Relatividade e Eletromagnetismo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Relatividade e Eletromagnetismo"

Transcrição

1 Relatividade e Eletromagnetismo Relatividade Restrita Mecânica relativística Eletrodinámica relativística Referências: D. J. Griffiths, Introduction to Electrodynamics, Prentice Hall, 1999 C. Schiller, Motion Mountain The Adventure of Physics, Usenet Physics FAQ,

2 Luz É o que vemos; É com referência a luz que definimos o que é reto; Foi usado antigamente para medir o tempo; Atualmente usamos para medir o tempo com precisão (frequência de transição em Ce 133); Atualmente é usado para medir distâncias e comprimentos com precisão. A luz tem um papel importante na maioria das observações que fazemos, das mais mundanas às mais exatas.

3 A luz se move? Será que a luz é um fenómeno de movimento? SIM! Os gregos reconhecerem luz com uma entididade que se move através das sombras: o andamento da luz da sua fonte é bloqueiado por um objeto opaco, formando uma região de sombra. O pensador grego Empedocles (c. 490 a c. 430 A.C.) concluiu que a luz deve levar um certo tempo para se mover da sua fonte até uma superfície qualquer isto é, que a luz deve ter uma velocidade finita. Porém, a velocidade é muita alta.

4 Primeiras medidas da velocidade de luz Jupitor e Io (2a med.) Terra (2a med.) Sol Terra (1a med.) Jupitor e Io (1a med.) Idéia do astrónomo italiano Giovanni Cassini; Tentativa feita pelo astrónomo dinemarquês Ole Rømer, ex assistente de Cassini; Rømer não conseguiu um resultado porque não teve um valor confiável para a distância até Jupitor e porque suas medições do tempo foram imprecisas; Estas deficiências foram sanadas por Christian Huygens e por Edmund Halley poucos anos depois; Desde aquela época é sabido que a luz leva um pouco mais do que 8 minutos para chegar do Sol até a Terra.

5 Segunda medida da velocidade de luz 1726 c c v Perspectivo da chuva c v Perspectivo do andador Bradley: c = v / tan v = 2R / T = 30 km/s c = 3.0 x 10 8 m/s Terra v Sol Perspectivo da luz c Terra v Sol Perspectivo da gente Método do 'andador na chuva' do astrónomo inglês James Bradley. O ângulo de desvio é chamado a aberração da luz. Seu valor é aproximadamente 20.5'', ou 10 4 rad.

6 Medição precisa da velocidade de luz 1849 Espelho semi prateado Espelho Fonte de luz Medição feito pelo físico francês Hippolyte Fizeau; Ele mandou um pulso de luz para o espelho e mediu o tempo que levou para ir e voltar; Ele conseguiu um valor para a velocidade de luz apenas 5% maior do que o valor moderno.

7 As equações de Maxwell Lei solenoidal Lei de Faraday Lei de Gauss Lei de Ampère Maxwell James Clerk Maxwell, um físico matemático escocês, unificou a eletricidade, o magnetismo e a óptica na sua forma atual; Ele demonstrou que os campos elétricos e magnéticos propagam com a velocidade de luz e apresentou a luz como um efeito eletromagnetico; Em 1864, demonstrou que as forças elétricas e magnéticas tem a mesma natureza uma força elétrica em uma referencial pode tornar se uma força magnética em outra, e vice versa.

8 Soluções oscilatórias Maxwell determinou que suas equações possuem soluções oscilatórios que propagam com a velocidade de luz e naturalmente associou estas ondas eletromagnéticas com a luz. Em 1881, Hertz criou e detectou ondas eletromagnéticos de comprimento de onda muito maior as ondas de rádio. O grande problema com as ondas eletromagnéticas foi que não se conhecia a matéria que oscilava para fazer estas ondas. Todo tipo de onde conhecido na época envolvia a oscilação de algum substrato material: ondas numa corda; ondas sonoras no ar ou em sólidos ondas em água. Consequentemente, foi suposto a existência de uma substância cuja oscilação resultava em ondas eletromagnéticas o éter. E procurava se sinais que esta substância se comportava como os outros substratos de ondas. Em particular, procurava se anisotropias na velocidade de luz, que assinalaria diferenças no movimento com respeito ao éter.

9 A experiência de Michelson Morley Éter O propósito das experiências de Michelson Terra Sol Terra (1881) e de Michelson e Morley (1887) foi de medir a variação da velocidade de luz devido a movimento relativo ao éter. Espelho As experiências procuraram medir a interferência entre duas partes de um feixe de luz coerente que tinham propagadas ao longo de caminhos de comprimentos Fonte de luz coerente iguais mas em direções diferentes com respeito ao éter. O resultado foi nulo. Detetor Espelho

10 Coincidência? A lei de força de Lorentz refer a 'a' velocidade da carga. Assim, a lei faz aparecer que existe um sistema de referência única na qual as leis de eletromagnetismo são válidas. Porém, considere a seguinte coincidência: fio v fio ímã v ímã Aqui, pela lei de Lorentz, Aqui,v=0. Mas pela Lei de Faraday, uma força eletromotriz é gerada no fio que pode ser escrita em temos do fluxo magnético como uma força eletromotriz é gerada no fio que pode ser escrita em temos do fluxo magnético como Einstein citou esta coincidência no primeiro parágrafo do seu trabalho de 1905 sobre a relatividade restrita.

11 Relatividade restrita Assim, existiam duas evidências que a velocidade de luz deve ser invariante as experiências de Michelson e Morley e as próprias leis de Maxwell. Porém, estas evidências não estão consistentes com a mecânica não relativística. Os maiores físicos da época se esforçaram em tentativas de reconciliar as duas teorias até 1905, quando Albert Einstein publicou seu trabalho famoso. Einstein propus dois postulados no seu trabalho: O princípio de relatividade As leis de física são aplicáveis em qualquer sistema de referência inercial; A invariança da velocidade de luz A velocidade de luz é a mesma para qualquer observador inercial, independente do movimento da fonte. Uma das consequências fundamentais destes postulados é que conceito de simultaneidade perdeu seu sentido.

12 A relatividade de simultaneidade v v Consider um vagão de trem que se move a velocidade constante numa trilha reta. Quando uma lâmpada pendurado no centro da vagão é ligada, a luz espalha em todas as direções a velocidade c. Um observador no trem conclui que a luz alcance a frente e o fundo do vagão simultaneamente. Um observador parado no chão conclui que a luz alcance o fundo da vagão antes que alcance a frente, porque o trem se move enquanto a luz propaga, diminuindo a distância até o fundo do vagão e aumentando a distância até a frente. Dois eventos que são simultâneos em um sistema inercial não são necessariamente simultâneos em um outro sistema.

13 Dilatação do tempo h h v t v v Considere agora um raio de luz que atinge o chão do vagão diretamente abaixo da lâmpada. Quanto tempo este leva para alcançar o chão? Para o observador no trem, a reposta é facil: Para o observador no chão, o raio demora mais, porque o trem está em movimento: Assim, temos e Relógios em deslocamento andam mais lentos.

14 Verificação experimental da dilatação do tempo detetor alto muons detetor baixo Muons são partículas elementares que são formadas continuamente na atmosfera alta por raios côsmicos. Um muon em repouso tem uma meia vida de 2,2 s. Isto é equivalente a uma distância de 660 m na velocidade de luz. Depois deste tempo, metade dos muons iniciais tem decaídos. B. Rossi e D. B. Hall (Phys. Rev. 59, 223 (1941)) mediram o fluxo de muons com velocidades entre 0,9950c e 0,9954c a um altura de 1,9 km e ao nível do mar. Usando a meia vida de muons em repouso, apenas 13% dos muons observados no detetor alta alcançaria o detetor baixo. Porém, 82% dos muons chegaram em baixo, devido ao diferença de tempo de aproximadamente 0,62 s com o efeito de dilatação do tempo., no sistema de referência dos muons, em acordo

15 Simetria da dilatação do tempo Visto do chão: Visto do trem: Relógio no trem Relógio no trem B Relógio no trem A Relógio no chão A Relógio no chão B Relógio no chão O observador no chão usa dois relógios sincronizados, em pontos A e B, e marca o tempo quando o relógio do trem passa ponto A e depois ponto B; O observador no trem usa dois relógios sincronizados, em pontos A e B, e marca o tempo quando o relógio do chão passa ponto A e depois ponto B; Ambos vão concluir que o relógio do outro anda mais lentamente. Também vão concluir que o outro fez uma comparação errônea por não ter usado relógios sincronizados.

16 tempo Fim O paradoxo dos gêmeos Vamos supor que um de um par de gêmeos faz um viagem espacial a velocidade próximo a velocidade próximo a velocidade de luz e volta anos depois para encontrar seu par. Devido a dilatação do tempo, o gêmeo que viajou Virada voltaria mais jovem do que o gêmeo que ficou. Gêmeo 1 Gêmeo 2 Início espaço E a simetria da dilatação do tempo? Do ponto de visto do gẽmeo que viajou, o gêmeo que ficou aproveitou da dilatação de tempo para permanecer mais jovem. Neste caso não há simetria, porque o gêmeo que viajou necessariamente teve que acelerar para se separar do outro. O gêmeo que viajou teve que ter, no caso mais simples, dois sistemas inerciais diferentes para se afastar e depois voltar. Uma consequência disto é o grande intervalo nos tempos que ele considera simultâneos, mostrados pelas linhas azuis. Para mais detalhes veja, o Usenet Physics FAQ.

17 Contração de comprimento v t 1 v t 2 v v Considere uma lâmpada no fundo do vagão que emite um raio que reflete de um espelho na frente da vagão e volta. Quanto tempo leva para a luz ir e voltar? Para um observador no trem, a reposta e fácil: Para um observador no chão, o raio demora mais para ir mas menos para voltar, por causa do movimento do trem: or

18 Contração de comprimento (cont.) Para um observador no trem: Para um observador no chão: Devido a dilatação do tempo, temos Temos então O comprimento do vagão é mais curto quando medido pelo observador no chão do que quando medido pelo observador no vagão. Objetos em movimentos são contraídos em comprimento. Este efeito é chamado contração de Lorentz.

19 A escada e o celeiro Um fazendeiro tem uma escada que é comprida demais para armazenar no celeiro. Aproveitando da contração de Lorentz, ele pede sua filha veloz de correr com a escada para dentro do celeiro para ele poder fechar a porta e guardar a escada. Ela, por outro lado, diz que não vai dar certo, porque quando ela corre com a escada é o celeiro e não a escada que encolhe. Quem está certo? Ambos! É uma questão de prespectiva. O comprimento da escada (ou do celeiro) é a distância entre suas extremidades a um mesmo instante de tempo. Para decidir se a escada cabe no celeiro ou não, temos que examinar: o tempo em que a extremidade A da escada alcance a parede do celeiro e o tempo em que a extremidade B entra na porta do celeiro. Simultaneidade destes tempos depende do sistema inercial. Vistos de cima v v

20 Contração de Lorentz A contração de Lorentz encurta um objeto em movimento apenas na direção do movimento. Dimensões perpendiculares ao movimento não são contraídas. v v Considere uma linha vermelho pintado a uma altura de 1 m no muro ao lado da trilha por uma pessoa no chão e uma linha azul pintado na mesma altura por alguem no trem. Se a dimensão fosse contraído, o observador no chão veria a linha azul pintado pelo observador no trem abaixo da linha vermelho, enquanto o observador do trem veria a linha vermelho abaixo da linha azul. A única maneira dos dois estar certos é se a linhas se sobrepoem. Isto é, não há contração de Lorentz nesta direção.

21 As transformações de Lorentz Um processo físico consiste em um ou mais eventos, onde um evento é um acontecimento a um posição específica (x,y,z) a um tempo específico (t). Aqui construimos a transformação das coordenadas (x,y,z,t) de um evento em um sistema inercial S para as coordenadas (x',y',z',t') do mesmo evento em outro sistema inertial S'. Orientamos os eixos tal que o sistema S' se desloca do sistema S ao y y' v longo do eixo x com velocidade v e que os eixos O e O' coincidem a t=0. No instante t do evento E, O' está a uma distância vt de O. Assim, O O' d E A' x x' onde d é a distância de O' a A' a tempo t. Agora, observamos que d é a distância de O' a A' medida em S, enquanto x' é a distância de z z' x O' a A' medida em S'. Assim, x' é contraído a d em S, Substituindo, temos

22 As transformações de Lorentz v z y y' O O' z' d' x' E A x x' Para obter a transformação em tempo t, consideramos o transformação contrária em x. Assim, no instante t' do evento E, O' está a uma distância vt' de O e onde d' é a distância de O a A a tempo t'. Aqui, d' é a distância de O a A medida em S', enquanto x é a distância de O a A medida em S. Assim, x é contraído a d' em S',. Substituindo, temos. Junto com a equação, podemos resolver para t ou para t' e completar as equações da transformação de Lorentz. De S para S': De S' para S: As coordenadas perpendiculares ao movimento não mudam.

23 Sincronização e dilatação de tempo x=0 x'=0 v Considere um sequência de relógios no eixo x do sistema S sincronizados em t=0. No sistema S', seu tempo t' varia de acordo com a sua posição: Os relógios em x>0 são atrasados e os em x<o adiantados. Considere agora um relógio fixo a um ponto x' no sistema em movimento S'. Quando observado durante um intervalo t do sistema S, o tempo decorrido no relógio em movimento será Assim, recuperamos a expressão para dilatação do tempo

24 S' Contração de Lorentz S v x' e x' d x e x d Considere um objeto em movimento ao direito com velocidade v. Seu comprimento de repouso, isto é, seu comprimento em S', é dado por onde d e e significam direito e esquerda. Um observador no sistema S mede as posições extremas do objeto a um instante do seu tempo t, Usando recuperamos a expressão para a contração de Lorentz,.,.

25 A transformação de velocidades Suponha que a velocidade de uma partícula no sistema S é No sistema S', a partícula se desloca no tempo Sua velocidade em S' é Devido à transformação do tempo, componentes da velocidade perpendiculares a direção da transformação também são transformadas Quando u = c, u' = c.

26 Espaço de Minkowski A transformação de Lorentz toma uma forma mais simples se escrevermos todos as coordenadas nas mesmas unidades. Definimos e renomeamos os coordenadas espaciais As equações da transformação de Lorentz se tornam

27 Espaço de Minkowski Podemos escrever as equações da transformação em forma matricial como e resumí las na forma compacta como Escrita desta maneira, a transformação é muito aparecida com a forma geral de uma rotação em 3 D De fato, uma transformação de Lorentz pode ser considerada como uma rotação generalizada entre o espaço e o tempo.

28 A geometria do espaço tempo Da mesma maneira que podemos definir um 3 vetor como qualquer conjunto de 3 componentes que transforma sob rotações como (x, y, z), podemos definir um 4 vetor como qualquer conjunto de 4 componentes que transforma como (x 0, x 1, x 2, x 3 ) sob transformações de Lorentz, ou no caso de uma transformação de Lorentz ao longo do eixo x Em analogia ao produto escalar de 3 vetores que é invariante sob rotações podemos definir um produto escalar de 4 vetores que é invariante sob transformações de Lorentz (incluindo rotações)

29 A geometria do espaço tempo Por causa do sinal de menos no produto escalar, é conveniente introduzir um vetor covariante a que é relacionado com o vetor contravariant a por O produto escalar pode ser escrito em termos dos dois como ou, simplesmente, Dado dois eventos A e B, com podemos definir o 4 vetor de deslocamento entre os dois e e o intervalo invariante entre os dois

30 Diagrama de espaço tempo O intervalo invariante entre os eventos A e B x 0 = ct com Futuro contém informação física sobre os eventos. Nomeamos os tipos de intervalo de acordo com seu sinal: 'spacelike' 'lightlike' 'timelike' Presente Passado Presente x linha de mundo Quando o intervalo é 'timelike', podemos distinguir entre o futuro e o passado

31 Mecânica Relativística Quando um partícula se movimenta no espaço tempo com velocidade u, seu relógio interno anda mais lentamente do que um relógio em repouso. O tempo interno é chamado tempo próprio Em termos do tempo próprio, podemos definir a velocidade própria que em termos da velocidade ordinária é A velocidade própria pode ser estendida a um 4 vetor, com componente 0: A velocidade própria transforma com um 4 vetor é tem norma invariante

32 Energia e momento Em mecânica clâssica, o momento é definido como o produto da massa e da velocidade. Para ter uma quantidade que transforma como um 4 vetor, fica claro que devemos usar a velocidade própria em vez da velocidade ordinária O componente temporal do 4 vetor de momento é Associamos este com a energia relativística A energia relativística é não nula, mesmo quando a massa está em repouso, O resto da energia, que atribuimos ao movimento, é a energia cinética,

33 Conservação de energia e momento Em qualquer sistema fechado, o 4 vetor de energia e momento total é conservado. Nota que distinguimos entre uma quantidade invariante, que é igual em qualquer sistema inercial, e uma quantidade conservada, que é igual antes e depois de qualquer processo físico. O 4 vetor de energia momento é conservado mas não é invariante. O produto escalar do momento com si mesmo ou, fornece a massa m como uma quantidade invariante,. Em um sistema fechado, tanto o 4 vetor de energia e momento total quanto a sua massa são conservados.

34 Partículas sem massa Para uma partícula com massa nula, temos para o produto do seu momento consigo mesmo, Das definições da velocidade própria e do momento, verificamos que podemos recuperar o valor da velocidade ordinária de um objeto como ou Para uma partícula de massa nula, temos Uma partícula de massa nula, como o fóton, podem ser acelerada ou deceleradas sua energia e momento podem mudar mas sua velocidade sempre será a velocidade de luz. Pode dizer que tais partículas são movimento puro.

35 Laboratório Duas partículas Centro de massa p, m m p c, m p c, m Devido à invariança da massa, as massas nos dois sistemas são iguais e e Em colisões de partículas, apenas a energia no sistema do centro de massa está disponível para contribuir à reação. O resto está presa no movimento conservado. É por isto que aceleradores modernos usam colisões de dois feixes e não alvos fixos. Um deuteron é um núcleo formado de um neutron e um proton de massas (quase) iguais. No sistema do centro de mass, sua massa invariante quadrada é onde B é a sua energia de ligação.

36 Uma colisão elástica Centro de massa Laboratório p c, m p c, m p 1, m p 2, m A conservação de energia e momento depois da colisão fica clara no sistema do centro de massa. A forma explicita da transformação de Lorentz é necessária para voltar para o sistema do laboratório. Com um pouco de esforço, é possível mostrar (no caso de duas massas iguais) que onde é o fator de Lorentz da transformação. Para colisões não relativísticas, temos Mas em geral,

37 Dinâmica relativística A segunda lei de Newton é válida em mecânica relativística (e consistente com a conservaçõ de momento em um sistema fechado), quando o momento relativístico é usado, O trabalho continua a ser definido em termos da integral de linha da força, Assim podemos mostrar que a teorema de trabalho e energia (o trabalho feito numa partícula é igual ao aumento na sua energia cinética) continua a valer. Temos e

38 Assim, temos Dinâmica relativística Podemos tomar para as equações de movimento do 4 vetor de momento A terceira lei de Newton a de ação e reação não continua válida em mecânica relativística, em geral. Quando os dois objetos em questão são separados, a aplicação do lei traz a questão do tempo da ação e reação. Como vimos, simultaneidade é um conceito relativo para objetos separados. A terceira lei vale apenas quando as duas forças são aplicadas no memso ponto ou no caso trivial de uma força constante.

39 Uma força constante Consideramos uma massa m sujeito a uma força constante F e supomos que ela está em repouso a x=0 em t=0. Temos Desde que p=0 em t=0, temos ou Integrando novamente, temos x Clássico (parabólico) Relativístico (hiperbólico) ct Este movimento ocorre, por exemplo, quando uma partícula carregada está num campo elétrico uniforme.

40 Transformação da equação de movimento As equações de movimento na forma são faceis de entender, mas não transformam bem sob transformações de Lorentz. Por exemplo, sob uma transformação na direção x, com o componente da força na direção x mais complicado ainda. Uma maneira de evitar esta complicação é de usar a força 'própria', que é igual à deriva do momento com o tempo próprio, com componentes A qual das duas forças corresponde uma força clássica ordinária ou de Minkowski?

41 Eletrodinâmica relativística Diferente da mecânica, eletrodinâmica já é consistente com a relatividade restrita. As equações de Maxwell e a força de Lorentz podem ser aplicado em qualquer sistema inercial. O que é visto com um processo elétrico em um referencial pode se tornar um processo magnético em outro, mas o movimento de partículas será o mesmo nos dois. Com a mecânica corrreta, é possível desenvolver uma formulação completa e consistente de eletrodinâmica. Porém, esta reformulação nào modifica as leis de eletrodinâmica, apenas expressa as na linguagem de relatividade restrita.

42 Eletrostática + relatividade > magnetismo S: S': v v v+ v s s u q q Considere um condutor com uma cadeia de cargas positivas se movendo à direita com velocidade v e uma cadeia de cargas negativas se movendo à esquerda com a mesma velocidade v. Supomos que as duas cadeias de cargas podem ser consideradas densidades de carga de linha, e, respectivamente. Introduzimos uma carga q a um distância s do condutor que se move à direita com velocidade u<v. As cargas em linha fornecem uma corrente mas não há qualquer força elétrica na carga q porque as cargas em linha se cancelam.

43 Eletrostática + relatividade > magnetismo S: S': v v v+ v s s u q q Agora considere a mesma situação no sistema S', no qual a carga q está em repouso. As velocidades das cargas em linha são Desde que v > v +, a contração de Lorentz é maior para as cargas negativas do que para as cargas positivas. Existe então uma carga negativa residual no condutor. Para calculá la, usamos com

44 Eletrostática + relatividade > magnetismo S: S': v v v+ v s s u q q Com um pouco de álgebra, obtemos e a densidade carga residual A carga residual cria um campo elétrico e uma força na carga q no sistema S', que, em S, tem a forma, onde usamos

45 Transformação dos campos eletromagnéticos Nos supomos que carga é invariante. Como a massa, a carga de um objeto é um número independente da sua velocidade. Os campos elétrico e magnético, porém, se transformam, como vimos no exemplo anterior. Supomos que a transformação não depende de como os campos form produzidos, Se isto não fosse o caso, não faria sentido falar em campos. Assim podemos escolher as configurações mais simples dos campos para analisar as transformações.

46 Transformação do campo elétrico y 0 S 0 : S: y v 0 w x 0 v 0 w x z 0 l 0 z l Um capacitor em repouso em S 0 que carrega densidades de carga superficial ± 0 tem um campo elétrico entre as placas dado por Pela lei de Gauss, o campo elétrico no sistema S, onde as placas estão em movimento, é dado por A carga total em cada placa é invariante e a largura w não muda. O comprimento, l 0, porém, sofre uma contração de Lorentz, tal que Assim,

47 Transformação do campo elétrico y 0 S 0 : S: y x 0 v 0 x z 0 z Quando as placas são perpendiculares ao velocidade, apenas a distância entre eles sente a contração de Lorentz. Mas o campo elétrico não depende desta distância. Assim, Em resumo, podemos dizer que o campo elétrico de uma distribuição de cargas inicialmente me repouso transforma como e

48 Transformação dos campos eletromagnéticos y 0 S: S': v 0 x w z l z' y' v' (v relativa S) ' x' ' w l' Para obter a regras gerais de transformação, precisamos começar com um sistema que tem ambos os campos o elétrico e o magnético. O sistema S serve. Tem um campo elétrico e um campo magnético devido as correntes de superfície, Pela lei de Ampère, o campo magnétic está na direção z com No sistema S', a velocidade v com respeito a S, os campos são onde O que precisamos fazer agora é expressar os campos em S' em termos dos campos em S.

49 Transformação dos campos eletromagnéticos O primiero passo em relacionar os campos é de escrevé los como Com um pouco de álgebra, obtemos com Então, temos e Usando a identidade

50 Transformação dos campos eletromagnéticos S: y v 0 Para determinar a transformação em E z e B y, alinhamos as placas do capacitor no plano xy. Então x e, da mesma maneira que antes, obtemos z y v 0 Usando a terceira configuração, com as placas do capacitor no plano yz, vimos que componente do campo elétrico paralelo à velocidade da transformação não é modificado. x z Esta configuração não produz um campo magnético.

51 Transformação dos campos eletromagnéticos y x Para obter a regra de transformação do componente do campo magnético paralelo à velocidade da transformação, considere um solenoide longo alinhado no eixo x e em repouos no sistema S. z O campo magnétic dentro do solenoide pode ser escrito em termos da corrente I e o número de espiras por unidade de comprimento n como No sistema S', o comprimento contrai. Assim, O tempo dilata também. Desde que é o relógio de S que está no sistem do solenoide em repouso, é este que anda mais lentamente. Assim, a corrente (carga por unidade de tempo) transforma como Vemos que os dois fatores cancelam e concluímos que o campo magnético paralalo à velocidade da transformação também nào é modificado. Temos

52 Transformação dos campos eletromagnéticos Podemos resumir as regras de transformação como ou como

53 Uma carga puntiforme Considere uma carga puntiforme q em repouso no origem em S. Seus campos eletromagnéticos são Queremos obter os campos em um sistema de referência S' que se move na direção x>0 com velocidade v. Usamos para escrever os novos campos nas velhas coordenadas, Escrevemos as velhas coordenadas em termos das novas e obtemos

54 Potenciais eletromagnéticos Os campos eletromagnéticos normalmente podem ser escritos em termos de potenciais como Os potenciais podem ser escritos como um 4 vetor Para reescrever as expressões para os campos em termos de 4 vetores, usamos Temos então Estas expressões deixam claro que os campos eletromagnéticos podem ser unificados em um tensor antisimétrico

55 O tensor eletromagnético Os componentes do tensor eletromagnético são Tanto o 4 vetor dos potenciais eletromagnéticos quanto o 4 vetor de derivadas transformam como tal sob transformações de Lorentz, O tensor eletromagnético, então, se transforma como Esta equação fornece as mesmas expressões que obtivemos antes para a transformação dos componentes dos campos eletromagnéticos.

56 A força de Lorentz Queremos reformular a força de Lorentz e as equações de Maxwell em terrmos do tensor eletromagnético, Começamos com a força de Lorentz. Comparando componentes, verificamos que De outros argumentos, (acoplamento mínimo), identificamos a força de Minkowski como e a força ordinário como

57 As fontes das equações de Maxwell Antes de reformular as equações de Maxwell em termos do tensor eletromagnético, vamos unificar as fontes dos campos em um 4 vetor. Considere um nuvem de carga e analise em um volume infinitesimal V contendo uma carga Q e se movendo a velocidade u. Temos para suas densidades de carga e corrente Expressamos estas densidades em termos da densidade de carga própria, isto é, a densidade de carga no sistema de repouso, Devido a contração de Lorentz, e, assim, Reconhecendo os componentes da velocidade própria, podemos escrever

58 As fontes das equações de Maxwell Conservação de carga implica que as densidades de carga e corrente satisfazem uma equação de continuidade, Temos tal que, usando temos, para a equação de continuidade,

59 As equações de Maxwell Analisamos primeiro as equações homogêneas em termos do tensor eletromagnético, Verificamos que a equação solenodial pode ser escrita como enquanto os três componentes da equação de Faraday podem ser escritas como Podemos unir estas em uma equação, Nota que esta equação é automaticamente satisfeita quando

60 As equações de Maxwell Uma outra maneira de escrever a equação homogênea de Maxwell e onde o tensor completamente antisimétrico é Uma alternativa é de definir outro tensor o tensor dual que satisfaz a equação

61 As equações de Maxwell Analisando agora as equações de Maxwell com fontes, em termos do tensor eletromagnético, verificamos que a lei de Gauss pode ser escrita como enquanto os três componentes da equação de Ampère Maxwell tomam a forma Obviamente podemos unificar estas na equação

62 As equações de Maxwell Assim, em notação relativística, as equações de Maxwell tem a forma simples e Quando escrevemos o tensor eletromagnético em termos dos potenciais, a equação homogênea é satisfeita automaticamente e a equação não homogênea se torna Para simplificar esta equação, lembramos que o tensor eletromagnético é invariante sob uma transformação de calibre dos potenciais Se nos escolhemos a condição de calibre de Lorentz, a equação de Maxwell reduz a

FIS Cosmologia e Relatividade Thaisa Storchi Bergmann

FIS Cosmologia e Relatividade Thaisa Storchi Bergmann FIS02012 - Cosmologia e Relatividade Thaisa Storchi Bergmann Relatividade Restrita: Postulados: 1) Princípio da relatividade: As leis da física são as mesmas em todos os referenciais inerciais. Nenhum

Leia mais

CONCEITOS DE RELATIVIDADE RESTRITA

CONCEITOS DE RELATIVIDADE RESTRITA 1. Introdução. O Experimento de Michelson-Morley 3. Postulados da Relatividade Restrita 4. Transformações de Lorentz 5. A Dilatação Temporal e a Contração Espacial 6. A Massa, a Energia e o Momento Linear

Leia mais

Relatividade Restrita. Adaptação do curso de Sandro Fonseca de Souza para o curso de Física Geral

Relatividade Restrita. Adaptação do curso de Sandro Fonseca de Souza para o curso de Física Geral Relatividade Restrita Adaptação do curso de Sandro Fonseca de Souza para o curso de Física Geral ...na Mecânica Clássica (Transformações de Galileu) As leis básicas da Mecânica assumem sua forma mais simples

Leia mais

Cap Relatividade

Cap Relatividade Cap. 37 - Relatividade;Relatividade Os postulados da relatividade; Evento; A relatividade da simultaneidade; A relatividade do tempo; A relatividade das distâncias; Transformações de Lorentz; A relatividade

Leia mais

Conceitos pré-relativísticos. Transformações de Galileu. Princípio da Relatividade de Galileu. Problema com a dinâmica newtoniana

Conceitos pré-relativísticos. Transformações de Galileu. Princípio da Relatividade de Galileu. Problema com a dinâmica newtoniana Vitor Oguri Conceitos pré-relativísticos Transformações de Galileu Princípio da Relatividade de Galileu Problema com a dinâmica newtoniana O espaço-tempo de Einstein Medições de tempo Medições de distância

Leia mais

Física Moderna. Aula 1 Introdução. Curso - Licenciatura em Física EAD. Prof a. Dra. Ana Paula Andrade Universidade Estadual de Santa Cruz

Física Moderna. Aula 1 Introdução. Curso - Licenciatura em Física EAD. Prof a. Dra. Ana Paula Andrade Universidade Estadual de Santa Cruz Física Moderna Aula 1 Introdução Curso - Licenciatura em Física EAD Prof a. Dra. Ana Paula Andrade Universidade Estadual de Santa Cruz Ilhéus - Bahia 1 Nesta disciplina... Século XX => novos conceitos:

Leia mais

Aula 18. Teoria da Relatividade Restrita (1905) Física Geral IV - FIS503. Parte I

Aula 18. Teoria da Relatividade Restrita (1905) Física Geral IV - FIS503. Parte I Aula 18 Teoria da Relatividade Restrita (1905) Parte I Física Geral IV - FIS503 1 Documentário - National Geographic Nesta aula: Relatividade das velocidades Próxima aula: Efeito Doppler da Luz Momento

Leia mais

Aula 10 Relatividade. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel

Aula 10 Relatividade. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel Aula 10 Relatividade Física 4 Ref. Halliday Volume4 ...RELATIVIDADE RESTRITA Sumário A relatividade das distâncias Contração do Espaço Transformada de Lorenz A transformação das velocidades Relembrando...

Leia mais

Física IV Relatividade. Prof. Helena Malbouisson Sala 3018A

Física IV Relatividade. Prof. Helena Malbouisson Sala 3018A Física IV Relatividade Prof. Helena Malbouisson Sala 3018A uerj-fisica-ivquimica@googlegroups.com 1 Relatividade A teoria da relatividade Restrita (ou Especial) foi proposta por Albert Einstein em 1905.

Leia mais

Instituto de Fıśica UFRJ Mestrado em Ensino profissional

Instituto de Fıśica UFRJ Mestrado em Ensino profissional Instituto de Fıśica UFRJ Mestrado em Ensino profissional Tópicos de Fıśica Clássica II 3 a Lista de Exercıćios Segundo Semestre de 2008 Prof. A C Tort Problema 1 Transformação de Lorentz I. Em aula vimos

Leia mais

Aula 10 Relatividade. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel

Aula 10 Relatividade. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel Aula 10 Relatividade Física 4 Ref. Halliday Volume4 ...RELATIVIDADE RESTRITA Sumário A relatividade das distâncias Contração do Espaço Transformada de Lorenz A transformação das velocidades Relembrando...

Leia mais

INTRODUÇÃO À ASTROFÍSICA LIÇÃO 12: A RELATIVIDADE RESTRITA

INTRODUÇÃO À ASTROFÍSICA LIÇÃO 12: A RELATIVIDADE RESTRITA Introdução à Astrofísica INTRODUÇÃO À ASTROFÍSICA LIÇÃO 12: A RELATIVIDADE RESTRITA Lição 11 A Relatividade Restrita Com as leis de Maxwell para o eletromagnetismo, percebeu-se que que as equações não

Leia mais

Nosso senso comum falha para descrever fenômenos: que envolvem dimensões reduzidas (átomos, moléculas, partículas...) =>> MECÂNICA QUÂNTICA que

Nosso senso comum falha para descrever fenômenos: que envolvem dimensões reduzidas (átomos, moléculas, partículas...) =>> MECÂNICA QUÂNTICA que Nosso senso comum falha para descrever fenômenos: que envolvem dimensões reduzidas (átomos, moléculas, partículas...) =>> MECÂNICA QUÂNTICA que envolvem altas velocidades (comparadas com a da luz) =>>

Leia mais

Física IV Relatividade. Prof. Helena Malbouisson Sala 3018A

Física IV Relatividade. Prof. Helena Malbouisson Sala 3018A Física IV Relatividade Prof. Helena Malbouisson Sala 3018A uerj-fisica-ivquimica@googlegroups.com 1 Relatividade A teoria da relatividade Restrita (ou Especial) foi proposta por Albert Einstein em 1905.

Leia mais

1) Verdadeiro ou falso:

1) Verdadeiro ou falso: 1) Verdadeiro ou falso: Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física IV 2019/1 Lista de Exercícios do Capítulo 4 Introdução à Relatividade Restrita Professor Carlos Zarro (a) A velocidade

Leia mais

Graça Ventura Adaptado por Marília Peres por Marília Peres

Graça Ventura Adaptado por Marília Peres por Marília Peres Física 12º ano Relatividade einsteiniana Graça Ventura Adaptado por Marília Peres Memórias de Einstein... O que aconteceria se alguém cavalgasse um raio luminoso?... Seria capaz de ver a sua imagem num

Leia mais

Capítulo IV Transformações de Lorentz

Capítulo IV Transformações de Lorentz Capítulo IV Transformações de Lorentz O Princípio da Relatividade de Einstein exige que as leis da física sejam as mesmas em todos os referenciais inerciais, não existindo, portanto, nenhum referencial

Leia mais

Aula 10 Relatividade. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel

Aula 10 Relatividade. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel Aula 10 Relatividade Física 4 Ref. Halliday Volume4 Relatividade Relatividade tem a ver com a relação entre valores medidos em referenciais que estão se movendo um em relação ao outro; Teoria da relatividade

Leia mais

Partículas: a dança da matéria e dos campos

Partículas: a dança da matéria e dos campos Partículas: a dança da matéria e dos campos Aula 15 Quântica e Relatividade 1. Rotações no espaço-tempo Intervalos, eventos, cone de luz. Dilatação do tempo e contração do espaço 3. Antipartículas. Dirac

Leia mais

Não é fácil falar sobre como cheguei á idéia da teoria da Relatividade. Albert Einstein

Não é fácil falar sobre como cheguei á idéia da teoria da Relatividade. Albert Einstein Não é fácil falar sobre como cheguei á idéia da teoria da Relatividade. Albert Einstein Introdução Em 905, Albert Einstein abalou o edifício da Física clássic ao publicar a Teoria Especial da Relatividade,

Leia mais

Magnetismo e movimento de cargas. Fontes de Campo Magnético. Prof. Cristiano Oliveira Ed. Basilio Jafet sala 202

Magnetismo e movimento de cargas. Fontes de Campo Magnético. Prof. Cristiano Oliveira Ed. Basilio Jafet sala 202 Eletricidade e Magnetismo - IME Fontes de Campo Magnético Prof. Cristiano Oliveira Ed. Basilio Jafet sala 202 crislpo@if.usp.br Magnetismo e movimento de cargas Primeira evidência de relação entre magnetismo

Leia mais

O propósito deste seminário

O propósito deste seminário O propósito deste seminário O principal objetivo deste seminário é dar uma idéia do contexto em que nasce a teoria da relatividade restrita (TRR) oferecendo um contraponto às visões da teoria introduzidas

Leia mais

Notas de aula - Espaço Tempo

Notas de aula - Espaço Tempo Notas de aula - Espaço Tempo Prof. Ronaldo Carlotto Batista 5 de abril de 019 1 Revisão da Mecânica Newtoniana Quantidade elementares: posição: r t) = x t), y t), z t)) velocidade: v = d dt r momento linear

Leia mais

Potencial Elétrico. Energia. Energia pode ser vista como trabalho armazenado, ou capacidade de realizar trabalho.

Potencial Elétrico. Energia. Energia pode ser vista como trabalho armazenado, ou capacidade de realizar trabalho. Eletricidade e Magnetismo - IME Potencial Elétrico Oliveira Ed. Basilio Jafet sala 202 crislpo@if.usp.br Energia Energia pode ser vista como trabalho armazenado, ou capacidade de realizar trabalho. Equipamentos

Leia mais

Relatividade Especial Virtual - Uma Generalização da Relatividade Especial de Einstein

Relatividade Especial Virtual - Uma Generalização da Relatividade Especial de Einstein Relatividade Especial Virtual - Uma Generalização da Relatividade Especial de Einstein Edigles Guedes e-mail: edigles.guedes@gmail.com 24 de junho de 2012. RESUMO Nós construímos a Teoria da Relatividade

Leia mais

Formulação Covariante do Eletromagnetismo

Formulação Covariante do Eletromagnetismo Capítulo 12 Formulação Covariante do Eletromagnetismo O objetivo deste capítulo é expressar as equações do Eletromagnetismo em forma manifestamente covariante, i.e. invariante por transformações de Lorentz

Leia mais

FÍSICA. Física Moderna. Relatividade. Prof. Luciano Fontes

FÍSICA. Física Moderna. Relatividade. Prof. Luciano Fontes FÍSICA Física Moderna Relatividade Prof. Luciano Fontes Situação Problema: Como pode uma onda eletromagnética se propagar no vácuo? Qual o valor da velocidade da luz emitida de um corpo em movimento? Resposta:

Leia mais

Ismael Rodrigues Silva Física-Matemática - UFSC. cel: (48)

Ismael Rodrigues Silva Física-Matemática - UFSC. cel: (48) Ismael Rodrigues Silva Física-Matemática - UFSC cel: (48)9668 3767 Maxwell formulou um conjunto de 4 equações (equações de Maxwell) que desempenham no eletromagnetismo o mesmo papel que as leis de Newton

Leia mais

Por simetria, chegaríamos a uma conclusão análoga se escolhessemos o referencial de João para relacionar a propagação da onda.

Por simetria, chegaríamos a uma conclusão análoga se escolhessemos o referencial de João para relacionar a propagação da onda. 11 Por simetria, chegaríamos a uma conclusão análoga se escolhessemos o referencial de João para relacionar a propagação da onda. Obviamente, não é possível ilustrarmos em uma única figura uma situação

Leia mais

Mecânica e Ondas LEIC-TP

Mecânica e Ondas LEIC-TP Mecânica e Ondas LEIC-TP 2017-2018 Prof. Pedro Abreu abreu@lip.pt 20ª Aula Relatividade de Galileu A velocidade da luz no vazio A experiência de Michelson-Morley A Relatividade Restrita de Einstein Dilatação

Leia mais

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE ESPECIAL

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE ESPECIAL INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE ESPECIAL XV Semana de Matemática e I Encontro de Ensino de Matemática Setembro 2010 UTFPR Campus Pato Branco Jalves Figueira jalfigueira@gmail.com INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE ESPECIAL

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 1 TEORIA DA RELATIVIDADE ESPECIAL Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 1 TEORIA DA RELATIVIDADE ESPECIAL ÍNDICE 1.1- Introdução 1.2-

Leia mais

Leis de Biot-Savart e de Ampère

Leis de Biot-Savart e de Ampère Leis de Biot-Savart e de Ampère 1 Vimos que uma carga elétrica cria um campo elétrico e que este campo exerce força sobre uma outra carga. Também vimos que um campo magnético exerce força sobre uma carga

Leia mais

Capítulo 11 Rotações e Momento Angular

Capítulo 11 Rotações e Momento Angular Capítulo 11 Rotações e Momento Angular Corpo Rígido Um corpo rígido é um corpo ideal indeformável de tal forma que a distância entre 2 pontos quaisquer do corpo não muda nunca. Um corpo rígido pode realizar

Leia mais

INDUÇÃO MAGNÉTICA. Indução Magnética

INDUÇÃO MAGNÉTICA. Indução Magnética INDUÇÃO MAGNÉTIA Prof. ergio Turano de ouza Lei de Faraday Força eletromotriz Lei de Lenz Origem da força magnética e a conservação de energia.. 1 Uma corrente produz campo magnético Um campo magnético

Leia mais

A Teoria da Relatividade

A Teoria da Relatividade O Que Existe Além de Prótons, Elétrons e Nêutrons? Uma Introdução às Partículas Elementares A Teoria da Relatividade Assuntos desta aula Sobre a existência éter Os postulados da relatividade A questão

Leia mais

Uma Introdução à Relatividade Especial

Uma Introdução à Relatividade Especial De Maxwell a Einstein Uma Introdução à Relatividade Especial IV Encontro de Física e Astronomia da UFSC Florianópolis/UFSC Paweł Klimas UFSC Física do fim do século XIX Mecânica como teoria fundamental

Leia mais

FÍSICA IV PROF. PIERRE VILAR DANTAS AULA 7-30/09/2017 TURMA: A HORÁRIO: 7M PIERREDANTASBLOG.WORDPRESS.COM

FÍSICA IV PROF. PIERRE VILAR DANTAS AULA 7-30/09/2017 TURMA: A HORÁRIO: 7M PIERREDANTASBLOG.WORDPRESS.COM FÍSICA IV PROF. PIERRE VILAR DANTAS AULA 7-30/09/2017 TURMA: 0053- A HORÁRIO: 7M PIERREDANTASBLOG.WORDPRESS.COM 1 Teoria da Relatividade 2 Objetivos da Aula Conhecer os dois postulados da teoria da relatividade

Leia mais

Física IV. Décima segunda lista de exercícios

Física IV. Décima segunda lista de exercícios 4302212 Física IV Décima segunda lista de exercícios 1. Os dois princípios sobre os quais Einstein fundamentou a Teoria da Relatividade Restrita nos dizem basicamente que: I. as leis físicas são as MESMAS

Leia mais

Conteúdos de 1 à 4. As leis da Mecânica são as mesmas independentes dos referenciais.

Conteúdos de 1 à 4. As leis da Mecânica são as mesmas independentes dos referenciais. Conteúdos de 1 à 4 1)Transformações de Galileu. 2)A Física Clássica no final do século XX: conflitos entre a mecânica clássica e o eletromagnetismo clássico. 3)A finitude da velocidade da luz. 4) Experimento

Leia mais

Relatividade Geral: o que é, para que serve

Relatividade Geral: o que é, para que serve Relatividade Geral: o que é, para que serve Ronaldo S. S. Vieira Astronomia ao meio-dia, 01 de junho de 2017 1 Mecânica clássica 1. Existem referenciais, ditos inerciais, tais que na ausência de forças

Leia mais

O Paradoxo do Celeiro e do Poste

O Paradoxo do Celeiro e do Poste O Paradoxo do Celeiro e do Poste Conceito Principal O paradoxo do celeiro e do poste é um experimento de reflexão que parece uma simples pergunta de sim ou não ao perguntar se um certo poste cabe ou não

Leia mais

As origens das teorias da relatividade. Marcos Santos Bonaldi Nº USP

As origens das teorias da relatividade. Marcos Santos Bonaldi Nº USP As origens das teorias da relatividade Marcos Santos Bonaldi Nº USP 5126531 Relatividade Galileu Galilei: Não existe sistema de referência absoluto. Logo: movimento e repouso não são conceitos absolutos.

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA CAPÍTULO 1. Prof. Carlos R. A. Lima INTRODUÇÃO AO CURSO E TEORIA DA RELATIVIDADE ESPECIAL

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA CAPÍTULO 1. Prof. Carlos R. A. Lima INTRODUÇÃO AO CURSO E TEORIA DA RELATIVIDADE ESPECIAL NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO CURSO E TEORIA DA RELATIVIDADE ESPECIAL Edição de janeiro de 2009 2 CAPÍTULO 1 TEORIA DA RELATIVIDADE ESPECIAL ÍNDICE 1.1-

Leia mais

Teoria da Relatividade Restrita

Teoria da Relatividade Restrita DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA DATA: 1//17 1ª LISTA DE EXERCÍCIOS DE FÍSICA MODERNA I Prof.: Dr. Clóves Gonçalves Rodrigues Teoria da Relatividade Restrita Os Postulados 3) Determine a velocidade

Leia mais

A distância Sol-Terra para um observador fixo na Terra é L0 com velocidade v = 0,6c, essa distância é de 10

A distância Sol-Terra para um observador fixo na Terra é L0 com velocidade v = 0,6c, essa distância é de 10 1.Com relação à teoria da relatividade especial e aos modelos atômicos podemos afirmar que: ( ) A velocidade da luz no vácuo independe da velocidade da fonte de luz. ( ) As leis da física são as mesmas

Leia mais

Potencial Elétrico 1

Potencial Elétrico 1 Potencial Elétrico 1 Vamos começar com uma revisão: Quando uma força atua sobre uma partícula que se move de um ponto a até um ponto b, o trabalho W realizado pela força é dado pela integral de linha:

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof.

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof. CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO Prof. Bruno Farias Introdução Neste capítulo vamos aprender: Como descrever a rotação

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof.

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof. CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO Prof. Bruno Farias Introdução Neste capítulo vamos aprender: Como descrever a rotação

Leia mais

COMO c PODE SER IGUAL EM TODOS OS SRs?

COMO c PODE SER IGUAL EM TODOS OS SRs? COMO c PODE SER IGUAL EM TODOS OS SRs? 1 Galileu: u = Δx /Δt u = Δx/Δt Mas se ao invés da bicicleta temos um raio de luz: u = u = c!! Para isso ocorrer, é preciso Δt Δt (!!?) A RELATIVIDADE DA SIMULTANEIDADE

Leia mais

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Albert Einstein 6 anos, em 1905. Funcionário do departamento de patentes da Suíça. Movimento browniano Efeito fotoelétrico (Prêmio Nobel) Teoria da relatividade restrita

Leia mais

Relatividade Especial: massa e energia

Relatividade Especial: massa e energia Relatividade Especial: massa e energia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Instituto de Física. Departamento de Física. Física do Século XXA (FIS156). Prof. César Augusto Zen Vasconcellos. Lista

Leia mais

RELATIVIDADE EINSTEINIANA (II)

RELATIVIDADE EINSTEINIANA (II) RELATIVIDADE EINSTEINIANA (II) Princípio da invariância da velocidade da luz no vácuo O facto da velocidade da luz ter um valor finito e constante em todos os referenciais de inércia tem consequências:

Leia mais

PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME

PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME ANO LETIVO Centro: CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS - CCE Departamento: FÍSICA 2013 CÓDIGO 2FIS034 RELATIVIDADE RESTRITA PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME CURSO FÍSICA 3ª SÉRIE CARGA HORÁRIA SEM. DE OFERTA HABILITAÇÃO(ÕES)

Leia mais

Aula 12 Relatividade. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel

Aula 12 Relatividade. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel Aula 12 Relatividade Física 4 Ref. Halliday Volume4 ...RELATIVIDADE RESTRITA Sumário Uma nova interpretação do momento linear Uma nova interpretação da Momento e Cinética O que muda em outros conceitos

Leia mais

RELATIVIDADE ESPECIAL

RELATIVIDADE ESPECIAL 1 RELATIVIDADE ESPECIAL AULA N O 4 ( Tensor Eletromagnético Equação de Onda ) Vamos buscar entender o conceito de força, não eatamente sobre a sua origem, mas sim sobre um mais profundo conceito de força.

Leia mais

2.1.1 Dilatação do Tempo. Figura 5: Sistemas referenciais inerciais S e S com velocidade relativa v.

2.1.1 Dilatação do Tempo. Figura 5: Sistemas referenciais inerciais S e S com velocidade relativa v. 1 Após esta breve tentativa de intuir algo à respeito da transformações necessárias de serem realizadas de forma a concordar com observações experimentais, voltemos a uma abordagem mais técnica, a obtenção

Leia mais

Relatividade restrita e seus resultados. Prof. Vicente Barros

Relatividade restrita e seus resultados. Prof. Vicente Barros Relatividade restrita e seus resultados Prof. Vicente Barros Descrição geral Conteúdo 7 Cinemática relativística: Dilatação do tempo e Contração do comprimento. Conteúdo 8 Paradoxos da relatividade. Cinemática

Leia mais

AULA 04 ENERGIA POTENCIAL E POTENCIAL ELÉTRICO. Eletromagnetismo - Instituto de Pesquisas Científicas

AULA 04 ENERGIA POTENCIAL E POTENCIAL ELÉTRICO. Eletromagnetismo - Instituto de Pesquisas Científicas ELETROMAGNETISMO AULA 04 ENERGIA POTENCIAL E POTENCIAL ELÉTRICO Se um carga elétrica se move de um ponto à outro, qual é o trabalho realizado sobre essa carga? A noção de mudança de posição nos remete

Leia mais

Física Teórica II. Terceira Prova 2º. semestre de /11/2017 ALUNO : Gabarito NOTA DA PROVA TURMA: PROF. :

Física Teórica II. Terceira Prova 2º. semestre de /11/2017 ALUNO : Gabarito NOTA DA PROVA TURMA: PROF. : Física Teórica II Terceira Prova 2º. semestre de 2017 09/11/2017 ALUNO : Gabarito TURMA: PROF. : NOTA DA PROVA ATENÇÃO LEIA ANTES DE FAZER A PROVA 1 Assine a prova antes de começar. 2 Os professores não

Leia mais

Fundamentos de Mecânica

Fundamentos de Mecânica Fundamentos de Mecânica 43151 Gabarito do estudo dirigido 3 (Movimento em uma dimensão) Primeiro semestre de 213 1. Um elevador sobe com uma aceleração para cima de 1, 2 m/s 2. No instante em que sua velocidade

Leia mais

Eletromagnetismo I. Preparo: Diego Oliveira. Aula 2

Eletromagnetismo I. Preparo: Diego Oliveira. Aula 2 Eletromagnetismo I Prof. Dr. R.M.O Galvão - 1 Semestre 2015 Preparo: Diego Oliveira Aula 2 Na aula passada recordamos as equações de Maxwell e as condições de contorno que os campos D, E, B e H devem satisfazer

Leia mais

MARATONA PISM 3 PROFESSOR ALEXANDRE SCHMITZ

MARATONA PISM 3 PROFESSOR ALEXANDRE SCHMITZ MARATONA PISM 3 PROFESSOR ALEXANDRE SCHMITZ RAIO X DA PROVA TÓPICO 1 - ELETROMAGNETISMO FORÇA ELÉTRICA ELETROSTÁTICA CAMPO ELÉTRICO ELETRICIDADE ELETRODINÂMICA POTENCIAL ELÉTRICO MAGNETISMO ELETROMAGNETISMO

Leia mais

FÍSICA (ELETROMAGNETISMO) LEI DE GAUSS

FÍSICA (ELETROMAGNETISMO) LEI DE GAUSS FÍSICA (ELETROMAGNETISMO) LEI DE GAUSS Carl Friedrich Gauss (1777 1855) foi um matemático, astrônomo e físico alemão que contribuiu significativamente em vários campos da ciência, incluindo a teoria dos

Leia mais

PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2015 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO

PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2015 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2015 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO Caro professor, cara professora esta prova tem 2 partes; a primeira parte é objetiva, constituída por 14 questões de múltipla escolha,

Leia mais

Aula 12 Relatividade. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel

Aula 12 Relatividade. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel Aula 12 Relatividade Física 4 Ref. Halliday Volume4 ...RELATIVIDADE RESTRITA Sumário Uma nova interpretação do momento linear Momento e Cinética O que muda em outros conceitos de Física Clássicas com as

Leia mais

Partículas: a dança da matéria e dos campos

Partículas: a dança da matéria e dos campos Partículas: a dança da matéria e dos campos Aula 1: Força e Matéria 1 1. Leis da mecânica 2. Espaço e éter 3. Newton e a gravitação 4. Eletromagetismo 5. Luz e sua velocidade 6. Relatividade de Einstein

Leia mais

Cargas elétricas em movimento (correntes) geram campos magnéticos B e sofrem forças

Cargas elétricas em movimento (correntes) geram campos magnéticos B e sofrem forças Capítulo 6 Campo Magnético 6.1 Introdução Cargas elétricas geram campos elétricos E e sofrem forças elétricas F e. Cargas elétricas em movimento (correntes) geram campos magnéticos B e sofrem forças magnéticas

Leia mais

ONDAS E LINHAS DE TRANSMISSÃO

ONDAS E LINHAS DE TRANSMISSÃO ONDAS E LINHAS DE TRANSMISSÃO Prof. Pierre Vilar Dantas Turma: 0092-A Horário: 5N ENCONTRO DE 15/02/2018 Plano de ensino Professor www.linkedin.com/in/pierredantas/ Seção I Ondas eletromagnéticas. Equações

Leia mais

Prova 05/06/2012. Halliday Vol 3-6ª edição Cap 29, 30, 31,32. Halliday Vol 3-8ª edição Cap 28, 29, 30, 32. Aulas 9-15

Prova 05/06/2012. Halliday Vol 3-6ª edição Cap 29, 30, 31,32. Halliday Vol 3-8ª edição Cap 28, 29, 30, 32. Aulas 9-15 7. Campo Magnético 7.1 - Campo magnético de uma corrente elétrica 7.2 - Linhas de força 7.3 - Fluxo magnético e indução magnética 7.4 - Campo magnético de uma espira 7.5 - Lei de Ampère 7.6 - Campo magnético

Leia mais

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva SUMÁRIO Introdução às ondas eletromagnéticas Equações de Maxwell e ondas eletromagnéticas Espectro de ondas eletromagnéticas Ondas eletromagnéticas planas e a velocidade

Leia mais

2007 3ª. fase Prova para alunos do 3º. Ano LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO: 01) Essa prova destina-se exclusivamente a alunos do 3º. ano.

2007 3ª. fase Prova para alunos do 3º. Ano LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO: 01) Essa prova destina-se exclusivamente a alunos do 3º. ano. 007 3ª. fase Prova para alunos do 3º. Ano LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO: 01) Essa prova destina-se exclusivamente a alunos do 3º. ano. 0) A prova contém oito (8) questões e TODAS DEVEM SER RESOLVIDAS.

Leia mais

Relatividade Especial & Geral

Relatividade Especial & Geral Relatividade Especial & Geral Roteiro Relatividade Especial: Conceitos básicos e algumas conseqüências Paradoxo dos gêmeos Relatividade Geral: Conceitos básicos, conseqüências e aplicabilidade. Relatividade

Leia mais

Ondas Eletromagnéticas

Ondas Eletromagnéticas Capítulo 11 Ondas Eletromagnéticas 11.1 Equação de Onda Mecânica: Corda Considere um pulso de onda que se propaga em uma corda esticada com extremidades fixas. Podemos obter a equação de ondas nesse caso

Leia mais

POTENCIAL ELÉTRICO. Prof. Bruno Farias

POTENCIAL ELÉTRICO. Prof. Bruno Farias CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA III POTENCIAL ELÉTRICO Prof. Bruno Farias Introdução Um dos objetivos da Física é determinar

Leia mais

Apostila de Física 46 Relatividade Especial

Apostila de Física 46 Relatividade Especial Apostila de Física 46 Relatividade Especial 1.0 Definições Relatividade na física clássica A velocidade é relativa, depende do referencial inercial. Velocidade da luz: Não obedece à relatividade. Em qualquer

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA III LEI DE GAUSS. Prof.

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA III LEI DE GAUSS. Prof. CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA III LEI DE GAUSS Prof. Bruno Farias Introdução Na Física, uma ferramenta importante para a

Leia mais

MARATONA PISM 3 PROFESSOR ALEXANDRE SCHMITZ

MARATONA PISM 3 PROFESSOR ALEXANDRE SCHMITZ MARATONA PISM 3 PROFESSOR ALEXANDRE SCHMITZ TÓPICO 1 - ELETROMAGNETISMO FORÇA ELÉTRICA ELETROSTÁTICA CAMPO ELÉTRICO ELETRICIDADE ELETRODINÂMICA POTENCIAL ELÉTRICO MAGNETISMO ELETROMAGNETISMO EXEMPLO 1

Leia mais

Lei da indução de Faraday

Lei da indução de Faraday Lei da indução de Faraday Em 1831 Faraday descobriu que se um condutor forma um circuito fechado e se existe um fluxo magnético dependente do tempo que atravessa esse circuito, então neste condutor será

Leia mais

Capítulo 38 Fótons e Ondas de Matéria Questões Múltipla escolha cap. 38 Fundamentos de Física Halliday Resnick Walker

Capítulo 38 Fótons e Ondas de Matéria Questões Múltipla escolha cap. 38 Fundamentos de Física Halliday Resnick Walker Capítulo 38 Fótons e Ondas de Matéria Questões Múltipla escolha cap. 38 Fundamentos de Física Halliday Resnick Walker 1) Qual é o nome das partículas associadas ao campo eletromagnético? a) Fônons. b)

Leia mais

Física 3. Fórmulas e Exercícios P3

Física 3. Fórmulas e Exercícios P3 Física 3 Fórmulas e Exercícios P3 Fórmulas úteis para a P3 A prova de física 3 traz consigo um formulário contendo várias das fórmulas importantes para a resolução da prova. Aqui eu reproduzo algumas que

Leia mais

Plano de Estudos Independentes de Recuperação ( No período de férias escolares)

Plano de Estudos Independentes de Recuperação ( No período de férias escolares) Plano de Estudos Independentes de Recuperação ( No período de férias escolares) 3ºANO Física (Prof. Ronaldo) Carga Elétrica Processos de Eletrização. Lei de Coulomb. Campo e Potencial Elétrico. Trabalho

Leia mais

FÍSICA MÓDULO EXTRA TÓPICOS DE FÍSICA MODERNA II. Professor Ricardo Fagundes

FÍSICA MÓDULO EXTRA TÓPICOS DE FÍSICA MODERNA II. Professor Ricardo Fagundes FÍSICA Professor Ricardo Fagundes MÓDULO EXTRA TÓPICOS DE FÍSICA MODERNA II RELATIVIDADE ESPECIAL Vamos começar com um exemplo: O píon (π + ou π ) é uma partícula que pode ser criada em um acelerador de

Leia mais

Teoria Clássica de Campos

Teoria Clássica de Campos Teoria Quântica de Campos I 7 No passo (1) o que estamos fazendo é quantizar (transformar em operadores) uma função definida em todo espaço (um campo) e cuja equação de movimento CLÁSSICA é de Dirac ou

Leia mais

Fundamentos de Física Moderna. Prof. Ricardo Luiz Viana Departamento de Física Universidade Federal do Paraná

Fundamentos de Física Moderna. Prof. Ricardo Luiz Viana Departamento de Física Universidade Federal do Paraná Fundamentos de Física Moderna Prof. Ricardo Luiz Viana Departamento de Física Universidade Federal do Paraná Objetivos da disciplina Apresentar os conceitos fundamentais da Física Moderna (= teoria da

Leia mais

Física III-A /1 Lista 7: Leis de Ampère e Biot-Savart

Física III-A /1 Lista 7: Leis de Ampère e Biot-Savart Física III-A - 2019/1 Lista 7: Leis de Ampère e Biot-Savart 1. (F) Considere um solenoide como o mostrado na figura abaixo, onde o fio é enrolado de forma compacta. Justificando todas as suas respostas,

Leia mais

Tópicos da História da Física Clássica

Tópicos da História da Física Clássica Tópicos da História da Física Clássica Óptica Victor O. Rivelles Instituto de Física da Universidade de São Paulo Edifício Principal, Ala Central, sala 354 e-mail: rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/~rivelles

Leia mais

Thiago Pereira XVI Semana da Física Universidade Estadual de Londrina. Introdução à Relatividade

Thiago Pereira XVI Semana da Física Universidade Estadual de Londrina. Introdução à Relatividade Introdução à Teoria da Relatividade Thiago Pereira XVI Semana da Física Universidade Estadual de Londrina 1 Curso de Relatividade em 1 slide 2 Programa Introdução 1a Parte 2a Parte Princípios de Relatividade

Leia mais

Resolução Comentada UFPR - 1ª fase-2014

Resolução Comentada UFPR - 1ª fase-2014 Resolução Comentada UFPR - 1ª fase-2014 01 - No circuito esquematizado abaixo, deseja-se que o capacitor armazene uma energia elétrica de 125 μj. As fontes de força eletromotriz são consideradas ideais

Leia mais

Cap. 8 - Indução Eletromagnética

Cap. 8 - Indução Eletromagnética Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física III 2014/2 Cap. 8 - Indução Eletromagnética Prof. Elvis Soares Nesse capítulo, estudaremos como um campo magnético variável pode induzir

Leia mais

Lista de Exercícios 2: Magnetismo e Ondas Eletromagnéticas

Lista de Exercícios 2: Magnetismo e Ondas Eletromagnéticas Lista de Exercícios 2: Magnetismo e Ondas Eletromagnéticas 1. Na Fig.1, em (a) e (b), as porções retilíneas dos fios são supostas muito longas e a porção semicircular tem raio R. A corrente tem intensidade

Leia mais

Considere os seguintes dados nas questões de nº 01 a 04. Determine a grandeza que falta (F m,v,b)

Considere os seguintes dados nas questões de nº 01 a 04. Determine a grandeza que falta (F m,v,b) Considere os seguintes dados nas questões de nº 01 a 04. Determine a grandeza que falta (F m,v,b) 01. 02. 03. 04. 05. A figura representa um fio condutor reto de comprimento 10cm, percorrido por corrente

Leia mais

Introdução. Por mais de 200 anos... Até que em 1905 Einstein... m = m 0

Introdução. Por mais de 200 anos... Até que em 1905 Einstein... m = m 0 Introdução Por mais de 200 anos... ԦF = d(m Ԧv) dt Até que em 1905 Einstein... m = m 0 1 v2 Para aqueles que desejam somente receber o mínimo necessário para poder resolver problemas isto é todo o que

Leia mais

FENÔMENOS OSCILATÓRIOS E TERMODINÂMICA AULA 3 ONDAS I

FENÔMENOS OSCILATÓRIOS E TERMODINÂMICA AULA 3 ONDAS I FENÔMENOS OSCILATÓRIOS E TERMODINÂMICA AULA 3 ONDAS I PROF.: KAIO DUTRA Tipos de Ondas As ondas podem ser de três tipos principais: Ondas Mecânicas: São governadas pelas leis de Newton e existem apenas

Leia mais

PROVA DE FÍSICA I. 01. Um corpo desloca-se em movimento retilíneo uniforme, durante 4h. A figura representa o gráfico da posição em função do tempo.

PROVA DE FÍSICA I. 01. Um corpo desloca-se em movimento retilíneo uniforme, durante 4h. A figura representa o gráfico da posição em função do tempo. PROVA DE FÍSCA Esta prova tem por finalidade verificar seus conhecimentos das leis que regem a natureza. nterprete as questões do modo mais simples e usual. Não considere complicações adicionais por fatores

Leia mais

Duração do exame: 2:30h Leia o enunciado com atenção. Justifique todas as respostas. Identifique e numere todas as folhas da prova.

Duração do exame: 2:30h Leia o enunciado com atenção. Justifique todas as respostas. Identifique e numere todas as folhas da prova. Duração do exame: :3h Leia o enunciado com atenção. Justifique todas as respostas. Identifique e numere todas as folhas da prova. Problema Licenciatura em Engenharia e Arquitetura Naval Mestrado Integrado

Leia mais

Relatividade Restrita. Sandro Fonseca de Souza

Relatividade Restrita. Sandro Fonseca de Souza Relatividade Restrita Sandro Fonseca de Souza Normas e Datas Atendimento ao estudante: sextas-feiras de 14:00-15:00 na sala 3016 A. Os alunos com menos de 75% de presença serão reprovados por falta. Entretanto,

Leia mais

Física III-A /2 Lista 7: Leis de Ampère e Biot-Savart

Física III-A /2 Lista 7: Leis de Ampère e Biot-Savart Física III-A - 2018/2 Lista 7: Leis de Ampère e Biot-Savart 1. (F) Considere um solenoide como o mostrado na figura abaixo, onde o fio é enrolado de forma compacta. Justificando todas as suas respostas,

Leia mais