Circuitos tecnológicos nas camadas populares: um estudo sobre práticas e fluxos de consumo

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1 Relatório final Circuitos tecnológicos nas camadas populares: um estudo sobre práticas e fluxos de consumo Carla Barros Porto Rio de Alegre, Janeiro, CENTRO CENTRO DE DE ALTOS ALTOS ESTUDOS ESTUDOS DA DA ESPM ESPM 1

2 Relatório final Circuitos tecnológicos nas camadas populares: um estudo sobre práticas e fluxos de consumo Carla Barros Equipe: Ricardo Zagallo Camargo (coordenador) Guilherme Cohen Osmar Pastore São Paulo, 2014

3 Barros, Carla um estudo sobre práticas e fluxos de consumo / Carla Barros p.: color. Relatório Final de Pesquisa 2010, desenvolvida junto ao CAEPM Centro de Altos Estudos da Escola Superior de Propaganda e Marketing, São Paulo, SP, Circuitos tecnológicos 2. Comportamentos sociais 3. Significados socioculturais 4. Objetos tecnológicos. I. Título. II. CAEPM Centro de Altos Estudos da ESPM. III. Escola Superior de Propaganda e Marketing.

4 Sumário OBJETIVOS JUSTIFICADORES DA PESQUISA 4 Objetivo Principal 4 Justificativa 4 METODOLOGIA DA PESQUISA 5 ANÁLISE DE RESULTADOS 8 Olhares entre Classes: O morro de Santa Marta 8 e as representações sobre a cidade partida 8 Espaços virtuais das Comunidades de Santa Marta 12 e Vila Canoas: contrapontos Circuitos Tecnológicos 15 Usos de celulares nos circuitos tecnológicos 15 O consumo dos celulares MPXs 19 O wiki-mapa: a tecnologia dando visibilidade aos territórios 25 Lan Houses: espaços de educação? 27 Classificações em torno de pobreza e tecnologia 29 conclusões 32 produtos da pesquisa 36 Desdobramentos da pesquisa previstos para REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40

5 OBJETIVOS JUSTIFICADORES DA PESQUISA Objetivo Principal O objetivo principal da pesquisa foi o de mapear circuitos tecnológicos, especialmente os relacionados aos usos de computadores e celulares, no universo social das camadas populares. Procurou-se compreender os sentidos e as lógicas criados no trânsito entre os diversos objetos tecnológicos investigados. Justificativa A partir de uma abordagem antropológica, a investigação se voltou para o entendimento das práticas ligadas à tecnologia a partir de sua inserção em contextos culturais específicos. Como já chamaram atenção Maigret (2010) e Wolton (2003), é necessário se fugir do determinismo tecnológico que ronda parte da literatura sobre a Internet, dando um foco maior às práticas culturais que no uso desta tecnologia as precedem, criando configurações particulares. Em projetos anteriores apoiados pelo CAEPM (cujos resultados foram apresentados em BARROS, 2007, 2008, 2009a, 2009b, 2009c, 2009d, 2009e), a autora procurou analisar os usos da tecnologia computador em espaços públicos e domésticos no universo das camadas populares, através de uma abordagem antropológica. O tema de usos e práticas de novas tecnologias no universo de grupos populares é ainda pouco explorado no campo acadêmico, apesar da sua relevância. A pesquisa procurou compreender as apropriações de tecnologias computadores, celulares, aparelhos de MPXs - investigando o que move os agentes na manipulação desses bens e de que modo as práticas observadas nas experiências com cada um dos referidos objetos dialogam entre si. É o que denominamos aqui de circuitos tecnológicos, cujo mapeamento permitiria o acesso aos sentidos que orientam os usuários no trânsito entre os diversos objetos. Tratase de perceber o uso de objetos tecnológicos no contexto estudado a partir de uma visão holística, característica da abordagem antropológica, que permita a compreensão de determinadas práticas a partir do universo cultural em que estão inseridos os atores. A investigação proposta possibilita uma discussão mais ampla sobre os fluxos de consumo presentes nas experiências de grupos sociais distintos. A principal situação de consumo escolhida como objeto de análise foi a dos chamados MPXs. O nome MPX diz respeito aos aparelhos celulares Mp7, Mp8, Mp9 e Mp10 que estão sendo amplamente consumidos no âmbito do mercado popular, em locais como o camelódromo do Rio de Janeiro e as ruas Santa Ifigênia e 25 de março, em São Paulo. 5

6 Os referidos aparelhos são em geral contrabandeados da China e falsificados com referência a marcas famosas (como Sony, Nokia, Motorola, que não fabricam esses aparelhos), sendo em sua maior parte de origem chinesa. Seu grande atrativo é a captação da TV aberta no sinal analógico, tendo preços que variam entre R$ 200,00 a R$ 350,00. Apesar da questão da pirataria, surgiu uma visão positiva sobre esse fenômeno ocorrido no mercado popular a ampla difusão de gadgets do tipo MPX ajudaria a se criar mais rapidamente o hábito de se ver TV no celular. Através do caso do MPX pode-se discutir fluxos de circulação de bens bastante dinâmicos. As intensas trocas sociais no universo brasileiro já foram analisadas em estudos sobre mediação e apropriação de elementos da cultura popular pelas elites no Brasil (VIANNA, 1995; VELHO e KUSCHNIR, 2001; FRY, 2001). O estudo permite, nesse aspecto, uma discussão sobre certos modos pelos quais circulam informações, gostos, estilos e bens, legitimados, incorporados e re-interpretados em uma sociedade caracterizada por intensa troca social e mediação como é o caso da brasileira. METODOLOGIA DA PESQUISA A metodologia escolhida para a pesquisa foi a etnografia, característica da disciplina antropológica trata-se de uma estratégia multi-métodos, na qual se destaca a técnica de observação participante, conduzida detalhadamente para que seja formado um retrato do cotidiano dos informantes. Ao lado da observação, o trabalho de campo é complementado com entrevistas individuais em profundidade e conversas informais com os pesquisados (WHITE, 2005). A etnografia é um método que enfatiza a dimensão simbólica e os significados sócio-culturais dos comportamentos sociais. Uma característica deste tipo de pesquisa é a profundidade, o detalhe e a reflexão dos entrevistados sobre suas experiências e opiniões, a que Geertz (1978a) chamou de descrição densa. Segundo Geertz (1978a), a descrição etnográfica se baseia na compreensão de que as ações sociais são comentários a respeito de mais do que elas mesmas e de que sua interpretação pode gerar um arcabouço teórico capaz de continuar a render interpretações defensáveis à medida que surgem novos fenômenos sociais (GEERTZ, p. 37). O principal locus da pesquisa foi a favela Santa Marta, localizada no morro de Dona Marta, bairro de Botafogo, zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. Além desta comunidade, a investigação se estendeu à comunidade de Vila Canoas, instalada no bairro de São Conrado, dando continuidade a um trabalho de campo realizado desde o ano de Um terceiro local de campo foi o mercado popular do Saara especialmente o Camelódromo ali situado - localizado no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Como uma complementação deste último locus de pesquisa, houve uma incursão de quatro dias 6

7 a campo nas ruas Santa Efigênia (referência de venda de produtos eletrônicos, incluindo os MPXs) e 25 de março, conhecidos pontos do consumo popular da cidade de São Paulo. Trabalho de campo e coleta de dados: Favela Santa Marta Principais espaços de realização do trabalho de campo: lan house Pé da Escada ; Associação de Moradores, Telecentros (espaços disponibilizados pelos governos com acesso à Internet e programas de capacitação para o universo digital) da PRODERJ e CETEP/FAETEC (ambos iniciativas do Governo do Estado). Um informante-chave no Santa Marta foi o morador Thiago Firmino, 29 anos, DJ e professor de dança. Apresentei-me ao Thiago por , após navegar em sua página pessoal no Orkut. Thiago intermediou o contato com outros moradores, que, junto com ele, receberam as quatro câmeras digitais compradas para o projeto. Os informantes participaram da coleta de dados sobre celulares e wiki-mapa e as câmeras serviram também como um símbolo da parceria. Foram programadas duas palestras junto ao grupo: uma sobre introdução à pesquisa e outra sobre os resultados da pesquisa CAEPM realizada na comunidade. Camelódromo Rua Uruguaiana, Saara, Centro do Rio. Observação e conversas com camelôs, vendedores e público freqüentador do espaço. Favela Vila Canoas Principal espaço de realização do trabalho de campo: lan house Planeta Naboo. Etnografia virtual Também foram utilizados na pesquisa recursos da Netnografia (Kozinets, 1998), entendida por Kozinets como uma como uma técnica etnográfica online, adaptada ao ambiente formado pela comunicação mediada por computador. Consistiria, portanto, em trabalho de campo conduzido online que preservaria as mesmas características tradicionais da etnografia, como o foco na cultura, o registro de notas de campo, a preocupação em estabelecer uma relação ética e de confiança com os pesquisados, e assim por diante. 7

8 Principais observações virtuais realizadas: a) Observação de espaços virtuais das comunidades de Santa Marta e Vila Canoas. b) Observação de representações acerca de pobreza e tecnologia. c) Observação de representações sobre consumo de aparelhos celulares MPXs. Assistente de pesquisa Após processo de seleção, a estudante do 5º período do curso de Comunicação Ayra Franco Machado passou a integrar o projeto em maio de Coube à assistente de pesquisa participar da coleta de dados primários e secundários sob a supervisão da pesquisadora, além de desenvolver um projeto próprio de iniciação científica, conforme sugerido pelo CAEPM. Este projeto aborda a questão da Distinção na rede, que é um dos temas da pesquisa maior, a saber, a procura por distinção social na Internet por segmentos sociais elitizados com o abandono da rede social do Orkut e a adesão ao Facebook (BARROS, 2010a). O principal locus da pesquisa: a favela Santa Marta O principal locus da pesquisa foi a comunidade de Santa Marta, localizada no bairro de Botafogo, Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, que passou a ganhar grande destaque na mídia por ter se tornado a primeira favela wi-fi da América Latina em março de A favela foi a primeira comunidade de baixa renda a receber o serviço, por meio do projeto Santa Marta Digital. O Governo do Estado, através da Secretaria de Ciência e Tecnologia, já havia implantado anteriormente o mesmo sistema em toda a extensão da praia de Copacabana. O Governo tem feito muitas apostas na comunidade de moradores, que passou a ser referência para políticas públicas por uma série de ações ali realizadas ou em andamento, que foram posteriormente levadas a outras comunidades de baixa renda da cidade - destaca-se, neste contexto, o programa de segurança que expulsou traficantes do local em dezembro de 2008 e garantiu investimentos públicos, como obras de saneamento, construção de novas escolas, posto de saúde e a internet grátis. A chamada Pacificação no morro instalou nesta época a primeira UPP (Unidade da Polícia Pacificadora nas favelas) da cidade, que monitora a segurança no local, garantindo a manutenção das ações de expulsão do tráfico. Atualmente (fev/11) são quatorze UPPs espalhadas em comunidades pacificadas, com promessas do governo do Estado de que a iniciativa se estenda para todas as favelas ocupadas por traficantes na cidade. 8

9 ANÁLISE DE RESULTADOS Olhares entre Classes: O morro de Santa Marta e as representações sobre a cidade partida A história da pacificação do morro de Santa Marta, dando início à retomada do poder público de territórios antes ocupados pelo poder do tráfico, permite uma reflexão sobre um dos temas caros à presente pesquisa, que é a construção da alteridade o olhar sobre o Outro e reconhecimento da diferença cultural - entre grupos sociais distintos. O projeto se propôs a analisar questões ligados ao consumo de tecnologia por camadas pobres da população, e chama atenção a reação de outros grupos sociais em relação à presença destes novos atores no universo digital. O principal locus da pesquisa etnográfica, o morro de Santa Marta, acabou por se tornar por si só um instigante tema de pesquisa graças às representações presentes na trajetória da ocupação pioneira da favela pelo poder público. Estas representações dizem respeito ao modo como diferentes grupos sociais se percebem, de como pensam suas relações e como estas relações podem transcorrer nos espaços da cidade. O fato da favela de Santa Marta ter sido palco principal do projeto de inclusão digital do governo de Estado faz dessa comunidade um ponto de observação privilegiado das relações entre diferentes atores sociais mediadas pela tecnologia. Vejamos a história e seu contexto sócio-cultural. Através do trabalho de campo foi possível perceber, inicialmente, uma certa ambigüidade em relação à atuação do governo estadual e da PM. Em primeiro lugar, existe um grande contentamento com os tempos de paz que sucederam às ações de pacificação. Como exemplo, em um dia de trabalho de campo na comunidade, subi o bondinho do plano inclinado com uma moradora que me contava com satisfação que seu bebê era da geração pós-tráfico. Referiase, no caso, a uma reportagem do jornal Extra em que ela e o filho apareciam como personagens da nova fase da comunidade, agora sem a violência imposta pela rotina do tráfico. No evento Red Bull Desafio no morro, pude observar a satisfação dos moradores com a realização do evento, que só foi possível pelo momento de tranqüilidade vivido no local. No cotidiano do morro e em eventos especiais, nota-se o contentamento com a expulsão do tráfico e também um certo orgulho pelo fato do Dona Marta ter se transformado numa vitrine dos projetos do Governo: Tudo acontece no Dona Marta!. No depoimento de uma outra moradora entrevistada, Agora todo mundo quer ser do Dona Marta, dito em referência aos moradores de prédios que se situam antes da escada (uma primeira escadaria no sentido de quem vem do asfalto e que, na perspectiva dos moradores, marca o começo da favela). Esses moradores a que se refere a entrevistada, não queriam, em tempos passados, serem vistos como pertencendo à comunidade Dona Marta, mas após a pacificação e a instalação da rede wi-fi passaram a afirmar que faziam parte dela. 9

10 Ao lado do amplo contentamento com a expulsão do tráfico, foi possível perceber alguns sinais de descontentamento com o caminho das políticas públicas na favela. Certas ações de pacificação, como a permanência da truculência de policiais no contato com os moradores embora os policiais designados para as UPPs estejam recebendo treinamento diferenciado, sendo em grande parte recém-formados - e a proibição de eventos de lazer, especialmente os relacionados ao público jovem, foram motivos de crítica entre os locais. Estas críticas surgiram em maior grau nos primeiros meses da pacificação, onde as ações firmes por parte da polícia encontravam uma população ainda desconfiada dos resultados da ocupação policial. Moradores de favelas na cidade têm, historicamente, uma relação de desconfiança com a força policial, que costumava a tratá-los de modo violento e arbitrário, especialmente em situações de revista na subida do morro e de invasão de domicílios (ZALUAR, 2000). Após um início de ocupação feito em um clima tenso, a convivência entre as duas partes parece ter tomado um rumo mais tranqüilo. Chama atenção, neste contexto, a estratégia de se ter colocado uma mulher para comandar a UPP do Santa Marta a capitã Priscila Azevedo como um sinal de suavização e feminilização da forma pela qual a polícia pretendia, a partir da pacificação do morro, conduzir suas ações junto à população favelada. Um dos principais focos de descontentamento em relação às UPPs está no movimento hiphop da comunidade. Uma prática comum após a ocupação das comunidades e instalação das UPPs, não só no Santa Marta, tem sido a proibição de bailes funks e eventos de hip hop, além de um toque de recolher e lei de silêncio, com proibição de som alto após determinado horário estipulado. Em um incidente ocorrido na madrugada do dia 22 de maio de 2010, houve confusão entre policiais e integrantes do movimento hiphop do morro, que promoviam um evento em um bar. A polícia havia pedido silêncio no local a partir das duas horas da madrugada, tendo invadido o local um pouco antes deste horário, prendendo o rapper Mc Fiell, idealizador do encontro, e sua esposa. O conflito estampou o lado ainda não bem digerido da relação entre policiais e parte da juventude local, que se ressente de um excesso de intervenção em seus momentos de lazer. O mesmo Mc Fiell, três meses antes do episódio relatado, havia lançado, com outros moradores, uma Cartilha popular do Santa Marta - Abordagem Policial, (ver com o objetivo de mostrar os limites da ação da polícia e orientar os moradores sobre qual a melhor maneira de agir em uma abordagem, especialmente em casos de violações de seus direitos. Ao lado da questão da convivência com a força policial, um outro ponto das políticas do Estado tem gerado descontentamento na comunidade: o ritmo considerado lento da implantação de outras melhorias na comunidade, como saneamento básico e moradia, que foram anunciadas como prioridades após a pacificação. Reclama-se, além 10

11 da lentidão, da falta de participação da comunidade na discussão das prioridades e do que efetivamente será feito, com o Estado planejando e tomando decisões sem escutar os moradores. Um incidente que gerou muitos protestos, por exemplo, foi a instalação do chamado Big Brother do Santa Marta, quando foram instaladas câmeras na comunidade com o objetivo de auxiliar no monitoramento da segurança local, sem que os moradores tivessem sido comunicados previamente. O processo de pacificação das comunidades de baixa renda da cidade tem atualizado um campo de representações relativo ao que se habituou chamar de (relações) morro-asfalto, com respeito à história da cidade e a convivência com as diferenças de classe. Cabe ressaltar que tratam-se aqui de diferenças histórica e socialmente construídas, que vão sendo reelaboradas de tempos em tempos. Uma representação que se transformou numa das principais referências, dentro deste histórico, é a presente no livro Cidade partida, de Zuenir Ventura (1994). Nesta obra, o jornalista narra sua experiência ao conviver durante meses com a violência da favela de Vigário Geral, onde se deu conta do quão profunda é a desigualdade social que transformara o Rio de Janeiro em uma cidade partida. Zuenir vislumbra no livro que uma possível saída para a dicotomia que se instalara na cidade estaria em projetos sociais como o da ONG Viva Rio, empenhada em promover a unificação da cidade. Desde 2008, o projeto de segurança pública colocado em prática pelo Governo Sérgio Cabral e comandado pelo secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame, foram percebidos como um movimento certeiro no caminho de unificação da cidade partida. Inúmeras matérias na mídia atestavam o resgate do morro pelo asfalto, mostrando como os moradores deste último tinham recuperado espaços da cidade antes interditados pelo controle do tráfico. A comunidade de Santa Marta foi amplamente retratada, sendo cada passo de seu processo de libertação registrado e celebrado a instalação da primeira UPP, a transformação na primeira favela wifi da América Latina como acesso à internet gratuita, a visita de cantores e astros hollywoodianos (a lista é longa e inclui, entre outros, Madonna, Hugh Jackman e Alicia Keys). Ao bem promovido pelo Estado aos moradores da comunidade, pela expulsão do tráfico, somava-se o bem estendido a todos os moradores da cidade, pelo fato de poderem agora exercer seu direito de circular pela favela. Um momento importante neste sentido - de um benefício não só para os moradores, mas para toda a cidade - havia sido a inauguração em maio de 2008 do bondinho do plano inclinado, que trazia conforto a quem mora na comunidade, além de acesso a todos a uma das vistas consideradas das mais bonitas da cidade. As empresas também começaram a despertar para o potencial midiático e publicitário do Santa Marta, como atesta a escolha da comunidade para realização de uma etapa do Red Bull Desafio no Morro, um campeonato de bicicletas downhill que corre o mundo. Mais uma vez, o pioneirismo do Santa Marta ficou em destaque, por ter sido a primeira vez que uma favela carioca sediava um evento esportivo internacional. 11

12 A celebração da integração morro-asfalto se mantém com um amplo espaço na mídia, onde aparece com grande destaque o novo turismo na favela, um bem para quem não tinha acesso ao morro, conforme já comentado com exaltação para a vista privilegiada do alto do morro e a realização de shows e eventos de lazer. Um dos momentos emblemáticos, neste contexto, foi a inauguração do projeto Rio Top Tour em agosto de 2010, que contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e teve o morro de Santa Marta mais uma vez escolhido, entre todas as comunidades pacificadas da cidade, como o pioneiro para a implantação da iniciativa. O projeto, uma parceria do Ministério do Turismo como o Governo do Estado, tem como objetivo estimular o turismo nas comunidades com a participação dos próprios moradores foi criada uma equipe com 50 deles que foram capacitados pelo SEBRAE como monitores de turismo. Um stand de informações turísticas foi instalado na Praça Corumbá, que fica no caminho principal de subida para o morro, para divulgar o destino Santa Marta. O local ganhou placas de sinalização bilíngüe (inglês/português) e uma campanha publicitária para divulgar 30 pontos de interesse turístico e curiosidades na favela. Ainda dentro do projeto, A Invest Rio abriu uma linha de crédito, que vai de R$ 300 a R$ 6 mil, para os moradores que queiram adotar o turismo como fonte de renda. A Secretária Márcia Lins resumiu assim o espírito da iniciativa: Esse programa é a celebração do direito de ir e vir. Vamos estender esse projeto para outras comunidades. Estamos oferecendo estrutura de turismo para que os moradores explorem isso. É uma oportunidade para os moradores terem negócios na sua própria comunidade. Não queremos apenas os turistas de fora, acho que as pessoas de Botafogo, de outros bairros e outros Estados também devem subir o Santa Marta para conhecer essa vista maravilhosa disse ela. ( Santa Marta agora é, oficialmente, ponto turístico. ( br/tag/botafogo/. Blog da pacificação, do jorrnalista Camilo Coelho). Este caminho do projeto de pacificação nas comunidades de baixa renda da cidade, tendo o Santa Marta como palco de estréia da maior parte das iniciativas governamentais, mostra um caminho em que a execução da política de segurança pública expulsão do tráfico e retomada dos territórios - aparece como principal gerador do movimento de instauração da cidadania para os moradores locais, que antes eram vistos como excluídos socialmente. A pacificação no Santa Marta com a instalação da primeira UPP deu vários passos que foram vistos como legitimadores do processo de transformação dos favelados em cidadãos (Vale lembrar a polêmica frase proferida pelo Governador Sérgio Cabral Filho antes das ações de pacificação: as favelas são antros de marginais ) após o primeiro momento, em dezembro de 2008, com a inclusão digital via wi-fi, seguiram diversos outros projetos que visam estimular e criar oportunidades para o desenvolvimento econômico do local, incluindo os relativos à área de turismo, e muitos outros relacionados a necessidades básicas como saneamento e habitação. Neste 12

13 processo que se iniciou no Santa Marta, o imaginário da cidade partida vai cedendo lugar à idéia de que o Rio pode ter agora suas partes integradas os moradores da favela retomando seu direito de ir e vir e os outros moradores da cidade também passando a ter a possibilidade, antes interditada, de circular livremente pelos locais pacificados. A comunidade agora seria dos moradores e também de todo cidadão da cidade. As ações pós-pacificação, que permitiriam aos moradores da favela se tornarem cidadãos de fato, tem como importante marca a sua integração como (novos) consumidores. Desde o início da ocupação do Estado no Santa Marta, uma série de iniciativas no campo empresarial e parcerias iniciativa privada/estado foram anunciadas, tendo como locus as comunidades pacificadas. Toda a euforia sentida no país nos anos de 2009 e 2010 com a ascensão da chamada nova classe média brasileira (ou Classe C ) a novos patamares de consumo, parece estar simbolizada neste grande movimento de instauração de novos negócios em favelas como o Santa Marta. Como exemplo, a iniciativa do projeto Estou Seguro, divulgado em julho/2010, onde a Confederação Nacional de Empresas de Seguros comandou um pool de empresas para implantar um projeto pioneiro de levar a comercialização de seguros com postos dentro de comunidades de baixa renda, tendo sido o Santa Marta mais uma vez escolhido como comunidade piloto. Este é apenas um exemplo entre inúmeros, de empresas como bancos e companhias de TV por assinatura, que anunciaram a sua entrada oficial nos territórios agora livres também para o comércio e consumo. Um outro tema muito celebrado pela mídia tem sido a grande valorização imobiliária que se deu após a pacificação no Santa Marta e arredores. Este fenômeno, que se também se verifica nas outras comunidades pacificadas, estaria beneficiando não só aos moradores da favela, mas também às famílias de classe média que habitam próximo à comunidade, que tiveram seus imóveis significativamente valorizados com a melhoria da segurança nos arredores. Espaços virtuais das Comunidades de Santa Marta e Vila Canoas: contrapontos Um modo de compreender melhor a singularidade cultural das comunidades de Santa Marta e Vila Canoas é acompanhar sua presença em espaços virtuais como o Orkut. Esta rede social está fortemente presente nas lan houses populares ao lado dos games, sendo a alfabetização digital de muitas pessoas sido feita através desta rede. Nas lans, os atendentes e/ou amigos freqüentadores fazem o papel de professores, explicando como usar as ferramentas da internet (BARROS, 2010b). Trata-se de um caráter de socialização da rede, facilitado pelo fato de a maioria dos moradores possuírem conta no Orkut isto facilita o ensinamento, somado ao fato do professor ser alguém da vizinhança, o que torna a experiência mais amigável. 13

14 Ao mesmo tempo em que a internet é percebida como um mundo sem fronteiras (no qual os laços nacionais e locais perderiam sua força), existe também a idéia de territórios, em que os moradores de comunidades fortalecem o pertencimento a um certo lugar. Um exemplo desta idéia de território é a comunidade Favela Santa Marta/Botafogo RJ, com um número expressivo de participantes membros com idade variada, tendo a maior parte mais de 25 anos. Um uso comum desta plataforma é o que solicita opiniões sobre assuntos ligados ao lugar onde os participantes moram, como propõe a enquete: Você está satisfeito com a atuação da Policia Militar que atua hoje em sua comunidade?. Em maio de 2010, os resultados mostravam que 52 pessoas responderam, tendo a resposta não alcançado 48% dos votos, seguida por sim com 19%, e, por último, mais ou menos, com 15%. Um morador justificou seu voto afirmando: ESSAS OCUPAÇÕES Ñ SÃO BOAS... DEVERIAM TER PROJETOS PRA CO- MUNIDADE E Ñ COMEÇAR UMA GUERRA PRA COLOCAR UNS PM s DAN- DO ROLE ATOA NO MORRO... E ACABAR COM O LAZER DA COMU!!!! Neste depoimento, o morador mostra o seu desagrado não só através do conteúdo de sua fala, mas também pela forma, uma vez que na internet escrever em maiúsculo equivale a gritar. Ao lado de manifestações como esta, que evidenciam uma postura mais crítica em relação à atuação da Polícia Militar, a comunidade tem como um dos tópicos mais populares o blog pacificador, que faz referência ao blog do mesmo nome (Blog da pacificação: relatos de uma cidade integrada, unidade-de-policia-pacificadora/), registrando quando aparece nesta plataforma alguma menção aos acontecimentos relacionados à pacificação no Santa Marta. Um dos posts, por exemplo, relatava uma partida de futebol entre moradores e PMs, na qual o time da comunidade havia vencido, reforçando a idéia da boa convivência entre as partes. A maior parte das mensagens veiculadas no fórum da referida comunidade no Orkut diz respeito à divulgação de eventos relacionados à favela como, por exemplo, o projeto Elas em movimento. Neste caso, a mensagem do fórum explica que estão abertas as inscrições gratuitas para participar dos Diálogos para a melhoria das condições de vida e que só podem participar jovens mulheres de 17 até 25 anos, moradoras da comunidade Santa Marta. As participantes são convocadas a criar um projeto e fazer um treinamento em cidadania e gestão organizado pelo ELAS Fundo de Investimento Social. Ao final, o projeto receberá R$ 50 mil para ser investido na comunidade. Seria, segundo o fórum, uma oportunidade de discutir e aprender um pouco mais sobre a comunidade, suas necessidades, empreendedorismo e o poder de transformação. Um dos tópicos presentes trata das visitações no morro, e na página de entrada da comunidade Favela Santa Marta, se encontra a divulgação do perfil Favela Santa Marta, destinado a falar sobre o turismo 14

15 na favela. Na descrição do perfil, afirma-se que este tem o intuito de divulgar a favela, trazer turistas e visitantes, e fazer com que os moradores também tenham acesso a trilhas e pontos turísticos que cercam o local. Há contatos para as seguintes atividades: trilha mirante Dona Marta, tour e rapel na favela. Há também a venda das fotos que estão expostas neste perfil; estas fotos são para promover as atividades turísticas oferecidas, bem como eventos que acontecem na favela e que seriam de interesse dos moradores, como, por exemplo, as fotos da gravação da novela Viver a Vida, da TV Globo. Pode-se perceber, assim, de que modo o moderador criou uma fonte de noticias para os moradores e também uma divulgação da comunidade para os não moradores. O perfil mostra a presença do conceito de território da vida real passado para o universo virtual significativamente, uma das primeiras frases compartilhadas é: Eu só quero é ser feliz/ Andar tranquilamente na favela onde nasci/é.../ E poder me orgulhar/ E ter a consciência que o pobre tem seu lugar, trecho da música Rap da felicidade, de Cidinho e Doca. A comunidade de Vila Canoas também possui representações na rede social Orkut, porém estas expressões estão mais direcionadas para a diversão e sociabilidade dos moradores. No fórum da comunidade Favelinha Vila Canoas-RJ com a maioria de seus participantes formada por jovens com idade entre 14 e 20 anos - encontram-se perguntas como Onde você mora na Vila? ou Quem é a gordinha mais linda da favela?. A maioria dos assuntos encontrados diz respeito a brincadeiras entre os moradores, jogos para que se conheçam e incentivo para que compartilhem suas histórias dentro da comunidade, como o tópico que diz: quem saiu com quem daqui?. Outra comunidade relacionada à Vila Canoas é a CS em rede (Vila Canoas), ou seja, uma comunidade destinada aos moradores que jogam o game Counter-Strike (CS). Nesta página os participantes marcar campeonatos e dão dicas relacionadas ao universo dos jogos; em uma enquete promovida por esta página, por exemplo, foi feita uma eleição para o melhor jogador da favela. Comparando os modos de expressão das comunidades do Orkut observadas, pode-se destacar alguns aspectos. A mencionada página do perfil do Santa Marta no Orkut deixa claro a principal diferença entre a sua representação nessa rede social em relação à Vila Canoas, pois na sua descrição é possível notar que uma intenção de falar com o mundo, e não apenas com os moradores. O perfil está bastante voltado para convidar pessoas de fora da comunidade a conhecê-la. Em sua descrição aparece um convite que condiz com a questão do Santa Marta ser a favela modelo no Rio de Janeiro expressa em sua vasta exposição midiática, conforme já ressaltado neste relatório: Venha conhecer uma das favelas mais representativas do Rio, palco de acontecimentos como a gravação do vídeo clipe de Michael Jackson e Alicia Keys, visita de Madonna e X-Man (Hugh Jackman) e de diversas novelas, clips e seriados. Também foi palco do campeonato mundial de 15

16 Montain Bike Dowhill Red Bull Desafio no Morro. Além disso, o Santa Marta foi a favela carioca escolhida para ser o primeiro a ter implementado uma UPP (Unidade de Policia Pacificadora) do governo do Estado. Já Vila Canoas tem uma abordagem diferente no Orkut como sinal desta comunicação mais voltada para dentro, na comunidade Favelinha Vila Canoas-RJ aparece o apelido de favelinha, usado pelos moradores mais voltada para o dia-a-dia de quem mora lá. A comunidade não possui uma página de perfil, nem divulga outros sites ou redes sociais relacionadas à favela. Na descrição é possível perceber essa diferença, não havendo um convite para a visita à Vila Canoas, mas uma comunicação de que ali é um lugar ótimo de se viver : Esta comunidade é dedicada a todos os moradores da Favelinha de Vila Canoas em São Conrado. Aqui é um lugar ótimo de se viver, neste espaço todos podem soltar o verbo e ao mesmo tempo mandar um alô pra todos os amigos do RIO e do BRASIL. No fórum desta comunidade, há mais atualizações de tópicos que a do Santa Marta, e também uma maior interação dos participantes da comunidade, o que pode ser entendido pelo fato dos tópicos da comunidade do Santa Marta serem em geral referentes a notícias, e os de Vila Canoas, a jogos e brincadeiras. Estes jogos parecem ser populares na comunidade devido ao grande numero de tópicos e de respostas relacionados. O fato do Santa Marta estar tendo uma grande visibilidade e fazer suas páginas voltadas não só para dentro da favela, mas para o mundo, acabou atraindo não moradores a participarem da comunidade no Orkut. Já Vila Canoas apresenta características diversas trata-se de uma favela de proporções bem menores, sem processo de pacificação, onde é mais fácil que os moradores se conheçam pessoalmente, permitindo uma maior liberdade de se fazer brincadeiras no seu fórum e uma comunicação mais voltada para dentro, com foco no cotidiano de seus moradores. Circuitos Tecnológicos Usos de celulares nos circuitos tecnológicos Os usos e as apropriações em relação à posse de aparelhos celulares são um ponto a ser analisado a partir da relação entre os indivíduos e estes objetos dentro de um contexto social específico. O uso de celulares se inscreve em uma lógica cultural que deve ser identificada a fim de se compreender como se constituem as redes sociais existentes no universo dos informantes e como o uso do aparelho se relaciona com outras práticas sociais. Observa-se entre os informantes a tendência de substituir o telefone fixo (chamado pelos informantes de convencional ) pelo móvel, 16

17 que é o modo privilegiado de comunicação com o outro. O sucesso das estratégias como o uso dos aparelhos dual chip faz dos celulares com esta característica uma opção mais interessante do ponto de vista econômico do que o telefone fixo. O abandono deste último também tem como motivação os abusos dos vizinhos que perturbam com seus constantes pedidos de uso do fixo. Em alguns casos, quando há vários celulares na mesma casa, um deles funciona como se fosse um fixo, ficando em determinado lugar para o uso de todos. O sistema majoritariamente adotado por segmentos populares no país é o chamado pré-pago, que, como o nome indica, é pago antes da sua utilização através de um cartão, não havendo, portanto, uma conta mensal. A adesão maciça da população de baixa renda a esse modo mais econômico leva à associação imediata do uso do cartão com uma situação econômica menos privilegiada, revelada no surgimento de um dos mais populares ringtones disponíveis no mercado o Um pobre ligando pra mim, cantado por uma voz feminina e suave que é acionado quando a pessoa recebe uma ligação a cobrar. A ampla adoção desse ringtone evidencia, de modo explícito e humorístico, uma das maneiras pelas quais a sociedade relaciona sujeitos, localizações sociais e modos de uso de objetos e serviços. É comum que uma pessoa com pouco crédito ligue para outra apenas para notificá-la que quer ser contatada e então aguardar pelo telefonema, já que mesmo sem crédito o celular com sistema pré-pago continua recebendo chamadas. Estratégias similares acontecem em outros contextos de baixa renda, como o estudado por Miller e Horst (2006) na Jamaica, revelam os autores, a empresa que comercializa celulares percebeu esse tipo de comportamento e, aproveitando o modo de comunicação local, lançou o call me, para que os usuários que não tinham mais crédito pudessem ligar para trinta pessoas pedindo que retornassem o contato. Parte dos jamaicanos vive em função do dinheiro que recebem de outras pessoas; a circulação de dinheiro é o resultado dos relacionamentos com outras pessoas, e o celular entra nesse contexto como algo essencial para essa dinâmica acontecer, funcionando em níveis diferentes, especialmente no familiar. As pessoas vêem o telefone como uma parte importante da rede, e precisam ter certeza que sua rede está funcionando com o máximo de pessoas possível, o que torna as ligações muito rápidas. Voltando ao contexto estudado, existe um intenso mercado paralelo de venda e troca de celulares, o que mostra um sistema de circulação e perpetuação do objeto dentro da mesma comunidade. Os aparelhos são freqüentemente doados, trocados e/ou vendidos a pessoas próximas, parentes ou vizinhos. Uma grande atenção é dirigida aos modelos de celulares: eventualmente, um morador da comunidade adquire um modelo mais moderno (categoria nativa), se tornando alvo de comentários; os celulares são tema de várias conversas, que revelam graus de satisfação e aspirações; costuma-se também observar com muito interesse os 17

18 últimos lançamentos que circulam pela cidade, especialmente no Rio de Janeiro, que tem como característica uma grande proximidade entre grupos de condições sócio-econômicas bastante distintas (situação que, na cidade, é representada pela dicotomia morro-asfalto ). A atração por celulares e sua importância nos processos de objetificação não são novidade, inclusive em outros contextos sociais de camadas médias e altas (MILLER e HORST, 2006; SILVA, 2007). O que chama atenção aqui é a apropriação do celular como indicativo de inclusão social, como possibilidade de estar dentro da sociedade de consumo, ou de possibilidade de sinalização de participação do melhor que essa mesma sociedade possa oferecer. Em outro trabalho da autora (BARROS, 2007), sobre o consumo de empregadas domésticas, já fora possível observar uma grande preocupação com modelos de celulares o tema era comum nas conversas, quando apareciam comentários sobre determinadas pessoas e seus respectivos aparelhos. Algumas das histórias coletadas diziam respeito a adolescentes que ficavam envergonhadas quando tinham modelos antigos, baratos, pesados ou com design tido como ultrapassado os chamados tijolões. Assim, usar um celular, especialmente os mais modernos, implica em uma lógica de pertencimento, de sair da invisibilidade social a que estariam relegados sendo unicamente pobres. Ser consumidor - e nesse contexto, ser consumidor de um determinado celular significa superar a condição de pobreza. Outros estudiosos de camadas populares, como Duarte (1986), haviam identificado o trabalho como forte elemento de identidade social, oferecendo dignidade moral aos indivíduos, que se percebem como pobres e trabalhadores, o que os distinguiria não só dos que pobres de verdade, os que nada teriam - nem trabalho nem casa - mas também dos ricos. Além do trabalho, pode-se perceber que a dimensão do consumo surge nesse contexto como se tivesse a propriedade de proporcionar pertencimento e inclusão na sociedade de consumo abrangente, definindo os sujeitos como pobres e consumidores. Enquanto em outros grupos sociais de camadas médias e altas chama atenção o aspecto de construção de identidades e afetividades que reforçam a singularidade dos indivíduos (Silva, 2007), no contexto popular estudado é essa outra dimensão que se evidencia a de estar habilitado a participar da sociedade de consumo, conhecendo suas regras e agindo como atores sociais que, através do ato de consumir, têm a potência de atenuar as diferenças sociais existentes no universo social brasileiro. Tomando como caso exemplar o de um dos informantes - seu Francisco certos aspectos importantes do uso da tecnologia celular vem à tona. Seu Francisco tem 51 anos e é porteiro de um prédio na Zona Sul, área que concentra os segmentos da população de maior poder aquisitivo da cidade. Leva sempre consigo dois celulares um, que tem orgulho em mostrar, que chama de poderoso porque tem muito recurso, mas que não faz ligações no momento, por um problema com 18

19 a operadora que ele pretende resolver em breve. Na tela principal desse aparelho está a foto de sua sobrinha ela foi criada por mim, diz ele. A foto tem um efeito fui eu que coloquei que faz com que pequenos corações caiam sobre a foto, como uma chuva ininterrupta. Além disso, o celular armazena muitas fotos de familiares, do Rio e do Ceará, seu estado natal, além de vídeos de momentos de lazer. Seu Francisco se mostra entusiasmado com os muitos recursos do aparelho, as várias alternativas de ringtones, o despertador que usa eventualmente, a navegação na Internet. Sua admiração pelo modelo vem em parte pela tecnologia disponibilizada, vista como bem moderna : Ele é igual a computador, na hora de iniciar, ele tem que reconhecer tudo, olha só. Como um objeto que carrega parte da memória familiar, com fotos e vídeos de familiares e amigos, pode ser compartilhado como um instrumento pessoal e coletivo de evocação dos momentos vividos entre os pares, reforçando os vínculos afetivos: Esse aqui (um dos aparelhos) não sai de mim; minha mulher também adora ele. Além desse aparelho, Seu Francisco tem sempre consigo um segundo celular, simples, que faz as chamadas telefônicas, e em relação ao qual ele demonstra pouco entusiasmo: Eu queria comprar um melhor, mas não dá. Tenho que ficar com esse perna curta...( Perna curta? ) É, perna curta, faz pouca coisa [ significa ter poucos recursos]. Aparece aqui uma associação entre modernidade e design/recursos técnicos - os mais atuais tem tecnologia e são bonitos, ficando distantes dos antigos tijolões. Perguntado sobre o que considera um celular bonito, responde que são os com flip e os que deslizam. Os dois aparelhos de celular carregam juntos vários planos da vida de seu Francisco suas memórias familiares, seus assuntos profissionais e seu senso de localização social frente a seus pares e à sociedade abrangente. Existe no grupo estudado um grande conhecimento sobre os bônus e as promoções que as empresas de telefonia oferecem, ficando evidente a importância que os entrevistados dão para a promoção de vendas. O celular dual chip logo se transformou em um sonho de consumo nas camadas populares, por acabar com o incômodo de ter consigo dois aparelhos, ao mesmo tempo em que permite falar com um número maior de pessoas usufruindo de tarifas mais baixas, dentro das estratégias para baratear o custo das ligações por celular, muito alto no Brasil. Como quase sempre se paga bem mais caro para ligar para números de outras operadoras, costuma-se saber quais as operadoras das pessoas mais importantes da sua própria rede social e a partir daí se guiar na escolha da empresa de telefonia, que criaram tarifas muito reduzidas ou zero para ligações dentro do próprio sistema. Uma operadora é boa quando oferece várias promoções e bônus. Já no aparelho celular, propriamente, os itens mais valorizados são câmera, rádio e TV. A intimidade com certos jargões 19

20 também é grande, como o vocabulário técnico que compreende bluetooth (item muito valorizado por viabilizar a troca de arquivos entre as pessoas) e toda a linguagem relacionada aos MPs. Um ponto interessante refere-se ao ciclo de vida dos aparelhos celulares no contexto popular. Trata-se de um ciclo mais longo que o encontrado, via de regra, em outros segmentos sociais - os celulares de pessoas das classes média/alta costumam ter um ciclo de vida mais curto, ficando esquecidos em casa após serem substituídos por novos modelos ou sendo simplesmente descartados - pelo fato de um mesmo aparelho circular por vários donos antes do descarte final. Esta intensa circulação de aparelhos entre as pessoas nas camadas populares pode vir ou não acompanhada de pagamento entre as partes. É comum, por um lado, a doação de celulares feitas especialmente entre familiares, mas por outro, existem também trocas onde se paga ao outro pela aquisição do aparelho usado, como no caso: O Zé [marido] tinha dois celulares Claro e Motorola - aí minha irmã pediu pra trocar com ele, porque os amigos dela são tudo Claro, o dele é melhor que o dela, tem rádio Am-Fm... Ela deu mais R$ 30,00 pra poder trocar. (Maria, empregada doméstica, 36 anos) As trocas são dinâmicas, podendo envolver ainda empréstimos de aparelhos por um certo tempo. Motivações importantes para troca são a procura por aparelhos adquiridos em operadoras que tenham promoções/bônus vantajosos ao novo dono e/ou que possuam atributos desejados, como rádio, TV ou dois chips simultâneos. O consumo dos celulares MPXs A questão da convergência tecnológica tem sido discutida em termos dos usos contemporâneos de objetos - como celulares, notebooks, câmeras digitais, MPs muitas vezes dentro de uma abordagem tecnicista, que tem embutido um viés de determinismo tecnológico (JENKINS, 2008). A perspectiva da pesquisa, de modo distinto, foi a de perceber o uso de objetos tecnológicos no contexto estudado a partir de uma visão holística, característica da abordagem antropológica, que permita a compreensão de determinadas práticas a partir do universo cultural em que estão inseridos os atores sociais. A investigação proposta neste estudo possibilita uma discussão mais ampla sobre os fluxos de consumo presentes nas experiências de grupos sociais distintos. Uma situação de consumo escolhidas como objeto de análise foi a dos chamados MPXs. O nome MPX diz respeito aos aparelhos celulares Mp7, Mp8, Mp9 e Mp10 que estão sendo amplamente consumidos no âmbito do mercado popular, em locais como o Saara no Rio de Janeiro e as ruas Santa Ifigênia e 25 de março, em São Paulo. Vale lembrar que os consumidores presentes nesses locais são pertencentes não apenas às camadas populares, mas também às camadas médias urbanas. 20

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