Estádio de R$ 400 milhões para a Copa custará R$ 1 ao Corinthians

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1 mobile.brasileconomico.com.br SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JULHO, 2010 ANO 2 Nº 231 DIRETOR RICARDO GALUPPO DIRETOR ADJUNTO COSTÁBILE NICOLETTA R$ 3,00 Daniel Derevecki / AGP Eleições Candidato ao governo do Paraná, Osmar Dias aposta em programas sociais para ganhar votos. P12 Política Juntos, Dilma e Serra devem R$ 36 mil ao TSE, o valor de um carro popular. P14 Licitações Arrecadação em alta e período eleitoral fazem editais para obras crescerem 95%. P16 Estádio de R$ 400 milhões para a Copa custará R$ 1 ao Corinthians O grupo Advento, de engenharia, infraestrutura e construção, apresenta nos próximos dias um pacote para que o time erga sua arena com capacidade para 50 mil pessoas no bairro de Itaquera, em São Paulo. Os investimentos seriam bancados pela iniciativa privada, que poderia comercializar o direito de exploração do nome do conjunto esportivo. P26 Alcoa aguarda sua vez em Belo Monte Franklin Feder, presidente para a América Latina e Caribe, garante que a companhia tem interesse na hidrelétrica para aumentar a autossuficiência em energia. P22 Henrique Manreza Português BiG quer corretora de valores no Brasil O Banco de Investimento Global, sediado em Lisboa, aguarda autorização do Banco Central para atuar com intermediação financeira no país. P48 Centrais buscam fornecedores no exterior Dificuldades de comercialização com as indústrias nacionais levam a Rede Brasil e a Construbrasil a ampliar a importação de itens de consumo. P31 Aumenta procura por consultor de crédito imobiliário Profissionais são especializados em encontrar opções de financiamento de imóveis. Serviço se expande junto com crescimento do setor e maior disponibilidade de crédito pelos bancos. P36 Agronegócio e energia temem virada no clima Fenômeno La Niña que muda o regime de chuvas no mundo já quebrou parte das safras de arroz e trigo na Ásia e agora chega ao Brasil. A produção de grãos e cana-de-açúcar deve ser afetada, e os reservatórios das hidrelétricas podem baixar. P4 Campinas atrai empresários da União Europeia Representantes de 40 companhias estiveram na semana passada em São Paulo para conhecer as oportunidades de parcerias em áreas como a de tecnologia e receberam do polo campineiro oferta de incentivos e de mão de obra qualificada. P42 INDICADORES TAXAS DE CÂMBIO COMPRA VENDA Dólar Ptax (R$/US$) Dólar comercial (R$/US$) Euro (R$/ ) Euro (US$/ ) Peso argentino (R$/$) 1,7609 1,7580 2,2746 1,2917 0,4478 1,7617 1,7600 2,2759 1,2919 0,4485 JUROS META EFETIVA Selic (a.a.) BOLSAS 10,75% VAR. % 10,66% ÍNDICES Bovespa - São Paulo Dow Jones - Nova York Nasdaq - Nova York S&P Nova York FTSE Londres Hang Seng - Hong Kong 0,87 0,99 1,05 0,82-0,02 1, , , , , , ,33

2 2 Brasil Econômico Segunda-feira, 26 de julho, 2010 NESTA EDIÇÃO Em alta Simon Dawson/Bloomberg Malas prontas rumo a Portugal Henrique Manreza De janeiro a maio, os brasileiros gastaram 87,9 milhões em terras portuguesas, mais 68,1% sobre igual período de 2009, Durante o ano passado foram 194,7 milhões. P20 Brasil garante lucro trimestral da Ford Operação sul-americana da montadora apresentou lucro operacional de US$ 285 milhões no segundo trimestre, em comparação com US$ 86 milhões de um ano antes. P29 Juruti aguça o interesse da Alcoa por Belo Monte Acho que vai chegar a nossa vez. Ainda vamos participar do projeto, diz Franklin Feder, presidente para a América Latina e Caribe, lembrando que Belo Monte será construída no Pará, onde a Alcoa tem a mina de Juruti, com reserva de 700 milhões de toneladas de bauxita. A meta para este ano é elevar em 9% as vendas de US$ 2 bilhões registradas no ano passado, e, a longo prazo, ampliar a extração em Juruti das atuais 2,5 milhões de toneladas para 12 milhões. Está projetada também a duplicação da Alumar, em São Luiz (MA) para 6 milhões de toneladas de alumina e um milhão de toneladas de alumínio. P22 Antonio Milena Vendas da Embraer somam US$ 7,9 bi Negócios foram fechados no Salão de Farnborough, em Londres, e consolidam a empresa brasileira como líder na produção de jatos para voos regionais. P28 PT tem palanque reforçado no Paraná O senador Osmar Dias (PDT), candidato ao governo paranaense, apoia Dilma Rousseff para presidente e elogia os programas sociais do governo Lula. P12 Licitações dobram no semestre De janeiro a junho foram publicados editais de obras de prefeituras, estados e governo federal. Arrecadação em alta e campanha eleitoral motivaram o aumento. P16 Divulgação Contene salta de R$ 1,99 para R$ 90 A fabricante de utilidades domésticas de plástico para lojas de R$ 1,99 acompanha a ascensão das classes de menor renda e aumenta vendas em 50%. P32 Murillo Constantino Centrais vão às compras no exterior Vamos importar o dobro este ano, prevê Antonio José Monte, presidente da Rede Brasil, de 16 supermercados, que, em 2009, importou R$ 20 milhões. P31 Problema menor do que se imaginava Um novo modelo de negócio para o estádio do Corinthians Grupo Advento, do empresário Juan Quirós, apresenta dentro de duas semanas ao conselho de administração do clube a proposta de construção de uma arena para 50 mil pessoas, em Itaquera, na capital paulista, a custo zero para o Corinthians, que a receberia com R$ 200 milhões em caixa dez anos após sua inauguração. A obra, que seria tocada apenas com dinheiro da iniciativa privada e representaria a opção paulista para a Copa de 2014, garantiria para o grupo construtor receitas por uma década, oriundas da venda do direito de dar nome ao estádio, a venda de 20 mil cadeiras cativas e de 400 camarotes. P26 TAXAS DE CÂMBIO Cotação de fechamento para venda em 23/7/2010 PAÍS MOEDA R$ US$ Argentina Peso 0,4485 3,9320 Canadá Dólar 1,6995 1,0367 Chile Peso 0, ,5300 China Iuane 0,2599 6,7803 Coreia do Sul Won 0, ,3000 União Europeia Euro 2,2759 1,2919 Estados Unidos Dólar 1,7617 1,0000 Índia Rúpia 0, ,9512 Japão Iene 0, ,4600 México Peso 0, ,7320 Paraguai Guarani 0, ,0000 Reino Unido Libra 2,7180 1,5428 Uruguai Peso 0, ,2000 Rússia Rublo 0, ,4300 Venezuela Bolívar forte 0,4107 4,3000 Fontes: Banco Central e Brasil Econômico Quadro menos negro na escola pública Empresários da Associação Parceiros da Educação adotam escolas e, a partir do aprimoramento dos professores, conseguem melhorar o aprendizado dos alunos. P18 Soninha Francine sonha com a prefeitura A ex-vereadora paulistana, do PPS, gerencia o conteúdo dos sites da campanha de José Serra. O que eu mais quero é ser prefeita, confessa. P14 A FRASE Demonstramos ao resto do mundo nossa capacidade para construir infraestrutura de qualidade Pravin Gordhan, Ministro das Finanças da África do Sul, ao anunciar que o Mundial de Futebol contribuirá para incrementar o PIB do país em 1 ponto percentual, quando as previsões eram de, no máximo, meio ponto. Foram gastos mais de 4 bilhões com obras para a Copa. Mercado reagiu positivamente aos resultados do teste de estresse de 91 bancos na Europa, que representam 65% dos ativos do setor no continente. P34 Procuram-se consultores imobiliários A atividade ganha força, impulsionada pelo aquecimento do setor de imóveis. Entre os serviços, está a escolha da melhor opção de financiamento. P36 Mercado à espera da ata do Copom Expectativa com o documento, que será divulgado dia 29, aumenta, após a surpresa com a elevação da taxa Selic em 0,5 ponto, enquanto as projeções indicavam 0,75. P38 Campinas atrai espanhóis da Catalunha Campinas se apresenta como porta de entrada no país para empresas espanholas de tecnologia em evento promovido pelo banco Banif e o jornal BRASIL ECONÔMICO. P42 Chris Ratcliffe/Bloomberg

3 Segunda-feira, 26 de julho, 2010 Brasil Econômico 3 EDITORIAL SABRINA SATO, APRESENTADORA DE TV João Laet/O Dia Agronegócio apreensivo com La Niña Mal terminou o período de influência do fenômeno El Niño e começa o reinado do La Niña, com efeito exatamente oposto. Regiões que ficaram embaixo d água nos últimos meses podem sofrer com secas prolongadas nos próximos. El Niño e La Niña são fenômenos que mudam o regime das chuvas e, com isso, a vida e os negócios de grande parte da população. Afinal, o clima é um dos poucos fatores de grande influência nos negócios sobre os quais os executivos e as corporações não conseguem ter nenhuma influência. Além da agricultura, mercados como o de energia e cerveja devem buscar meios de lidar com o clima As frequentes solicitações dos consumidores levaram a Yes Cosmetics, com 100 mil revendedores e 400 lojas, a abrir um canal de vendas pela internet. Também contribuiu para isso o lançamento, em agosto, da linha com a assinatura da apresentadora de TV Sabrina Sato. P30 O efeito mais óbvio se dá sobre a agricultura, mas há inúmeros reflexos, como nas vendas de produtos de consumo o verão mais frio deve reduzir o consumo de cerveja e sorvete. O turismo também pode ser afetado em regiões em que as chuvas aumentem como será o caso de parte da costa do Nordeste no próximo ano. Há ainda os impactos sobre o mercado de energia, que já se alvoroça com a previsão de que os reservatórios das usinas hidrelétricas da região Centro-Sul do país fiquem em níveis críticos no próximo período seco. Para que não pairem dúvidas sobre os riscos energéticos envolvidos, basta lembrar que o apagão nacional de 2001 foi causado por uma seca brutal, causada pelo fenômeno La Niña. A previsão de chuvas abaixo da média histórica no Centro-Sul também levaram a consultoria Datagro, uma das mais respeitadas na área de açúcar e álcool, a reduzir na última sexta-feira a sua projeção para a safra brasileira de cana-deaçúcar. Segundo os cálculos da Datagro, o La Niña vai tirar da produção brasileira meio milhão de toneladas de açúcar e 200 milhões de litros de etanol. A produção de grãos também deverá ser afetada, inclusive em outras partes do mundo, porém há mais dúvidas sobre quais serão os efeitos sobre as safras. O que resta é buscar abrigo em previsões meteorológicas que determinem as melhores estratégias para lidar com as intempéries. No caso das commodities agrícolas, essa proteção está muitas vezes nos mercados futuros, que já começaram a refletir fortemente os riscos climáticos. redacao@brasileconomico.com.br BRASIL ECONÔMICO é uma publicação da Empresa Jornalística Econômico S.A. Presidente do Conselho de Administração Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcellos Diretor-Presidente José Mascarenhas Diretor-Vice-Presidente Ronaldo Carneiro Diretores Executivos Alexandre Freeland e Ricardo Galuppo Redação, Administração e Publicidade Avenida das Nações Unidas, º andar, CEP , Brooklin, São Paulo (SP), Tel. (11) Fax (11) Diretor de Redação Ricardo Galuppo Diretor Adjunto Costábile Nicoletta Editores ExecutivosArnaldo Comin, Fred Melo Paiva, Gabriel de Sales, Jiane Carvalho, Thaís Costa Produção Editorial Clara Ywata Editores Fabiana Parajara e Rita Karam (Empresas), Carla Jimenez (Brasil), Cristina Ramalho (Outlook e FS), Laura Knapp (Destaque), Marcel Salim (On-line), Márcia Pinheiro (Finanças) Subeditores Claudia Bozzo (Brasil), Estela Silva, Isabelle Moreira Lima (Empresas), Luciano Feltrin (Finanças), Maeli Prado (Projetos Especiais), Phydia de Athayde (Outlook e FS) RepórteresAmanda Vidigal, Ana Paula Machado, Ana Paula Ribeiro, Bárbara Ladeia, Carlos Eduardo Valim, Carolina Alves, Carolina Pereira, Cintia Esteves, Claudia Bredarioli, Conrado Mazzoni, Daniela Paiva, Denise Barra, Domingos Zaparolli, Dubes Sônego, Elaine Cotta, Fabiana Monte, Fábio Suzuki, Felipe Peroni, Françoise Terzian, Gabriel Penna, João Paulo Freitas, Juliana Elias, Karen Busic, Luiz Henrique Ligabue, Luiz Silveira, Lurdete Ertel, Marcelo Cabral, Maria Luiza Filgueiras, Mariana Celle, Mariana Segala, Marina Gomara, Martha S. J. França, Michele Loureiro, Micheli Rueda, Natália Flach, Natália Mazzoni, Nivaldo Souza, Paulo Justus, Pedro Venceslau, Priscila Machado, Regiane de Oliveira, Ruy Barata Neto, Thais Folego, Vanessa Correia Brasília Simone Cavalcanti, Sílvio Ribas Rio de Janeiro Daniel Haidar, Ricardo Rego Monteiro ArtePena Placeres (Diretor), Betto Vaz(Editor), Cassiano de O. Araujo, Evandro Moura, Letícia Alves, Maicon Silva, Paulo Argento, Renata Rodrigues, Renato B. Gaspar, Tania Aquino, (Paginadores) Infografia Alex Silva (Chefe), Anderson Cattai, Monica Sobral Fotografia Antonio Milena (Editor), Marcela Beltrão (Subeditora), Henrique Manreza, Murillo Constantino (Fotógrafos), Angélica Bueno, Fabiana Nogueira, Thais Moreira (Pesquisa) Webdesigner Rodrigo Alves Tratamento de imagem Henrique Peixoto, Luiz Carlos Costa Secretaria/Produção Shizuka Matsuno Jornalista Responsável Ricardo Galuppo Departamento Comercial Heitor Pontes (Diretor Executivo), Solange Santos (Assistente Executiva) Publicidade Comercial Gian Marco La Barbera (Diretor), Juliana Farias, Renato Frioli, Valquiria Resende, Wilson Haddad (Gerentes Executivos), Márcia Abreu (Gerente), Alisson Castro, Bárbara de Sá, Celeste Viveiros, Edson Ramão, Vinícius Rabello (Executivos de Negócios), Andreia Luiz (Assistente) Publicidade Legal Marco Panza (Diretor Comercial), Ana Alves, Carlos Flores, Marco Aleixo (Executivos de Negócios), Andreia Luiz (Assistente) Departamento de Marketing Evanise Santos (Diretora), Samara Ramos (Coordenadora) Operações Cristiane Perin (Diretora) Departamento de Mercado Leitor Flávio Cordeiro (Diretor), Nancy Socegan Geraldi (Assistente Diretoria), Carlos Madio (Gerente Negócios), Rodrigo Louro (Gerente MktD e Internet), Giselle Leme (Coordenadora MktD e Internet), Silvana Chiaradia (Coordenadora Tmkt ativo), Alexandre Rodrigues (Gerente de Processos), Denes Miranda (Coordenador de Planejamento) Central de atendimento e venda de assinaturas (capitais) (demais localidades). De segunda a sexta-feira, das 7h às 20h. atendimento@brasileconomico.com.br TABELA DE PREÇOS Assinatura Nacional Trimestral Semestral Anual R$ 147,50 R$ 288,00 R$ 548,00 Condições especiais para pacotes e projetos corporativos (circulação de segunda a sexta, exceto nos feriados nacionais) Impressão: Editora O Dia S.A. (RJ) Oceano Ind. Gráfica e Editora Ltda. (SP/MG/PR/RJ) FCâmara Gráfica e Editora Ltda. (DF/GO) RBS - Zero Hora Editora Jornalística S.A. (RS/SC)

4 4 Brasil Econômico Segunda-feira, 26 de julho, 2010 DESTAQUE EFEITO LA NIÑA Clima esfria expectativa do agronegócio Fenômeno La Niña reduz previsão de safra de cana e afeta lavoura de soja e milho nos grandes mercados produtores Luiz Silveira lsilveira@brasileconomico.com.br A consultoria Datagro, especializada em açúcar e álcool, reduziu sua estimativa para a safra brasileira de cana-de-açúcar 2010/2011 diante das previsões de clima seco demais no Centro-Sul do país. O clima seco e frio é até bom para a cana, mas o La Niña está sendo muito mais forte que o esperado e deve prejudicar a produção, diz o presidente da consultoria, Plínio Nastari. O Brasil deve produzir meio milhão de toneladas de açúcar a menos do que o previsto anteriormente, chegando a 37,5 milhões de toneladas, anunciou ele na sexta-feira. A revisão dos números da Datagro revela a preocupação com os efeitos que o fenômeno climático La Niña terá sobre a produção agropecuária do Brasil e do mundo. O La Niña já está ocorrendo e tende a ser de forte intensidade, diz o agrometeorologista Marco Antonio Santos, da Somar Meteorologia. O fenômeno é caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico, o exato oposto do El Niño que influenciou a última safra brasileira com efeito positivo sobre os grãos e negativo sobre a cana, por exemplo. Uma amostra da força deste La Niña pode ser vista pelas secas que já estão ocorrendo na Ásia e na Oceania, segundo Santos. As águas começam a resfriar da Austrália para a América, explica ele, para quem as quebras nas safras de trigo e arroz em países como Rússia, China, Tailândia e Austrália são reflexos do fenômeno. No Brasil, a mudança nos regimes de chuva causada pelo La Niña pode prejudicar ou favorecer determinadas culturas e regiões. Mas a tendência já confirmada é que as chuvas demorarão mais para chegar com regularidade no próximo verão, o que mudará a dinâmica da safra de grãos. O fenômeno tem maior influência sobre a região Sul, mas as chuvas ficam menos uniformes também em outras As quebras nas safras de trigo e arroz em países como Rússia, China, Tailândia e Austrália já refletem a força do La Niña regiões, diz o meteorologista André Madeira, da Climatempo. A temporada de chuvas deve demorar mais para chegar em boa parte do Centro-Oeste, o que fará os produtores adiarem o plantio da safra de verão em pelo menos 20 dias, afirma Santos, da Somar. O reflexo será a redução na janela de plantio do milho safrinha (safra de inverno), que é semeado logo depois da colheita da soja. Os agricultores que em 2009 plantaram a soja no Mato Grosso a partir de setembro, por exemplo, só devem começar a fazê-lo em novembro. Esse atraso altera a logística tradicional de escoamento dos grãos para os portos, mas o La Niña pode até trazer benefícios para as culturas de inverno na região. O milho safrinha tende a ser beneficiado porque o atraso no começo das chuvas significa também que haverá mais água que o normal no plantio de inverno, o que é bom, explica Santos. É o exato oposto do que ocorreu na última safra, quando o El Niño gerou um aumento das chuvas para as culturas de verão o Brasil colheu sua safra recorde de grãos mas o clima ficou seco demais para o milho safrinha, que teve uma quebra superior a 10% no Mato Grosso. Já no Sul os riscos do La Niña são opostos. Madeira prevê que as chuvas estarão dentro ou até acima do normal no período de plantio. Os riscos estarão nos períodos secos do verão. Se houver 20 dias de seca na fase de florescimento, por exemplo, as lavouras acabam, diz Santos. Para completar o cenário atípico, a região agrícola em franco desenvolvimento conhecida pela sigla Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia) sofrerá com excesso de chuvas, especialmente no período de colheita dos grãos. Na cana, a seca deve até aumentar o rendimento de açúcar por tonelada moída, mas reduzirá a produção total. A Datagro prevê agora uma safra brasileira de 648,2 milhões de toneladas, contra 667 na estimativa anterior e 602 milhões na safra passada.

5 Segunda-feira, 26 de julho, 2010 Brasil Econômico 5 LEIA MAIS O volume elevado da produção atual de grãos e os estoques altíssimos não permitem aumento significativo de preços das principais commodities. As principais entidades representativas do setor agrícola pedem que a criação de fundo para grandes catástrofes no campo seja aprovada rapidamente pelo Senado. A turbulência no clima significa reservatórios com nível de água mais baixo, apontam especialistas, o que determina aumentos nas cotações da energia. Infografia: Alex Silva Preço dispara na Bolsa de Chicago Soja chegou a subir mais de 10% em duas semanas com medo de seca no Meio-Oeste americano As cotações das commodities agrícolas como a soja e o milho já começaram a responder aos riscos climáticos relacionados ao La Niña, acrescentando um fator complicador na equação de quem utiliza os contratos futuros como investimento ou proteção contra oscilações de preço. A cotação do contrato mais negociado de soja na Bolsa de Chicago (principal referência mundial) chegou a subir 10,7% entre os dias 1º e 16 deste mês por conta das perspectivas de clima seco e quente nos Estados Unidos, segundo a consultoria AgRural. O preço foi de US$ 9,26 por bushel para US$ 10,25 em apenas 15 dias. O milho, mesmo sendo menos suscetível à seca, também disparou de US$ 3,33 por bushel para US$ 3,98 no período. A disparada foi puxada por previsões de clima seco e quente em grandes regiões produtoras dos Estados Unidos. Desde o dia 16, as cotações cederam parte dos ganhos climáticos, mas a tendência é que essas oscilações se repitam nos próximos meses. Na sexta-feira, a soja fechou a US$ 9,91 o bushel e o milho a US$ 3,71. Raízes superficiais Apesar das boas condições de desenvolvimento da soja nos Estados Unidos, há um alerta de risco feito pelo analista Jim Matthews, da corretora Fortis Clearing America. Segundo ele, as lavouras de soja americanas deste ano estariam mais vulneráveis a perdas causadas por seca do que em outras safras. Choveu muito no período de plantio, o que fez as raízes da soja ficarem superficiais, explica o especialista. Trata-se de um fenômeno popularmente conhecido como planta mal-acostumada : quando o solo está muito úmido, as raízes não precisam se aprofundar em busca de água. Se durante o desenvolvimento da planta houver uma seca prolongada, ela não terá como alcançar a água mais profunda no solo. Em algumas regiões houve até campos alagados e se agora o verão for muito quente, teremos um problema, diz Matthews. Os Estados Unidos são os maiores produtores mundiais de soja e milho, o que faz com que Com perspectiva de tempo seco e quente, cotações sobem e complicam as equações de quem usa contratos futuros como investimento ou proteção as condições das lavouras americanas estejam no foco dos operadores dos mercados futuros. O La Niña levará a seca que hoje vemos no Sul dos Estados Unidos para o Meio Oeste, mas é imprevisível se isso será bom ou ruim para as lavouras, afirma. É justamente por causa dessas incertezas que a volatilidade dos preços aumenta. Neste momento, as cotações internacionais da soja e do milho vivem o chamado mercado climático, no qual as previsões meteorológicas para os Estados Unidos são determinantes. L.S.

6 6 Brasil Econômico Segunda-feira, 26 de julho, 2010 DESTAQUE EFEITO LA NIÑA 29 milhões MILHO 8,5 milhões Mikhail Mordasov/AFP EXPECTATIVA DE EXPORTAÇÃO, EM TONELADAS SOJA ARROZ 400 mil Trigo é uma das culturas com pequena margem para exportação pelo Brasil, já que a produção tem consumo garantido no mercado interno Estoques recordes garantem estabilidade na cotação de grãos Volume elevado da produção atual deixa pouco espaço para aumento de preços das principais commodities Cláudia Bredarioli cbredarioli@brasileconomico.com.br A condição climática tem algo em comum com os fundamentos econômicos: por mais que haja previsões, os resultados podem ser completamente diferentes do esperado. Mas no momento em que os dois se encontram, o clima se sobrepõe à economia. Apenas inicialmente, porque no longo prazo é ela quem dita as regras. Assim, se La Niña tem trazido turbulência para a oscilação de preços dos produtos agrícolas atualmente, essa condição não deve alterar com força a previsão para o desempenho do comércio de maneira geral. Isso porque, com estoques que devem fechar o ano em níveis altíssimo a soja, por exemplo, vai bater recorde no Brasil, com mais de 5 milhões de toneladas armazenadas, sobrou pouco espaço para o mercado trabalhar expectativas de aumentar as vendas ou operar com níveis de preços mais altos. Isso acontece independentemente das possíveis quebras de safra em decorrência das secas. Segundo analistas, apesar de essas expectativas aplicaremse especialmente à soja (a commodity de maior peso na pauta de exportação brasileira), elas valem também para outros produtos primários, como o milho, por exemplo. Os estoques de milho estão altíssimos em todo o mundo por causa da safra excepcional que foi registrada este ano, pondera Eduardo Godoi, economista da Agência Rural. O aumento das exportações estimado para esse ano é artificial, não decorre de interesse de compra, mas de um incentivo dado pelo governo. Nesse aspecto, Fernando Pimentel, da Agrosecurity, acrescenta que no caso do milho há aumento de demanda no mercado global, mas o custo logístico de transporte não é competitivo no Brasil. Em outras culturas, porém, como o trigo e o arroz, o principal empecilho Apesar de turbulência nas cotações, perspectivas para o comércio dos produtos agrícolas não se alteram de forma significativa para suprir eventuais possibilidades de aumento de exportação está na ainda pequena produção brasileira que, além disso, tem dificuldade de crescimento no curto prazo. De maneira geral, o escoamento da produção brasileira vai se manter nos conformes porque temos pouca margem de manobra para atuar em culturas cujos estoques não estão altíssimos, afirma Pimentel. Essa tendência é reforçada, segundo Godoi, a partir da observação dos dados da própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estima que sejam exportadas 29 milhões de toneladas de soja e 8,5 milhões de toneladas de milho este ano. Arroz brasileiro na África Uma saída, porém, começa a ser considerada para que, no longo prazo, seja possível pensar no aumento do patamar de exportação de outras culturas de grãos com o intuito de aproveitar momentos como este, de quebra de safra como a do trigo na Rússia e imediações e de aumento de necessidade de compra por outros países. No caso do arroz, por exemplo, Rubens Silveira, diretor comercial do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), prevê o alinhamento de um acordo com outros países do Mercosul (especialmente Uruguai e Argentina) para suprir a demanda do continente africano. A África consome por ano quase o equivalente à produção total brasileira de arroz e podemos vender para eles se conseguirmos tornar o Mercosul agroexportador nessa cultura, diz. Segundo o especialista, atualmente 60% da exportação de arroz brasileira já é destinada à África. Mas exportamos apenas 10% da nossa produção nos últimos dois anos, e neste ano ficaremos abaixo desse patamar, prevê Silveira. A estimativa do Conab é de que o Brasil exporte 400 mil toneladas de arroz. Silveira acredita que possa chegar a 500 mil toneladas, ante 800 mil em 2009.

7 Segunda-feira, 26 de julho, 2010 Brasil Econômico 7 Produtor pede pressa na aprovação de fundo de catástrofe na agricultura Sem mecanismo, que tramita no Senado, agricultores e seguradoras ficam vulneráveis Felipe Peroni fperoni@brasileconomico.com.br Os agricultores pedem pressa na aprovação do Fundo de Catástrofe do Seguro Rural, que terá verba de R$ 4 bilhões para garantir seguros em caso de grandes perdas agrícolas. O fundo é fundamental para o mercado de seguros avançar mais rápido, e está patinando demais, afirma Pedro Arantes, assessor econômico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG). Hoje, uma catástrofe agrícola quebra qualquer seguradora. Mas os produtores acreditam que terão que esperar pelo menos até 2012 para o fundo entrar em operação. Até aprovar e regulamentar um valor desses, é preciso mais dois ou três anos, afirma Pedro Loyola, economista da FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná). O fundo, em fase de projeto de lei desde 2008, deve ficar no mínimo mais dois anos para obter aprovação no Senado, sanção presidencial e regulamentação O projeto de lei está em trâmite desde Em junho foi aprovado na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado, e está na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRE). Após isso, passará para uma terceira comissão antes de ir a plenário. Em seguida, deve aguardar a sanção presidencial. Ainda assim só funcionará depois de regulamentação do executivo. Seguros Antes da regulamentação, as seguradoras não podem medir o impacto que terá o fundo. É um projeto importante, mas deve ser visto no médio ou longo prazo, afirma Laura Emília Dias Neves, diretora da operadora de seguros agrícola Agro Brasil. Estamos muito contentes que isso esteja tramitando, mas as regras para uso do fundo ainda serão colocadas. Para Laura, sem a ajuda do Estado não haveria como fazer o seguro chegar aos produtores. Há uma correlação no risco. Um seguro de carro é diferente porque não há chance de todos quebrarem o carro ao mesmo tempo. Uma seca afeta muitas propriedades, explica. Mesmo com essa dificuldade, o setor de seguros tem crescido nos últimos anos. A área segurada passou de 68 mil hectares em 2005 para 6,7 milhões de hectares no ano passado (veja quadro ao lado). O setor de seguros está em crescimento, os produtores estão aceitando os produtos, diz Laura. No entando, o plantio segurado hoje não chega a 15% da área plantada. Hoje o setor conta com subvenção ao produtor. O governo ajuda a pagar parte do prêmio do seguro, que de outra forma seria impraticável pelo produtor. Segundo dados do Ministério da Agricultura, o governo concedeu em 2009 R$ 260 milhões. Para 2010, o valor aprovado pelo governo é de R$ 451 milhões. O produtor não pode pagar sozinho o prêmio de um seguro de trigo, em torno de 12%, afirma Pedro Loyola. RAIO X DO SEGURO RURAL NO BRASIL Evolução de área e valores até 2009, último dado disponível ÁREA SEGURADA, EM MILHÕES HECTARES , , , , VALOR TOTAL SEGURADO, EM R$ BILHÕES , Fonte: SPA/ MAPA 2,869 2, , , ,

8 8 Brasil Econômico Segunda-feira, 26 de julho, 2010 DESTAQUE EFEITO LA NIÑA Nível de reservatório eleva preço da energia Evaristo Sa/AFP Nas recentes passagens do La Niña pelo Brasil, valores dispararam Priscila Machado O fenômeno climático La Niña já começa a afetar o processo de formação de preço no mercado livre de energia. A irregularidade das chuvas nas regiões Sul e Sudeste do país fez com que o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), utilizado para valorar a compra e a venda de energia no mercado de curto prazo (spot), atingisse picos acima de R$ 100 o megawatt por hora na última semana. Quem mais sofre com isso são as grandes indústrias consumidoras. A comparação da trajetória dos preços entre 2010 e o ano passado, quando o El Niño mantinha os reservatórios em níveis confortáveis e a indústria ainda se recuperava da crise, mostra que a chuva é um vetor fundamental na formação dos preços à vista. Enquanto que no ano passado o mês de janeiro registrou um preço médio de R$ 83 o megawatt por hora, recuando para R$ 30 em julho, este ano a tendência altista imprime sua marca. O PLD, que no primeiro mês de 2010 custava R$ 13, encerrou a última semana em R$ 90 no Norte e Nordeste e R$ 86,82 nas regiões Sul e Sudeste. Nas últimas passagens do fenômeno pelo Brasil, em 2000, 2001, 2007 e 2008, a média anual do PLD ficou em R$ 192,63. De acordo com Cristopher Vlavianos, presidente da comercializadora Comerc Energia, o resfriamento no Oceano Atlântico, que resulta na alteração do clima, precisa se prolongar por três meses para confirmar a açãodolaniña,oqueserápossível apenas a partir de setembro. A tendência é que o período de seca no Sudeste se intensifique no mês de outubro. A partir daí a região deve enfrentar um período de seca que pode se estender até o início de A maioria dos reservatórios está localizada no Sudeste, onde está o maior número de consumidores. Então quando há seca na região o efeito no preço spot de energia é direto, o que gera uma demanda maior dos O efeito La Niña sobre os preços já começou a se configurar. Se no início do ano era uma dúvida, agora já é uma certeza Marcelo Parodi, CEO da Compass A ÁGUA ESTÁ BAIXANDO O nível dos principais reservatórios do Nordeste no final de junho atingiu os menores índices dos últimos cinco anos. A curva para baixo, entre outros fatores, motivou a alteração do nível-meta para a região de 20% para 45%. Hoje as regiões Sudeste e Centro-Oeste operam com nível-meta de 39%, e a Sul com 16%. No entanto, a expectativa é que esses números sejam revisados. Nível de reservatórios das regiões Sul e Sudeste deve baixar com prolongamento do período de seca agentes com uma necessidade maior de carga, que querem cobrir suas posições, diz. Adalberto Popovic, gerente comercial da comercializadora Delta Energia, acredita que o mercado tem se mostrado aquecido muito mais pela demanda do que pela questão climática. O momento é de cautela e observação. Estamos esperando o mercado tomar posição, diz. Já Marcelo Parodi, CEO de outra comercializadora, a Compass, alerta para o fato de que as alterações climáticas já influenciam na estratégia de comercialização. O efeito La Niña sobre os preços já começa a se configurar. Se no início do ano era uma dúvida, agora já é uma certeza, afirma. Para Parodi, a grande incógnita é a duração do La Niña. Caso o prolongamento do período de seca fique acima do esperado, pode ocorrer um estresse de preço no final de 2010 e ser pior ainda no início do próximo ano. A retirada de 1 gigawatt (GW) de usinas térmicas do planejamento mensal de operação do Operador Nacional do Sistema (ONS) também colaborou para a tendência altista. Ao avaliar o cenário atual, Parodi lembra a passagem do La Niña pelo país em 2007, quando o fenômeno se estendeu de novembro até a segunda quinzena de janeiro do ano seguinte, fazendo com que os preços chegassem ao patamar de R$ 600 o megawatt por hora em Nível-meta Para evitar um cenário de escassez, o governo criou um nível-meta para manter o volume dos reservatórios acima de um volume considerado arriscado. O nível-meta, calculado mensalmente, é responsável por gerar térmicas fora da ordem de mérito, ou seja, que não formam o custo do PLD, mas que fazem a complementação da matriz energética. Em 2010, o volume mínimo dos reservatórios para o mês de novembro deverá ser superior a para 39% no Sudeste e 45% da capacidade máxima no Nordeste. Atualmente eles estão em 80,9% e 68,5%, respectivamente, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS). Os principais reservatórios do Nordeste tiveram, no final de junho, os menores índices de armazenamento dos últimos cinco anos. Isso motivou a alteração do nível-meta na região de 20% para 45%.

9 Segunda-feira, 26 de julho, 2010 Brasil Econômico 9 Verão mais frio deve ter impacto no consumo de cerveja e sorvetes Região Sul do Brasil deverá ter volume menor de chuvas na estação mais quente do ano Carlos Eduardo Valim cvalim@brasileconomico.com.br O fenômeno La Niña se encontra ainda em fase considerada por especialistas como de desenvolvimento no Oceano Pacífico Equatorial. Seus impactos devem ser sentidos a partir da primavera e do verão do Hemisfério Sul, quando chegará à fase madura, explica Priscila Farias, meteorologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe). A região do Brasil mais mais afetada será a Sul. O La Niña é um fenômeno inverso ao El Niño, criando uma anomalia de temperaturas mais baixas das águas superficiais do Oceano Pacífico próximas à linha do Equador. Com isso, surge uma ativa temporada de furacões e, na Ásia, monções mais intensas que o normal, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Ele pode trazer mudanças de temperatura e da quantidade de chuvas. Segundo Priscila, haverá chuvas acima do comum a partir da primavera no Norte, enquanto o Sul do país terá menos chuvas do que a média histórica do período. Não significa que não haverá chuvas no Sul, mas essa é uma época de muitas chuvas na região, o que pode ser até benéfico para algumas culturas da região, afirma. Para a meteorologista Olívia Nunes, da Somar Meteorologia, os impactos no Norte dependem mais das condições locais, mas é possível imaginar que ocorra, no Nordeste, mais chuvas, como aconteceu em 2008 na última vez em que houve o La Niña. Mas isso depende também do clima no Oceano Atlântico. O La Niña é um fenômeno inverso ao El Niño, criando uma anomalia de temperaturas mais baixas das águas superficiais do Oceano Pacífico próximas à linha do Equador O verão brasileiro deve ser um pouco mais frio também, o que traz impactos ao segmento de bebidas e sorvetes, dificultando a publicidade com o apelo da alta temperatura. O verão com La Niña se caracteriza por chuvas contínuas, diz Olívia. Do Niño à Niña em um mês Depois de passar pelo El Niño desde maio de 2009, o mundo passa para o La Niña rapidamente. Segundo Priscila, até abril deste ano as águas do Oceano estavam acima da temperatura normal. No momento, partes do Oceano Pacífico Equatorial já estão com temperaturas de um a dois graus Celsius abaixo da média histórica. Olívia explica que isso é considerável, já que o calor específico da água é muito alto. Pelo volume, os oceanos demoram muito para variar um grau de temperatura. EFEITO INDIRETO Calor antecipa pior temporada de furacões desde 2005 Se as notícias de águas frias no Oceano Pacífico podem trazer problemas, o clima quente no Atlântico não traz alívio. A atmosfera tende ao equilíbrio. Se de um lado está mais frio, do outro fica mais quente, diz a meteorologista da Somar Meteorologia, Olívia Nunes. Com isso, a atual temporada de furacões, de junho a novembro, pode ser a pior desde 2005, divulgou a Somar. O ano que marcou a metade da última década trouxe furacões como o Katrina, Rita e Wilma, que causaram grandes desastres sociais e econômicos no sul dos Estados Unidos. Além da destruição causada a Nova Orleans, houve prejuízos a plataformas petrolíferas e refinarias. A temporada começou com o furacão Alex, que trouxe chuvas intensas à fronteira entre o México e o Texas no início de julho. Houve inundações e tornados, mas isso não afetou as instalações petrolíferas americanas. Já a tempestade tropical Bonnie, formada na última quinta-feira próximo às Bahamas e a segunda a receber um nome, chegou aos Estados Unidos no dia seguinte, se deslocando para a região do Golfo do México. Com isso, as autoridades americanas foram obrigadas a suspender os esforços para controlar o vazamento de petróleo. Os barcos e as pessoas que trabalhavam no desastre causado pela BP receberam ordem para evacuar a região. A estimativa era de que a tempestade Bonnie obrigaria a interrupção dos esforços junto ao poço durante um período de sete a dez dias. Alex Almeida/Folhapress CENTRO-OESTE MAIS SECO POR MAIS TEMPO O risco de queimadas com o atual tempo seco no Centro-Oeste deve se estender por mais tempo graças ao La Niña. A volta das chuvas regulares, que deveria ocorrer entre o fim de agosto e o começo de setembro, será atrasada para ter início no meio de outubro, diz Olívia Nunes, da Somar Meteorologia. O La Niña empurra as frentes frias para o litoral.

10 10 Brasil Econômico Segunda-feira, 26 de julho, 2010 OPINIÃO Sérgio Vale Economista-chefe da MB Associados Credibilidade do BC? O Banco Central decidiu aumentar a Selic em 0,5 ponto percentual. Havia certa divisão no mercado sobre o aumento ser 0,75 ou 0,5, mas prevaleceu a aparente visão de que a economia está desaquecendo e o processo inflacionário é mais suave do que poderia se imaginar. Mas mais importante do que o número em si é a sinalização que o BC passa ao dar esse número, e é uma sinalização que tem que ser entendida em relação ao que ele tem feito desde o começo do ano e em relação ao que ele indica esperar para os próximos meses. Desde o começo do ano o BC tem tido dificuldade em ser transparente em seus documentos. Em várias vezes no Relatório de Inflação e na Ata não ficava claro o que o banco realmente pensava, dificultando também uma sinalização do que seria feito nas reuniões seguintes. O BC pautou seu caminho ao longo do governo Lula por uma enorme transparência, que parece ter se perdido este ano. Por conta dessa dificuldade em transmitir suas intenções, o mercado ficou várias vezes em dúvida nas decisões deste ano, e não poderia ser diferente dessa vez. Quando a palavra incoerência surge várias vezes atrelada às decisões de um Banco Central é sinal de que o problema de comunicação passou do ponto. A inflação ainda tem um elevado componente de indexação. Ser suave nos juros significa que ela levará mais tempo para voltar para a meta Mas além da questão institucional da comunicação falha, o BC parece ter se pautado em razões conjunturais de curto prazo para sua decisão, o que não é praxe do banco, que sempre teve no longo prazo e nas expectativas sua razão maior de atuação. Assim, ficou parecendo que a decisão se baseou muito nos recentes números fracos de inflação e da atividade e numa possível piora adicional na economia americana. Entretanto, esses fatos nos parecem ser de curto prazo. A inflação teve uma barriga de meio de ano um pouco maior do que a esperada, mas os riscos ainda persistem. Basta lembrar que mesmo na revisão de IPCA que fizemos para este ano o número continua sensivelmente maior que a meta (5,3%). Além disso, alimentação pode voltar a ser problema, principalmente no quarto trimestre, quando os riscos de problemas climáticos gerados pelo La Niña podem implicar pressões de preços em produtos básicos como feijão e arroz. No caso da atividade, a acomodação do segundo trimestre não passa disso, ou seja, uma acomodação depois de um trimestre muito intenso. O segundo semestre tende a voltar a apresentar crescimento de novo na economia e o mercado de trabalho continua aquecido, representado pela taxa de desemprego muito baixa de 7% em junho, pelo rendimento médio real em aceleração e pelos dissídios esperados no segundo semestre. Por fim, vale lembrar que a inflação brasileira ainda tem um elevado componente de indexação. Ser suave na trajetória de juros significa que a inflação levará mais tempo para voltar para a meta. O resultado concreto dessa sinalização do BC poderá ser uma rodada de avaliação de um IPCA mais pressionado em 2011, que sofrerá ainda com as pressões de preços administrados que não tivemos este ano. No fim, o BC perde um pouco da credibilidade conquistada arduamente. Gabriel Torres Vice-presidente da Moody s China e América Latina O crescimento e a recuperação da América Latina têm surpreendido. O motivo que explica melhor este crescimento é a importância ascendente da China em todo o mundo e especialmente na América Latina. Há alguns dias publicaram a notícia de que a China passou a ser o país com maior consumo energético do mundo. Quem abastece essa máquina de crescimento? A América Latina, grande produtora de matériaprima, que surge como uma das principais beneficiárias do boom econômico chinês. Como medimos a importância da China? De várias maneiras; talvez a mais direta seja através do comércio bilateral. A China tornou-se o maior mercado para vários países da América Latina. Embora as vendas totais ainda sejam relativamente modestas, visto que em 2009 apenas 7% das exportações da região foram para a China, elas estão crescendo rapidamente. Dados da CEPAL indicam que em 2000 o Brasil vendeu menos de 2% de suas exportações para a China; hoje vende mais de 13%. No Chile o salto foi de 5% para mais de 23%. Uma história semelhante ocorre no Peru, que vai de 6% para 15%. A Argentina passou de 3% a 6%. Na Colômbia o total vendido para a China em 2009 não excede 4%, mas está crescendo e ajuda a compensar as vendas menores a Venezuela - prejudicadas por razões políticas. Outra maneira na qual a China impacta a América Latina é através dos preços dos produtos vendidos pelos países. A América Latina é fornecedora de commodities, e a demanda da China é uma das razões pelas quais os preços continuam elevados e também pela perspectiva de que se mantenham altos no futuro. Em alguns países o impacto sobre os preços é mais importante do que a venda direta dos produtos. As relações com a China ajudam os países que exportam, mas ajuda mais os países que têm projetos de longo prazo e vendem produtos elaborados Mas nem toda a região se beneficia por igual. A América Central e o México quase não exportam para a China, visto que este país compra principalmente produtos primários. A única exceção nessa região é a Costa Rica, que vende quase um décimo de seus produtos para a China. No Caribe as exportações são insignificantes e os preços mais altos das commodities são um fator negativo para as economias das ilhas. Ao olhar para as importações, a situação se torna ainda mais complexa. Apesar das grandes vendas para a China, a região como um todo tem déficit comercial com o país, em grande parte devido às importações do México. Há quem argumente que a venda de commodities em troca de produtos finais não seja uma boa estratégia. E, portanto, a relação comercial com a China deixa muito a desejar. Será? Eu diria diferente. As relações com a China ajudam os países que exportam, mas ajuda mais os países que têm projetos de longo prazo e aproveitam para melhorar a economia local e desta forma, no futuro, vender produtos mais elaborados. Felizmente, a China pode representar uma oportunidade para os países da América Latina. O que é feito com essa oportunidade depende de cada país e de seu governo. CARTAS ENTREVISTA COM O PRESIDENTE LULA Meus parabéns ao BRASIL ECONÔMICO. Não conhecia esse jornal, mas de agora em diante ele fará parte do meu repertorio diário. Fez uma entrevista sem os preconceitos que encontramos em jornais como O Globo, Folha, Estadão e outros. Entrevistem os candidatos, gostaríamos de saber as suas ideias. Apesar de já ter a minha candidata, fortelece a democracia desse país proporcionando um debate mais aprofundado da nossa realidade. Novamente meus parabéns. Marcos Campinas (SP) Só quero que o nosso presidente entre na campanha para o bicho pegar, como diz ele. E derrotar essas cambadas de pilantras. Gostei da entrevista. Nilson Moura Messias Natal (RN) Queiram ou não, o presidente Lula é o maior estadista deste país republicano. Parabéns ao BRASIL ECONÔMICO pela oportunidade de, mais uma vez, ter acesso aos pensamentos do presidente. Grandíssima entrevista. Esse diário está se tornando, paulatinamente, o de maior credibilidade entre todos os demais. Análises sérias, imparcialidade nos comentários e matérias e objetividade na informação. Gostei. Maurício Gil Florianópolis (SC) Excelente entrevista, apenas com temas de interesse público. Nada das intrigas e fuxicos que a grande imprensa gosta de perguntar. Parabéns ao presidente pela objetividade e precisão nas respostas e parabéns também ao entrevistador pela maneira séria como formulou as perguntas. Paulo Guimarães Leite Campinas (SP) CRIADOR E CRIATURA - COLUNA DE ROBERTO FREIRE, PRESIDENTE DO PPS O PT, assim como 99% dos políticos, é movido por interesses, principalmente particulares. Os políticos do PPS são diferentes? O que há de diferente entre o PT atual e o PSDB de FHC e sua cúpula? É que este último não foi competente para fazer um marketing bem feito. Todos tiveram as mesmas condições (inclusive de desviar dinheiro público), mas uns sabem usar, outros não. Parabéns pelo marketing do PT, embora haja muitas coisas para se melhorar em termos governamentais. Na minha opinião, o Brasil precisa de gestores na presidência, e não de políticos. O que está em desenvolvimento no Brasil são os políticos, e não a nação. Andrei Durante Casca (RS) QUALIDADE DE VIDA NAS GRANDES CIDADES A qualidade de vida é uma grande preocupação em algumas regiões brasileiras, como no caso da chamada região metropolitana da Baixada Santista. É uma área que sofre com problemas relacionados a questões básicas, como a segurança pública, o transporte coletivo, saúde e educação. É necessário se elaborar planos que permitam uma avaliação do momento e também do futuro, com as projeções do aumento da população. E o que isto vai acarretar para todos os municipios. É um problema comum entre eles. Surge então a segunda questão, ou seja, como a comunidade pode e deve agir e quais os mecanismos que podem ser usados. Em qualquer cidade as associações de moradores, em tese, representam um bairro. E não se constata que estejam sendo levadas a participar de encaminhamentos coletivos. Uriel Villas Boas Santos (SP) Cartas para Redação - Av. das Nações Unidas, º andar CEP Brooklin São Paulo (SP). redacao@brasileconomico.com.br As mensagens devem conter nome completo, endereço e telefone e assinatura. Em razão de espaço ou clareza, BRASIL ECONÔMICO reserva-se o direito de editar as cartas recebidas. Mais cartas em

11 Segunda-feira, 26 de julho, 2010 Brasil Econômico 11 Thomas Coex/AFP Espiã vira boneca A espiã russa Anna Chapman, uma dos nove agentes secretos deportados pelos EUA e destaque na capa dos tabloides de Nova York por sua beleza, ganhou uma boneca com seu rosto que por enquanto está sendo comercializada somente pela internet. Quem resolveu apostar no potencial comercial de Anna foi a empresa americana Herobuilders.com, do estado de Connecticut, que está vendendo uma boneca estilo Barbie nas versões predadora e a espiã que eu poderia amar. Reprodução A CAPA DA DISCÓRDIA A última capa da revista italiana Panorama provocou uma pequena crise dentro da Igreja Católica. A imagem (veja reprodução ao lado) mostra as mãos de um homem com as unhas pintadas de esmalte rosa segurando um rosário, com a frase As noites dos padres gays na cidade. A reportagem conta histórias sobre noitadas dos reverendos nas principais casas noturnas de Roma. A igreja reagiu afirmando que não endossa esse tipo de comportamento e que os padres que têm uma vida dupla não entendem o que é fazer parte da instituição. Afirmou ainda que os homens citados na reportagem não poderiam fazer parte da igreja e que nunca deveriam ter se tornado padres católicos. ENTREVISTA MARIANA FERRAZ Advogada do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) As restrições em propagandas de alimentos Idec quer que seja mantida resolução da Anvisa, que determina que riscos de produtos à saúde sejam informados Maeli Prado mprado@brasileconomico.com.br Uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que determina que em seis meses a indústria alimentícia comece a informar em suas propagandas os riscos de alimentos e bebidas comprovadamente não saudáveis, começa a aproximar o Brasil de países como a Noruega e o Canadá, onde existe restrições inclusive de horários em que esse tipo de anúncio pode ser exibido. As empresas, entretanto, estão tentando vetar a determinação, como explica Mariana Ferraz, advogada do Idec. Em seis meses, empresas de alimentos terão que explicar riscos de alimentos não saudáveis Esse tipo de intervenção nas propagandas é similar ao que ocorre com cigarro? Sim. A ideia é que informar sobre os riscos seja feito da mesma forma que acontece com cigarro e também com medicamentos. Seria um primeiro passo, mas em alguns países isso vai além, com regulação dos horários em que os anúncios podem ser exibidos e em que tipo de programas, pensando principalmente no espectador criança. Em que países isso acontece? Na Inglaterra, Suécia, Noruega e Canadá, entre outros, que são os mais avançados nesse sentido. Em que pé esse tipo de restrição está no Brasil? Existe uma resolução da Anvisa que determina que, em seis meses, as empresas de alimentos comecem a explicar os riscos de alimentos e bebidas não saudáveis em suas publicidades. A indústria está tentando derrubar essa resolução, afirmando que é inconstitucional. Por isso, estamos pedindo manifestações de apoio da sociedade civil.

12 12 Brasil Econômico Segunda-feira, 26 de julho, 2010 BRASIL SEGUNDA COM OS CANDIDATOS OSMAR DIAS Candidato do PDT ao governo do Paraná A escolha do PT para superar empate no Paraná Osmar Dias, em 2006, perdeu eleição ao governo por 10 mil votos para Roberto Requião (PMDB), hoje seu aliado Candidato a governo aposta em programas sociais para converter votos na capital Paulo Justus pjustus@brasileconomico.com.br ELEIÇÕES 2010 O senador e candidato ao governo do Paraná pelo PDT, Osmar Dias, protagonizou uma das maiores disputas de bastidor durante a pré-campanha. Só definiu sua candidatura no último dia, depois de ter dado sinais de que apoiaria seu adversário na disputa ao governo do estado, Beto Richa (PSDB). A formação do palanque paranaense ganhou importância nacional, quando os tucanos anunciaram seu irmão, Álvaro Dias, como vice de José Serra na disputa presidencial. O movimento foi interpretado como uma tentativa de forçar o apoio de Osmar ao PSDB no Paraná. Ao definir sua candidatura ao governo, Osmar Dias possibilitou um palanque forte de Dilma Rousseff no Paraná. Em entrevista ao BRASIL ECO- NÔMICO, Dias falou sobre a como pretende superar o empate técnico nas pesquisas. Pelo Datafolha, ele tem 38% contra 43% de Richa, com margem de erro de três pontos percentuais. Confira: O senhor aguardou até o }último minuto para definir sua candidatura para governo no Paraná. Isso prejudica o andamento da campanha? A Legislação Eleitoral determina que as candidaturas e coligações sejam definidas até 30 de junho. Cumpri o prazo. Se foi feito no último momento foi porque a aliança construída é muito forte, com grandes partidos. Talvez se eu tivesse me antecipado, não teria uma aliança tão grandiosa. O Paraná, bem como o sul do país, está entre os estados em que José Serra desponta à frente da candidata do PT, Dilma Rousseff. Como o senhor pretende trabalhar para reverter a situação da sua candidata no estado? Cumpri o prazo [de registro da candidatura]. Se foi feito no último momento foi porque a aliança construída é muito forte. Talvez se eu tivesse me antecipado, não teria uma aliança tão grandiosa O Porto de Paranaguá precisa ser ampliado com o cais oeste para que mais mercadorias sejam exportadas, além de contar com um terminal de passageiros para o fomento ao turismo Pretendo mostrar o que foi feito no Paraná pelo presidente Lula por meio dos programas sociais e de desenvolvimento do governo federal. Não dá para ignorar o fato de que, na gestão do Lula, 32 milhões de brasileiros ascenderam de classe social. Em 2012, o Paraná deverá ser o primeiro estado do Brasil a erradicar a pobreza, segundo estudos do Ipea. O Bolsa Família, do governo federal, beneficia milhares de famílias no Paraná, dando uma ajuda àqueles que têm dificuldades de sobreviver por falta histórica de oportunidades. E nós falamos aqui de comida, escola e roupas. Tudo aquilo que o cidadão precisa para atender parte das suas necessidades básicas. Então, o Bolsa Família é necessário, tem que continuar, ser ampliado e aperfeiçoado. Como pode ser aperfeiçoado? A família beneficiária do Bolsa Família que tem um jovem precisa ter como prioridade para esse jovem um curso de capacitação profissional para que possa, no futuro, se livrar da dependência de um programa social. Defendo a instituição, no Paraná, de núcleos de profissionalização e capacitação para oferecer oportunidades a esses jovens. Os programas sociais também precisam estar voltados para a habitação, uma questão fundamental que tem de ser tratada pelo Estado. Quanto ao Minha Casa, Minha Vida, quando o presidente Lula esteve no Paraná, eu disse a ele o seguinte: não dá para tirarmos o direito dos municípios pequenos, dos distritos de também terem acesso ao Programa Minha Casa, Minha Vida. Se a meta é construir um milhão de casas, ela pode ser ampliada. E será, segundo me garantiu Dilma Rousseff quando esteve comigo em Curitiba na sua primeira visita ao Paraná como candidata. É isso que queremos mostrar aos paranaenses. Que o governo esteve presente na região sul, gerou oportunidades, melhorou a vida de milhares de pessoas e tem projetos e planejamento para continuar fazendo ainda mais. Como está seu relacionamento de aliado com Requião, seu adversário na última eleição? A posição radical do ex-governador pode afastar alguns votos? Meu eleitorado sabe que tenho uma história e nunca fugi das minhas convicções. Se disputei a eleição em 2006 contra o PMDB, também já fui secretário de estado de um governo peemedebista. Fui o coordenador da primeira campanha do Requião. Entendo que, quanto mais plural o governo, mais democrático ele é. O importante é o eleitor acompanhar o que defendo como homem público, independente de coligações ou posicionamentos mais extremos. A eleição anterior para o governo do estado foi definida por uma diferença mínima de votos. Neste ano, as últimas pesquisas mostram um empate técnico entre o senhor e o candidato do PSDB, Beto Richa. Como fazer para abrir uma vantagem maior no Paraná? O resultado da eleição de 2006 me levou a entender que talvez o meu plano de governo não estivesse a contento da população. Agora é diferente, pois quem fez o plano de governo foi a população do Paraná. Pela primeira vez na história, um candidato ao governo do estado percorreu todas as regiões durante um ano e meio para colher informações, ouvir as pessoas, discutir projetos e ideias para melhorar questões referentes à infraestrutura, saúde, segurança, educação e meio ambiente. O Projeto Paraná reuniu lideranças e entidades da sociedade organizada e fez com elas um plano de governo abrangente. Demos voz às pessoas. Elas puderam falar e decidir o que é o melhor a ser feito. E os paranaenses sabem do meu trabalho como parlamentar, onde sempre defendi o Paraná como um todo, não fazendo discriminações entre interior e capital.

13 Segunda-feira, 26 de julho, 2010 Brasil Econômico 13 Boris Horvat/AFP Disputa comercial derrete favoritismo francês O impasse provocado pela França nas negociações entre o Mercosul e a União Europeia está afetando o favoristismo do jato francês Rafale na disputa para o fornecimento de 36 caças à Força Aérea. De acordo com um membro da cúpula do governo ouvido pelo BRASIL ECONÔMICO, a paralisia nas negociações favorece indiretamente os concorrentes o sueco Gripen e o americano F-18, na medida que o acordo comercial é um dos trunfos que estão sendo usados pelo Brasil nas conversas. Telefone: (11) MBA Gestão Tributária Some conhecimento e multiplique seu sucesso! NA PRÓXIMA SEGUNDA, FERNANDO GABEIRA, CANDIDATO AO GOVERNO DO RIO PELO PV Denis Ferreira Netto Seria o caso de reforçar mais a campanha no interior, onde o senhor é mais forte, ou na Grande Curitiba, onde o tucano leva vantagem? Obviamente, pelas minhas raízes no campo, os paranaenses da Grande Curitiba têm ainda que conhecer mais a fundo as minhas propostas. Mas creio que, com a aliança fechada com o presidente Lula, terei a chance de mostrar o meu compromisso com os programas sociais do governo federal, que tanto estão beneficiando os municípios da região metropolitana da capital. E que esses projetos, que defendi como líder do PDT no Senado, terão ampliação e continuidade no estado do Paraná. Como o senhor pretende trabalhar a questão dos transgênicos no estado? O senhor vai manter a política de segregação de transgênicos feita pelo atual governador, ou deve flexibilizar a medida, atendendo aos desejos da ala ruralista? O produtor rural deve ter a liberdade de escolha sobre o que plantar na sua propriedade. Cabe a ele decidir se quer plantar sementes transgênicas ou convencionais ou se quer plantar produtos naturais sem uso de agrotóxicos. Ao governo cabe apoiar todos os produtores, não criar empecilhos. Há mercado tanto para transgênicos e para sementes convencionais. Como pretende gerir essa estrutura do Porto de Paranaguá, dada a recente interdição feita pelo Ibama, por causa do descumprimento de acordo ambiental? Seria prudente privatizá-lo? Os portos de Paranaguá e Antonina são um patrimônio dos paranaenses e assim continuarão. Quem falar em privatização de empresas públicas será excluído da nossa aliança. Pretendo fazer do Porto de Paranaguá um terminal moderno e altamente competitivo, com custos cada vez O resultado da eleição de 2006 me levou a entender que talvez meu plano de governo não estivesse a contento da população menores. Por isso, penso que a gestão dos terminais do Paraná deve ser profissionalizada. É uma maneira de valorizarmos os nossos competentes técnicos e engenheiros portuários. O Porto de Paranaguá precisa ser ampliado com o cais oeste para que mais mercadorias sejam exportadas, além de contar com um terminal de passageiros para o fomento ao turismo. Também é necessário um sistema ferroviário apto a escoar a produção paranaense e dos estados vizinhos. Como financiar investimentos necessários para o porto? Penso que a Secretaria de Portos (SEP) do governo federal tem um importante papel de fomento, especialmente com relação ao Programa Nacional de Dragagem e o Plano Nacional de Logística Portuária. Esses programas servem para orientar as necessidades de investimentos públicos e privados para os próximos anos. Mas é importante que a SEP trate os portos com isonomia. Atualmente, o Porto de Santos, que é federal, é o maior beneficiado do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), com R$ 1,5 bilhão em investimentos. O Paraná precisa reivindicar mais investimentos para os Portos de Paranaguá e Antonina, pela importância que eles têm no contexto portuário nacional. PREFEITURA DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA Tornamos público que se acha aberta, no Departamento de Suprimentos desta Prefeitura, a licitação abaixo: PROCESSO N /10. PREGÃO PRESENCIAL N. 038/10. OBJETO: Registro de Preços para eventual aquisição de Hortifrutigranjeiros, destinados ao uso da Divisão de Alimentação Escolar, com entregas parceladas, por um período de 12 (doze) meses. ENTREGA DOS ENVELOPES E INÍCIO DA SESSÃO DE LANCES: Proposta e Documentação, às 9:00 horas do dia 05 de agosto de 2010, na Sala de Licitações, situada à Av. Nove de Julho, Sala 01, n.º 185, Centro, Atibaia/SP. AQUISIÇÃO DO EDITAL: O edital completo poderá ser adquirido na Tesouraria Municipal, à Av. da Saudade, 252, Centro, nos dias úteis, das 10h às 16h, mediante o pagamento de emolumentos, no valor de R$ 10,00 (dez reais) ou, sem ônus, via Internet, pelo site Observe-se que, o interessado que optar pela compra do edital, após recolher o emolumento na Tesouraria, deverá retirá-lo no Departamento de Suprimentos, no endereço supracitado, nos dias úteis, das 9h às 12h e das 13h às 16h. DEMAIS INFORMAÇÕES: Departamento de Suprimentos, sito à Rua Bruno Sargiani, 100, Vila Rica, Fone/Fax: (11) SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO, 22 de julho de José Roberto de Goy Diretor do Departamento de Suprimentos Substotuto.

14 14 Brasil Econômico Segunda-feira, 26 de julho, 2010 BRASIL MOSAICO ELEITORAL Multas do TSE não intimidam candidatos MERCADANTE E ALCKMIN ENTRE O PALANQUE E A ARQUIBANCADA Dilma Rousseff e José Serra devem ao Tribunal, juntos, R$ 41 mil. Lula tem multas de R$ 42,5 mil Pedro Venceslau pvenceslau@brasileconomico.com.br ELEIÇÕES 2010 Se a legislação eleitoral for seguida à risca, a guerra jurídica entre os presidenciáveis vai gerar um prejuízo considerável nos orçamentos pessoais de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Segundo resolução do ministro Henrique Neves, do TSE, eles não podem recorrer ao caixa de campanha para pagar as multas aplicadas pelo tribunal. Ao todo, Dilma já deve R$ 31 mil e Serra R$ 10 mil. O presidente Lula acumula R$ 42,5 mil em dívidas com a justiça eleitoral. Mas existem maneiras legais de evitar que os postulantes ao Planalto acabem no prejuízo. Segundo o PT, é a legenda que paga, durante o processo eleitoral, o salário da candidata, que é contratada com carteira assinada. Ou seja: como funcionária, nada impede que Dilma receba um bônus de fim de ano ou ainda um 14º salário no mesmo valor do que deve em multas aplicadas. Já José Serra não recebe ajuda de custo do partido. Como ministra, o salário de Dilma era de R$ 10,7 mil. Serra recebia R$ 12,7 mil mensais no Palácio dos Bandeirantes. Como na prática são os partidos que arcam com os custos, o valor das multas é irrisório e não intimida os candidatos. Bônus ou 14º salário pago pelos partidos aos candidatos evitam que as multas pesem no bolso dos presidenciáveis Olho por olho No computo geral, a coligação de José Serra foi mais acionada que a de sua adversária no TSE. Até o momento, DEM/PSDB e o candidato contam, juntos, com 36 representações. Dilma Rousseff, Lula e a coligação somam 32 processos. No confronto direto, o PT é mais proativo que o PSDB. O tribunal registra 19 representações diretas do partido contra o adversário. Já o PSDB contabiliza 17 ações contra os petistas. No quesito representação por propaganda antecipada o placar também está apertado: 17 contra a coligação tucana e 13 contra a petista. Durante o final de semana, o TSE decidiu suspender temporariamente o direito de resposta que havia sido conferido ao PT contra o PSDB por declarações do vice-candidato Indio da Costa de que o partido teria ligações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O entendimento inicial do TSE era que as declarações foram ofensivas e que teriam violado a legislação eleitoral. A decisão do tribunal vale até a próxima semana, quando o Plenário do órgão deve julgar a questão. Ricardo Stuckert/PR Adversários na política, Aloizio Mercadante e Geraldo Alckmin são aliados quando o assunto é futebol. Santistas fanáticos, os dois lideraram o lobby por Ganso e Neymar antes da Copa e devem voltar à Vila Belmiro depois da eleição. Já nas pesquisas para o governo estadual, Alckmin segue dando uma goleada: segundo o Datafolha, o tucano tem 49% das intenções de voto contra 16% do petista. BOCA DE URNA SONINHA FRANCINE Coordenadora de internet da campanha de José Serra Juan Guerra/AE O que eu mais quero é ser prefeita Ex-VJ, ex-petista e ex-vereadora, Soninha Francine gostaria de ser candidata ao Senado em São Paulo, mas o projeto acabou implodido por arranjos políticos de seu partido, o PPS. Sem cargo público, ela aceitou o convite de José Serra para gerenciar o conteúdo dos sites da campanha tucana. Em entrevista ao BRASIL ECONÔMICO, Soninha falou o que a levou à nova função. Quais são seus planos políticos? Planeja se candidatar nas eleições de 2012? O que eu mais quero na política é ser prefeita de São Paulo. Mesmo que eu fosse eleita para algum cargo nessas eleições, me candidataria em Eu quero e meu partido me apóia. O plano é esse. Por que aceitou o convite do candidato Serra? Em primeiro lugar, porque ele é meu candidato. Desde meus tempos de MTV, eu digo que só faria campanha para quem recebesse meu voto. Segundo, porque me convidaram para fazer algo de que gosto e que sei fazer. Foi uma união de convicção e conforto. Antonio Milena

15 Segunda-feira, 26 de julho, 2010 Brasil Econômico 15 Reprodução FUNDO DO BAÚ Cabelo ao vento, gente jovem reunida Recém-eleito presidente da UNE, José Serra foi convidado para ser um dos oradores de um comício em homenagem a Getúlio Vargas, em 23 de agosto de 1963, onde o último discurso seria de João Goulart. Esperava-se que os antecessores apoiassem no palanque as propostas do governo. A fala de Serra, no entanto, em vez de apenas apoiar o presidente de esquerda pressionado pela direita, criticou-o também, pois havia rumores de que Jango pretendia uma intervenção antidemocrática nos estados de São Paulo e Guanabara, cujos governadores trabalhavam para derrubá-lo. FALTAM DIAS PARA O 1º TURNO DAS ELEIÇÕES BRANCO CORRIGE CONFIRMA DILMA GANHA REFORÇOS Alessandro Teixeira, da Apex Murillo Constantino Moreira Franco, do PMDB O PMDB escalou Moreira Franco, ex governador do Rio de Janeiro, para compor a coordenação executiva da campanha de Dilma Rousseff. Ele assume a nova função na semana que vem, quando se desliga oficialmente da Caixa Econômica Federal, onde ocupa a vice-presidência de fundos e loterias. A ideia é que eu ajude na mobilização da máquina do PMDB, que tem uma capilaridade muito grande. Vou também organizar a agenda do Michel Temer, diz. Moreira Franco exercerá uma dupla jornada na campanha, uma vez que representa o PMDB no grupo de programa de governo de Dilma. O programa de governo de Dilma Rousseff está sob nova direção. Alessandro Teixeira, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), será o coordenador executivo. Marco Aurélio Garcia continua dando a última palavra, mas ainda não deixou o cargo no governo e tem tido pouco tempo para o projeto. Teixeira, que tirou férias acumuladas de dois meses da agência, é um quadro antigo do PT e tem bom trânsito com empresários. Ele já colaborou nas campanhas de Olívio Dutra para o governo do Rio Grande do Sul, e na do presidente Lula, em Igo Estrela VUVUZELA Ser candidato, além de ser uma grande experiência, deveria ser uma obrigação Cristovam Buarque, senador do PDT Petistas/Lulistas pedem a CRIOGENIZAÇÃO de Lula. Esse twitter repassa o pedido, mas sugere que seja já. Cesar Maia, candidato a senador pelo DEM no Rio A pesquisa é um momento registrado pelos institutos, mas existe outro no mundo real, que é a mobilização da sociedade Marina Silva, comentando o resultado do Datafolha O problema não é saber quem vazou, mas para quem o trabalho foi feito. Como esses dados chegaram a Brasília? Sergio Guerra, presidente do PSDB, sobre o dossiê contra Eduardo Jorge BREVES Gafe 1 Ex-desafeto de José Serra, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que concorre à reeleição, será o coordenador da campanha do tucano no Ceará. Pouco depois de ter aceitado a missão, o parlamentar esqueceu de colocar um banner com a imagem de Serra na inauguração de seu comitê de campanha. Gafe 2 Waldemir Barreto/Agência Senado No Rio de Janeiro, foi o PMDB que esqueceu de incluir a imagem de Lindberg Farias, candidato do PT ao Senado, no material de campanha. O clima ficou ruim. 20 mil É o número de presos provisórios e adolescentes infratores que poderão votar em outubro. Urnas eletrônicas serão instaladas em 424 presídios e unidades de internação em todo o país. Minas Gerais e São Paulo são os estados com mais presos votantes. Leonardo Soares/AE Todo apoio à decisão do Pimentel de processar o Serra Os institutos de pesquisa não se entendem quando o assunto é a eleição presidencial. Na sextafeira, o Vox Populi mostrou Dilma com 41% das intenções de voto, oito pontos à frente de Serra (33%). Já o Datafolha mostrou os dois em empate técnico, no sábado: 37% para Serra e 36% para a candidata do PT. Guerra de números Não acha que trabalhar para José Serra pode comprometer sua imagem de contestadora? Sou contra pensar que os eleitores vão deixar de acreditar que defendo a juventude só porque apóio o Serra. Além disso, qualquer escolha é um ganha e perde, mas eu não deixaria de defender o que acredito porque algumas pessoas vão gostar menos de mim. A polêmica declaração do candidato a vice de Serra, Indio da Costa, sobre a relação do PT com as Farc, foi feita em um site do PSDB, o Mobiliza. Depois da repercussão, eles retiraram o material do ar. O que achou do episódio? Eu não vi o vídeo. Mas o Mobiliza é um núcleo próprio, e não um movimento oficial da campanha. Não sou eu que coordeno. Não sei se o que acho sobre isso tem muita importância. A decisão de tirar do ar foi boa, mas se tivessem deixado também seria. Pretende promover ações virais nas redes sociais? Esse papel é mais do Mobiliza mesmo. Eu não daria conta. Ed Ferreira/AE José Eduardo Dutra, presidente do PT apoiando, no Twitter, a decisão do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel de processar Serra por tê-lo acusado de elaborar dossiê contra Eduardo Jorge Antes só O PCdoB comemora. Até o momento, Flavio Dino é o único entre os candidatos ao governo do Maranhão com a candidatura deferida pela Justiça Eleitoral. O PT maranhense não lançou candidato próprio e está dividido entre o próprio Dino e Roseana Sarney (PMDB). O imbróglio motivou até greve de fome de dois dirigentes históricos da legenda, Manuel da Conceição e Domingos Dutra. Editada por Pedro Venceslau pvenceslau@brasileconomico.com.br

16 16 Brasil Econômico Segunda-feira, 26 de julho, 2010 BRASIL DESENVOLVIMENTO 1 Universalização de saúde e educação ajuda a conter desigualdade no Brasil O estudo inédito do Programa da ONU para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado sexta-feira em Brasília, mostra peculiaridades do Brasil na medida de desigualdade na América Latina, a maior entre todas regiões do globo. Conforme o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o país é um dos mais desiguais economicamente, mas a sua universalização da saúde e da educação amortecem parte desse impacto no balanço final. Divulgação DESENVOLVIMENTO 2 Nível de escolaridade é herança familiar para a geração seguinte O Pnud revela que a escolaridade de uma geração está diretamente relacionada com a da geração anterior. Assim, pais que cursaram faculdade tendem a ter filhos matriculados no terceiro grau. Na média, os brasileiros influenciam em 55% na educação dos filhos. As famílias têm peso na manutenção da desigualdade no mesmo local. Casamentos entre pessoas de mesmo nível escolar também favorecem a imobilidade. Licitações de obras dobram no 1º semestre Henrique Manreza Arrecadação em alta e ano eleitoral explicam crescimento de 95% dos certames Daniel Haidar, do Rio de Janeiro dhaidar@brasileconomico.com.br Governantes das mais variadas esferas do poder pavimentam os rumos do segundo semestre de 2010, início oficial do período de campanha eleitoral para o pleito de outubro. Com alta de arrecadação de tributos, a quantidade de licitações de obras de construção civil (edificações e reformas de imóveis) praticamente dobrou entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2010, de acordo com levantamento exclusivo realizado pela empresa Conlicitação para o BRA- SIL ECONÔMICO. A empresa especializada em publicidade de licitações monitora diariamente 152 diários oficiais, 445 boletins e informativos de prefeituras, 183 jornais de grande circulação e sites governamentais. No primeiro semestre de 2010, foram divulgadas licitações de obras feitas por prefeituras, governos estaduais e principalmente pelo governo federal. No mesmo período de 2009, em que houve queda de 44% em licitações em relação a 2008, só foram divulgados certames de construção civil. O lançamento de licitações de obra sempre cresce em ano de eleição, de acordo com o levantamento da Conlicitação. Em 2006, a quantidade de editais de obras de edificações divulgados no primeiro semestre dobrou (alta de 101%), para certames iniciados no período, após uma queda de 23% nesse intervalo de 2005 sobre Este ano também aumentou o lançamento de editais na área de infraestrutura urbana, com obras de pavimentação e construção de pontes, como acontece em todo ano eleitoral desde pelo menos 2004, início da série histórica da pesquisa da Conlicitação. As licitações de infraestrutura cresceram 146% no primeiro semestre do ano, depois de uma queda de 60% no mesmo período de Houve aumento no número de licitações, mas grandes projetos, como portos, aeroportos e estradas, não têm saído, exceto energia elétrica Lauro Celidônio Neto, advogado especialista em licitações e compras do setor público De maneira geral, as licitações, de todos os tipos possíveis, cresceram 20% na primeira metade do ano, ou concorrências. Além do interesse eleitoral de lançar o maior número de obras antes do segundo semestre, já que desde 3 de julho nenhum candidato à eleição pode inaugurar obras públicas, a economia também motivou essa explosão de licitações, na opinião de especialistas.o aumento de arrecadação estimulou os gastos públicos. As receitas de ICMS, por exemplo, aumentaram 17% em valores correntes, para R$ 126,3 bilhões no acumulado de janeiro a maio. Na União, a arrecadação de recei- Sonia Moura, diretora-superintendente da Conlicitação: ano eleitoral aumenta a quantidade de processos tas federais subiu 13,3% também entre janeiro e maio de É evidente o crescimento de licitações em ano eleitoral, diz a diretora-superintendente da Conlicitação, Sonia Moura. O advogado Lauro Celidônio Neto, sócio do Mattos Filho, avalia que ainda há muitos projetos a serem lançados, até porque a maioria dos editais das obras necessárias para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 estão atrasados. Grandes projetos como portos, aeroportos e estradas não têm saído, exceto energia elétrica, diz Celidônio Neto, especialista em compras do setor público. A DISPARADA DA CONSTRUÇÃO CIVIL Lançamento de licitações como um todo cresceu 20% em média entre 2009 e % % % SANEAMENTO CONSTRUÇÃO PAVIMENTAÇÃO *1º semestre Fonte: Conlicitação 45% ILUMINAÇÃO * 2010* 20% TOTAL

17 Segunda-feira, 26 de julho, 2010 Brasil Econômico 17 DESENVOLVIMENTO 3 Vizinhos sul-americanos superam Brasil na distribuição de renda Com bons níveis de escolaridade e índices de desenvolvimento humano, Argentina e Uruguai tendem a melhorar no ranking de desigualdade nas próximas avaliações. Uma eventual melhoria na distribuição de renda entre os uruguaios pode colocá-los à frente dos argentinos pela primeira vez. Pelo índice de desigualdade Gini - que piora ao se aproximar de 1,0 - o placar está 0,48 (Argentina) a 0,45 (Uruguai). O Brasil tem 0,56. Divulgação TELEFONIA E BANDA LARGA Audiência pública para metas de qualidade nas telecomunicações fica para agosto A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) marcou para o dia 11 de agosto a audiência pública sobre a revisão da qualidade do serviço móvel. Além de impor regras mais rígidas para a telefonia celular, essa revisão cria metas de qualidade para a banda larga móvel. Depois da consulta pública, o regulamento voltará para a agência para analisar as alterações sugeridas. O regulamento entrará em vigor 180 dias depois da publicação. Nova MP flexibiliza regras do processo Medida permite que empresas nacionais saiam vitoriosas mesmo com produto mais caro Segundo advogados, mudanças impostas pela nova legislação praticamente criam um novo regime de licitações no país O governo federal facilitou ainda mais as compras públicas com a publicação da Medida Provisória (MP) 495, divulgada na semana passada. Como toda MP, o texto terá de ser analisado pelo Congresso Nacional, que poderá alterar a proposta original do governo. Mas, de acordo com a nova legislação desejada pelo governo, a Lei de Licitações fica alterada e passa a permitir que contratações públicas firmadas em setores de defesa nacional e nas Forças Armadas podem ser feitas sem a necessidade de licitação e durar até 10 anos. Mas talvez a mudança mais polêmica da MP 495 é o incentivo à contratação de produtos e serviços produzidos no Brasil. Isso porque, nas licitações, passaria a ser permitido a escolha de uma proposta com preço até 25% superior se o fornecedor for brasileiro. A faixa de variação admitida por produto ou serviço seria variável, conforme o setor de produção e a mercadoria, e o governo federal ainda teria de regulamentar. Para a advogada Marcia Buccolo, especialista em direito público do Edgard Leite Advogados, essa mudança cria praticamente um novo regime de licitação, já que nem sempre a proposta de menor preço, como o habitual na maioria das licitações por critério de preço, passa a ser a vencedora. Bastaria a empresa ser nacional para vencer o certame com preços ligeiramente superiores ao mais barato de uma concorrente estrangeira. A medida afetaria bastante, por exemplo, a venda de material de escritório, normalmente dominada por empresas chinesas. A partir da nova Medida Provisória tal conceito foi flexibilizado: a proposta de menor preço dentre todas as oferecidas poderá não ser a vencedora, diz a advogada. As compras governamentais já tinham sido facilitadas para obras e serviços da Olimpíada de 2016, da Copa do Mundo de 2014 e da Infraero na MP nº 489, também à espera de votação no Congresso. Essa medida admite que primeiro o órgão público classifique as propostas por preço e só depois por documentação e capacitação técnica. D.H. Ministério Público cria grupo de fiscalização Para evitar que as variadas esferas de governo envolvidas nas licitações realizem compras superfaturadas, como aconteceu nos Jogos Panamericanos de 2007, o Ministério Público Federal criou um grupo de 12 procuradores para atuar preventivamente na análise dos editais e fiscalização das compras públicas. O procurador Vinicius Panetto explicou que o grupo de trabalho deve concluir a análise das MPs nos próximos meses. Verificamos se tem algum vício de constitucionalidade, explicou Panetto, da Procuradoria Regional da República no Rio de Janeiro. D.H.

18 18 Brasil Econômico Segunda-feira, 26 de julho, 2010 INOVAÇÃO & EDUCAÇÃO TERÇA-FEIRA EMPREENDEDORISMO QUARTA-FEIRA GESTÃO Giz privado risca quadro-negro Empresários adotam escolas do estado de SP através da Associação Parceiros da Educação, e alunos melhoram as notas EMPRESÁRIO JAIR RIBEIRO DESPERTOU OS COLEGAS PARA Conrado Mazzoni cmazzoni@brasileconomico.com.br Projeto garante condições de fazer um trabalho mais minucioso, analisando o diagnóstico de problemas e implementando o apoio organizado O desafio gigantesco da educação no país ganharia contornos mais críticos sem o apoio da sociedade. Esta percepção ocorreu a um grupo de empresários há mais ou menos cinco anos e eles, inspirados na experiência de Jayme Garfinkel na Escola Estadual Etelvina de Goés Marcucci, na comunidade Paraisópolis, há 19 anos, e liderados por Jair Ribeiro, resolveram colocar a mão na massa. Literalmente, valorizar aqueles que pegam no giz na rede pública de ensino do estado de São Paulo. Os resultados das escolas adotadas pela Associação Parceiros da Educação provam o êxito dessa iniciativa junto à formação dos professores. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), alusivo a 2009, mostrou que 92,3% das escolas parceiras pertencentes ao ciclo I (1º ao 5º ano) apresentaram índice acima da média nacional (4,6). No caso do ciclo II (6º ao 9º ano), foram 52,9% do total. Para se chegar a essas notas, há algumas etapas. A parceria ocorre a partir das necessidades da escolas, definidas junto com à direção e aos professores. Cadastradas na Associação, elas aguardam serem selecionadas pelos empresários. Estes, por sua vez, se comprometem com um trabalho de ao menos cinco anos, com investimentos que variam entre R$ 100 mil e R$ 200 mil ao ano. Inicialmente, a verba costuma ser direcionada à infraestrutura, uma forma de mostrar um cartão de apresentação e sedimentar um processo de confiança. Depois, o mais importante: o apoio pedagógico. Cursos de especialização em língua portuguesa, matemática, entre outros são oferecidos aos docentes, bem como um reforço escolar aos alunos. A prioridade é fazer uma avaliação dos alunos, porque percebemos que estão muito atrasados em termos de aproveitamento, e muitos nem são alfabetizados, afirma Lúcia Fávero, diretora executiva da Associação. Dessa forma, é possível identificar os principais problemas para organizar o investimento na pedagogia. Hoje, são 90 escolas atendidas e a meta é chegar a 160 ao fim do ano. Se os cursos atraem bons professores e reduzem a rotatividade, melhorias nas salas de informática e de leitura desempenham papel importante para tornar a escola mais atrativa e mitigar a evasão. Um exemplo é a Escola Estadual Francisco Fusco, no Campo Limpo, que tem como parceiro o Grupo ABC, de Nizan Guanaes, desde Em 2007, o índice de evasão dos ensinos fundamental e médio passava de 10%. Hoje está abaixo de 2%. O saldo no Ideb subiu de 3,2 para 4,2. A escola era o patinho feio do bairro. Está situada no entorno de quatro favelas, possuía esgoto a céu aberto. Ema dia de chuva, chovia dentro da sala, parava a aula. Ele reformou tudo, colocou um ambiente enorme de informática, está implantando lousa interativa, e os alunos começaram a ter aulas diferentes. É assustadora a melhora, diz Lúcia. A parceria precisa de quatro braços. A diretoria da escola faz a diferença. Os dois lados precisam estar interessados, lembra Ana Maria Diniz, coordenadora da Associação. DUAS PERGUNTAS A......ANA MARIA DINIZ Eduardo Knapp/FolhaPress Coordenadora da Associação Parceiros da Educação Poderemos influenciar as políticas públicas Membro do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, Ana Maria adotou a Escola Estadual Presidente Roosevelt, no bairro da Liberdade, em São Paulo. Tentamos passar a ideia da cultura de resultados, centrada no aprendizado, destaca. Quais seriam os pilares de uma política consistente de melhoria na educação do país? Investir na carreira para formação de professores. Não só no conteúdo, mas com elementos na sala de aula para se conectar às novas ferramentas dos alunos. Montamos a sala de informática, mas tem professor com graves dificuldades de domínio do computador. É preciso atrair gente de mais qualidade, e isso passa por salário maior. O outro ponto é gestão. Investimento na carreira de direção das escolas. Muitos são ex-professores promovidos à posição sem saber ser um líder. As escolas públicas precisam ser bem administradas. Olhando lá na frente, como espera ver a Associação? Temos o sonho de ter 500 das escolas do estado (menos de 10% do contingente total de mais de 5,3 mil escolas). Tivemos grandes conquistas recentes. Todas as escolas adotadas há mais de dois anos superaram a média do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp). É um progresso longo, ainda tem muita resistência dos próprios professores. O governo usa os cases da associação para fazer experiências. Se atingirmos esse contingente, poderemos influenciar as políticas públicas.

19 Segunda-feira, 26 de julho, 2010 Brasil Econômico 19 QUINTA-FEIRA SUSTENTABILIDADE SEXTA-FEIRA TECNOLOGIA da escola pública RYON BRAGA Presidente da Hoper Educação Divulgação O PROJETO Rafael Neddermeyer Em algum momento, escola e empresário precisarão seguir cada um seu caminho. Os parceiros sabem dissso. Nossa visão é que a escola deve crescer e criar autonomia. Desenvolvemos ações nesse sentido, explica Lúcia Fávero (à esq.). De fato, o conhecimento dos professores e os avanços de gestão são permanentes. Até o fim deste ano, a EE Alcides da Costa Vidigal deverá ser a primeira a se desligar, completando cinco anos de trabalho. Essa escola já tem nota 6,5 no Ideb, e direção, coordenação e professores trabalham com muita autonomia, assegura ela. Esse tipo de parceria já está inspirando empresários de Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Goiás e Ceará. Redes sociais em sala de aula versus dinossauros em ação Uma inovação que começou em universidades da Europa e hoje se espalha por todo o mundo é o uso das redes sociais na educação. De forma complementar muitos estudantes já as utilizam, mas como ferramenta de uso diário em sala de aula ainda é uma novidade no Brasil. Antes de explicar melhor o uso das redes sociais é preciso lembrar a tendência quanto ao uso da tecnologia em sala de aula. Não se pode conceber o computador (desktop, notebook, netbook ou ipad) como ferramenta a ser usada no laboratório de informática em aulas específicas. O computador é o lápis de ontem, precisa acompanhar o aluno todos os dias, o tempo todo. Em algumas universidades europeias, os alunos, equipados com computador em sala, são incentivados pelo professor a se conectarem nas redes sociais acadêmicas durante a aula para ampliarem a discussão que ocorre em sala e colherem opiniões e informações diversas. As redes sociais acadêmicas são formadas por comunidades com interesses específicos em determinadas áreas do saber. Em um curso de administração, por exemplo, encontramos comunidades de marketing, de finanças, Ensino participativo e construção coletiva de conhecimento começam a ganhar corpo no mundo educacional, aproximando o universo do conhecimento do modelo de ser e de viver da Geração Y de estratégia, de gestão de pessoas, de liderança, entre outras. A construção do conhecimento é liderada pelo professor em sala de aula, mas ampliada pelas inúmeras trocas de informações e experiências entre as pessoas conectadas em rede. Em alguns lugares, além das redes sociais, os alunos utilizam também a Wikipédia e os sites de busca em plena aula. Passamos do modelo de aula expositiva, na qual o professor explica, o aluno presta atenção, toma nota e, quando muito, interrompe o professor para tirar alguma dúvida, para um modelo participativo, no qual o professor propõe as questões a serem discutidas e as respostas são construídas de forma coletiva, com o auxílio da web e de centenas de outras pessoas de qualquer lugar do mundo, conectadas através das redes sociais. Já existem vários relatos de casos onde alunos conectados na internet em aula fazem contato com o próprio autor da teoria que está sendo explicada pelo professor; com o dirigente da empresa que está sendo usada na ilustração de um caso; com um especialista de referência no tema específico que está sendo discutido; com pessoas que já viveram a situação descrita em aula; e muitos outros exemplos que atestam a riqueza da interação proporcionada pelas redes sociais e a comunicação on-line. Na contramão da evolução do ensino, há muitas escolas e universidades no Brasil que ainda proíbem o aluno de usar notebook em sala e de se conectarem à internet durante as aulas. São verdadeiros dinossauros da educação que ainda vivem o antigo modelo de ensino baseado na retransmissão de informações de segunda mão. Ensino participativo e construção coletiva do conhecimento começam a ganhar corpo no mundo educacional, aproximando o universo do conhecimento do modelo de ser e de viver da Geração Y.

20 20 Brasil Econômico Segunda-feira, 26 de julho, 2010 ENCONTRO DE CONTAS LURDETE ERTEL Quase em casa Reprodução Turistas do Brasil foram os visitantes estrangeiros que mais engordaram os gastos em viagens a Portugal neste ano. Entre janeiro e maio, os brasileiros fizeram a festa do setor turístico português, deixaram por lá 87,9 milhões em divisas. A cifra representa alta de e 68,1% em relação a igual período do ano passado. Só em maio, os gastos de brasileiros em visita à terra dos patrícios aumentaram 86%. A cor do dinheiro sacado da carteira em Portugal pelos turistas do Brasil teve brilho mais intenso até do que os dos outrora generosos americanos. Segundo o organismo que monitora o setor, em 2009 Portugal foi o destino eleito por 585,4 mil viajantes do Brasil. Estes turistas somaram gastos na casa dos 194,7 milhões em território português. Estreante veterano Entrou na fase de acabamentos a construção do primeiro empreendimento assinado pelo arquiteto carioca Oscar Niemeyer na Espanha. O Centro Cultural está sendo erguido em Avilés, Principado de Astúrias, com projeto doado à Fundação Príncipe de Astúrias como agradecimento ao prêmio recebido pelo brasileiro em Com custo de 30,5 milhões, a obra deve ser concluída em dezembro e abrir ao público em março de Aos 102 anos, Niemeyer quer ir à Espanha no fim do ano para entregar a obra, que considera a mais importante de seus projetos recentes. E uma das que mais lhe dá alegria, segundo escreveu. Com área construída de 14,3 mil m², o complexo terá auditório para 900 espectadores, espaço de exposição de 4 mil m², mirante e edifício polivalente que abrigará cinema, salas de ensaio e de conferências. No exterior, há uma praça central para espetáculos e atividades ao ar livre. Arrancada O projeto da montadora da Toyota em Sorocaba (SP) esteve no centro da mesa de uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, na última semana. O encontro ratificou a destinação de investimentos de R$ 100 milhões em obras viárias e de infraestrutura para viabilizar a implantação da fábrica da Toyota e do Parque Tecnológico. A expectativa da prefeitura de Sorocaba é de que as obras de construção da fábrica de US$ 600 milhões sejam deflagradas em setembro. Decolagem Já no Ceará, devem ser iniciadas em agosto as obras de construção do Aeroporto Regional de Jericoacoara, assediado ponto turístico do litoral do Estado. A empreitada está orçada em R$ 44 milhões. O consórcio Contern-SBS venceu licitação para tocar o projeto, retardado por problemas ambientais. Lavanderia entre copos, taças e pratos Restaurantes, cafés e bares são os negócios preferidos da máfia na Itália para lavagem de dinheiro criminoso, confirmou estudo publicado pelo La Repubblica. Organizações mafiosas controlam 5 mil estabelecimentos do gênero no país, empregando 16 mil pessoas. Em Roma e MIlão, um de cada cinco restaurantes está nas mãos de grupos da Máfia. Geralmente, são endereços luxuosos e elegantes, que justifiquem o giro de altas cifras. É o caso do famoso Café de Paris (foto), histórico ponto gastronômico de Roma comprado em 2008 pela Ndrangheta, máfia da Calábria. Eternizado no filme Dolce Vita, o café acabou confiscado pela Justiça italiana depois que se descobriu quem era o novo dono. Teerã espera ter astronautas no espaço em breve, e, em resposta às resoluções do nosso inimigo, foi decidido que o nosso projeto será antecipado em cinco anos Mahmoud Ahmadinejad, presidente iraniano, sobre o lançamento de seu primeiro ônibus espacial tripulado.

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