias Privadas de Saneamento (Abcon) PAC investe só 15% da verba para saneamento Besse: municípios só começaram a se organizar com a Lei do Saneamento, que regulamentou o setor em 2007 e voltou a atrair a iniciativa privada Entre os motivos está a desorganização do setor, razão também que atravanca a entrada de investimentos privados desde a década de 1990 Juliana Elias jelias@brasileconomico.com.br De todos os setores que foram abertos à privatização nos anos 90, apenas um não vingou: o de saneamento. Responsabilidade dos municípios, os serviços de águaeesgotoseenrolamemsua falta de organização, já que é regulado por leis federais e operado por companhias estaduais. A desorganização e a falta de informação, que não chega a centenas de municípios, é uma das razões que atrasa os investimentos, sejam privados, sejam estatais. É um setor muito pulverizado, e dificulta a entrada de investimentos, explica Yves Besse, presidente da Associação das Concessionárias Privadas de Saneamento (Abcon). Segundo informa Besse, dos R$ 40 bilhões previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para saneamento, entre 2007 e 2010, apenas R$ 6,5 bi foram aplicados até agora. A lentidão nas aplicações é uma mistura de ineficiência do governo com a estrutura confusa do setor. Há muitos contratos (entre estado e município) que até hoje não foram formalizados, em mais de trinta anos de operação. (...) Como não tem operador certo, apenas as grandes companhias conseguem pegar a verba federal. É a mesma pulverização que segura até hoje a entrada de empresas privadas no setor, seja por meio de concessões, seja por Parcerias Público Privadas (PPPs). Aberto às privatizações nos anos 1990, só agora - após a lei das PPPs, de 2004, e do marco regulatório, de , os negócios começam a vingar. Somadas todas as fontes, os investimentos somam R$ 4,5 bilhões ao ano. É o dobro de anos anteriores, mas ainda éametadedo que o setor precisa A iniciativa privada é importante. O governo não consegue sanear sozinho Qual é a grande dificuldade do setor de saneamento? É muito pulverizado, o que dificulta a entrada de investimentos. O controle do sanemanto pertence aos municípios, mas nos anos 70 foram criadas as companhias estaduais e os municípios optam por conceder a operação a elas ou não. Nos anos 90, quando o setor foi aberto à privatização, houve várias tentativas de negociação, e diversos interessados, mas nenhuma deu certo. Era o governo federal tentando conceder companhias estaduais que respondiam aos municípios. O marco regulatório de 2007 melhora essa situação? Ele vem organizar isso. Não com a iniciativa privada, que já tem as suas obrigações determinadas desde 2004, com a Lei das PPPs. Quem falta se adequar é o poder público. O marco determina que todos os municípios devem ter um plano diretor de longo prazo para o saneamento. O ano de 2010 será uma correria, porque é o prazo final para se adequar, e há ainda muita falta de informação. Há muitos contratos (entre os municípios e as companhias estatais) que até hoje não foram formalizados, em vinte, trinta anos de operação. Mesmo a cidade de São Paulo só assinou recentemente o contrato de concessão com a Sabesp. Isso atrapalha até na distribuição dos investimentos. Por quê? Como não tem operador certo, apenas as grandes conseguem pegar a verba federal, como Sabesp (SP), Copasa (MG). O PAC programou R$ 40 bilhões para o setor entre 2007 e Até agora, nos três dos quatro anos do plano, só 15% disso, R$ 6,5 bilhões, foi aplicado. Quais seriam os investimentos necessários? Somadas todas as fontes, os investimentos estão em R$ 4,5 bilhõesaoano.jáéodobrodo que se investia nos anos anteriores, e ainda assim é a metade do que o setor precisa. Até 2000, o investimento anual em saneamento era de R$ 2 bilhões por ano. Para universalizar os A ORIGEM Principais datas na história do saneamento É criado o Banco Nacional de Habitação (BNH), em 1964, e os investimentos em saneamento passam a ser controlados pelo Bbanco São criadas as companhias estaduais de saneamento, como alternativa aos municípios para a operação do saneamento local. Muitos contratos, fechados nessa época, não foram formalizados até hoje O BNH é extinto em 1986, o que, por um lado, fortalece as companhias estaduais, e por outro, deixa o setor descentralizado Em 1995 é promulgada a Lei das Concessões, que desencadeou no processo de privatizações daquela década. Diversas companhias estaduais de saneamento foram abertas também para concessão, mas nenhuma deu certo A Lei das PPPs, de 2004, cria uma nova alternativa de associação com a iniciativa privada, mas é só em 2007, com a entrada em vigor da Lei do Saneamento, que os negócios começam a deslanchar serviços em 20 anos, seriam necessários R$ 20 bilhões por ano. Hoje, 94% do país tem água tratada, só 42% tem coleta de esgoto e 15% de todo o esgotoétratado.porissoainiciativa privada é importante. O governo não consegue sanear sozinho. Há diversas empresas começando a se voltar para o setor agora. Com certeza. De 2002 a 2007 as negociações ficaram paradas, desde a tentativa de concessão da Embasa (BA), que foi a últimaanãodarcertoeespantou de vez todo mundo. Foi quando se viu que aquele modelo não estava funcionando, e foi-se procurar outro. Nesse meio tempo foram criadas algumas empresas, como a Foz do Brasil (da Odebrecht), a CAB Ambiental e o Grupo Cibe. Há também os grupos que conseguiram se estabelecer ainda nos anos 90, como a Saab (Saneamento Ambiental Águas do Brasil, que administra Niterói) e a Solvi (em Manaus). E os grupos estrangeiros? Tiveram alguns que se estabaleceram ainda na primeira leva, mas são poucos, caso da AGS (do grupo português Somague) e a Ambient, da OHL (espanhola de infraestrutura),

17 Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 Brasil Econômico 17 ANEEL Correção nos contratos de energia elétrica deve estar pronta em fevereiro O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, disse ontem que a agência pretende resolver, até o final de fevereiro, a questão da alteração dos contratos de concessão das distribuidoras de energia elétrica. A ideia é que, daqui para frente, seja corrigida a distorção que levou consumidores a pagar, segundo estimativa, cerca de R$ 7 bilhões a mais, desde 2002, nas contas de luz. Rodrigues Pozzebom/ABr DIREITOS HUMANOS Um plano nacional de dez anos para a infância e adolescência A VIII Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente que se inicia hoje em Brasília terá a presença de cinco ministros, entre eles Paulo Vannuchi, dos Direitos Humanos e Dilma Rousseff, da Casa Civil. A meta é elaborar até quinta-feira um plano de dez anos para a política nacional de promoção, proteção e defesa dos direitos para a população infanto-juvenil. Participam ainda cerca de 1,8 mil delegados de todo país. Evandro Monteiro que antes de entrar em rodovias no Brasil fechou os primeiros contratos em saneamento, em DINHEIRO A MENOS R$ 20 bi é o total necessário ao ano para que, em 20 anos, os serviços de água e esgoto atendam o país. R$ 40 bi é o valor que o plano diretor do PAC previa aplicar em saneamento entre 2007 a R$ 2,1 bi éovalormédioanualqueo governo federal investiu de fato, com a verba do PAC, até o momento. O que aconteceu com os grupos que vieram para o Brasil nos anos 1990? Com a Lei das Concessões, de 1995, houve grande incentivo para atrair a iniciativa privada. Companhias como Cedae (RJ), Cesan (ES) e Emabasa (BA) foram abertas para concessão. Veio uma enxurrada de empresas estrangeiras, as maiores do mundo: Suez, Veólia (francesas), Enron (americana), Águas de Barcelona (espanhola), Águas de Portugal (portuguesa), International Water (anglo-americana). Todas foram embora, e nenhuma voltou. A Suez, líder mundial em saneamento, ficou só em energia. E a Águas de Barcelona fechou neste ano uma parceria com a Sabesp. Quais as perspectivas agora? Com o marco regulatório, as primeiras PPPs começaram a ser feitas. Até 2000, a iniciativa privada conseguiu apenas 5% das operações do país. Até 2006, subiupara6%,edeláparacájá temos 10%. Nossa perspectiva é que, até 2017, a participação privadacheguea30%.pormuitotempoosetorprivadofoivis- to como comedor asde criancianhas. Isso já passou. No saneamento ainda está passando. É o último setor. O que faz do saneamento um setor rentável e atraente para empresas privadas? O saneamento é uma atividade de retorno relativamente baixo, mas que gera fluxo de caixa estável e consistente no longo prazo. Veja a crise. Vários setores sofreram com a queda de demanda. No saneamento, a demanda não cai. É um setor de capital muito intensivo e de investimentos pesados, o que vem dageraçãodereceitasomadaa contenção de despesas. DIVISÃO DAS OPERAÇÕES NO PAÍS Companhias privadas 10% Municípios 20% PRIVATIZAÇÃO DO SETOR COMEÇOU NA DÉCADA DE 1990 Companhias estatais 70%

18 18 Brasil Econômico Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 OPINIÃO Sergio Vale Economista-chefe da MB Associados A vez da classe média Um ano depois da crise, diversos indicadores sinalizam retomada generalizada da economia brasileira. Parte efeito de política econômica, parte efeito de base de comparação, o fato é que 2010 promete ser um ano de crescimento forte. Ficam duas questões. Primeiro, qual deve ser a dinâmica por faixa de renda. Segundo, qual deve ser o comportamento regional dessa evolução. Numa perspectiva mais de longo prazo, vale notar que o crescimento da renda deve se manter numa trajetória positiva nos próximos anos. Em que pese uma desaceleração esperada para 2011 em virtude do início de retomadadeaumentodaselic,ofatoéqueamédiade crescimento anual da renda entre 2005 e 2015 deverá ser da ordem de 6%. A distribuição de renda deverá ser mais equilibrada entre classe média, baixa e alta, diferente do padrão anterior em que os fortes ajustes de salário mínimo e Bolsa Família incrementaram a massa de renda da faixa mais pobre da população num ritmo um pouco mais forte do que a classe média. Quem não cresceu no período foi a classe mais alta. Com a retomada da economia em bases mais sólidas, significando isso menor dependência de evolução de salário mínimo e BF, devemos ter a classe média em destaque nos próximos anos, comportamento que de fato começou a acontecer nos últimos anos. O dado mais interessante é que pode haver um início de crescimento mais consistente da renda na classe AB, que deve triplicar seu crescimento da massa de renda nos próximos anos. O pulo da classe baixa para a classe média se dá com expansão natural da economia. Mas o pulo da classe média para a classe alta é mais difícil, pois depende de um nível educacional melhor. Até o momento, a evolução do capital humano no Brasil se deu pelo aumento de participação, ou seja, da quantidade de pessoas com grau escolar mais elevado. Ao mesmo tempo, tem havido queda contínua de produtividade desse trabalhador. Ou seja, os ganhos de capital humano no país tem se dado pela maior oferta de trabalho qualificado, mas não significa que esse capital humano seja produtivo. Para dar o pulo para a classe AB, esse capital humano deverá dar o salto de produtividade também, o que não se dá apenas pelo treinamento formal na escola. Com a retomada da economia em bases mais sólidas, deverá haver um início de crescimento consistente de renda na classe A/B Por fim, a massa de renda deve crescer menos no Nordeste do que no Sudeste e Centro-Oeste. Se de fato o grande boom de salário mínimo e Bolsa Família já passou e o novo ciclo de expansão se dará em serviços e tecnologia, é natural esperar que esse crescimento aconteça mais fora do Nordeste. Grande parte dos investimentos do pré-sal e para a Copa e Olimpíadas se dará nessas regiões, o que torna ainda mais natural sua liderança na expansão da renda. O que se configura desses resultados é uma tendência de volta da parte Sul do país a estimular o crescimento e uma tendência ainda presente de crescimento da classe média, que parece não ter se esgotado completamente. Além disso, por conta do maior dinamismo da parte Sul do país também abre maior chance de expansão da classe AB. Para que esta passe a liderar o crescimento dependerá do saldo educacional que ainda não aconteceu. Marcelo Mariaca presidente da Mariaca e professor de MBA da Brazilian Business School (BBS) Redução da jornada A redução da jornada de trabalho, de 44 para 40 horas, voltou à pauta do Congresso Nacional. Aprovada em comissão especial, a emenda constitucional aguarda votação em plenário e, caso isso não ocorra até o fim do ano, será um dos principais pratos feitos da campanha eleitoral de O principal argumento das centrais sindicais é de que a redução da jornada criaria cerca de 2 milhões de empregos. As entidades patronais contestam, argumentando que a medida aumentaria os custos das empresas com horas extras e não produziria os resultados pretendidos, já que leis não têm poder de criar empregos. Na verdade, a geração de postos de trabalho decorre de outros fatores, principalmente de um bom índice de desenvolvimento econômico e dos investimentos das empresas, o que ocorreu nos últimos anos. O aumento da produtividade também está mais relacionado à organização do trabalho, à capacitação dos empregados, à sua satisfação no emprego e até a fatores como o tempo de locomoção da residência ao local de trabalho que à redução da jornada. Em São Paulo e outras capitais, o trabalhador consome horas no trânsito, o que tem forte impacto sobre a produtividade dele e das empresas. A geração de empregos decorre de um bom índice de desenvolvimento econômico e dos investimentos das empresas. Não da redução da jornada No Brasil, a Constituição de 1988 reduziu a jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais e, a partir de então, não houve aumento significativo no mercado de trabalho. Pelo contrário, a informalidade disparou hoje, o mercado informal passa de 50% da força de trabalho, o País conviveu com ondas de desemprego nos anos seguintes e as taxas de emprego só começaram a melhorar com um ritmo de crescimento mais forte nesta década. Devemoslevaremcontaqueanovaordemeconômica, social e tecnológica alterou de forma dramática a organização do trabalho. A globalização, por exemplo, fortaleceu o outsourcing (terceirização), o que leva empresas norte-americanas e européias a contratar profissionais em países em desenvolvimento, para baratear os gastos com salários e benefícios. Não seria muito coerente uma lei que aumenta os custos das empresas e reduz a produtividade num momento em que o Brasil precisa melhorar sua competitividade no mercado global, com uma concorrência cada vez mais acirrada. Outro fator a ser considerado é que a atual legislação já permite a negociação da jornada de trabalho em convenções coletivas, o que é uma saída viável, já que setores diferentes convivem com índices também diferentes de produtividade e alguns precisam de aumentar a competitividade. Uma redução da jornada baixada por lei também terá impactos mais perversos sobre as micro e pequenas empresas, que têm características peculiares em termos de organização do trabalho. Não menos importante, tanto para a redução da jornada de trabalho negociada por categorias, quanto para o aumento da produtividade, é a capacitação dos empregados, fator essencial para o aumento da produtividade, elemento que passa ao largo das discussões no Congresso. CARTAS ABILIO DINIZ A visão estratégica do Abilio Diniz é um atributo bastante peculiar deste empreendedor. Com a retomada da economia e a chegada ao mercado de uma classe antes excluída do consumo, Diniz faz uma jogada de mestre e compra a maior varejista do país. Ele pode ser comparado a um estrategista do xadrez. Juntando-se a boa gestão do Pão de Açúcar com o pionerismo sustentado por boas práticas da Familia Klein o resultado só pode ser positivo. É muito bom ver nascer uma gigante mundial do varejo brasileiro. Walter Torres São José dos Campos (SP) Esta fusão é importante para fortalecer as duas empresas familiares (apesar de o grupo Pão de Açúcar ter seu sócio francês, sua origem e característica de gestão ainda são familiares). O grande problema de fusões desta grandeza é o desemprego, embora Diniz e Klein garantam que isso não irá ocorrer. A fusão do Itaú com o Unibanco esá fazendo escola. Vamos esperar para que o Cade analise e dê o seu aval. Parabéns ao sr. Abílio por mais uma tacada de mestre. Perci Leonardo São Paulo (SP) Não vejo grandes comemorações a fazer com a fusão das Casas Bahia e o Grupo Pão de Açúcar, já que 50% do mercado ficará nas mãos desse novo peixe grande do varejo. No meu ponto de vista, as lojas do Ponto Frio, Extra Eletro, Pão de Açúcar e a própria Casas Bahia vão praticar os preços que acharem mais viáveis. Logo, a Magazine Luiza, uma das principais concorrentes do setor de eletrodomésticos do Grupo Pão de Açúcar, deverá se mexer para que o novo grupo não termine por adquirir também a rede varejista, que agora se tornou nanica diante do novo gigante varejista. Hans Misfeldt São Paulo (SP) CAMPEONATO BRASILEIRO O fim do campeonato brasileiro mostrou algumas situações que deveriam merecer mais atenção de quem lida nessa área. Em primeiro lugar, por que não fazer uma tabela que coloque na rodada final as equipes rivais de um mesmo Estado ou cidade? Isto evitará as ilações maldosas sobre comportamentos no sentido de estimular a entrega do jogo, como no caso do Grêmio. Outra questão tem a ver com a verba necessária para que as equipes possam ter plantéis adequados a um campeonato de tal nivel. Por que não tentar a venda de ingressos para todo o turno, como é feito nos principais campeonatos do mundo? Isto estimularia a presença de torcedores daria aos clubes mais recursos para investir. Outra sugestão é que se estabeleçam regras rígidas de comportamentos entre as torcidas. O time visitante não pode ficar na dependência da boa vontade do mandante. O regulamento deve garantir pelo menos quarenta por cento dos ingressos aos visitantes, e em locais adequados nos estádios. E por fim, que as torcidas organizadas obedeçam regras de comportamento, sob pena de serem proibidas de assistirem aos jogos de suas equipes. O futebol é diversão, é alegria. Mas precisa servir também para um verdadeiro congraçamento social. Sem perder o potencial no campo econômico. Uriel Villas Boas Santos (SP) Muito legal essa iniciativa do governo em tentar gerar um estímulo para a população brasileira ter um pouco mais de acesso à cultura. Clarisse Borba Jundiaí (SP) Gostaria de dar os parabéns para toda equipe do jornal BRASIL ECONÔMICO pelo bom jornalismo praticado. Recebo diariamente o jornal e confesso que fiquei surpreso com a qualidade gráfica e também editorial. Paulo Corcione São Paulo (SP) Cartas para Redação - Av. das Nações Unidas, º andar CEP Brooklin São Paulo (SP). redacao@brasileconomico.com.br As mensagens devem conter nome completo, endereço e telefone e assinatura. Em razão de espaço ou clareza, BRASIL ECONÔMICO reserva-se o direito de editar as cartas recebidas. Mais cartas em

19 Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 Brasil Econômico 19 Mario Ângelo/AE Os custos do Enem O Enem 2009 deveria ter sido realizado nos dias 3 e 4 outubro, mas foi cancelado em virtude do vazamento de seu conteúdo. Após a constatação da fraude, o MEC interrompeu o contrato com o Connasel, consórcio até então responsável pela execução da prova, e firmou novo acordo, em regime de urgência, com o Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília) e com a Fundação Cesgranrio. Os custos para executar o exame já atingiram R$ 131,9 milhões. GABARITO ERRADO Na noite do domingo, 6, o Ministério da Educação divulgou gabarito errado do Enem. Poucas horas depois, no mesmo dia, o MEC reconheceu o erro e tirou o gabarito do ar. Às 10 horas de ontem, finalmente, foi publicada a versão correta. SALAS VAZIAS E CONFUSÕES Sergio Castro/AE Salas vazias, tumultos em Belo Horizonte, Salvador e Brasília e até confusões em relação ao horário de verão marcaram os primeiros dias de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) No cômputo geral, mais de 1,5 milhão de alunos faltaram à avaliação registrando um índice nacional de 37,7% de abstenção, o maior da história do Enem. A média foi puxada para cima por São Paulo, queteveomaiornúmero de faltas: do 1 milhão de inscritos, 470 mil não compareceram. Parte dessa abstenção está relacionada ao fato de que USP e Unicamp deixaram de usar anotadoenemdepois que o exame foi fraudado, em outubro. Cabe lembrar queesteéoprimeiro anoemqueoenem passa a ser utilizado como vestibular em universidades federais. Mas houve também justificativas prosaicas para as faltas, como a coincidência da data da prova com a rodada decisiva do campeonato brasileiro de futebol. Apesar de todas as confusões, o ministério informou que tudo transcorreu em absoluta tranquilidade. ENTREVISTA CLÁUDIO MOURA E CASTRO Professor e economista Faltou coragem para o Ministério da Educação Para o economista, os problemas do Enem têm origem na licitação: com medo do Tribunal de Contas, o MEC optou pelo prestador de serviço mais barato Regiane Oliveira roliveira@brasileconomico.com.br Para o professor e economista Cláudio Moura e Castro, a falta de organização é só um dos problemas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) - e o mais óbvio, uma vez que o governo sabia que estava contratando a empresa mais barata e não a mais experiente, para realizar a prova. Apesar disso, Castro acredita no Enem. Diz que é uma boa prova, mas tem problemas técnicos. Comoosenhoravalia a aplicação do Enem? Não acho que foi um fracasso, funcionou razoavelmente bem apesar da pressa. O Enem é uma boa prova, mas tecnicamente, temos alguns probleminhas. A desorganização do evento é um dos probleminhas? O processo não permite justificar a contratação de uma empresa mais cara, por isso improvisaram A desorganização é outro fator. TodostêmmuitomedodoTribunaldeContaseoMinistérioda Educação não teve coragem de contratar, inicialmente, uma empresa com reputação de 35 anos, a Fundação Cesgranrio. Ficou com o mais barato, mesmo sabendo que a outra era mais indicada. O processo de licitação não permite justificar a contratação de uma empresa mais cara, por isso ficamos com a improvisada um consórcio criado quatro dias antes da licitação. Este problema pode ser resolvido com uma licitação que exija experiência na aplicação de provas em grande escala. Quais são os demais problemas do Enem? O Enem desperta uma dúvida. Ele foi criado para ser uma prova não curricular de raciocínio matemático, análise de texto e leitura. A prova seria uma saída para o vestibular, que contempla um conteúdo imenso de matérias. Mas o Enem está muito parecido com o vestibular. Agora temos de analisar as provas para ver qual a validade.

20 20 Brasil Econômico Terça-feira, 8 de dezembro, 2009 EMPREENDEDORISMO QUARTA-FEIRA LEGISLAÇÃO QUINTA-FEIRA SUSTENTABILIDADE SEXTA-FEIRA INOVAÇÃO SEGUNDA-FEIRA EDUCAÇÃO Cariocas fazem sucesso e querem Jovens empresários investem em agência e em três anos de abertura consolidam crescimento; agora, abrem Amanda Vidigal Amorim avidigal@brasileconomico.com.br Em 2006, o carioca Bruno Chamma saiu da agência de publicidade em que trabalhava e resolveu abrir sua própria. Ao invés de seguir pelo caminho tradicional, decidiu atuar, no começo, somente com mídia digital. Nascia então a Kindle. Três anos depois e com outros dois sócios, Bruno Magalhães e Eduardo Rabello, a Kindle comemora um crescimento de 150% desde seu ano de abertura. Em 2009, a empresa cresceu 60% em relação a Com um investimento inicial de R$ 40 mil, a Kindle fatura hoje R$ 180 mil ao mês, e fechou 2009 com um total de R$ 2,1 milhões.para 2010, segundo Bruno Magalhães, a ideia é faturar acima de R$ 3 milhões. A fim de conseguir bater a meta, a empresa incorporou a estrutura de uma outra agência de publicidade carioca que, ao contrário da Kindle, era especializada em publicidade para televisão e veículos impressos. Para Magalhães, o sucesso da agência se deu inicialmente pelo fato de ser totalmente especializada em internet. Pensávamos a campanha inteira para o online. Isso dá mais resultado e você acaba superando a expectativa dos clientes, afirma Magalhães. Depois de consolidados no mercado virtual, os sócios resolveram investir nos meios analógicos. Fizemos o inverso da maioria das agências, que começam com o meio impresso e televisão, e se voltam para o online, afirma o designer. A Kindle acaba de se mudar para uma sede maior, onde poderá abrigar 70% a mais de funcionários. Hoje, trabalham ali 35 pessoas. Dando outro passo rumo ao crescimento, a Kindle abriu um escritório em São Paulo e almeja conquistar grandes clientes no mercado paulistano. Magalhães admite que, no meio publicitário, o mercado paulista é melhor que o carioca e, é por isso que os sócios estão investindo na abertura dessa nova frente. Bruno Magalhães Sócio da Kindle Queremos conquistar mercado em São Paulo. Sabemos que, para a publicidade, as oportunidades são maiores e já temos experiência suficiente para tentar uma concorrência com as empresas paulistanas Conquistamos grandes clientes no Brasil, mas sabemos que ter um escritório no centro financeiro do país é fundamental para quem quer crescer, afirma Magalhães. Empresas como UOL, Amil, Globo.com, Sportv, Universal Channel, Hyatt e Embratel já fazem parte de sua carteira de clientes. O escritório em São Paulo é chefiado por Rodrigo Rodrigues, que foi gerente de criação do site IG. Como várias agências hoje em dia, a Kindle adota o sistema Google de relacionamento com os funcionários. No escritório existem jogos, videogames, televisão e a diversão dos funcionários é garantida. Os cariocas trabalham para que a Kindle, quem sabe, chegue a comemorar o mesmo faturamentodogoogle. Perfil do empreendedor Em 1999, com 22 anos, Bruno Chamma se aventurou pela primeira vez, com mais dois amigos, ao montar o Sakei.com e o Boa da Noite, portais para o público jovem e de entretenimento, respectivamente. Desentendimentos com os sócios capitalistas fizeram com que Chamma decidisse buscar novos desafios. A nova empreitada foi a estreia dele no mercado de agências, ao comprar 25% do Escritório de Ideias, agência de publicidade do Rio de Janeiro. Aproveitando a experiência que já havia adquirido, criou e gerenciou uma nova área na agência, focada em comunicação digital. Ao longo de cinco anos, a experiência colaborou para sua formação profissional. Encorajou-se e vendeu sua participação para idealizar um novo projeto. Foi quando nasceu a Kindle. A.V.A. COMEÇO O investimento inicial para a abertura da Kindle em 2006, no Rio de Janeiro, foi de R$40 mil FATURAMENTO Em 2009, houve crescimento de 60% em relação ao anopassado,chegandoa R$2,1 milhões PREVISÃO Para 2010, a Kindle planeja continuar com a expansão eprevêreceitademaisde R$3milhões

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