Ministério das Comunicações. Ministro Hélio Costa. Representantes do Grupo de Trabalho Interministerial

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2 Ministério das Comunicações Ministro Hélio Costa Representantes do Grupo de Trabalho Interministerial Ministério das Comunicações Titular: Sérgio Luiz de Moraes Diniz Suplente: Carlos Alberto Freire Resende Casa Civil da Presidência da República Titular: André Barbosa Filho Suplente: André Fonseca De Paula Leite Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica Titular: Alexandre Pinheiro de Moraes Rego Suplente: Jorge Antonio Menna Duarte Secretaria-Geral da Presidência da República: Titular: Silvio dos Santos Suplente: Célio Celso Cruz Júnior Assessoria Especial da Presidência da República Titular: Delcimar Pires Martins Suplente: Carla Márcia Parisi Checchia Ministério da Justiça Titular: Maria Claudia Cabral Suplente: Marcos Aurélio Pereira De Moura' Ministério da Educação Titular: Tânia Maria Maia Magalhães Castro Suplente: Mathias Gonzalez Souza Ministério da Cultura Titular: Adair Rocha Suplente: Alfredo Manevy Sítio na Internet: 2005, Ministério das Comunicações Relatório do Grupo de Trabalho lnterministerial Radiodifusão comunitária no Brasil. Análise da situação e sugestões para sua, 02.

3 Assessora Técnica Alexandra Luciana Costa - MC Secretária Executiva Erdelene Maria França de Barros - MC Colaboradores Adriana R. Avelar Rabelo - ANATEL Yapir Marotta - ANA TEL Reginaldo José Rocha Lemos - ANA TEL Renato Bigliazzi - ANA TEL Adalzira França S. Lucca - CONJURJMC Jadson Santana de Sousa - CONJUR /MC Maria da Glória Tuxi Ferreira dos Santos - CONJUR /MC Geralda Aparecida Teixeira - CONJUR /MC Bartira Meira Ramos Nagado - SAJ/CC/PR Igor Vilas Boas de Freitas - Comissão de Educação/Senado Federal Fábio Luis Mendes.- Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Infonnática/Câmara dos Deputados Waldemar Gonçalves Ortunho Júnior- MC Ériko Mendes Domenici - MC Dorival Gimenes Júnior - CPqD Relatório do Grupo de Trabalho lnterministerial Radiodifusão comunitária no Brasil: análise da situação e sugestões para sua disseminação 03

4 SUMÁRIO Sumário Executivo...5 Glossário...8 Nota Introdutória Metodologia do Grupo de Trabalho Interministerial Introdução Diagnóstico Aspectos Jurídicos Aspectos Técnicos Outorga...: Fiscalização Sustentabilidade Vedação de Rede Conclusões Legislação utorgas Transparência e relação com a sociedade Precariedade Institucional Fiscalização Capacitação e sustentabilidade Vedação à formação de rede Propostas e Recomendações Legislação Outorgas Transparência e relação com a sociedade Precariedade Institucional Fiscalização Capacitação e sustentabilidade Vedação à formação de rede Outras ANEXO I - Anteprojeto de Lei ANEXO II - Anteprojeto de Lei de Anistia ANEXO III - Revisão da Norma do Ministério das Comunicações ANEXO IV - Estudo de legislação comparada ANEXO V-Proposta de evolução das condições técnicas de prestação do serviço- RadCom.56 ANEXO VI - Estudo sobre interferências no serviço de Radionavegação Aeronáutica ANEXO VII - Decreto que institui o grupo de Trabalho Relatório do GntpO de Trabalho lnterministerial Radiodifusão comunitária no Brasil: análise da sitllação e sugestões para sua disseminação 4

5 SUMÁRIO EXECUTIVO O Grupo De Trabalho Interministerial, criado com a finalidade de "analisar a situação da radiodifusão comunitária no País e propor medidas para disseminação das rádios comunitárias, visando ampliar o acesso da população a esta modalidade de comunicação, agilizar os procedimentos de outorga e aperfeiçoar a fiscalização do sistema". 1, apresenta Relatório Final das atividades após 24 reuniões ordinárias e 1 O extraordinárias, realizadas entre o dia 03 de fevereiro e 10 de agosto de Considerando as questões levantadas pela Sociedade Civil, membros do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, o GTI apresenta propostas e recomendações, que convergem no sentido da construção de uma nova política pública para a radiodifusão comunitária sonora e de sons e imagens no país, reconhecendo esta modalidade de comunicação como' estratégica para o Estado. Deste modo, as conclusões finais do GTI podem ser resumidas nos seguintes temas: Legislação: Necessária revisão da legislação vigente, em especial nos aspectos técnicos da Lei n 9.612/98 que dificultam a disseminação das rádios comunitárias. Assim, recomenda-se: m. Alteração da Lei n 9.612/98 visando simplificar e agilizar o processo de autorização para o serviço e ainda, possibilitar: a) publicidade b) formação de redes; c) proteção; d) inclusão de minorias étnica culturais e comunidades indígenas; ( e) momento da oferta de canais; e (f) "execução do serviço de radiodifusão comunitária de sons e imagens. Alteração da Norma Complementar n 01/2004, visando desburocratizar os procedimentos de análise dos pedidos de autorização. Amplo debate sobre a possibilidade de descriminalização da execução do serviço de radiodifusão de características comunitárias não autorizadas. Outorgas Em decorrência da média atual de 3 anos e 6 meses para autorizar o funcionamento de uma emissora, e exigências documentais excessivas e formalistas, recomenda-se: m. IV. Publicação de Avisos de habilitação a cada três meses. A visos de habilitação regionalizados atendendo a determinada região. Promover Estudo de Zoneamento de Freqüências, visando atender regiões desassistidas, áreas conurbadas e regiões com diferentes topografias. Eliminação da análise feita pela Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil, simplificando o procedimento. Aumento da oferta de canais por meio de estudo específico. I Decreto Prcsidcncial dc 26 de novcmbro de 2004, publicado no Diário Oficial da União de 29 de novembro de (v. Ancxo VII) Relatório do Grupo de Trabalho lnterministerial Radiodifusão comunitária no Brasil: análise da situação e sugestões para sua disseminação 05

6 Transparência e relação com a sociedade Considerando a importância da participação da sociedade e do acesso a informações referentes ao serviço, aos procedimentos de outorga, andamento de processos, meios de avaliação e análise de denúncias, recomenda-se: 1. Elaboração e implementação de Plano de divulgação pela Secretaria-Geral da Presidência da República sobre a legalidade, importância e papel social das rádios comunitárias. 11. Integração com os programas governamentais promovendo a divulgação de projetos e programas de governo nas emissoras comunitárias. lll. Audiências públicas para mobilizar as comunidades interessadas. iv. Criação de Conselhos de Comunicação Comunitária. v. Parcerias institucionais com o objetivo de facilitar o amplo conhecimento da sociedade sobre acesso às rádios comunitárias. Precariedade institucional Observa-se que a atual estrutura do Ministério das Comunicações tem limitações de.recursos de pessoal e de sistemas de informação. Assim sendo, recomenda-se: 1. Conclusão da avaliação da gestão de processos no Ministério das Comunicações, em execução pela Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento,. Orçamento e Gestão e, em caráter emergencial, aumento de pessoal decorrente da abertura de novos avisos de habilitação. Finalização e implantação do novo Sistema de informação pelo Serpro. 11. Fiscalização Constata-se que a fiscalização é insuficiente para flagrar as rádios autorizadas e não autorizadas que não atendem aos objetivos do serviço. Também é urgente o debate sobre a necessidade de criminalização da operação de emissora de radiodifusão, de caráter comunitário, que opera em baixa potência e sem autorização. Desta forma recomenda-se: 1. Uma fiscalização educativa pela ANA TEL por meio de imersão dos agentes na cultura dos direitos humanos e do direito à comunicação e orientando o prestador do serviço de radiodifusão comunitária. ll. Transparência da fiscalização para que os órgãos envolvidos dêem publicidade à ação fiscalizadora. Garantia de utilização prioritária do espectro pelos serviços necessários à segurança de vôo nas áreas próximas aos aeroportos. Pesquisa e mapeamento real da radiodifusão sonora no Brasil. lll. IV. Capacitação e sustentabilidade Constatou-se a inexistência de ações voltadas para a capacitação dos profissionais envolvidos na radiodifusão comunitária. Outrossim, a sustentabilidade das emissoras comunitárias é prejudicada pela atual restrição à publicidade. Deste modo recomenda-se: Relatório do Grupo de Trabalho Interministerial Radiodifusão comunitária no Brasil: análise da situação e sugestões para sua disseminação 06

7 IV. v. VI. Vll. Promoção de ações de capacitação e certificação de multiplicadores e radiodifusores para o exercício da atividade. Integração e intercâmbio entre as diferentes executoras de radiodifusão visando a capacitação, sustentabilidade e investimentos. Participação das Universidades em projetos voltados ao desenvolvimento sustentável e técnico de emissoras de radiodifusão comunitária. Incentivo à produção de conteúdo por meio da atuação dos Ministérios da Educação e da Cultura das emissoras de radiodifusão comunitária. Financiar projetos relacionados à disseminação e sustentabilidade de emissoras de radiodifusão comunitária através da criação de fundo governamental ou a utilização de recursos de fundo já existente. Permissão de veiculação de publicidade às emissoras de radiodifusão comunitária. Veiculação das ações e programas da União, frente à alocação de verba publicitária para divulgação nas emissoras de radiodifusão comunitária. Vedação à formação de redes Recomenda-se possibilitar às emissoras de radiodifusão comunitária a formação de redes, pois sua vedação é questionável sob o ponto de vista da finalidade do serviço (tal como previsto em lei) e do direito à comunicação e à liberdade de expressão. Outros Anistia. Recomenda-se propor anistia aos radiodifusores comunitários, cuja potência da emissora não ultrapassa 25 W. (v. Anexo Il). Conferência Nacional de Radiodifusão Comunitária. Recomenda-se a realização da I Conferência Nacional de Radiodifusão Comunitária, como parte de uma nova política pública para o setor. Relatório do Grupo de Trabalho Interministcrial Radiodijitsão comunitária no Brasil: análise do situoção e sugestõ/'s para slla disseminação 07

8 GLOSSÁRIO ABA ABCCOM ABERT ABRA ABRAÇO ABRA TEL AJUFE AMARC ANATEL ANCARC Canal CONJURJMC Contorno DPF Espectro eletromagnético Entidade comunitária PARC Associação Brasileira dos Anunciantes Associação Brasileira de Canais.Comunitários a Cabo Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão Associação Brasileira dos Radiodifusores Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária Associação Brasileira de Radiodifusão, Tecnologia e Telecomunicações Associação dos Juízes Federais. Associação Mundial de Rádios Comunitárias Agência Nacional de Telecomunicações Associação Nacional Católica de Rádios Comunitárias Trata-se de um "espaço" ou "faixa", medido em hertz, que delimita o intervalo de freqüências de utilização por uma emissora de rádio, para que seu sinal possa ser recebido por seus ouvintes. A cada canal da faixa de FM é atribuído um número de 200 a 300. Consultoria Jurídica do Ministério das Comunicações Considera-se contorno a extensão do sinal de uma rádio a determinada intensidade de campo. Chama-se contorno protegido o ponto até o qual o sinal de uma rádio não pode ser interferido e contorno interferente, a região onde o sinal de uma rádio causa interferência em uma outra. O contorno protegido de uma rádio comunitária é o de 91 dbjl., que equivale a um alcance de raio I lem. Departamento de Polícia Federal É um bem público administrado pelo Estado. O espectro envolve os recursos naturais que tomam possível a propagação das ondas eletromagnéticas que carregam os sinais das emissoras de rádio. Como a possibilidade de recepção de um sinal de uma emissora de rádio depende de como as outras rádios de sua região farão uso do espectro, este é um bem público considerado escasso. Atende à comunidade como um todo, assegurando o ingresso, como associado, de todo e qualquer cidadão domiciliado na área de execução do Serviço, bem como de outras entidades sem fins lucrativos nela sediadas, devendo assegurar também a seus associados o direito de votar e ser votado para todos os cargos de direção, bem como o direito de voz e voto nas deliberações sobre a vida social da entidade, nas instâncias deliberativas existentes, garantindo-se efetiva e democrática participação da comunidade. Federação das Rádios Comunitárias Relatório do Grupo de Trabalho lnterministerial Radiodifusão comunitária no Brasil: análise da situação e sugestões para sua disseminação 08

9 FNDC Ganho GTI Intensidade campo MC 1\1NDH MPF Oboré Onidirecional Potência RBC SAJ SEBRAE SENAC SINERC SJPDF Fórum Nacional pela Democratização na Comunicação Representa o "aumento" da intensidade de campo do sinal de uma emissora de rádio tomado possível pela utilização de determinado equipamento específico, como, por exemplo, uma antena. O ganho de antena de uma rádio comunitária é de, no máximo, O db em relação à antena dipolo de meia onda, ou seja, não pode ser maior que o ganho dessa antena. I Grupo de Trabalho Interministerial de A intensidade de campo é a medida da intensidade do sinal radioelétrico. É medida em unidades denominadas db ~ Vim. Ministério das Comunicações Movimento Nacional dos Direitos Humanos Ministério Público Federal Empresa de Projetos Especiais em Comunicação e Artes Quer dizer que o sinal de uma antena se propaga com a mesma intensidade em todas as direções. As rádios comunitárias são obrigadas a usar antenas onidirecionais, o que quer dizer que elas não podem "direcionar" o sinal para permitir que eles cheguem com maior ou menor intensidade em determinada direção. A potência de um transmissor de uma rádio é medida em watts. A potência é uma das medidas que está diretamente relacionada ao alcance de uma rádio. Quanto maior a potência, teoricamente maior o alcance da rádio. Outros fatores (como o relevo) podem diminuir o impacto da potência sobre o alcance de uma rádio. A potência efetiva irradiada (ERP) mede a potência com que o sinal de uma rádio deixa a antena, ou seja, considera possíveis perdas decorrentes do material utilizado (no transmissor, no cabo, na antena, etc.). A ERP de uma rádio comunitária é de, no máximo, 25 watts. Rede Brasil de Comunicação Cidadã Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial Sindicato das Emissoras Comunitárias Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF Relatório do Grupo de Trabalho lnterministerial Radiodifusão comunitária no Brasil: análise da situação e sugestões para sua disseminação 09

10 Nota Introdutória Este documento está dividido em cinco seções. Na primeira seção, detalha-se o funcionamento do Grupo de Trabalho Interministerial criado para discutir a radiodifusão comunitária. Em seguida, na segunda seção, é oferecida uma "introdução" à radiodifusão comunitária. A terceira seção foi destinada a um diagnóstico extensivo da situação das rádios comunitárias no Brasil. As conclusões para a disseminação da radiodifusão comunitária estão contidas na quarta seção. A quinta e última seção contém propostas e recomendações do Grupo de Trabalho Interministerial 1. Metodologia do Grupo de Trabalho Interministerial Esta seção apresenta, em linhas gerais, o trabalho realizado pelo Grupo de Trabalho Interministerial - GTI criado para "analisar a situação da radiodifusão comunitária no País e propor medidas para disseminação das rádios comunitárias, visando ampliar o acesso da população a esta modalidade de comunicação, agilizar os procedimentos de outorga e aperfeiçoar a fiscalização do sistema.,,2 As atividades deste Grupo tiveram início em 03 de fevereiro de 2005 e encerraram dia 10 de agosto de As atividades foram realizadas em 6 etapas, totalizando 24 reuniões ordinárias e 10 extraordinárias. A ANA TEL participou como convidada em todas as etapas do trabalho. A Ia etapa foi marcada por definições de questões metodológicas e análise da legislação pátria vigente, tendo transcorrido em sete reuniões. Nesta fase foi elaborado e aprovado o Regimento Interno, definidos procedimentos a serem aplicados na condução das atividades do grupo e cronograma. Realizou-se, também, análise das características do Serviço de Radiodifusão Comunitária, legislação específica, os procedimentos de outorga e impactos de sua aplicação - aspectos técnicos, jurídicos e burocráticos, mediante apresentação feita pela Coordenação de Radiodifusão Comunitária do Ministério das Comunicações e pela ANATEL. Nesta etapa também foram analisados o relatório do Grupo de Trabalho de A 28ª etapa, também realizada em sete reuniões, objetivou maior conhecimento da realidade das rádios comunitárias e das propostas de soluções e inovações. Para isso foram realizadas videoconferência e reuniões com várias entidades 4. O exame das propostas apresentadas pela sociedade civil e pelo GT 2003 teve por referência os temas: fiscalização, legislação, procedimentos de outorga e medidas de disseminação. A 38 etapa, realizada em três reuniões, contou com a participação da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil - SAl, Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, Comissão de Educação do Senado Federal e Conselho de Comunicação Social do Congresso. Nesta fase foi realizado levantamento e análise da 2 Decreto Presidencial de 26 de novembro de 2004, publicado no Diário Oficial da União de 29 de novembro de V. íntegra no Anexo VII. ) O GT de Radiodifusão Comunitária foi criado pela Portaria n 83, de 24 de março de 2003, para realizar, em caráter emergencial e extraordinário, todos os atos necessários à instrução, ao saneamento e ao desenvolvimento dos processos em andamento no âmbito do MC., O GTl agradece a presença e a participação das entidades: FNDC, SJPDF, AMARC, ABCCOM, ANCARC, FARC, RBC, MNDH, SINERC, ABRAÇO, FDC, ABERT, ABRA e ABRA TEL. I Relatório do Gl1JpO de Trabalho lnterminislerial Radiodifusão comunitária no Brasil: análise da situação e sugestões para sua disseminação 10

11 legislação comparada de países das Américas e da Austrália, discutindo-se acerca das qualidades e sua potencial aplicação no Brasil. A 48ª etapa visou a percepção dos procedimentos relativos à fiscalização e à postura do Poder Judiciário e Ministério Público Federal - MPF. Realizou-se em quatro reuniões. Participaram de forma direta a ANATEL, Departamento de Polícia Federal - DPF, SAJ, Consultoria Jurídica do Ministério das Comunicações - CONJURJMC, MPF e Associação dos Juízes Federais - AJUFE. Realizou-se ainda reunião extraordinária junto à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e lnformática da Câmara dos Deputados. Nessa ocasião informou-se aos parlamentares sobre os trabalhos do GTI e colheram-se propostas, tendo a Comissão, por meio de alguns de seus representantes, demonstrado interesse em participar das reuniões do Grupo e da organização da I Conferencia de Radiodifusão Comunitária. Na 58ª etapa, realizada em cinco reuniões, discutiram-se entre os vários atores sociais5 medidas de disseminação relativamente aos aspectos da outorga, divulgação, facilitação, capacitação e sustentabilidade da radiodifusão comunitária. Nos dias 22 e 23 de junho foram realizadas visitas a sete emissoras de rádio comunitária autorizadas no Distrito Federal para conhecer a realidade e as dificuldades enfrentadas por estas rádios. A 68ª e última etapa destinou-se à elaboração deste relatório final e foi desenvolvida em oito encontros. Registra-se que foram criados dois subgrupos, instalados durante a realização dos trabalhos, para apoiar as decisões do GTI pertinentes à: (a) revisão da legislação e (b) realização da I Conferência de Radiodifusão Comunitária, neste caso composto por cinco representantes do governo federal e cinco representantes de entidades do movimento de radiodifusão comunitária. 2. Introdução A radiodifusão comunitária, mais do que um exercício de comunicação por meio de sistemas radiodifundidos sonoros e de sons e imagens, exerce o papel de construtora da cidadania, não apenas por propiciar a discussão dos conteúdos das mensagens divulgadas, como pela possibilidade de participação popular em sua produção, em seu planejamento e em sua gestão. Diz respeito ainda ao direito constitucional das pessoas manifestarem livremente sua opinião e terem acesso à diversidade de idéias por meio desses sistemas como garantia da ocupação da esfera pública. Este exercício se concretiza através do uso dos meios de comunicação comunitária. Cabe salientar que a radiodifusão comunitária é parte integrante da família radiofônica. Deve, portanto: ~ Esta fase contou com a participação da SAJ e, CONJUR!MC. O GTI agradece ainda a colaboração das seguintes entidades: ABRAÇO e FNDC, Ministérios da Saúde, Ministério do Desenvolvimento Social., Ministério da Cultura, Ministério das Minas e Energia, Radiobrás, Correios, Banco do Brasil, Embrapa, Sebrae, SenaclSP, ABA, ABERT, ABRA, ABRA TEL e Oboré. Relarório do Grupo de Trabalho lnterminislerial Radiodifusão comunitária no Brasil: análise da situação e sugestões para sua disseminação 11 I

12 - ser reconhecida pela sociedade brasileira, como um instrumento fundamental de desenvolvimento local, avalista da inclusão dos indivíduos, através de sua expressividade, independentemente de crença, raça ou condição social e de modo livre e responsável, dentro de seu grupo social e na sociedade como um todo; - ser percebida como mais um serviço de radiodifusão, convivendo produtivamente com outros serviços de radiodifusão e contribuindo para alcançar um estágio integrado que permita um enlace ainda mais estreito das relações do público com o rádio e com a televisão. - ser apoiada pelos setores da radiodifusão com modalidades comerciais e/ou educativas podendo se tornar um celeiro natural para a renovação de profissionais do setor. Como contrapartida deverá receber apoio para a construção de seus próprios projetos, a partir das demandas legítimas das próprias comunidades. 3. Diagnóstico Nesta seção apresenta-se a constatação de que existem diferenças entre as entidades que fazem uso do termo "rádio comunitária". Logo em seguida, sintetiza-se as principais limitações de ordem jurídica, técnica e institucional à disseminação do serviço de radiodifusão comunitária. O diagnóstico e as conclusões demonstram as falhas da atual regulamentação e do modelo de execução da radiodifusão comunitária no Brasil. o GTI constatou que diversas estações de rádio se utilizam atualmente do termo "rádio comunitária". Na opinião do Grupo, é possível dividir este universo em dois grandes grupos: Tabela 1. Situação e atuação Situação Atuação 1. Autorizada Comunitária P seudo-comuni tária 2. Não-autorizada (ilegal) Comunitária Não-Comunitária A classificação autorizada comunitária identifica emissora que obedece aos preceitos da comunicação comunitária, conforme delineado na introdução deste documento e de acordo com a legislação vigente. A classificação autorizada pseudo-comunitária é empregada quando a emissora não desenvolve em sua programação o escopo para o qual lhes foi concedida a exploração deste serviço, estando sujeita, neste caso, às sanções previstas na lei6. A classificação não-autorizada comunitária é utilizada para designar emissora que mantém sua programação de acordo com as premissas da lei e dos respectivos regulamentos para o setor apesar de não contar com a autorização exigida para a execução do serviço. Tais emissoras, no entender do GTI, devem ser orientadas pela fiscalização no sentido de obter a outorga da autorização, nos termos propostos neste relatório. 6 Lei n 9.612, de 19 de fevereiro de1998. Decreto n 2.615, de 3 de junho de 1998 e Nonna Complementar n I, aprovada pela Portaria do MC n 103, de 23 de janeiro de Relalório do Grupo de Trabalho lnlerminislerial Radiodijüsão comunitária no Brasil: análise da siluação e sugeslões para sua disseminação 12

13 A classificação não-autorizada não-comunitária diz respeito à emissora que opera com características técnicas e veicula programação em desacordo com os termos legais exigidos. Essa emissora deve ser tratada com o rigor da lei. Com esta classificação, o presente diagnóstico ressalta a necessidade de reforçar a fiscalização e identificar as razões que impedem a rápida legalização das emissoras nãoautorizadas comunitárias Aspectos jurídicos A Constituição Federal confere competência à União para legislar e, explorar, direta e indiretamente os serviços de radiodifusão, podendo delegar sua execução por meio de permissão, concessão ou autorização (artigos 21, 22, 48, 220 e 223 da Constituição Federal). O serviço observa, ainda, regras da União Internacional de Telecomunicações e a Convenção Americana sobre Direitos Humana (Pacto de São Jose da Costa Rica), recepcionada pela legislação brasileira por meio do Decreto n. 678, de 06 de novembro de A Lei n 9.612; de 19 de fevereiro de 1998, instituiu o Serviço de Radiodifusão Comunitária, circunscrevendo-o apenas à radiodifusão sonora em freqüência modulada, fundamentando o seu conceito e a finalidade do serviço. Determina também que, ao executar o serviço, deve a rádio respeitar e priorizar na programação as finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas promovendo o desenvolvimento local, sendo vedada a discriminação sob qualquer forma, inclusive a relacionada à preferência sexual e o proselitismo. Impõe ainda que haverá pluralidade de opiniões e divulgação de diferentes interpretações para os fatos noticiados e dirigidos à comunidade, oferecendo a qualquer cidadão o direito de emitir opiniões e manifestar idéias, propostas, sugestões e reivindicações no momento adequado da programação. t Já o art. 6 do Decreto n 2.615/98, que regulamenta a Lei, ampliou as restrições ao limitar a área de cobertura em 1 (um) km, desconsiderando a ampla diversidade topográfica do território nacional. Por fim, o excessivo detalhamento da Norma Complementar n 1/2004 e conceituações técnicas somente compreensíveis por engenheiros tornaram ainda mais complexo o entendimento dos interessados na obtenção da outorga. Relalório do Grupo de Trabalho lnlerminislerial RadiodIfusão comunilária no Brasil: análise da siluação e sugeslões para sua disseminação 13

14 3.2. Aspectos técnicos Inicialmente, o canal 200 foi definido como o canal único e exclusivo por região para o serviço de radiodifusão comunitária, com potência máxima de transmissão de 25 W e antena posicionada a 30 metros de altura. Operando em caráter secundário, sem direito à proteção de seus contornos, ficando sujeitas a interferências causadas por outras estações de rádio, de televisão ou de retransmissoras de televisão. Hoje, a utilização do canal único encontra-se flexibilizada em razão da impossibilidade fática de se atribuir o mesmo canal em nível nacional ao mesmo serviço. A solução encontrada pela ANA TEL foi designar não apenas um, mas três canais de uso exclusivo pelas estações comunitárias, a fim de viabilizar a outorga do serviço a um maior número de entidades interessadas. Faixa de freqüências dos serviços de radiodifusão em FM (em MHz) Canais 201 a 300 Serviços. FI xo/l\4~ye-. Aeronáutico/Móvel Marítimo rv~sl!'n~~;. -7;"a a a a:216' Obs.: Os canais 198, 199 e 200 estão superpostos ao canal 6 de televisão. Mesmo assim, localidades como a região metropolitana de São Paulo não pôde ser contemplada, em razão da utilização massiva do espectro eletromagnético por emissoras comerciais e educativas, ainda não foi possível disponibilizar canal para as rádios comunitárias. Foi estabelecido também que as estações vizinhas devem observar a distância mínima de quatro quilômetros, buscando minorar as interferências entre as emissoras autorizadas. A intensidade de campo mínima prevista para o serviço é de 91 dbj.!. A antena utilizada por uma estação de rádio comunitária é necessariamente onidirecional, com ganho unitário, ou seja, o sinal da antena se propaga com a mesma intensidade em todas as direções. Relatório do Gropo de Trabalho lntcrministerial RadiodifUsão comunitária no Brasil: análise da situação e sugestões para sua disseminação 14

15 Cobertura das estações de RadCom di - Área de Serviço de uma estação de RadCom com proteção contra radiointerferências...i,o km d2 - Sinal passível de recepção em áreas de baixo ruído ambiente...5,6 km Em municípios de baixa densidade populacional, a limitação da potência máxima das emissoras de rádio comunitária (25 watts) é insuficiente para cobrir as áreas urbana e rural simultaneamente, o que não permite o desenvolvimento da função integradora da radiodifusão. Nestes casos o aumento de potência poderia ser estudado como medida diferenciada. A Tabela 2 apresenta quadro-resumo das principais características do serviço: Item Canalização Potência Proteção Natureza do Serviço Atendimento comunidade Tabela 2 - Quadro resumo Característica Um único e exclusivo canal por região (grupos de municípios). 25W com antena a 30 m de altura. Não tem direito; a norma complementar estabelece área de serviço com raio de 1 km em 91 dbi!v/m. Secundário. da Área de serviço restrita a 1 km 91 dbjlv/m. Relatório do Grupo de Trabalho IlItennillisterial Radiodifusão comunitária no Brasil: análise da situação e sugestões para sua disseminação 15

16 3.3. Outorga A outorga do serviço de radiodifusão comunitária requer a atuação de órgãos integrantes dos Poderes Executivo e Legislativo. O Ministério das Comunicações é o responsável direto pela outorga, e a ANA TEL administra os planos de canais do serviço de radiodifusão. A Presidência da República é responsável pelo encaminhamento da autorização do serviço ao Congresso Nacional, que aprecia o ato autorizatório expedido pelo Ministro das Comunicações. Os procedimentos de outorga adotados atualmente pelo Ministério das Comunicações para o serviço de radiodifusão comunitária podem ser resumidos nas seguintes etapas: a) Apresentação de Requerimento: Inicialmente a requerente apresenta requerimento, perante o Ministério das Comunicações, demonstrando intenção de obter autorização para prestar o Serviço de Radiodifusão Comunitária na localidade de interesse. b ) Aviso de Habilitação: em momento oportuno, o Ministério das Comunicações publica Aviso de Habilitação convocando as interessadas para no prazo máximo de 45 dias apresentarem a documentação necessária. c) Análise técnica e jurídica: findo o prazo para apresentação da documentação, o Departamento de Outorga de Serviços da Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica analisa os requerimentos. d) Saneamento: Havendo pendências, o referido Departamento solicita à entidade a regularização da documentação.. e) Apresentação de Projeto Técnico: havendo apenas uma entidade com processo regular, o Departamento notifica a entidade para apresentar o Projeto Técnico da estação. e.l) Havendo mais de uma interessada, verifica-se se as entidades atendem ao distanciamento mínimo (1 km) entre as coordenadas indicadas no Aviso de Habilitação, arquivando-se o requerimento das entidades que não preenchem este requisito. e.2) Entendimento associativo: caso as entidades não manifestem interesse em se associar, será analisado o requerimento com maior representatividade (manifestações de apoio ). f) Escolha: estando regular a instrução do requerimento, o Departamento elabora o relatório final. A CONJURJMC prepara o Ato de Autorização para assinatura do Ministro das Comunicações. g) Presidência da República: o Ministério das Comunicações encaminha o processo à Presidência da República para revisão e encaminhamento dos autos ao Congresso Nacional (art. 223 da Constituição Federal). Relatório do Grupo de Trabalho lnterministerial Radiodifusão comunitária no Brasil; análise da situação e sugestões para sua disseminação 16

17 g.l) Licença provisória: transcorrido o prazo de noventa dias sem apreciação do Congresso Nacional, o Ministério das Comunicações autoriza a execução do serviço em caráter provisório. h) Decreto legis1ativo: Após a sua expedição pelo Congresso Nacional, a entidade opera em caráter definitivo. o tempo médio de tramitação de processos de outorga em cada órgão está descrito na tabela 3 a seguir. Tabela 3 T 'dio de tr Orgão Tempo médio Ministério das Comunicações 26 meses Presidência da República 14 meses Congresso Nacional Não disponível Quanto à disseminação das outorgas (após de rádios 3 meses, comunitárias licença provisória) no país, verifica-se, conforme tabela 4 a seguir, que dos municípios, ainda não possuem emissoras comunitárias, sendo que sequer foram contemplados com qualquer aviso até o ano de No Aviso de 2004 foram contempladas localidades, ficando praticamente 50% desse total sem resposta das associações e fundações. Até 31 de julho de 2005, apenas oito rádios desse aviso obtiveram a outorga de funcionamento. Tabela 4 - Situação da radiodifusão comunitária 1. Total de Avisos 19 Localidades contempladas Municípios contemplados Entidades que atenderam aos avisos Total de processos em tramitação Total de processos arquivados Total de rádios autorizadas Total de municípios com rádios autorizadas Total de municípios sem rádios autorizadas Fonte: Ministério das Comunicações. julho de 2005 O esvaziamento da estrutura interna do Ministério das Comunicações dificulta o processo de obtenção de outorgas, agravado por um ineficiente sistema de disponibilização de informação e pela extinção das delegacias regionais do Ministério no final de Apesar de recriadas em 2004, essas delegacias ainda não foram instaladas. É importante salientar que grande parte do tempo consumido na análise é dedicado à apreciação da documentação, que requer análise muito complexa como, por exemplo, verificar a essência e o caráter do que é ser comunitária, conferir os atos constitutivos das entidades e atender outras exigências. Observa-se também que grande parte das entidades mesmo aquelas com propostas adequadas ao espírito da legislação, não conseguem atender a estas exigências por falta de informação, estrutura, condições sociais ou conhecimento no manejo da documentação..t Rclalório do Grupo de Trabalho lnlerminislerial Radiodifusão comunitária no Brasil: atlálise da siluação e si/gestões para sua disseminação 17

18 Outro exemplo é o exame das manifestações de apoio, que consome uma grande parte do trabalho da equipe de análise. Hoje, pode-se dizer que este instrumento não garante a pluralidade do serviço, nem tampouco o caráter eminentemente comunitário Fiscalização A abordagem deste tema compreende não apenas o exercício do poder de polícia e administrativa, função exercida pelo Ministério das Comunicações ANA TEL, como também as atividades de atribuição da Polícia Federal. A ANA TEL é responsável pela fiscalização técnica do serviço e, por convênio, fiscaliza, em nome do Ministério das Comunicações, o conteúdo da programação das emissoras autorizadas. O Ministério das Comunicações é responsável por aplicar as sanções previstas na legislação. Foram constatadas visões antagônicas quanto à atividade fiscalizatória. As entidades representativas de rádios comunitárias apontaram arbitrariedades na fiscalização, abuso de autoridade e violência injustificada. Por outro lado, os representantes das associações que congregam rádios comerciais queixam-se da falta de fiscalização do serviço. O Departamento de Polícia Federal e a Associação de Juízes Federais reiteraram seguir os ditames legais, que tratam como ilícita a execução do serviço sem autorização. No entanto, sugeriram o estudo da descriminalização desta conduta. Destacou-se que existem entendimentos conflitantes no âmbito do Judiciário sobre qual o tipo penal aplicável à conduta - se aquele constante da Lei n /62 ou da Lei nº /97- e, até mesmo, se a conduta constitui crime. O GTI constatou que é recorrente a interrupção do funcionamento de emissoras comunitárias não-autorizadas. No entanto, até o momento, não houve aplicação de pena de revogação da autorização às emissoras autorizadas pseudo-comunitárias que descumprem a lei, usando comerciais e praticando proselitismo Sustentabilidade O atual marco legal inviabiliza a sustentabilidade das rádios comunitárias. No caso de emissoras comunitárias autorizadas constata-se a dificuldade de manter o serviço, conforme relato das entidades representativas do setor e o que foi observado nas visitas do GTI às rádios comunitárias do Distrito Federal. As rádios comunitárias são mantidas com grande dificuldade e esforço por comunidades vulneráveis que não podem remunerar os profissionais. O atual modelo reforça a precariedade institucional e técnica das rádios, impedindo seu desenvolvimento. A relação das rádios comunitárias com a economia local é reduzida ao patrocínio sob a forma de apoio cultural. A vedação à finalidade lucrativa não deveria impedir a busca por recursos que seriam reinvestidos no próprio funcionamento e na melhoria geral dos serviços, apoiando o desenvolvimento local na ação de uma rádio genuinamente comunitária. Relatório do Grupo de Trabalho lnterministerial Radiodijúsão comunitária no Brasil: análise da situação e sugestões para si/a disseminação 18

19 A flexibilização é prática em vários países. No caso da Austrália e Venezuela, por exemplo, a regulação prevê uso de até 5 minutos por hora de publicidade na programação Vedação de redes A legislação atual é contraditória ao proibir a formação de redes entre rádios comunitárias autorizadas, impedindo a realização de finalidades do serviço: "dar oportunidade à difusão de idéias", "oferecer mecanismos à formação e integração da comunidade", estimular o "convívio social" (art. 3 da Lei n 9.612). A articulação entre emissoras, formatando programação comum, é um dos benefícios mais relevantes da disseminação desta modalidade de radiodifusão, fortalecendo o convívio, a circulação e a integração entre diversas comunidades, numa mesma cidade ou região. No modelo de radiodifusão de países como Austrália e Venezuela, a formação de redes é permitida. 4. Conclusões 4.1. Legislação As discussões no GTI indicam a necessidade de uma revisão da legislação vigente. Em especial as disposições sobre aspectos técnicos contidos na Lei n 9.612/98 que inviabi1izam a disseminação das rádios comunitárias. Neste sentido, as recomendações ao final deste documento contêm providências destinadas a encaminhar soluções ao problema Outorgas o sistema de outorga é moroso, levando em média 3 anos e 6 meses entre o atendimento ao A viso de Habilitação e a efetiva possibilidade da emissora entrar em funcionamento. O sistema atual faz exigências documentais excessivas e dificulta a avaliação da natureza comunitária da entidade Transparência e relação com a sociedade Há dificuldade de acesso a informação precisa referente ao serviço, como procedimentos de outorga, andamento de processos, meios de avaliação do serviço e denúncias. Não existem canais de participação da sociedade na formulação da política pública de radiodifusão comunitária Precariedade institucional Observa-se que a atual estrutura do Ministério das Comunicações tem limitações de recursos de pessoal e de sistemas de informação, o que prejudica a gestão de processos e a formulação de uma política pública para o setor. Relatório do Grupo de Trabalho lntenninisterial Radiodifusão comunitária no Brasil: análise da situação e sugestões para sua disseminação 19

20 4.5. Fiscalização Constata-se que a situação atual da fiscalização não atende às demandas da sociedade e é insuficiente para flagrar as rádios autorizadas e não autorizadas que não atendem aos objetivos do serviço. A criminalização da conduta de operar emissora de radiodifusão em baixa potência sem autorização, de caráter comunitário, é questionável Capacitação e sustentabilidade Apesar de previsão na Lei Orçamentária Anual de 2005, até o momento não ocorreram ações voltadas para a capacitação dos profissionais envolvidos na radiodifusão comunitária. A sustentabilidade das emissoras comunitárias é prejudicada pela existência de regras que proíbem a publicidade Vedação à formação de redes A vedação ao uso de rede é questionável sob o ponto de vista da finalidade do serviço (tal como previsto em lei) e do direito à comunicação e à liberdade de expressão. 5. Propostas e Recomendações As propostas e recomendações a seguir convergem no sentido da construção de uma nova política pública para a radiodifusão comunitária sonora e de sons e imagens no país. Não se trata apenas de emitir novas outorgas, mas de reconhecer esta modalidade de comunicação como estratégica para o Estado e promover políticas robustas de disseminação de demanda, reconhecendo o efeito indireto sobre a geração de emprego e renda, bem como a inclusão do indivíduo na sociedade da informação, atendendo aos objetivos do decreto que instituiu o GTI Legislação Alteração da legislação. Recomenda-se suprimir da Lei n 9.612/98 os dispositivos que engessam o processo de outorga, remetendo as especificações técnicas do serviço a cada aviso de habilitação, conforme o estudo de zoneamento de utilização de freqüências de radiodifusão. Recomenda-se, outrossim, sua flexibilização quanto a: (a) publicidade (b) formação de redes; (c) proteção; (d) inclusão de minorias étnicas, culturais e comunidades indígenas; (e) aumento da oferta de canais; e (f) execução do serviço de radiodifusão comunitária de sons e imagens. (v. Anexo I) Alteração da Norma Complementar n , do Ministério das Comunicações. Recomendase eliminar da Norma as exigências documentais e procedimentais que extrapolam a Lei e dificultam o processo de outorga, visando agilizar o procedimento. (v. Anexo lu) Descriminalização. Recomenda-se promover ampla discussão sobre a descriminalização da execução do serviço de radiodifusão de características comunitárias não autorizadas. Relatório do Grupo de Trabalho Interministerial RadiodifUsão comunitária no Brasil: análise da situação e sugestões para sua disseminação 20

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