Autoria: Francisco Sobreira Netto, Wagner de Souza Azevedo

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1 Aspectos Positivos e Negativos da Resistência à Mudança com a Adoção da Tecnologia da Informação na Administração Tributária de São Paulo: o Caso Nova Gia Eletrônica Autoria: Francisco Sobreira Netto, Wagner de Souza Azevedo Resumo: Resistência à mudança em geral e à mudança organizacional em particular tem sido, historicamente, objeto de estudo com o objetivo de se firmarem conceitos e se descobrirem novas maneiras de evitá-la, combatê-la, e minimizarem-se os seus efeitos no processo de implementação de mudanças organizacionais e de Tecnologia da Informação. Mais recentemente, surgiram estudos em que se apresentam também pontos positivos nessa resistência com o uso da TI. O presente trabalho se constituiu numa pesquisa exploratória, com o uso do método de estudo de caso, baseada em fontes primárias e em entrevistas semiestruturadas e diretas a dirigentes, mentores e membros do projeto de implementação de um serviço colocado à disposição do contribuinte de tributos estaduais do estado de São Paulo, via Internet, no âmbito da administração pública tributária brasileira, denominado Nova Gia Eletrônica. Os resultados corroboraram a premissa básica da existência de ambos aspectos neste caso específico, embora haja uma expressiva tendência em se valorizar mais os aspectos inibidores em detrimento dos propulsores. Introdução Resistência à mudança em geral e à mudança organizacional em particular tem sido, historicamente, objeto de estudo com o objetivo de se firmarem conceitos e se descobrirem novas maneiras de evitá-la, combatê-la, e minimizarem-se os seus efeitos no processo de implementação de mudanças organizacionais e de Tecnologia de Informação - TI. Portanto, a resistência à mudança organizacional sempre tem sido tratada como um inimigo, um entrave ao bom andamento das iniciativas modernizadoras e benéficas. O problema central nem sempre é a mudança pretendida, mas a resistência à mudança (Hazan, 1998). Recentemente, surgiram trabalhos em que se apresentam também alguns pontos positivos na resistência. Chu (2003) apresentou uma pesquisa com resultados que demonstram a existência dos pontos positivos e a importância de se estudar a resistência e se obter informações úteis ao processo de mudança ao invés de combatê-la ou evitá-la.assim sendo, este trabalho tem por objetivo contribuir para a ampliação dessa visão da resistência à mudança, apresentando um caso de implementação de sistema de TI em órgão público. As resistências surgidas são aqui apresentadas e analisadas em seus aspectos negativos e positivos. Ao final são apresentadas as conclusões com o objetivo de contribuir para a ampliação do debate nesse campo ainda não tão explorado. O caso em estudo é a implantação de um sistema de preparação e transmissão, via Internet, de informações econômico-fiscais das empresas do Estado de São Paulo para a Secretaria da Fazenda do mesmo Estado Sefaz-SP. O projeto foi denominado Nova Gia e está atualmente em pleno funcionamento.esse projeto foi escolhido por envolver uma ampla gama de stakeholders vários órgãos do próprio governo, contribuintes (empresas comerciais, industriais e de prestação de serviços), entidades de classe (contabilistas, entidades representantes de vários ramos de atividades), desenvolvedores de sistemas de TI -, pelas dificuldades e resistências adicionais normais em órgãos públicos, e por ser um projeto atual, envolvendo maciça utilização de recursos de TI, provocando efetiva mudança organizacional e amplamente documentado. 1

2 Em razão do próprio objetivo central do trabalho, que é o de se descobrirem aspectos positivos e aspectos negativos no fenômeno da resistência à mudança, este trabalho apresenta algumas limitações na amplitude da pesquisa realizada, restrito ao caso específico do documento Nova Gia, bem como apresenta limitações normais ditadas por necessidade de sigilo por envolver um sistema de informações de empresas e de política econômica e tributária do Estado. 1 Metodologia O estudo de caso é suportado por pesquisa em fontes primárias do projeto, em relatórios de evolução e em dezenove entrevistas semi-estruturadas e diretas, com os principais dirigentes, consultores de TI, desenvolvedores e participantes da equipe do sistema Nova Gia. Trata-se de uma pesquisa exploratória com a utilização do método de estudo de caso, nas condições estabelecidas por Albertin (1997): um caso crítico com teoria bem formulada ou um caso que revele algo novo para um determinado pesquisador. A presente pesquisa atende a estes dois requisitos, devido ao acesso privilegiado dos pesquisadores às informações do projeto Nova Gia pelo pioneirismo deste serviço na época de sua concepção e implantação. Lakatos e Marconi (1996) definem este tipo de pesquisa como investigações cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com o ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos. Campomar (1991) observa que o método de estudo de casos implica numa análise profunda de um número relativamente pequeno de situações, podendo chegar a apenas uma. Dá-se foco à descrição completa e à análise do comportamento dos fatores de cada fenômeno, sendo irrelevantes os números envolvidos. Apesar de certo preconceito de alguns autores com o método, por considerá-lo menos adequado devido à sua falta de rigor e pela possibilidade de que evidências equívocas ou entendimentos errôneos distorçam as descobertas, Yin (1989) reitera-o como cientificamente aceito e muito utilizado nas pesquisas exploratórias onde se busca identificar aspectos presentes, e não quantificá-los ou descrever sua incidência estatística. Segundo a taxonomia do autor quanto ao foco, este estudo se enquadra na categoria de estudo de caso embutido, qual seja, aquele que procura observar diferenças entre os diversos componentes de uma mesma unidade de análise, mas com o fim de obter maiores informações sobre o todo. Considerando que a pesquisa está contextualizada nas condições e nos requisitos metodológicos elencados, o trabalho tem por objetivo principal identificar os possíveis aspectos negativos e/ou positivos da resistência à mudança organizacional decorrente da implantação de um serviço com o uso da TI no âmbito da administração tributária estadual paulista. Assim sendo, a questão principal da pesquisa é: Quais os aspectos negativos e/ou negativos da resistência à mudança na Sefaz-SP, pela aplicação da TI em serviço colocado à disposição do cidadão paulista? Como estes aspectos agiram sobre o projeto Nova Gia? 2 - Resistência à mudança e TI 2.1- Mudança organizacional e resistência à mudança Kuhn (1962) criou, definiu e popularizou o conceito de mudança de paradigma, ao afirmar que o avanço científico não é uma evolução constante, mas é uma série de períodos de 2

3 paz interrompidos por revoluções intelectualmente violentas, e nessas revoluções uma visão conceitual é substituída por outra. O período atual da vida humana é caracterizado por mudanças dramáticas não apenas tecnológicas, mas principalmente em todas as esferas da vida social. Albrecht (1988) sugere que vive-se em uma fase de mudança em ritmo exponencial, dado o crescente número de mudanças a uma velocidade cada vez maior. As mudanças nas organizações, por vezes radicais e de larga escala, podem levar a resistências poderosas, decorrentes de motivações psicossociais, com resultados decisivos no alcance dos objetivos desejados. A mudança organizacional em larga escala, segundo Ledford et al. (1991), é uma mudança no caráter da organização que altere significativamente seu desempenho. A idéia de resistência à mudança é atribuída, em seu conceito fundamental, a Lewin (1947). Para ele, haveria sempre uma força de resistência se contrapondo a toda força provocadora de mudança A mudança somente ocorrerá quando a força de mudança for maior do que a força de resistência que se oponha a ela. Caso a força de resistência seja igual ou maior que a força provocadora de mudança, a organização ficará inalterada Aspectos negativos da resistência à mudança organizacional A literatura é rica em demonstrar os aspectos negativos da resistência. Miller e Cangemi (1993) consideram a resistência a mudanças e a falta de envolvimento dos empregados da organização no processo de mudança, como componentes importantes do insucesso na implantação de transformação organizacional. Hazan (1998) esclarece que no caso da indústria de transmissão e distribuição de energia elétrica de regulamentada para desregulamentada, o maior obstáculo para uma transição tranqüila não era a dimensão da mudança que estava acontecendo, mas a resistência a mudança que assumiu proporções consideráveis. Nesse caso específico, a resistência maior era a dos consumidores de energia elétrica. Embora técnicos dentro e fora da área governamental listassem muitas vantagens vindas da reestruturação pretendida, os observadores viam os consumidores céticos em relação a benefícios autênticos vindos da nova indústria energética. Esses críticos viam o governo organizando entidades que abririam as portas a certos magos financeiros para estes terem mais opções de aplicações especulativas. A seu ver, tudo parecia estar montado para transferir receitas dos serviços públicos para os investidores, enquanto os consumidores tinham pouco interesse em saber quem lhes estaria levando o dinheiro. Tudo o que o consumidor desejava era a garantia de que o fornecimento de energia não seria interrompido. E os agentes de mudança trabalharam para possibilitar descontos e outros benefícios para tentarem ganhar a confiança dos consumidores e reduzirem a resistência à mudança. Kurtz e Duncan (1998), por seu turno, abordaram o tema através da implantação de shared services e a avaliação da resistência a essa implementação. A resistência pode inviabilizar a realização da modernização pretendida. E essa resistência vem dos próprios agentes envolvidos na modernização. Segundo Kaufman (1971), a mudança organizacional não é ruim nem boa apenas por ser mudança. Ela pode assumir qualquer posição em qualquer uma das direções. Mas sempre será confrontada com forças que a contraditam e que restringem a capacidade de as organizações reagirem a novas condições. Algumas vezes com graves resultados. O autor esclarece que as mudanças podem ameaçar alguns grupos nas organizações, ou ainda ameaçar alguns elementos que se beneficiam de certas recompensas atuais, ou mesmo 3

4 da atribuição de recursos para suas atividades, provocando alterações no status quo. E isso pode ocorrer tanto horizontalmente, entre diferentes unidades organizacionais, quanto verticalmente, envolvendo diferentes níveis hierárquicos. Kaufman (1971), confirmado posteriormente por Agocs (1997), destaca também os estereótipos mais freqüentes identificados como focos de resistência: indiferença, rejeição passiva, rejeição ativa, sabotagem, colaboração, entusiasmo não comprometido e entusiasmo comprometido. A variação no comportamento resultante de mudanças se dá pelo fator humano. Os diferenciais predominantes são a conscientização e a intensidade de resposta às mudanças. Walton (1998) enumera alguns dos sintomas de má coordenação entre a TI e a mudança organizacional. Entre os principais estão: 1- Os empregados ignoram o sistema: Às vezes os planejadores falham em proporcionar as condições organizacionais mínimas necessárias para o funcionamento de um sistema de TI. Pequenas tarefas de pesquisar e inserir dados podem ser tidas como difíceis, sendo freqüentemente negligenciadas, causando falta de confiabilidade e frustração no uso do sistema. 2- Baixo moral entre os empregados: Se um sistema com uso de TI desprepara e desmotiva os empregados o próprio sistema também sofre. Embora possa haver redução dos custos na organização, os empregados podem ver a automatização de seu trabalho como uma grande desvantagem. 3- Resultados desapontadores no uso do sistema: Muitas vezes os resultados podem ser desalentadores, pelo sistema com uso da TI simplesmente não fazer aquilo que se esperava que fizesse. A frustração causada por uma falsa expectativa de resultados com uso de novas tecnologias é um grande fator negativo de resistência à mudança nas organizações Aspectos positivos da resistência à mudança organizacional Mais recentemente alguns trabalhos têm questionado o caráter negativo único da resistência à mudança. Autores como Hernandez e Caldas (2001) sugerem a existência de aspectos positivos na resistência à mudança organizacional. Apesar de a resistência à mudança ser considerada tradicionalmente um grande problema que requer uma ação imediata, ela também pode ser considerada uma ferramenta propulsora da mudança organizacional. Esta nova visão da resistência à mudança, despertada por Waddell e Sohal (1998), é baseada na idéia que, ao invés de ser considerada um sintoma de disfunção organizacional, a resistência representa, com freqüência, um curso de ação lógico e justificável do ponto de vista dos que estão envolvidos ou são afetados pela mudança. Se, por um lado, a resistência à mudança é um fenômeno que afeta o processo de mudança provocando atraso ou morosidade no início da operação, obstruindo ou anulando sua implementação e aumentando os custos, por outro lado, a resistência é uma tentativa de manutenção do status quo. É o equivalente à inércia, como uma força constante para evitar a mudança. Por esse ângulo, a inércia e, por extensão a resistência, não são conceitos negativos em seu sentido geral, pois a mudança não é inerentemente benéfica para as organizações. Além disso, a resistência pode expor aos gerentes de mudança, certos aspectos que podem não ter sido convenientemente considerados no projeto. Alguns aspectos positivos atribuídos à resistência à mudança são apontados por Waddell e Sohal (1998): 1 Estabilidade: Pode ser crucial o papel representado pela resistência, ao influenciar a organização em direção à manutenção da estabilidade. A resistência pode ser um fator 4

5 moderador entre a necessidade de mudança e a estabilidade, evitando o excesso de mudança e garantindo níveis adequados de previsibilidade e controle. 2 Seleção: Este aspecto positivo posiciona a resistência como um elemento que pode indicar alguns pontos da mudança que possam ser não apropriados, mal planejados, ou mesmo prejudiciais à organização. 3 Influxo de energia: A organização necessita sempre motivação e energia para alcançar o desenvolvimento e o progresso. A resistência pode ser um fator que faça aflorar esse aspecto motivacional e de energia tão necessário para a implementação de transformações. Apatia e desmotivação não podem conduzir nenhuma mudança organizacional. 4 Fonte de inovação: Os conflitos surgidos em decorrência da resistência obrigam à busca de soluções alternativas para os problemas encontrados. Isso possibilita a avaliação de outros processos e de outras possibilidades, fazendo da resistência à mudança uma fonte de inovação. 5 Decisões participativas: A mudança organizacional pode entrar em uma área de risco quando as decisões são tomadas em grupo. A resistência provoca debates e discussões, que são necessários para a tomada de decisões que apontem para soluções melhores e mais adequadas, com debate mais amplo e maior participação. Os autores concluem que a suposição de que a resistência seja um fenômeno sempre negativo e prejudicial deve ser repensada. Na literatura tradicional raramente é incentivada a utilização da resistência pelos seus aspectos positivos. Segundo Chu (2003), em geral apresentam-se os meios de se lidar com ela de forma a minimizar seus efeitos, mas raramente há conselhos para fazer um diagnóstico da resistência com o objetivo de determinar os seus fatores positivos A Dupla potencialidade da TI Walton (1998) entende que a mudança organizacional com uso da TI pode ter dupla potencialidade. A TI pode reforçar o controle hierárquico do nível superior, ao prover os supervisores de registros que monitoram muitos aspectos de comportamento e desempenho de empregados. A mesma tecnologia pode reforçar os níveis inferiores de uma organização pela expansão e democratização do acesso à informação. Ou seja, dependendo do seu uso pode-se esperar maior ou menor resistência na sua aplicação por parte dos envolvidos. As duas potencialidades permitem a opção do tipo de influência organizacional desejado pelos administradores que aprovam os sistemas de TI. O quadro a seguir apresenta a lista de dualidades da TI, elencadas por Walton (1998), que tanto pode reforçar uma orientação voltada à submissão (aceitação), quanto pode facilitar uma mudança para uma organização orientada para o comprometimento. Efeitos na organização voltada à aceitação Monitora e controla Cria rotina e cadencia Despersonaliza Efeitos na organização voltada ao comprometimento Distribui o poder e a informação e promove a autosupervisão Proporciona o discernimento e promove a inovação Enriquece a comunicação Despoja os indivíduos de seu conhecimento Levanta as necessidades de habilidades e promove o aprendizado Reduz a dependência nas pessoas Aumenta a importância da habilidade individual e a motivação interna Fonte: Walton, 1998 A dupla potencialidade da TI sobre a organização, p. 35 5

6 Se os propósitos e necessidades de um sistema de TI são atingidos por alto nível de motivação individual e competência, é importante desenhar e implementar sistemas de maneira a criar os efeitos listados na coluna direita do quadro. Ao contrário, se as necessidades do sistema se satisfazem com um grupo submisso e com modestas habilidades, os efeitos listados na coluna esquerda podem ser mais aceitáveis. Na prática, a maioria das novas formas de TI aumentam as necessidades de competência e motivação interna, e daí surgem expectativas de maior ou menor inibição de seu uso Interações entre a organização em mudança e a TI De acordo com Walton (1998), as interações entre a TI e a organização assumem sete maneiras diferentes, que demonstram por que não se trata implementação e uso de TI sem discutir mudança organizacional. Primeiro. Para ser eficaz, um sistema de TI pode requerer novas políticas ou novos desenhos organizacionais: cargos mais flexíveis, distribuição diferente de autoridade, novos programas de treinamento e novos critérios de seleção. Segundo. A introdução de um novo sistema de TI pode provocar reações não previstas: disputas por poder ou status, mudança generalizada nos padrões de comunicação ou de comportamento. Terceiro. Sob determinadas condições acontecem posteriores elaborações, revisões e modificações pelos próprios usuários, para atender a suas preferências pessoais. A influência das pessoas sobre os sistemas é significativa em sistemas especialistas dirigidos ao usuário final. O autor relata um caso em que na implantação de um sistema em substituição a processadores de texto, entre sete gerentes, dois encorajaram o staff a experimentar o novo sistema, dois mantiveram o uso sistemático do processamento de texto e três desenvolveram redes independentes para suportar seu pessoal de vendas. Quarto. A TI pode criar ou promover novas soluções organizacionais: capacitar pessoas da organização a trabalharem juntas no espaço ou no tempo; permitir ao profissional a execução do trabalho em sua residência; optar entre uma estrutura centralizada ou descentralizada. Quinto. Os sistemas de TI podem acelerar e refinar a adaptação organizacional a condições de mudança. Walton destaca como a TI permite a detecção antecipada e a resposta a problemas de manufatura, ajustes mais rápidos dos incentivos para programas de venda e melhores escolhas dos prêmios por reconhecimento pela contribuição dos funcionários ou unidades. Sexto. Sistemas de TI e formas organizacionais, em alguns casos, podem ser considerados alternativos, no desenvolvimento de ações similares, como facilitar certos tipos de comunicação e coordenação em um departamento de pesquisa e desenvolvimento. Sétimo. O planejamento de um sistema de TI pode criar oportunidade para a introdução de mudanças organizacionais desejadas pela administração e não diretamente relacionadas ao sistema de TI: o planejamento de TI pode ser a ocasião para definir altos níveis de padrão de qualidade. 6

7 Walton (1998) conclui que os agentes da mudança devem estar cientes de cada uma dessas relações potenciais entre a organização e TI para desenvolverem sistemas mais eficazes, reduzindo a ocorrência de reações que prejudiquem sistemas implantados Alguns aspectos da resistência à mudança na administração pública Ansoff (1979) aponta que a combinação de competitividade através das forças de mercado e as decisões empresariais direcionam uma organização para a obtenção do ambiente necessário para a implementação de qualquer projeto de longo prazo. E essas atividades são virtualmente inexistentes em entidades prestadoras de serviços públicos sem objetivo de lucro. Essas organizações têm um poder outorgado pela sociedade para fornecer os serviços necessários à manutenção da infra-estrutura social, que não são prestados tipicamente pelo setor privado (por exemplo proteção policial, saneamento, assistência social). O autor afirma ainda que unidades prestadoras de serviços públicos altamente subsidiadas têm sido virtualmente desestimuladas a desenvolver atividades geradoras de mudanças. Nutt (1984) acrescenta que o processo de administração no setor público deve considerar, adicionalmente às resistências que ocorrem no setor privado, alguns importantes aspectos, próprios do setor público. Um desses aspectos, que se torna um dos maiores focos de resistência na administração pública, é a revisão periódica e avaliação a que fica sujeito o seu grupo tomador de decisões de mais alto nível; a cada dois, quatro ou seis anos encerra-se um ciclo administrativo através de eleições. O estágio do ciclo político e a probabilidade de a administração atual ser renovada tem um potencial de impacto substancial no desenvolvimento da estratégia da unidade de serviço público. Isto porque em sua primeira fase, no primeiro quarto do tempo de mandato dos administradores, são feitas as opções de investimento do governo e as opções estratégicas da administração estão sendo efetivadas. Passada essa fase, entre o segundo e o terceiro quartos do tempo decorrido, há uma baixa atividade de planejamento e de definição de opções, e o governo entra na fase de implementação dos planos definidos no primeiro quarto do tempo de mandato. O último quarto do tempo de mandato terá intensa atividade se a possibilidade de reeleição do governo for alta. Se a administração não estiver pleiteando a reeleição, ou se a probabilidade de reeleição for muito pequena, as unidades governamentais adotam uma estratégia operacional de manutenção. Nessa fase haverá um forte grau de resistência a mudanças. Montanari e Bracker (1986) sugerem a utilização da análise SWAA (Strength, Weakness, Advocate, Adversary), que avalia Força, Vulnerabilidade, Apoiadores e Adversários da unidade. Esta analise é similar à análise conhecida por SWOT (Strength, Weakness, Opportunity, Threat; ou sejam: Força, Vulnerabilidade, Oportunidade, Ameaça), mas é considerada pelos autores como mais adequada às unidades de serviço público em razão do ambiente peculiar em que essas unidades operam. Por essa análise a unidade pode reconhecer os seus apoiadores externos e internos, que podem dar suporte inclusive a suas necessidades de recursos, e seus adversários (público, outras unidades do Estado, legisladores) obstaculizadores de recursos para a unidade. Aqui pois, se configura a segunda grande fonte de resistência à mudança na administração pública, que é a limitação dos recursos financeiros tendo em vista as prioridades elencadas em função das opções definidas para o período de governo. Essas opções, conforme Montanari e 7

8 Bracker (1986), são fixadas em função dos compromissos de campanha e do direcionamento dado pelo governo para a aplicação dos investimentos. Um terceiro foco importante de resistência à mudança na administração pública é o resultante do status quo da unidade envolvida, e da própria atividade dessa unidade em se fortalecer perante a administração como destino de recursos disponíveis. Montanari e Bracker (1986) definem como estrelas do serviço público as unidades que conquistam notoriedade dentro e fora do governo algumas vezes até mesmo através de ações políticas destinadas a projetar essa imagem de importância; e como back drawer service, ou seja, serviço de status inferior (de fundo de gaveta), aquelas unidades que recebem pouca importância da administração e, portanto, pouca destinação de recursos. 3 A Nova Gia Eletrônica da Sefaz-SP 3.1- Breve histórico A Nova Gia Eletrônica consiste em um sistema de captação de informações econômicofiscais dos contribuintes estabelecidos no Estado de São Paulo, sujeitos à legislação do ICMS. A situação anterior constava de cinco sistemas que funcionavam separadamente, sem o intercâmbio de informações entre eles, com algumas das informações sendo prestadas em duplicidade pelos contribuintes. E, ainda que fossem informadas com incoerências, essas não eram detectadas pelos sistemas, já que cada um tratava suas informações de forma isolada, dirigida diretamente para as suas finalidades. O sistema de Nova Gia Eletrônica veio aperfeiçoar e integrar esses cinco sistemas, de forma a garantir maior detalhamento e total confiabilidade nas informações recebidas pelo órgão público. Os sistemas anteriores descritos sucintamente eram: 1- GIA (Guia de Informação e Apuração do ICMS Trata-se da declaração pela qual as empresas passavam as informações de seu movimento sujeito à legislação do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transportes, Comunicações e Eletricidade). O documento continha dados resumidos dos livros fiscais para a apuração do imposto devido pela empresa. Até 1996 tratava-se de um documento preenchido em formulário de papel entregue na rede bancária e posteriormente digitado para inserção na base de dados da Secretaria da Fazenda. Esse procedimento gerava uma quantidade de erros muito grande e uma demora média de 60 dias na colocação dos dados à disposição dos usuários principalmente dos dados ligados à fiscalização e à cobrança do tributo. A partir de 1996 o mesmo documento passou a ser entregue pelas empresas em meio magnético nas repartições fiscais, que após rápida validação fazia a transmissão dos dados criptografados à sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz) que processava e alimentava a base de dados, reduzindo o prazo acima de 60 dias para aproximadamente quatro dias, e eliminando totalmente erros decorrentes de digitação. 2- GIA-ST (Guia de informação e Apuração do ICMS Operações sujeitas ao regime de substituição tributária) Trata-se de uma declaração igual à anterior, envolvendo apenas os produtos e operações sujeitas à retenção antecipada do ICMS, determinada pela legislação e conhecida como Substituição Tributária. 3- DIPAM (Declaração para apuração do Índice de Participação dos Municípios) Funcionando da mesma forma que a GIA, primeiro em papel e entregue aos bancos e depois em meio magnético diretamente nas repartições fiscais. Constava de informações adicionais 8

9 que permitiam a geração de um índice pelo qual é feita a distribuição da parte do ICMS destinada aos municípios, durante todo um ano fiscal. A cada ano o índice é recalculado. 4- GINTER (Declaração de operações interestaduais) Entregue uma vez por ano, apresentando um resumo por tipo de operação, o valor total das entradas e saídas de mercadorias enviadas a ou recebidas de outras unidades da federação. Esta declaração também seguia os mesmos moldes das acima citadas, porém não havia qualquer meio de garantia da autenticidade dos valores informados. 5- ZFM/ALC (Declaração de operações com mercadorias destinadas à Zona Franca de Manaus e às Áreas de Livre Comércio) Entregue mensalmente às repartições fiscais sempre que a empresa tivesse operações com benefícios fiscais, destinadas às áreas brasileiras consideradas pela legislação como de Livre Comércio Problemas anteriores à implantação da TI Os problemas cruciais encontrados nos sistemas anteriores, segundo os autores do projeto da Nova Gia, e que nortearam o estabelecimento dos objetivos do novo projeto foram: 1 Falta de confiabilidade dos dados recebidos pela Sefaz-SP: Os dados informados pelas empresas em cada um dos aplicativos, embora tivessem as mesmas fontes, poderiam ser diferentes e o órgão público não tinha condições de fazer uma verificação de sua consistência. Esta impossibilidade resultava da grande quantidade de informações fornecida por um gigantesco contingente de empresas. A título de exemplo citam-se os dados da Gia, que fornecia o movimento de entradas e saídas das empresas e a sua apuração do imposto devido, e os dados fornecidos através do aplicativo Ginter, que informava o movimento de entradas e saídas interestaduais. Esta última informação (de entradas e saídas interestaduais) já estava contida na Gia, porém sem a discriminação dos estados de origem e de destino das operações, e em princípio deveriam perfazer valores iguais, isto é: o total anual das saídas interestaduais informadas no aplicativo Gia (e das entradas, por seu turno), deveriam ser iguais aos valores da mesma empresa informados no aplicativo Ginter. E isso não ocorria. Os valores divergiam, e o órgão público, salvo em casos específicos, não dispunha de meios humanos e materiais para proceder à auditoria que viesse a corrigir o problema, utilizando-se portanto, de valores inconsistentes para as operações seguintes. A mesma insegurança contaminava as informações obtidas pelos demais aplicativos citados. 2 Os dados informados eram insuficientes: As informações prestadas pelas empresas eram agrupadas em certos tipos de operações sem a discriminação necessária para gerar os efeitos fiscais e econômicos necessários. Essa deficiência remonta à época em que os sistemas anteriores foram concebidos e deve-se à falta de recursos de então. Como os documentos recebidos das empresas tinham que ser digitados, isso representava uma quantidade de trabalho muito grande, inviabilizando maior quantidade de informação. Conseqüentemente as empresas forneciam apenas o resumo mensal do fechamento da conta de tributos e, anualmente, os valores das operações totais do ano, agrupadas por vários códigos fiscais, o que, embora garantisse a possibilidade de digitação e inclusão na base de dados, era insuficiente para a fiscalização e para a tomada de decisões do ponto de vista econômico. 9

10 3 Quantidade muito grande de obrigações fiscais acessórias: Os aplicativos mencionados eram considerados pelas próprias empresas uma carga pesada, já que elas deveriam desenvolver vários controles para poder fornecer os dados com diferentes formatações e diferentes totalizações e ainda com maior ou menor grau de detalhamento para cada finalidade específica, em diferentes épocas do ano e com finalidades diferentes. O resultado era que muitas empresas não se organizavam adequadamente para cumprir essas obrigações, havendo a improvisação e a inexatidão dos dados fornecidos algumas vezes até com finalidades escusas. O órgão público, por sua vez, tinha pouca capacidade para controlar e cruzar essa grande massa de informação em formatos variados, e pouca capacidade para controlar e cobrar as omissões. 4 Pouca utilidade para o processo decisório do órgão público: Em razão dos motivos apresentados nos item 1 a 3 acima, a administração da Sefaz-SP ficava insegura no momento de tomar decisões baseadas naquela massa de dados, fossem agrupados para decisões de política econômica, fiscal ou financeira; ou fossem isolados - para fins de auditoria fiscal de uma empresa isoladamente. Para qualquer dessas finalidades, os dados deveriam ser submetidos a trabalhos adicionais para verificação e complementação das informações Principais funcionalidades do sistema Tendo como objetivo central a solução ou pelo menos a minimização dos efeitos dos problemas citados, a CAT Coordenadoria da Administração Tributária da Sefaz-SP incluiu o projeto Nova Gia como parte de um ambicioso programa de modernização que denominou Promocat Programa de Modernização da CAT. Esse programa tratou de alavancar a modernização da área subordinada à administração tributária, porém trouxe reflexos positivos a todas as coordenadorias da Secretaria da Fazenda e mesmo ao Governo Estadual como um todo, dada a importância das mudanças ocorridas, inclusive com operações efetuadas diretamente pela Internet. Assim, em termos do projeto Nova Gia, foi criado um grupo de projeto formado por funcionários de carreira da Sefaz-SP, apoiado por consultoria especializada externa. As funcionalidades do sistema foram estabelecidas pelo pessoal da própria organização, com o objetivo de sanar os problemas anteriormente estudados pelo órgão. A seguir são relacionadas as principais funcionalidades embutidas no sistema: 1 Aplicativo integrado: Como idéia básica a nortear todo o projeto, elegeu-se a integração do aplicativo de forma a haver entrada única de dados a serem compartilhados por todas as áreas a que são destinadas as informações prestadas pelas empresas. Adicionalmente, deveria ser utilizada, na medida do possível, a transmissão de dados via Internet. 2 Informação com nível de detalhamento maior: Foi definido um nível de detalhamento por CFOP - Código Fiscal de Operação Ou Prestação de Serviço - ao invés de agrupamento de vários códigos como era o sistema anterior. Além disso foi estabelecida a freqüência mensal de fornecimento das informações para todos os contribuintes, exceto os enquadrados no regime simplificado de tributação - Simples, que são microempresas e empresas de pequeno porte. 3 Operações interestaduais por unidade da federação: As operações interestaduais, que anteriormente eram informadas em valores globais, deveriam ser incluídas, no próprio mês de 10

11 referência de sua ocorrência, com os respectivos valores detalhados por unidade da federação e correspondendo seus totais aos lançamentos indicados nos CFOPs identificados nas operações interestaduais. Os CFOPs identificam, pelo código, as operações internas (dentro do Estado), as interestaduais e as de importação e exportação. 4 Eliminação do sistema específico para Zona Franca de Manaus: Remessas de mercadorias para a Zona Franca de Manaus ou para as Áreas de Livre Comércio, beneficiadas por incentivos fiscais, que anteriormente eram inseridas em um aplicativo específico, passaram a fazer parte do sistema da Nova Gia. Qualquer saída com essas características deve ser objeto de informação dos detalhes exigidos para a operação, dispensando a apresentação em separado no órgão fiscal. 5 Eliminação da DIPAM em formulário papel: Como no sistema anterior as operações eram informadas agrupadamente, tornava-se necessária a elaboração da declaração denominada DIPAM, para ajustar os valores a sua dimensão correta, para fins de apuração do índice de participação dos municípios. Com o detalhamento conforme mencionado em 2 acima, esse ajuste tornou-se praticamente desnecessário, exceto em alguns poucos casos, em que o sistema Nova Gia deve permitir (e exigir) a inserção dos dados de ajuste. A exigência é relacionada ao CFOP. 6 Transmissão de arquivo via Internet: O sistema compõe-se de um aplicativo a ser instalado no equipamento do usuário para a inserção dos dados através de digitação ou de transferência a partir de um arquivo pré-formatado gerado pelo sistema de contabilidade. O aplicativo faz as consistências e gera um arquivo criptografado para transmissão via Internet para a base da Sefaz-SP. 4 - Resistência à mudança com uso da TI na Sefaz-SP caso Nova Gia Eletrônica Durante todo o processo de desenvolvimento e implantação do sistema Nova Gia Eletrônica na Sefaz-SP ocorreram resistências à mudança, de origens e razões as mais variadas, principalmente considerando-se um sistema de TI em implantação em órgão do governo do Estado, que tem a sua própria empresa de informática, e dirigida ao controle de informações destinadas ao controle do movimento econômico tributável dos usuários, que são empresas comerciais, industriais e prestadoras de serviços. Evidente que houve também esforços de várias fontes externas à organização, em favor da implantação do sistema, bem como um apoio expressivo da alta administração da Sefaz-SP, empenhada em modernizar o serviço público e melhorar seus controles. Confirmando a teoria sucintamente explorada neste trabalho, a mudança com o uso da TI exerceu o seu papel, trazendo alguns aspectos negativos, mas também, considerando-se o sistema como um todo, alguns aspectos positivos, expostos a seguir Aspectos negativos constatados 1 Resistência do parceiro histórico de TI do estado: A Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo - Prodesp, empresa contratada para suprir os serviços de desenvolvimento, implantação e operação dos sistemas de TI, é a parceira da Sefaz-SP em todos os sistemas dessa área. Entretanto, no caso específico do sistema Nova Gia, a concepção, o desenho do sistema, a definição das funcionalidades e dos objetivos do sistema partiram da área tributária da Sefaz-SP, constituída por funcionários fiscais de carreira. O desenvolvimento do código do aplicativo Nova Gia foi feito por consultores externos 11

12 especialmente contratados pelo Promocat. À Prodesp caberia o acompanhamento de todo processo, estudo e viabilização da implantação do novo sistema, considerando-se o ajuste com a situação anterior e a manutenção pós implantação. Os principais aspectos negativos constatados foram: - fornecimento insuficiente de dados ao pessoal envolvido no desenho do novo projeto; - falta de colaboração no momento de se definir a linguagem de programação a ser utilizada para o sistema a empresa alegava não ter técnicos preparados para dar posterior manutenção ao sistema com a linguagem especificada pela consultoria externa. Este ponto foi um dos que causaram inicialmente maior prejuízo ao sistema, pois obrigou o seu desenvolvimento na ferramenta Visual Basic, o que redundou em um aplicativo maior e muito mais instável em relação ao software C++, anteriormente sugerido pela equipe de consultores; - falta de colaboração em todos os momentos de definição dos pontos de conversão dos dados do sistema novo para o antigo, a fim de alimentar a base de dados antiga sem se perder a continuidade histórica. 2 Resistência do pessoal da Sefaz-SP: Dentro dos quadros da própria organização, encontraram-se fortes focos de resistência de funcionários em variados níveis hierárquicos. Destacam-se como principais aspectos negativos da resistência: - temor pela mudança de um sistema antigo que reconhecidamente deixava muito a desejar em termos dos fins propostos, mas que era o único conhecido. O medo da novidade impediu alguns avanços; - combate declarado por se estar reestudando códigos, legislações, rotinas e sistemas desenvolvidos por ou sob orientação de funcionários da Sefaz-SP, alguns em postos de comando e com bastante força para promover resistência; - dificuldades de relacionamento por problemas de ordem da própria estrutura organizacional da Secretaria, contrapondo pessoal de desenvolvimento e implantação de sistemas, de um lado, e pessoal responsável por hardware, administração de rede e administração de Internet/Intranet de outro lado; - temor de funcionários das repartições fiscais, de perderem funções ou status com o novo sistema. 3 Resistência do pessoal externo: O pessoal externo é representado principalmente por contribuintes de tributos estaduais obrigados a prestar informações econômico-fiscais ao Estado; contabilistas, prestadores de serviços a esses contribuintes; empresas de desenvolvimento e consultoria de sistemas, que fornecem os sistemas de contabilidade e de livros fiscais aos contabilistas e interessados. Os principais pontos negativos de resistência ocorridos nesse grupo foram: - falta de interesse das empresas, contribuintes de tributos estaduais, em fornecer dados detalhados ao estado, com a finalidade de se evitar um maior controle fiscal; - falta de colaboração de contabilistas que atuavam sem o registro no Conselho Regional de Contabilidade - CRC, pois o sistema faz a verificação da validade do registro do profissional, ou empresa contábil, com o uso da base de dados do próprio CRC. Segundo os entrevistados, houve alguns poucos casos em que o interessado se utilizou de meios de comunicação, como rádio ou jornal, ou se utilizou ainda de apoio de políticos locais 12

13 para demonstrar o seu desconforto. Essa resistência provocou algum atraso em determinados momentos do projeto, ameaçando, inclusive, a data de implantação do novo sistema Aspectos positivos constatados 1 Resistência do parceiro histórico de TI do estado: A resistência da Prodesp, a par dos efeitos negativos já enumerados, também proporcionou alguns aspectos positivos. Em conseqüência disso, a Sefaz-SP criou uma equipe mais diversificada e de maior capacitação técnica do que inicialmente havia sido previsto. Essa equipe acabou por se tornar mais ousada e menos dependente de formalidades e burocracias para a solução de problemas tradicionais. Neste caso, lembrando Waddell e Sohal (1998), houve maior estudo e maior criatividade em benefício do desenvolvimento do projeto, antes da sua efetiva implementação. 2 Resistência do pessoal da Sefaz-SP: Alguns funcionários da organização também se constituíram em agentes de resistência à mudança contribuindo com aspectos positivos. Propostas de soluções alternativas e contingenciais identificadas pela equipe de projeto redundaram em benefícios para o sucesso do projeto como um todo. Em sua fase inicial, aconteceram fortes focos de resistência à mudança com a finalidade de manutenção do status quo de algumas unidades organizacionais e de alguns funcionários. Pelo menos uma delas fez com que a equipe do projeto Nova Gia redimensionasse a abrangência do projeto como um todo, e isso foi considerado efetivamente um ponto positivo. Tratava-se da incorporação de um sistema específico de controle de créditos acumulados, que havia sido desenvolvido alguns anos antes. Este sistema funcionava com uma grande intervenção manual, produzindo muitos dados incorretos e exigindo desproporcional esforço para os poucos resultados que produzia. Segundo entendimento da equipe de projeto, sua inclusão no sistema Nova Gia seria relativamente simples e beneficiaria imediatamente a área de negócio envolvida, além de trazer outros benefícios para várias unidades fiscais encarregadas da alimentação e manuseio do aplicativo antigo. Devido às reações dos funcionários responsáveis pelo sistema de créditos acumulados, a equipe de projeto decidiu excluir esse módulo do escopo inicial do sistema, para efetuar novos estudos e posterior inclusão em uma versão futura do sistema. Essa decisão foi vista, posteriormente, como acertada e que resultou em ganho de tempo para a implantação do novo sistema, já que aquele módulo específico consumiria muito tempo em revisões de processos e em convencimento de suas vantagens aos seus gestores. E, ainda que não fosse tão forte essa resistência, deveria ser feito um completo reestudo das implicações de ordem legislativa, e suas repercussões político-financeiras, o que de alguma forma demandaria mais tempo do que o desejado para a implantação do sistema. Outra resistência do pessoal interno da Sefaz-SP considerada como ponto positivo foi aquela proveniente da área do antigo sistema Gia. Houve uma grande insistência na manutenção de alguns dados no formato antigo para fins de gestão tanto do histórico quanto de vários outros sistemas informatizados baseados naqueles formatos. O novo sistema, a princípio muito mais rico em detalhes e informações, não se adaptava a alguns sistemas antigos, o que poderia causar uma ruptura nos trabalhos desenvolvidos pela Sefaz-SP. Em que pese o desejo de se modificar de uma vez toda a estrutura antiga de gerenciamento de dados de arrecadação, os administradores do projeto Nova Gia aceitaram incluir um módulo mais simples para tratamento dos dados e, temporariamente, fazer a sua conversão 13

14 para a continuidade dos sistemas antigos. Aqui também, conforme ensinam Waddell e Sohal (1998), houve moderação na introdução das mudanças em razão da resistência, com resultado benéfico. 3 Resistência do pessoal externo: Desenvolvedores de sistemas para contabilidade representaram uma fonte de resistência que acabou beneficiando o sistema como um todo, já que foram chamados pela equipe de projeto para apresentarem suas restrições e sugestões, o que acabou por beneficiar o nível técnico de todo o sistema. A abertura da equipe e a transparência da Sefaz-SP proporcionou um debate mais amplo e participativo, gerando melhores soluções e o comprometimento de parceiros externos, fundamentais na implantação de sistemas baseados em TI. Usuários em geral apresentaram muitas restrições quanto aos sistemas operacionais que utilizavam, inclusive quanto às várias versões e releases do aplicativo Windows (sistema operacional registrado de Microsoft Corp.), causando instabilidade no funcionamento do sistema. Isso gerou exaustivos estudos e testes pela equipe de desenvolvimento até o encontro de uma versão do aplicativo Nova Gia que virtualmente funcionava nas mais variadas versões de Windows, tornando-o utilizável sob qualquer configuração de máquina. 5- Conclusões e principais contribuições da pesquisa Como era de se esperar, os mentores e implementadores do projeto Nova Gia enfrentaram resistências à mudança na Sefaz-SP. Considere-se, preliminarmente, que o projeto foi iniciado no meio da gestão de um governo e compelido a ser concluído até o final do mandato de seu gestor, a fim de que não sofresse paralisações com a possível descontinuidade administrativa, ou mesmo fosse abortado em definitivo por razões políticas ou entendimentos diversos. Com isso, sua implantação foi antecipada, não estando o novo serviço eletrônico rigorosamente testado, vindo a trazer a necessidade de alguns ajustes posteriores. Essa antecipação no prazo de implantação pelo risco de mudança de governo vem ao encontro da afirmação de Nutt (1984), de que se a probabilidade de reeleição for baixa, ou não houver interesse do governante atual em se reeleger, o último quarto do governo será de baixa atividade de planejamento estratégico e de realizações que promovam mudanças de médio e longo prazo. As unidades ligadas a TI foram realmente valorizadas, favorecendo a mudança no status quo e o crescimento de sua posição relativa, conforme sugerem Montanari e Bracker (1986) na análise SWAA. Não foi constatada a formalização dessa análise, mas foram identificados pelos entrevistados aspectos do forte apoio à mudança impulsionado pela TI na Sefaz-SP e significativo envolvimento da alta administração fazendária na sua implantação. A limitação de recursos financeiros em função das prioridades definidas pelo governo não se configurou como impeditivo ao projeto, um vez que o mesmo foi custeado por recursos externos provenientes do programa de modernização. Pôde-se conhecer nesse caso específico, conforme relato no item 4, que a resistência à mudança organizacional gerou obstáculos, normalmente esperados e combatidos, mas também aspectos positivos, normalmente não destacados pelos stakeholders, mas com efeitos propulsores sobre o projeto. Esse sistema parte de um conjunto de produtos de grande impacto no atendimento ao público, via Internet, implantados à época, e que acabou por se mostrar uma ferramenta de muita utilidade no sistema de informações da Sefaz-SP. 14

15 O caso apresentado é uma experiência de sucesso na administração pública recente e indicativo de que o fenômeno da resistência à mudança pode propiciar uma revisão detalhada e profunda de parte (ou do todo) do planejamento de um projeto com uso de TI, a fim de se detectarem possíveis fatores prejudiciais no processo de transformação. E, também, se os comportamentos resistentes forem encarados como fatores de polimento e ajuste do processo de mudança, este poderá ser aperfeiçoado e implementado de forma mais sólida e segura. Entre os estereótipos de Kaufman (1971), segundo os entrevistados, o que mais se confirmou nesta pesquisa foi o da rejeição passiva pelos antigos administradores do sistema Gia e do entusiasmo não comprometido por parte dos servidores da Sefaz-SP. A colaboração aconteceu entre os agentes mentores do projeto e os consultores de informática responsáveis pela arquitetura e desenvolvimento do aplicativo, num trabalho sinérgico e comprometido. A alta administração fazendária também foi identificada como grande colaboradora da mudança, impulsionada pela necessidade de informações confiáveis para a gestão da organização. Diante dos aspectos negativos que envolvem TI e mudança organizacional, elencados por Walton (1998), o único que não se confirmou totalmente foi o dos resultados desapontadores com o uso do sistema. Inicialmente, em virtude da definição de projeto para o uso de determinada ferramenta computacional em detrimento daquela escolhida pela equipe de consultores, houve um grande acúmulo de problemas por parte dos usuários do sistema, que não conseguiam discernir entre problemas de configuração de máquinas locais e os eventuais problemas da Nova Gia. Contudo, passado o desconforto inicial, e devido à facilidade proporcionada pelo novo aplicativo, os resultados positivos começaram a aparecer. Quanto aos aspectos positivos atribuídos por Waddell e Sohal (1998), todos os cinco se confirmaram. O relato do item 4 confirma as características de busca da estabilidade, seleção e posicionamento dos pontos de mudança, o influxo de energia gerado, a busca de soluções inovadoras e alternativas e a necessidade de decisões participativas com representantes de todas as áreas envolvidas. No que tange à dupla potencialidade da TI, seja em reforçar o controle hierárquico e assumir uma posição passiva de aceitação da mudança, seja em expandir e democratizar a informação, gerando o comprometimento dos envolvidos, a segunda hipótese foi a mais corroborada pelos entrevistados. No que se refere às interações entre a Sefaz-SP em mudança e o uso da TI, no caso específico da Nova Gia, também se confirmaram as sete características arroladas por Walton (1998), descritas no item 2.5. O sistema Nova Gia proporcionou o redesenho organizacional; gerou disputas entre diretorias pelo poder sobre a informação; acatou a influência dos usuários no ajuste do sistema inicialmente concebido; promoveu a capacitação de funcionários e o incentivo à sinergia entre equipes (negócio e TI); incentivou a elaboração de plano de contingência; abriu espaço para uma maior integração entre diretorias; alavancou a mudança em setores da Sefaz- SP, aproveitando-se da TI como elemento propulsor. Baseado nessas conclusões, este trabalho vem tecer considerações sobre a experiência da concepção e implantação da Nova Gia da Sefaz-SP e identificar aspectos positivos e negativos da resistência à mudança organizacional com o uso da TI. Trata-se de uma realidade específica, que não pretende exaurir o assunto e não permite generalizações. Porém, pode ser o ponto de partida e incentivo para novas pesquisas e estudo de iniciativas semelhantes de gestão da mudança organizacional com a informatização de serviços públicos nos diversos níveis de governo, principalmente quanto à quebra de paradigma de que a resistência à mudança 15

16 organizacional com a adoção de serviços com o uso da TI deve ser o mais que possível combatida, sem se perceber alguns possíveis ganhos dela decorrentes. 6 Referências Bibliográficas AGOCS, C. Institutionalized resistance to organizational change: denial, inaction and repression. Journal of Business Ethics. Dordrecht, v. 16, n. 9, ALBERTIN, A.L.Administração de Informática e a Organização. Revista de Administração de Empresas. São Paulo: FGV, nov/dez ALBRECHT, K. O gerente e o estresse. Rio de Janeiro: Zahar, ANSOFF, I.H. Implanting Strategic Management. London: Prentice Hall International, BRAVER, N.A.C.,.Overcoming Resistance to TQM. Research Technologic Management. v. 38, n. 5, set-out, Washington, CAMPOMAR, M. C. Do uso de estudos de casos em pesquisas para dissertações e teses em administração. Revista de Administração, São Paulo, v. 26, n. 3, p , jul-set CHU, R.A. Resistência a mudanças: aspectos positivos. In: ENANPAD, 27., 2003, Atibaia. Anais, Rio de Janeiro: ANPAD, set (CD-ROM). HAZAN, E. Deregulation: The Show Goes On. Transmission & Distribution World, v. 50, n. 3, 1998, p HERNANDEZ, J. M. da C.; CALDAS, M. P. Resistência à mudança: uma revisão crítica. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 41, n. 2, p , abr.-jun KAUFMAN, H. The Limits of Organizational Change, Alabama: University of Alabama Press, KUHN, T. The Structure of Scientific Revolutions. Chicago: University of Chicago Press, KURTZ, P. e DUNCAN, A. Shared Service Centres: overcoming resistance to implementation of a shared service centre. Management Accounting. Montvale, v. 76, n. 7, jul- ago, LAKATOS, E. M., MARCONI, M. de A. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, LEDFORD JR, G et all. The phenomenon of large-scale organizational change.san Francisco: Jossey-Bass, LEWIN, K. Frontiers in Group Dynamics: Concept, Method and Reality in Social Science. Human Relations, vol. n MILLER, R. L. & CANGEMI, J.P. Why total quality management fails: perspective of top management. Journal of Management Development. Bradford, MONTANARI, J.R. & BRACKER, J. S. The Strategic Management Process at the Public Unit Level. Strategic Management Journal. College of Business, Arizona State University, Tempe, Arizona, NUTT, P.C. Types of organizational decisions. Administrative Science Quarterly, Cornell University, n. 29, p TAPSCOTT, D. e CASTON, A. Paradigm Shift: the new promise of information technology. New York: McGrawHill, WADDELL, D. e SOHAL, A.S. Resistance: a constructive tool for change management. Management Decision, London, v. 36, n. 8, WALTON, R. E. Tecnologia da Informação: o uso de TI pelas empresas que obtêm vantagem competitiva. Trad. Edson Luiz Riccio. São Paulo: Atlas, YIN, R. K. Case study research: design and methods. 2. ed. California: Sage Publications,

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