A inovação será a tônica do segmento de tecnologia

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1 Ano 7 - Nº 52 - Setembro 2012 Membro da Tendência A importância da oratória e as habilidades necessárias para falar bem em público, por Luiz Cláudio Riantash. Pág. 04 Foto: Henrique Ribas Foto: Anne Chaves Bate-papo Incentivar a busca constante pela excelência ou dar-se por satisfeito com resultados apenas bons? O DNews bate um papo com o consultor Scher Soares sobre a inversão contemporânea do bordão O bom é inimigo do ótimo. Pág. 05 A inovação será a tônica do segmento de tecnologia As empresas precisarão ser cada vez mais competitivas e se apoiarão fortemente na tecnologia para suportar o aumento de produtividade, garante Arnaldo Xavier, diretor regional da TOTVS, empresa líder no desenvolvimento de sistemas de gestão integrada no Brasil. Pág. 02 Editorial Dasein 16 anos: as conquistas já alcançadas e a expectativa para os próximos anos, por Adriana Prates. Pág. 03 Foto: Divulgação Dasein na Mídia Adriana Prates, presidente da Dasein, foi uma das especialistas em matéria da Revista Você S/A sobre a importância da aparência no universo corporativo. Págs. 06 Dasein na Mídia Matéria do jornal Brasil Econômico com a participação de Paulo Ângelo, conselheiro da Dasein, aborda a sucessão em empresas familiares. Pág. 07 Fale Conosco: dasein@dasein.com.br

2 Entrevista 25 empresas em uma Fundada em 1983, a TOTVS, empresa de software, serviços e tecnologia, é a sexta maior desenvolvedora de sistemas de gestão integrada (ERP) do mundo. É líder absoluta no Brasil, com mais de 50% de participação de mercado, e líder também na América Latina. A TOTVS se consolidou a partir da incorporação de outras 25 empresas, e fornece soluções em dez segmentos distintos. É também, conforme informa em seu site, a única companhia latino- -americana que dispõe de plataforma tecnológica própria para desenvolver seus softwares assim como informa que foi a primeira do setor de Tecnologia da Informação (TI) da América Latina a fazer o IPO no novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA). A construção do sucesso deve-se a vários fatores, entre eles a capilaridade do sistema de distribuição dos produtos e a oferta de soluções customizadas para diferentes portes de empresa. Em face deste cenário, o DNews entrevista nesta edição Arnaldo Xavier, diretor da TOTVS em Minas Gerais. Formado em Engenharia Mecânica/Térmica pela Universidade Gama Filho, Arnaldo tem MBA em Marketing pela Fundação Getulio Vargas e participou do Programa de Desenvolvimento Gerencial da Ibmec Business School. Atualmente, participa do MBA Interno da TOTVS, cujo objetivo é fortalecer as competências e o planejamento sucessório de acordo com os padrões da empresa. DNEWS Como a TOTVS consegue desenvolver soluções customizadas para empresas de portes e segmentos tão distintos? ARNALDO XAVIER A liderança da TOTVS no mercado de empresas de médio e grande porte se deve a um eficiente e abrangente mecanismo de distribuição, que possibilita a cobertura em todo o Brasil e nos principais países da América Latina. Adicionalmente, as franquias da TOTVS são sempre operadas por meio de empreendedores locais, o que agrega, além de maior rapidez, conhecimento local e capilaridade para os nossos negócios. Além disso, a TOTVS segmentou as suas soluções para dez principais segmentos (Construção e Projetos, Distribuição e Logística, Agroindústria, Jurídico, Educacional, Financial Services, Manufatura, Saúde, Serviços e Varejo). Com isso, conseguimos atender de maneira mais aderente o mercado em suas necessidades cada vez mais específicas e ao core business de cada segmento, independente da maturidade de gestão de nossos clientes. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o mercado brasileiro de TI teve crescimento de 11,3% em 2011, em comparação com o ano anterior. Para 2012, a International Data Corporation (IDC) estima que o mercado brasileiro de TI registrará expansão de 8,8% em relação ao ano passado. A expectativa é de que o segmento de hardware cresça 7,2% e o de software, principal foco da TOTVS, 11,4%. Recentemente, durante o Congresso Bits 2012, o diretor sênior de Software da Intel, Kumar Balasubramanian, enalteceu o mercado brasileiro. A preocupação em usar aplicações locais dá um diferencial ao software brasileiro. Aqui, ele é pensado para criar facilidades para o mercado interno. E isso o habilita para ir a outros mercados, disse. DNEWS O que esperar do setor de tecnologia para os próximos anos? AX A inovação será a tônica do segmento, pois as empresas precisarão ser cada vez mais competitivas e se apoiarão fortemente na tecnologia para suportar o aumento de produtividade. A TOTVS é a única companhia latino-americana que dispõe de plataforma de tecnologia e infraestutura própria para desenvolver seus softwares, que chamamos de TOTVS Platform. Essa plataforma suporta o desenvolvimento de todo o portfólio de produtos que envolvem gestão, negócios e colaboração, garantindo a independência tecnológica da companhia e oferecendo diversas linguagens de desenvolvimento e ambientes de execução próprios. Essas características permitem que os produtos da TOTVS sejam compatíveis com qualquer plataforma de hardware, banco de dados ou modelos de processamento. Na prática, isso significa que qualquer software TOTVS pode ser instalado em qualquer máquina, independente do sistema já existente. DNEWS A demanda por profissionais de Tecnologia da Informação tem sido cada vez maior. Como a TOTVS faz para ter em sua equipe profissionais qualificados, especialmente os de TI? AX Uma das ações é o projeto TOTVS nas Universidades, cujo objetivo é favorecer a contratação de candidatos por meio de parcerias. Em Minas, por exemplo, optamos por parceiros como a PUC Minas, o Cotemig e a Universidade Fumec. Além disso, buscamos profissionais no mercado e oferecemos capacitação interna. Essa capacitação tem início no momento de integração do funcionário, quando o novo membro é apadrinhado e conhece as regras da empresa. Além de oferecer incentivo acadêmico para atualização profissional em outras instituições, a TOTVS promove treinamentos e-learning sobre novidades de mercado, tendências e novas formas de linguagens de programação. Incentivamos também a busca por atualização. Recentemente, por exemplo, realizamos um concurso interno e, depois de vários workshops sobre as novidades de uma nova tecnologia, os participantes foram estimulados a desenvolver seus próprios aplicativos. A iniciativa premiou os melhores desenvolvedores e disseminou conhecimento dentro da empresa. DNews Existe alguma peculiaridade do mercado mineiro em comparação com o restante do país? Conte-nos um pouco sobre a atuação da unidade Minas Gerais da TOTVS. AX A TOTVS Minas Gerais é a união das franquias Microsiga e Datasul, sendo também a principal unidade de desenvolvimento e comercialização da antiga RM Sistemas. A unidade conta com aproximadamente 850 membros. O mineiro tem a característica de estudar bem o fornecedor, mas, a partir do momento em que ele acredita na empresa, os negócios são feitos em uma velocidade maior. Cada região tem uma cultura própria. A TOTVS acredita que para se ter sucesso nesses mercados e atuar de forma mais aderente precisamos entender suas peculiaridades e características. Foto: Henrique Ribas 2

3 Editorial Dasein 16 anos: um número a ser celebrado! * Adriana Prates Dasein 16 anos: um marco importante para uma organização que conseguiu, ao longo do tempo, conquistar seu espaço no seleto segmento de executive search, estando hoje entre as 20 empresas brasileiras que mais se destacam no cenário nacional e internacional. Ser uma das empresas certificadas pela Association of Executive Search Consultants (AESC) mostra que os nossos padrões de atuação estão entre os melhores do mundo, o que nos permite atender com excelência os diversos segmentos da nossa economia, motivo de orgulho e realização. Nossos números nos motivam e também nos enchem de alegria: Há mais de 5 anos temos crescido a uma razão média de 80% ao ano. Já estamos trabalhando há 5 anos com 100% de sucesso em todos os projetos por nós conduzidos. Ou seja, a cobertura que oferecemos aos clientes de reposição de profissionais que não se adaptaram no prazo previsto não é acionada há 5 anos. Foto: David Braga Ser uma das empresas certificadas pela AESC mostra que os nossos padrões de atuação estão entre os melhores do mundo, o que nos permite atender com excelência os diversos segmentos da nossa economia, motivo de orgulho e realização A indústria de executive search foi desenvolvida nos Estados Unidos na década de 1950, chegando ao Brasil na década seguinte. Já nessa época, tornou-se uma importante referência para identificar grandes líderes, responsáveis pelo Brasil dos nossos dias, que figura como sexta potência econômica global. Fica claro, portanto, que somente uma consultoria de executive search de altíssimo nível pode oferecer com segurança e responsabilidade os profissionais que irão transformar crenças e valores em resultados, dando continuidade, assim, a um ciclo de crescimento que durará por muitos e muitos anos. Isso é fruto de um trabalho que se sustenta na tecnologia, na forma quase artesanal de se conduzir cada projeto e na precisa análise da cultura de nossos clientes, tornando esse fit cultural uma sólida referência que assegura compatibilidade e aderência de novos profissionais aos novos desafios. Devemos tudo isso a nossa incansável busca pela perfeição, pela constante escuta dos nossos clientes e pela dedicação do nosso time que é alinhado ao propósito de apresentar aos nossos clientes líderes que possam oferecer mais que experiência, competência Fica claro, portanto, que somente uma consultoria de executive search de altíssimo nível pode oferecer com segurança e responsabilidade os profissionais que irão transformar crenças e valores em resultados e formação. Líderes efetivamente engajados a construir um mundo melhor para esta e várias outras gerações! Por essa razão, costumamos dizer: Viva como se hoje fosse o primeiro dia da sua vida. Assim, asseguramo-nos de que você estará na cena desse mundo para usufruir dos benefícios ou das consequências das ações outrora realizadas, colaborando para estimular o comprometimento, a seriedade, a ética e a disciplina, fatores tão essenciais neste admirável novo Brasil. Seguimos em frente, rumo aos 30, 100 anos, atuando com cobertura em todo território nacional e capilaridade para executar projetos em mais de 74 países! As parcerias internacionais estão sendo cada vez mais estabelecidas, tudo isso para continuar a oferecer o nosso melhor a você, que nos contrata, a você que caminha diariamente conosco, e a você, que busca uma opção segura de uma empresa valorosa quando o desafio é trazer as pessoas mais incríveis e competentes para a sua organização! Conte conosco sempre. É o poder ser! Isso é a Dasein! 3

4 Tendência As habilidades para falar em público * Luiz Cláudio Riantash A oratória é uma arte milenar. O conhecimento técnico já não é mais o diferencial, e sim como o profissional consegue expressar o seu saber. Em qualquer área, quanto mais uma pessoa cresce profissionalmente, mais vai precisar se comunicar bem. As pessoas que falam bem em público são, normalmente, vistas como líderes e conseguem o respeito e a admiração dos demais, já que se mostram preparadas para representar as ideias de uma equipe ou de uma comunidade. O talento natural facilita o desempenho, mas a competência da comunicação pode ser amplamente desenvolvida, quando se tem comprometimento e disciplina para trabalhar habilidades. A autoconfiança é a primeira delas. Até mesmo os atores mais experientes sentem um friozinho na barriga antes de entrar no palco. A diferença é a atitude de cada um em relação ao medo. O escritor e filósofo Suryavan Solar diz: Se você sentir medo, sorria e dê um passo adiante. Ou seja, o que cura o medo é a ação. Por isso, é fundamental se preparar mentalmente para que o momento da fala seja o mais natural possível. Com tantas informações e estímulos visuais, as pessoas têm mais dificuldade em se concentrar. Por isso é necessário colocar o coração naquilo que se fala e comunicar com emoção. Os olhos precisam brilhar de entusiasmo, para envolver as pessoas de verdade. A terceira habilidade é ser carismático. Com magnetismo pessoal, é possível fazer o ordinário se transformar em extraordinário. Um dos maiores oradores do mundo, o presidente americano Barack Obama, certa vez foi discursar no Rio de Janeiro e, nos seus primeiros minutos, disse algumas frases em português, como Oi, Rio de Janeiro, Boa-tarde a todo o povo brasileiro e Olá, Cidade Maravilhosa. Tudo isso com sorriso e simpatia. Mais importante do que o que se fala é o como se fala. Segundo o psicólogo e pesquisador da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, Albert Mehrabian, 55% do impacto da fala estão na expressão corporal, 38%, no tom da voz e apenas 7% estão nas palavras que são propriamente ditas. Por isso a expressividade de um grande orador envolve gestos de maneira congruente para dar vida às suas ideias. A imagem pessoal também se torna essencial para causar uma boa primeira impressão. São nos três primeiros minutos que uma pessoa define de 60% a 80% da percepção sobre quem se apresenta. As pessoas que falam bem em público são, normalmente, vistas como líderes e conseguem o respeito e a admiração dos demais, já que se mostram preparadas para representar as ideias de uma equipe ou de uma comunidade Como o tempo e a concentração são recursos escassos no mundo corporativo, os oradores prolixos ficaram fora de moda. Estima-se que, em breve, as palestras motivacionais, que hoje têm duração média de 1h15 a 1h30, passem para 45 minutos em média. Quem é objetivo fala pouco e comunica muito. Senso de humor é muito importante. Uma das coisas que o público mais grava na memória são os casos engraçados. Uma história boa, rápida, nova e ainda relacionada ao tema atrai a atenção. O ideal é treinar antes. Piadas são bem-vindas, desde que não sejam exageradas nem causem constrangimento. E a última habilidade é o espírito de serviço, que é a capacidade de usar a comunicação para ajudar as pessoas, sem intuito principal de autopromoção. Um orador autêntico compartilha sua mensagem com o propósito de agregar valor à vida das pessoas. Antes de realizar alguma apresentação em público, o orador deve se perguntar o que quero entregar, qual é o propósito e como posso ser útil às pessoas por intermédio desse recado. As respostas vão definir o objetivo e o foco. Sabendo que a prática e a persistência levam ao aprimoramento, o líder precisa agarrar todas as oportunidades de usar a oratória. Falar em público permite enfrentar medos, adquirir segurança e confiança pessoal. Ele sempre volta mais corajoso após se expressar para outras pessoas. Um bom curso de oratória e reciclagem também são importantes para o aperfeiçoamento. Ter um mentor ajuda muito, serve como apoio e referência para feedbacks. O grande comunicador está sempre se avaliando e se adaptando ao ambiente. * Luiz Cláudio Riantash é diretor da Humanni Assessoria e Treinamento Pessoal, professor de cursos de oratória e desinibição para mais de 2 mil pessoas. Já atuou como professor de Graduação e Pós-Graduação da Fundação Getulio Vargas. É formado em administração pela Universidade FUMEC, MBA em Gestão de Pessoas pela Fundação Getulio Vargas e Master Coach pelo Coaching Express CB. É membro da equipe internacional de instrutores de Coaching Express Condor Blanco, instrutor do Seminário Internacional Lider Coaching e especialista em Coaching de Equipes. Foto: Anne Chaves 4

5 Bate-papo O bom e o ótimo: quem é inimigo de quem? 5 O bordão O bom é inimigo do ótimo foi cunhado no sentido de incentivar a busca pela excelência, na contramão da aceitação cada vez mais constante do bom como uma consequência inevitável de processos cada vez mais velozes. Não tardou, porém, para que surgisse O ótimo é inimigo do bom, inversão criada para tratar da dificuldade que algumas pessoas e organizações têm de partir para a implementação. O ótimo é inimigo do bom defenderia, assim, a aceitação ocasional de resultados menos excelentes sob o pretexto de que, na efemeridade do mundo contemporâneo, a busca sem exceções pelo ótimo pode fazer com que muitos projetos e iniciativas que já estavam de fato bons sejam abandonados antes de alcançarem a excelência, assim nunca vindo a ser implementados, transformados em realidade. Com efeito, a velocidade do mundo contemporâneo somando-se à força que as frases de efeito ganharam dentro das organizações contemporâneas tem feito inclusive com que certos gestores usem os bordões com os sentidos inversos, como, por exemplo, dizendo o bordão original, o bom é inimigo do ótimo, mas com o intuito de valorizar exatamente o bom e não o ótimo. Para falar sobre este cenário, o DNews convidou o consultor, coach executivo, trainer em programação neurolinguística e analista transacional Scher Soares para um bate-papo. DNews - A inversão de sentidos tratada na introdução nos dá uma boa medida da busca por argumentos célebres que validem uma prática já arraigada na empresa prática esta que muitas vezes é negativa para o próprio negócio. Em sua visão, quais são os impactos de uma postura assim para o universo corporativo? Scher Soares - Trata-se de uma excelente pergunta. De fato, essas frases de efeito que ganham voz dentro das organizações acabam se tornando elementos da cultura. Toda frase de efeito tem por objetivo carregar um significado, e se esse significado tem por objetivo ainda que disfarçado corromper determinada medida de expectativa, certamente ele terá impactos associados a essa mentalidade de complacência e baixa performance. Costumo chamar essas frases de slogans corporativos, que buscam criar um racional que justifique o não desempenho em determinada questão. DNews - A situação nos faz lembrar aquela charge que compara a produção acadêmica com a jornalística, dizendo que, enquanto na primeira os dados geram os resultados, na segunda os resultados é que forjam os dados... Scher - E o grande risco desses processos é que eles ganham vida própria e passam a influenciar gerações dentro de uma organização. Afirmo com convicção que cultura é algo que se forma, também se deforma e nos deforma na medida dos estímulos que recebemos do próprio ambiente. Em relação à inversão que você observa, o risco é de se criar um padrão estacionário de desempenho em que a medida do bom acaba por se resumir a uma medida máxima de expectativa de desempenho esperado. Ceifam-se a inovação e a busca pela excelência. DNews - Alguns gestores culpam os prazos mais apertados para justificar a frequência da realização de trabalhos bons, e não ótimos... Scher - Certamente temos de considerar o aspecto situacional desse fenômeno, desde que se isolem as variáveis e se diagnostique que o mesmo se dá em função de desafios e demandas aceleradas e de curto prazo. Contudo, ele está intimamente relacionado à cultura na qual está inserido. Se tomarmos como exemplo os próprios padrões culturais das diferentes cidades de um país, perceberemos que as barras de exigência são diferentes. Quando os gestores alegam a correria do mundo atual como a causa dessas distorções, percebo que o gestor também tem sofrido do fenômeno de inversão de conceitos, pois passou a ser gerido pelo contexto em vez de geri-lo. Sim, sei que trata- -se de um grande desafio e justamente por isso é que os gestores não devem ser os primeiros a abraçar essas inversões e distorções como mecanismos de proteção e busca por conforto. DNews - Certas empresas incorporam com facilidade os bons profissionais e demonstram resistência para manter os ótimos. Alguns consultores apontam que isso, muitas vezes, é resultado de uma cultura de gestores inseguros que não conseguem gerir funcionários que poderiam se destacar mais que eles próprios... Scher - Gestores lidam com desafios no dia a dia e em alguns momentos passam a desenvolver certo tipo de fobia a todo tipo de situação que possa vir a ser geradora de problemas. Com o tempo, muitos passam a adotar a linha de média como parâmetro para gestão e passam a temer que os outliers (pessoas com padrão fora da curva) sejam potenciais geradores de problemas. Isso resulta em certa resistência, às vezes velada, às vezes inconsciente, aos profissionais de ótimo desempenho. Costumo afirmar que, assim como nos esportes, ter estrelas na sua equipe demanda sim certo nível superior de atenção, coordenação e gestão, mas oriento com convicção que é melhor tê- -las que não tê-las. Incrivelmente, vemos organizações com times de tão baixo desempenho que o sistema criado pelos próprios times se encarrega de expurgar o profissional de ótimo nível. Há que se desafiar o comodismo, o conformismo, a complacência e a tendência à benevolência que estagna o desempenho e mata a criatividade. Há que se lançar de peito aberto a um novo ciclo de performance e desempenho mas, inclusive para isso, precisaremos de mais gestores ótimos e não simplesmente bons. DNews - Então, como mudar esse pensamento no mundo atual? Depende simplesmente da atuação dos gestores ou os funcionários também podem contribuir de alguma forma? Scher - Os gestores são essenciais. São eles os agentes de mudança em uma organização, e, como tal, devem adotar comportamentos de professores. Devem dedicar tempo às pessoas e às rotinas que fazem parte da gestão do aspecto cultural dentro das empresas. Os funcionários podem (e devem) contribuir sim, principalmente eliminando o eco e não reverberando práticas que estão na contramão da cultura desejada. Em suma, uma organização deve aprender a ler e interpretar os sinais de que ela já se esqueceu o que significa o ótimo. Um passeio pela empresa e rápidas conversas com funcionários e clientes darão pistas a respeito disso. Uma dica? Faça um inventário na sua organização e elenque todos os elementos que poderiam ser ótimos e que são simplesmente bons. Veja se há conhecimento e recursos disponíveis para fazê-los ótimos e comece a analisar se o ser bom em vez de ser ótimo não ficou culturalmente estandarizado. Mobilize as pessoas e dê início às mudanças. Você será positivamente surpreendido com os resultados. Foto: Divulgação

6 Dasein na Mídia No dia 24 de agosto, a repórter Eliza Tozzi, da revista Você S/A, produziu uma matéria sobre a importância da aparência física para o sucesso profissional. Adriana Prates, presidente da Dasein, foi uma das especialistas entrevistadas. A headhunter defendeu que quem se sente bem consigo mesmo é mais seguro e que essa confiança ajuda a transmitir ideias e habilidades na hora da entrevista, por exemplo. Confira a matéria na íntegra. A vantagem da beleza Estudos revelam que profissionais bonitos têm mais chances de sucesso profissional. O segredo dos belos: boa aparência mantém a autoestima em alta. Veja como passar a mensagem certa A aparência importa quando o assunto é carreira? A resposta é sim, para o bem e para o mal. O lançamento do livro O Valor da Beleza Por Que as Pessoas Atraentes Têm Mais Sucesso (Ed. Campus/Elsevier), de Daniel S. Hamermesh, economista americano, traz à tona essa discussão que ainda é um grande tabu dentro das organizações. Os executivos não gostam de admitir que a beleza afeta o modo como eles lidam com outros profissionais, revela Daniel, em entrevista à VOCÊ S/A. Professor da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, Daniel se dedica aos estudos de pulchronomics (economia da beleza) e, em seu livro, divulga resultados de pesquisas que mostram que a aparência pode influenciar e muito os salários. A pesquisa de Daniel foi feita nos Estados Unidos e talvez a realidade brasileira seja diferente. Mesmo assim, fica a dúvida: que razões fazem com que os belos sejam privilegiados e conquistem salários mais polpudos? Daniel arrisca a resposta: autoestima nas alturas. Afinal, quando você está satisfeito com a própria aparência (e tem competência para exercer seu cargo) fica mais fácil enfrentar os desafios de carreira. Quem se sente bem com seu modo de ser é mais seguro, diz a headhunter Adriana Prates, diretora da Dasein Executive Search, de Belo Horizonte. E confiança ajuda a transmitir ideias e habilidades, o que acaba conquistando os chefes. A boa aparência tem outra vantagem: aumentam as chances de outros prestarem mais atenção no que você tem a dizer. De acordo com uma pesquisa da Universidade Rice, dos Estados Unidos, feita com profissionais em busca de um emprego, sinais faciais marcantes, como cicatrizes, distraem os recrutadores e fazem com que eles não foquem no conteúdo do candidato, só em seu aspecto exterior. Qualquer elemento muito chamativo pesa em uma entrevista, aponta Marcela Esteves, consultora da Robert Half, empresa de recrutamento de São Paulo, que admite se policiar para não cometer injustiça com candidatos menos privilegiados esteticamente. E o que deve fazer quem convive com a desvantagem da falta de beleza? Relaxe, você não precisa passar horas na academia, no salão de beleza e na clínica de estética para ter sucesso. Para os consultores e headhunters, o que conta mais é o bom e velho charme. Steve Jobs não era nenhum modelo de beleza, mas sabia envolver com seu discurso. Encontrar a melhor maneira de se portar para encantar os outros é o que realmente vale, afirma Adriana, da Dasein. A grande lição não é se preocupar em ter os olhos mais lindos do mundo, mas conseguir transmitir empatia, segurança ou qualquer outro sinal positivo. Isso todos podem fazer, cuidando dos detalhes: no sorriso aberto que você dá quando se apresenta; na maneira como você se levanta para cumprimentar com firmeza; na roupa que você escolhe para participar de uma reunião formal ou para comparecer a um almoço informal. Todas essas atitudes contam pontos a seu favor. Por isso, é bom tomar muito cuidado com sua atitude. Uma palavra rude, por exemplo, faz mais estragos do que um mau penteado. Toda a empatia acaba quando alguém transmite arrogância e se mostra desinteressado na fala do interlocutor. Não importa quão bonita a pessoa seja, isso destrói uma primeira impressão, explica Marcela, da Robert Half. Obviamente, a aparência, sozinha, não sustenta a carreira de ninguém. Beleza é apenas mais um dos vários fatores que influenciam o sucesso. Todas as pesquisas mostram que beleza importa, mas somente se estiver ligada a outros aspectos, observa Daniel Hamermesh. Dose certa na entrevista Você precisa estar arrumado em um processo seletivo, mas a linha entre o excesso e a boa aparência é tênue. Confira algumas dicas e veja o que fazer para não exagerar. Evite perfume em excesso. Odor forte fará o recrutador encerrar a entrevista rapidamente. Cuidado com os acessórios: brinco enorme, colar brilhante ou armação de óculos extravagante podem desviar a atenção. Para as mulheres, o melhor é um penteado que impeça o cabelo de cair no rosto. Para os homens, basta pentear bem os fios. A maquiagem precisa ser suave, escondendo olheiras e espinhas. Evite minissaia e decotes, mesmo em empresas informais. Se você usa barba, não precisa raspar. Cuide apenas de deixá-la alinhada. Pesquise o estilo de vestuário da empresa antes de ir à entrevista. Foto: Fotolia 6

7 Dasein na Mídia O jornal Brasil Econômico publicou, no dia 10 de agosto, uma matéria sobre a atuação de pais e filhos em empresas familiares. Produzida pela repórter Ana Paula Ribeiro, a matéria teve a participação de Paulo Ângelo, conselheiro da Dasein. Para o executivo, a sucessão familiar é absolutamente normal, desde haja profissionalismo e um devido treinamento. Confira a reportagem: Muito mais do que apenas o filho do dono na empresa dos pais Entrada de herdeiros no negócio pode ocorrer sem conflitos, tão comuns entre as diferentes gerações. Mas, para que a liderança não seja questionada, é preciso investir muito em treinamento e especialização A rotina de trabalho, cheia de cobranças, reuniões e cumprimento de metas pode ser desgastante. Se a empresa for familiar, com pais e filhos trabalhando juntos, as tensões do ambiente podem ser ainda maiores. Para evitar que o relacionamento seja fonte de conflitos, é importante saber tirar proveito desse convívio e garantir a longevidade da companhia. Francisco Deusmar de Queirós, fundador da rede de farmácias Pague Menos, acredita que a participação dos quatro filhos contribuiu para o crescimento da empresa. Não é por ser uma empresa familiar que ela não pode ser profissional. Isso só acontece quando o pai não investe nos filhos, diz, acrescentando que seus filhos possuem especialização. A mais velha, Rosilândia, é responsável pela controladoria. A expansão dos negócios está nas mãos de Carlos Henrique e as áreas de marketing e compras são comandadas por Patriciana. Por último, o caçula Mário Henrique é o diretor de finanças e de relações com investidores. Para as demais funções-chave da empresa, Deusmar trouxe profissionais com experiências em outras empresas. Deusmar conta que desde criança os filhos ajudaram no dia a dia da rede de farmácias. Com a experiência acumulada, acreditam que entendem a empresa como ninguém e ajudam a desenvolver novos processos e estratégias. Eu estou muito satisfeito com o que eles me dão de volta no trabalho. Eles não são apenas filhos do dono, comemora. Quem também viu o filho seguir caminho e assumir os negócios foi Paulino Botelho de Abreu Sampaio, fundador e sócio-diretor da corretora Coinvalores. O filho, Paulo Botelho, é o gestor responsável pelo home broker. O conselheiro da Dasein Executive Search, Paulo Ângelo, também não vê razões de preocupação nos casos em que os filhos vão trabalhar junto aos pais, desde que feita de forma profissional. É natural que um pai, ao fundar uma empresa, tenha o desejo de que os filhos ou filhas o sucedam, diz. O importante, nesse caso, é saber se esse herdeiro tem aptidão para a função e se é o que ele de fato deseja. Antes disso, é necessário investir na sua formação profissional para que a liderança não seja questionada. Nessa relação entre pais e filhos, conta Ângelo, é normal que os mais jovens tragam novas ideias e metodologias para serem adotadas na empresa. Isso, embora esperado, é fonte de desentendimentos em alguns casos. Alguns fundadores não são tão abertos a novidades e isso precisa ser trabalhado, recomenda. O consultor lembra ainda que há casos em que os filhos não seguem na empresa da família. O exemplo mais conhecido é o do embaixador e fundador do Unibanco Walter Moreira Salles. Morto em 2001, teve quatro filhos. Apenas um, Pedro Moreira Salles, foi trabalhar no banco. Dois, Walter Moreira Salles Junior e Pedro Moreira Salles, são cineastas, e Fernando Roberto Moreira Salles seguiu carreira editorial. Para evitar que o filho sem aptidão vá parar na empresa só por conta do pai fundador, o sócio da Ernst & Young Terco para mercados estratégicos, André Ferreira, conta que é importante discutir se o herdeiro tem um perfil mais executivo, de conselheiro ou se será apenas um acionista. É importante capacitar as novas gerações para dar sequência aos negócios, sugere. A consultoria possui há cerca de três anos um treinamento para qualificar os filhos de empresários. A cada ano, aproximadamente 50 jovens passam por cursos de gestão em escolas de negócios no exterior. Esse programa é uma das etapas, segundo Ferreira, de um processo mais amplo, em que a Ernst & Young desenvolve um projeto de assessoramento a famílias empreendedoras. Conversamos sobre como motivar novos negócios visando o crescimento da família. Laços fortes Como conciliar a relação familiar com a profissional O primeiro passo é conversar com o filho ou filha para saber se ele quer realmente trabalhar no mesmo negócio da família; Veja se ele ou ela tem o perfil adequado para a função; Para garantir a boa convivência, defina claramente as tarefas de cada um; A relação deve ser a mais profissional; Divergências e brigas são naturais, e não são necessariamente um problema; Caso o pai ocupe um cargo superior ao do filho, evite ações protetoras, pois pode deixá-lo em situação incômoda ou desmotivá-lo; Tenha uma liderança bem definida para que as divergências não contaminem o restante da empresa; Mesmo em uma empresa familiar com gestão profissional, a incorporação de filhos no dia a dia pode ser importante para capacitar as novas gerações para dar sequência aos negócios. Foto: Reprodução do jornal Brasil Econômico 7

8 Não perca tempo, acesse e faça parte das mídias sociais da Dasein: >> >> >> >> Expediente Produção Editorial Link Comunicação Empresarial l Jornalista responsável: Sílvia Caldeira Costa l Edição: Ewerton Martins l Produção: Eron Rodrigues Projeto Gráfico: Danielle Marcussi l Diagramação: João Clemente Gestão Dasein Executive Search Gerente Geral: David Braga - david@dasein.com.br O DNEWS é uma publicação da Dasein Executive Search Avenida Raja Gabaglia, 3117, cj São Bento - Belo Horizonte - MG l Av. Paulista, º andar - São Paulo - SP l l l dasein@dasein.com.br 8