Contribuições de um jogo didático para o ensino de Zoologia nas aulas de Biologia

Transcrição

1 Contribuições de um jogo didático para o ensino de Zoologia nas aulas de Biologia Tânia Regina de Assis (UENP - CLM) taniassis@hotmail.com Fabiano Gonçalves Costa (UENP - CLM) fabianocosta@uenp.edu.br Priscila Caroza Frasson Costa (UENP - CLM) prifrasson@hotmail.com Jéssica Casagrande (UENP - CLM) jessikazagrande@hotmail.com Bruna Jamila Castro (UENP - CLM) bruna_jamila@yahoo.com.br Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido por uma equipe pertencente a um projeto de extensão universitária da UENP - Campus Luiz Meneghel, Bandeirantes, onde avaliamos a aplicação de um jogo denominado É o Bicho!, nas aulas de biologia de uma turma do 1º ano do Ensino Médio. O tema abordado foi a zoologia, ressaltando as características gerais e individuais que identifica os animais citados no jogo. O jogo didático foi aplicado no Colégio Estadual Afrânio Peixoto, no município de Abatiá PR. Para a elaboração do jogo, foi considerada a importância da construção de relações entre o conteúdo teórico aplicado em sala de aula com a prática aqui apresentada. A eficiência do jogo foi avaliada através da aplicação de questionário prévio e pós-intervenção do jogo e os resultados revelaram uma mudança efetiva do conhecimento do aluno sobre o tema abordado, demonstrando a eficiência desse método, que contribuiu para uma aprendizagem significativa. Palavras chave: Zoologia, Jogo didático, Ensino-aprendizagem. Contributions from a game for the teaching of zoology in biology classes Abstract This work was developed by a group belonging to a university extension project of UENP - Campus Luiz Meneghel, Bandeirante. We evaluate the implementation of a game called "It's the Bug!" in biology classes of 1st year of High School. The theme was zoology, emphasizing the general characteristics and identifying individual animals mentioned in the game. The game has been teaching applied in the State College Afrânio Peixoto, in Abatiá - PR. To build the game, was considered the importance of the relation between the theoretical and practices. The efficiency of the game was assessed by a questionnaire pre and post-intervention of the game and the results revealed an effective change of the student's knowledge about the subject, demonstrating the efficiency of this method, which contributed to significant learning.

2 Key-words: Zoology, Educational game, Teaching-learning. 1 Introdução A realidade do ensino-aprendizagem no contexto de ensino de Biologia enfrenta algumas dificuldades, dentre elas a superação do modelo tradicional de ensino. Muitos dos pesquisadores que realizam trabalhos na área da licenciatura, se preocupam e buscam meios para contribuir com a melhoria da educação, utilizando abordagens diferenciadas de ensino. Este trabalho propõe uma metodologia pedagógica para diversificar a rotina de sala de aula para a disciplina de Biologia, no Ensino Médio, utilizando o jogo didático como estratégia de ensino, demonstrando como o jogo pode colaborar na aprendizagem escolar e ser instrumento de avaliação. Além disso, este trabalho gera uma integração dos novos conceitos trabalhados no Ensino Superior com os conceitos abordados pelos professores da rede pública de Educação Básica, dando subsídio para que os alunos exerçam sua cidadania. O processo de ensino-aprendizagem, nas aulas de Biologia vem sendo alvo de problemáticas do ensino tradicional, onde a realidade das escolas brasileiras de hoje não parece estar muito distante dos métodos de ensino do passado, de forma que, os educadores lecionam suas aulas apenas por meio de transmissão de informações, onde o aluno se torna passivo, sendo apenas um receptor. Segundo Paulo Freire (1987), a educação se torna um ato de depositar, em que os alunos são os depositários e o professor o depositante. Em lugar de comunicar-se, o educador faz comunicados e depósitos que os estudantes recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção bancária da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos alunos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los. Sabemos que uma das finalidades do sistema educacional é proporcionar aos futuros cidadãos capacidades de aprender, para que sejam aprendizes mais flexíveis, eficazes e autônomos (POZO, 2003). Partindo desta premissa e, na expectativa de reverter os problemas que afligem a área de educação, acreditamos que a implementação de novas práticas educativas, dentre as quais se destaca o uso de estratégias de ensino diversificadas, possam auxiliar na superação dos obstáculos (PEDROSO, 2009).

3 Na visão moderna da educação, aprender brincando torna-se parte integrante da ação educadora por prover o emprego do elemento lúdico como forma de atrair a atenção do aprendiz, convidando-o a experimentar um universo contextualizado ao objeto epistêmico em consideração. Dessa forma, foge-se da abordagem instrucionista (FILHO, 2007). Os jogos e as brincadeiras são elementos muito valiosos no processo de apropriação do conhecimento. Permitem o desenvolvimento de competências no âmbito da comunicação, das relações interpessoais, da liderança e do trabalho em equipe utilizando a relação cooperação/competição em um contexto formativo (BRASIL, 2006). Segundo Brenelli (1996), o jogo é uma atividade importante na educação de crianças, pois permite o desenvolvimento afetivo, motor, cognitivo, social e moral e a aprendizagem de conceitos. Além disso, considera que os jogos, ainda que indiretamente, permitem uma aproximação ao mundo mental da criança, pela análise dos meios e pelos procedimentos utilizados ou construídos durante sua realização. O ensino de Biologia, em especial a disciplina de ecologia, é fundamentado em livros didáticos com imagens e algumas poucas informações de animais dos quais a maioria não faz parte da realidade dos alunos. O professor deve ser capaz de não somente instruir os alunos sobre assuntos abordados nos livros, mas também instigar, despertar curiosidade, desafiar o intelecto, educando-os cientificamente, para que assim executem atividades que não estão presentes em seu cotidiano de forma consciente, construindo um saber científico (SILVA et al., 2009). Os animais despertam grande curiosidade nas crianças. Assim como tantos outros seres vivos, os animais destacam-se entre os componentes do ambiente, o estudo de suas características como o habitat, a reprodução, a locomoção ajuda a compreender o processo do ciclo vital dos animais. Perante a preocupação frente à educação, o jogo lúdico aqui apresentado procura contribuir com os materiais didáticos que instrumentalizem os educadores em ações que possuem o objetivo conhecimento da fauna. A utilização desse jogo didático proporciona aos alunos conhecer mais sobre os traços evolutivos dos animais, não apenas pela forma divertida e prazerosa, como pelo aspecto da aprendizagem, onde os alunos interagem uns com os outros assimilando

4 melhor a disciplina. Segundo Maluf (2006), a incorporação de brincadeiras, jogos e brinquedos na prática pedagógica pode desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para a ampliação da rede de significados construtivos tanto para crianças como para os jovens. A brincadeira, em seu todo, é um período de aprendizagem significativa para o aluno, independente de onde ocorra. Na escola, o trabalho com o lúdico pode ser feito de forma a reconhecer as atividades da infância, despertando interesses, e como tentativa de estudar os assuntos de modo mais agradável. A proposta de fazer aulas dinâmicas para o ensino de zoologia nas aulas de biologia, com a utilização de jogos lúdicos, ajuda os alunos assimilar o conteúdo aplicado ao jogo, de forma onde eles compreendem a ampla diversidade de espécies existentes e de suas características e particularidades que os definem como sendo, por exemplo, de um mesmo filo e/ou classe. O presente trabalho teve o objetivo de divulgar a eficiência da prática docente por meio de um jogo didático chamado É o bicho!, que abordava o Filo Chordata e seus três subfilos, compreendendo os urochordata, cephalacordata e vertebrada, dentre estes, as classes dos peixes, repteis, aves e mamíferos. 2 Procedimentos Metodológicos O presente trabalho foi desenvolvido no Colégio Rui Barbosa, no município de Abatiá- PR, no mês de setembro de 2010, onde atendemos uma turma do 1º ano do Ensino Médio, com 27 alunos. O kit didático-pedagógico sobre o conteúdo de zoologia denominado É o Bicho! trabalhou conceitos e características dos animais de uma maneira divertida e objetiva, a fim de chamar a atenção dos alunos sobre o tema abordado. Para avaliar a mudança de conceitos dos alunos, foram aplicados um questionário prévio, e outro após a intervenção do kit, para que assim fosse possível quantificar os resultados obtidos. Para a aplicação do jogo didático a sala foi organizada de forma que as carteiras foram agrupadas duas a duas. Os alunos se dividiram formando duplas, sentando-se um de frente para o outro, sendo separados por uma divisória (Fig. 1) que não permitia um participante visse as cartas do adversário. Cada lado da divisória possuia uma cor

5 diferente (roxo e laranjada) que correspondia com o verso da carta e definia a cor do participante no jogo. Nesta divisória havia um local onde deveria ser colocada a carta que o participante escolheu para ser descoberta pelo seu concorrente. O kit didático-pedagógico se constituía por um jogo de 56 cartas, sendo que cada integrante da dupla possuía 28 cartas (Fig. 2), e por tanto cada participante continha as mesmas cartas. Cada carta trazia 11 informações e características sobre um animal especifico de acordo com o Filo Chordata e seus três subfilos, compreendendo os Urochordata, Cephalacordata e Vertebrada, e dentre estes as classes dos peixes, repteis, aves e mamíferos. As características apresentadas nas cartas eram: a presença ou ausência da notocorda, fendas branquiais e tubo nervoso dorsal; a constituição do sistema esquelético; o tipo de habitat, locomoção e revestimento; o habito alimentar; o desenvolvimento embrionário; e alguma particularidade. Para iniciar a partida, cada participante deveria escolher uma carta, e encaixá-la na divisória, para que seu adversário a descobrisse. Os dois participantes jogavam juntos, de forma que cada um fazia uma pergunta intercaladamente do tipo O habitat é terrestre?, e o adversário poderia responder apenas sim ou não para cada pergunta, seguindo as regras do jogo. A cada jogador era permitido o questionamento de no máximo oito perguntas, sendo que a oitava deveria ser sobre a particularidade do animal. Durante a partida, após a resposta do participante, as cartas não condizentes com as perguntas feitas, eram viradas para baixo, restando em cima da mesa apenas a(s) carta(s) que continham as características que respondiam as perguntas realizadas. Por exemplo, O habitat é terrestre? com a resposta sim todas as cartas com animais de habitat terrestre deveriam permanecer viradas para cima, ou seja, continuavam no jogo. Porém, as que possuíam animais que não correspondiam a esse habitat eram viradas para baixo e, portanto saiam do jogo naquela partida. No final, após a oitava pergunta cada jogador deveria dizer qual o nome do animal escolhido pelo seu concorrente, marcando um ponto o jogador que acertasse a carta selecionada pelo seu adversário. No final de cada rodada, as cartas que foram descartadas voltavam ao jogo, para pudessem recomeçar uma nova partida.

6 O término do jogo era determinado pelo tempo, ou seja, a duração de uma hora/aula. Vencia o jogador que ganhasse o maior número de partidas corresponde aos acertos de características dos animais. No anexo 1 estão as imagens de todas as cartas que compunham o jogo. Figura 01: Divisória do jogo É o Bicho! e algumas cartas. Figura 02: Exemplo de uma carta que compõe o jogo É o Bicho! 3 Resultados e discussão Para avaliar a eficiência desta prática de ensino foram aplicados dois questionários idênticos, compostos por 9 questões de múltipla escolha sendo que cada pergunta possuía 4 alternativas com apenas uma correta. Os alunos responderam os

7 questionários antes e após a intervenção do kit didático. As questões abordavam temas sobre as características gerais e específicas dos animais do Filo Chordata. A primeira questão abordava o seguinte assunto: O reino Animália é formado pelos seres conhecidos popularmente como animais. Qual é o nome do Filo mais desenvolvido deste reino? a) Filo Mollusca; b) Filo Arthropoda; c) Filo Chodata; d) Filo Monera. A alternativa c era a considerada correta. No questionário prévio 55,5% assinalaram a alternativa correta, enquanto no questionário pós a intervenção do kit didático a porcentagem de acertos foi de 81,5%. A relação das porcentagens de todas as alternativas estão referidas nos gráficos 01 e 02. Gráfico 01: Percentual das alternativas Gráfico 02: Percentual das alternativas A segunda questão trazia a seguinte pergunta: O Filo Chordata é subdividido em 3 subfilos, quais são eles? a) Urochordata, Invertebrada e Vertebrata; b) Urochordata, Cephalochordata e Vertebrata; c) Vertebrata; Invertebrada e Hemichordata; d) Vertebrata; Invertebrada e Cephalochordata. A alternativa considerada verdadeira era b. No questionário prévio 25,9% responderam corretamente, e no questionário pós a porcentagem do número acertos foi de 62,9%. Os resultados obtidos de cada alternativa se encontram no gráfico 03 e 04.

8 Gráfico 03: Percentual das alternativas Gráfico 04: Percentual das alternativas Na terceira questão era abordado o seguinte tema: Quais das características abaixo, estão presentes em todos os Cordados (Filo Chordata), em pelo menos uma das fases de suas vidas? a) Fendas branquiais, cauda pós-anal e pelos; b) Tubo nervoso dorsal, fendas branquiais, pelos e ossos; c) Notocorda, tubo nervoso dorsal, fendas branquiais e cauda pós-anal; d) Notocorda, tubo nervoso dorsal, cauda pós-anal e ossos. A reposta c foi adotada como correta. No questionário pré 11,1% dos alunos assinalaram corretamente. Ao passo que, no questionário pós, 55,5% optaram por essa alternativa. Segue abaixo, no gráfico 05 e 06 com as porcentagens obtidas de todas as respostas. Gráfico 05: Percentual das alternativas Gráfico 06: Percentual das alternativas A quarta questão tratou do seguinte tema: Assinale a alternativa que possui os respectivos exemplos de animais do Filo Chordata e seus subfilos Urochordata, Cephalochordata e Vertebrata. a) Ascídias, anelídeos e homem;

9 b) Ascídias, anfioxo e homem; c) Anfioxo, anelídeos e cachorro; d) Anfioxo, lampreia e peixe. A opção b era tida como correta. No questionário prévio 18,2 % responderam corretamente a questão. Enquanto na pós-aplicação, houve um acréscimo no número de acertos para 40,7%. As demais porcentagens estão dispostas no gráfico 07 e 08. Gráfico 07: Percentual das alternativas Gráfico 08: Percentual das alternativas A questão de número cinco retratou o seguinte assunto: O subfilo Vertebrata, que faz parte do Filo Chordata, possui 7 classes de animais viventes. Quais são elas? a) Agnatos (peixes sem mandíbulas), Condrictes (peixes cartilaginosos), Osteíctes (peixes ósseos), Anfíbios, Répteis, Aves e Mamíferos; b) Moluscos, Anelídeos, Anfíbios, Peixes, Répteis, Aves e Mamíferos; c) Ascídias, Anfioxo, Lampreia, Moluscos, Anelídeos, Nematóides e Peixes; d) Moluscos, Condrictes (peixes cartilaginosos), Osteíctes (peixes ósseos), Anfíbios, Répteis, Aves e Mamíferos. Nesta questão, a alternativa dita como verdadeira foi a a. Pode-se observar um aumento no número de respostas assinaladas corretamente, entre os questionários prévios e pós a intervenção do kit, que passou de 14,8% para 85,2%. Para as demais porcentagens consulte os gráficos 09 e 10.

10 Gráfico 09: Percentual das alternativas Gráfico 10: Percentual das alternativas Na sexta questão foi realizada a afirmativa: Assinale a alternativa que contém apenas animais do Filo Chordata: a) Minhoca, abelha, sapo e gavião; b) Ascídias, aranha, água-viva, cobra e cachorro; c) Anfioxo, sapo, tartaruga, baleia e homem; d) Lampreia, baleia, urso, estrela-do-mar e gato. Para esta questão, considerava-se a alternativa c como opção correta. Obtivemos no questionário prévio um percentual de 18,5% de assimilação. Ao passo que, no questionário pós-aplicação a porcentagem de acerto foi de 66,6%. Nos gráficos 11 e 12 estão expostos os demais resultados. Gráfico 11: Percentual das alternativas Gráfico 12: Percentual das alternativas A sétima questão trazia o seguinte enunciado: É um animal do Filo Chordata classificado como Urocordado: a) Lampreia; b) Anfioxo; c) Ascídia;

11 d) Lagarto. A opção correta para esta questão foi considerada a c. Pudemos perceber que no questionário prévio 22,3% dos estudantes responderam corretamente. Por outro lado, no questionário pós o percentual de acertos correspondeu a 48,2%. Segue abaixo, os gráficos 13 e 14 com as porcentagens restantes. Gráfico 13: Percentual das alternativas Gráfico 14: Percentual das alternativas A oitava questão, os conhecimentos dos alunos foram avaliados por meio da pergunta: Qual dos animais abaixo é classificado como Cefalocordado (Filo chordata)? a) Lampreia; b) Anfioxo; c) Peixe; d) Cobra. No questionário prévio os alunos obtiveram um percentual de acerto equivalente a 25,9%, correspondente a alternativa b considerada correta. Enquanto que, no questionário pós-aplicação do kit a porcentagem de respostas corretas foi de 44,5%. As demais porcentagens estão apresentadas nos gráficos 15 e 16. Gráfico 15: Percentual das alternativas Gráfico 16: Percentual das alternativas

12 Para finalizar, na nona questão perguntávamos aos alunos: Quais os animais do Filo Chordata classificados como Vertebrados? a) Lampreia, tubarão, sapo e homem; b) Anfioxo, avestruz, sapo, homem; c) Feiticeira, tubarão, lagartixa e homem; d) Caramujo, tubarão, sapo e cão. Nesta última questão a alternativa avaliada como verdadeira foi a a. No questionário antes a intervenção do kit o resultado nos mostra uma porcentagem de 33,3%, de acertos. Enquanto que, após a aplicação do kit, este percentual foi de 44,5% de alternativas assinaladas corretamente. Os demais resultados estão dispostos nos gráficos 17 e 18. Gráfico 17: Percentual das alternativas Gráfico 18: Percentual das alternativas Visto os resultados obtidos acima, podemos afirmar que a utilização desta metodologia de ensino foi efetiva e benquista pelos estudantes, uma vez que, foi possível verificar aquisição de novos conceitos por parte dos alunos após a aplicação do jogo didático. Neste contexto, a presente prática pedagógica, por ser de caráter lúdico, pode ser considerada uma forte aliada dos professores que queiram deixar suas aulas mais interessantes, divertidas e prazerosas. Segundo Souza (2007), o professor deve transpor o ensino tradicional e a realidade social em que vivemos, tornando mais colorido, saboroso e vívido aquilo que ele se propõe a fazer. O lúdico quando usado adequadamente torna isso possível. Seguindo este contexto, outro fator que favoreceu a aquisição e assimilação do conteúdo pelos alunos, foi o fato do kit proporcionar um ambiente descontraído e dinâmico onde houve interação entre os alunos, ampliando seus conhecimentos e adquirindo novas informações sobre os animais apresentados pelo

13 jogo. Durante a atividade proposta os alunos se mostraram dispostos e motivados a aprender, reforçando o quão importante é a aplicação de jogos lúdicos em sala de aula. 4 Conclusão O jogo didático sobre zoologia denominado É o Bicho! pode ser utilizado como metodologia na fixação, assimilação e revisão de conteúdos na disciplina de Biologia, no 1º colegial do Ensino Médio, uma vez que motiva os alunos ao aprendizado. Através de um ambiente descontraído, tal prática de ensino favoreceu a motivação intrínseca e o raciocínio. Assim, consideramos que uma atividade diferenciada, como jogos lúdicos semelhantes ao aqui apresentado, possuem grande potencial educativo para os alunos. 5 Referências AGLI, B. A. V. D.; Brenelli, R. P. O jogo descubra o animal : um recurso no diagnóstico psicopedagógico BRASIL. Orientações Curriculares para Ensino Médio: Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias / Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Acesso em 06/04/2011. BRENELLI, R. P. O jogo como espaço para pensar: a construção de noções lógicas aritméticas. Campinas: Papirus MALUF, A.C.M. Atividades lúdicas como estratégias de ensino prendizagem em: Acesso em: 22 de outubro de PEDROSO, Carla Vargas. Jogos didáticos no ensino de biologia: uma proposta metodológica baseada em módulo didático Disponivel em: Acessado em: 22 de outubro de FILHO, J. W. S.; Brito, C. E. N.; Santos, C. L.; Alves, A. C. M.; Schneider,H. N. Jogo Tartarugas: Objeto de Aprendizagem na Educação Ambiental Acessado em: 24 de outubro de FONSECA, André Azevedo da. O método Paulo Freire no ensino de Jornalismo. Universidade de Uberaba (Uniube) MG. Acessado em: 12/04/2011. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido Acesso em 24/03/2011. PIAGET, J. (1996). As formas elementares da dialética (F. M. Luiz, Trad.). São Paulo: Casa do Psicólogo. (Original publicado em 1980), p POZO, Juan I. Aprendizagem de conteúdos e desenvolvimento de capacidades no ensino médio. In: Coll, César et.al. Psicologia da aprendizagem no Ensino Médio. Rio de Janeiro: Editora SILVA. G.S et al. Ensino provocante: práticas de ensino - investigativas no processo de ensino aprendizagem em ciências naturais e suas tecnologias nas séries iniciais do ensino fundamental.

14 Congresso Internacional de Educação de Ponta Grossa, Ponta Grossa, SOUZA, I. L. G. A formação do professor numa perspectiva lúdica-inclusiva: uma realidade possível? f. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, Disponível em: Acesso em: 23 de março de 2011.