_ f Cctti fe Pislflíil Jffiíitóri. Ú Grito da Terra. FEIRA DE SANTANA. MAIO DE ANO I. N. 4 - CRíMO.OO. 1? de Maio: Apenas uma festa?

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1 _ f Cctti fe Pislflíil Jffiíitóri Ú Grito da Terra FEIRA DE SANTANA. MAIO DE ANO I. N. 4 - CRíMO.OO 1? de Maio: Apenas uma festa? O LEITOR ESCREVE Pág.-4 JUSTIÇA POPULAR Pág.-5 JOGO DO BICHO Pág.-8 EL SALVADOR Pág.-8 Editorial - pág. 2 Lavradores ameaçados em Ichu Na fazenda Morro Redondo, rpunicípio de Ichu, moram muitos posseiros sendo que ciguns deles há mais de 50 anos. D proprietário da fazenda, desrespeitando toda a legislação que trata do assunto, passou a ameaçar os lavradores, mandando inclusive o seu vaqueiro cortar os arames que cercam as roças. Quando se deram os primeiros cortes, os lavradores tentarem vários acordos e no final conseguiram uma pequena indenização pelos prejuízos. Mas nos cortes que aconteceram depois, os lavradores se juntaram e fizeram o conserto geral das cercas e no dia seguinte descobriram o "cortador". O fazendeiro está querendo que os lavradores mudem de lugar, que transfiram suas roças. Os lavradores estão resistindo e ainda continuam no mesmo lugar. Certamente que esse interesse pela mudança beneficiará o fazendeiro, pois, para a lei, é bem possível que os lavradores percam o direito de posse. VEJA ONDE ANDA O DINHEIRO PÚBLICO Um golpe de mestre Pág.-7 TRABALHADORES QUEREM RETOMAR SINDICATO PAQ.-3 GRILEIRO SURRA LAVRADOR - PÁG. 2 OPOSIÇÃO DEFINE CANDIDATO PáG s POVO NÃO PERDOA TRAIDORES PAG. 5 SECA: DEPOIMENTO DE UM LAVRADOR Pág.-6 Segundo informações do Tribunal de Contas do Estado de S. Paulo, divulgadas na Câmara pelo Deputado Wanderley Macris, o Governador Paulo Maluf gastou, em flores, nos 30 primeiros meses de sua administração, um valor eouiv? nte a 5 milhões de cruzeiros (cinco T.^iim»!.,'.*, preço atual isso signifi,;;-).- ",,i uuzias de rosas por mês, ao preço de 1.000,00 a dúzia. Há ainda outras despesas pessoais do governador paulista: buffet, alimentação, viagens, jornais, revistas, bandeiras, insígnias etc a quantia de ,58 cruzeiros. Com correção monetária isso significaria ,19. Segundo o deputado, esse dinheiro é o dobro do dinheiro que tem a Secretaria de Saúde; cinco vezes os recursos da Secretaria de Promoção Social; e nove vezes os investimentos da Secretr^ia da Agricultura. Não se falando que, as despesas com alimentação e gastos residenciais do governador e sua família alcançaram, em trinta meses, a quantia de 202 milhões de cruzeiros. Ou seja, não levando em conta o salário pessoal que re- cebe como governador, um salário "complementar" de seis milhões, setecentos e trinta e três mil cruzeiros. isso lá por São Paulo! Não precisa ir muito longe, porém. Já pensou se fizessem as contas só da propaganda do Governo da Bahia? Aí, com certeza, estará enterrada grande parte da contribuição, pelos impostos, que é paga ou arrancada do povo. De cada um de nós. Nestas e outras coisas é que anda sendo aplicado nosso dinheiro! PDS contra o funcionalismo público Pág.-7

2 Página 2 EDITORIAL A história da humanidade é marcada sempre de lutas dos mais fracos contra os mais fortes. As forças de uns estavam sempre em confronto às forças de outros e ambas as partes, a depender das forças que somavam em cada período histórico, saiam derrotadas ou vitoriosas. Fala-se hoje, muito, no 19 DE I^AIO como "o dia do trabalho", o "dia do trabalhador" e assim por diante. E os motivos da sua comemoração são os mais variados: vão desde a uma simples homenagem ao trabalhador, "pobre coitado", à comemoração de uma data histórica que marca uma importante vitória "dos mais fracos" em todo o mundo. Sabe-se que as condições de trabalho hoje são bem melhores em relação as condições do passado (imagine-se como eram, então), e as melhorias foram conseguidas através de lutas, de conquistas, pelos trabalhadores. A História que aprendemos na escola nos ensina que, antes, os trabalhadores eram obrigados a dedicar 14, 16 ou 18 horas de trabalho por dia e que isso "foi mudando" com a evolução histórica. Nos dá a entender que a mudança foi uma coisa "natural" ou mesmo um "presente" dos patrões que tinham pena dos seus operários. Nesse sentido a história esconde, intencionalmente, a verdade sobre os fatos. Nenhuma vitória foi conseguida pelos trabalhadores, ao longo de toda história, sem que eles próprios lutassem por ela. É nesse contexto que se situa o 1.de maio. Há um pouco mais de cem anos os trabalhadores eram obrigados a dedicar, por força de Lei, 12, 14 ou 16 horas de trabalho diário, variando de país para país. Essa era a jornada oficial. Os trabalhadores protestavam mais não tinham força para alterar a situação. A força dos padrões - que faziam as leis era mais forte. Embora os trabalhadores do mundo inteiro estivesses insatisfeitos frente à situação, o l.de maio é comemorado tendo-se por base o "MASSACRE DE Chicago' trabalhadores dos Estados Unidos marcaram uma greve geral para o dia 1.de maio de 1886, tendo como reivindicação básica a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias. Como se sabe, a redução da jornada de trabalho implicaria em diminuição dos lucros para os patrões e por isso eles lutavam "de unhas e dentes" contra essa proposta dos trabalhadores. Os patrões não ficaram de braços cruzados. Através da polícia, reprimiram o movimento dos trabalhadores. Foi em Chicago, nos Estados Unidos, que se deu a maior violência contra o movimento grevista: muitos trabalhadores foram presos, um dos líderes foi assassinado e quatro outros foram enforcados. Como tudo isso se deu num 1? de maio, esta data foi considerada 0 DIA INTERNACIONAL DO TRABALHADOR. Um dia de luta e de luto. Apesar disso, os trabalhadores não desistiram da sua reivindicação. O movimento continuou. Em 1890, quatro anos depois, veio a grande vitória: foi reeonhecido o direito dos trabalhadores dedicarem 8 horas de trabalho por dia. E por "coincidên- cia", a vitória se deu também num 19 de maio. Dessa for o 1. DE MAIO deve ser encarado com a sua característica própria: um dia que marca uma grande vitória dos trabalhadores. A vitória dos trabalhadores americanos foi o estopim. A partir daí ficou menos difícil para os trabalhadores de outros países chegarem à mesma conquista. Como ainda hoje o confronto entre as forças dos "mais fortes" com as forças dos "mais fracos" é uma constante, a comemoração do 19 de maio fica também limitada a esse aspecto. Nos lugares onde há um maior nível de organização (Lima maior força) dos trabalhadores, o 19 de maio é visto como um dia de luta, um dia de conquista. Nos lugares onde a força dos "mais fortes" é maior, acomemoração do 1? de maio obedece também a sua linha de pensamento. Nesse caso, a data não é vista num contexto histórico, mas aproveitada para a realização de atividades que servem de "distração" para os próprios trabalhadores: realização de torneios esportivos, festejos de caráter político-partidário, realização de micareta e assim por diante. Mas o respeito pelo l.de maio é uma tarefa ainda hoje dos próprios trabalhadores. São eles, através de suas entidades representativas, que devem lutar no sentido desta data não continuar sendo descaracterizada. Corremoraro IP de maio corro um dia de luto e de luta será (ou não) uma conquista dos próprios trabalhadores. '., y OOrítodaTm* ir\ Ó GRITO DA TEPTRA é uma publicação das Entidades Populares de Feira de Santana. Entidade Responsável: COMITÊ DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DE FEIRA DE SANTANA (CDDH-FS). CGC / Endereço provisório: rua Professor Geminiano Costa, Tel Responsabilidade Editorial: Corpo de Opinião Corpo de Opinião: Maria Renilda Daltro, José Carlos Barreto de Santana, Joseli Chaves Pereira, Jairo Cedraz de Oliveira, Antônio Albertino Carneiro, Naidson de Quintella Baptista, lides Ferreira de Oliveira. Diagramação, composição e impressão: Editora Jornal Feira Hoje Ltda. Rua Tacárlo Cerqueira, Feira de Santana. As matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus assinantes. Progresso e pobreza Não é difícil situar, na dade do momento, face à dorias fantasmas? E, o que devida proporção, o grave grave situação da classe tra- é pior, do péssimo atendiproblema de carências de balhadora. mento aos associados-segutodos os tipos, que se agrava Essa mesma C.L.T. que, rados? Das filas, das marcacada vez mais, a cada dia mediante a desatenção ou ções para exames médicos que passa. Os sucessivos go- mesmo a incúria dos respon- com vários meses de prazo. vernos desta República, sem sáveis diretos pela sua apli- Dos doentes que falecem na embargo de suas reiteradas cação e cumprimento inte- espera - em casa, nas filas manifestações de interesse gral, tem sido e continua ou nos hospitais. E os misobre tão magno assunto, sendo burlada sistematica- lhares de empresas espalhatudo não passa, enfim de mente e de forma flagrante das por todo o país que despromessas tão vazias quão pela parte mais cega e ga- contam as contribuições dos destituídas de objetividade. nanciosa dos empregadores. empregados e delas se apro- Com efeito, nenhum Lesados, os trabalhadores se priam indevidamente. Em governo chegou a considerar vêem obrigados a recorrer direito, apropriação indéseriamente nem tão pouco aos tribunais do trabalho, bita é configurada como definiu o que se poderia onde, via de regra, conse- roubo. chamar uma doutrina social guem recuperar parcialmen- Enquanto isso, milhões sobre as condições de traba- te apenas parte dos seus di- de aposentados recebem lho.. O que houve, realmen- reitos através da famosa fór- pensões, minguadas pensões te, no passado, foi uma per- mula da "conciliação". que não chegam a um salásistente quão sistemática A viva contradição des- rio mínimo. Pressionados luta dos trabalhadores por se estado de cousas reside por uma bela inflação que uma legislação social-traba- no dado, conhecido e notó- pos sua natureza e dinâmica Ihista conhecida como Con- rio, do constante amparo, já se tornou permissiva. solidação das Leis do Traba- proteção fiscal, créditos Este quadro, nos seus lho. Outorgada depois de abundantes e facilidades aspectos menos profundos, muita luta, esse diploma le- que tais, sem falar-se naque- é que permite uma gama de gal de caráter paternalista, las de cunho "felipeta" que carências fundamentais que caminha por meio século de vez por outra estoura nos afetam vastas porções da existência e, ao longo desses ouidos do público estarre- população, nas cidades coanos, sofreu ligeiras altera- cido. mo no campo. ções, mas não substanciais. De outra forma, e que Falar em progresso é, Ao contrário, de 1964 para dizer da Previdência Social? na verdade, falar de riqueza cá, sofreu ela alguns retro- Que dizer das sucessivas má e no excesso de pobreza - cessos favorecendo a classe administrações, dos esbanja- ambos de par em par, patronal e, por isso, não mentos, dos faturamentos mais correspondente à reali- hospitalares? Das aposenta- Geraldo Cabral de Melo Grileiro surra trabalhador rural ü presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Wagner, Laurentino Alves dos Santos e o posseiro Ananias Clemente Sampaio, acompanhados do advogado do Sindicato, procuraram O GRITO DA TERRA para denunciar a violência praticada por grileiros naquele município que se localiza na Chapada Diamantina. Laurentino e Ananias disseram que em março de 1981, Ananias que mora e trabalha há mais de nove anos numa área de terra, teve a sua plantação totalmente destruída pelo gado dos fazendeiros Tárcio Mattos, Ademir e Elízio, todos primos do deputado Horácio de Mattos do PDS. O Sindicato registrou uma queixa na delegacia, na época, mas nenhuma providência foi adotada, como já era de esperar. Em março deste ano, Ananias flagrou o gado dos mesmos fazendeiros em sua plantação. Ananias sabe muito bem o suor que derramou para consegui-la e o que aquela plantação significava para ele. Ananias não pensou duas vezes: "passou fogo" em uma das reses e diz: "quem atirou no gado não fui eu, foi a raiva de ver aquela situação". Os fazendeiros recorreram ao delegado, e nessa hora ele agiu: intimou Ananias. Juntamente com o presidente do Sindicato, Ananias compareceu à delegacia, no dia 27 de março, às 14 horas. Naquele momento, chegaram os fazendeiros. Ao encontrarem os dois trabalhadores rurais, os fazendeiros investiram contra eles, espancando-os fisicamente o tanto que quiseram. O delegado, por sua vez, ao invés de tomar providências contra os agressores, passou a ameaçar os trabalhadores rurais. Disse o delegado Jaime Pereira a Laurentino: "na próxima vez que vier defender essa gente" (referindo-se a Ananias) "meto você na cadeia e ainda lhe dou uns bolos prá aprender". O advogado que acompanhava os dois trabalhadores rurais afirmou que "essas ameaças não são atoa, pois é costume do próprio delegado surrar trabalhadores rurais por encomendas". As vítimas da agressão seguiram para Salvador para denunciar o fato junto à FETAG e à imprensa e pedir segurança de vida junto à Secretaria de Segurança Pública. UM PAINEL INDESEJÁVEL Comprou a Câmara dos Deputados um sofisticado e colorido painel de votação, instalado em fevereiro de 1972 e até hoje nunca utilizado. A preços atuais, custou quase um bilhão de cruzeiros. O sistema do painel é imune a fraude. Mas, ainda não foi por esse motivo que a aparelhagem ficou 10 anos sem uso. A razão principal é que o painel, ao registrar automaticamente o voto, também registra a presença do parlamentar no plenário. Inversamente, não registrando o voto, registra a ausência. E a ausência implica na perda do jeton recebido pelo deputado. Um risco, evidentemente, que a Câmara não quis assumir, temendo que numa votação pouco importante fosse pedida verificação de presenças e o sistema eletrônico dissesse que os parlamentares estavam ausentes. Daí, foi necessário que a Câmara desativasse o painel até que concluísse um projeto estabelecendo os critérios de uso da aparelhagem, de modo a não prejudicar o jeton dos "nobres deputados". O projeto estabelece em quais votações poderá ser exigido o testemunho do painel. Os parlamentares, previamente, ficarão sabendo. E, pelo menos, nessas ocasiões, deverão estar presentes. De resto, poderão continuar ausentes. Sem o receio de perder o benefício. Sem o receio de que a nação os condene. Pois, de resto, ela sabe que os deputados costumam dizer "amém". À vontade do mais forte. (Transcrito de 12/04/82.) 'A Tarde' A T

3 Trabalhadores querem retomar sindicato 0 Sindicato de Trabalhadores Rurais de Ichu, no Estado da Bahia, foi fundado há 9 anos. Desde a sua fundação o presidente é o mesmo. A cada oleiçao (de 3 em 3 anos) só entra na chapa quem o presidente combina! E 0 presidente não age sozinho, mas em comum acordo com os políticos locais. Noutras ocasiões, como na eleição passada, os trabalhadores rurais se mobilizaram e formaram uma chapa de oposição que não conseguiu ser registrada porque o presidente impediu, usando os mais diversos tipos de jogadas e tramas. A partir daí os trabalhadores começaram a "enxergar" que os interesses do presidente - que não é trabalhador rural - não eram iguais aos deles. E começaram a exigir que o Sindi- cato, como manda o seu estatuto, viesse a atuar em benefício dos seus associados e não em benefício de políticos. O desgaste do presidente foi aumentando, chegando ao ponto mais alto na questão da assistência médicoodontológico. 0 Sindicato mantém um convênio com o INAMPS para a prestação de serviços médico-odontológicos, e mantinha um médico e um dentista contratados para isto. Só que, ao invés da dedicação de 20 horas de serviços semanais como manda o contrato, esses profissionais "apareciam quando queriam". Uma ou duas vezes por mês era a freqüência. Os associados, inconformados, passaram a exigir providências, "mas o presidente estava sempre de acordo com o médico e o dentista", afirmam alguns associados. A mobilização, dos sócios chegou a ponto de obrigar o presidente a demitir os dois profissionais - que passaram cinco anos nessa enrolação - e contratar outros. Essa foi a primeira vitória dos lavradores. Agora, atentos para as "jogadas" do presidente no período eleitoral, os ' trabalhadores conseguiram registrar uma chapa de oposição e prometem transformar o Sindicato "numa entidade dos próprios trabalhadores". A eleição será no mês de maio e os integrantes da Chapa 2 entraram com um requerimento junto à DRT pedindo a impugnação do nome do presidente por ser aposentado por invalidez pelo Funrural. Os trabalhadores rurais estão confiantes na vitória. Página 3 OS nabalhabom WIPOS E WE TMIN 0 S M SlNblCATO Apaeb faz encontro de avaliação CONFUSÃO EM NOVO HORIZONTE Com a participação de cerca de 18 agricultores realizou-se, nos últimos dias, nd SIM Serviço de Integração de Migrantes um encontro para avaliação deste primeiro tempo de experiência da APAEB (Associação dos Pequenos Agricultores do Estado da Bahia). Estavam presentes agricultores provenientes das regiões de Feira, Serrinha, Araci, Valente e Ichu. Muitos sócios da APAEB, no entanto, não puderam comparecer devido à seca que vem castigando aquelas regiões. Os presentes retomaram e analisaram, uma a uma, as finalidades e objetivos da APAEB, procurando descobrir as razões pelas quais alguns ainda não tinham sido cumpridos. O trabalho de organização dos associados, considerado prioritário pelos presentes, não estava sendo feito suficientemente e foi alegado, pelos presentes, a falta de dinheiro para passagens para deslocamentos de uma cidade para outra e principalmente para as comunidades mais distantes. Os participantes ainda não podem assumir estas despesas. Resolveram solicitar a instituições ajudas para este fim. O assunto está sendo mais amadurecido. Por outro lado, constatou-se também que as mercadorias ainda não estão sendo adquiridas nas fontes de produção, por falta de recurso para isso, principalmente neste período em que a associação está construindo a matriz, em Serrinha e a filial em VJente, construções com prazo de término para maio/82. Estudou-se a relação entre APAEB e SINDICA- TO, tendo os associados PACOTES E PACOTES De muito tempo que o governo se diz preocupado com os chamados peque- nos partidos, dando margem até para "suspeitas" por que essa "preocupação" com o PT, por exemplo, um partido que denuncia abertamente as mazelas gover- namentais e publica a sua intenção de, um dia, substituir o "governo militar" por um "governo popular"? E realmente estranho. Mas tem explicação: na prática, ape- sar da sua "preocupação", o governo não tem feito outra coisa senão aprontar umas e outras, no mais completo "vale tudo" contra os pequenos partidos. Pra não ir mais longe, veio o pacote que estabeleceu a vinculação de votos e que foi uma grande sangria ;: -i os pe- quenos partidos, aouretudo onde esses partidos estão menos estruturados como é o caso dos Estados nordestinos. Agora, No bairro Novo Horizonte muitos moradores estão cada dia mais revoltados com a confusão causada pela mudança dos nomes das ruas. As ruas aqui foram surgindo e os próprios moradores foram dando os seus nomes e assim todos se acostumaram com isso e já conheciam todas elas. Agora surgem pessoas "estranhas" à comunidade e impõem novos nomes às ruas. E a confirão aumentou porque colocaram duas placas, em ruas diferentes, com o nome de "rua São Roque". Pelo que sabemos essa não é uma decisão da Prefeitura Municipal, que, inclusive, deve averiguar o problema e adotar as devidas providências. Pelo que sabemos na cocone 1 '.! ido que deve forta- munidade os nomes das ruas estão sendo lecer o outro, pois embora colocados arbitrariamente por pessoas intenham objetivos diferentes, competentes que precisam aparecer de ambos pertencem à mesma qualquer forma. Afinal de contas, se há reclasse. Ao final do encontro gulamentos para tudo na vida, deve haver concluíram também que, também para esse tipo de coisa e não deixar embora com alguns porjjos que uma pessoa, por caprichos pessoais, negativos, a experiência vi- passe a fazer tanta confusão, com tantos nha sendo válida e boa. prejuízos para a coletividade. Antes de mais nada a Prefeitura deve Avaliaram positivamenfiscalizar atos como esses antes de decretar te também a oportunidade nomes de ruas. Antes de mais nada, deve do encontro com pessoas de ouvir a comunidade, porque a Prefeitura outros municípios para junexiste é para servir ao povo. Se não fosse tos refletirem sobre seus assim não se precisava de Prefeitura. A preproblemas e encontrarem as feitura foi criada para administrar o interessaídas. se comum e dar assistência ao povo. Associação dos Pequenos Mas a confusão em Novo Horizonte Agricultores do Estado da Bah ia não pára aí. A iluminação no bairro é total- como "prova" da sua preocupação, o governo anuncia mudanças na legislação eleitoral que permite a cada partido apre- sentar candidatos a vereador, deputado estadual e deputado federal até três vezes o número de vagas na Câmara Municipal, na Assembléia Legislativa e na Bancada Federal. No caso da Bahia e de muitos outros Estados, a medida beneficia em primeiro lugar ao PDS, mas não traz nenhuma vantagem ao PT, por exemplo. O PT, se quiser apresentar uma lista completa, te- rá de apresentar 180 nomes para depu- tado estadual, 100 nomes para deputado federal e três vezes o número de vagas para cada Câmara Municipal. Como se sa- be, um partido em formação, não dispõe de tantos nomes candidatáveis. Assim, acaba por sair perdendo para aqueles que dispõem de amplos quadros, a exemplo do PDS e do PMDB. mente desorganizada. Durante o dia a maioria das lâmpadas das ruas permanece acesa já a noite, é ao contrário, a maioria delas fica apagada. O transporte coletivo simplesmente não existe. Os moradores do bairro porém não estão de braços cruzados. Foram ao senhor Prefeito pedir autorização para a empresa Autosel colocar um ônibus na linha para o bairro. Foram mal atendidos e até hoje não saiu a solução. O telhado da Capela continua enrolado, mas agora apareceu quem colocasse lá umas placas dentro do primeiro alicerce sem sequer ouvir os moradores que, de qualquer forma, estão ajudando a construir a sua Igreja. O nome do bairro oue foi dado pelos moradores foi regeitado e estupidamente foi decretado o nome de Otavianópolis, em total desrespeito à vontade do povo. A sede comunitária já foi até ameaçada de ser derrubada por "Zé Corre Dentro" que se diz administrador do Bairro. Se realmente ele é administrador, é outro absurdo. Nenhum morador foi consultado e ele já deveria ter sido substituído que já demonstrou que os seus interesses não são os mesmos da comunidade. Ele é, isto sim, cabo eleitoral do vereador que quer ser dono do bgirro. Até quando isso tudo vai durar? Associação dos Moradores de Novo Horizonte. O GRITO DA AFIRMAÇÃO Os idealizadores e demais pessoas que se empenharam na implantação de O GRITO DA TERRA, acreditavam que havia uma lacuna na comunidade que não era preenchida pelos jornais existentes. Esse raciocínio é comprovado, aos poucos, com o crescimento da aceitação e receptividade deste jornal. Estamos hoje com quase 300 assinaturas (exatamente 292), sendo que a maioria delas é de pessoas que moram em Feira de Santana e a outra parte se distribui entre Salvador, municípios das microrregiões vizinhas a Feira de Santana e outros Estados. Lutando contra a ausência de recursos e o descrédito generalizado por parte de muita gente (por mais de uma vez ouvimos a afirmativa: "não chegam ao n. 3"), mas contando com o empenho de um número razoável de pessoas e acreditando que "quem tem fé carrega montanha", já estamos no n. 5. E aqui vai um aviso para aqueles que desejavam que O GRITO DA TERRA não passaste do n. 3: brevemente estaremos circulando quinzenalmente. Pode escrever, não vai tardar muito. Esse "sucesso" não foi à toa. Foi às custas de muito trabalho e empenho de alguns, da compreensão e apoio de muitos e, sobretudo daqueles que contribuíram com sugestões, críticas ou apoio financeiro. A principal "marca" de O GRITO DA TERRA é a de ser um jornal aberto, feito por muita gente, é comum se verificar, em cada edição, que além das matérias de responsabilidade do Corpo de Opinião, há matérias de 8, 10 ou 12 outras pessoas. Matérias inclusive de pessoas que diziam: "eu não sei falar quanto mais escrever", mas que tentaram e conseguiram. Naturalmente que são pessoas simples que não tiveram acesso às escolas ou universidades, mas é para elas que O GRITO DA TERRA se destina, basicamente. Reafirmamos a nossa posição de manter uma linha de trabalho sempre crítica e em favor das classes oprimidas, em obediência à "Carta de Princípios". Mas continuamos também uma experiência aberta à participação de todos.

4 Página 4 A MULHER E A MONOGAMIA Segundo alguns estudiosos da questão feminina, a filosofia do século XVIII foi responsável em transmitir a idéia de que a mulher desde a origem da sociedade foi escrava do homem Observando através de averiguações científicas, a mulher só passou a ser escrava do homem na medida em que os povos começaram a se organizar socialmente, baseando-se nas raízes econômicas e particularmente com a relação de exploração. Também contradizendo esta afirmação filosófica do referido século, temos ciados históricos que nos mostram a mulher em todas as tribos selvagens como uma "MULHER LIVRE E CONSIDE- RADA". Com o surgimento da MONOGA- MIA (união 1 homem e 1 mulher) foi gerada a primeira contradição de classes existente na história. Foi a partir da contradição HOMEM x MULHER, a primeira opressão de CLASSES, com "a opressão do sexo feminino pelo masculino e a primeira divisão de trabalho, para procriação dos filhos que existe entre o homem e a mulher. Entre as mais diversas formas de relacionamento experimentadas entre o homem e a mulher, neste nosso universo, a mais aceita e considerada como mais eficaz e de maior progresso é a união MONOGÃMICA. Hoje, basicamente, o tipo de união padrão da maioria das sociedades das quais temos informações. E por esta razão devemos verificar como se estrutura o considerado "grande progresso" deste tipo de união. E um tipo de união que junto vem também a escravidão e o fortalecimento das riquezas privadas. Que até hoje estão aí perpetuados. é como diz o velho grande pensador No Brasil a mulher não se diferencia dos outros países onde as mulheres, cargos políticos importantes na sociedade e no estado. A mulher se destaca avante na política com alguns companheiros que lutam por uma mudança onde as mulhres ocupam o seu lugar, espero que vocês não parem ai, que cada dia mais consigam novos homens que tenham as mesmas preocupações que as suas. No trabalho aqui na nossa cidade, a mulher não tem se destacado como nas grandes cidades, onde algumas trabalham e não são recompensadas isto porque muitos trabalhos a mulher realiza eficientemente quanto o homem e recebe menor salário. A maioria das mulheres trabalham porque precisam, umas são viuvas, outras separadas do marido. Outras porque o que o marido ganha é pouco, tem de arranjar um quebra galho em, alguma coisa. Desta forma são obrigadas a deixarem seus filhos, pequeninos em casa e etc, entreque as vezes a uma moça pobre, que também se emprega na casa da pessoa para ganhar o "Um progresso dirigido para o benefício de uns às custas da DOR e da REPRES- SÃO de muitos". Não podemos por isso afirmar que esta seja realmente a forma mais adequada de relação a dois na medida em que é uma forma que tem se adaptado muito bem dentro de uma estrutura capitalista, a qual sabemos que é completamente nociva e tem como único objetivo a opressão e exploração do povo. Acredito que assim como lutamos pela transformação da sociedade, por uma sociedade mais justa, fica também implícito uma transformação nas formas de relações amorosas e afetivas entre o homem e a mulher. E esta forma vai depender muito do tipo de sociedade que conquistaremos. Esta conquista dependerá muito da participação de nós mulheres em todo este processo que se desencadeia nas diversas formas de organização. Será contraditório uma nova ordem social de caráter realmente democrática, continuar existindo o machismo, a opressão e a discriminação existente na relação MONOGÃMICA. Logo, entende-se que para que haja a verdadeira libertação da mulher, tem que haver em primeiro plano uma quebra da essência deste tipo de união que permite coisas deste tipo: "você é a matriz ela é a filial", "você é rainha do lar, a outra só serve para cama" "você é mãe de meus filhos a outra é um simples caso", "lugar de mulher é em casa, nada de reunião política", "mulher minha não trabalha". E no final das contas a única monogâmica, é ^ mulher. Porque o homem tem sempre a outra e com os direitos assegurados das mais variadas formas de experiências sexuais. MARIA RENILDA DALTRO MOURA. pão devido seus pais não terem condições de lhe dá o sustento. Nós feirenses terrrs que lutar para sermos reconhecidos como muiher brasileira capaz de exercer qualquer função em empresas, órgãos públicos e participarmos da vida política da cidade ocupando lugar nas tribunas. Referindo a minha pessoa, sofro as conseqüências que toda cidade sofre que é o pro4 blema do transporte coletivo. Tenho de assis: ' aula uma hora da tarde no Gastão e moro em Novo Horizonte, onde os transportes não atende nossas necessidades e além do mais tem ônibus que o tic não é válido. As mulheres na vida sexual não são bem sucedidas porque os homens pmeuram sempre só para usá-las como objeto, óf uso pessoal que usa quando quer, e quando enjoa joga fora numa boa. Mas temos a esperança de um dia vencermos mulher independente. (Maria Cacilda Oliveira dos Santos estudante secundar ista) Aeaba divulga documento Um documento encaminhado pela Associação dos Engenheiros Agrônomos da Bahia ao ministro da Educação, Rubem Ludwig, solicitando-lhe intervenção nesta questão: ~ A Associação dos Engenheiros Agrônomos da Bahia há muito vem se manifestando a respeito da criação de novos cursos e escolas, particularmente as de Fitotecnia e Zootecnia em Vitória da Conquista e Itapetinga, respectivamente, ambas vinculadas à Universidade do Sudoeste. Apesar de todo o nosso esforço em acompanhar o processo e alertar para o grande problema que o seu desfecho poderá trazer, vimos as freqüentes matérias nos jornais referentes a efetiva criação desses cursos, contrariando inclusive o decreto presidencial n , de 13 de maio de 1981, que proíbe a sua abertura até dezembro de Sentimo-nos na obrigação de lembrar também o telex encaminhado em 18 de novembro de 1981 ao ministro-chefe da Casa Civil, do ministro da Educação e Cultura, ao Confea e ao Conselho Federal de Educação, quando juntamente com o CREA-BA, chamamos à atenção para a contradição do decreto presidencial e a portaria n. 257, de 23 de setembro de 1981 emitida pelo MEC, que sensível à questão criou grupo de trabalho para estabelecer procedimentos a serem adotados pelo MEC e Confèa no que se refere às relações entre ensino, atribuição profissional e mercado de trabalho. Acrescido aos fatos acima, existe ainda a considerar que dos 170 profissionais de Agronomia saídos das duas escolas existentes na Bahia (a de Cruz das Almas ligada ao Governo Federal e a de Juazeiro, da Administração Estadual), e dos 50 médicos veterinários somando um total de 220 novos postulantes à colocação no mercado de trabalho, grande número, certamente superior a 50 por cento, se encontra em condições de desemprego. A revelia da força de um decreto presidencial, de uma portaria ministerial, da luta e das denúncias da categoria agronômica e dos médicos veterinários, e contrariando as evidências demonstradas, realizou-se exame vestibular para os cursos em questão, conforme divulgado amplamente nos jornais da Bahia. A Associação dos Engenheiros Agrônomos da Bahia, estranhando a atitude da administração estadual que executa tal projeto, mais uma vez apela a instâncias superiores e denuncia o pouco compromisso de alguns com a verdadeira formação de nossos profissionais". Associação dos Engenheiros Agrônomos da Bahia O LEITOR ESCREVE ATENÇÃO, COMPANHEIROS Não se "passem" quando vier algumas ajudas, não se deixem ser levados por estas coisas, mas em primeiro lugar, procuraremos estudar como é que vem e de onde é que vem. Será'que estão dando?, ou será que estão devolvendo o que é nosso? E por meio desta devolução tornando-nos cada vez mais dependentes dessas pessoas ou grupo de pessoas. Como é o caso do dinheiro distribuído nas cavas de tanques, sistemas e limpas de pés de cercas: "Limpai os caminhos, endireitai as veredas que o falso Cristo quer passar de qualquer jeito". Homens que estão lá encima, classe poderosa que mandem por vezes improdutivas as terras que escondem o pão que falta a nossa mesa, as nossas consciências desvalidas e sobretudo, a voz de Deus, reclama de vocês: não é justo, não é humano continuar com estas situações claramente injustas. O que vocês devem é cumprir antes de mais nada as exigências da justiça para não ficar dando como ajuda de caridade aquilo que já é dever em razão de justiça. Para que venha suprimir as causas e não só os efeitos dos males e organizarem auxílio de forma que, nós, recebendo, venha nos libertar progressivamente de tantas depedências que já existem em nós para com vocês. E por essa razão quero chamar è atenção dos meus companheiros de classe, que nós somos brasileiros: portanto, temos que opinar nos planot da política do nosso País, assim como um filho da casa reclama sobre o mal procedimento dos que estão na linha de frente da casa, para o melhor andamento dela, da mesma forma, pode agir um brasileiro que sonha com um Brasil autenticamente democrático. Luiz Alves do Prado (agricultor) Denúncia: veja como anda a medicina Sou trabalhador rural, moro na Fazenda Genipapo. Fui ao Sindicato de Trabalhadores Rurais para fazer uma ficha para uma consulta médica. Fiz a ficha e me dirigi ao ambulatório. Esperei 30 minutos quando fui chamado. O médico me botou um aparelho na boca do estômago e tirou minha pressão. Depois me perguntou: "o que é que o Sr. está sentindo? ". Respondi: doutor, eu estou sentindo um bocado de coisa ruim. Mas antes de terminar a conversa, o doutor já tinha preparado a receita, sem me perguntar mais nada e sem me examinar de novo. E aí ele disse: "o senhor não tem nada não, vá comprar estes remédios e tomar" e me entregou a receita e me mandou embora. A consulta foi num instante. O meu genro estava me esperando na sala de fora e ficou assombrado com a rapidez. O meu genro tinha marcado o tempo que eu estava lá dentro: o exame, a receita e a conversa durou exatamente 3 (três) minutos. Mas agora vem o detalhe: o médico me passou três tipos de remédio e cada um mais caro. Eu me aborreci e disse que não ia mais pagar ao Sindicato, ia deixar de ser sócio. Ê difícil precisar e quando preciso acontece destas. E mais, eu moro em Capim Grosso, gasto Cr$230,00 para chegar em Jacobina e voltar pra casa, passo o dia todo com fome, perco um dia de trabalho na roça, arrisco minha vida nos carros e ladrões e volto pra casa mais doente ainda a revoltado. Não sei quando posso comprar esses tais remédios e corro o risco de tomar e não servir de nada. José Rodrigues de Oliveira, Jacobina-Ba, PÓ E VIDA Esta cerca que marca O ocoso lat.fun*o Lhe rouba a «*» rrpsce o cerco da cerca no ot úndio que nos cerca Uma enança que chora, Um homem... -h^c rlc dit íceis caminhos, O machado corta o vaz.0 E arranca cavaco Do enorme tronco. Parado ;-.omício do terreno rtrocomp-he.ro.e mais outro. Correm em sua direção. rnrrem em sua a» «^v"" ARNALDO MAGALHÃES ATIVO/PASSIVO ATIVO RESUMO DO BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM Circulante: Cr$ ,29 Permanente: Cr$ ,29 PASSIVO Circulante: Cr$ Patrimônio Liquido: Cr$16.itUi»,li»6, ,03 Críie.im. 146,58 M0C - MOVIMENTO DE ORGANIZAÇãO COMUNITÁRIA CGC / » Rua Pontal, 61 - Feira de Santana - Bahia RECEITAS (Cr$) DESPESAS Legião Brasileira de Assist. Catholic Relief Services Centre National de Development CO DEL OXFAM CEBEMO MEC Pão para o Mundo Fastenopfer Recursos Próprios CERIS PRODASEC MISERE0R Descontos Obtidos ^z/ ELISIO SILVA ANDRADE Diretor de Finanças 2.7U * ,200,00,1*56,36,811,00,701»,KO,701,72.956,09.000,00,020, ,82,188,72,708,00,91*0,00,900,00,607,7M ,85 (Cr$) Ordenados e Salários 6, Encargos Sociais e Trabalhistas 1. Serviços Técnicos e Terceiros Doações às Comunidades 8 Treinamento de Pessoal Impostos, Taxas, Seguros Desp. com alimentação Desp. com correios, cartórios,bancos Implementes agrícolas, Insumos e Sementes 1 Construjões Comunitárias 1 Mat.Didático,Expediente e audiovisual 1 Veículos e Máquinas Fretes e Carretos Água, Luz, Telefone Passagens e Transportes Publicações Variação 'Patrimonial -" ANT0'N4O' ALBERTINO CARNEIRO Secretario Executivo : t 989.i* *1* * >* U1», 101*.831*. 7U1».262, 1*1*.0M6, , , , , ,

5 Página 5 OPOSIÇÃO DEFINE CANDIDATO Depois de muito "jogo de empurra" o PMDB definiu o seu candidato a governador do Estado da Bahia. Como já era esperado por alguns, o escolhido foi o professor Roberto Santos, ex-governador baiano nomeado pelo Planalto no período 74-78, ex-pp (Partido Popular, que incorporou-se ao PMDB) e inimigo número um de Antônio Carlos Magalhães. O "candidato natural" parecia ser o sr. Waldir Pires, lançado há muito tempo por setores do PMDB, antes mesmo da incorporação do PP. Waldir Pires foi Consultor Geral da República antes de 64 e também foi punido pelo golpe militar. A resistência ao nome de Waldir Pires surgiu do grupo autodenominado "tendência popular" que fez, paralelamente, o lançamento do nome de Francisco Pinto a candidato a governador. Surgiram cartazes e muros pichados com o nome de Pinto. Mas, na realidade, o que a "tendência popular" queria mesmo era afastar Francisco Pinto da candidatura a deputado federal e para isso teria que encontrar "algo melhor" para ele. Afastando Pinto da candidatura a deputado federai, a "tendência popular" não apenas garantiria a eleição como talvez conseguisse uma significativa votação para o seu real candidato que é Haroldo Lima. Em muitas ocasiões pode-se verificar que Pinto era utilizado como escudo para divulgar o nome de Haroldo Lima pelos seus cabos-eleitorais. A recepção de Francisco Pinto no aeropor to 2 de Julho por ocasião da sua primeira vinda à Bahia depois de ser escolhido Secretário-Geral do PMDB, cuja organização foi assumida em parte pela própria "tendência popular", foi Salário mínimo não obedece a lei Acabamos de ter mais um aumento de salário mínimo. Dentro das mesmas normas do ano passado. A situação ficará assim nas várias regiões: 1) São Paulo, Rio, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo, terão um salário mínimo de Cr"»! ,00. 2) Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás terão um salário de Cr$ ,00. 3) Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe terão um salário de Crí ,00. O interessante é que, segundo cálculos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos LEMBRETE um típico exemplo disso. Foi grande a caravana formada de ônibus e de veículos de pequeno porte que se deslocaram de vários lugares do Estado para receber Pinto. No entanto, para um observador comum, dava a impressão de que o homenageado era Haroldo Lima que também estava presente, ainda de moletas por não estar totalmente recuperado do acidente que sofreu no mês de janeiro. Dezenas de faixas coloridas foram confeccionadas e enfeitavam o aeroporto. No entanto, na maioria delas, ao invés do nome de Francisco Pinto constava o de Haroldo Lima. Houve a tentativa, inclusive, de lançar Chico Pinto como candidato a prefeito de Feira de Santana e, nesse caso, não apenas canalizariam os seus votos de deputado federal para Haroldo Lima como haveria toda a "máquina" municipal funcionando nesse sentido. Não deu certo. Como não deu certo também o nome de Pinto como candidato a governador, a "tendência popular", como resposta resolve não apoiar a candidatura de Waldir Pires. E aí os extremos se encontram. Se a "tendência popular" se apresenta, por um lado, como o setor do PMDB considerado mais radical em suas pregações, nesse momento apoia um nome que serviu à Revolução de 64, que reprimiu violentamente movimentos estudantis, que reprimiu o antigo MDB (ninguém está esquecido da concentração do Campo Grande onde foram jogados cães ferozes contra o povo e inclusive o sr. Ulisses Guimarães), que expulsou, sob a interferência da violenta Polícia Militar os moradores do Marotin!.o e r 1 outras localidades de Sal" Jor, apreen- Sócio-Econômicos, a ração essencial para uma pessoa estava custando, em São Paulo, 6.480,00. Se considerarmos isso váhdo para a Bahia, o sala rio mínimo regional v. ; dar para alimentar duas pescas e um pedacinho de urra ter ceira. Essas pessoas, no entanto, somente devem comer. Não devem morar, tomar remédios, distrair-se, comprar roupas, tomar transporte etc. etc. O que é que isso quer dizer? É que a pol ítica salarial continua totalmente fora da lei. A nossa constituição "garante" que será assegurado ao trabalhador um salário mínimo capaz de satisfazer às suas necessidades normais e às de sua família. Quando é que essa letra da constituição se tornará uma realidade. As entidades que integram O GRITO DA TER- RA e que desejam publicar suas matérias, assim como outros colaboradores, devem apresentar as matérias até o dia 15 de cada mês, datilografadas em papel ofício, espaço 2, com cópia * fim de serem publicadas na edição do mêi ^yjinte. Para quem não dispõe de máquina de escrever, procurem qualquer membro do Corpo de Opinião com um pouco mais de antecedência. são do jornal "Viração" e assim por diante. Como explicar o encontro desses extremos? Hoje. inclusive, a "Juventude Viração" defende, "com unhas e dentes" o nome de Roberto Santos. De qualquer maneira está definido: o candidato a governador será o sr. Roberto Santos; o candidato a vicegovernador será o sr. Rômulo Almeida e Waldir Pires sairá como candidato a senador. Comenta-se inclusive que Antônio Carlos Magalhães (principal responsável pela ida de Roberto Santos para oposição) está dobrando os seus esforços para derrotar, não tanto a oposição, mas Roberto Santos, seu principal inimigo político na Bahia. Comenta-se que Antônio Carlos teria encomendado um verdadeiro documentário, através de filmes, sobre as mazelas de Roberto Santos quando governador e que jogará na praça no momento certo. Mas aqui cabe uma pergunta: de onde o sr. Antônio Carlos teria tirado o dinheiro para custear esses filmes (se confirmada a notícia)? Estará fazendo isso com dinheiro do seu próprio bolso? A campanha está na rua e as chances de vitórias do Sr. Roberto Santos não são grandes. Primeiro pelo seu próprio passado que ainda não foi esquecido pelos eleitores e segundo pelo "derramamento de dinheiro" que sé registra pelo governo do Estado com a finalidade de reforçar o PDS. A principal chance está, exatamente, nas divisões internas do próprio PDS, onde há setores que não aceitam as imposições do Sr. Antônio Carlos Magalhães. Povo não perdoa traidores O fato se passou em Campina Grande, Hr. Paraíba. Era a inauguração dos calça does do centro de Campina Grande. A festa estava i-iogramada, com escola de samba, shows, discursos do governador Tarcísio Burity, de candidato à sucessão pelo PDS e do candidato a senador, deputado federal Marcondes Gadelha. E foi exatamente a presença de Gadelha ex-integrante do chamado "grupo autêntico" do PMDB que aderiu ao PDS após a incorporação do PP que transformou aquilo que seria uma festa do PDS no maior fiasco desta.campanha eleitoral. Gadelha foi obrigado a calar-se diante das vaias e gritos de "traidor" das quatro mil pessoas que assistiam ao comício. O governador resumiu seu discurso e o candidato a governador nem falou. Qual a explicação para o fato? É que Campina Grande é um dos mais for- tes centros de oposição da Paraíba e foi ali que, em 1978, Marcondes, com um discurso antigovernista, conquistou 13 mil dos 53 mil votos que o elegeram deputado federal. Foram esses seus eleitores que, inconformados por Marcondes ter mudado de camisa, o vaiaram. Ao que parece, está-se precisando trazer algumas pessoas de Campina Grande para alguns lugares da Bahia e do Brasil. Ao menos para mostrar que o povo não engole assim, sem que nem para quê, essa passa-passa de partido. Afinal... ser eleito por alguém, por causa de uma proposta, supõe fidelidade a essa proposta. Neste tempo de eleições, é bom pensar nisso também. Nas propostas que os candidatos trazem e... nos seus bons e maus costumes de ser fiéis ou infiéis. Já basta de infidelidadel MAS O Ho/vie/V) vâo /?A oo dovenuc? -*-** JUSTIÇA POPULAR Há conceitos que só são compreendidos dentro de um contexto sócio-econômico-político. Alguns exemplos são: democracia, legitimidade, participação popular, dentre outros. À medida em que a sociedade evolui, a compreensão desses (e de outros) termos vai também mudando. A palavra democracia, na década de 30, não tinha o mesmo sentido que tem hoje. Naquela época, provavelmente, o peso maior para definir uma sociedade democrática estaria na participação dos cidadãos na escolha de seus governantes. Hoje, além desse aspecto, democracia já passa a ter um sentido mais amplo, um sentido também de justiça social. Já não se concebe hoje que numa nação onde reine a injustiça social, haja democracia. Isso tudo prá dizer que as coisas, as formas de se compreender a vida, a sociedade e o mundo, estão em constante mudança. Assim, uma Lei que há vinte anos era considerada "justa", pode ser hoje considerada injusta. Porque Justiça é outro conceito que se compreende dentro de um contexto. Por esse raciocínio, tem muita coisa prá mudar no aparato jurídico das socie- dades, assim como no Brasil. Quantas leis, já totalmente caducas e sem nenhum sentido para a época de hoje estão ainda em vigor? O juiz da 3? Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, Ruy Armando Gessinger criticou o sistema judiciário brasileiro e defendeu a legitimação de todo sistema de leis existente através de um "congresso popular". Para ele a Lei e o bem comum não se casam e por isso não é difícil para alguns burlar a lei em benefício próprio e em prejuízo de muitos. "Vivemos numa sociedade sumamente injusta, desumana, consumista, em que o direito penal, em si, pouca função tem. Enquanto a sociedade estiver enferma, enquanto pensarmos nos pobres apenas como um marginal a ameaçar o nosso caviar, não haverá verdadeira justiça criminai, já que esta será, como o direito penal, antes um sistema de dominação do que de consecução da paz social", afirmou o juiz (TB, ), acrescentando: "a manifestação mais gritante do nosso desrespeito institucionalizado e da prepotência do mais forte acontece a cada minuto no trânsito". Operários em desespero Já faz alguns meses que os trabalhadores da COFERRAZ, empresa localizada em Santo André, São Paulo, vêm protestando pelo não pagamento de seus salários -atrasados. Todos os meios foram tentados: a negociação, através do diálogo, o que não resolveu. Diante do impasse e sabendo-se que operário vive é do seu salário, isto é, não recebendo não come, os trabalhadores entraram em greve. Nada. Nenhuma medida concreta foi tomada no sentido de resolver o problema. Desesperados, porque além deles próprios, as suas famílias estavam também passando necessidades, os trabalhadores em desespero resolveram "fazer justiça com as suas próprias mãos": depredaram as instalações da CO- FERRAZ. Aí apareceram os defensores da empresa: primeiro foi a Polícia Militar que agrediu violentamente os operários e, co- mo sempre faz, agrediu também outras pessoas que passavam pelo local no momento do incidente. Assim, mais de dez operários e dois moradores das redondezas tiveram que ser internados pelas agressões que receberam da polícia. Mas os operários também reagiram à agressão e terminaram "mandando" alguns também para o hospital. 27 operários foram presos. Depois disso veio o DOPS, argumentando que "havia pessoas estranhas" nos incidentes e instaurou inquérito para apurar os "responsáveis" pelo depredamento. Por que não se instaura inquérito para apurar as responsabilidades pelo atraso do pagamento dos operários já que foi essa a verdadeir; causa do problema? 0 pior é que muitos casos semelhantes o não pagamento dos salários estão se tornando moda no Brasil.

6 Página 6 SECA: DEPOIMENTO DE UM LAVRADOR No número anterior de 0 GRITO DA TERRA publicamos parte de um depoimento de um lavrador cearense sobre as secas. Damos continuidade, neste número, ao mesmo depoimento. A INDUSTRIA DA SECA "E assim a seca é transformada numa das maiores indústrias para os ricos. Porque aproveitam a fome e a miséria para transformar em riqueza. Pagando muito barato o trabalho do povo, porque se obrigam ganhar seja quanto for. E assim valorizam muito suas propriedades sem gastarem nada, porque o governo paga tudo por conta da emergência. Com CrM.OSC^OO por mês. Enquanto o salário mínimo do Estado é Cr$6.700,00 por mês. E os fazendeiros e proprietários que têm gente trabalhando permanente nas fazendas e sítios, em vacarias, alambiques, limpeza de sítios e lavouras, transferem o ganho destas pessoas para receberem o GESCAP. Por conta da emergência, e eles hão gastam nada. E os fiscais do serviço de emergência que deviam fiscalizarem essas irregularidades que é contra a lei do GESCAP, vem fiscalizar é se o pobre não está trabalhando para descontar no pagamento do mês. Dos Cr$4.080,00. Eu tenho visto muitos trabalhadores dizerem: "pior se não existisse esse ganho para nós. Era muito pior". Eu não sou contra não. Eu só quero dizer é que sou trabalhador camponês, mas sou gente. E gente merece ser tratado melhor. Ou seja, gente tem direito de ser gente. E isto não é jeito de tratar gente. Um pai de família ganhar por dia de serviço no sol, dando duro, Cri"; 136,00, sujeito a sustentar sua família de até 8 ou 10 pessoas com Crí 136,00 por dia. Para se alimentar e comprar de tudo que uma família precisa com este dinheiro. Quando um prato de comida numa banca, das piores comidas, é mais deste dinheiro. Quando se sabe que só uma carteira de cigarro que esses que governam o país, ou os estados, ou os municípios, ou qualquer classe média fuma, custa, talvez mais disto. E um pai de família sujeito sustentar uma família por dia com este dinheiro - duma carteira de cigarro. Eu acho o maior desrespeito deste mundo para gente. Eles pensam que nós somos o quê? Gente não é. E bicho muito pior porque todo bicho come. Eu não entendo nunca o que eles pensam, quando estipulam um salário deste. Só pode ser uma espécie de zombaria, caçoando do povo. De outro jeito eu não entendo. Só por causa da necessidade que sofremos, deixamos de ser gente? E eles se aproveitam dessa necessidade para sujeitarem em todos os sentidos. A seca é transformada também numa das maiores pescarias de voto. Porque o povo recebe estes trabalhos como uma ajuda, ou favor, ou benefícios, que os políticos estão fazendo. Como não tem com que pagar, pagam com o voto. E os técnicos do GESCAP são os gerentes desta indústria da seca. Depois desta descoberta que me fez ver tudo, cheguei à conclusão que: a fome não é casual. Não é casualmente que existe a classe pobre. A fome que soframos, a nossa falta de condições de viver, é ouem sustenta o poder econômico e político. E a fome, a falta de condições de vida do povo, que dá toda riqueza e todo poder à classe rica. E por isto que nosso trabalho não serve para nós. Porque se eles deixassem tudo que fazemos e construímos e produzimos ser nosso, os ricos era nós que trabalhava. Eles que não trabalham morriam de fome. é por isto que tudo que fazemos e construímos é tomado de qualquer maneira, para nós nunca ter nada. A fim de trabalharmos mais ainda, para produzir mais, para mais aumentar as riquezas. E por isto que nós morremos de trabalhar. E quanto mais trabalha, mais precisa de trabalhar mesmo. Porque nosso trabalho se transforma em riquezas para eles, e pobreza para nós. Se tudo que fazemos e produzimos fosse nosso, nós não precisava trabalhar tão barato, se sujeitando ganhar tão pouco, se submetendo a todo tipo de dominação, sujeição e exploração. Se tudo que fazemos fosse nosso, nós tinha nas nossas mãos tudo que precisamos. Sem precisar pedir, nem esperar que alguém tenha vontade de dar. Se a produção do nosso trabalho fosse nossa, não precisava de emergência do governo para nós escapar, num ou dois ou três anos de seca. Nós tinha em casa com que se manter. Aí nós vivia independente deles. Nós não precisava deles. Deste jeito que vivemos, nós só dependendo dos grandes, dá a impressão que é nós que precisamos dos grandes. E na nossa" cabeça está mesmo é isto. E por isto que muitas vezes nós achamos bom ter contato, se comunicar com os grandes. Mas na verdade são eles que precisam de nós. Se não fosse nós, eles não viviam. Ou tinham que trabalharem como nós. E por isto que eles não deixam nós possuir nada do que é nosso, para sermos sempre pobres, para eles poderem sujeitar do jeito que querem. A FOME NÃO É CAUSADA PELA SECA A fome, a miséria que sofremos, não é causada pela falta de chuva. Porque são 10, ou 15 anos de bom inverno, e o pobre com inverno ou sem inverno é cada vez ficando mais pobre, e trabalhando mais. Não existe tempo bom para o pobre. Para o pobre ser livre, e possuir o que produz. A seca não devia ser a maior miséria do povo, como não é. E como é visto, a seca é culpada de tudo. Se todos os camponeses pudessem segurar sua produção, a seca não significava uma calamidade pública para estes camponeses. A fome, a miséria, a calamidade pública existe na nossa classe pobre, não é causada pela seca e nem é só tempo de seca que existe nossa classe. Tudo isto, estas coisas que sofremos, é causada por estes ricos e patrões; poderosos e políticos que aparecem em todas estas horas como a solução dos problemas. Nestas horas eles aparecem como o salvador dos pobres. Com planos de emergências e traba lhos para o povo n" > morrer de fome. Como o GESCAP, etc. São eles presidente da República, governadores, prefeitos, políticos e patrões, enfim, todo tipo de poderoso. Dá até uma sensação, quando a gente descobre tudo isto. Porque a^ gente vê bem claro, que são eles mesmos que criam toda esta situação de fome e miséria e de calamidade pública, para os pobres. Que é para depois aparecerem como solução dos problemas e da fome, como pai da pobreza. É por isso que a classe pobre acha que precisa da classn rica. E a classe rica faz tudo de propósit.'. Para se manter na riqueza e no poder às custas do pobre. Mas se são eles mesmos os causadores de tudo, como é que vão resolver? A prova que não é a falta de chuva a causa da fome, porque não existe fome para os ricos nos anos de seca. Só os pobres é quem sofre com a seca. O rico fica é mais rico. Nem falta d'água o rico não sofre. E o pobre só falta morrer de sede esperando água dos açudes, vinda em pipas, para beber e gastar. Uma água contaminada, poluída, por razão. Ou seja, quando eles querem botar. Até isso mesmo fazem com politicagem. Enquanto o rico tem sua água encana- ^da, e cuidadosamente prá não faltar. Por- 1 que são eles quem mandam em tudo, e tam- 1 bém nos empregados da água. E nas suas fazendas existem açudes e mais açudes, ou poços profundos e diversos sistemas de irrigações, para nunca faltar água para seu gado e criação nos anos de seca. Nesta época de seca que o pobre além de não ter alimentação, está totalmente sem água, só esperando as migalhas d'água botada por politiqueiros que tenta com isto comprar o voto do povo. E só num estádio de futebol para manter vivo o gramado está sendo gasto 50 carradas d'água por semana, e ainda a imprensa criticando porque o gramado está morrendo. E o pobre que não é gramado, é gente, só porque é pobre tem menos valor do que o gramado do estádio. Porque ninguém reclama. (Obs.: pode-se constatar, pelos dados de Cr!*! apresentados, que esse depoimento foi escrito já há alguns meses o que não altera em nada o seu conteúdo). Justiça militar náo pode julgar Lula O Supremo Tribunal Militar julgou a Justiça Militar incompetente para julgar os sindicalistas do ABC paulista que estavam sendo processados com base na Lei de Segurança Nacional por terem liderado as greves dos metalúrgicos em Entre os sindicalistas processados está Lula, presidente do PT. No dia do julgamento houve manifestações de protestos em todo Brasil. Os operários da Ford e da Mercedes Benz paralizaram suas atividades. Em Feira de Santana o PT convocou e realizou um ato público no centro da cidade, contando com a participação de várias entidades locais. ESCOLA A SERVIÇO DO COMÉRCIO E DO LUCRO O Domingo de Páscoa é sempre o primeiro domingo que sucede à Sexta-feira Santa. Nesse dia comemorase a ressurreição de Jesus Cristo entre os cristãos do mundo inteiro. É um dia de regozijo e alegria porque se relembra a Ressurreição do Senhor. No entanto, a festa da Páscoa, assim como muitas outras comemorações que se fazem hoje, perderam o seu verdadeiro sentido e são promovidas e realizadas. muitas vezes, simplesmente por interesses comerciais. As Escolas, intencionalmente ou não, terminam entrando "no esquema", contribuindo para e elevação dos lucros no comércio. Veja a seguir a cópia de um dos muitos bilhetinhos que as escolas mandam para os pais de alunos nesses períodos de festa: Prezada Mamãe". É preciso que nos mande um ovo de Páscoa, comprado no Mendonça pelo preço de Cr^ 170,00. Este ovo será colocado na lembrança da Páscoa de cada criança. Agradeço. Pró (...)" Como se sente uma família, por exemplo, que tem 5 filhos na escola e ganha um salário mínimo por mês? Como se sentiria Jesus Cristo se visse a "Páscoa do Senhor" utilizada como instrumento comercial? Habitação popular ou propaganda? O problema habitacional brasileiro é dos mais sérios, e tem sido agravado nos últimos anos com a política que estimula a saída do homem do campo, aumentando o déficit habitacional das cidades. Os Programas Habitacionais existem. Milhões são aplicados anualmente em habitação (pelo menos divulgam), mas o problema continua. O jornal Tribuna da Bahia, em sua edição de , publicou a seguinte nota sob o título "Habitação": "O governo está vivamente interessado em resolver o problema da falta de moradias em Salvador, para acabar com o drama social da invasão, é pelo menos o que dizem os seus representantes. Só que os números provam o contrário: nos três anos da atual administração, a capital foi contemplada ERRATA com apenas 105 habitações dos projetos iniciados e concluídos neste governo pela Urbis". E isso: 105 novas moradias. E ainda aparece alguém com coragem de dizer que está interessado em resolver o problema da habitação? E possível que esteja gastando mais dinheiro com propaganda (neste ano eleitoral) do que com realizações. Por um erro da montagem a matéria da página 7 do número anteriof- de O GRITO DA TERRA foi publicada com o título "Os resultados dos trabalhos das secas são para os ricos", quando, o título real era: MAIS TELEVISÃO DO QUE GELADEI- RA. Por um lapso da equipe de repetimos no n. 4 a matéria sobre Jogo do Bicho já publicada no n. 3 (página 8). Ppdimos desculpas aos leitores.

7 I INVASÃO DE TERRAS EM CONCEIÇÃO DO COITÉ No mês de março, precisamente no dia 17, máquinas da Prefeitura Municipal acompanhadas de soldados da Polícia Militar e um Oficial de Justiça, alegando terem ordem judicial de despejo (que não foi apresentada), invadiram a propriedade de Joaquim Ferreira dos Reis, situada na Faz. Serra Vermelha, no município de Conceição do Coité. Ali, derrubaram a casa de moradia do genro de Joaquim. Dentro da casa encontravam-se a esposa do proprietário, seu pai (um velho de 80 anos) e três filhos menores. A casa foi violentamente arrombada e apanhados todos os móveis que foram levados numa caçamba e que não sa- be para onde foram levados, num verdadeiro gesto animal. Dessa forma os homens que são responsáves pela Justiça em nosso município trataram os nossos companheiros que, com o seu trabalho, sempre contribuíram com o engrandecimento desta terra. Além disso, os invasores destruíram mais de 11 (onze) tarefas de cercas, causaram muitos danos na plantação de sisal e destruíram completamente o plantio de mandioca, de onde o nosso companheiro tirava o seu sustento eda sua família. Imediatamente, os companheiros vizinhos, numa demons- tração de solidariedade e união, se juntaram, mais de 200 homens e reconstruíram toda a cerca destruída e a casa. Dada a distância do local onde aconteceu a invasão, somente no dia seguinte os menbros da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais tiveram conhecimento, deslocandose imediatamente para a Faz. Serra Vermelha, adotando as providências para resolver a brutalidade praticada contra os nossos associados, honestos trabalhadores, que moram naquela região. CELSO COSTA AMÂNCIO - Presidente do STR. Um golpe de mestre As Ilhas Malvinas situam-se na ponta do Continente Sul- Americano. São Colônias da Inglaterra. A sua "tomada" pela Argentina é um velho desejo, não apen; s do governo mas também cio povo argentino. Exatamente nesse momento em que o governo argentino sofre grandes desgastes junto à população argentina, por causa da sua política econômica contrária aos interesses da nação e pela violenta repressão política aos trabalhadores, estudantes, à imprensa etc, o governo resolve investir em direção as Ilhas Malvinas e, de surpresa, apodera-se da área. Com isso consegue o apoio de parte significativa da população argentina que, pelo entusiasmo, termina se esquecendo dos graves problemas que en- frenta no dia a dia. Dessa forma, um governo desacreditado e desgastado consegue oxigênio novo que deverá se transformar em maior aperto para os argentinos, assim que passar o "entusiasmo" pela tomada das Ilhas. Por outro lado, a invasão argentina se dá, exatamente, num momento em que as atenções do mundo estão voltadas para El Salvador. Com isso, ninguém mais falou em El Salvador, no massacre ao povo salvadorenho, no avanço da guerrilha e assim por diante. A "tomada" das Ilhas Malvinas pela Argentina não teria sido também uma forma de concentrar a atenção do mundo nesse problema (que é um problemr. menor) e, enquanto isso, fazerem-se novas investidas america- nas em El Salvador sem que ninguém dê importância? O plano para a "tomada" das Ilhas, exatamente agora, teria sido da Argentina ou dos Estados Unidos? É bom lembrar que por "coincidência" realizou-se na Argentina a reunião das Forças Aéreas da América Latina que se encontra periodicamente para discutir "problemas comuns", sempre com a presença da Força Aérea Norteamericana. Por que as Ilhas Malvinas têm de continuar como colônia (da Inglaterra ou da Argentina)? Por que não se dá aos Malvinenses a sua total autonomia 7 E, no caso de continuar colônia, por não se deixa que o próprio povo da Ma.v/inas escolha o país de quem prefere depender? O PT SAI NA FRENTE O Partido dos Trabalhadores realizou sua Pré-Convenção municipal nos dias 10 e 11 de abril na Biblioteca Municipal. No dia 10 (sábado) os participantes dividiram-se em quatro grupos onde discutiram separadamente um projeto de campanha coletiva, programa de governo municipal, plataforma política, critérios e candidatos. No dia 11 (domingo), presentes os candidatos do partido ao governo estadual (Edival Passos) e ao senado (Sérgio Guimarães), as discussões foram em plenário onde o projeto de campanha coletiva foi aprovado com o objetivo de garantir igual participação dos candidatos, evitar o poder econômico dentro do par- tido, seguindo uma linha,de constante crescimento do PT e não o fortalecimento de nomes individualmente. O programa de governo municipal e a plataforma política seguiram a diretriz básica do programa nacional, baseado no tema; Terra, Trabalho e Liberdade. No tema mais polêmico, que tratou sobre critérios e candidatos, onde os ânimos estiveram exaltados, utilizaram-se critérios que variaram entre ser militante do partido, ser incorruptível e ter representatividade. A chapa eleita foi composta por Antônio Ozette (Prefeito) e Ovídio Gonçalves (Vice-prefeito). Tal escolha teve como base principal o importante trabalho social e político desenvolvido por Antônio Ozette durante onze anos de exercício da profissão de Médico, onde sempre se destacou pela prática da medicina popular, conciente e de boa qualidade, que lhe vale o respeito mesmo dos que preferem a medicina convencional (muito mais comercializável), a participação política cooerente com seus princípios oposicionistas e a presidência do Comitê de Defesa dos Direitos Humanos de Feira. Aliado a isto concorreu também o fato de ser o nome que consegue aglutinar todos os grupos que compõe, o partido, que, Página 7 mesmo com algumas discordâncias de ordem política, são unânimes em afirmar ser este o nome que pode levar mais longe o Partido dos Trabalhadores. Completa a chapa o nome de Ovídio Gonçalves, lider popular de Feira de Santana, com participação principal no bairro da Mangabeira. O PT pretende aproveitar a falta de mensagem social e o comprometimento do PDS com o sistema, e a discórdia e caciquismo do PMDB, para conquistar espaços, lutando contra a evidente falta de dinheiro para eleições que prometem ser tão caras e contra as máquinas estadual e municipal. Lamentou-se mais uma vez a disputa entre as diferentes tendências que convivem no partido, fato que chegou a comprometer a qualidade dos debates e deliberações, merecendo críticas dos presentes a tal comportamento e a esperança de que com a prática, possa ser resolvido este problema. PDS CONTA O FUNCIONALISMO O funcionalismo público vem lutando, já há algum tempo, pelo reajuste semestral de seus vencimentos e pelo pagamento do 13P Salário. O deputado Osvaldo Macedo, PMDB-Paraná, apresentou um projeto de emenda constitucional a fim de permitir ao funcionalismo público o direito ao 139 Salário. Três senadores do partido do governo, segundo a impresna veiculou, recusaram-se a relatar a matéria na Comissão Mista o que obrigou o projeto ir a plenário sem o parecer dessa Comissão. Archimedes Pereira Franco, presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, denunciou na imprensa que havia uma recomendação expressa do Planalto para que os deputados e senadores do PDS encontrassem meios para o projeto não ser aprovado. Mesmo usando a estratégia de não compa- recimento no dia da votação, a situação dos deputados e senadores do PDS que, ajudara a derrubar a emenda que concede o 13P salário ao funcionalismo público é bastante incômoda neste ano eleitoral. É exatamente nessas horas que se faz o teste de quem está a serviço de quem. Archimedes Franco diz que a luta continuará. A mobilização no sentido de conseguir a vitória, um dia terá prosseguimento. Já o projeto do senador Afonso Camargo, também do PMDB, que concedia ao servidor público o direito de reajuste semestral do salário foi arquivado e o assunto só voltará à Câmara ou ao Congresso Nacional através de outro projeto. E foi arquivado justamente porque os "representantes do povo" não quiseram que o projeto passasse. MICARETA "MERGULHE FUNDO NAFOLIA" Promoção: Secretaria de Turismo Governo Coibert Martins

8 Pagina 8 Damos aqui, continuidade à aborda gem iniciada no n. 4 de O GRITO DA TERRA sobre El Salvador. Por Antônio Gzetti Netto Dissidentes do Partido Comunista formam a Frente Popular de Libertação Farabundo Marti (FPF). dedicada ao estabelecimento de forças guerrilheiras, segundo a estratégia de "Guerra popular prolongada" de Março Rebelião da ala "constitucionalista" de jovens oficiais é sufocada com a participação de tropas guatemaltecas e nicaraguenses. Junho Nasce "o grupo", integrado por Social-Cristãos Radicais e militantes comunistas de tendência maoista. O grupo forma depois, o Exército Revolucionário do Povo (ERP) e rompe, em 1979, as relações com Pequim Com evidente apoio oficial, começam a atuar grupos terroristas "paramilitares" (na realidade militares vestidos de civis): Organização Democrática Nacionalista (Ordem), União Guerreira Branca (UGB), Falange e outros O ERP se divide entre os que seguiam uma linha "militar" e os partidários da "linha de massas". Esses últimos se dividem e criam as Forças Armadas da Resistência Nacional (Farn), que orienta politicamente a Frente de Ação Popular (Fapu), criada em 1974 como ampla coalizão de sindicatos e organizações estudantis. Outra grande "frente de massas", o Bloco Popular Revolucionário (BPR) é fundado em 1975, aliado das FPL. Sua maior força está entre os camponeses, mas também aderem estudantes, professores e população favelada. EL SALVADOR de fevereiro Duzentas pessoas, pelo menos, são assassinadas durante uma manifestação pacífica de protesto contra nova fraude eleitoral. No dia seguinte, a repressão faz umas sete mil vítimas. A "frente de massas" do ERP, criada nesse mesmo ano, toma seu nome usando essa data: as Ligas Populares 28 de Fevereiro (LP-28) Forma-se o "Foro Popular" integrado pela UDN, o PDC, o MNR, a Fenastra (central sindical ligada à FAPU) e outras organizações Julho: triunfo Sandinista na vizinha Nicarágua. Outubro: dia 15, um golpe de Estado substitui Romero por uma Junta Cívico- Militar. O Foro Popular oferece sua colaboração ao novo governo..o Partido Comunista dá um apoio condicionado à explusão dos facistas do aparelho estatal. O arcebispo de El Salvador convida os guerrilheiros a deporem as armas. O governo americano vê o golpe com "bons olhos": uma forma de evitar uma "nova Nicarágua". As organizações de esquerda dividem-se mais ainda entre si e se isolam. Novembro: D. Romero denuncia que "os organismos de segurança estão reprimindo de forma mais brutal que o regime anterior para evitar que o novo governo ganhe credibilidade". Dezembro: preocupados porque a repressão dirige-se "exclusivamente contra as organizações populares" e não contra as organizações para-militares de direita, vários ministros lançam um "ultimato" à Junta e às Forças Armadas, no qual exigem JOGO DO BICHO: LEGALIZAR OU NÂO LEGALIZAR? Diante do que foi apresentado em números anteriores de O GRITO DA TERRA, fica a pergunta: a quem interessa manter esta situação. Ao bicheiro, que lucra com a ilegalidade sem pagar impostos e encargos sociais? A polícia, que com os baixos salários que paga aos seus membros, tem o jogo do bicho a verba suplementar que possibilita a alguns sobreviverem apenas e a outros manterem um nível de vida superior ao que teriam com os recursos do seu soldo? Aos políticos do sistema que tem na ilegalidade do jogo do bicho uma importante arma de manipulação sobre os bicheiros, tirando daí votos e dinheiro? A quem interessa, realmente, legalizar o jogo do bicho? Parece claro entre alguns bicheiros o fato de que a legalidade só virá com o encampamento, pelo gover- no, cabendo ao bicheiro o papel de agenciador, diminuindo em grande escala os seus lucros. Para esses, a implantação da Loto parece ter sido um laboratório, mal idealizado, de como o governo passaria a ser o "grande bicheiro". Não acreditam então que o projeto do deputado Péricles Gonçalves (ex-pp/rj), eleito pelo bicheiro "Anísio de Nilópolis" que mantém a estrutura atual do jogo, venha a se tornar realidade. Há bicheiros que acreditam na aprovação do projeto de Péricles Gonçalves e apostam na incapacidade do governo em gerir o jogo, mantendo a estrutura de cambistas de hoje e pagando o prêmio aos apostadores no mesmo dia do sorteio, como ainda permitir ao apostador "fazer sua fé" em sua própria casa ou no mesmo quarteirão da sua rua. Vinda a legalização, os bicheiros simplesmente transfeririam a PPP (Propina da Polícia e dos Políticos), como eles mesmos denominam, para os cofres de Estado, através de impostos e encargos sociais. Logo, para eles, não haveria qualquer Diferença. Por que se joga? A explicação talvez seja a mesma para a Loteria Esportiva, Loto, Loteria Federal, Loteria Estadual e assim por diante. Um povo que tem uma" renda mensal altamente reduzida, que convive com o eterno convite ao consumo, habituado a ser medido e a medir pelo que tem, que convive com os que roubam e são premiados com contas fora do país, é estimulado e levado a desejar ganhar mais, a subir mais na vida, seja de que forma for. A motivação para o jogo, então, é a mesma que leva à marginaiização, à criminalidade. E o desespero. E esse desespero é aproveitado da melhor forma para enriquecer mais a alguns. que a Junta tome o controle efetivo do exército Janeiro: Renunciam todos os ministros da Junta Militar, assim'como os três civis que a serviam. O ministro da Educação, Salvador Samayoa, anuncia a sua incorporação às forças guerrilheiras. A FARN e o Partido Comunista anunciam sua unificação na Coordenação Revolucionária e quatro outras organizações (BPR, LP-28, FAPU e UDN) anunciam sua adesão à Coordenação Revolucionária. No final do mês, 250 mil pessoas participam de uma manifestação para comemorar o aniversário do massacre de 1932 e celebrar a unificação das forças revolucionárias. Fevereiro: A Junta anuncia a nacionalização de bancos, do comércio exterior e reforma agrária. O governo norte-americano reafirma o seu apoio ao governo Salvadorenho. A manifestação de apoio ao governo, convocada por ele, se esvazia, apenas 600 pessoas comparecem. Março: Héctos Dada Hierezi renuncia à Junta e denuncia o governo repressivo. O governo promulga um decreto de reforma agrária. Mais uma organização integra a Coordenação Revolucionária, o ERP. O monsenhor Romero denuncia a intervenção dos Estados Unidos em El Salvador e afirma que "a reforma agrária não leva a quase nada porque está controlada pelos militares". No dia 17 dá-se uma greve geral convocada pela Coordenação Revolucionária. Morrem 58 pessoas, vítimas da repressão do governo. No dia 24, depois de ter proposto aos soldados salvadorenhos para não atirar contra o povo de El Salvador, Dom Romero é assassinado. No seu enterro, novo massacre: 40 mortos e mais de 150 feridos. Abril: Forma-se a "Frente Democrática" com descontentes da Democracia Cristã, social-democratas, sindicatos e outras entidades. A Frente Democrática concorda com o programa da Coordenação Revolucionária. Maio: 600 pessoas, na sua maipria mulheres e crianças, são massacradas pelo exército elsalvadorenho. Julho: O único diário oposicionista, o El Independiente, é dinamitado"na capital salvadorenha. Agosto: A Frente Democrática Revolucionária convoca uma greve geral que pára o país por três dias. Setembro: Funda-se a Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional (FMLN), como única organização para coordenar as forças revolucionárias. Novembro: As Farn se reincorporam à FMLN. Nesse mês, durante a Conferência de Imprensa de San Salvador, o presidente da FDR e seis dirigentes oposicionistas são seqüestrados e assassinados. Dezembro: Quatro freiras norte-americanas são assassinadas. O coronel Majano é destituído da Junta. O Partido Revolucionário dos Trabalhadores Centro-Americano anuncia a sua incorporação à FMLN, atingindo a totalidade de forças da esquerda. A Comissão de Direitos Humanos de El Salvador informa o saldo de crimes em 1980: 12 mil mortos identificados. Calcula-se que houve outro tanto de mortos não identificados Janeiro: Inicia-se grande ofensiva das forças guerrilheiras contra 22 mil soldados fortemente armados pelos Estados Unidos. O governo de El Salvador continua recebendo dos Estados Unidos, além de armas, ajuda militar e treinamento de seus oficiais. Os 6 mil guerrilheiros, apoiados direta ou indiretamente por grande parte do povo salvadorenho continuam a luta através da Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional (FMLN). Os sem alternativas O CEPED vem de realizar um "Seminário de Tecnologia Alternativa". Nada mais louvável e digno de aplausos que esta iniciativa, que pode ser o começo de um repensar na utilização racional dos nossos recur- sos, ou, quem sabe, poderá. até ajudar a tirar o país do "buraco" em que se encontra com o seu modelo desenvolvimentista. Porém (e o pior é que sempre há um porém) todo este esforço do CEPED choca-se com a prática, comum entre nós e principalmente no CEPED, de laurear-se técnicos estrangeiros em detrimento do arrochado e enfeitado tupiniquim. Alegar-se-ia, então, a contribuição dos pesquisadores "especializados", do exterior, portadores de mestrados e PHDs. Mas todos nos sabemos que estas "especializações" muitas vezes não passam de embustes, papo furado, e muitos sãõ os títulos fornecidos por entidades de idoneidade duvidosa. Resultado: temos em nosso país um exército de profissionais absorvíveis pelas empresas e fundações de pesquisa, que, no entanto, vão buscá-los em outras plagas, mantém e proporcio- nam remuneração bem superior aos que nossos pesquisadores percebem e, no final das contas, são estes que executam as tarefas que consagram as. "pesquisas" dos estranjas, evidentemente, com a diferença de que o. nosso rejeitado paga imposto, é mal pago por seu trabalho, enquanto o "expert" visitante tem todas as regalias. A coisa é tão grave, que este mesmo CEPED, só em um setor (o PROAGRO), demitiu no ano passado cinco agrônomos e um técnico agrícola, ao mesmo tempo em que contratava para "prestação de serviços" um zootecnista americano, para realizar pesquisas com culturas produtoras de látex. É bom esclarecer, para os leigos no assunto, que um zootecnista está para esta atividade, assim como um padeiro está para o trabalho de uma alfaiataria. E tem mais, no caso do técnico agrícola, este foi afastado justamente para ceder lugar ao técnico ianque. Quanto entreguismo, heiml Para contrabalançar, o coordenador do PROAGR (um inglês) ao invés de colocar um agrônomo ou similar para chefiar um posto de exploração de borracha em Barreiras, como se convencionara e ' como manda o bom senso, empossou, através de tráfico de influência, um professor primário, pagando a este, evidentemente, um salário bem inferior ao que seria pago a um profissional a quem de direito. Não somos xenófobos e nãç podemos negar a contribuição de muitos técnicos estrangeiros para o nosso desenvolvimento. Reconhecemos que muitos desses técnicos estrangeiros são inapelavelmente enxotados daqui, por mor de odiosa discriminação governamental (ameaça da lei dos estrangeiros etc), e somos radicalmente contra tais arbitrariedades. Mas não podemos esquecer também que os nossos especialistas ou não, portadores de mestrados, PHDs ou não, têm o grande trunfo de estarem insertos nas necessidades e realidades de um país que, apesar de todos os pesares, AINDA éseu. Ex-colaboradores do Projeto Maniçoba/Mangabeira, SUDHEVEA/CEPED, núcleos de Barreiras e São Raimundo Nonato. Divulgação: ASTA-BA. r

9 EDIÇÃO ESPECIAL - FEIRA DE SANTANA, MAIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA EDUCAÇÃO HOJE: UM GRANDE DESAFIO O grito da Terra, através do seu Corpo de Opinião, acolheu com satisfação a sugestãosocilitação de várias pessoas, na sua maioria ligada* à educação, para que, aproveitandose a c casião e a motivação existentes, por ocssiãn da greve dos professores da rede estadual de ensino, se lançasse um número es-' pecial sobre a educação. Isso porque um dos problemas brasileiros que O Grito da Terra se propôs a discutir e refletir foi justamente a educação; também porque cabe ao jornal, segundo sua própria Carta de Princípios, propiciar o cotejamento de opiniões, criando um clima de debates que propicie, no surgimento de uma mentalidade crítica, à tomada de posições» dares, independentes e objetivas. Os professores da rede estadual de ensino^ assim como aqueles da rede municipal de Salvador decidiram entrar em greve por melhores salários e condições de ensino. Não há que negar que os aumentos concedidos ao magistério e ao funcionalismo público no atual governo têm sido bem maiores que aqueles concedidos anteriormente; não há que negar também que a inflação tem sido bem maior nos últimos tempos, alcançando tetos que ultrapassaram a casa dos 100 por cento. Por conseguinte o significado real dos aumentos, juntamente com a sua capacidade de reposição do poder de compra, teriam que ser analisados à luz deste fato e não apenas como um dado absoluto. A greve tem sido analisada, no entanto, pura e simplesmente à luz do problema dos aumentos ou não de salários. E a oportuni- dade de refletir e debater sobre o conjunto dos problemas educacionais do Brasil e do Estado vem sendo deixada à parte. E a essa luz que cremos que se justifique essa edição extraordinária de O GRITO DA TERRA. Queremos trazer a lume vários asoectos da problemática da educação em seus vários níveis. Permanecemos, no entanto, e fazemos questão de o fazer, nos limites dos objetivos e das competências do jornal. A ele não sabe dizer se os professores devem ou não devem fazer greve. Se devem ou não continuar o movimento que encetaram. Ao jornal cabe trazer o mais rico e mais amplo material possível, provocar a reflexão, o debate, o cotejamento de opiniõe* Aos vários grupos e entidades da Sociedade, dentro de suas circunstâncias concretas e, nas situações específicas em que se encontrem, cabe decidir sobre os encaminhamentos a serem feitos para enfrentar a própria realidade. Queremos contribuir e apoiar a reflexão; não queremos nos arvorar, no entanto, o papel de representantes das classes; de ditar os princípios e as práticas, sendo "proprietários" da verdade, mesmo no caso em que esses princípios e práticas nos pareçam os mais corretos. Em todo caso, uma coisa é certa: A educação, especialmente no Brasil de hoje, é o grande desafio a ser vencido. E este é o motivo do lançamento desta edição extra com as matérias de reflexão que a compõem. Discordância em caso, gênero, número e grau. No art. 1? da Lei (20/12/61), não A Lei ainda vigente (a 5.692) fala de um revogado pela (11/08/71), fala-se.objetivo geral do ensino de 1?e2P graus: dos fins da Educação "nacional, inspirada "proporcionar ao educando a formação nos princípios de liberdade e dos ideais de necessária ao desenvolvimento de suas posolidariedade humana". tencialidades como elemento de auto-rea- Faltam-nos, entretanto, os fatos e os lização, qualificação para o trabalho e preatos de liberdade e solidariedade humanas, paro para o exercício consciente da cidaquando não continentais mesmo. Mas, já é dania" (art. 19). alguma coisa se os "princípios" e os D Mesmo sem comentários à troca de "ide«í" não tenham sido derrogados. ;A "educação" (Lei anterior) por "ensino", Quanto ao caráter nacional, é pena que de qualquer forma destinado ao educanse entenda mais em termos de território e do, cabe a indagação de: qual o critério de de instituições, do que em termos de cons- necessário e quem o e c tabelece? Os próciências e de vivências, de pessoas que prios agentes imediatos da Educação, ou o ocupam o espaço geográfico e cultural que sistema? Os financiadores? e, "necesdizemos nosso. sário" é o estritamente suficiente para a /Vossa Educação, por isso, mostra-se sem domesticação ao socialmente estabelecido, rumo, ou desnorteada, ou norteada por ou o sempre insuficiente para a libertação um norte.que não é o nosso, se tem razão das pessoas em sua solidariedade criativa? - e como duvidar? o Arapiraca em sua No enunciado do objetivo geral, acima, reflexão sobre a Educação brasileira... há um elemento de fuga, que importa res- saltar: como n 1? grau se orienta para o 29 e este se define como profissionalizante (art. 5P, 29, a), a tônica será posta na "qualificação para o trabalho", privilegiando o que, na Lei anterior era o item (e) do art. 19, ou seja, "o preparo do indivíduo e da sociedade para o domínio dos recursos científicos e tecnológicos que lhes permitam utilizar as possibilidades 6 vencer as dificuldades do meio". 0 que é um belo fim se a tônica não fosse uma fuga aos aspectos de "auto-realização" no "exercício consciente da cidadania". Fuga? Sim porque a formação para tanto, em vez de resultar da vivência e convencia desses "princípios e ideais" na e pela comunidade escolar, fez-se disciplina do currículo: Educação Moral è Cívica, OSPB, Ensino (!) Religioso... Fuga e impossibilidade. Como profissionalizar sem profissionais? Sem ofici- nas, laboratórios, escritórios? Sem matéria-prima e manutenção? Através de agoniados estágios em convênio com empresas? E onde ficaram os "levantamentos periodicamente renovados" para uma "iniciação e habilitação profissional, em consonância com as necessidades do mercado de trabalho local ou regional" (art. 5P, 29, b)? Admitindo até que nenhuma dessas fugas e impossibilidades ocorresse, caberia ainda perguntarmo-nos: um tal direcionismo profissionalizante beneficiaria a quem realmente? Não ao jovem precocemente "aprontado", "com uma visão técnica fragmentada, "mutilada, sem cultura geral, meros executores de tarefas, incapazes de pensar a finalidade de seu trabalho e sua inserção na história" (Gadotti, no Prefácio ao livro de Arapiraca, USAID e a Educação Rrasileira, ed. Autores Associados).

10 PÁGINA 2 PÁGINA 3 ESPECIAL O PRÉ-ESCOLAR - QUESTÃO E EDUCACIONAL A questão do pré-escolar é crucia em dois sentidos fundamentais na educação do Brasil de hoje. De um lado, existem os impasses de política educacional e, de outro, os desvios de teoria e prática educacional. Do ponto de vista político, temos explícito o descaso dos poderes públicos e poderes instituídos, privadamente, no campo da educação. A permanência de uma taxa elevada e constante de analfabetismo nojjaís éo sinal mais evidente de que, do ponto de vista político, pouco se tem efetivado neste setor, apesar de que os últimos ministros da Educação tenham propalado e continuem a propalarque a prioridade dos seus ministérios é a educação préescolar. Falar torna-se um verbalismo fácil e demagógico desde que ele não venha à prática, desde que ele não se traduza em atos que manifestem ao povo e à história a efetivação de uma política correta. A manifestação de intenções não tem se traduzido em prática, em transformação da situação diagnosticada e por demais conhecida. Portanto, tem sido uma mentira! Do ponto de vista da teoria educacional, a prática na educação pré-escolar, como em outros níveis mais elevados, tem-se baseado num equívoco muito grande: a necessidade da morte da imaginação! A imaginação criadora é o que o ser humano tem de mais ^M CIPRIAIMO LOCKESI propriamente seu. E por ela que, no passado, o homem conseguiu descobrir meios de sobreviver às intempéries. É por ela que conseguiu inventar a compreensão do mundo, da natureza que está compondo a sua circunstância. E por ela que conseguiu inventar a ciência e a tecnologia que, modernamente, tem sido o grande centro de atenção de todas as pessoas e de todos os povos. No entanto, essa mesma imaginação tem sido impedida de se manifestar e se desenvolver por um desvio teórico-prático na educação atual. A exigência de que os alunos se "bitolem" a um livro texto, a uma cartilha, copiando-a, reproduzindo-a, respondendo a testes e provas a partir dela, tem significado impedir que a criança imagine a compreensão do mundo e a expresse. A criança está impedida de "dizer a sua palavra", pois que ela tem sido obrigada, por um autoritarismo desmensurado, a "dizer a palavra dos outros": a do livro texto e a do professor. Aí está a morte da imaginação! Desde cedo, a criança tem que "dizer o mundo conforme os outros dizem". Ela não tem o direito de "dizer o mundo como ela <-, entende". ontonrlo" As Ac conseqüências rnrkpnnfinria disso se o manifestam numa expressão constante na boca dos professores: "os alunos têm baixo nível"! Fomos nós, como representantes do iistema*autoritário no qual vivemos, que fizemos dos nossos alunos, pessoas de "baixo nível" e "desinteressadas". Propusemo-lhe uma aprendizagem já morta e mofada, estática e apodrecida nos livros textos, enquanto o mundo continua grande e aberto, dinâmico e misterioso, desafiador da imaginação criativa. É preciso superar este equívoco, se queremos, em algum sentido, trabalhar para a superação do chamado "baixo nível" e "desinteresse" dos nossos educandos. É preciso propor-lhe a "leitura do mundo" e não a retenção de textos e informações amarelecidas pelo tempo. E preciso porpor-lhes o desafio Se queremos dar atenção ao pre-escolar, dois focos de atuação estão carecendo de atuação. De um lado, junto aos poderes constituídos para que dêem condições de que o pré-escolar venha a ser atendido, de outro lado, junto à nós mesmos, a nossa consciência individual e grupai, no sentido de fazermos frente a esse desvio que decorre da nossa própria prática. Debater, denunciar, converter nossas consciências e nossas práticas educacionais e políticas são mecanismos que devemos utilizar! Elitizaçâo do ensino A cada início de ano escolar recomeça o processo de elitizaçâo do ensino. Devido ao pequeno número de vagas oferecidas nas Escolas Públicas e ao alto custo de manutenção de crianças freqüentando escolas com o alto preço do material escolar uma parcela cada vez maior da população - vai ficando fora do processo formal de educação. Longe de tentar resolver este problema, o Sistema Educacional Brasileiro só faz agravá-lo, transferindo a responsabilidade do Governo para a área privada. Assim as verbas para a educação diminuem a cada dia enquanto aumenta o número de escolas particulares. A escola particular vai atingindo mensalidades que h?iram o absurdo, fazendo com que a ela só tenha acesso a burguesia e a alta classe média. A classe média começa a sentir o peso desta escola sobre o orçamento - doméstico e tende a ocupar vaaas' nas escolas públicas, aumentando a concorrência, o que faz com que mais alguns membros das classes menos favorecidas fi- quem fora da escola. Neste tipo de modelo de ensino, o que se vê são escolas públicas com classes superlotadas, e aulas ministradas por professores mal remunerados, mal alimentados e mal preparados e alunos mal alimentados e sem material escolar adequado. As escolas particulares oferecem aulas ministradas por professores mal remunerados, mal alimentados e mal preparados, porém melhor vestidos, a alunos bem alimentados em classes menores e material escolar suficiente, embora adquirido, com taxas extras, pelos pais dos alunos. Assim é lógico que os caminhos que levam as escolas superiores são percorridos pelos filhos de pais ricos ou quase ricos. Os que chegam aos cursos superiores já taodem ser considerados a elite do ensino brasileiro. Porém não acaba aí o processo de elitizaçâo. Continua para o ensino superior o problema da falta de verbas para escolas públicas e a proliferação de es- colas particulares que, na sua quase totalidade, são verdadeiras empresas visando apenas o lucro s sem nenhum compromisso com nível de ensino. É reconhecido porém com raras exceções que os melhoref cursos superiores são ministrados por universidades públicas e gratuitas e a estas fica cada dia mais difícil o acesso dos que não tiveram condições econômicas de pagar os preços astronômicos dos cursinhos pré-vestibu lares. Assim, a cada dia que passa o ensino formal torna-se exclusividade dos que têm condições de comprálo a preçoj cada dia maiores, e estes compõem a pequena parcela privilegiada que desfruta de todos os banquetes oferecidos pelo sistema. Por outro lado fica cada dia mais difícil à grande parcela da população o acesso aos meios formais de ensino que, são as escolas, embora esta parcela seja responsável pela produção utilizada nos banquetes, dos quais nunca provam e do qual somente os outros se deliciam. EDUCAÇÃO HOJE Em nosso «rasil poucas realidades conseguem ser tão confü^s decadentes e ruins quanto a Educação. Até o simples entendimento do que quer dizer a palavra educação e difícil, porque ela se tornou muito ambígua.. Aqui nos interessa particularmente a educação como resultado do trabalho da Escola, Ò GRITO DA TERRA é uma publicação das Entidades Populares de Feira de Santana. Entidade Responsável: COMITÊ DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS PE FEIRA DE SANTANA (CDDH-FS). CGC / Endereço provisório: rua Professor Geminiano Costa, Tel Responsabilidade Editorial: Corpo de Opinião. Corpo de Opinião: Maria Renilda Daltro, José Carlos Barreto de Santana, Joseli Chaves Pereira, Jairo Cedraz de Oliveira, Antônio Albertino Carneiro, Naidson de Quintella Baptista, lides Ferreira de Oliveira. Diagramaçâo, composição e impressão: Editora Jornal Feira Hoje Ltda. - Pua Tacário Cerqueira, Feira de Santana. As matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus assinantes. maioria das escolas - nos três níveis: 1 grau, 2 grau e superior - paulatinamente se torna particular, como o sao os supermercados, as padarias, os armarinhos, ems escolas vendem (muito caro, por sinal) um ensino que é direito nosso, de todos os homens, e o Estado devena garantir este d,re,to. Temos no Brasil uma multidão de pessoas que se dizerà toes que serão acatadas ou não, e de acordo com a suo utili"alfabetizados" pois poissui 2 ou 3 anos - só Deus sabe como dade ou não para o sistema. Enfim, a escola ensina aos seus - em alguma escola. Se levarmos em conta o que. mesmo alunos a repetição e não a criação, nessas circunstâncias, a escola faz, podemos dizer que elaé ^ ^^, ~domesticadora~0,5o lihert^. /- muito precária, não ensinando quase nada- Pue *er'a' omos obrogados a nos formar para otetecer ao que vem do então este quase-nada? Reconhecendo as exceções podemoi r ^ tvutíu, coic ^UCMC, ~ ^.x ^o cima: nao somos formados para assumir, com conscioncia afirmar com segurança que a nossa escola nao está ensinando, ^^^^ ^,, /,, w driruidi uuni tcyuia * v., n i r* <:rf?mas e expicita a nossa responsabi idade do gente. forcando os seus alunos para a vida. O que ela ensina a cada ^ ^ ^ * dia, fica mais distante da realidade concreta; daí, os que saem /\ieste quadro e que podemos entender porque os professo da escola, com anel e diploma, estarem despreparados pari res ganham sempre mal; porque não têm estímulo; purqu" -ienfrentar a vida com os nossos reais problemas ç/e todos oi escolas públicas se acabam logo depois das festivas inaugi ' < dias. Provar isto é desnecessário, porque os exemplos sao ções políticas; porque as bibliotecas não têm vida, porqup o abundantes em todos os lugares. Nunca, como hoje em dia, se ensino está entregue às escolasempresas para ser vfndidn viu tanto profissional, tanta gente "estudada" tão incopeten Neste contexto o professor é só um "caixoiro". íirr rr&n te, tão incapaz de enfrentar as dificuldades do dia a dia da vendedor; e o aluno um objeto a ter burilado pare preenchei vida. claro que a educação que se está proporcionando ou 0 vagas, ocupar funções dentro do sistama, de uma orden*,mis que está fazendo a escola está errado, ou inadequado ao en tituída e intocável. frentamento da realidade onde vivemos. Assuir a consciência deste quadro de coisas é fundameiudi Mas, nós sabemos que há escola, sabemos que o governo Para se perceber o caos a que está submetida a educação cobra impostos para garantir a educação; sabemos que a escolar no Brasil. r ) O que é Educação? Entende-se que oducação é um processo de desenvolvimento da capacidade física, moral e intelectual do ser humano. É o meio peto qual se aproveita e desenvolve o potencial criativo, reflexivo etransformador que cada indivíduo tervi. E, enfim uma forma de preparar os indivíduos para a vida, um meio de integração e convivência na sociedade. A educação é uma forma das pessoas descobrirem que elas são seres humanos, que pensam, que refletem, que produzem e transformam, é. um meio de levar cada um a ser autoconfiante em si, ter segurança do que é e do que deve ser. E um instrumento, que deve levar os homens a serem solidários uns com os outros, a serem homens livres, cidadãos conscientes das suas obrigações e dos seus direitos in- O Grito da Terra e divulgue-o entre seus amigos. Estamos querendo transformar o jornal em quinzenário. mas isso depende da sua participação. A Constituição Federal sempre assegurou o ensino gratuito em todos os níveis para os brasileiros, desde o curso primário até o superior. Esse princípio foi invertido a partir de 1964 e na "nova" Constituição de 1967 imprimiu-se o espírito do ensino pago para o curso superior. D Artigo 176 da Constituição diz que serão concedidas bolsas de estudo reembolsáveis apenas àqueles que provarem insuficiência de recursos e demonstrarem efetivo aproveitamento. Na realidade, não é apenas o ensino superior que deixa de ser gratuito. O problema é mais amplo e atinge todos os níveis. Basta lomhrar que em 1962, 70% (setenta por cento) dos estudantes brasileiros estavam matriculados em escolas públicas. Hoje é o contrário: 73% (setenta e três por cento) dos estudantes brasileiros estudam em escolas particulares. Por que isso? f porque os estudantes (ou seus pais) preferor nr>qdr? Evidente que não. Pasicamente há dois grandes motivos: 19) Fcltam vagas nas escolas públicas, ou seja, não há escolas suficiente para a quantidade ds alunos. E aí vem toda a história dos bilhetinhos políticos, do faturamento eleitoral em cims disso s assim por diante 2o motivo; Se o ensino no Brasil, em geral vem r^ndo de qualidade com n [Kissar dos dias o problema é mainr d," "scnij? publicas Logo, da obrigação do serviço público: educar o povo, isto é, pro- Além do mais, o Estado arrecada muito dmhe,ro para,sso. porcionar a todas as pessoas condições de participar de todos Mas elas ensinam o quê? Ê claro, que o ensmo do nossas os bens conquistados pela humanidade para poder viver de- escolas não permite que os alunos ve/am claramente a sua centemente, como gente,. Daí a necessidade da Escola, do realidade, as in/ustiças de que todos somos vítimas. E nao ensino da aprendizagem., Permitindo, os jovens se formam egoístas, aprendem qualquer coisa pra resolver os seus problemas pessoais de subsistência Perguntam-nos: será que a escola está mesmo ensinando? o competindo com o colega que é sempre nao o amigo mais o "minha possível vaga no emprego". que é que ela está ensinando? Para que é que ela está ensi- concorrente a ameaçar nando? O que o aluno está aprendendo? Sem detalharmos, Dessa forma, a escola está formando um povo à margem do podemos tentar alguma indicação de respostas a estas pergun seu processo histórico, o que é muito bom para os "eternos tas. Com certeza, aos filhos de pais economicamente remedia- dirigentes". Porque ninguém os abalará de suas posições. Infedos e ricos, a escola ensina. Salvo excessões, estes meninos lizmente, portanto, e nossa escola está orientada para que oa 'remediados" farão o IP grau, o 29 grau e tentarão a univer atual "ordem" das coisas continue como está. possível em sidade; os demais, a maioria, pobres, se entrarem na escola qlguns casos até fazer algumas melhoras, algumas reformas vão abandoná-la ao longo já dos anos de IP grau: é roupa, < boas, mas contanto que "ordem" das coisas e os seus comanlivro, é caderno, é material, é transporte, é alimentação, é dantes não sejam mudados, nem questionados. trabalho precoce. São taxas indiretas que obrigam ao menino Ê por isso que na escola não se pode pensar, só se pode da classe desfavorecida - a maioria - a deixar a escola sem repetir; não se pode questionar, quando muito, sepode perconcluir nada. guntar. Não se pode propor diferente, mas se pode dar suyes- Assine OCr/toito Terra A QUEM PERTENCE A LUTA POR UMA EDUCAÇÃO MELHOR i dividuais e sociais. Mas, o que é que nós temos? Na realidade a nossa educação se li- mita a um process^de transmissão de informações, de tnnsmissão de uma cultura que muitas»ezes não é a nos-,sa. Assim,aprendsi^)s muito mais a "imitar os outros"^ que sermos nós mesmos. De for^^, altamente repressiva, a escola, ao ^és de "produzir" cidadãos livres, comente dos seus deveres e direitos, sei**transformadores, "produz" homens^írnidos, medrosos, dependente e, aci^ de tudo, individualistas. D sentii*nto de solidariedade, do coletivo^ão existe. O coíihecimento da reafede social, econômica e política, nf> se fala. A escola "produz" homens^e só conhecem os seus deveres maí^ue desconhecem por completo os s# direitos. É comum encontormos pessoas que foram ótimos alunf que já estão diplomados, masque ^ uma espécie" de "vivo-morto", seriam projeto de vida, sem qualquertompromisso para com a comunidade e com a sociedade. Nada lhe interessa senão cumprir atribuições que lhe foram«confiadas. Não criam não recriam, não produzem nada em termos de conhecimentos novos, não contribuem em nada com o processo de transformação da sociedade. A educação que nós temos limita muito mais os indivíduos do que ajuda no seu processo de desenvolvimento. O "homem educado" é um ser reprimido que foi moldado segundo uma forma que já estava preparada.antes. Em qualquer situação embaraçosa ele se complica, exatamente porque não foi "preparada para a vida". A escola, assim, não está cumprindo a sua função. Educação não significa transmis'são de informações, dç cultura, de conhecimento de deveres. Educar é muito mais do que isso. quem pode pagar prefere matricular os sfeus filhos numa escola que ofereça melhores condições de ensino e, mesmo quem não pode, muitas vezes sacrifica outras necessidades para fazer isso. O baixo nível do ensino no Rrasil e principalmente nas escolas públicas é proveniente, no geral, da política educacional mantida pelo governo, onde a educação deixa de ser prioridade. Em particular, uma das causas mais importantes é o baixo salário dos professores, a falta de bibliotecas, a falta de outros materiais como carteiras, mesas, quadro de giz e outros equipamentos indispensáveis ao funcionamento de uma escola. Quanto à remuneração dos professores, o problema é proveniente do "arrocho salarial" adotado pelo governo para todos os trabalhadores (e não apenas professores). Em 1965 o valor real do salário mínimo era igual a 100 (por exemplo). Esse valor real vem caindo com o passar dos anos porque os aumentos são sempre menores do que o necessário. No ano de 1970 o valor real do salário mínimo tinha caído para 78%. Isso quer dizer o seguinte: se em 1965 o salário mínimo dava, por exemplo, para comprar 100 quilos de carne, em 1970 já não comprava mais esse tanto, mas apenas 78 quilos. Em 1975 o valor real do salário mínimo já correspondia a apenas 64 por cento. No caso do exemplo da carne, nesse ano se comprava apenas 64 quilos. No ano de 1980, o valor real do salário mínimo correspondia a 69 por cento, ou seja, dava prá comprar 69 quilos de carne (no caso do exemplo). Veja-se que houve uma pequena melhora de 1975 a 1980, mas mesmo assim está longe de chegar ao valor real de 1965, quando dava prá compcar (no caso do exemplo) 100 quilos de carne. O professor sofre também com isso. Só que no caso, não apenas ele é prejudicado, mas toda a população que estuda. Se o professor ganhasse um salário melhor, que fosse suficiente para as suas necessidades, ele não precisaria trabalhar pela manhã, pela tarde e pela noite, como vemos normalmente, prá conseguir sobreviver. Se ele ganhasse um salário justo, poderia dedicar um turno por dia na escola e usa^o resto do tempo estudando, fazendo pesquisas e assim por diante, ficando assim melhor preparado para os trabalhos da escola. Se o professor é melhor preparado, claro que os seus alunos vão também se beneficiar, vão aprender mais e melhor. A luta por melhores salários para os professores, portanto, não deve ser só deles. Deve ser também dos alunos, dos pais dos alunos e de toda a comunidade porque os beneficiários serão todos. O nível do ensino cai cada vez mais Basta lembrar um fato: a capacitação realizada pelo curso primário há 20 anos, por exemplo, eqüivale (talvez) hoje ao 29 grau! Naquela época o estudante terminava o 5P ano primário com uma "bagagem" (talvez) superior a quem termina hoje o 2Pgrau. isto é fato e ninguém pode negar. Basta lembrar que atualmente o estudante termina um curso do 29 grau (formal. Administração etc), ingressa na Universidade e, muitas vezes, não sabe sequer fazer as quatro operações (somar, subtrair, multiplicar e dividir), assim como não sabe ler corretamente um texto e mqito menos escrever. Quem está perdendo com isso? A população, evidentemente. E sobretudo a população mais pobre. Os ricos, terminam a Universidade, têm meios para participar de cursos de especialização (muitas vezes fora do país). E? população pobre que sequer chega à universidade? Hoje não há preocupações com o aprendizado do aluno. A preocupação central está no cumprimento de tarefas (cumprimento dos programas oue normalmente vêm "de cima"). Sç o estudante, por seu lado, cumprir também as suas tarefas, tudo bem. Pouco se importa com a sua real capacitação, com o seu aprendizado, com a sua preparação para a vida. "Consertar" o sistema educacional em nosso país é tarefa de todos. Todos têm o direito de sonhar (e para isso devem lutar) com um sistema educacional de-i mocrático onde todos tenham AMIGO PROFESSOR co", os principais probleé uma experiência que es- mas que a sociedade entá se consolidando em " frenta hoje. Participe você também Feira de Santana com um raio de abrangência sobre dessa experiência e ajudemunicípios da região e a a consolidar-se escrecapital do Estado. Já te- vendo (sobre qualquer asmos hoje alguns (ainda sunto) e assinando O poucos) assinantes tam- GRITO OA TERRA. bém de outros Estados. È um jornal aberto à participação de todos e não é um jornal noticioque tem por principal so, mas, principalmente, proposta refletir, em lin- de análise crítica dos faguagem simples e acces- tos. Porisso é um jornal sível ao "grande públi- para ser lido o mês todo. r acesso e que satisfaça aos interesses e necessidades da nação. A centralização dos recursos nas mãos da União é um dos sérios problemas a ser resolvido. Sabemos que hoje o ensino do 29 grau é de responsabilidade do Estado e do 19 grau é entregue aos municípios. Porém, com o sistema tributário vigente, todo recurso arrecadado vai para as mãos da Umão. Basta lembrar que os municípios têm direito, apenas, a cerca de 5% (cinco por cento) do total de suas arrecadações. Como pode assumir a responsabilidade pelo ensino sem dispor de meios? Por outro lado, como compreender que a União não dispunha dos recursos necessários para atender às exigências da educação hoje? MOÇÃO DE APOIO Os professores da Universidade de Feira de Santana, reunidos em Assembléia Geral no dia vêm de público manifestar o seu total e irrestrito apoio ao movimento grevista dos professores da rede estadual de ensino e da rede municipal de Salvador, por reconhecerem a justeza e legit midade de suas reinvindicações - muitas das quais são também nossas - e por terem consciência de que essas reinvindicaçfles - se atendidas - não benefeciariam apenas os professores mas também ê principalmente os estudantes e à sociedade como um todo. Manifestamos, por outro lado, o nosso repúdio às medidas repressivas que estão sendo desencadeadas contra os nossos colegas em Salvador. Feira de Santana, 11 de maio de Assinam a presente representantes da ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DOCENTES DE ENSINO SUPERIOR E DA ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE DE S. PAULO, presentes também à Assembléia.

11 t PÁGINA 4 ESPECIAL A MOBILIZAÇÃO DOS PROFESSORES FEIRENSES Uma rápida análise do baixo compa de classe que não consegue se fazer da renda do "chefe da família". Os recimento à Assembléia Geral, convo presente neste processo e passa a ser vencimentos destas professoras são cada pela APROFs.. para decidir sobre um órgão figurativo, que, apenas nos usados apenas para comprar roupas, a greve dos professores revela alguns momentos críticos, aparece para dizer perfumarias e jóias (pagas em prestadetalhes, sem dúvida, importantes. Parece claro que o problema não foi "existo", e, sem pensar, desaparece sem deixar vestígios. ções). Não dependem deste dinheiro para sobreviver, trabalham apenas para Repensar o que tsm sido feito deve sequer discutido pela classe, que ficou, poderem dizer que o fazem e escapar ria ser a preocupação permanente de simplesmente, aguardando o deflagrar da monotonia dos afazeres doméstodos, e, principalmente, dos que se do movimento em Salvador, esperan- ticos, fantasiando-se de "mulheres modizem líderes, que deveriam nunca esdo os possíveis frutos positivos, longe dernas", diferentes de suas mães e quecer que um líder só terá grandeza das possíveis conseqüências que o go- avós apenas por este detalhe. verdadeira se usar desta liderança pa-a vernador poderia fazer desabar sobre Assim, frente perspectiva de mobilifazer com que os seus liderados adquios grevistas. zação, mandam seus recados para os ram, o mais rápido possível, consciên- A mobilização dos professores não demais professores: cuidado com o cia e organização suficientemente forpode ser fruto do acaso, e sim de um que VOCÊS vão fazer. Olhem as conte, para prescindir de líderes, e que sistemático processo de conscienti- seqüências. O aumento foi bom.". Na cabeça, tronco e membros compozação que ameaça bem antes de assem- verdade querem dizer apenas: "não nham um todo, uno e indiviso. bléias deste tipo. Começa na discussão podemos mexer com coisas que pos- No âmbito mais específico das escodo dia a dia dos professores sobre o sam indiretamente refletir nas ativilas, o que se notou foi o reaparecimenbaixo nível do ensino, suas causas e dades dos nossos digníssimos esposos/ to das "professoras esposas/filhas", conseqüências, as formas possíveis de pais e afetar o nosso status quo". organização para se lutar contra isto, que começara a mostrar sinais de vida Talvez neste caso o passo inicial seja para que possa chegar numa forma mais digna de trabalho e num melhor nível de ensino, com reflexos dentro durante a greve de Possivelmente este fato é típico de cidades "classe média", como Feira de a discussão do papel da mulher na sociedade em geral. De todos estes problemas ficam as da comunidade. Isto nunca foi feito; o que se vê é o completo alheiamento dos professores para os problemas que os cercam, o isolamento da entidade Santana; esta parcela compreende as lições, espera-se que os professores seesposas e filhas da alta classe média e jam também alunos atentos e que da pequena burguesia feirense, cujo aprendem sem decorar e sem reprovanível de vida depende exclusivamente ções. O momento é este nal hrasiieiro sempre ofereceu con- res. _ a P"" al bras,le,ro ^mp Tentaram modificar, não soluço- x fala na su a queda. dições as esco es P^^ * «no ^^ de apro- Pc, r outro Mo, a corrente favorezerem curriculos < '^ K ^ ^ social, w,, em cida pela ^ca^o eiitiste e domi- oo.as púbücas ^a" d ^ atribuir com o desenvolvimento, nadora» está reclamando da defiran Ç a coioniel oue «J s ^ b ormada, coit a d a, por uma =.- ciência d o ensino brasileiro. Porten-.uada baslcam ; n,e r;' é J U c l n a d a ; S t 0. ^ que Rimava mais pela pulsila- ^ ^ é 0 m omento de os educaell.esdommantesaambac am ^ ' a ^ ^ lutarem p or um efrsino i 9 uali- 'T " TmTa pol t «e r Istituindo-se em mão-de.bra ba- ^ sem fav ntismo de classe, ou ' Nrcolvár retan o 3 que r ata,para fazer face à expanslo ca- ^ um ensin0 voltado para a na- no «rôiátet abadava no L- p.talista, representada pelas multl- çso. Que form e ^men-, respon^ 1 de um expansão econômica nacionais, detentoras de direitos veis pelos interesses e soberanra do,nsfl"etrca onde a sanba de assegurados para implantação, ced,- Brasil e nso quistos estrat.f.cados, r^ mais mercados consu- dos principaimente pelos governos que vêm negociando a soberen.a na- dls fatalmente provocaria vfl- do apôs 64. cional, pelns interesses pessoa.s nudores, fatalmente pro ^ ^^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^.^ mmaáa mas H m nmento histó- Diretrizes e Rases: segundo os go- con, s movimentos reivindicatonos Em determmado momento ^^ ^ ^ ^^ ^ ^ ^ ^^ ^ qua. s recebem rico da educação ^«^ ^ de n(vel médio, para promo- toda a solidariedade da ASEB/Feira ESTE SUPLEMENTO DE O GRITO DA TERRA CONTOU COM A COLABORAÇÃO DE: - PREFEITURA MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA. - SINDICATO DOS CONDUTORES AUTÔNOMOS DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS (SINCAVER) - ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE DE FEIRA DE SANTANA (ADUFS) - PESSOAS FÍSICAS SENSÍVEIS AO PROBLEMA DA EDUCAÇÃO HOJE NO BRASIL. - SINDICATO DOS PROFESSORES - SECÇÃO DE FEIRA DE SANTANA. Estado da J A ORGANIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO SUPERIOR EM FEIRA 0 Magistério Superior do Brasil, se bem que esteja em uma fase de crescente organi/açãò/cteixa ainda a desejar neste particular, variando muito de Estado para Estado e de universidade para universidade. A desorganização da classe facilita o crescimento gritante das injustiças de que é vítima e imped(í,_ao mesmo tempo, o surgimento de uma universidade di-- ferente, mais assumida, refletida e decidida pelos que fundamentalmente a fazem: professores e estudantes. O que presenciamos na Universidade, atualmente e em especial na nossa é uma série de decisões que são tomadas fora dela, à revelia dos professores, alunos e, por vezes, da própria direção que por vezes, no entanto, compactua por força das circunstâncias. A desorganização dos professores, quase sempre pegos de surpresa no processo, facilita isso. Dentro desse contexto, no entanto, é importante relatar não como imposição a ser obedecida, mas como experiência a ser analisada, o processo embrionário dos professores da Universidade de Feira de Santana, através da Associação dos Oocentes da Universidade de Feira de Santana (ADUFS). 0 o De tempos em tempos seouvia falar, em nossa universidade, na fundação de uma associação de professores. A discussão, no entanto, não se enraizava e nem avançava, talvez pela inexistência de um fator que tocasse aos interesses da maioria dos professores e, assim, os fizesse sentir a necessidade da união. Esse fator surgiu com o processo de transformação, em 1980/81. de nossa universidade de fundação para autarquia. Os efeitos mais imediatos dessa transformação foram á intranqüilidade e a insatisfação geradas pela insegurança. Perdeu-se o reajuste semestral dos salários; passou-se de CLT para funcionário público"estatutário, restando sempre, no entanto, a interrogação de quais seriam os critérios a serem utilizados na fixação do enquadramento, dos salários, da carreira do magistério etc. Diante desse quadro, os professores queriam discutir a situação, queriam reivindicar e propor soluções para os problemas surgidos; queriam ter vez e voz neste processo que dec'dia sobre suas próprias vidas. E surgiu a questão: como? Através de que meios? Quem iria encabeçar o processo? Algo estava claro: de um lado a administração não demonstrava nenhum interesse em proporcionar esse tipo de participação e, de outro, quem reivindicasse sozinho estaria perdido. As reivindicações, no entanto, teriam chances de vitória quando feitas por uma entidade de classe, legalizada e representativa dos professores. Assim e por estas razões surgiu, após um razoável processo de discussão, em maio de 1^81, a ADUFS. Naturalmente que, de lá para cá, não têm sido poucas as dificuldades. O processo é ainda embrionário. Pequeno. Tem dado no entanto, frutos. Entre outros podemos citar os seguintes: 1) Os professores, para discutir, refletir e posicionar-se ante problemas seus e da universidade, não mais dependem de convocação da direção da universidade. Pela sua associação eles se reúnem. Isso significa um caminho aberto à reflexão. 2) As lutas são da classe e não de pessoas. 3) No processo de regularização da situação do professorado a associação esteve presente: fazendo propostas, fazendo denúncias, mobilizando a classe, debatendo os problemas a nível de professorado, de reitoria, de Secretaria de Educação etc. Ultimamente ante a prolongada e inexplicada demora de publicação da Regulamentação da Lei condicionou a SEC: ou a regulamentação até o dia 10 de maio ou greve geral. Resultado disso: a regulamentação foi publicada no dia Ao lado disso, sete colegas que aguardavam nomeação há quase um ano foram nomeados e outras reivindicações estão sendo estudadas. A associação é um órgão de diálogo e de vigilância do professorado. Associação dos Hocentes da Universidade de Feira de Santana (ADUFS)

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