Equações diferenciais ordinárias

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Equações diferenciais ordinárias"

Transcrição

1 Departamento de Física Universidade Federal da Paraíba 24 de Junho de 2009

2 Motivação Problemas envolvendo equações diferenciais são muito comuns em física Exceto pelos mais simples, que podemos resolver analiticamente, temos que recorrer a métodos numéricos De forma geral, não existe um "melhor método" A compreensão dos diferentes métodos, seus pontos fortes e suas deficiências é fundamental para podermos ter confiança nos resultados

3 Motivação Problemas envolvendo equações diferenciais são muito comuns em física Exceto pelos mais simples, que podemos resolver analiticamente, temos que recorrer a métodos numéricos De forma geral, não existe um "melhor método" A compreensão dos diferentes métodos, seus pontos fortes e suas deficiências é fundamental para podermos ter confiança nos resultados

4 Motivação Problemas envolvendo equações diferenciais são muito comuns em física Exceto pelos mais simples, que podemos resolver analiticamente, temos que recorrer a métodos numéricos De forma geral, não existe um "melhor método" A compreensão dos diferentes métodos, seus pontos fortes e suas deficiências é fundamental para podermos ter confiança nos resultados

5 Motivação Problemas envolvendo equações diferenciais são muito comuns em física Exceto pelos mais simples, que podemos resolver analiticamente, temos que recorrer a métodos numéricos De forma geral, não existe um "melhor método" A compreensão dos diferentes métodos, seus pontos fortes e suas deficiências é fundamental para podermos ter confiança nos resultados

6 O problema Resolver uma equação do tipo d 2 y dx 2 + q(x)dy dx = r(x) Sempre podemos reescrever equações diferenciais de ordem superior como um conjunto de equações diferenciais de primeira ordem dy dx = z(x) dz dx = r(x) q(x)z(x) Portanto, o problema passa a ser estudar um conjunto de N equações diferenciais ordinárias de primeira ordem

7 O problema Resolver uma equação do tipo d 2 y dx 2 + q(x)dy dx = r(x) Sempre podemos reescrever equações diferenciais de ordem superior como um conjunto de equações diferenciais de primeira ordem dy dx = z(x) dz dx = r(x) q(x)z(x) Portanto, o problema passa a ser estudar um conjunto de N equações diferenciais ordinárias de primeira ordem

8 O problema Resolver uma equação do tipo d 2 y dx 2 + q(x)dy dx = r(x) Sempre podemos reescrever equações diferenciais de ordem superior como um conjunto de equações diferenciais de primeira ordem dy dx = z(x) dz dx = r(x) q(x)z(x) Portanto, o problema passa a ser estudar um conjunto de N equações diferenciais ordinárias de primeira ordem

9 O problema Às vezes é conveniente incluir prefatores (funções da variável independente) na definição das novas variáveis para evitar problemas numéricos Tentativa e erro, senso comum, experiência indicam o caminho

10 O problema Às vezes é conveniente incluir prefatores (funções da variável independente) na definição das novas variáveis para evitar problemas numéricos Tentativa e erro, senso comum, experiência indicam o caminho

11 Condições de contorno O conjunto de equações diferenciais não define completamente o problema O tipo das condições de contorno são determinantes para a solução numérica a ser empregada 1 todos os y i são conhecidos em um determinado ponto x 0 2 Programas de valor de contorno informação sobre o comportamento da função na fronteira da região de integração

12 Condições de contorno O conjunto de equações diferenciais não define completamente o problema O tipo das condições de contorno são determinantes para a solução numérica a ser empregada 1 todos os y i são conhecidos em um determinado ponto x 0 2 Programas de valor de contorno informação sobre o comportamento da função na fronteira da região de integração

13 Condições de contorno O conjunto de equações diferenciais não define completamente o problema O tipo das condições de contorno são determinantes para a solução numérica a ser empregada 1 todos os y i são conhecidos em um determinado ponto x 0 2 Programas de valor de contorno informação sobre o comportamento da função na fronteira da região de integração

14 Condições de contorno O conjunto de equações diferenciais não define completamente o problema O tipo das condições de contorno são determinantes para a solução numérica a ser empregada 1 todos os y i são conhecidos em um determinado ponto x 0 2 Programas de valor de contorno informação sobre o comportamento da função na fronteira da região de integração

15 Idéia geral Introdução Reescrever dy e dx como diferenças finitas y e x Multiplicar a equação por x Assim obtemos expressões para a variação das funções quando um passo de tamanho x é dado No limite em que x é muito pequeno, temos uma boa aproximação para a equação diferencial

16 Idéia geral Introdução Reescrever dy e dx como diferenças finitas y e x Multiplicar a equação por x Assim obtemos expressões para a variação das funções quando um passo de tamanho x é dado No limite em que x é muito pequeno, temos uma boa aproximação para a equação diferencial

17 Idéia geral Introdução Reescrever dy e dx como diferenças finitas y e x Multiplicar a equação por x Assim obtemos expressões para a variação das funções quando um passo de tamanho x é dado No limite em que x é muito pequeno, temos uma boa aproximação para a equação diferencial

18 Idéia geral Introdução Reescrever dy e dx como diferenças finitas y e x Multiplicar a equação por x Assim obtemos expressões para a variação das funções quando um passo de tamanho x é dado No limite em que x é muito pequeno, temos uma boa aproximação para a equação diferencial

19 Introdução Consideremos a equação y (x) = f (x, y) com a condição de contorno y(x 0 ) = y 0 Desejamos encontrar y(x) Fazendo uma expansão em série de Taylor, temos y(x) = y(x 0 ) + (x x 0 )y (x 0 ) + O[(x x 0 ) 2 ] Definindo o tamanho do passo como h = x x 0, y(x 0 + h) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) O método de Euler consiste na iteração desta equação y n+1 = y n + hf (x n, y n )

20 Introdução Consideremos a equação y (x) = f (x, y) com a condição de contorno y(x 0 ) = y 0 Desejamos encontrar y(x) Fazendo uma expansão em série de Taylor, temos y(x) = y(x 0 ) + (x x 0 )y (x 0 ) + O[(x x 0 ) 2 ] Definindo o tamanho do passo como h = x x 0, y(x 0 + h) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) O método de Euler consiste na iteração desta equação y n+1 = y n + hf (x n, y n )

21 Introdução Consideremos a equação y (x) = f (x, y) com a condição de contorno y(x 0 ) = y 0 Desejamos encontrar y(x) Fazendo uma expansão em série de Taylor, temos y(x) = y(x 0 ) + (x x 0 )y (x 0 ) + O[(x x 0 ) 2 ] Definindo o tamanho do passo como h = x x 0, y(x 0 + h) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) O método de Euler consiste na iteração desta equação y n+1 = y n + hf (x n, y n )

22 Introdução Consideremos a equação y (x) = f (x, y) com a condição de contorno y(x 0 ) = y 0 Desejamos encontrar y(x) Fazendo uma expansão em série de Taylor, temos y(x) = y(x 0 ) + (x x 0 )y (x 0 ) + O[(x x 0 ) 2 ] Definindo o tamanho do passo como h = x x 0, y(x 0 + h) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) O método de Euler consiste na iteração desta equação y n+1 = y n + hf (x n, y n )

23 Introdução Consideremos a equação y (x) = f (x, y) com a condição de contorno y(x 0 ) = y 0 Desejamos encontrar y(x) Fazendo uma expansão em série de Taylor, temos y(x) = y(x 0 ) + (x x 0 )y (x 0 ) + O[(x x 0 ) 2 ] Definindo o tamanho do passo como h = x x 0, y(x 0 + h) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) O método de Euler consiste na iteração desta equação y n+1 = y n + hf (x n, y n )

24 Introdução Consideremos a equação y (x) = f (x, y) com a condição de contorno y(x 0 ) = y 0 Desejamos encontrar y(x) Fazendo uma expansão em série de Taylor, temos y(x) = y(x 0 ) + (x x 0 )y (x 0 ) + O[(x x 0 ) 2 ] Definindo o tamanho do passo como h = x x 0, y(x 0 + h) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) O método de Euler consiste na iteração desta equação y n+1 = y n + hf (x n, y n )

25 Implementação Introdução Para calcularmos y(x), dividimos o intervalo x x 0 em N partes h = x x 0 N Usamos o método de Euler y n+1 = y n + hf (x n, y n ) x 1 x 2 x 3

26 Implementação Introdução Para calcularmos y(x), dividimos o intervalo x x 0 em N partes h = x x 0 N Usamos o método de Euler y n+1 = y n + hf (x n, y n ) x 1 x 2 x 3

27 Implementação Introdução Para calcularmos y(x), dividimos o intervalo x x 0 em N partes h = x x 0 N Usamos o método de Euler y n+1 = y n + hf (x n, y n ) x 1 x 2 x 3

28 Implementação Introdução Para calcularmos y(x), dividimos o intervalo x x 0 em N partes h = x x 0 N Usamos o método de Euler y n+1 = y n + hf (x n, y n ) x 1 x 2 x 3

29 Implementação Introdução Para calcularmos y(x), dividimos o intervalo x x 0 em N partes h = x x 0 N Usamos o método de Euler y n+1 = y n + hf (x n, y n ) x 1 x 2 x 3

30 Implementação Introdução Para calcularmos y(x), dividimos o intervalo x x 0 em N partes h = x x 0 N Usamos o método de Euler y n+1 = y n + hf (x n, y n ) x 1 x 2 x 3

31 Implementação Introdução Para calcularmos y(x), dividimos o intervalo x x 0 em N partes h = x x 0 N Usamos o método de Euler y n+1 = y n + hf (x n, y n ) x 1 x 2 x 3

32 Deficiências do método O erro é de ordem h A derivada é considerada constante ao longo do intervalo h Seu valor no fim do intervalo não é considerado

33 Deficiências do método O erro é de ordem h A derivada é considerada constante ao longo do intervalo h Seu valor no fim do intervalo não é considerado

34 Deficiências do método O erro é de ordem h A derivada é considerada constante ao longo do intervalo h Seu valor no fim do intervalo não é considerado

35 No caso do método de Euler, expandimos y(x) até primeira ordem Se expandirmos até segunda ordem, teremos y(x) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) + y (x 0 ) h2 2 + O[h3 ]

36 No caso do método de Euler, expandimos y(x) até primeira ordem Se expandirmos até segunda ordem, teremos y(x) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) + y (x 0 ) h2 2 + O[h3 ]

37 No caso do método de Euler, expandimos y(x) até primeira ordem Se expandirmos até segunda ordem, teremos y(x) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) + y (x 0 ) h2 2 + O[h3 ] Precisamos, portanto, determinar y (x 0 )

38 No caso do método de Euler, expandimos y(x) até primeira ordem Se expandirmos até segunda ordem, teremos y(x) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) + y (x 0 ) h2 2 + O[h3 ] Precisamos, portanto, determinar y (x 0 ) y (x 0 ) = f x (x 0, y 0 ) + f y (x 0, y 0 )f (x 0, y 0 )

39 No caso do método de Euler, expandimos y(x) até primeira ordem Se expandirmos até segunda ordem, teremos y(x) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) + y (x 0 ) h2 2 + O[h3 ] Logo a expansão se torna y(x) = y(x 0 )+hf (x 0, y 0 )+ h2 2 f x(x 0, y 0 )+ h2 2 f y(x 0, y 0 )f (x 0, y 0 )

40 O método Runge-Kutta assume que a inclinação no intervalo h pode ser escrita como uma combinação linear de f (x, y) em certos pontos do intervalo No y(x) = y(x 0 ) + Ahf 0 + Bhf 1

41 O método Runge-Kutta assume que a inclinação no intervalo h pode ser escrita como uma combinação linear de f (x, y) em certos pontos do intervalo No y(x) = y(x 0 ) + Ahf 0 + Bhf 1

42 O método Runge-Kutta assume que a inclinação no intervalo h pode ser escrita como uma combinação linear de f (x, y) em certos pontos do intervalo No y(x) = y(x 0 ) + Ahf 0 + Bhf 1 onde f 0 = f (x 0, y 0 ), f 1 = f (x 0 + a 1 h, y 0 + a 2 hf 0 ), sendo A, B, a 1 e a 2 constantes a determinar

43 O método Runge-Kutta assume que a inclinação no intervalo h pode ser escrita como uma combinação linear de f (x, y) em certos pontos do intervalo No y(x) = y(x 0 ) + Ahf 0 + Bhf 1 Expandindo f 1 em série de Taylor, temos f 1 = f (x 0, y 0 ) + a 1 hf x (x 0, y 0 ) + a 2 hf y (x 0, y 0 )f (x 0, y 0 )

44 O método Runge-Kutta assume que a inclinação no intervalo h pode ser escrita como uma combinação linear de f (x, y) em certos pontos do intervalo No y(x) = y(x 0 ) + Ahf 0 + Bhf 1 Expandindo f 1 em série de Taylor, temos f 1 = f (x 0, y 0 ) + a 1 hf x (x 0, y 0 ) + a 2 hf y (x 0, y 0 )f (x 0, y 0 ) Portanto, temos y(x) = y(x 0 )+(A+B)hf (x 0, y 0 )+Bh 2 a 1 f x (x 0, y 0 )+Bh 2 a 2 f y (x 0, y 0 )f (x 0, y 0 )

45 Comparando a aproximação de Runge-Kutta y(x) = y(x 0 )+(A+B)hf (x 0, y 0 )+Bh 2 a 1 f x (x 0, y 0 )+Bh 2 a 2 f y (x 0, y 0 )f (x 0, y 0 ) com a expansão em série de Taylor, y(x) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) + h2 2 f x(x 0, y 0 ) + h2 2 f y(x 0, y 0 )f (x 0, y 0 ) temos A + B = 1 Ba 1 = 1 2 Ba 2 = 1 2

46 Comparando a aproximação de Runge-Kutta y(x) = y(x 0 )+(A+B)hf (x 0, y 0 )+Bh 2 a 1 f x (x 0, y 0 )+Bh 2 a 2 f y (x 0, y 0 )f (x 0, y 0 ) com a expansão em série de Taylor, y(x) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) + h2 2 f x(x 0, y 0 ) + h2 2 f y(x 0, y 0 )f (x 0, y 0 ) temos A + B = 1 Ba 1 = 1 2 Ba 2 = 1 2

47 Comparando a aproximação de Runge-Kutta y(x) = y(x 0 )+(A+B)hf (x 0, y 0 )+Bh 2 a 1 f x (x 0, y 0 )+Bh 2 a 2 f y (x 0, y 0 )f (x 0, y 0 ) com a expansão em série de Taylor, y(x) = y(x 0 ) + hf (x 0, y 0 ) + h2 2 f x(x 0, y 0 ) + h2 2 f y(x 0, y 0 )f (x 0, y 0 ) temos A + B = 1 Ba 1 = 1 2 Ba 2 = 1 2

48 Escolha dos parâmetros Como temos 4 parâmetros e 3 equações, podemos escolher um deles arbitrariamente

49 Escolha dos parâmetros Como temos 4 parâmetros e 3 equações, podemos escolher um deles arbitrariamente A = 0, B = 1, a 1 = a 2 = 1/2 Regra do ponto médio

50 Escolha dos parâmetros Como temos 4 parâmetros e 3 equações, podemos escolher um deles arbitrariamente A = 0, B = 1, a 1 = a 2 = 1/2 Regra do ponto médio x 1 x 2 x 3

51 Escolha dos parâmetros Como temos 4 parâmetros e 3 equações, podemos escolher um deles arbitrariamente A = 0, B = 1, a 1 = a 2 = 1/2 Regra do ponto médio x 1 x 2 x 3

52 Escolha dos parâmetros Como temos 4 parâmetros e 3 equações, podemos escolher um deles arbitrariamente A = 0, B = 1, a 1 = a 2 = 1/2 Regra do ponto médio x 1 x 2 x 3

53 Escolha dos parâmetros Como temos 4 parâmetros e 3 equações, podemos escolher um deles arbitrariamente A = 0, B = 1, a 1 = a 2 = 1/2 Regra do ponto médio x 1 x 2 x 3

54 Escolha dos parâmetros Como temos 4 parâmetros e 3 equações, podemos escolher um deles arbitrariamente A = 0, B = 1, a 1 = a 2 = 1/2 Regra do ponto médio x 1 x 2 x 3

55 Escolha dos parâmetros Como temos 4 parâmetros e 3 equações, podemos escolher um deles arbitrariamente A = 0, B = 1, a 1 = a 2 = 1/2 Regra do ponto médio x 1 x 2 x 3

56 Escolha dos parâmetros Como temos 4 parâmetros e 3 equações, podemos escolher um deles arbitrariamente A = 0, B = 1, a 1 = a 2 = 1/2 Regra do ponto médio x 1 x 2 x 3

57 Escolha dos parâmetros Como temos 4 parâmetros e 3 equações, podemos escolher um deles arbitrariamente A = 1/3, B = 2/3, a 1 = a 2 = 3/4 valores ótimos (minimiza coeficiente do erro)

58 é apenas didático

59 é apenas didático Para uso prático quarta ordem

60 Dedução segue a mesma linha de raciocínio:

61 Dedução segue a mesma linha de raciocínio: 1 Expandir y(x 0 + h) até quarta ordem

62 Dedução segue a mesma linha de raciocínio: 1 Expandir y(x 0 + h) até quarta ordem 2 Assumir que y(x 0 + h) = y(x 0 ) + h [Af 0 + Bf 1 + Cf 2 + Df 3 ]

63 Dedução segue a mesma linha de raciocínio: 1 Expandir y(x 0 + h) até quarta ordem 2 Assumir que y(x 0 + h) = y(x 0 ) + h [Af 0 + Bf 1 + Cf 2 + Df 3 ] onde f0 = f (x 0, y 0 ) f 1 = f (x 0 + αh, y 0 + a 0 f 0 h) f 2 = f (x 0 + βh, y 0 + b 0 f 0 h + b 1 f 1 h) f 3 = f (x 0 + γh, y 0 + c 0 f 0 h + c 1 f 1 h + c 2 f 2 h)

64 Dedução segue a mesma linha de raciocínio: 1 Expandir y(x 0 + h) até quarta ordem 2 Assumir que y(x 0 + h) = y(x 0 ) + h [Af 0 + Bf 1 + Cf 2 + Df 3 ] onde f0 = f (x 0, y 0 ) f 1 = f (x 0 + αh, y 0 + a 0 f 0 h) f 2 = f (x 0 + βh, y 0 + b 0 f 0 h + b 1 f 1 h) f 3 = f (x 0 + γh, y 0 + c 0 f 0 h + c 1 f 1 h + c 2 f 2 h) 3 Expandir f 1, f 2 e f 3 em série de Taylor até terceira ordem

65 Dedução segue a mesma linha de raciocínio: 1 Expandir y(x 0 + h) até quarta ordem 2 Assumir que y(x 0 + h) = y(x 0 ) + h [Af 0 + Bf 1 + Cf 2 + Df 3 ] onde f0 = f (x 0, y 0 ) f 1 = f (x 0 + αh, y 0 + a 0 f 0 h) f 2 = f (x 0 + βh, y 0 + b 0 f 0 h + b 1 f 1 h) f 3 = f (x 0 + γh, y 0 + c 0 f 0 h + c 1 f 1 h + c 2 f 2 h) 3 Expandir f 1, f 2 e f 3 em série de Taylor até terceira ordem 4 Equacionar os termos das duas séries

66 Dedução segue a mesma linha de raciocínio: 1 Expandir y(x 0 + h) até quarta ordem 2 Assumir que y(x 0 + h) = y(x 0 ) + h [Af 0 + Bf 1 + Cf 2 + Df 3 ] onde f0 = f (x 0, y 0 ) f 1 = f (x 0 + αh, y 0 + a 0 f 0 h) f 2 = f (x 0 + βh, y 0 + b 0 f 0 h + b 1 f 1 h) f 3 = f (x 0 + γh, y 0 + c 0 f 0 h + c 1 f 1 h + c 2 f 2 h) 3 Expandir f 1, f 2 e f 3 em série de Taylor até terceira ordem 4 Equacionar os termos das duas séries 5 Serão 10 equações e 13 icógnitas diversas possibilidades

67 Escolha mais comum: f 0 = f (x 0, y 0 ) f 1 = f (x 0 + h 2, y 0 + h 2 f 0) f 2 = f (x 0 + h 2, y 0 + h 2 f 1) f 3 = f (x 0 + h, y 0 + hf 2 ) com y(x 0 + h) = y(x 0 ) + h 6 (f 0 + 2f 1 + 2f 2 + f 3 ) Note que no caso f (x, y) = g(x), o método equivale à regra de Simpson

68 Precisão Introdução Como saber se nossa resposta é precisa? Como avaliar o erro? Possível solução: calcular y(x) usando dois tamanhos de passo diferentes e comparar os resultados Podemos fazer essa comparação depois de vários passos Contudo, a natureza da solução pode depender da região Portanto, os resultados devem ser comparados frequentemente

69 Precisão Introdução Como saber se nossa resposta é precisa? Como avaliar o erro? Possível solução: calcular y(x) usando dois tamanhos de passo diferentes e comparar os resultados Podemos fazer essa comparação depois de vários passos Contudo, a natureza da solução pode depender da região Portanto, os resultados devem ser comparados frequentemente

70 Precisão Introdução Como saber se nossa resposta é precisa? Como avaliar o erro? Possível solução: calcular y(x) usando dois tamanhos de passo diferentes e comparar os resultados Podemos fazer essa comparação depois de vários passos Contudo, a natureza da solução pode depender da região Portanto, os resultados devem ser comparados frequentemente

71 Precisão Introdução Como saber se nossa resposta é precisa? Como avaliar o erro? Possível solução: calcular y(x) usando dois tamanhos de passo diferentes e comparar os resultados Podemos fazer essa comparação depois de vários passos Contudo, a natureza da solução pode depender da região Portanto, os resultados devem ser comparados frequentemente

72 Precisão Introdução Como saber se nossa resposta é precisa? Como avaliar o erro? Possível solução: calcular y(x) usando dois tamanhos de passo diferentes e comparar os resultados Podemos fazer essa comparação depois de vários passos Contudo, a natureza da solução pode depender da região Portanto, os resultados devem ser comparados frequentemente

73 Para atingirmos uma determinada precisão ɛ, podemos usar o seguinte algoritmo 1 Calcular y(x 0 + h) e y(x 0 + h/2) 2 Se y(x 0 + h) y(x 0 + h/2) <ɛ Erro é pequeno e estamos realizando um esforço computacional desnecessário Aceitamos o passo e diminuimos h para o próximo passo 3 Se y(x 0 + h) y(x 0 + h/2) >ɛ O erro é muito grande Rejeitamos o passo, diminuimos h e tentamos de novo

74 Alternativa aos passos de tamanho variável Utiliza o conhecimento do erro para estimar o tamanho do passo necessário para manter uma dada precisão O método

75 Alternativa aos passos de tamanho variável Utiliza o conhecimento do erro para estimar o tamanho do passo necessário para manter uma dada precisão O método

76 Alternativa aos passos de tamanho variável Utiliza o conhecimento do erro para estimar o tamanho do passo necessário para manter uma dada precisão O método Para um método de Runge-Kutta de ordem n, temos y(x 0 + h) = y exato + kh n+1

77 Alternativa aos passos de tamanho variável Utiliza o conhecimento do erro para estimar o tamanho do passo necessário para manter uma dada precisão O método Para um método de Runge-Kutta de ordem n, temos y(x 0 + h) = y exato + kh n+1 Portanto, a diferença entre Runge-Kutta de ordem n e n + 1 é y n (x 0 + h) y n+1 (x 0 + h) = kh n+1 ˆkh n+2 kh n+1

78 Alternativa aos passos de tamanho variável Utiliza o conhecimento do erro para estimar o tamanho do passo necessário para manter uma dada precisão O método Para um método de Runge-Kutta de ordem n, temos y(x 0 + h) = y exato + kh n+1 Portanto, a diferença entre Runge-Kutta de ordem n e n + 1 é y n (x 0 + h) y n+1 (x 0 + h) = kh n+1 ˆkh n+2 kh n+1 Logo k yn y n+1 h n+1

79 Alternativa aos passos de tamanho variável Utiliza o conhecimento do erro para estimar o tamanho do passo necessário para manter uma dada precisão O método Portanto, se h new é o tamanho do novo passo de forma a essas duas expressões concordarem (aceitando um erro ɛ)

80 Alternativa aos passos de tamanho variável Utiliza o conhecimento do erro para estimar o tamanho do passo necessário para manter uma dada precisão O método Portanto, se h new é o tamanho do novo passo de forma a essas duas expressões concordarem (aceitando um erro ɛ) h new ɛ = kh n+1 new = hn+1 new h n+1 y n y n+1

81 Alternativa aos passos de tamanho variável Utiliza o conhecimento do erro para estimar o tamanho do passo necessário para manter uma dada precisão O método Portanto, se h new é o tamanho do novo passo de forma a essas duas expressões concordarem (aceitando um erro ɛ) Donde h new ɛ = kh n+1 new = hn+1 new h n+1 y n y n+1 hɛ h new = h n y n (x 0 + h) y n+1 (x 0 + h)

82 Implementação Introdução 1 A partir de um passo de tamanho h, calculamos o erro y n y n+1 2 Se o erro for maior do que o aceitável, rejeitamos o passo e repetimos o processo com um passo menor h new 3 Se o erro for menor que o aceitável, estamos usando um passo grande demais. Aceitamos o passo e aumentamos o passo para a próxima iteração. Atenção Como o custo computacional de repetir um passo é relativamente alto, é aconselhável ser conservador e usar um passo menor que o estimado. Digamos, 0.9h new

83 Implementação Introdução 1 A partir de um passo de tamanho h, calculamos o erro y n y n+1 2 Se o erro for maior do que o aceitável, rejeitamos o passo e repetimos o processo com um passo menor h new 3 Se o erro for menor que o aceitável, estamos usando um passo grande demais. Aceitamos o passo e aumentamos o passo para a próxima iteração. Atenção Como o custo computacional de repetir um passo é relativamente alto, é aconselhável ser conservador e usar um passo menor que o estimado. Digamos, 0.9h new

84 Implementação Introdução 1 A partir de um passo de tamanho h, calculamos o erro y n y n+1 2 Se o erro for maior do que o aceitável, rejeitamos o passo e repetimos o processo com um passo menor h new 3 Se o erro for menor que o aceitável, estamos usando um passo grande demais. Aceitamos o passo e aumentamos o passo para a próxima iteração. Atenção Como o custo computacional de repetir um passo é relativamente alto, é aconselhável ser conservador e usar um passo menor que o estimado. Digamos, 0.9h new

85 Implementação Introdução 1 A partir de um passo de tamanho h, calculamos o erro y n y n+1 2 Se o erro for maior do que o aceitável, rejeitamos o passo e repetimos o processo com um passo menor h new 3 Se o erro for menor que o aceitável, estamos usando um passo grande demais. Aceitamos o passo e aumentamos o passo para a próxima iteração. Atenção Como o custo computacional de repetir um passo é relativamente alto, é aconselhável ser conservador e usar um passo menor que o estimado. Digamos, 0.9h new

86 Ganho computacional Qual o ganho computacional do método? Em geral, nenhum. O que se ganha com a otimização do passo, se perde com a aplicação de dois Runge-Kutta para cada passo. A Sacada: Usar métodos Runge-Kutta de diferentes ordens, com as mesmas funções intermediárias!!!

87 Ganho computacional Qual o ganho computacional do método? Em geral, nenhum. O que se ganha com a otimização do passo, se perde com a aplicação de dois Runge-Kutta para cada passo. A Sacada: Usar métodos Runge-Kutta de diferentes ordens, com as mesmas funções intermediárias!!!

88 Ganho computacional Qual o ganho computacional do método? Em geral, nenhum. O que se ganha com a otimização do passo, se perde com a aplicação de dois Runge-Kutta para cada passo. A Sacada: Usar métodos Runge-Kutta de diferentes ordens, com as mesmas funções intermediárias!!!

89 Ganho computacional Qual o ganho computacional do método? Em geral, nenhum. O que se ganha com a otimização do passo, se perde com a aplicação de dois Runge-Kutta para cada passo. A Sacada: Usar métodos Runge-Kutta de diferentes ordens, com as mesmas funções intermediárias!!!

90 Runge-Kutta-Fehlberg de quarta/quinta ordem Funções intermediárias f 0 = f (x 0, y 0 ) f 1 = f (x 0 + h 4, y 0 + h 4 f 0) f 2 = f (x 0 + 3h 8, y 0 + 3h 32 f 0 + 9h 32 f 1) f 3 = f (x h 13, y h 2197 f h 2197 f h 2197 f 2) f 4 = f (x 0 + h, y h 216 f 0 8hf h 513 f 2 845h 4104 f 3) f 5 = f (x 0 + h 2, y 0 8h 27 f 0 + 2hf h 2565 f h 4104 f 3 11h 40 f 4)

91 Runge-Kutta-Fehlberg de quarta/quinta ordem Aproximações ( 25 y 4 = y 0 + h 216 f f f 3 1 ) 5 f 4 ( 16 y 5 = y 0 + h 135 f f f f ) 55 f 5

92 Runge-Kutta-Fehlberg de quarta/quinta ordem Erro = y 4 y 5 = h f f f f f 5 Não é necessário calcular y explicitamente para aceitar ou não o passo h new = 0.9h 4 hɛ

93 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Problemas com condições de contorno fixas Neste caso, queremos resolver uma EDO de ordem n sujeita a condições de contorno na superfície Primeiramente, reescrevemos a EDO como um conjunto de n equações de primeira ordem Y = y y y. y n 1 Assim, teremos n 1 condições de contorno no ponto inicial (t = 0) e n 2 = n n 1 condições de contorno no ponto final (t = t f )

94 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Problemas com condições de contorno fixas Neste caso, queremos resolver uma EDO de ordem n sujeita a condições de contorno na superfície Primeiramente, reescrevemos a EDO como um conjunto de n equações de primeira ordem Y = y y y. y n 1 Assim, teremos n 1 condições de contorno no ponto inicial (t = 0) e n 2 = n n 1 condições de contorno no ponto final (t = t f )

95 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Problemas com condições de contorno fixas Neste caso, queremos resolver uma EDO de ordem n sujeita a condições de contorno na superfície Primeiramente, reescrevemos a EDO como um conjunto de n equações de primeira ordem Y = y y y. y n 1 Assim, teremos n 1 condições de contorno no ponto inicial (t = 0) e n 2 = n n 1 condições de contorno no ponto final (t = t f )

96 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Problemas com condições de contorno fixas Neste caso, queremos resolver uma EDO de ordem n sujeita a condições de contorno na superfície Primeiramente, reescrevemos a EDO como um conjunto de n equações de primeira ordem Y = y y y. y n 1 Assim, teremos n 1 condições de contorno no ponto inicial (t = 0) e n 2 = n n 1 condições de contorno no ponto final (t = t f )

97 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Método da tentativa e erro 1 Escolhemos n 2 condições contorno arbitrárias (chute) complementanto as n 1 condições já existentes no ponto inicial 2 Usando um método para problemas de valor inicial, deixamos o sistema evoluir até o ponto t f 3 Calculamos o erro em relação às condições de contorno no ponto final Se o erro (todas as componentes) for menor que a tolerância, achamos a solução Se não, escolhemos um novo chute voltamos ao passo 2

98 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Método da tentativa e erro 1 Escolhemos n 2 condições contorno arbitrárias (chute) complementanto as n 1 condições já existentes no ponto inicial 2 Usando um método para problemas de valor inicial, deixamos o sistema evoluir até o ponto t f 3 Calculamos o erro em relação às condições de contorno no ponto final Se o erro (todas as componentes) for menor que a tolerância, achamos a solução Se não, escolhemos um novo chute voltamos ao passo 2

99 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Método da tentativa e erro 1 Escolhemos n 2 condições contorno arbitrárias (chute) complementanto as n 1 condições já existentes no ponto inicial 2 Usando um método para problemas de valor inicial, deixamos o sistema evoluir até o ponto t f 3 Calculamos o erro em relação às condições de contorno no ponto final Se o erro (todas as componentes) for menor que a tolerância, achamos a solução Se não, escolhemos um novo chute voltamos ao passo 2

100 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Método da tentativa e erro 1 Escolhemos n 2 condições contorno arbitrárias (chute) complementanto as n 1 condições já existentes no ponto inicial 2 Usando um método para problemas de valor inicial, deixamos o sistema evoluir até o ponto t f 3 Calculamos o erro em relação às condições de contorno no ponto final Se o erro (todas as componentes) for menor que a tolerância, achamos a solução Se não, escolhemos um novo chute voltamos ao passo 2

101 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Método da tentativa e erro 1 Escolhemos n 2 condições contorno arbitrárias (chute) complementanto as n 1 condições já existentes no ponto inicial 2 Usando um método para problemas de valor inicial, deixamos o sistema evoluir até o ponto t f 3 Calculamos o erro em relação às condições de contorno no ponto final Se o erro (todas as componentes) for menor que a tolerância, achamos a solução Se não, escolhemos um novo chute voltamos ao passo 2

102 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Aprendendo a chutar Queremos, a partir de um conjunto de condições de contorno α = {α 1, α 2,, α n2 }, encontrar um novo conjunto que faça o erro diminuir α = α + α Para isso, escolhemos α tal que [ ] εi ε = J α J = [j ij ] = α j E aproximamos ε i = ε i(α 1,, α j + α j,, α n2 ) ε i (α 1,, α n2 ) α j α j

103 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Aprendendo a chutar Queremos, a partir de um conjunto de condições de contorno α = {α 1, α 2,, α n2 }, encontrar um novo conjunto que faça o erro diminuir α = α + α Para isso, escolhemos α tal que [ ] εi ε = J α J = [j ij ] = α j E aproximamos ε i = ε i(α 1,, α j + α j,, α n2 ) ε i (α 1,, α n2 ) α j α j

104 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Aprendendo a chutar Queremos, a partir de um conjunto de condições de contorno α = {α 1, α 2,, α n2 }, encontrar um novo conjunto que faça o erro diminuir α = α + α Para isso, escolhemos α tal que [ ] εi ε = J α J = [j ij ] = α j E aproximamos ε i = ε i(α 1,, α j + α j,, α n2 ) ε i (α 1,, α n2 ) α j α j

105 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Aprendendo a chutar Queremos, a partir de um conjunto de condições de contorno α = {α 1, α 2,, α n2 }, encontrar um novo conjunto que faça o erro diminuir α = α + α Para isso, escolhemos α tal que [ ] εi ε = J α J = [j ij ] = α j E aproximamos ε i = ε i(α 1,, α j + α j,, α n2 ) ε i (α 1,, α n2 ) α j α j

106 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Exemplo: EDO de segunda ordem 1 Escrevemos y = F(x, y, y ) como 2 EDOs de ordem 1 dy 1 dx = y 2 dy 2 dx = F(x, y, y ) 2 As condições de contorno do problema são, portanto, 3 Chute inicial: dois valores iniciais para y (x 0 ), α 1, α 2 4 Usamos, por exemplo, o método de Runge-Kutta 5 Calculamos o erro ε 1,2 = y 1,2 (x f, α 1,2 ) 6 Como a mudança no erro deverá ser contrária ao erro, temos 7 Repetimos o processo, desde o passo 4 até que ε 2 se torne menor que a tolerância

107 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Exemplo: EDO de segunda ordem 1 Escrevemos y = F(x, y, y ) como 2 EDOs de ordem 1 2 As condições de contorno do problema são, portanto, y 1 (x 0 ) = y 0 e y 1 (x f ) = y f 3 Chute inicial: dois valores iniciais para y (x 0 ), α 1, α 2 4 Usamos, por exemplo, o método de Runge-Kutta 5 Calculamos o erro ε 1,2 = y 1,2 (x f, α 1,2 ) 6 Como a mudança no erro deverá ser contrária ao erro, temos 7 Repetimos o processo, desde o passo 4 até que ε 2 se torne menor que a tolerância

108 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Exemplo: EDO de segunda ordem 1 Escrevemos y = F(x, y, y ) como 2 EDOs de ordem 1 2 As condições de contorno do problema são, portanto, 3 Chute inicial: dois valores iniciais para y (x 0 ), α 1, α 2 4 Usamos, por exemplo, o método de Runge-Kutta 5 Calculamos o erro ε 1,2 = y 1,2 (x f, α 1,2 ) 6 Como a mudança no erro deverá ser contrária ao erro, temos 7 Repetimos o processo, desde o passo 4 até que ε 2 se torne menor que a tolerância

109 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Exemplo: EDO de segunda ordem 1 Escrevemos y = F(x, y, y ) como 2 EDOs de ordem 1 2 As condições de contorno do problema são, portanto, 3 Chute inicial: dois valores iniciais para y (x 0 ), α 1, α 2 4 Usamos, por exemplo, o método de Runge-Kutta para obter y 1 (x f, α 1 ) e y 1 (x f, α 2 ) 5 Calculamos o erro ε 1,2 = y 1,2 (x f, α 1,2 ) 6 Como a mudança no erro deverá ser contrária ao erro, temos 7 Repetimos o processo, desde o passo 4 até que ε 2 se torne menor que a tolerância

110 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Exemplo: EDO de segunda ordem 1 Escrevemos y = F(x, y, y ) como 2 EDOs de ordem 1 2 As condições de contorno do problema são, portanto, 3 Chute inicial: dois valores iniciais para y (x 0 ), α 1, α 2 4 Usamos, por exemplo, o método de Runge-Kutta 5 Calculamos o erro ε 1,2 = y 1,2 (x f, α 1,2 ) e estimamos ε α = ε 2 ε 1 α 2 α 1 6 Como a mudança no erro deverá ser contrária ao erro, temos 7 Repetimos o processo, desde o passo 4 até que ε 2 se torne menor que a tolerância

111 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Exemplo: EDO de segunda ordem 1 Escrevemos y = F(x, y, y ) como 2 EDOs de ordem 1 2 As condições de contorno do problema são, portanto, 3 Chute inicial: dois valores iniciais para y (x 0 ), α 1, α 2 4 Usamos, por exemplo, o método de Runge-Kutta 5 Calculamos o erro ε 1,2 = y 1,2 (x f, α 1,2 ) 6 Como a mudança no erro deverá ser contrária ao erro, temos α = ε 2 ε α 7 Repetimos o processo, desde o passo 4 até que ε 2 se torne menor que a tolerância

112 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Exemplo: EDO de segunda ordem 1 Escrevemos y = F(x, y, y ) como 2 EDOs de ordem 1 2 As condições de contorno do problema são, portanto, 3 Chute inicial: dois valores iniciais para y (x 0 ), α 1, α 2 4 Usamos, por exemplo, o método de Runge-Kutta para obter y 1 (x f, α 1 ) e y 1 (x f, α 2 ) 5 Calculamos o erro ε 1,2 = y 1,2 (x f, α 1,2 ) 6 Como a mudança no erro deverá ser contrária ao erro, temos 7 Repetimos o processo, desde o passo 4 até que ε 2 se torne menor que a tolerância

113 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Método dos elementos finitos Mais uma vez, queremos resolver uma EDO com condições de contorno nas bordas y(x 0 ) = y 0 e y(x f ) = y f Para isso, dividimos o intervalo em N partes iguais de tamanho h, de forma que temos N + 1 pontos (y i, x i ), onde y i = y(x i ) Discretizamos as derivadas da EDO (para uma EDO de segunda ordem, poderíamos escrever) dy i dx = y i+1 y i 1 2h e d 2 y i dx 2 = y i+1 2y i + y i 1 h 2 Introduzindo essa discretização na EDO, calculamos uma nova aproximação para y i em função dos valores de y i±1 Repetimos o processo, até que a precisão desejada seja obtida

114 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Método dos elementos finitos Mais uma vez, queremos resolver uma EDO com condições de contorno nas bordas y(x 0 ) = y 0 e y(x f ) = y f Para isso, dividimos o intervalo em N partes iguais de tamanho h, de forma que temos N + 1 pontos (y i, x i ), onde y i = y(x i ) Discretizamos as derivadas da EDO (para uma EDO de segunda ordem, poderíamos escrever) dy i dx = y i+1 y i 1 2h e d 2 y i dx 2 = y i+1 2y i + y i 1 h 2 Introduzindo essa discretização na EDO, calculamos uma nova aproximação para y i em função dos valores de y i±1 Repetimos o processo, até que a precisão desejada seja obtida

115 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Método dos elementos finitos Mais uma vez, queremos resolver uma EDO com condições de contorno nas bordas y(x 0 ) = y 0 e y(x f ) = y f Para isso, dividimos o intervalo em N partes iguais de tamanho h, de forma que temos N + 1 pontos (y i, x i ), onde y i = y(x i ) Discretizamos as derivadas da EDO (para uma EDO de segunda ordem, poderíamos escrever) dy i dx = y i+1 y i 1 2h e d 2 y i dx 2 = y i+1 2y i + y i 1 h 2 Introduzindo essa discretização na EDO, calculamos uma nova aproximação para y i em função dos valores de y i±1 Repetimos o processo, até que a precisão desejada seja obtida

116 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Método dos elementos finitos Mais uma vez, queremos resolver uma EDO com condições de contorno nas bordas y(x 0 ) = y 0 e y(x f ) = y f Para isso, dividimos o intervalo em N partes iguais de tamanho h, de forma que temos N + 1 pontos (y i, x i ), onde y i = y(x i ) Discretizamos as derivadas da EDO (para uma EDO de segunda ordem, poderíamos escrever) dy i dx = y i+1 y i 1 2h e d 2 y i dx 2 = y i+1 2y i + y i 1 h 2 Introduzindo essa discretização na EDO, calculamos uma nova aproximação para y i em função dos valores de y i±1 Repetimos o processo, até que a precisão desejada seja obtida

117 Método da tentativa e erro (shooting method) Elementos Finitos Método dos elementos finitos Mais uma vez, queremos resolver uma EDO com condições de contorno nas bordas y(x 0 ) = y 0 e y(x f ) = y f Para isso, dividimos o intervalo em N partes iguais de tamanho h, de forma que temos N + 1 pontos (y i, x i ), onde y i = y(x i ) Discretizamos as derivadas da EDO (para uma EDO de segunda ordem, poderíamos escrever) dy i dx = y i+1 y i 1 2h e d 2 y i dx 2 = y i+1 2y i + y i 1 h 2 Introduzindo essa discretização na EDO, calculamos uma nova aproximação para y i em função dos valores de y i±1 Repetimos o processo, até que a precisão desejada seja obtida

Queremos resolver uma equação diferencial da forma. dy dx. = f(x, y), (1)

Queremos resolver uma equação diferencial da forma. dy dx. = f(x, y), (1) Resolução Numérica de Equações Diferenciais Método de Runge Kutta Queremos resolver uma equação diferencial da forma dy dx = f(x, y), (1) Isto é: queremos obter a função y(x) sabendo sua derivada. Numericamente:

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 22 07/2014 Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias Objetivo: Resolver Equações Diferenciais Ordinárias utilizando

Leia mais

Andréa Maria Pedrosa Valli

Andréa Maria Pedrosa Valli 1-24 Equações Diferenciais Ordinárias Andréa Maria Pedrosa Valli Laboratório de Computação de Alto Desempenho (LCAD) Departamento de Informática Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Vitória,

Leia mais

Física Computacional 5

Física Computacional 5 Física Computacional 5 1. Derivadas com diferenças finitas a. O conceito de derivada, menos simples que o de integral b. Cálculo numérico da derivada com diferenças finitas c. Um outro conceito, Equação

Leia mais

Solução Numérica de EDOs

Solução Numérica de EDOs Solução Numérica de EDOs Maria Luísa Bambozzi de Oliveira SME0300 Cálculo Numérico 10 de Novembro, 2010 Introdução Equação Diferencial de 1a. Ordem y = f (x, y) f : função real dada, de duas variáveis

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos. Instituto de Computação UFF

Introdução aos Métodos Numéricos. Instituto de Computação UFF Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Conteúdo Erros e Aproximações Numéricas Sistemas de Equações Lineares. Métodos diretos Interpolação Ajuste de Curvas Zeros de Função Sistemas

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 6 Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias Objetivo: Resolver Equações Diferenciais Ordinárias utilizando métodos

Leia mais

Cálculo Numérico P2 EM33D

Cálculo Numérico P2 EM33D Cálculo Numérico P EM33D 8 de Abril de 03 Início: 07h30min (Permanência mínima: 08h40min) Término: 0h00min Nome: GABARITO LER ATENTAMENTE AS OBSERVAÇÕES, POIS SERÃO CONSIDERADAS NAS SUA AVALIAÇÃO ) detalhar

Leia mais

Métodos Previsor-Corretor

Métodos Previsor-Corretor Solução numérica de Equações Diferenciais Ordinárias: Métodos Previsor-Corretor Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP 7 de novembro de 2013 Baseado no livro Cálculo Numérico, de S. Arenales e A. Darezzo.

Leia mais

Algoritmos Numéricos 2 a edição

Algoritmos Numéricos 2 a edição Algoritmos Numéricos 2 a edição Capítulo 7: Equaç~oes diferenciais ordinárias c 2009 FFCf 2 Capítulo 7: Equações diferenciais ordinárias 7.1 Solução numérica de EDO 7.2 Métodos de Runge-Kutta 7.3 Métodos

Leia mais

Problemas com Valores de Fronteira para Equações Diferenciais Ordinárias

Problemas com Valores de Fronteira para Equações Diferenciais Ordinárias Problemas com Valores de Fronteira para Equações Diferenciais Ordinárias Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança Matemática Aplicada - Mestrados

Leia mais

étodos uméricos SOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIOAS Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno

étodos uméricos SOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIOAS Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno étodos uméricos SOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIOAS Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA

Leia mais

Solução aproximada de equações de uma variável

Solução aproximada de equações de uma variável Cálculo Numérico de uma variável Prof. Daniel G. Alfaro Vigo dgalfaro@dcc.ufrj.br Departamento de Ciência da Computação IM UFRJ Parte I Localização de zeros e Método da bissecção Motivação: Queda de um

Leia mais

y(x n+1 ) = y(x n ) + hy (x n ) + h2 q! y (q) (x n )

y(x n+1 ) = y(x n ) + hy (x n ) + h2 q! y (q) (x n ) 2. Método de Taylor de ordem q Seja y(x) a solução exata do p.v.i., contínua e suficientemente derivável em [a, b]. A expansão em série de Taylor para y(x n + h) em torno do ponto x n é dada por: y(x n+1

Leia mais

Equações Diferenciais Ordinárias

Equações Diferenciais Ordinárias Equações Diferenciais Ordinárias Profa. Simone Aparecida Miloca UNIOESTE 2017 Sumario EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS MÉTODO DE EULER MÉTODOS DE SÉRIES DE TAYLOR MÉTODOS DE RUNGE KUTTA EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

Leia mais

Modelagem Computacional. Parte 8 2

Modelagem Computacional. Parte 8 2 Mestrado em Modelagem e Otimização - RC/UFG Modelagem Computacional Parte 8 2 Prof. Thiago Alves de Queiroz 2/2016 2 [Cap. 10 e 11] BURDEN, R. L.; FAIRES, J. D. Numerical Analysis (9th ed). Cengage Learning,

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo específico Introdução à Resolução de Equações Diferenciais Ordinárias

Leia mais

DCC008 - Cálculo Numérico

DCC008 - Cálculo Numérico DCC008 - Cálculo Numérico Polinômios de Taylor Bernardo Martins Rocha Departamento de Ciência da Computação Universidade Federal de Juiz de Fora bernardomartinsrocha@ice.ufjf.br Conteúdo Introdução Definição

Leia mais

Métodos Numéricos em Equações Diferenciais Aula 02 - Método de Euler

Métodos Numéricos em Equações Diferenciais Aula 02 - Método de Euler Métodos Numéricos em Equações Diferenciais Aula 02 - Método de Euler Profa. Vanessa Rolnik curso: Matemática Aplicada a Negócios Introdução Método de Diferenças: { w0 = α w i+1 = w i + h φ(t i, w i ),

Leia mais

Exame (1º Teste) de Análise Numérica (LMAC, MEIC, MMA) Instituto Superior Técnico, 11 de Janeiro de 2016, 15h00-16h15 (1º Teste)

Exame (1º Teste) de Análise Numérica (LMAC, MEIC, MMA) Instituto Superior Técnico, 11 de Janeiro de 2016, 15h00-16h15 (1º Teste) Exame (º Teste) de Análise Numérica (LMAC, MEIC, MMA) Instituto Superior Técnico, de Janeiro de 6, h-6h (º Teste) ) [] a) Determine p, o polinómio de menor grau tal que p() = a, p() = b, p () = p () =

Leia mais

Capítulo 7 - Equações Diferenciais Ordinárias

Capítulo 7 - Equações Diferenciais Ordinárias Capítulo 7 - Equações Diferenciais Ordinárias Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança 2 o Ano - Eng. Civil, Química e Gestão Industrial Carlos

Leia mais

Roteiro para o Terceiro Laboratório de Cálculo Numérico /1

Roteiro para o Terceiro Laboratório de Cálculo Numérico /1 Roteiro para o Terceiro Laboratório de Cálculo Numérico - 2008/1 Prof. Dr. Waldeck Schützer June 23, 2008 DM/UFSCar Nesta terceira aula de laboratório, vamos utilizar o Octave para aproximar funções e

Leia mais

Capítulo 3 - Problemas com Valores de Fronteira para Equações Diferenciais Ordinárias

Capítulo 3 - Problemas com Valores de Fronteira para Equações Diferenciais Ordinárias Capítulo 3 - Problemas com Valores de Fronteira para Equações Diferenciais Ordinárias Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança Matemática

Leia mais

MAP CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Interpolação e Integração. φ(x k ) ψ(x k ).

MAP CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Interpolação e Integração. φ(x k ) ψ(x k ). MAP 22 - CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Interpolação e Integração : Sejam x =, x =, x 2 = 2 e x 3 = 3. (a) Determine os polinômios de Lagrange L i (x) correspondentes a estes pontos

Leia mais

Equações Diferenciais Ordinárias

Equações Diferenciais Ordinárias Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Análise Numérica 2004/2005 Equações Diferenciais Ordinárias PROBLEMAS 1 Considere a equação diferencial dy dx = y(x2 1) com y(0) = 1 e x [0,

Leia mais

Ref: H.Gould e J. Tobochnik. Para integrais em uma dimensão as regras do trapezóide e de Simpson são

Ref: H.Gould e J. Tobochnik. Para integrais em uma dimensão as regras do trapezóide e de Simpson são Método de Monte Carlo Resolução de Integrais Ref: H.Gould e J. Tobochnik Para integrais em uma dimensão as regras do trapezóide e de Simpson são melhores, mais rápidas. A técnica de resolução de integrais

Leia mais

Curso: Engenharia Ambiental. Disciplina: Equações Diferenciais Ordinárias. Professora: Dr a. Camila N. Boeri Di Domenico NOTAS DE AULA 2

Curso: Engenharia Ambiental. Disciplina: Equações Diferenciais Ordinárias. Professora: Dr a. Camila N. Boeri Di Domenico NOTAS DE AULA 2 Curso: Engenharia Ambiental Disciplina: Equações Diferenciais Ordinárias Professora: Dr a. Camila N. Boeri Di Domenico NOTAS DE AULA 2 11. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS DE 2º ORDEM y (x) = f (x,y,y

Leia mais

Métodos de Runge-Kutta

Métodos de Runge-Kutta Solução numérica de Equações Diferenciais Ordinárias: Métodos de Runge-Kutta Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP 31 de outubro de 2013 Baseado nos livros: Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D.

Leia mais

Equações diferenciais ordinárias EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS

Equações diferenciais ordinárias EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 1 Sumário 1 Equações diferenciais ordinárias Métodos de Euler Exemplo de EDO linear: Método implícito Métodos multi-passo lineares Fórmulas de Adams-Bashforth Fórmulas de Adams-Moulton Fórmulas do tipo

Leia mais

Polinômios de Legendre

Polinômios de Legendre Seção 5: continuação do método de resolução por séries de potências Na Seção foi exposto informalmente, através de exemplos, o método de resolução de equações diferenciais ordinárias por séries de potências.

Leia mais

EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO

EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO Cálculo Numérico EXERCICIOS EXTRAIDOS DE PROVAS ANTERIORES o sem/08 EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO x. Considere a seguinte tabela de valores de uma função f: i 0 f(x i ).50

Leia mais

Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação

Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação CAPÍTULO1 EQUAÇÕES NÃO-LINEARES 1.1 Introdução Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação f(x) = 0, onde f é uma função arbitrária. Quando escrevemos resolver numericamente,

Leia mais

Interpolação polinomial

Interpolação polinomial Cálculo Numérico Prof. Daniel G. Alfaro Vigo dgalfaro@dcc.ufrj.br Departamento de Ciência da Computação IM UFRJ Motivação: População do Brasil Ano População (milhões) 1960 70, 992343 1970 94, 508583 1980

Leia mais

Sabendo que f(x) é um polinômio de grau 2, utilize a formula do trapézio e calcule exatamente

Sabendo que f(x) é um polinômio de grau 2, utilize a formula do trapézio e calcule exatamente MÉTODOS NUMÉRICOS E COMPUTACIONAIS II EXERCICIOS EXTRAIDOS DE PROVAS ANTERIORES EXERCICIOS RESOLVIDOS - INTEGRACAO-NUMERICA - EDO. Considere a seguinte tabela de valores de uma função f x i..5.7..5 f(x

Leia mais

Método de Newton. Podemos escrever este problema na forma vetorial denindo o vetor x = [x 1, x 2,..., x n ] T e a função vetorial

Método de Newton. Podemos escrever este problema na forma vetorial denindo o vetor x = [x 1, x 2,..., x n ] T e a função vetorial Método de Newton 1 Introdução O método de Newton aplicado a encontrar a raiz x da função y = fx) estudado na primeira área de nossa disciplina consiste em um processso iterativo Em cada passo deste processo,

Leia mais

Capítulo 6 - Integração e Diferenciação Numérica

Capítulo 6 - Integração e Diferenciação Numérica Capítulo 6 - Integração e Diferenciação Numérica Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança 2 o Ano - Eng. Civil, Química e Gestão Industrial

Leia mais

Equações diferenciais ordinárias

Equações diferenciais ordinárias Equações diferenciais ordinárias Laura Goulart UESB 9 de Abril de 2016 Laura Goulart (UESB) Equações diferenciais ordinárias 9 de Abril de 2016 1 / 13 Muitos problemas encontrados em engenharia e outras

Leia mais

Métodos Numéricos para EDO S

Métodos Numéricos para EDO S Métodos Numéricos para EDO S 9.1 Introdução O estudo das equações diferenciais foi motivado inicialmente por problemas da física, ou seja problemas de mecânica, eletricidade termodinâmica, magnetismo etc.

Leia mais

As bases da Dinâmica Molecular - 2

As bases da Dinâmica Molecular - 2 As bases da Dinâmica Molecular - 2 Alexandre Diehl Departamento de Física - UFPel Um pouco de história... SCEF 2 Um pouco de história... A pré-história da Dinâmica Molecular A ideia da Dinâmica Molecular

Leia mais

Modelagem Computacional. Aula 5 2

Modelagem Computacional. Aula 5 2 Mestrado em Modelagem e Otimização - RC/UFG Modelagem Computacional Aula 5 2 Prof. Thiago Alves de Queiroz 2 [Cap. 5] BURDEN, R. L.; FAIRES, J. D. Numerical Analysis (9th ed). Cengage Learning, 2010. Thiago

Leia mais

Métodos de Física Teórica II Prof. Henrique Boschi IF - UFRJ. 1º. semestre de 2010 Aula 7 Ref. Butkov, cap. 9, seções 9.3 e 9.4

Métodos de Física Teórica II Prof. Henrique Boschi IF - UFRJ. 1º. semestre de 2010 Aula 7 Ref. Butkov, cap. 9, seções 9.3 e 9.4 Métodos de Física Teórica II Prof. Henrique Boschi IF - UFRJ 1º. semestre de 2010 Aula 7 Ref. Butkov, cap. 9, seções 9.3 e 9.4 O problema de Sturm-Liouville A separação de variáveis da equação de Helmholtz,

Leia mais

Aula 19 06/2014. Integração Numérica

Aula 19 06/2014. Integração Numérica CÁLCULO NUMÉRICO Aula 19 06/2014 Integração Numérica Objetivo: Calcular integrais utilizando métodos numéricos Cálculo Numérico 3/41 Integração Numérica Cálculo Numérico 4/41 Integração Numérica Em determinadas

Leia mais

Aula 3 11/12/2013. Integração Numérica

Aula 3 11/12/2013. Integração Numérica CÁLCULO NUMÉRICO Aula 3 11/12/2013 Integração Numérica Objetivo: Calcular integrais utilizando métodos numéricos Cálculo Numérico 3/64 Integração Numérica Cálculo Numérico 4/64 Integração Numérica Em determinadas

Leia mais

1.1 Conceitos Básicos

1.1 Conceitos Básicos 1 Zeros de Funções 1.1 Conceitos Básicos Muito frequentemente precisamos determinar um valor ɛ para o qual o valor de alguma função é igual a zero, ou seja: f(ɛ) = 0. Exemplo 1.1 Suponha que certo produto

Leia mais

Comprimento de Arco. 1.Introdução 2.Resolução de Exemplos 3.Função Comprimento de Arco 4.Resolução de Exemplo

Comprimento de Arco. 1.Introdução 2.Resolução de Exemplos 3.Função Comprimento de Arco 4.Resolução de Exemplo UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Comprimento de Arco

Leia mais

Solução Numérica do Problema de Blasius da Camada Limite Laminar

Solução Numérica do Problema de Blasius da Camada Limite Laminar Universidade de Brasília Departamento de Engenharia Mecânica Mecânica dos Fluidos II 0) Prof. Francisco Ricardo da Cunha e Prof. Gustavo Coelho Abade Monitor: Nuno Jorge Sousa Dias Solução Numérica do

Leia mais

étodos uméricos RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS (Continuação) Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno

étodos uméricos RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS (Continuação) Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno étodos uméricos RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS (Continuação) Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA DE

Leia mais

Marina Andretta. 10 de outubro de Baseado no livro Introduction to Linear Optimization, de D. Bertsimas e J. N. Tsitsiklis.

Marina Andretta. 10 de outubro de Baseado no livro Introduction to Linear Optimization, de D. Bertsimas e J. N. Tsitsiklis. Solução básica viável inicial Marina Andretta ICMC-USP 10 de outubro de 2016 Baseado no livro Introduction to Linear Optimization, de D. Bertsimas e J. N. Tsitsiklis. Marina Andretta (ICMC-USP) sme0211

Leia mais

Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas Departamento de Matemática

Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas Departamento de Matemática Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas Departamento de Matemática 3 a Lista MAT 146 - Cálculo I 218/I APLICAÇÃO DE DERIVADAS: OTIMIZAÇÃO Otimização é outra aplicação de derivadas. Em

Leia mais

Interpolação polinomial: Polinômio de Lagrange

Interpolação polinomial: Polinômio de Lagrange Interpolação polinomial: Polinômio de Lagrange Marina Andretta ICMC-USP 09 de maio de 2012 Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires. Marina Andretta (ICMC-USP) sme0500 - cálculo

Leia mais

Notas de Aula de Cálculo Numérico

Notas de Aula de Cálculo Numérico IM-Universidade Federal do Rio de Janeiro Departamento de Ciência da Computação Notas de Aula de Cálculo Numérico Lista de Exercícios Prof. a Angela Gonçalves 3 1. Erros 1) Converta os seguintes números

Leia mais

Capítulo 7: Equações Diferenciais Ordinárias. 1. Problema de valor inicial

Capítulo 7: Equações Diferenciais Ordinárias. 1. Problema de valor inicial Capítulo 7: Equações Diferenciais Ordinárias. Problema de valor inicial Definição: Sea uma função de e n um número inteiro positivo então uma relação de igualdade que envolva... n é camada uma equação

Leia mais

As bases da Dinâmica Molecular - 1

As bases da Dinâmica Molecular - 1 As bases da Dinâmica Molecular - 1 Alexandre Diehl Departamento de Física - UFPel Um pouco de história... IDMSF2017 2 Um pouco de história... A pré-história da Dinâmica Molecular A ideia da Dinâmica Molecular

Leia mais

Funções podem ser representadas como série de potências Uma série de potências centrada em x 0 tem a seguinte forma:

Funções podem ser representadas como série de potências Uma série de potências centrada em x 0 tem a seguinte forma: Edgard Jamhour Funções podem ser representadas como série de potências Uma série de potências centrada em x 0 tem a seguinte forma: n f x, x 0 = n=0 a n x x 0 f(x,x 0 ) = a 0 + a 1 (x-x 0 ) + a 2 (x-x

Leia mais

Integral. Queremos calcular a integral definida I = O valor de I será associado a uma área. Veremos dois métodos (por enquanto)

Integral. Queremos calcular a integral definida I = O valor de I será associado a uma área. Veremos dois métodos (por enquanto) Integral Queremos calcular a integral definida I = b a f(x)dx. O valor de I será associado a uma área. Veremos dois métodos (por enquanto) Método do Trapezóide Método de Simpson 1 Método do Trapezóide

Leia mais

Testes Formativos de Computação Numérica e Simbólica

Testes Formativos de Computação Numérica e Simbólica Testes Formativos de Computação Numérica e Simbólica Os testes formativos e 2 consistem em exercícios de aplicação dos vários algoritmos que compõem a matéria da disciplina. O teste formativo 3 consiste

Leia mais

Cálculo Numérico Ponto Fixo

Cálculo Numérico Ponto Fixo Cálculo Numérico Ponto Fixo Método do Ponto Fixo (MPF) Dada uma função f(x) contínua no intervalo [a,b] onde existe uma raiz única, f(x) = 0, é possível transformar tal equação em uma equação equivalente

Leia mais

CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida

CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida Aula n o 2: Aproximações Lineares e Diferenciais Objetivos da Aula Definir e calcular a aproximação linear de uma função derivável; Conhecer e determinar

Leia mais

Lista de Exercícios 2 Cálculo Numérico - Professor Daniel

Lista de Exercícios 2 Cálculo Numérico - Professor Daniel Lista de Exercícios 2 Cálculo Numérico - Professor Daniel Observação: Esta lista abrange integração numérica e resolução numérica de EDO s. Em outras palavras, ela abrange toda a matéria da terceira prova.

Leia mais

Modelagem Computacional. Parte 2 2

Modelagem Computacional. Parte 2 2 Mestrado em Modelagem e Otimização - RC/UFG Modelagem Computacional Parte 2 2 Prof. Thiago Alves de Queiroz 2/2016 2 [Cap. 2 e 3] BURDEN, R. L.; FAIRES, J. D. Numerical Analysis (9th ed). Cengage Learning,

Leia mais

Resolução de sistemas de equações lineares: Método do Gradiente

Resolução de sistemas de equações lineares: Método do Gradiente Resolução de sistemas de equações lineares: Método do Gradiente Marina Andretta ICMC-USP 24 de março de 2015 Marina Andretta (ICMC-USP) sme0301 - Métodos Numéricos para Engenharia I 24 de março de 2015

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Cálculo Numérico - Zeros de Funções Prof a Dr a Diane Rizzotto Rossetto Universidade Tecnológica Federal do Paraná 13 de março de 2016 D.R.Rossetto Zeros de Funções 1/81 Problema Velocidade do pára-quedista

Leia mais

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7 Conteúdo 1 4 1.1- Áreas............................. 4 1.2 Primeiras definições...................... 6 1.3 - Uma questão importante.................. 7 1 EDA Aula 1 Objetivos Apresentar as equações diferenciais

Leia mais

Aula 16. Integração Numérica

Aula 16. Integração Numérica CÁLCULO NUMÉRICO Aula 16 Integração Numérica Integração Numérica Cálculo Numérico 3/41 Integração Numérica Em determinadas situações, integrais são difíceis, ou mesmo impossíveis de se resolver analiticamente.

Leia mais

1. Converta os seguintes números decimais para sua forma binária: (a) 22 (b) 255 (c) 256 (d) 0.11 (e) (f)

1. Converta os seguintes números decimais para sua forma binária: (a) 22 (b) 255 (c) 256 (d) 0.11 (e) (f) 1 a Lista de Exercícios de Cálculo Numérico Prof a. Vanessa Rolnik 1. Converta os seguintes números decimais para sua forma binária: (a) 22 (b) 255 (c) 256 (d).11 (e).8125 (f) 4.69375 2. Converta os seguintes

Leia mais

Equações não lineares

Equações não lineares Capítulo 2 Equações não lineares Vamos estudar métodos numéricos para resolver o seguinte problema. Dada uma função f contínua, real e de uma variável, queremos encontrar uma solução x que satisfaça a

Leia mais

dy dt d 2 y dt 2 d n y dt n y dy y= F t a= f t, v, x dv dt = f t, a dx = f t, v

dy dt d 2 y dt 2 d n y dt n y dy y= F t a= f t, v, x dv dt = f t, a dx = f t, v Cap. 9.- Integração de Equações Diferenciais Ordinárias (ODE's) 9.1. Definições ODE ou EDO Equações diferenciais ordinárias são aquelas que relacionam derivadas totais de variáveis dependentes com uma

Leia mais

Algoritmos Numéricos I. Lucia Catabriga 1

Algoritmos Numéricos I. Lucia Catabriga 1 Algoritmos Numéricos I Problema de Valor no Contorno (PVC) Método das Diferenças Finitas Lucia Catabriga 1 1 DI/UFES - Brazil Novembro 2014 Introdução Introdução A solução de Problemas de Valor no Contorno

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo Erros e Aproximações Numéricas Sistemas de Equações Lineares.

Leia mais

f(h) δ h p f(x + h) f(x) (x) = lim

f(h) δ h p f(x + h) f(x) (x) = lim Capítulo 6 Derivação numérica Nesta seção vamos desenvolver métodos para estimar a derivada de uma função f calculada em um ponto x, f (x, a partir de valores conecidos de f em pontos próximos ao ponto

Leia mais

Lista 1 - Cálculo Numérico - Zeros de funções

Lista 1 - Cálculo Numérico - Zeros de funções Lista 1 - Cálculo Numérico - Zeros de funções 1.) De acordo com o teorema de Bolzano, se uma função contínua f(x) assume valores de sinais opostos nos pontos extremos do intervalo [a, b], isto é se f(a)

Leia mais

Capítulo 6 - Integração e Diferenciação Numérica

Capítulo 6 - Integração e Diferenciação Numérica Capítulo 6 - Integração e Diferenciação Numérica Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança 2 o Ano - Eng. Civil, Electrotécnica e Mecânica

Leia mais

MAT Cálculo 2 para Economia 3 a Prova - 28 de novembro de 2016

MAT Cálculo 2 para Economia 3 a Prova - 28 de novembro de 2016 MAT 0147 - Cálculo para Economia 3 a Prova - 8 de novembro de 016 Questão 1) Determine o máximo e o mínimo de f(x, y) = x 4 + y em D = {(x, y); x + y 1}. Soluç~ao: As derivadas parciais f x (x, y) = 4x

Leia mais

f(1) = 6 < 0, f(2) = 1 < 0, f(3) = 16 > 0 x [2, 3].

f(1) = 6 < 0, f(2) = 1 < 0, f(3) = 16 > 0 x [2, 3]. 1 As notas de aula que se seguem são uma compilação dos textos relacionados na bibliografia e não têm a intenção de substituir o livro-texto, nem qualquer outra bibliografia. Métodos Numéricos Para Solução

Leia mais

Questão 1: (2.0 pontos) (a) (1.0 ponto) Obtenha os cinco primeiros termos da série de Taylor da função f(x) = cos x em.

Questão 1: (2.0 pontos) (a) (1.0 ponto) Obtenha os cinco primeiros termos da série de Taylor da função f(x) = cos x em. Página de 7 Instituto de Matemática - IM/UFRJ Gabarito da prova final unificada - Escola Politécnica / Escola de Química - 0/07/009 Questão :.0 pontos a.0 ponto Obtenha os cinco primeiros termos da série

Leia mais

Aproximações Lineares e Diferenciais. Aproximações Lineares e Diferenciais. 1.Aproximações Lineares 2.Exemplos 3.Diferenciais 4.

Aproximações Lineares e Diferenciais. Aproximações Lineares e Diferenciais. 1.Aproximações Lineares 2.Exemplos 3.Diferenciais 4. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Aproximações Lineares

Leia mais

de Interpolação Polinomial

de Interpolação Polinomial Capítulo 10 Aproximação de Funções: Métodos de Interpolação Polinomial 101 Introdução A aproximação de funções por polinômios é uma das idéias mais antigas da análise numérica, e ainda uma das mais usadas

Leia mais

Capítulo 3. O Método das Diferenças Finitas

Capítulo 3. O Método das Diferenças Finitas Programa de Engenharia Química, COPPE/UFRJ 3- Capítulo 3 O Método das Diferenças Finitas O método das diferenças finitas pode ser utilizado para resolver problemas de valor de contorno ou valor inicial,

Leia mais

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL Capítulo V

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL Capítulo V Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL Capítulo V Integração Numérica 1. Considere o integral: 1 0 e x2 dx a) Determine o seu valor aproximado, considerando 4 subintervalos e utilizando: i. A regra dos

Leia mais

4 Modelagem Numérica. 4.1 Método das Diferenças Finitas

4 Modelagem Numérica. 4.1 Método das Diferenças Finitas 4 Modelagem Numérica Para se obter a solução numérica das equações diferenciais que regem o processo de absorção de CO 2,desenvolvido no capitulo anterior, estas precisam ser transformadas em sistemas

Leia mais

xy + y = 0. (1) Portanto a solução geral de (1) é a família de hipérboles y = C x,

xy + y = 0. (1) Portanto a solução geral de (1) é a família de hipérboles y = C x, Seção 4: Equações Exatas Fator Integrante Introduzimos a idéia de equação exata, através de dois exemplos simples. Note que nesses dois exemplos, além de exata, a EDO também é separável, podendo alternativamente

Leia mais

EDO I. por Abílio Lemos. 16 e 18 de outubro de Universidade Federal de Viçosa. Departamento de Matemática UFV. Aulas de MAT

EDO I. por Abílio Lemos. 16 e 18 de outubro de Universidade Federal de Viçosa. Departamento de Matemática UFV. Aulas de MAT EDO I por Universidade Federal de Viçosa Departamento de Matemática-CCE Aulas de MAT 147-2017 16 e 18 de outubro de 2017 Definição 1 Uma equação diferencial é qualquer relação entre uma função e suas derivadas.

Leia mais

Renato Martins Assunção

Renato Martins Assunção Análise Numérica Erros, Extrapolação de Richardson e Quadratura Gaussiana Renato Martins Assunção DCC - UFMG 2012 Renato Martins Assunção (DCC - UFMG) Análise Numérica 2012 1 / 40 Análise do erro Sabemos

Leia mais

BANCO DE EXERCÍCIOS - 24 HORAS

BANCO DE EXERCÍCIOS - 24 HORAS BANCO DE EXERCÍCIOS - HORAS 9º ANO ESPECIALIZADO/CURSO ESCOLAS TÉCNICAS E MILITARES FOLHA Nº GABARITO COMENTADO ) A função será y,5x +, onde y (preço a ser pago) está em função de x (número de quilômetros

Leia mais

de equações diferenciais

de equações diferenciais Método de otimização para resolução de equações diferenciais José Mario Martínez Fedor Pisnitchenko Sandra Augusta Santos Matemática Aplicada - IMECC/UNICAMP, 13083-859 Campinas, SP, Brasil E-mail: martinez@ime.unicamp.br,

Leia mais

Método de Diferenças Finitas

Método de Diferenças Finitas Método de Diferenças Finitas Câmpus Francisco Beltrão Disciplina: Professor: Jonas Joacir Radtke Aplicações Quase todos os problemas em ciências físicas e engenharia podem ser reduzidos a uma equação diferencial.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Ciência da ComputaçãoUFRJ. Cálculo Numérico. S. C. Coutinho. Provas e gabaritos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Ciência da ComputaçãoUFRJ. Cálculo Numérico. S. C. Coutinho. Provas e gabaritos UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Ciência da ComputaçãoUFRJ Cálculo Numérico S. C. Coutinho Provas e gabaritos Lembre-se: Nas provas não são aceitas respostas sem justicativa. Você

Leia mais

SME Cálculo Numérico. Lista de Exercícios: Gabarito

SME Cálculo Numérico. Lista de Exercícios: Gabarito Exercícios de prova SME0300 - Cálculo Numérico Segundo semestre de 2012 Lista de Exercícios: Gabarito 1. Dentre os métodos que você estudou no curso para resolver sistemas lineares, qual é o mais adequado

Leia mais

1 Receita básica. x + cos(x) = y + y 3 x 2 + y 2 = 1. E o escrevemos na forma. x + cos(x) y y. F 1 x F 2. x 1 x 2 x n J F = F n F n F n

1 Receita básica. x + cos(x) = y + y 3 x 2 + y 2 = 1. E o escrevemos na forma. x + cos(x) y y. F 1 x F 2. x 1 x 2 x n J F = F n F n F n Receitas para solução de sistemas de equações usando o método de Newton-Raphson no Scilab Prof. Fabio Azevedo - Cálculo Numérico - MAT01169 1 Receita básica Nesta receira básica, mostraremos como calcular

Leia mais

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES SEGUNDA ORDEM

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES SEGUNDA ORDEM EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES SEGUNDA ORDEM 02/04/2014 Prof. Geraldine Revisão de Álgebra Linear Definição de conjunto Linearmente Independente Dizemos que as funções f ( x), f ( x) são LI, em um 1 2

Leia mais

Diferenciais em Série de Potências

Diferenciais em Série de Potências Existência de Soluções de Equações Diferenciais em Série de Potências Reginaldo J. Santos Departamento de Matemática-ICEx Universidade Federal de Minas Gerais http://www.mat.ufmg.br/ regi 0 de julho de

Leia mais

Método de Euler. Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP. 29 de outubro de 2013

Método de Euler. Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP. 29 de outubro de 2013 Solução numérica de Equações Diferenciais Ordinárias: Método de Euler Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP 29 de outubro de 2013 Baseado nos livros: Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires;

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC. 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos da bissecção e falsa posição

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC. 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos da bissecção e falsa posição UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC1419 Cálculo Numérico - LISTA 1 - Zeros de Funções (Profs. André Camargo, Feodor Pisnitchenko, Marijana Brtka, Rodrigo Fresneda) 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos

Leia mais

0.1 Expansão em Série de Taylor de Uma Função

0.1 Expansão em Série de Taylor de Uma Função 0. Expansão em Série de Taylor de Uma Função Numa análise de propriedade de uma função, um conceito fundamental é a expansãoemsériedetaylordeumafunção. Sejaf = f(x) uma função arbitrária, contínua e suave.

Leia mais

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Apresente e justifique todos os cálculos

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Apresente e justifique todos os cálculos Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS TESTES DE RECUPERAÇÃO A - 6 DE JUNHO DE 9 - DAS H ÀS :3H Teste Apresente e justifique

Leia mais

3 Equações diferenciais

3 Equações diferenciais 3 Equações diferenciais 3. Forma geral das equações diferenciais Uma equação diferencial ordinária ou de forma abreviada, EDO de ordem n é uma relação entre uma função y(x) e as suas derivadas y, y,...,

Leia mais

Cálculo Numérico / Métodos Numéricos. Solução de equações polinomiais Briot-Ruffini-Horner

Cálculo Numérico / Métodos Numéricos. Solução de equações polinomiais Briot-Ruffini-Horner Cálculo Numérico / Métodos Numéricos Solução de equações polinomiais Briot-Ruffini-Horner Equações Polinomiais p = x + + a ( x) ao + a1 n x n Com a i R, i = 0,1,, n e a n 0 para garantir que o polinômio

Leia mais

Método dos Mínimos Quadrados

Método dos Mínimos Quadrados Método dos Mínimos Quadrados Laura Goulart UESB 4 de Abril de 2019 Laura Goulart (UESB) Método dos Mínimos Quadrados 4 de Abril de 2019 1 / 22 Objetivos O Método dos Mínimos Quadrados (MMQ) é uma técnica

Leia mais

TE231 Capitulo 2 Zeros de Funções; Prof. Mateus Duarte Teixeira

TE231 Capitulo 2 Zeros de Funções; Prof. Mateus Duarte Teixeira TE231 Capitulo 2 Zeros de Funções; Prof. Mateus Duarte Teixeira Sumário 1. Como obter raízes reais de uma equação qualquer 2. Métodos iterativos para obtenção de raízes 1. Isolamento das raízes 2. Refinamento

Leia mais