TERAPIA NUTRICIONAL NA SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA PROF. DRIELLY R VIUDES DISCIPLINA DE DIETOTERAPIA II UNISALESIANO
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1 TERAPIA NUTRICIONAL NA SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA PROF. DRIELLY R VIUDES DISCIPLINA DE DIETOTERAPIA II UNISALESIANO
2 SIDA 1981 Los Angeles e Novar York primeiros relatos de pacientes com quadro de AIDS (SIDA) - Acquired Immune Deficiency Syndrome OU Síndrome da Imunodeficiência Adquirida Agente etiológico vírus da imunodeficiência humana HIV (human immunodeficiency virus) HIV retrovírus ácido nucleico é o RNA Replica-se por ação da enzima transcriptase reversa Dois tipos de HIV - HIV-1 Distribuição universal - HIV-2 restrito à África Ocidental
3 SIDA No Brasil, até casos 80% -- concentrados nas regiões sul e sudeste segue processo de estabilização Atingiu primeiramente usuários de drogas injetáveis, bissexuais, homossexuais e na década de 80 indivíduos que receberam transfusão de sangue. Últimas anos incidência vem caindo lentamente 19 casos para 100 mil habitantes para 17,8 casos por 100 mil habitantes (2007) Crescimento na faixa etária a partir de 40 anos Crescimento em heterossexuais
4 SIDA Queda na mortalidade com introdução da politica de acesso universal ao tratamento antirretroviral (TARV) - Combina drogas com diferentes formas de ação HAART (highly active anti-retroviral therapy) Antes 11 mil óbitos anuais Após 6,4 óbitos por 100 mil habitantes Notificação de casos de AIDS é obrigatória Por médicos e outros profissionais da saúde no exercício da profissão - Responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde MS (Lei de 30 de outubro de 1975 e Portaria n.5 de 21 de fevereiro de 2006).
5 SIDA FISIOPATOLOGIA - Depleção de linfócitos T auxiliadores CD4 + no sangue periférico + Alterações no sistema imunológico = IMUNODEFICIENCIA - Molécula CD4 presente na superfície dos linfócitos T4 receptor celular para o HIV
6 SIDA MECANISMO DE TRANSMISSÃO - Contato homossexual homo, bi ou heterossexual - Transmissão sanguínea (menos de 20% dos casos drogas e acidentes com material perfurocortante) - Desde 1996 controle sorológico sangue transfusão - Transmissão perinatal (3-5% dos casos) pode ser reduzida com uso de antirretrovirais - Uso de preservativo -- prevenção
7 SIDA EXAME Quantificação da carga viral acompanhamento da velocidade de destruição do sistema imune - Objetivo do tratamento negativação da carga viral plasmática ou indetectabilidade por meio de técnicas disponíveis - Pode-se quantificar subpopulações de linfócitos - Segundo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) AIDS é classificada em três estágios. Inicial Contagem de células CD4 >500 células/mm 3 ; dermatites e linfadenopatia; declínio de contagem de CD4 de 50 células/mm 3 ao ano. Intermediário contagem de células CD4 entre 200 e 500 células/mm 3 ; candidíase oral e vaginal, neuropatia periférica, displasia cervical, herpes-zoster e febre. Estágio final contagem de células CD4 < 200 células/mm 3 ; infecções oportunistas, doenças neurológicas, tumores, entre outros.
8 SIDA Infecções oportunistas - Comuns bactérias, fungos, protozoários ou vírus - Causa de febre, diarreia, má-absorção, perda de peso, e outros sintomas - Devem ser prevenidas e controladas rápida depleção nutricional por aumentar necessidades metabólicas associada a diminuição da ingestão proteico-calórica Sarcoma de Kaposi - Doença maligna das células endoteliais nódulos purpuricos que podem ser indolores ou causar sensação de queimação quando no TGI - Locais comuns pele, mucosas, linfonodos e intestino Linfomas (especialmente o não-hodkin, de Burkitt e imunoblástico), carcinoma cervical invasivo e lesões do SNC neoplásicas ou não O linfoma de Burkitt, um tumor maligno que envolve a mandíbula e os linfonodos abdominais. Acredita-se hoje que seja causado pelo herpesvírus Epstein-Barr
9 INFECÇÕES OPORTUNISTAS Ênfase na higiene das mãos Orientar o paciente sobre a importância da higiene oral adequada Água mineral ou filtrada, quando não for possível deve ser fervida Legumes, verduras e frutas devem ser higienizados da maneira correta (escolher; lavar em água corrente, retirar resíduos com as mãos; desinfetar em solução clorada; enxaguar novamente em água potável) Carnes cruas ou malpassadas e peixes crus devem ser evitados
10 SIDA TRATAMENTO - Primeiro medicamento antirretroviral 1987, zidovudina ou AZT - Didanosina ou DDI; estavudina ou D4T, lamivudinaou 3TC e abacavir - TARV deve ser composto de uma associação de, no mínimo, 3 drogas - Ritanavir (inibe citocromo P450) + saquinavir, indinavir, lopinavir e atazanavir - TARV recomendado para todas as pessoas infectadas pelo HIV - TARV- reduziu mortalidade, mas tem efeitos colaterais indesejáveis.náuseas, vômitos, tonturas e feitos sobre SNC; obesidade, RI, DM, dislipidemia e lipodistrofia (perda de gordura facial e extremidades e deposição em mamas, abdome, e gibosidade aumento de gordura dorsocervical chamada também de buffalo hump)
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22 ARV ADMINSITRADOS COM OU SEM ALIMENTO OBSERVAÇÃO ABACAVIR (ABC ) Com alimento pode diminuir irritação gástrica ESTAVUDINA (d4t ) - LAMIVUDINA ( 3TC ) - ZALCITABINA ( ddc ) - ZIDOVUDINA ( AZT ) Evitar alimentos gordurosos DELAVIRDINA ( DLV ) EFAVIRENZ ( EFZ ) Evitar alimentos gordurosos NEVIRAPINA (NVP) Evitar alimentos gordurosos AMPRENAVIR ( APV) Evitar alimentos gordurosos ARV ADMINISTRADOS COM ALIMENTO Estes medicamentos precisam ser ingeridos com a alimentação, para serem mais bem absorvidos pelo organismo. OBSERVAÇÃO NELFINAVIR (NFV) LOPINAVIR ( LPV/r) RITONAVIR (RTV) SAQUINAVIR (SQV) De preferência com alimentos gordurosos. De preferência com alimentos gordurosos. De preferência com alimentos gordurosos. De preferência com refeição completa. Quando associado ao Ritonavir, não precisa de alimentos gordurosos. TENOFOVIR (TDF) De preferência com alimentos gordurosos. ATAZANAVIR (ATV) - ARV ADMINISTRADOS SEM ALIMENTOS OBSERVAÇÃO Nestes casos, os ARV devem ser consumidos em jejum, para que sejam mais bem aproveitados. DIDANOSINA (ddi) INDINAVIR (IDV) Tomar 30 minutos antes, ou 2 horas após refeição. Tomar 1 hora antes ou 2 horas após refeição. Pode ser administrado com alimentos de baixo teor de gordura/proteína.
23 DESNUTRIÇÃO Uma das primeiras complicações identificada Síndrome Consumptiva perda de peso involuntária maior que 10%, depleção de massa muscular, febre por mais de 30 dias, fraqueza e diarréia Fatores inadequada ingestão calórica, má absorção, alterações metabólicas e atividades de citocinas
24 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Histórico clinico, anamnese nutricional, exame físico, exames laboratoriais e outros que se façam necessários Objetiva evitar ou reverter desnutrição. Aporte adequado de macro e micronutrientes - Minimizar efeitos colaterais da TARV - Diminuir sintomas de má-absorção - Preservar massa magra - Promover boa qualidade de vida Deve ser realizado inquérito nutricional detalhado verificar hábito alimentar Coleta de dados antropométricos evitar a associação entre desnutrição + imunodeficiência + infecção Perda de 5% de peso usual aumenta significativamente risco de morbimortalidade
25 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL CC para avaliar risco cardiovascular Monitoramento de proteínas viscerais albumina, pré-albumina, proteína ligadora de retinol, ferro, ferritina e transferrina Glicemia de jejum, ureia, creatinina, TG, CT e frações Exame físico cabelo, pele, face, gengivas, língua e unhas detectar deficiências nutricionais
26 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Necessidade energética Harris-Benedict, multiplicado pelo fator de estresse a atividade 1,25 Necessidade de ptn e energia variam de acordo com evolução da doença, complicações e capacidade absortiva intestinal Outros nutrientes recomendações para idade de indivíduos normais W-3 efeitos benéficos na redução de TG e melhora de massa magra Necessidades de vitaminas e minerais podem estar aumentadas na SIDA TNE mesmas recomendações de outras doenças, e deve ser precoce e agressiva se justificada Se digestão e absorção comprometidos TCM e formula com peptídeos Utilização de imunomoduladores (w-3; arginina, glutamina, vitaminas) melhora na resposta imunológica
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29 PERFIL LIPIDICO E EVENTOS CARDIOVASCULARES Aumento de TG e redução de HDL Risco de eventos cardiovasculares precoces Lipodistrofia, RI e dislipidemia mista AIDS perfil aterogênico Terapia preventiva nesses pacientes soropositivos ou portadores de AIDS
30 RECOMENDAÇÕES DO MS PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA Incentivar alimentação prazerosa, com a família ou amigos Evitar estresse, depressão, isolamento e solidão buscar grupos de apoio Refeições regulares e saudáveis variada e saborosa Incentivar consumo de frutas e hortaliças, principalmente da época Incluir proteínas vegetal ou animal pelo menos 1x ao dia Estimular consumo de fibras e alimentos integrais complexo B e minerais Incentivar redução de açúcares refinados, refrigerante e guloseimas Indicar redução de sal utilizar ervas aromáticas Evitar gorduras animais e fazer uso de azeite nas saladas 2 litros de agua ao dia, evitando líquidos durante as refeições Evitar bebidas alcoólicas, fumo, drogas prejudicial a saúde e dificultam ação medicamentos
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