Aula-8Gasometria Arterial. Profª Tatiani
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- Jonathan Gil Salazar
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1 Aula-8Gasometria Arterial Profª Tatiani
2 Gasometria Arterial A gasometria arterial é um exame invasivo que mede as concentrações de oxigênio, a ventilação e o estado ácido-básico. Tipicamente, os valores gasométricos são obtidos quando o quadro clínico do paciente sugere uma anormalidade na oxigenação, na ventilação e no estado ácidobásico. *BIOSSEGURANÇA
3 Os achados da GA testam a eficácia de: Ventilação através da mensuração do PaCO2( dióxido de carbono no sangue arterial) e; Difusão e oxigenação através da medição da PaO2( oxigênio no sangue arterial).
4 COLETA DA AMOSTRA BRAQUIAL é uma importante artéria, e que assegura o principal suprimento sangüíneo para o braço, termina aproximadamente um centímetro distal à articulação do cotovelo. RADIAL artéria radial começa cerca de um centímetro distal à prega do cotovelo antebraço e termina ao nível do meio da palma da mão
5 ULNAR Artéria ulnar começa imediatamente distal à prega do cotovelo, irriga os músculos mediais no antebraço e na mão e o nervo ulnar. FEMORAL Artéria em continuação direta com a artéria ilíaca externa, percorre a face ântero-medial da coxa, e na fossa poplítea prossegue com nome de artéria poplítea.
6 Tibial a dorsal do pé é a continuação direta da artéria tibial anterior, irriga através de seus ramos as artérias társicas (lateral e mediais), arqueada e seus ramos (metatársicos dorsais e digitais dorsais), e a região dorsal do pé.
7 Material : para preparo e a Coleta Seringa ; solução aquosa de heparina ( 1:1000), agulha, algodão com álcool, gazes, luvas, tampa de borracha para o corpo da seringa ou protetor de borracha para a agulha, etiquetas, formulário para solicitação de exames de laboratório, curativo e solução de lidocaína a 1% (opcional). OBS: para cada coleta utilizar apenas uma quantidade aproximadamente de 0,1 ml de heparina no interior da seringa.
8 A TÉCNICA TESTE DE ALLEN Existe a possibilidade de que a punção da artéria radial possa ocluir a circulação arterial da mão. Por isso é importante a avaliação colateral da mão pela artéria ulnar através do Teste de Allen antes de cada punção da artéria radial.
9 A TÉCNICA: Peça para o paciente fechar a mão fortemente formando um punho. Força-se assim a saída do sangue da mão. Usando os seus dedos indicador e médio de ambas as mãos, palpe as artérias ulnar e radial. Comprima e obstrua o fluxo do sangue em ambas as artérias enquanto o paciente abre parcialmente e fecha a mão 4 a 5 vezes. Mantenha a mão do paciente com a palma para cima. Esta deverá aparecer esbranquiçada.
10 Reduza a pressão na artéria ulnar enquanto observa a cor da palma, dedos e em especial o polegar. A mão e os dedos deverão ficar preenchidos dentro de 10 a 15 segundos se a circulação ulnar for adequada. Se a mão permanecer esbranquiçada, a circulação não é adequada nessa mão( teste de Allen negativo) e a punção da radial não deve ser ai realizada. Se a cor é retomada( teste de Allen positivo), a punção da artéria radial pode ser efetuada em segurança.
11 TÉCNICA PARA PUNÇÃO ARTERIAL orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado; lavar as mãos e colocar luvas; realizar antissepsia para evitar introdução de flora de pele potencialmente infecciosas no vaso sangüíneo durante o procedimento; palpar a artéria usando os dedos indicador e médio de uma das mãos;
12
13 segurar a agulha com o bisel para cima, inclinado num ângulo de 30 a 45 graus, na punção da artéria; - perfurar a pele e a parede arterial com apenas um movimento, obedecendo ao sentido da artéria; - não puxar o êmbolo para trás porque o sangue arterial deve entrar automaticamente na seringa;
14 após coletar a amostra, pressionar o local com algodão ou compressa durante 5 minutos ou até 10 minutos em caso do paciente estiver em terapia anticoagulante; verificar se a seringa apresenta bolhas de ar e, caso possua deve-se removêlas ejetando lentamente uma parte do sangue em uma compressa. - inserir a agulha no protetor de borracha, o que impede vazamentos da amostra e mantém o ar afastado da seringa;
15 colocar a amostra etiquetada no saco plástico; Encaminhar ao laboratório; - monitorar os sinais vitais do paciente, observando sinais de problemas circulatórios como edema, hematomas, dores, dormência ou formigamentos na perna ou braço.
16 Complicações As complicações de sangramento e formação de hematoma após punção arterial são mais comuns em relação às venopunções. A maioria dos hematomas podem ser evitados com aplicação de pressão da ponta do dedo no local da punção, durante tempo suficiente para cessar o sangramento.
17 Gasometria é o exame que fornece os valores que permitem analisar os gases sangüíneos e o equilíbrio ácido-base. Os aparelhos utilizados para a determinação dos gases sangüíneos e do ph são os Analisadores de Gases Sangüíneos.
18 Os equipamentos mais modernos já oferecem além da análise de gases e ph, os valores medidos dos íons (Na +, K +, Cl - e Ca ++ ), da saturação de O 2 (SO 2 ), hemoglobina, hematócrito entre outros. Analisador portátil:
19 Verificação do ph (potencial hidrogênico) Índice de concentração de Hidrogênio ph está abaixo de 7,35, acidose; ph está acima de 7,45, alcalose. Um ph normal demonstra a ausência de distúrbio ácido-basico ou há dois distúrbios que se compensaram.
20 ph
21 Avaliação do ph A análise do ph demonstra, simplesmente, a existência de acidose ou alcalose. ph igual ou inferior a 7,25 acidose severa, ph igual ou superior a 7,55 alcalose severa. A avaliação isolada do ph, obviamente, não oferece qualquer indicação sobre a origem do distúrbio, que pode ser respiratória ou metabólica.
22 VERIFICAÇÃO DA PaCO2 (Pressão Parcial de gás carbônico)
23 PaO2 exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares pulmonares. PaCO2 => A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a eficácia da ventilação alveolar, sendo praticamente a mesma do CO2 alveolar, dada a grande difusibilidade deste gás. Se a PaCO2 estiver < que 35 mmhg, o paciente está hiperventilando, Se o ph estiver >que 7,45 ele está em Alcalose Respiratória. Se a PCO2 estiver > que 45 mmhg, o paciente está hipoventilando, Se o ph estiver < que 7,35 ele está em Acidose Respiratória.
24 BICARBONATO
25 HCO3- => As alterações na concentração de bicarbonato no plasma podem desencadear desequilíbrios ácido-básicos por distúrbios metabólicos. Se o HCO3- estiver > que 28 meq/l com desvio do ph > 7,45, o paciente está em Alcalose Metabólica. Se o HCO3- estiver < que 22 meq/l com desvio do ph < 7,35, o paciente está em Acidose Metabólica.
26 Valores de Referência ph 7,35 a 7,45 po 2 80 a 100mmHg pco 2 35 a 45mmHg HCO 3 22 a 28mmol/l BE -2 a +2 Sat >95%
27 INTERPRETAÇÃO DO EXAME Verificação do ph; Verificação da PCO2; Verificação das bases (bicarbonato); Verificação da diferença de bases (excesso ou déficit).
28 ACIDOSE RESPIRATÓRIA Segue abaixo, um exemplo de uma acidose respiratória: ph = 7.30 PaO2 = 140 PaCO2 = 50 HCO3 = 24 SatO2 = 99%
29 ALCALOSE RESPIRATÓRIA Segue abaixo, um exemplo de uma alcalose respiratória: ph = 7.58 PaO2 = 50 PaCO2 = 23 HCO3 = 22 SatO2 = 87%
30 ACIDOSE METABÓLICA Segue abaixo, um exemplo de uma acidose metabólica: ph = 7.32 PaO2 = 89 PaCO2 = 38 HCO3 = 15 SatO2 = 97%
31 ALCALOSE METABÓLICA Segue abaixo, um exemplo de uma alcalose metabólica: ph = 7.50 PaO2 = 93 PaCO2 = 43 HCO3 = 31 SatO2 = 96%
32 A analise da gasometria arterial e o estudo ácido base são importantes na avaliação clínica dos estados que se acompanham de acidose, hipoxemia, hiperventilação, hipoventilação ou alcalose.
33 Estados Clínicos associados a distúrbios ácido-base Embolia pulmonar alcalose respiratória Hipotensão / choque acidose metabólica Vômitos / SNG alcalose metabólica Diarréia grave acidose metabólica Cirrose hepática alcalose respiratória Insuficiência renal acidose metabólica Sepse alcalose respiratória acidose metabólica Gravidez alcalose respiratória Uso de diuréticos alcalose metabólica DPOC acidose respiratória
34 CORREÇÃO DA GASOMETRIA
35 Correção Gasometria Acidose Metabólica A administração de bicarbonato de sódio pode corrigir a acidose do sangue e minimizar os seus efeitos ao nível do interstício e do espaço intracelular. A dose de bicarbonato de sódio para a correção da acidose metabólica pode ser estimada, à partir do déficit de bases (BD).
36 Correção Gasometria Acidose Metabólica V (ml)= Peso (Kg) x 0,3 x BD V = representa o volume de bicarbonato de sódio a 8,4% a ser administrado. Peso = representa o peso do indivíduo, expresso em Kg. 0,3 = representa a constante para o líquido extracelular (30% do peso corporal) BD = representa o déficit de bases obtido na gasometria arterial. Déficit de bases (BD) representa a quantidade de bases necessárias para elevar o ph até o valor médio de 7,40.
37 Correção Gasometria Alcalose Metabólica De um modo geral a alcalose metabólica é leve ou moderada e não requer tratamento especial a não ser a remoção da sua causa, quando possível. O uso mais moderado dos diuréticos e a administração de cloreto de potássio tendem à normalizar os demais quadros.
38 Correção Gasometria Acidose Respiratória O tratamento consiste de medidas para estimular a ventilação pulmonar que vão desde o incentivo à tosse e eliminação de secreções bronco-pulmonares até a entubação traqueal e ventilação mecânica.
39 Correção Gasometria Alcalose Respiratória O tratamento consiste em remover as causas da hiperventilação. Nos casos mais severos pode ocorrer hipopotassemia, capaz de gerar arritmias cardíacas, pela entrada rápida de potássio nas células em troca pelos íons hidrogênio. Os casos mais frequentes de alcalose respiratória severa são secundários à ventilação mecânica prolongada; o tratamento consiste em ajustar os controles do aparelho adequando a ventilação às necessidades do paciente.
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