Licenciamento ambiental: a construção de um novo cenário
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- Joana Prada Sá
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1 Licenciamento ambiental: a construção de um novo cenário Axel Grael 2008
2 Licenciamento ambiental É uma exigência legal e uma ferramenta do poder público para o controle ambiental de atividades potencialmente poluidoras. É concedido pelo Órgão Ambiental competente (IBAMA, Feema ou Municípios) É um processo permanente: implantação e operação SLAP - instituído pela Feema em 1977 (Decreto 1.633) Axel Grael 2008
3 Importância do licenciamento Ordenamento Adequação tecnológica Evita externalidades: concorrência com ética ambiental Processos participativos: instrumento de cidadania É UM INSTRUMENTO DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA SOCIEDADE!!!!
4 Quais atividades industriais dependem de licença ambiental? Indústrias de transformação Extração mineral Unidades de geração, distribuição e transmissão de energia elétrica Estações de rádio-base do sistema móvel celular Rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos Cemitérios Projetos de urbanização Projetos de parcelamento do solo para fins de assentamento rural
5 Quais atividades não-industriais dependem de Licenciamento Ambiental? Barras, embocaduras, barragens, diques, canais de drenagem, etc. Postos de abastecimento de combustíveis Oficinas de manutenção de veículos Atividades agropecuária e agrossilvopastoril Cultivo de cana de açúcar pelo método de irrigação por aspersão Projetos de silvicultura - plantio de espécies florestais com a finalidade de corte Prestação de serviços de natureza industrial em unidades de terceiros
6 Como se faz o licenciamento? Axel Grael Feema, 2007
7 Procedimentos Caracterização e qualificação do empreendedor Enquadramento legal da atividade (modalidade de licenciamento: EIA/RIMA, RAS, Análise de Risco, etc.) Contextualização local e regional (uso do solo) Análise tecnológica e/ou de procedimentos do empreendedor Axel Grael 2008
8 Procedimentos Identificação de conflitos Cumulatividade e sinergia entre impactos Comparação entre cenários (com e sem o empreendimento) Capacidade de suporte LP, LI, LO: acompanhamento, renovação Axel Grael 2008
9 Critérios locacionais Zoneamentos e legislação de uso do solo Impedimentos ou restrições legais: entorno de unidades de conservação, etc. Conflitos com outros usos Infra-estrutura Bacias Hidrográficas e Bacias Aéreas Axel Grael 2008
10 Bacias hidrográficas Axel Grael 2008
11
12 Gestão de Bacia Aérea Fontes fixas de emissão
13 Problemas
14 Problemas do licenciamento Virou check-list de políticas públicas Defasagem com o planejamento: meio ambiente no final do processo Lei de crimes ambientais Ênfase no comando e controle Lógica burocrática Estereótipos expectativas - conflitos
15 Feema: estereótipos Muito Pouco Procedimentos muito complexos e lentos Postura rigorosa (Radical) Exigência fora da realidade das empresas Procedimentos muito burocráticos Comprometida: influência política na decisão Excesso de expectativa Pouco transparente: mais prazos Conivente (libera tudo) Pouco compromisso com a inovação tecnológica De uma forma ou de outra: vilã Falta controle (TCE, Auditoria, MP) Falta de compromisso político com o governo Faltam meios. Poderes são limitados
16 A percepção empresarial 85,1% das empresas se relacionaram com órgãos ambientais 68,8% destes disseram que enfrentaram problemas 66,9% reclamam da morosidade 52% se queixam dos custos impostos pelo licenciamento 42,6% alegam dificuldade de atender os critérios técnicos do órgão ambiental. Fonte: estudo CNI Axel Grael Feema, 2007
17 Principal crítica empresarial ao licenciamento ambiental Fonte: Jackson Carvalho Guedes Demora no licenciamento ambiental causaria perdas de US$ 16 bilhões e impedem 400 mil novos empregos todos os anos no Brasil. Axel Grael Feema, 2007
18 O problema na visão do órgão ambiental Projetos mal elaborados: 70% dos projetos são aperfeiçoados durante o processo de licenciamento Atitude defensiva perante o rigor da legislação (burocracia) Excesso de expectativa em torno do licenciamento Crescente judicialização Axel Grael 2008
19 Buscando soluções Enfrentando a burocracia: Medidas administrativas imediatas
20 Mudanças no cenário nacional Regulamentação do Artigo 23 Mudanças institucionais MMA Estados Municípios Conama
21 Mudanças no cenário estadual
22 Novo modelo institucional SEA FEEMA SERLA IEF INEA
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24 Desburocratização da Feema: 7 portarias Ação Objetivo Ganho Protocolo Único Simplificação do requerimento de Licenças Simplificação no requerimento de licenças com EIA/RIMA Processo digital Integrar os procedimentos de protocolo nas três vinculadas Evitar etapas administrativas desnecessárias Evitar etapas administrativas desnecessárias Otimizar procedimentos, permitir que mais de um técnico instrua o processo concomitantemente O empreendedor não precisa mais abrir 3 procedimentos,bastando apenas um protocolo. 25 dias de redução de prazos, em média Redução no prazo de tramitação em cerca de 45 dias Redução de prazos, transparência, segurança, qualidade. RESULTADO FINAL Redução total de cerca de 40 % do tempo potencial de tramitação
25 Processo Digital Implantado desde 15 de setembro Redução no prazo de tramitação do processo Instrução do processo não precisa ser seqüencial: mais de um técnico podem interagir concomitantemente Processo não precisa ser transportado fisicamente
26 Prazos possíveis (?) LP com EIA-RIMA: 180 dias LP com RAS: 120 dias LP simples: máximo 90 dias LI: 30 dias LO: 30 dias Renovação de LO: 10 dias
27 Licenciamento em outros países Experiências muito diversificadas Normalmente licenças em etapa única Licenças para cada tipo de impactos Prazos variados mas entre 6 e 12 meses (casos de 8 anos) Menos burocrático (menos exigência de documentos) Tendência auto-declaratória
28 Tipos de Licenças emitidas no Estado de Washington Agricultural Burn Permit Air Operating Permit Air Quality Notice of Construction (NOC) Permit Land Clearing Burning Prevention of Significant Deterioration (PSD) Air Quality Permit Radioactive Air Emission License to Operate New Facility or Modification of an Existing Source Radioactive Air Emission Approval to Construct Radioactive Air Emission Exemption from Approval to Construct and License to Operate Radioactive Air Emission Modification/Revision Approval to Construct
29 Licenciamento no Tennessee Work that Occurs in or Near Water Projects involving Water Use Projects for Public Water Supply Projects that produce a Discharge To Ground or Surface Water Projects that could impact Air Quality Projects dealing with Solid/Hazardous Waste Projects dealing with Radioactive Materials Projects impacting Land Resources Projects impacting Natural Resources
30 Licenças do Maryland Department of the Environment Air and Radiation Management Administration: 17 tipos de licenças Waste Management Administration: 19 tipos Water Management: 26 tipos Total: 70 tipos de licenças
31 Demora para a emissão de uma licença Dinamarca (Indústria farmacêutica): 9 a 12 meses. Missouri: 184 dias: +/- 6 meses (incluindo Missouri: 184 dias: +/- 6 meses (incluindo audiências públicas). A cada solicitação de novas informações a contagem de prazo é interrompida.
32 Duração de Licenças Ambientais OHIO EPA: Licenças para pequenas atividades em revisão ATUALMENTE: primeira renovação após um ano e depois renovação a cada 5 anos. Empresas reportam emissões a cada 3 meses MUDANÇA: Renovação de licenças a cada 10 anos. Relatórios anuais.
33 Licenciamento Ambiental: um cenário em transição Axel Grael Feema, 2007
34 Desafios de um novo cenário Responsabilidade partilhada: desconcentração no próprio órgão outros órgãos do Sisnama outras instâncias licenciadoras: Bacias Hidrográficas Rapidez, qualidade, participação, confiabilidade Participação e transparência Financiamento Atualização tecnológica
35 Política ambiental do futuro Superar o estado-centrismo e o comando/controle Avaliação estratégica, sinergia entre agendas Ênfase na resolução de conflitos: compensações ambientais Auditorias e auto-controle Ênfase na poluição acidental, fontes não pontuais, emissões fugitivas Sofisticação das políticas: planos global e local
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