OBESIDADE O TECIDO ADIPOSO COMO ÓRGÃO ENDÓCRINO
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- João Guilherme Bergmann Ávila
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1 UGF Pós-Graduação em Atividade Física Adaptada e Saúde OBESIDADE O TECIDO ADIPOSO COMO ÓRGÃO ENDÓCRINO Msd.. Marcela Grisólia Grisoste Zwarg Biodinâmica do Movimento Humano USP Balanço o de Energia e Sistema de Controle Determina a quantidade de tecido adiposo BEN Ingestão Equilíbrio Calorigênese Causas Básicas B da Obesidade Determina a quantidade de tecido adiposo BEP Ingestão Desequilíbrio Calorigênese Tecido Conectivo Especializado % do Peso Corporal % do Peso Corporal Diferenças: Histológicas Distribuição Função O TECIDO ADIPOSO 2 tipos: Branco/Amarelo/Uniocular Marrom/Pardo/Multilocular 1
2 TECIDO ADIPOSO BRANCO Adipócitos com uma gota lipídica Mitocôndrias próximas ao núcleo Presença de pelos menos 1 capilar para cada adipócito Núcleo Irregular, Achatado e Periférico Células Esféricas Tamanho Grande: µm Inervação Simpática TECIDO ADIPOSO BRANCO Distribuição: - Extensa - Importante no Adulto Atividade metabólica Localização: Derme Subcutâneo Mediastínico Mesentérico Perigonadal Perirrenal Retroperitoenal TECIDO ADIPOSO BRANCO Funções: - Reserva Energética - Proteção Mecânica - Isolante Térmico - Função Secretória 25 a 40% Gordura total na região central TECIDO ADIPOSO MARROM Adipócitos Multiloculares (várias gotas lipídicas) Amplamente Vascularizado Células Pequenas Núcleo Redondo e excêntrico Grande Quantidade de Mitocôndria SUBSTITUÍDA PELO TAB AO LONGO DO CRESCIMENTO 2
3 TECIDO ADIPOSO MARROM Distribuição: - Menos Extensa em adultos - Importante no Recém- Nascido e mamíferos Localização: - Região Cervical Posterior (Axilar, Supra-Íliaca e peri-renal) - Áreas Interescapular (Intercostal, Abdominal e retropubiana) TECIDO ADIPOSO MARROM Funções: Termogênese (dieta) Termogênese Adaptativa Cumpre importante papel na produção de calor Regulação Térmica É ativada em resposta ao frio, principalmente pelas catecolaminas e por hormônios tireoidianos. CONCEITO ANTIGO DO TECIDO ADIPOSO Adipócito Célula com a função de armazenar gorduras Hipertrofia das células c adiposas Fornecimento de energia Tecido Gorduroso Acúmulo de gorduras Hipertrofia do Tecido Gorduroso Adipócito Célula Endócrina Geloneze Neto, Geloneze e Tambascia,
4 CONCEITO ATUAL DO TECIDO ADIPOSO 1994 Considera o tecido adiposo como um tecido endócrino muito ativo; Libera diversos produtos de secreção, que: Regulam a ingestão e o gasto calórico; Controlam a resposta imunológica; Atuam diretamente nos vasos. Geloneze Neto, Geloneze e Tambascia, 2005 Proteínas secretadas pelos adipócitos que podem desempenhar papel molecular Leptina ASP Adipócito Adiponectina Interleucina 6 IL-6 Resistina TNF-α (Fator de necrose tumoral) PAI-1 (inibidor da ativação do plasminogênio tipo 1) Angiotensinogênio Glicocorticóides ides e hormônios Sexuais Fator de crescimento β (Acylation stimulation protein, derived from adipsin, C2 and factor B) 4
5 CONEXÕES C. BROBERGER, Brain regulation of food intake and appetite: molecules and networks. Journal of Internal Medicine 258: ;2005. Sistema de Controle por Feed-back CONTROLE HORMONAL DO BALANÇO O ENERGÉTICO Leptina Sinais Neurais (Vago) Controladores Gordura Sistema Controlador Sinais Neurais Neuro-hormônios mensageiros LEPTINA Inibe a fome Atua como sinalizador entre tecido adiposo e o SNC Regula a ingestão alimentar, o gasto energético e o peso corporal GRELINA Estimula a fome Atua como sinalizador do intestino para o cérebro Aumenta a adiposidade Dâmaso, Bernandes & Chelk, 2003 Bray GA. Am J Clin Nutr, 1998;67:1-4. 5
6 Sinais estimulatórios da Leptina: Insulina Glicocorticóides Estrógenos Aumento de peso Dieta Hiperlipídica Sinais inibitórios da Leptina: Catecolaminas Exposição frio TNF-α Sinais estimulatórios da Grelina: - Dieta Hipoprotéica e Jejum Sinais inibitórios da Grelina: Leptina GH Dieta Hiperlipídica Interleucina -1β CONTROLE CENTRAL DA INGESTÃO ALIMENTAR Balanço energético depende da integração entre vários sinais, de origem tanto periférica quanto central, que sinalizam e modulam os componentes do balanço energético CONTROLE CENTRAL DA INGESTÃO ALIMENTAR Os mediadores químicos que controlam o balanço energético podem ser divididos em dois grupos principais: Efetores anabólicos - moléculas que apresentam efeito estimulatório sobre a ingestão alimentar (são orexígenos) - efeito inibitório sobre o gasto energético, tendo como resultado de sua ação um aumento significativo da adiposidade corporal. Efetores catabólicos - a ação destas moléculas leva a um BEN, como resposta à redução da ingestão alimentar (efeito anorexígeno) - aumento do gasto energético. Controle periféricos ricos que influenciam o Controle central do apetite NUTRIENTES Glicose Ingestão Alimentar Lipídeos Ingestão Alimentar AAs Saciedade SINAIS NO TRATO GASTROINTESTINAL Gorduras e proteínas CCK, Bombesina e GRP Saciedade CITOCINAS TNF e IL-6 Ingestão Alimentar 6
7 HORMÔNIOS HORMÔNIOS LEPTINA 1994 (Dr. Friedman) 2 genes = controlar o peso corporal primos (gene ob) O gene ob no interior da célula adiposa produz leptina, um hormônio responsável pela saciedade. Uma disfunção do gene afeta a produção de lep TAXA NO SANGUE: 1 a 30ng/mL 3x > em mulheres que em homens = IMC Informa ao Hipotálamo o tamanho das reservas de gordura (TAB) subcutaneo e o principal LEPTINA Transferida para as células adiposas e penetra na corrente sangüínea. É capaz de agir em receptores SNC e em outros locais para reduzir a ingestão alimentar e aumentar o gasto calórico A leptina envia sinais ao hipotálamo para reduzir ou interromper o impulso de comer depois que o ponto preestabelecido foi alcançado para a quantidade corporal total de gordura. Ausência de Leptina Nível Plasmático Nível Plasmático Nível Plasmático Produção de Leptina / Adipócito Zero Zero Zero Produção Diminuída de Leptina Obesidade Grave Normal Produção Normal de Leptina Obesidade Moderada Magro Friedman & Halaas, Nature; 395:
8 LEPTINA INDUÇÃO: alimentação, insulina, corticóides, estrogénos e TNF-alpha INIBE: AGL, Hormônio de Crescimento, ligantes de PPAR RESUMO FUNÇÃO DA LEPTINA: Regulação do Balanço Energético; Controle do apetite como fator de saciedade; Controle do peso corporal. LEPTINA Crianças e adultos: leptina plasmática circula em proporção direta com a massa de tecido adiposo quando o equilíbrio energético permanece estável. [ leptina] estão associadas enfaticamente com a combinação de obesidade nos segmentos corporais superiores: Intolerância à glicose, Hipertrigliceridemia e Hipertensão 8
9 LEPTINA Magro por alguma razão perdeu peso Magro quando engorda Produção Leptina Produção Leptina O exercício a curto ou a longo prazos não afeta muito a leptina, independentemente dos efeitos do exercício sobre a massa total de tecido adiposo. Síntese de NPY ESSA INFORMAÇÃO CHEGA AO HIPOTÁLAMO Síntese de Anorexígenos Apetite e Termogênese Apetite e Termogênese CONSIDINE, RV et al. New Engl. J. Med., 334 (5): 292,1996. WADDEN, TA et al. J. Clin. Endocrinol. Metab.,m 83: 214, PESO PESO D.O.C., mulher, 67 anos Dados antropométricos Peso: 96 kg Altura: 160 cm IMC: 37,50kg/m2 (obesidade >32kg/m2) CC:105 cm ( 88cm) Exames Laboratoriais: 11/11/05 Leptina: 59,8 ng/ml Glicemia: 95 mg/dl Glicemia Pós-prandial: 172 mg/dl Sd metabólica (DM/HAS/Prevenção primária/dlp) A leptina dosada pelo método de radioimunoensaio iodado e os valores de referência são: 3,8 ± 1,8 ng/ml em mulheres e 7,4 ± 3,7 ng/ml em homens. 9
10 GRELINA Hormônio Gastrointestinal identificado no estômago de rato (1999) É produzida em menores quantidades no SNC, rins, placenta e coração. Administrada perifericamente ou centralmente aumenta a ingestão alimentar e a adiposidade. GRELINA Controla o gasto energético, secreção ácida e motilidade gástrica. Ações cardiovasculares e anti-neopláscias. Envolvida na regulação a curto prazo do balanço energético. GRELINA Aumentados durante o jejum e hipoglicemia; [ ] diminuída após as refeições ou administração intravenosa de glicose; a liberação depende dos nutrientes (macronutrientes) contidos nas refeições (não o volume) [ ] [ ] após refeições ricas em CHO após refeições ricas em PTNs 10
11 GRELINA Quando o estômago está vazio, a grelina age no cérebro e dispara a sensação da fome. Na medida que a pessoa ingere o alimento ele vai diminuindo sua concentração. Elevado na Anorexia Reduzidos na Obesidade ADIPONECTINA 1995 e 1996 (secretado pelo TAB) Acrp30/GBP28/AdipoQ e apmi Peptídeo composto 247 aminoácidos Níveis são reduzidos na obesidade e inversamente relacionado com o tecido adiposo, IMC, DM2 doenças cardiovasculares; relação cinturaquadril e dislipidemia ADIPONECTINA TAXA NO SANGUE: 5 a 30ng/mL AdipoR1 AdipoR2 INIBIÇÃO: Insulina, Ligante PPAR, glicorticóides, testoterona, TNF-α e IL-6 AdipoR2 AdipoR1 Inversamente: Pressão Arterial, FC, LDL e triglicérides AdipoR2 Positivamente: HDL 11
12 ADIPONECTINA Captação de glicose (músculos) Sensibilidade a insulina Oxidação Lipídica Glicemia Gliconeogênese (fígado) Adesão, proliferaçao, fagocitose e deposição de lipídeos em monócitos VISFATINA TA Abdominal e secundariamente fígado, músculo esquelético, linfócitos e medulas ósseas Relação entre [ sangue ] e IMC Função endócrina semelhante a insulina fixando e ativando seu receptor Função autócrina e parácrina potencial (adipogênese) RESISTINA Foi descoberta em pré-adipócitos durante o processo de diferenciação de adipócitos O IMC é um forte preditor da Resistência à Insulina Níveis circulantes diminuídos dos pela drogasiglitazone (TZD) TZD droga anti-diab diabética que aumenta a sensibilidade à insulina; atua em receptor nuclear abundante em células c adiposas (PPARγ) Nível de resistina é elevado em formas genéticas de obesidade e na obesidade induzida por dieta Steppan CM et al Nature 409:
13 Cérebro Receptor de Insulina Aumento do armazenamento de Gordura Adipócito RESISTINA? Fígado? Resistina? Resistência à Insulina aumentada Resistência à Insulina diminuída da Nível de Resistência diminuído do Músculo TNF -α Leptina Ácidos Graxos Livres Tiazoladinedionas Flier JS 2001 Nature 409: INTERLEUCINA 6 (IL-6) Lipólise Gasto energético Lipogênese Leptina Ingestão alimentar GLUT4 ( Músculo e TAB) TNF-α Lipólise Gasto energético Lipogênese Ingestão alimentar Expressão gênica de GLUT 4 13
14 EXAMES BIOQUÍMICOS Glicemia de Jejum: 70 a 110 mg/dl ALbumina: 3,5 a 5 g/dl PARÂMETROS NORMAIS DE DOSAGENS BIOQUÍMICAS Colesterol Total (mg/dl) Triglicérides (mg/dl) Baixo Valor Ótimo < 200 < 150 Valor Desejável Valor Limítrofe 200 a a 200 Valor Alto Muito Alto Pré-albumina: 16 a 30 mg/dl. LDL Colesterol (mg/dl) < a a a HDL Lipidograma Colesterol < 40 > 45 >60 (mg/dl) 14
15 Globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG): Crianças púberes: abaixo de 40 ng/dl; Sexo feminino: de 15 a 75 ng/dl; Sexo masculino: de 300 a 900 ng/dl Testosterona livre: - Sexo feminino: menacme: de 0,3 a 3,2 pg/ml; pós-menopausa: de 0,3 a 1,7 pg/dl; Sexo masculino: de 9 a 55 pg/ml. Cortisol: entre 7 e 9 horas: de 5,4 a 25,0 mcg/dl entre 16 e 17 horas: de 2,4 a 13,6 mcg/dl Função Tireoidiana: Globulina ligadora ou transportadora de tiroxina TBG: o valor é entre 13 a 30 mg/ml 15
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