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2 CFMV A Revista CFMV é editada quadrimestralmente pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária e destina-se à divulgação de trabalhos técnico-científicos (revisões, artigos de educação continuada, artigos originais) e matérias de interesse da Medicina Veterinária e da Zootecnia. A distribuição é gratuita aos inscritos no Sistema CFMV/CRMVs e aos órgãos públicos. Correspondência e solicitações de números avulsos devem ser enviadas ao Conselho Federal de Medicina Veterinária no seguinte endereço: SIA Trecho 6 Lotes 130 e 140 Brasília DF CEP: Fone: (61) Fax: (61) Site: cfmv@cfmv.gov.br A Revista Cfmv é indexada na base de dados Agrobase. Revista CFMV. v.18, n.55 (2012) Brasília: Conselho Federal de Medicina Veterinária, 2012 Quadrimestral ISSN Medicina Veterinária Brasil Periódicos. I. Conselho Federal de Medicina Veterinária. AGRIS L70 CDU619(81)(05)

3 Sumário 4 Editorial 5 Entrevista Helvécio Miranda Magalhães Júnior 7 Medicina Veterinária Legal 20 Perfil 22 Destaques 26 Suplemento Científico 69 Ensino da Medicina Veterinária 72 Medicina Preventiva 75 Administração Rural 78 Publicações 79 Agenda 80 Opinião Guilherme Teixeira Goldfeder - Ao especialista estará reservado maior sucesso profissional?

4 Editorial A Medicina Veterinária Legal O Regulamento da Profissão Médico Veterinária nos seus capítulos II e XII prevê como atribuição profissional peritagem e o relacionamento com a justiça. A Medicina Veterinária Legal é o conjunto de conhecimentos médicos veterinários destinados a servir ao direito e atuar cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação e colaborando na execução dos dispositivos legais no seu campo de ação de medicina veterinária aplicada. Como perito, o médico veterinário aplicará os seus conhecimentos técnico-científicos em procedimentos judiciais e extrajudiciais, elaborando laudos, informações e pareceres em relação a animais e produtos de origem animal, visando ao estabelecimento da justiça. As principais áreas de atuação do perito médico veterinário são ambiente, alimentos, maus-tratos, clínica, patologia, avaliação de rebanhos, seguro animal, saúde pública, bemestar e proteção animal. Nossa reportagem principal aborda temas relacionados ao ensino da especialidade e fornece dados sobre a forma de elaboração de laudos periciais, enfatizando a relação do profissional com a justiça. ERRATA: Matéria: Biodiversidade, Saúde Ambiental e o Médico Veterinário, nº 54, pág. 10, está correto: Durante a Rio- 92 foram elaborados o Documento do Rio ou Carta da Terra, assinado pelos chefes de Estados presentes ao evento, e a Agenda 21 (plano de ações para mudança do modelo de desenvolvimento e recuperação ambiental do Planeta). E X P E D I E N T E CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA SIA Trecho 6 Lotes 130 e 140 Brasília DF CEP: Fone: (61) Fax: (61) cfmv@cfmv.gov.br Tiragem: exemplares DIRETORIA EXECUTIVA Presidente Benedito Fortes de Arruda CRMV-GO nº 0272 Vice-Presidente Eduardo Luiz Silva Costa CRMV-SE nº 0037 Secretário-Geral Antônio Felipe Paulino de Figueiredo Wouk CRMV-PR nº 0850 Tesoureiro Amilson Pereira Said CRMV-ES nº 0093 Conselheiros Efetivos Adeilton Ricardo da Silva CRMV-RO nº 002/Z José Saraiva Neves CRMV-PB nº 0237 Marcello Rodrigues da Roza CRMV-DF nº 0594 Nordman Wall Barbosa de Carvalho Filho CRMV-MA nº 0454 Raul José Silva Girio CRMV-SP nº 2236 Conselheiros Suplentes Francisco Pereira Ramos CRMV-TO nº 0019 João Esteves Neto CRMV-AC nº 0007 José Helton Martins de Sousa CRMV-RN nº 0154 Fred Júlio Costa Monteiro CRMV-AP nº 0073 Heitor David Medeiros CRMV-MT nº 0951 Nivaldo de Azevedo Costa CRMV-PE nº 1051 CONSELHO EDITORIAL Presidente Eduardo Luiz Silva Costa CRMV-SE nº 0037 Antônio Felipe Paulino de Figueiredo Wouk CRMV-PR nº 0850 Amilson Pereira Said CRMV-ES nº 0093 Editor Ricardo Junqueira Del Carlo CRMV-MG nº 1759 Jornalistas Responsáveis Flávia Tonin MTB nº /SP Flávia Lobo MTB nº 4.821/DF Projeto e Diagramação Duo Design Comunicação Impressão Gráfica Editora Pallotti OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES, NÃO REPRESENTANDO, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO CFMV. 4 Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

5 Entrevista HELVÉCIO MIRANDA MAGALHÃES JÚNIOR Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (1985), especialização em Epidemiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1994), doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas (2005) e residência médica pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (1987). Possui experiência na gestão de atividades e projetos de saúde pública no estado de Minas Gerais e no município de Belo Horizonte. Entre 2007 e 2009, presidiu o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Desde janeiro de 2011 é Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. 1. O que são os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e como são constituídos? Os Núcleos de Saúde da Família são equipes multiprofissionais, vinculadas a um conjunto de equipes de Saúde da Família, cujo objetivo é ampliar a capacidade clínica e sanitária das Equipes de Saúde da Família (ESF), especialmente pela prática do apoio matricial em saúde, que objetiva assegurar retaguarda especializada às equipes e profissionais encarregados da atenção a problemas de saúde. 2. Quais os critérios para implementação de um Nasf? Qual a origem dos recursos financeiros? Os critérios anteriores limitavam muito os municípios que podiam contar com esse importante elemento de qualificação da saúde da família, por isso, já pactuamos novos critérios nos quais qualquer município que tenha mais que duas ESFs poderá ter um Nasf, chegando a mais de municípios do Brasil. Os recursos federais destinados ao financiamento dos Nasfs são oriundos do Bloco de Financiamento da Atenção Básica, que é uma prioridade desta gestão. O Ministério da Saúde repassa recursos aos estados e municípios, por meio do Fundo Nacional de Saúde (que é o órgão que atua como gestor financeiro, na esfera federal, dos recursos do SUS) aos fundos estaduais ou municipais de saúde, para financiamento de ações. Esses recursos são divididos por blocos. Os Nasfs recebem recursos do bloco da Atenção Básica, que Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

6 Entrevista Áreas com alta prevalência de zoonoses e áreas rurais são exemplos de lugares potenciais de inserção do veterinário também engloba os recursos para os programas como Saúde da Família, Agentes Comunitários de Saúde, Saúde Bucal, entre outros. 3. Como é atualmente e como será definida a ampliação das especialidades profissionais que poderão passar a atuar nos Nasfs? O que mudará na nova Política Nacional de Atenção Básica? Atualmente, a maior parte das profissões de saúde e algumas especialidades médicas podem estar inseridas nos Nasfs. A nova política, lançada em setembro de 2011, prevê a possibilidade, mas não a obrigatoriedade, de ampliar e incluir geriatra, médico do trabalho, clínico (internista), sanitarista, médico veterinário e arte-educador nos Nasfs, além de manter os outros que já podem fazer parte. 4. Qual a contribuição que se espera do Médico Veterinário após sua inclusão como membro da equipe? Espera-se que o veterinário, quando a sua presença for indicada, ajude a ampliar a capacidade da Atenção Básica na identificação e intervenção sobre riscos associados (direta ou indiretamente) à presença de animais nos territórios, nas chamadas Zoonoses, além de sua participação nos processos de saúde coletiva. 5. Como se dará a inclusão do profissional Médico Veterinário? Assim como os outros profissionais, é importante que o veterinário seja incorporado nos Nasfs em locais onde há evidente necessidade dessa profissão, não sendo necessário em todos os contextos. Áreas com alta prevalência de zoonoses e áreas rurais são exemplos de lugares potenciais de inserção do veterinário. 6. No que se refere à prevenção e vigilância das zoonoses, aquelas de importância para a saúde pública estão integradas com a atenção básica? Sim. Fazem parte do escopo de ações da Atenção Básica, dentre outras, as práticas de vigilância, tanto individuais quanto coletivas, sempre sintonizadas com as características de cada território. 7. Como o Ministério tem atuado nas questões estratégicas para a eliminação da raiva humana transmitida por cão em todo o território brasileiro? A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, disponibiliza nas unidades de saúde/hospitais a vacina antirrábica humana e o soro antirrábico para os municípios. Além disso, o Sistema Único de Saúde oferta atendimento pela rede básica da saúde em 100% das pessoas acidentadas por agressões de animais suspeito-doentes (raiva); disponibiliza a vacina antirrábica animal para os Estados e Municípios para realização de campanha anual de vacinação em animais (cães e gatos); tem pactuação com os municípios para o cumprimento de cobertura vacinal canina acima de 80%; tem pactuação com os municípios para o monitoramento da circulação viral por meio do envio de amostras do sistema nervoso central de cães para diagnóstico de raiva; faz a investigação epidemiológica e bloqueio de foco em casos de raiva animal (animais domésticos), em até 72 horas; disponibiliza informações sobre prevenção, vigilância e controle da raiva disponíveis no site do Ministério da Saúde: e publicou a revista Sesinho com o tema Controle a Raiva, com distribuição nacional. 8. Que políticas o Ministério tem implantado em relação às funções dos Centros de Controle de Zoonoses? A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, vem conduzindo o processo de reesturturação das políticas de vigilância das zoonoses, visando normatizar as ações operacionais, não só dos Centros de Controle de Zoonoses (CCZs), canis municipais e Centros de Vigilância Ambiental (CVAs), mas de forma geral dos serviços de vigilância e controle das zoonoses, doenças transmitidas por vetores, agravos causados por animais peçonhentos e agravos de risco de transmissão de zoonoses. Da mesma forma, o processo visa à normatização da estruturação física dessas unidades. Atualmente, o processo se encontra em fase final de discussão, visando à publicação de uma normatização, bem como de manuais operacionais e de estruturação física. 6 Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

7 Medicina Veterinária LegaL O Ensino de Medicina Veterinária Legal no Brasil Introdução Medicina Veterinária Legal é uma especialidade que usa conhecimentos médico-veterinários para esclarecer questões do mundo jurídico (Merck, 2007; Munro e Munro, 2008; Marlet, 2011). A utilização dos conhecimentos médico-veterinários em questões judiciais não é, como se imagina, recente. No Brasil, ela está prevista na legislação de forma expressa desde 1933, quando o exercício da profissão Médico Veterinária foi regulamentado pelo Decreto nº , de 09 de setembro de Nessa ocasião, tal decreto estabeleceu como função privativa do médico veterinário a realização de perícias em questões judiciais em que animais estejam envolvidos (Decreto nº /33, artigo 11, b). Essa matéria foi ampliada e publicada em forma de Lei, a de nº. 5517, de 23 de outubro de 1968 (Quadro 1). Desde então, o uso dos conhecimentos médico-veterinários pela Justiça aumentou paulatinamente, passando a ser aplicado em questões relacionadas à saúde pública, à defesa do consumidor, à defesa da fauna, entre outras. Nos anos 1980, a demanda por exames periciais direcionados às Instituições de Ensino Superior (IES), particularmente à FMVZ/Unesp Botucatu, havia crescido tanto que o Prof. Dr. Enio Pedone Bandarra percebeu a necessidade de reunir em uma única disciplina os conhecimentos médico-veterinários e os conhecimentos jurídicos, necessários à realização de perícias. Assim, em 1989, o visionário Dr. Bandarra criou a disciplina Medicina Legal Veterinária, ministrada pela primeira vez na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu. Ele também deu grande contribuição para o desenvolvimento da Patologia Forense (Bandarra e Sequeira, 1999a, b). De fato, nesse núcleo foram formados diversos pesquisadres e professores universitários que vêm ampliando esse tema nas mais variadas IES espalhadas pelo Brasil. Também em São Paulo, o Instituto de Medicina Social e Criminologia (Imesc), sentindo a carência de peritos médicos veterinários, Quadro 1 Lei nº. 5517, de 23 de outubro de trata do exercício da profissão do Médico Veterinário; 99 estabelece competência legal para o médico veterinário realizar perícias em: animais, identificação, defeitos, vícios, doenças, acidentes e exames técnicos em questões judiciais; perícias, exames e pesquisas reveladoras de fraudes ou operações dolosas em animais inscritos em competições desportivas e em exposições pecuárias; perícias para fins administrativos, de crédito e de seguro; exames tecnológicos e sanitários em produtos industriais de origem animal. especialmente na área cível, promoveu os primeiros cursos para essa área, sob a coordenação do renomado Prof. Dr. José Maria Marlet, em Esse curso repetiu-se em 1997 e em 2000, nesse último em parceria com o CRMV-SP. O Conselho Nacional de Educação (CNE), por meio da Câmara de Educação Superior, lança mão da Resolução CNE/CES nº 1, de 18 de fevereiro de 2003, shutterstock Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

8 Medicina Veterinária LegaL na qual prevê as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em MedicinaVeterinária. Nessa, tendo em vista o disposto no art. 9º, do 2º, alínea c, da Lei nº 9.131, de 25 de novembro de 1995, e com fundamento no Parecer CNE/CES nº 105/2002, homologado em 9 de abril de 2002, estabelece como medida a ser implantada o ensino de Medicina Veterinária Legal, devido ao fato de ser necessário a esse profissional possuir habilidade para realização de Perícias (Quadro 2) CNE Quadro 2 RESOLUÇÃO CNE/CES nº1, 18 de fevereiro de Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Medicina Veterinária Art. 4º A formação do Médico Veterinário tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos para desenvolver ações e resultados (...) além das seguintes competências e habilidades gerais: XI - realizar perícias, elaborar e interpretar laudos técnicos em todos os campos de conhecimento da Medicina Veterinária; XIII - relacionar-se com os diversos segmentos sociais e atuar em equipes multidisciplinares na defesa e vigilância do ambiente e do bem-estar social; A Disciplina Medicina Veterinária Legal A disciplina Medicina Veterinária Legal tem por objetivos a abordagem dos aspectos básicos de legislação, além de mostrar as áreas de atuação da Medicina Veterinária Legal, além capacitar o profissional para nela atuar. O programa dessa disciplina deve contemplar conteúdo curricular que inclua: noções de Direito e Criminalística; Identificação e genealogia; Avaliação e identificação de animais e rebanhos; Verificação de parentesco; Tanatologia e Traumatologia Forense; Patologia Forense; Toxicologia Forense; Exames laboratoriais em perícias; Identificação de fraudes e imperícias; Arbitragem de valores e custos de produção pecuária; Inventários; Normas relativas aos produtos de origem animal e funcionamento de estabelecimentos veterinários e correlatos; Normas relativas à produção, testes, armazenamento, comercialização e controle de medicamentos de uso animal; Legislação e exames de determinação de resíduos de medicamentos em produtos de origem animal; Normas relativas ao trânsito nacional e internacional de animais; Tráfico internacional de animais; Maus-tratos aos animais e danos ao meio ambiente; Realização de exames periciais por Médicos Veterinários; Elaboração de laudos, pareceres técnicos e demais documentos judiciais e Ética em Perícias (Maiorka, et al. 2007). Especialista em Medicina Veterinária Legal O CFMV adota o seguinte conceito de especialista: especialista é o profissional que se consagra com particular interesse e cuidado a certo estudo; pessoa que se dedica a um ramo de sua profissão, com habilidade ou prática especial em determinada coisa; conhecedor; perito (CME, 2008a, p. 62). O desenvolvimento da Medicina Veterinária Legal em todo o País levou o Conselho Federal de Medicina Veterinária, em 2003, a estabelecer a Medicina Veterinária Legal como uma nova especialidade (Resoluções CFMV nº. 756, de 17 de outubro de ). O Exercício da Medicina Veterinária Legal O exercício da Medicina Veterinária Legal ocorre durante a realização de pesquisas, perícias e pareceres e geralmente as pesquisas são realizadas nas IES. Quanto às perícias e pareceres, o médico veterinário atua segundo os conhecimentos que possui e na forma em que é chamado a participar de um processo judicial. O Conhecimento Especializado Para que o médico veterinário atue em processos judiciais, ele deve comprovar que possui os conhecimentos inerentes à sua profissão, advindos do curso de graduação, por meio da apresentação de seu registro profissional junto ao Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). Existem, no entanto, casos em que os conhecimentos advindos da graduação não são suficientes para auxiliar na solução da questão judicial que se apresenta. Nessa hipótese, é preciso que o médico veterinário seja um especialista na área de conhecimento da matéria em questão (CME, 2008a, b). A partir de 2009, o médico veterinário comprova que é um especialista na área, por meio de seu registro de especialista no CFMV, de acordo com a Resolução CFMV nº 935. Detendo os conhecimentos necessários para auxiliar na solução da questão judicial, o médico veterinário pode ser chamado a participar no processo como perito ou como assistente técnico. Ele atua como perito quando é chamado ao processo pelo 8 Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

9 juiz ou autoridade policial, e atua como assistente técnico quando é contratado por uma das partes envolvidas no processo. O Perito Médico Veterinário Perito é um auxiliar da Justiça, devidamente compromissado, estranho às partes, portador de um conhecimento técnico altamente especializado e sem impedimentos ou incompatibilidades para atuar no processo (Aranha, 2004). Existem dois tipos de peritos: os peritos oficiais e os peritos louvados (São Paulo, 2007). A principal diferença entre os peritos oficiais e louvados é o vínculo empregatício com o Estado. O Estado tem a missão de disponibilizar um conjunto de peritos para atuar na esfera penal. Esse conjunto de peritos está reunido em um órgão oficial de perícia, o Instituto de Criminalística. Para integrar-se a ele, o médico veterinário, assim como qualquer cidadão que possui nível universitário, deve submeter-se a um concurso público e, se aprovado, torna-se um servidor público que exerce cargo e função de perito oficial (Aranha, 2004). Há, ainda, a figura do Médico Legista, que também adentra a carreira via concurso público, sendo essa atividade exclusiva aos Médicos que realizam atividades junto ao Instituto Médico Legal (IML). Ainda inexiste esta figura na Medicina Veterinária, sendo os exames necroscópicos, em sua grande maioria, realizados em IES, ou laboratórios privados. Ocorre que, em razão da grande demanda de exames periciais e do contínuo desenvolvimento da ciência, nem sempre o Instituto de Criminalística pode atender às requisições de exame, por não possuir peritos oficiais capacitados ou equipamentos suficientes para realizar a perícia. Nesses casos, a legislação penal prevê a nomeação de peritos louvados para atuarem no caso (CPP, artigo 159, 1º) 2. A nomeação de médicos veterinários como peritos louvados na esfera penal é relevante, posto que ela supre grave deficiência do Instituto de Criminalística na área de perícias médico legais veterinárias. A despeito da importância da atuação do médico veterinário como perito louvado na esfera penal, não há forma de o representante do Estado (Juiz de Direito ou Delegado de Polícia) que requisita a perícia, remunerar esse profissional. Por esse motivo, muitas vezes as requisições de exames periciais são direcionadas a outras instituições governamentais, tais como faculdades e órgãos especializados; mas, especialmente longe dos grandes centros, em que o acesso a essas ins- tituições é difícil, muitas vezes as requisições de exames são direcionadas a clínicas e hospitais veterinários particulares. Vale ressaltar que o médico veterinário não pode deixar de realizar o exame pericial requisitado na esfera penal, a não ser que apresente uma forte razão para tanto (artigos 277 e 278 do CPP 3 ). Na esfera judicial civil a situação é diferente. O juiz nomeia o médico veterinário para atuar como perito louvado e o remunera por esse trabalho (CPC, artigo 33) 4. Independentemente da esfera judicial, penal ou civil em que o médico veterinário atue como perito, é fundamental que ele trabalhe de forma ética e imparcial para que o juiz possa fundamentar sua sentença no laudo pericial (Aranha, 2004). Essa matéria é abordada e se encontra expressa no Código de Ética da profissão, publicado na Resolução CFMV nº 722, de 16 de agosto de 2002, sendo encontrada no Capítulo XII Das Relações com a Justiça (Quadro 3). Ademais, para que o juiz fundamente a sentença judicial no laudo pericial do médico veterinário, é necessário que ele confie nos resultados e conclusões apresentadas nesse documento judicial. Essa confiança e fé pública emanam do registro do profissional no sistema CRMV-CFMV. Quadro 3 RESOLUÇÃO CFMV nº 722, de 16 de agosto de 2002 Capítulo XII - Das Relações com a Justiça: O médico veterinário na função de perito deve guardar segredo profissional, sendo-lhe vedado: I - deixar de atuar com absoluta isenção, quando designado para servir como perito ou auditor, assim como ultrapassar os limites das suas atribuições; II - ser perito de cliente, familiar ou de qualquer pessoa cujas relações influam em seu trabalho; III - intervir, quando em função de auditor ou perito, nos atos profissionais de outro médico veterinário, ou fazer qualquer apreciação em presença do interessado, devendo restringir suas observações ao relatório. Os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária constituem uma autarquia que têm por finalidade orientar e fiscalizar o exercício da profissão de médico veterinário em todo o território nacional (artigo 13, caput, do Regulamento da Profissão do Médico Veterinário e dos Conselhos Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

10 Medicina Veterinária LegaL de Medicina Veterinária, aprovado pelo Decreto nº , de 17 de junho de 1969). O registro profissional ou de especialista no CRMV indica que o médico veterinário está sob o manto da regulamentação do CFMV, fato que confere segurança ao juiz para utilizar o laudo como prova. Assistente técnico médico veterinário Para atuar como assistente técnico em um processo judicial, o médico veterinário deve ser contratado por uma das partes envolvidas no processo. Sua função é acompanhar o processo e realizar trabalhos e pesquisas úteis à comprovação das alegações da parte contratante (Aranha, 2004; Marlet, 2009). Sendo assim, o assistente técnico deve ser uma pessoa de confiança de seu contratante. O assistente técnico não precisa ter compromisso com a imparcialidade, como ocorre com o perito. No entanto, a parcialidade do trabalho realizado por esse profissional não o libera de sua obrigação de atuar dentro dos limites impostos pelo Código de Ética Profissional (Resolução CFMV nº 722). Considerações finais A Medicina Veterinária Legal é uma especialidade que muito contribui com a sociedade, pois disponibiliza os conhecimentos médico - veterinários à Justiça, ao mesmo tempo em que oferece novas oportunidades ao profissional. Os avanços da ciência e o desenvolvimento de especialidades exigem o aperfeiçoamento constante. A isso se soma também o fato do aumento constante de demandas judiciais envolvendo animais, bem como os profissionais que atuam nesta área. Esse conjunto de circunstâncias permite concluir que há necessidade de formação específica desses profissionais para atender a essas demandas sociais. Outro fato de extrema relevância é a necessidade de formação docente adequada para introduzir e difundir o ensino da matéria em todo o território nacional. Esse é um ponto a ser explorado e normatizado em um futuro próximo. Na atualidade, a relação homem x animal, especialmente em relação aos animais de companhia, tem modificado os conceitos de ética em relação à constatação de maus-tratos contra essas espécies. O tratamento adequado dessas questões exige conhecimentos específicos e estudos que apontem soluções para essa problemática (Marlet e Maiorka, 2010). Da mesma forma em relação aos animais de produção, selvagens, exóticos e em relação ao meio ambiente (Marlet, 2011). No contexto de Um mundo uma Saúde, o Médico Veterinário a cada dia assume um papel de maior relevância. A importante atuação pode ser vista em saúde pública, pela perícia em produtos de origem animal e vigilância sanitária (Palermo-Neto, 2003). Assim como em perícias ligadas aos crimes contra a fauna (Oliveira, 2003). Nessa situação, a atuação do Médico Veterinário, quer seja no combate aos crimes contra animais selvagens, ou aos danos ao meio ambiente, é um vasto campo a ser explorado (Marlet, 2009). Por tudo que foi exposto, torna-se evidente que essas atividades desenvolvidas pelos Médicos Veterinários nessa especialidade tem um papel de suma importância, com realização de perícias que fundamentam a ação da Justiça. Notas 1. A Resolução CFMV nº 756, de 17 de outubro de 2003, foi revogada pela Resolução CFMV nº 935, de 10 de dezembro de Código de Processo Penal, artigo 159 do CPP. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 3. Código de Processo Penal, artigo 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível. Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade; b) não comparecer no dia e local designados para o exame; c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos. Código de Processo Penal, artigo 278. No caso de nãocomparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução. 4. Código de Processo Civil, artigo. 33. Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que houver indicado; a do perito será paga pela parte que houver requerido o exame, ou pelo autor, quando requerido por ambas as partes ou determinado de ofício pelo juiz. Parágrafo único - O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente a essa remuneração. O numerário, recolhido em depósito bancário à ordem do juízo e com correção monetária, será entregue ao perito após a apresentação do laudo, facultada a sua liberação parcial, quando necessária. 10 Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

11 Dados dos Autores Paulo César Maiorka Médico Veterinário, CRMV-SP 6928; Professor Livre Docente; Membro da Comissão Nacional de Ensino de Medicina Veterinária CFMV; Departamento de Patologia FMVZ /USP. Endereço de correspondência: Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, Cidade Universitária São Paulo /SP - Brasil CEP: Fone: 55(11) Fax: 55 (11) maiorka@usp.br Elza Fernandes Marlet Médica Veterinária, CRMV-SP 5765; Bacharel em Direito; Doutora em Patologia Experimental e Comparada FMVZ/USP; Perita Criminal e Professora de Criminalística do Instituto de Criminalística Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Estado de São Paulo emarlet@bol.com.br Referências Bibliográficas ARANHA, A. J. Q. T. C. Da prova no processo penal. São Paulo: Saraiva, p. BANDARRA, E.P.; SEQUEIRA, J.L. Tanatologia: Fenômenos Cadavéricos Abióticos. Revista de Educação Continuada do CRMV-SP, São Paulo, v.2, nº 1, p , 1999a. BANDARRA, E.P.; SEQUEIRA, J.L. Tanatologia: fenômenos cadavéricos transformativos. Revista de Educação Continuada do CRMV- SP, São Paulo, v.2, nº 3, p , 1999b. CME. COMISSÃO MISTA DE ESPECIALIDA- DES. Especialista quem é e quem será. Revista do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Brasília/DF, ano 14, n. 43, p , 2008a. CME. COMISSÃO MISTA DE ESPECIALIDA- DES. Foro de Especialidades em Medicina Veterinária. Revista do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Brasília/DF, ano 14. n. 45, p , 2008b. CNE, 2003: CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CES nº1/2003. Diário Oficial da União, Brasília, 20 de fevereiro de Seção 1, p. 15. Disponível em: pdf/ces pdf Acesso em: 9/5/2011. LEI Nº 5.517, de 23 de outubro de Disponível em: portal/legislacao/leis/lei_5517.pdf. Acesso em: 9/5/2011. MAIORKA, P.C., GÓRINAK, S.L., SPINOSA, H.S., PALERMO-NETO, J Universidade de São Paulo. Informações da Disciplina. USP Júpiter. Sistema de Graduação. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Patologia. Disciplina: VPT0348 Medicina Veterinária Legal. Disponível em: sistemas2.usp.br/jupiterweb/obterdiscip lina?sgldis=vpt0348&nomdi. Acesso em: 9/5/2011. MARLET, E.F.; MAIORKA, P.C. Análise retrospectiva de casos de maus-tratos contra cães e gatos na cidade de São Paulo. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci., São Paulo, v. 47, n. 5, p , MARLET, E. F. Elaboração de Laudos Periciais Médico-Veterinários: uma Análise Retrospectiva e Prospectiva p. Tese (Doutorado) Patologia Experimental e Comparada. Universidade de São Paulo. MARLET, E.F. Perícias criminais ambientais. Arquivos da Polícia Civil Revista Técnico-Científica, São Paulo, v. 51, p , MERCK, M. Veterinary forensics: animal cruelty investigations. 1 st Edtition, Ames- Iowa, Blackwell Publishing, 2007, 327p. MUNRO, R.; MUNRO, H. M. C. Animal Abuse and Unlawful Killing: forensic veterinary pathology. 1 st Edtition, London: Saunders- Elsevier, p. OLIVEIRA, M.A. A importância de perícia na elucidação dos crimes cometidos contra a fauna. Revista do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Brasília/DF, ano 9. n. 28/29, p , PALERMO-NETO, J. A questão dos resíduos de antimicrobianos em avicultura: verdade ou protecionismo europeu? Revista do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Brasília/DF, ano 9. n. 28/29, p , RESOLUÇÃO CFMV nº 722, de 16 de agosto de Disponível em: org.br/portal/legislacao/resolucoes/resolucao_722.pdf. Acesso em: 9/5/2011. RESOLUÇÃO CFMV nº 935, de 10 de dezembro de Disponível em: tal/legislacao/ resolucoes/resolucao_935.pdf. Acesso em: 9/5/2011. SAMPAIO, D. F. Crimes contra a fauna. In: TOCHETTO, D. (Coord.). Perícia Ambiental Criminal. 1. ed. Campinas, SP: Millennium, SÃO PAULO (Estado). Polícia Civil do Estado de São Paulo. Manual operacional do policial civil: doutrina, legislação, modelos. Coordenação Carlos Alberto Marqui de Queiroz. 4ª ed. São Paulo: Polícia Civil do Estado de São Paulo, Delegacia Geral de Polícia, p. Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

12 Medicina Veterinária LegaL shutterstock Elaboração de Laudo Pericial em Medicina Veterinária Introdução A perícia é um exame realizado por um especialista, com vistas ao fornecimento de subsídios técnicos e científicos que sirvam como prova e elemento de convicção para o Juiz, o Promotor, o Delegado de Polícia e os Advogados (França, 2008), que possibilita à Justiça fundamentar a decisão a ser tomada com base em avaliação criteriosa, elaborada por indivíduo capacitado, de conduta ilibada e com fé pública. Esse documento oficial deve prover as conclusões do perito sobre a perícia levada a efeito, procedidas da sua respectiva fundamentação. Segundo Marques (2000) o perito responderá aos quesitos das partes e do Juiz, com o que atingirá a perícia os seus fins e objetivos. Com a crescente demanda por perícias que envolvem animais, a saúde pública, ou o meio ambiente (Marlet, 2009; Sampaio, 2010), o Médico Veterinário vem sendo solicitado inúmeras vezes a prestar perícias, as quais estão previstas na Lei nº 5.517, de 23 de outubro de Em situações de maus-tratos, o que vem sendo bastante debatidas na sociedade atualmente onde acontece o ferimento ou a morte de animais, a participação dos Médicos Veterinários é essencial e está garantida por força de Lei. Assim como em situações em que há suspeita de erro médico, ou de erro de procedimento, em que animais estejam envolvidos a perícia por veterinário é indispensável (Marlet, 2011). Laudo Pericial e Parecer Técnico O laudo pericial e o parecer técnico são documentos utilizados como forma de diálogo entre o Médico Veterinário e a Justiça. Por esse motivo, eles devem ser redigidos em linguagem formal, utilizando, quando necessário, termos técnicos apropriados, de modo que seu conteúdo seja facilmente compreendido pelo leitor. O laudo pericial difere do parecer técnico pelas formalidades estabelecidas pelo Código de Processo Penal (CPP) para cada um deles 1. Há mais formalidades estabelecidas para o laudo pericial que para o parecer técnico, por esse motivo, trataremos especificamente da redação de laudos, e os critérios adotados para eles poderão ser adaptados para a redação de pareceres. Redação de laudos Laudo pericial é um documento oficial, elaborado por um ou mais peritos, em que deve estar descrito detalhadamente tudo o que foi examinado, os resultados obtidos, as conclusões a que chegaram, e a resposta aos quesitos formulados (Mirabete, 2008; artigo 160, caput, do CPP). O laudo tem por finalidade fornecer subsídios científicos, técnicos e artísticos, que servem como elementos de convicção para as autoridades policiais e judiciárias acerca do fato ocorrido; daí a necessidade de que as informações nele contidas sejam claras e devidamente fundamentadas (Tochetto, 2010). A clareza e a adequada fundamentação das informações apresentadas no laudo conferem a ele a credibilidade necessária para que seja aproveitado como meio de prova pela Justiça (Aranha, 2004; Capez, 2005). O valor do laudo 12 Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

13 pericial como meio de prova decorre em grande parte do fato de ele ser baseado em conhecimentos técnicos, artísticos e científicos (Espíndula, 2007). O perito também deve colher e trabalhar os dados utilizando metodologia adequada. A principal diferença entre o trabalho do perito e do pesquisador é o fato de o perito não escolher o tema, e nem a abrangência do estudo que ele deve realizar. Reis (2005) preconiza o planejamento das ações a serem desenvolvidas durante a perícia, mediante o estudo prévio do caso e o estabelecimento de condutas, baseadas em métodos científicos que induzam a um raciocínio sistemático, tal qual ocorre com a pesquisa científica. A adoção dos métodos científicos na elaboração de perícias demonstra um trabalho criterioso do perito, o que confere credibilidade ao laudo pericial, tanto frente à Justiça, como frente à comunidade científica (Marlet, 2011). Ainda segundo Reis (2005), a verdade e a justiça são alcançadas por meio da ciência. Sendo assim, a normatização dos laudos periciais pode aumentar a credibilidade do documento, uma vez que facilita a compreensão do caminho adotado pelo perito para chegar à conclusão de seu exame, bem como facilita ao perito a escolha do modo como ele pode apresentar as informações em seu laudo. Necessidade de normatização de laudos A normatização visa apresentar de forma clara e eficiente os laudos periciais médico-veterinários a serem utilizados pela Justiça, mas não como uma armadura rígida que impeça os movimentos criativos de seu autor, mas de modo a facilitar o diálogo entre o médico veterinário, a polícia e a Justiça (CREMESP; 2008; Tochetto, 2010). Há grande variedade de casos médico-veterinários legais, que ensejam laudos periciais com conteúdos bastante distintos, como nos casos de um laudo necroscópico, ou mesmo de um laudo de identificação animal ou de um produto de origem animal. Cada tipo de exame pericial enseja uma forma de laudo a ser normatizada de acordo com as necessidades específicas do caso. Este artigo aborda um tipo específico de laudo pericial: o laudo de exame necroscópico relacionado a crimes contra a fauna. No entanto, os critérios aqui apontados podem servir como ponto de partida para a redação de laudos de outras modalidades de exames periciais médico-veterinários legais. Essa abordagem não pode, contudo, prescindir da exposição do posicionamento do Instituto Médico Legal a respeito da normatização de laudos, uma vez que há longa data ele discute o tema (CREMESP, 2008), bem como do Instituto de Criminalística, órgão oficial responsável pela elaboração de perícias criminais (CPP, artigo 159), e do Departamento de Patologia da FMVZ/USP, responsável pela realização inúmeras necropsias por solicitação judicial. Posicionamento do Instituto Médico Legal A Medicina Legal está presente no Brasil desde o período colonial, mas como no final do século XIX ainda não havia peritos oficiais para auxiliar a Justiça, as perícias eram elaboradas por médicos nomeados que muitas vezes não eram especialistas na área, ocasionando a emissão de laudos imperfeitos. Em vista dessa situação, o governo federal publicou o Decreto nº , de 15/6/1903, que estabelecia normas para a conclusão de laudos de perícias médicas e sugeria a adoção de um protocolo para a realização de exames necroscópicos semelhante ao protocolo estabelecido por Rudolf Virchov, renomado patologista. O valor dessas normas foi reconhecido publicamente por nomes de grande importância, como de Locard 2 e Lombroso 3 (Marlet, 1995), mas elas ainda não foram suficientes para resolver o problema da emissão de laudos médicos imperfeitos, o que levou à edição do Decreto nº , de 30 de março de 1907, que adequava o protocolo de exames necroscópicos (Ancillotti e Prestes, 2009). Em São Paulo, o Instituto Médico Legal (IML) foi criado oficialmente em 1886, por meio da Lei nº. 18, de 7 de abril de 1886 (CREMESP, 2008; Ancillotti; Prestes, 2009). Após uma série de mudanças, o IML passou a integrar a Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) em 1998 (CREMESP, 2008). Ao ser integrado à SPTC, o IML passou a ser administrado por médicos legistas que fizeram um diagnóstico preciso da situação das perícias médicas no Estado de São Paulo: ainda não havia uma orientação técnica uniforme para a realização das perícias médicas. Sendo assim, em cada região do estado, os médicos legistas fundamentavam seus laudos em literatura científica distinta, o que resultava em laudos distintos para cada região. Ficou evidente a necessidade de normatização dos procedimentos periciais médico legais (CREMESP, 2008). Sensível à demanda dos próprios médicos legistas pela normatização de procedimentos, o Conselho Regional de Medicina (Cremesp), por meio de sua Câmara Técnica de Medicina Legal, em parceria com os peritos oficiais do Instituto Médico Legal de São Paulo elaborou o Manual Técnico-operacional para os Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

14 Medicina Veterinária LegaL Médicos-Legistas do Estado de São Paulo, editado em Esse manual tem por objetivos normatizar tanto os procedimentos como a linguagem utilizada nos laudos, a fim de melhorar a comunicação dos médicos legistas entre si, e desses com a polícia e a Justiça. Vale, porém, destacar que a normatização de procedimentos e linguagem esbarrou em divergências conceituais de autores distintos. Posicionamento do Instituto de Criminalística O Instituto de Criminalística Perito Criminal Dr. Octávio Eduardo de Brito Alvarenga (IC) da Superintendência da Polícia Técnico-Científica de São Paulo, atento à qualidade de seus laudos, elaborou manuais de procedimentos a fim de orientar os peritos criminais de todo o Estado de São Paulo, nas diferentes áreas. Esses manuais de procedimentos foram estabelecidos por diretores de núcleos do IC e pela Comissão de Planejamento Estratégico do Ceap, a partir de normas e técnicas consagradas pela Criminalística brasileira (Moraes e Monteiro, 2005; CEAP, 2009). Os procedimentos preconizados abrangem desde o exame pericial, registro de dados e coleta de amostras até a elaboração de laudos periciais. Não é possível ao Instituto de Criminalística adotar um único modelo padrão de laudo, devido à imensa variedade de perícias que elabora; mesmo entre as perícias de um mesmo tipo, como no caso do atendimento de locais de crime contra a pessoa ou de acidentes de trânsito, existe grande variedade de situações e dados a serem registrados e relatados no laudo pericial. Alguns tipos de perícia, como as realizadas em laboratórios, que adotam uma metodologia mais uniforme em seus exames, a normatização dos laudos é uma tarefa mais simples (Espíndula, 2007; Monteiro e Moraes, 2005; CEAP, 2009). Mesmo não sendo possível a adoção de um modelo rígido para a elaboração de laudos, posto que não existem dois exames periciais absolutamente iguais, os manuais de procedimentos disponibilizados pelo IC oferecem rico subsídio para todos os peritos criminais do Estado, cada um em sua região e área de atuação (Monteiro e Moraes, 2005; CEAP, 2009). Diversos autores da Criminalística propõem modelos de laudos dividindo-os em partes a fim de facilitar a apresentação de seu conteúdo. Não há consenso quanto à melhor forma de se apresentar o laudo. Mas há consenso quanto à necessidade de o laudo ser claro, preciso e coerente (Monteiro e Moraes, 2005). Sendo assim, a normatização de laudos, em qualquer área, deve procurar distribuir seu conteúdo de modo a torná-lo claro, preciso e coerente. As perícias que envolvem animais vêm sendo mais solicitadas a cada dia a esse órgão, por isso há necessidade de os laudos médico-veterinário também seguirem uma metodologia clara e normatização. Posicionamento do Departamento de Patologia da FMVZ/USP A FMVZ/USP conta com um serviço de necropsia desde os primórdios de sua criação. Seus primeiros registros datam de 1936; atualmente, esse serviço é denominado Serviço de Patologia Animal e funciona no Departamento de Patologia. Os exames necroscópicos realizados pelo serviço são requisitados a partir do Hospital Veterinário da instituição, clínicas veterinárias particulares, e por parte da Polícia Civil, entre outros. Estudo recente demonstra que grande parte desses foi solicitada pela Justiça e estão relacionados a casos de crimes de maus-tratos (Marlet & Maiorka, 2010). Os casos relacionados aos crimes de maustratos a animais têm crescido em importância e visibilidade, em função do desenvolvimento da legislação e do clamor social para a coibição dessa modalidade de crime (Marlet & Maiorka, 2010; Merck, 2007). Contudo, o aproveitamento dos laudos de exames periciais pela polícia e a Justiça depende do atendimento a formalidades legais (CPP, Livro I, Título VII, Capítulo II), e de apresentarem informações de forma clara para leitores com qualquer tipo de formação acadêmica, e não apenas para outros médicos veterinários (Reis, 2005; CREMESP, 2008). A normatização dos laudos necroscópicos de animais pode evitar a omissão de formalidades legais, bem como adequar o conteúdo e a linguagem do laudo à sua principal finalidade: fornecer subsídios científicos que sirvam como elementos de convicção para a polícia e a Justiça acerca do fato ocorrido (Tochetto, 2010). Redação de laudo pericial de exame necroscópico Ao iniciar a elaboração de um laudo pericial, há que se ter em mente que ele é um documento destinado à esfera judiciária, e deve atender às formalidades estabelecidas pela lei. Diferente de um resultado de exame laboratorial que se destina à prática médica, o laudo é um termo empregado especificamente para a esfera judicial. Na esfera judiciária penal, os dispositivos legais que tratam da elaboração de laudos são 14 Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

15 os artigos 159, 1º 4 ; 160 5, 165 6, 170 7, 176 8, e do Código de Processo Penal (CPP). Esses artigos estabelecem providências, tais como o número de peritos, que devem ser de no mínimo dois, que devem assinar o laudo, o prazo para emiti-lo, e, quanto ao conteúdo, exigem a descrição minuciosa do exame realizado, resposta aos quesitos formulados por autoridades ou partes, e aposição da rubrica dos peritos relatores em fotografias, desenhos e esquemas utilizados para ilustrar lesões em cadáveres ou materiais examinados em laboratórios. Resta uma grande margem de liberdade para o perito elaborar seu laudo, tanto no tocante à escolha da técnica pericial a ser utilizada, como no tocante à disposição do conteúdo e à linguagem utilizada (Almeida et al., 2006). Diversos autores da área criminalística sugerem formas de apresentar o conteúdo dos laudos, segundo a modalidade de perícia realizada. O cuidado de apresentar um tipo de laudo para cada modalidade de perícia vem do fato de que cada modalidade de perícia realiza exames distintos, que não podem ser descritos da mesma maneira. O laudo referente a um exame de local de maus-tratos a animais, por exemplo, apresenta conteúdo distinto de um laudo de exame necroscópico (Marlet, 2011; Tochetto, 2010). A literatura nacional sobre criminalística ainda não apresenta sugestão para a normatização de laudos de exames necroscópicos de animais. No exterior, autores como Merck (2007) e Munro & Munro (2008) abordam os cuidados a serem adotados quando da elaboração de um laudo pericial criminal em casos de maus-tratos. A proposta de um modelo de laudo para os exames de necropsia de animais não visa restringir o conteúdo do laudo pericial, ao contrário, ela visa orientar o perito quanto à forma mais clara de apresentar a perícia realizada; mas o conteúdo do laudo deve estender-se tanto quanto o perito entender necessário para alcançar uma conclusão categórica de seu exame, possibilitando, inclusive, a utilização de conhecimentos científicos recém-desenvolvidos (Reis, 2005). Ainda segundo Bandarra (2009): Ao emitir um laudo... seja por designação judicial ou... para quaisquer outras finalidades,... ter em mente que documento técnico possui valor legal e que poderá ser aprovado, contestado, ou questionado, e eventualmente rechaçado. Etapas que antecedem a elaboração de laudos As primeiras providências a serem tomadas são a constituição da equipe pericial (médico veterinário, auxiliar de necropsia, digitador, entre outros), a definição da divisão de trabalhos e a preparação dos equipamentos necessários (Reis, 2005). A equipe pericial deve ser bem integrada entre si e com os laboratórios, a fim de otimizar o exame e aumentar a qualidade do laudo pericial (Bittencourt, 2010). Nesse sentido, Reis (2005) e Merck (2007) alertam que a adoção de protocolos de remessa de amostras para os laboratórios facilita a comunicação e evita que as amostras sejam misturadas com amostras de outros casos, contaminadas ou mesmo fraudadas (Figura 1). A cadeia de custódia das amostras enviadas ao laboratório deve ser documentada e mencionada no laudo pericial (Pereira, 2010). arquivo do autor Figura 1. Frascos coletores universais podem ser usados para preservação de conteúdo, amostras biológicas ou objetos colhidos durante a necropsia a serem encaminhados para exames ou juntados ao processo. Deve haver identificação relativa à instituição proveniente, número de registro da necropsia e identificação do animal. Para preservação da cadeia de custódia devem ser acondicionadas em sacos plásticos, lacrados, e registrados com o número de lacre. Este número de lacre deve ser registrado com descrição do material contido, data, local, destinação a ser dada e assinatura de por parte de quem for retirar a amostra. A interpretação dos dados é o principal ponto de diferenciação de um resultado de um exame com finalidade de auxiliar a prática médica. Nesse tipo de resultado de exame, a linguagem técnica, ou jargão, é comumente utilizado, pois se destina a outro médico veterinário. Já no laudo, a linguagem deve ser clara e evitar o uso excessivo de jargão, tendo em vista que o leitor a quem se dirige é o Poder Judiciário. A utilização de termos que possam ser compreendidos e a defini- Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

16 Medicina Veterinária LegaL ção clara de causas e consequências relacionadas às lesões encontradas facilita o entendimento por parte dos policiais, delegados, promotores, advogados e juízes que recebem o laudo. A análise prévia do objeto de exame evita descuidos capazes de destruir vestígios. A perfeita coleta de dados relativos ao objeto de exame deve ser rápida, pois o tempo que passa é a verdade que foge 11, e deve ser completa, porque muitas vezes os dados não coletados naquele instante não podem ser recuperados posteriormente, como ocorre em exames de necropsias ou locais de crime não preservados (Monteiro e Moraes, 2005). Assim, é importante que a coleta de dados seja sistematizada e conferida, para que o perito disponha de todas as informações necessárias à sustentação de sua conclusão no laudo pericial (Reis, 2005; CREMESP, 2008). Após colhidos, os dados referentes ao exame de necroscopia devem ser descritos, interpretados e relacionados entre si. A representação dos dados por meio de anexos fotográficos (Figura 2), esquemas, análises complementares, entre outros recursos existentes, facilita a descrição dos trabalhos periciais desenvolvidos, quando da elaboração do laudo (Almeida et al., 2006; CREMESP, 2008). A somatória dos dados obtidos e interpretados encaminha para conclusão; caso isso não ocorra, o perito deve procurar sanar as dúvidas remanescentes para, então, encerrar a pesquisa e elaborar seu laudo (Reis, 2005; CREMESP, 2008). arquivo do autor Figura 2. Ilustrações por meio de fotografias devem seguir um padrão determinado pelo perito, e juntadas na forma de anexos ao laudo. Todas as imagens devem ser identificadas, conter régua, e acompanhadas de legendas com descrição do que é identificado em cada imagem, bem como assinatura do perito. Partes Constituintes de um Laudo Pericial O laudo é dividido em partes, e apresentado nesta sequência ordenada: Preâmbulo Preâmbulo é a primeira parte do laudo; nele são indicados o título do documento, hora, data e local da perícia, nome do perito relator, nome e órgão a que pertence o requisitante da perícia, a natureza da infração penal em apuração e os números que a identificam (B.O, I.P. e processo judicial). Essas informações prestam-se a situar o leitor do laudo no contexto da perícia realizada: quando, onde, por que, por quem e a quem foi solicitada a perícia em questão (Fiker, 2005). Objetivo do Exame O capítulo objetivo do exame no laudo indica a finalidade da perícia requisitada (CPP, artigo 176) 12. O objetivo da perícia é indicado na requisição de exames e orienta o trabalho do perito; por isso, ao ser transcrito para o corpo do laudo, o objetivo da perícia permite que o leitor entenda qual a finalidade do exame pericial realizado (Tochetto, 2010). As necropsias médico-legais podem ter por finalidade: identificar o cadáver; determinar a causa médica da morte; auxiliar na determinação da causa jurídica da morte; e, estabelecer a provável data da morte (Ancillotti e Prestes, 2009). De posse desse conhecimento, o patologista pode iniciar o exame necroscópico mesmo que o objetivo da perícia não esteja expresso na requisição de exames (Fiker, 2005). O objetivo da perícia pode ser expresso por meio de perguntas formuladas pelo requisitante, que recebe o nome técnico de quesitos (Almeida et al., 2006). Os quesitos indicam quais pontos a autoridade requisitante visa esclarecer com a perícia. Tratando-se de um laudo da esfera criminal, os quesitos procuram esclarecer pontos que ajudem a autoridade policial a entender e comprovar o fato que está sob investigação (Aranha, 2004). Apesar de as autoridades requisitantes disporem de liberdade para formular quesitos, é comum elas adotarem quesitos previamente formulados e próprios para cada modalidade de crime. Esses quesitos podem ser encontrados, por exemplo, no Manual Operacional do Policial Civil (SÃO PAULO, 2007). Histórico O histórico é um capítulo destinado a narrar resumidamente os fatos ocorridos, que levaram à necessidade da perícia (Fiker, 2005). Ele deve conter informações policiais e médico-legais. Pode ser feito uso e citação da cópia do documento policial de requisição, e a cópia juntada aos anexos do laudo. A inclusão de um capítulo destinado ao histórico do caso, certamente facilitará a discussão do caso pelo perito e a sua compreensão pelo leitor. 16 Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

17 Objeto do Exame Esse segmento destina-se à descrição do corpo de delito a ser examinado. Corpo de delito, no presente estudo, é o animal a ser submetido ao exame necroscópico. O animal deve ser descrito de forma minuciosa, clara, precisa e fartamente documentada, com informações acerca de sua espécie, raça, pelagem, idade, sinais particulares, tais como marcas e números, entre outras, de maneira a tornar indubitável a identificação do animal (CPP, artigo 160, caput 13 ). Dos exames O capítulo dos exames destina-se à descrição fiel e minuciosa do exame necroscópico (CPP, artigo 160, caput). Como o exame a ser descrito é complexo, o Cremesp recomenda que a descrição do exame necroscópico seja dividida em exame externo e exame interno, a fim de que todas as alterações encontradas possam ser devidamente documentadas (CPP, artigos 165 e 170; CREMESP, 2008) 14. A doutrina recomenda que, além da descrição e da ilustração dos achados necroscópicos, o laudo apresente esquemas, figuras ou outros meios disponíveis, a fim de facilitar a compreensão do leitor, inclusive no que diz respeito à localização dos achados necroscópicos relatados, ou seja, sua situação em relação ao todo, de modo semelhante ao utilizado pelo IML (Reis, 2005). Isso porque, caso o leitor não seja médico veterinário, ele pode não estar familiarizado com à nomenclatura própria utilizada pelos patologistas (Merck, 2007). Análises complementares Além do exame necroscópico propriamente dito, podem ser necessárias análises complementares (CPP, artigo 159, 7º) que permitam o seguro estabelecimento da causa mortis do animal (Tochetto, 2010). Essas análises complementares podem ser realizadas a partir de amostras colhidas durante o exame necroscópico. As amostras podem ser constituídas por tecidos animais, enviados a exame anátomo e histopatológico; por materiais extraídos por punções aspirativas enviadas para exames citológicos; conteúdo gástrico, sangue ou outros tecidos enviados para exame toxicológico. Também podem ser realizadas radiografias visando localizar fraturas e outras lesões e ainda fragmentos metálicos, que podem ter feito parte integrante de instrumentos de crime. Discussão A discussão é o capítulo do laudo em que são apresentados, e cientificamente discutidos, os elementos que servem de fundamento para a conclusão. Por isso, muitas vezes a discussão exige a utilização de vocabulário técnico pericial preciso. Na discussão, os resultados das análises complementares são colocados no contexto do exame de necropsia, de forma encadeada, mostrando o raciocínio desenvolvido pelo perito até alcançar a conclusão (Reis, 2005). Conclusão do Laudo Na conclusão o perito apresenta, de forma direta e objetiva, um resumo da discussão contida no capítulo anterior e as consequências lógicas a que chegou. Sendo assim, a conclusão pode conter mais informações que as solicitadas ao perito por meio da requisição de exame. Os quesitos contidos na requisição de exame e as respectivas respostas podem ser integrados ao capítulo Conclusão, o que facilita ao leitor a localização da informação de que necessita (Reis, 2005). Muitas vezes, o exame pericial não é conclusivo, mesmo assim, o capítulo Conclusão deve fazer parte do laudo, a fim de expressar o resultado do trabalho pericial. Caso o perito entenda que não é adequado denominar de Conclusão o capítulo de um laudo pericial cujo exame não levou a um resultado conclusivo, ele pode adotar outra denominação para esse capítulo, tal como Considerações Finais. Diversos peritos do Instituto de Criminalística adotam essa postura 15. Fecho ou encerramento No segmento Fecho é citado o número de folhas que constituem o laudo, bem como relaciona os anexos: número de fotografias, desenhos, documentos, entre outros (Fiker, 2005). Ao final, a citação do número de folhas, as quais devem ser todas rubricadas e a última assinada pelos peritos, também deve ser citada a existência de uma cópia idêntica que será guardada pelo perito. O fecho confere segurança ao laudo, pois o extravio de qualquer folha ou anexo do laudo que esteja ali relacionado, pode ser facilmente percebido (Tochetto, 2010). Anexos Anexos ao laudo podem ser desenhos, fotografias legendadas, resultados de análises complementares e quaisquer outros documentos que ilustrem ou tenham sido utilizados para a elaboração do laudo (Reis, 2005). Todos os anexos devem ser rubricados pelos peritos signatários. Outros documentos, tais como resultados de exames laboratoriais, radiografias, carteira de vacinação, entre outros, Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

18 Medicina Veterinária LegaL apesar de não fazerem parte integrante do laudo, podem acompanhá-lo como anexos, pois oferecem elementos para a fundamentação do exame necroscópico (Reis, 2005; Espíndula, 2007). Considerações Finais Quanto ao Laudo Pericial e À Medicina Veterinária Legal A normatização dos laudos periciais de exames necroscópicos pode aumentar a credibilidade desse documento, uma vez que facilita a compreensão do caminho adotado pelo perito para chegar à conclusão de seu exame. A utilização de linguagem clara, indicação de nexo de causalidade, aplicação de terminologia de patologia e traumatologia forense apropriada aumenta a credibilidade e a aceitação do laudo. Assim como a utilização de ilustrações, por meio de fotografias, esquemas e desenhos, enriquecem e auxiliam na compreensão do conteúdo a ser exposto pelo perito. O aproveitamento do laudo pelas autoridades policiais e judiciárias depende de seu valor como meio de prova (Aranha, 2004; Capez, 2005). Segundo Reis (2005), a verdade e a justiça são alcançadas por meio da ciência. A Medicina Veterinária Legal é a ciência responsável pela atuação em perícia com animais, meio ambiente, saúde pública e os produtos de origem animal. Notas 1. Código de Processo Penal brasileiro. Laudo pericial: artigos160, 165, 169, 170, 178, 179, 180, 181, entre outros. Parecer: artigos 159, 5º, II. 2. Edmond Locard ( ) formulou um princípio básico da Ciência Forense, o Princípio Troca de Locard, segundo o qual, qualquer coisa ou pessoa que entre em um local, tanto deixa como leva deste local, alguma coisa, que pode ser aproveitada pela criminalística (CASTRO JUNIOR; LISITA; MOURA; PINTO, 2009}. 3. Lombroso é um médico italiano que viveu entre 1835 e 1909 e é um dos fundadores da Criminologia. 4. Código de Processo Penal, artigo O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 5. Código de Processo Penal, artigo 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. 6. Código de Processo Penal, artigo 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados. 7. Código de Processo Penal, artigo 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas. 8. Código de Processo Penal, artigo 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência. 9. Código de Processo Penal, artigo 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos. 10. Código de Processo Penal, artigo 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo. Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente. 11. Ditado tradicionalmente utilizado pela Criminalística, de autoria desconhecida. 12. Código de Processo Penal, artigo 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência. 13. Código de Processo Penal, artigo 160, caput. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. 14. Código de Processo Penal, artigo 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados. Art Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas. 15. Fonte: Núcleo de Documentoscopia do Instituto de Criminalística. 18 Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

19 Referências Bibliográficas ALMEIDA, J. R.; AQUINO, A. R.; CONSONI, A. J.; CARVALHO, D. D.; SÉGUIN, E.; MANDILO- VICH, F. Perícia ambiental judicial e securitária: impacto, dano e passivo ambiental. Rio de Janeiro: Thex Ed., p. ANCILLOTTI, R. V.; PRESTES JR., L. C. L. Manual de técnicas em necropsia médico- -legal. Rio de Janeiro: Rubio, p. ARANHA, A.J.Q.T.C. Da prova no processo penal. São Paulo: Saraiva, p. BANDARRA, E. P. Medicina veterinária legal. In: SEMANA ACADÊMICA DA MEDICINA VE- TERINÁRIA (SACAVET), 18, 2009, São Paulo. FMVZ/USP, BIT TENCOURT, E. Cuidados na coleta, guarda e remessa de materiais para análise. In: ENCONTRO TÉCNICO DE PERITOS CRIMI- NAIS E MÉDICOS LEGISTAS. SPTC, 12, 2010, São Paulo CAPEZ, F. Curso de processo penal. 12. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p. CEAP. CENTRO DE EXAMES, ANÁLISES E PESQUISAS. Manual de Procedimentos Básicos de Laboratório. São Paulo: [s. n.], p. CREMESP. CONSELHO REGIONAL DE MEDI- CINA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Manual técnico-operacional para o Médico-Legista do Estado de São Paulo. São Paulo: CREMESP, ESPÍNDULA, A. Perícia criminal e cível: uma visão geral para peritos e usuários da perícia. 2. ed. Campinas: Millennium, p. FIKER, J. Linguagem do laudo pericial: técnicas de comunicação e persuasão. São Paulo: Liv. e Ed. Universitária de Direito, p. FRANÇA, G.V. Medicina Legal. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. MARLET, J. M. Criminologia. São Paulo: Biblioteca Policial Carvalho Franco, v p. MARLET, E.F. Perícias criminais ambientais. Arquivos da Polícia Civil Revista Técnico- -Científica, São Paulo, v. 51, p , MARLET, E. F. Elaboração de Laudos Periciais Médico-Veterinários: uma Análise Retrospectiva e Prospectiva p. Tese (Doutorado) Patologia Experimental e Comparada. Universidade de São Paulo. MARLET, E.F.; MAIORKA, P.C. Análise retrospectiva de casos de maus-tratos contra cães e gatos na cidade de São Paulo. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci., São Paulo, v. 47, n 5, p MARQUES, J.F. Elementos de direito processual penal. v.1., 2ed. Campinas: Millennium, 2000, 520p. MERCK, M. Veterinary forensics: animal cruelty investigations. 1st Edtition, Ames- Iowa, Blackwell Publishing, 2007, 327p. MIRABETE, J. F. Processo penal. 18. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, MONTEIRO, R.; MORAES, J. A. (Comp.). Manual de procedimentos básicos para atendimento em locais de crimes contra a pessoa. São Paulo: Instituto de Criminalística, p. MUNRO, R.; MUNRO, H. M. C. Animal Abuse and Unlawful Killing: forensic veterinary pathology. 1st Edtition, London: Saunders- Elsevier, p. PEREIRA, A. Normas do protocolo do CEAP e a manutenção da cadeia de custódia da prova. In: ENCONTRO TÉCNICO DE PERITOS CRIMINAIS E MÉDICOS LEGISTAS. SPTC, 12, 2010, São Paulo REIS, A. B. Metodologia científica e perícia criminal. Campinas, SP: Millennium, v. 12, 232 p. SAMPAIO, D. F. Crimes contra a fauna. In: TO- CHETTO, D. (Coord.). Perícia Ambiental Criminal. 1. ed. Campinas, SP: Millennium, SÃO PAULO (Estado). Policial Civil do Estado de São Paulo. Manual operacional do policial civil: doutrina, legislação, modelos. Coordenação Carlos Alberto Marqui de Queiroz. 4ªed. São Paulo: Polícia Civil do Estado de São Paulo, Delegacia Geral de Polícia, p. TOCHETTO, D. (Coord.). Perícia Criminal Ambiental. Campinas: Millennium, p. Dados dos Autores Elza Fernandes Marlet Médica Veterinária, CRMV- SP 5765, Bacharel em Direito, Doutora em Patologia Experimental e Comparada FMVZ/USP. Perita Criminal e Professora de Criminalística do Instituto de Criminalística - Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Estado de São Paulo Endereço para correspondência: Departamento de Patologia - FMVZ /USP Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87 Cidade Universitária / São Paulo /SP - Brasil Fone: (11) / Fax: (11) emarlet@bol.com.br Alberto Soiti Yoshida Médico Veterinário, CRMV- SP 6908, Bacharel em Direito, Mestrando em Patologia Experimental e Comparada FMVZ/USP, Perito Criminal Instituto de Criminalística Santo André /SP peritoalberto@uol.com.br Silvana Lima Górniak Médica Veterinária, CRMV - SP 3990, Professora Titular FMVZ/USP, Membro da Comissão Mista de Especialidades CFMV, Assessora para Farmacovigilância e Toxicologia Veterinária CFMV gorniak@usp.br Paulo César Maiorka Médico Veterinário, CRMV-SP 6928, Professor Livre Docente FMVZ/USP, Membro da Comissão Nacional de Ensino de Medicina Veterinária CFMV paulomaiorka.cnemv@cfmv.gov.br Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

20 Perfil Frederico Lieberknecht: É essencial ser apaixonado pelo que se faz Por Flávia Lôbo Gonçalves - Jornalista CFMV / MTB nº 4.821/DF Frederico Lieberknecht nasceu em Província de Santa Fé, na Argentina, durante a Primeira Guerra Mundial. Morou na Alemanha até os nove anos de idade, quando veio morar no Brasil. O Médico Veterinário naturalizado brasileiro, de pai alemão e mãe russa, comemora, em julho de 2012, 98 anos. Saudável, otimista e com um pique de dar inveja a muitos jovens, ele relata: conheci a solidão e a fome aos dez anos. Logo depois de perder minha mãe, deixamos (eu e minha família) a Europa para viver no Brasil. Meu pai era médico, e foi trabalhar em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul. Para que eu conseguisse estudar, ele me enviou a um internato alemão em Porto Alegre. Aos domingos, eu era o único aluno que não tinha família na cidade, e, pior, nem comida. O dinheiro era escasso. Certo dia, arranjei uma vara de pau e combinei com as empregadas da escola de deixarem os pães expostos em uma parte no jardim pela manhã para que eu pudesse pescá-los. E foram assim todos os meus domingos! Com muita luta e esforço, aprendi a ser forte. Acho que, por isso, tenho vivido muito. Acredito também que quem come pouco, como eu como, vive mais. A carreira de Lieberknecht foi incentivada por um colega cujo pai era fazendeiro. No curso de Veterinária da Faculdade de Agronomia e Veterinária do Rio Grande do Sul (UFRGS) éramos dois alunos: eu e esse meu amigo. Se eu não fosse o primeiro da turma, claro, seria o segundo, brinca Lieberknecht, com um sorriso no rosto. Sou o primeiro de três gerações de Médicos Veterinários na família. Iniciei minha carreira em clínica de pequenos animais; um filho e um neto seguiram esse caminho. Eu resolvi trabalhar em laboratório, influenciado pelo Médico Veterinário Desidério Finamor, catedrático de doenças infeccionas da UFGRS; dediquei 45 anos da minha vida à microbiologia e lecionei essa matéria em faculdades de Veterinária e Medicina. Participei da fundação da Faculdade Católica de Medicina do Rio Grande do Sul, hoje conhecida por Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, recebi também vários prêmios e homenagens. No apartamento aconchegante do Médico Veterinário, localizado no centro de Porto Alegre, Lucila Lieberknecht, 87 anos, sua companheira há 67 anos, acompanhava atenta à entrevista e, de vez em quando, interrompia-o com histórias inesquecíveis. Fala, Frederico! Conta o que você fez antes do nosso casamento. Lieberknecht respondeu: Três dias antes do meu casamento, contraí antraz por via cutânea. Eu estava injetando uma dose do bacilo em um cavalo, para produzir anticorpos, quando o animal se assustou. Tomei um banho da cultura do bacilo no rosto e nos braços. Minha preocupação imediata foi desinfetar as partes atingidas. Em seguida, voltei ao trabalho. Horas depois, quando estava fazendo sangria em outro cavalo, o professor sentiu uma picada de mosca no braço esquerdo. Vi sair da minha pele uma gota igual ao líquido que eu havia injetado no cavalo. Nesse momento, percebi que estava contaminado, recorda. No outro dia, os sintomas confirmavam as suspeitas de Lieberknecht. O braço tinha uma pústula (elevação da epiderme que contém pus), a mão estava inchada e um vergão indicava infecção. Fiz uma cauterização e tomei o soro anticarbúnculo para uso ve- Dr. Frederico Lieberknecht recebendo diploma na cerimônia de colação de grau arquivo Frederico Lieberknecht 20 Revista CFMV - Brasília/DF - Ano XVIII - nº

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