Chute É o ato de golpear a bola, desviando ou dando trajetória à mesma, estando ela parada ou em movimento.
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- Francisco Garrido Peres
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1 UI MARIA LENIR ARAÚJO MENESES Prof Esp. Leonardo Delgado FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO JOGADOR DE FUTEBOL Para uma melhor prática do futebol, faz-se necessário o conhecimento e domínio de algumas técnicas básicas, tais como: Chute; Passe; Domínio; Condução; Drible ou Finta; Proteção; Cabeceio; Tirada; Lançamento; Cruzamento; Finalização. As técnicas serão abordadas na seguinte sequência: definição e conceituação do termo, descrição da técnica e as possíveis variações e formas. Aula 05: FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO FUTEBOL Aluno: Data: / / longas sua trajetória desvia a bola do adversário impedindo a sua interceptação. - Dorso ou peito: A ponta do dedo do pé de toque deve estar apontada para o solo para que o seu dorso faça contato com a bola. - Bico ou ponta do pé: A execução desta técnica é realizada batendo-se na bola com a ponta do pé de toque. Sua trajetória não apresenta precisão. - Com Calcanhar: A execução desta técnica é realizada batendo-se na bola com o calcanhar do pé de toque. Chute É o ato de golpear a bola, desviando ou dando trajetória à mesma, estando ela parada ou em movimento. Figura 43: Chute Classificação do Chute Quanto a Trajetória - Rasteiro: deve tocar na parte de cima da bola. - Alto ou Parabólico: deve tocar em baixo da bola. - Meia altura: Deve tocar no centro da bola. Figura 45: Chutes quanto a forma de execução Quanto aos Tipos - Simples: Esse chute é batido com a parte interna ou dorso do pé. - Bate pronto: Realizado imediatamente no momento em que a bola toca o chão - Voleio: Realizado com a bola no ar. - Puxada: Esta técnica é realizada batendo na bola com o dorso do pé, lançando-a para retaguarda e por cima do jogador que a executa. - Bicicleta: quando o jogador chuta a bola no ar e de costas sobre sua própria cabeça. 14 Figura 44: Chutes quanto a trajetória Quanto a Execução - Parte interna: Esta técnica é usada para que a bola percorra distâncias curtas e com exatidão. - Parte externa: É utilizada para percorrer distâncias curtas; quando utilizada para distâncias Figura 46: Pelé realizando uma bicicleta Passe É um elemento técnico inerente ao fundamento chute, que se caracteriza pelo ato de impulsionar a bola para um companheiro, mas com objetivos diferentes.
2 Para que o passe seja bem executado devem-se observar alguns aspectos como a cabeça erguida, braços ligeiramente afastados, equilíbrio para a execução do movimento; o pé de apoio deve estar próximo da bola, facilitando o equilíbrio para a ação do pé de toque, precisão no toque, intenção e objetivo ao tocar na bola, força adequada para que a bola percorra a distância estabelecida. O passe deve ser seguro, pois qualquer erro poderá ser fatal para equipe, possibilitando ao adversário pegar uma defesa totalmente aberta e desprotegida. Classificação dos passes: - Em relação à distância: (a) curtos, até 10 metros; (b) médios, de 10 a 20 metros; (c) longos, acima de 20 metros. - Em relação à trajetória: (a) rasteiro; (b) meiaaltura; (c) parabólico; (d) alto. - Em relação ao espaço de jogo: (a) lateral; (b) diagonal; (e) paralelo. Para que o jogador possa fazer o passe, é necessário: Estar em situação de equilíbrio; Cabeça erguida para melhor visão espacial; Pé de apoio próximo à bola, facilitando o equilíbrio para a ação do pé de toque; Precisão; Intenção e objetivo; Força adequada à distância a ser percorrida pela bola; Braços ligeiramente abertos, buscando equilíbrio. Recomendações para o passe Os passes devem ser feitos o mais rapidamente possível e sempre ao companheiro mais bem colocado. Nunca deixe a bola parada. Faça passes para que a defesa contrária se movimente. Domínio ou Recepção da Bola Figura 47: Passes segundo a trajetória - Passes de habilidade: (a) com a coxa; (b) com o peito; (e) com o ombro; (d) com a cabeça; (e) com o calcanhar ou solado para trás; (f) parabólico / cavado / ganchinho. Figura 49: Recepção de Bola Para receber ou dominar (matar) a bola, podem ser usadas diferentes partes do corpo. Veja: 1. Quando a bola vem alta, ela é amortecida com um movimento de recuo da cabeça na hora do toque. 2. Quando a bola é enviada na altura do peito, procura-se amortecê-la com um movimento de recuo do peito, que forma uma concavidade, ajudada com a projeção dos braços para frente. 3. A bola rasteira, no entanto, é recebida com os pés e, dependendo da maneira como chega, pelas partes interna, externa ou pela sola dos pés. 4. Quando a bola vem numa altura média, abaixo da cintura, a recepção é feita pelas coxas. Condução de Bola É o ato de deslocar-se pelos espaços possíveis do jogo, tendo consigo o passe de bola. Ação de progredir com a bola por todos os espaços possíveis de jogo. É a maneira pela qual um atleta conduz a bola, não dando distância à mesma, protegendo-a quando acossado pelo adversário. 15 Figura 48: Passes no Futebol Figura 50: Condução de Bola
3 Classificação da condução Segundo a sua trajetória: retilínea, sinuosa, rasteiro e em suspensão. Figura 51: Tipos de Trajetórias Segundo a Forma de Execução: - Com a parte interna do pé - Com a parte externa do pé - Com o dorso (ou peito) do pé - Com o solado do pé - Com a coxa - Com a cabeça Em Relação à velocidade: - Lenta - Rápida Técnica para uma boa Condução de Bola Cabeça erguida; Bola próxima ao corpo; Coordenação em velocidade; Proteção da bola; Equilíbrio; Noção de espaço; Estar em condições de passar, finalizar ou manter a posse de bola. Figura 52: Técnica de Condução de Bola Principais Erros na Execução - Batida na bola com muita força - Toques muito altos - Corpo desequilibrado Drible ou Finta: É o ato que o jogador, estando ou não em posse da bola, tenta ludibriar o seu adversário o drible, de acordo com a sua origem inglesa (dribbling), seria a progressão com a bola. Figura 53: Drible ou Finta Entretanto, no cotidiano do futebol, o drible é entendido como a forma de ludibriar o adversário. O termo correto para a ação de desvencilhar-se de um adversário seria finta, mas, como a palavra drible tornou-se muito utilizada neste sentido, consideraremos os dois como sinônimos. Proteção É a ação em que o jogador mantém a posse de bola, objetivando protegê-la do adversário, e impedindo-o de tomar posse da mesma. Figura 54: Proteção de Bola A proteção geralmente é executada com o solado dos pés. Cabeceio É o ato de impulsionar a bola utilizando a cabeça. É importante manter os olhos abertos durante o cabeceio, para dar à bola a direção desejada. Esse gesto técnico é bastante utilizado durante o jogo e pode ser aplicado, tanto para ações ofensivas como defensivas. Figura 55: Cabeceio O cabeceio apresenta-se como uma das alternativas para a realização de outros fundamentos, tais como: passe, chute, recepção, etc. No cabeceio defensivo, a bola deve se dirigir para o alto; no ofensivo, para baixo. Muitas vezes é executado em um salto, para alcançar uma bola alta. 16
4 O cabeceio poderá ser executado parado ou em movimento, estando ou não em suspensão. Aconselha-se principalmente, o uso da testa como a região da cabeça que irá realizar o contato com a bola. Existem duas posições básicas do tronco em relação à bola, no momento da execução do gesto técnico: frontal ou lateral. Marcação Ação de impedir que o oponente direto tome posse da bola, e quando de posse da mesma, venha a progredir pelo espaço de jogo. A ação de marcar pode ser vista sob três aspectos: 1) Marcação individual: Tem como objetivo exerce a ação de marcar de forma direta a um determinado oponente. Duas são as formas de se exerce a marcação individual: - pressão parcial - pressão total 2) Marcação por espaço ou zona: As ações de marcação visam ocupar um determinado espaço ou setor da quadra de jogo. 3) Marcação mista: Combina as ações da marcação individual e a de zona. A técnica de marcar pode ser dividida em dois estágios: 1) Aproximação: Onde o jogador procura aproximar-se de seu oponente, buscando equilíbrio adequado para exerce a ação e abordagem. 2) Abordagem: Após estar em situação de bom equilíbrio, abordar o oponente buscando obter posse da bola ou desequilibrando a ação do passe adversário. Na ação de marcar individualmente, é importante que não se marque a bola após a ação de passe do oponente, e sim o seu deslocamento. Desmarcar-se Ação de se desvencilhar da marcação, procurando espaços livres para melhor receber a bola. Tirada É o principal recurso de defesa. É um recurso que o jogador utiliza para tirar a bola do adversário ou para evitar que este a receba. Tipos de Tirada - Desarme; - Interceptação; - Tranco. Desarme O jogador desarma seu adversário sendo mais veloz que este (velocidade de deslocamento e segmentos corporais), ou sendo mais forte, ou sabendo desequilibrá-lo. Esse desarme pode ser feito também antecipando a bola antes que ela chegue ao adversário. Pode ser um desarme por baixo, utilizando os pés, como pode ser feito do alto, utilizando a cabeça. Os Princípios do Desarme de Frente O jogador que desarma deve se mover para frente do adversário de posse da bola, fechando o seu caminho. Não tomar a posição com os pés em paralelo, quando estiver à frente do adversário de posse da bola. Durante o desarme, o marcador deve fazer contato com o lado interno do pé, mantendo a ponta do mesmo para fora e levantada. O joelho e o tornozelo da perna de desarme devem estar firmes para ganhar a posse de bola O jogador que desarma deve procurar transferir todo o peso do seu corpo para a frente, bloqueando o adversário. O jogador que desarma deve se posicionar sempre entre a bola e a sua meta. Possuir agressividade e determinação no desarme. Os erros mais freqüentes na realização do desarme pela frente são os seguintes: - Momento impróprio para o desarme. - Falta de determinação no desarme. - O corpo inclinado para fora durante o contato com a bola. - O peso do corpo colocado sobre o pé de desarme. - Desarmar de frente com o tornozelo afrouxado. Os Princípios do Desarme de Lado Faça o desarme de lado empurrando a bola para frente e para fora do alcance do oponente. Faça o deslize quando estiver bem próximo do adversário. Durante o desarme de lado, use preferencialmente a perna mais próxima do adversário. As tentativas de desarme resultam frequentemente em penalizações para o defensor, quando o corpo do adversário é atingido em vez da bola. São muitas as qualidades requeridas de um defensor. A habilidade de desarmar deve superar as habilidades do atacante no momento da jogada. Interceptação É o movimento por meio do qual o jogador corta o passe dirigido para o oponente. Este mesmo fundamento aparece na literatura 17
5 como os seguintes sinônimos: abafamento, amortecimento, travar ou dominar a bola. Os Princípios da Interceptação O marcador que intercepta deve possuir: percepção, agilidade, oportunismo e determinação. O marcador deve usar a perna que mais facilita a interceptação da trajetória. A atenção é fundamental durante a ação da interceptação. Tranco Tranco ou carga é o encontro dado no adversário tendo como objetivo o seu afastamento da bola, impedindo-lhe o domínio durante a disputa da posse de bola. Lançamento Chutar para um companheiro distante. O lançamento é um fundamento decisivo quando bem aplicado. Trata-se de uma modalidade de passe, assim como o cruzamento ou a assistência. Porém, com rara frequência é utilizado com eficiência. Somente jogadores com muito Controle de bola, com excepcional noção de tempo e espaço, com ótima habilidade para conduzir a bola e com força de chute podem lançar bem uma bola. Quando bem aplicada, cria ótimas oportunidades para uma boa finalização, com grandes chances de se conseguir o gol. É um dos recursos mais eficientes para romper os sistemas de marcação. Apesar de sua importância, poucos jogadores conseguem executar com eficiência esse fundamento. É difícil identificar brincadeiras, dentre as praticadas para o Futebol, que exercitem o cruzamento. Finalização Trata-se da habilidade mais decisiva do Futebol. Não importa se a finalização é feita com um cabeceio, um chute, ou até de peito ou barriga; caso se consiga marcar o gol, ela é considerada bem sucedida. O gol é o objetivo maior do jogo. Mais importante do que chutar, cabecear ou lançar é fazer o gol. Ao tentar consegui-lo, todas as demais habilidades se tornam meio. No entanto, para que a finalização seja bem sucedida, quanto mais desenvolvidas forem as outras habilidades, maiores as chances de isso ocorrer. As modalidades defensivas são mobilizadas especialmente em função de evitar a finalização do atacante. Nesse empenho, a principal peça é o goleiro. A finalização pode ser frustrada pela defesa do goleiro, pela interceptação por parte de um defensor ou pelo erro do atacante. Capacidades motoras principais presentes no ato de finalizar: equilíbrio, força de chute, velocidade de chute. 18 Figura 56: Lançamento Cruzamento É um tipo de passe, semelhante a um lançamento, feito no ataque a partir das Laterais do campo, próximo da linha de fundo. É um jogada muito importante de ataque e visa colocar o atacante em posição de marcar o gol. É preocupação constante dos sistemas defensivos anular essa jogada. Figura 57: Cruzamento
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