I Simpósio de Software Livre de Santa Bárbara d Oeste São Paulo SP

Transcrição

1 I Simpósio de Software Livre de Santa Bárbara d Oeste São Paulo SP 16 e 17 de maio de 2008 Framework SYMFONY Como acelerar o desenvolvimento de sistemas orientados a objeto com o PHP5 Rodrigo Tadeu Claro - <rlinux> Rodrigo Tadeu Claro <rlinux>

2 Palestrante: Rodrigo Tadeu Claro (trabalha com GNU/Linux desde 1997); Conhecido como <rlinux> na comunidade do Software Livre; Debian Maintainer (DM) Mantenedor de Pacotes luxman_ e Kpreg Membro dos Grupos: - Debian-BR (Grupo de usuários Debian Brasil) - Debian-SP (Grupo de Usuários Debian do estado de São Paulo) - Responsável pelo tópico SEGURANÇA no RAU-TU do CIPSGA Fundador e Administrador do Grupo Antipedofilia do GroupWare Criador e Fundador da 1ª Lista de Discussão GNU/Linux de Santa Bárbara d Oeste Linux-sbo@listas.cipsga.org.br

3 Agenda do Mini-Curso: Ambiente Web PHP Problemas do Ambiente WEB Frameworks e suas vantagens Symfony e seu padrão Demonstração

4 Ambiente WEB: É o ambiente formado por algumas tecnologias: Servidor Web Protocolo HTTP e HTTPS Navegadores HTML, PHP, JSP, CSS, AJAX Web sites e sistemas

5 PHP: Livre Fácil de usar Grande documentação Grande biblioteca de funções Orientação a Objeto

6 Problemas Ambiente WEB (1): Repetição de tarefas Dificuldade de debug Várias formas de fazer a mesma coisa Existem poucos padrões e os que existem não são cumpridos (W3C x Microsoft) Os design patterns foram criados para aplicações cliente-servidor, somente agora estão portados para web sendo

7 Problemas Ambiente WEB (2): Clientes querem alterar tudo muito rápido Desenvolvimento lento Pouco reaproveitamento de código Não existem ferramentas RAD como Delphi Dificuldade de fazer relatórios Navegadores não renderizam corretamente algumas coisas Novas tecnologias surgindo a todo minuto Mistura de layout e lógica

8 Problemas Ambiente WEB:

9 Framework: É uma base de onde pode-se desenvolver algo maior ou mais específico. É uma coleção de códigos, classes, funções, técnicas e metodologias que facilitam o desenvolvimento de novos softwares.

10 Vantagens de Frameworks: Todos programam parecido graças a padronizações. Fácil manutenção Automatiza tarefas repetitivas. DRY (Don't Repeat Yourself - Não se repita ) Separação de layout e lógica. ( no more spaguetti! ) Reaproveitamento de códigos

11 Padrões: Os frameworks são baseados em uma série de padrões de desenvolvimento já consolidadas: MVC MVC é um acronimo para Model, View, Controller (Modelo, Visão e Controlador). A idéia é separar todo o desenvolvimento de uma aplicação nestas tres partes, ou camadas:

12 MVC - Camadas: Model da aplicação. gerencia o comportamento dos dados View gerencia a saída gráfica e textual da parte da aplicação visível ao usuário Controller interpreta as entradas de mouse e teclado do usuário, comandando a Visão e o Modelo para se alterarem de forma apropriada.

13 Padrões para BD: ActiveRecord Este padrão de design facilita a manipulação de dados contidos em uma base dados por aplicações desenvolvidas com o paradigma orientadas a objetos. Uma tabela de uma base de dados é vista na forma de uma classe, enquanto que cada linha da tabela é considerada um objeto desta classe.

14 Padrões para BD: Quando um objeto é criado, alterado ou excluído esta ação é automaticamente refletida na base de dados. Desta forma não é necessário que o desenvolvedor conheça uma linguagem de manipulação de dados como SQL, além de manter toda a aplicação desenvolvida no paradigma orientado a objetos.

15 SYMFONY: Symfony é um framework de desenvolvimento para PHP5. Seu principal objetivo é aumentar a velocidade de desenvolvimento e manutenção de aplicações web. Ele reduz as tarefas de codificação repetitivas, usando os princípios de DRY - (Dont Repeat Yourself) e KISS - (Keep It Simple Stupid)

16 Vantagens do SYMFONY: Licença flexível (MIT) Pág. 75 Fácil de instalar e configurar Simples para aprender Altamente configurável: desde a estrutura de diretórios até bibliotecas de terceiros, quase tudo pode ser customizado

17 Vantagens do SYMFONY: Compatível com grande número de melhores práticas e design patterns do ambiente web Compatível com diversos bancos de dados Não re-inventa a roda. Usa outros projetos como Creole (banco de dados), Propel (mapeamento objetorelacional) e Mojavi (MVC) Gerador de código

18 Prática: Vamos colocar as mãos na massa!!!

19 Desenvolvendo: A aplicação consiste de um sistema de Coleções de Livros. Usuários previamente cadastrados poderão incluir, alterar, listar e excluir: Usuários; Coleções; Livros; Comentários.

20 Requisitos para a Instalação do SYMFONY: Servidor Web com as funcionalidades sessions e reescrita de URL's (não obrigatório mas aconselhável) PHP5 (deverá estar com o parâmetro magic_quotes_gpc=off) Uma base de dados (Compatível com Creole MySQL, PostgreSQL, M$ SQL Server, SQLite, Oracle, ODBC) PEAR (não obrigatório)

21 Modos de Instalação do SYMFONY: Sandbox (o que nós utilizaremos no mini-curso) Pág. 79 Utilizando o PEAR Buscando os códigos no SVN do projeto

22 Instalação do SYMFONY: Fazer o download do pacote sandbox do SYMFONY: Descompactar o sandbox no diretório do servidor WEB $ tar xfvz sf_sandbox.tgz $ sudo cp -af sf_sandbox /var/www/sf_meuslivros

23 Acessando pela 1ª vez: Para testarmos o funcionamento do SYMFONY, após os passos anteriores, precisamos apenas executar o comando abaixo em um navegador WEB: Tela 1

24 Estruturas de diretórios do SYMFONY: Apps batch cache config data doc lib log plugins symfony symfony.bat test web Diretório onde será gerado as aplicações Arquivos de lote a serem usados para carregar dados Diretório onde são gerados os caches do projeto Diretório de configuração Diretório com dados a serem usados pelos arquivos de lote Documentação Bibliotecas do projeto e do framework Arquivos de logs gerados pelas aplicações Plug-ins devem ser armazenados aqui Script gerador de códigos-fonte para Linux Script gerador de códigos-fonte para Windows Unidades de testes gerados para o projeto Diretório raiz de acesso via web. Os arquivos css, js, imagens etc., são armazenados nesse diretório

25 Criando a Aplicação: Tendo o projeto criado pode-se criar a aplicação, para isso devemos executar os comandos: $ cd /var/www/sf_meuslivros $./symfony init-app meuslivros (Linux) C:/> symfony.bat init-app meuslivros (Windows) Importante: No decorrer do treinamento, estaremos utilizando sempre os comandos para LINUX.

26 Criando a Base de Dados: O SYMFONY exige alguma formatação na criação do Banco de dados da aplicação, são elas: Todos os nomes das tabelas devem estar no plural A chave primária para todas as tabelas deve ser o campo id. Preferencialmente esses campos devem ter algum mecanismo de geração de códigos-fonte, como a opção auto_increment do Mysql. Em bases de dados que não possuem essa opção, como o PostgreSQL e o Oracle, isso pode ser realizado utilizando o recurso de triggers. Para utilizar chave estrangeira, deve possuir nome da tabela no singular acrescido do campo id. Ex: livro_id. O relacionamento n-n, deve ser organizado em ordem alfabética e o primeiro nome no singular acrescido de _ nome segunda tabela no plural. Exemplo: livro_usuarios Colunas chamadas created_at e update_at são automaticamente consideradas do tipo timestamp e são atualizadas atumaticamente

27 Modelagem da Base de Dados:

28 Criando a Base de Dados: O SYMFONY necessita que a modelagem do BD seja escrita em um arquivo chamado schema.yml, o qual deve ser armazenado no diretório config. Mas primeiro vamos criar o BD no MySQL via linha de comando, para isso faça: $ mysql -uroot mysql> create database symfony; mysql> grant all privileges on symfony.* to symfony@localhost identified by 'symfony'; mysql> \q Abrir o PhpMyAdmin e criar as tabelas conforme modelagem já apresentada Tela 2

29 Gerando o SCHEMA.YML: Em seguida vamos configurar a conexão com a base de dados recém criada no arquivo: /var/www/sf_meuslivros/config/propel.ini propel.database = mysql ;propel.database.createurl = propel.database.url = mysql://localhost/sf_meuslivros Em seguida vamos utilizar o gerador de código-fonte do SYMFONY para gerar o arquivo schema.yml $./symfony propel-build-schema

30 Gerando os MODELOS do projeto: Em seguida, devemos gerar os MODELOS do projeto com o comando: $./symfony propel-build-model Serão criados automaticamente vários arquivos em: /var/www/sf_meuslivros/lib/model/usuarios.php /var/www/sf_meuslivros/lib/model/usuariospeer.php /var/www/sf_meuslivros/lib/model/map/usuariosmapbuilder.php /var/www/sf_meuslivros/lib/model/om/baseusuarios.php /var/www/sf_meuslivros/lib/model/om/baseusuariospeer.php Esses arquivos citados acima são apenas para o modelo usuarios, os mesmos arquivos são gerados para cada tabela na base de dados e com esses arquivos é possível gerar as camadas de CONTROLE e VISÃO.

31 Gerando a Aplicação: Para poder criar os módulos da aplicação, que irão fazer uso dos modelos criados é preciso configurar a conexão com a base de dados novamente! Para isso devemos ajustar o arquivo /var/www/sf_meuslivros/config/databases.yml Deixando-o assim: all: pág. 88 propel: class: sfpropeldatabase param: phptype: mysql host: localhost database: symfony username: symfony password: symfony

32 Gerando o CRUD da Aplicação: Para gerar o CRUD, devemos rodar o comando: Create, Retrieve, Update e Delete $./symfony propel-generate-crud aplicacao modulo modelo Para todos os módulos da aplicação, assim: $./symfony propel-generate-crud meuslivros usuarios Usuarios $./symfony propel-generate-crud meuslivros colecaos Colecaos $./symfony propel-generate-crud meuslivros livros Livros $./symfony propel-generate-crud meuslivros comentarios Comentarios Para cada módulo gerado é criado um diretório similar ao: /var/www/sf_meuslivros/apps/meuslivros/modules/usuarios/

33 Gerando o CRUD da Aplicação: /var/www/sf_meuslivros/apps/meuslivros/modules/usuarios/ Dentro de cada um destes diretórios são criados mais dois, um chamado actions e outro chamado templates. No diretório actions é criado um arquivo chamado actions.class.php que é o arquivo responsável pela camada de controle (código-fonte para cada uma das principais operações envolvendo a tabela). No diretório templates existem as visões do módulo. Para cada método do controlador (actions.class.php) pode existir um arquivo de visão para sucesso ou para falha. Por exemplo, para o método executeedit() podem existir os arquivos editsuccess.php e editerror.php

34 Visualizando o funcionamento da Aplicação: Nesta etapa do processo já é possível ver nossa aplicação funcionando, para isso, aponte seu navegador para: Testar os outros módulos também

35 Documentação do Projeto: Para acelerar nosso aprendizado sobre o framework SYMFONY, podemos adotar o padrão de documentação de classes do PhpDocumentor que pode ser encontrado em: Tela 3 e 4

36 Customizando a Aplicação: Podemos ainda, efetuar a customização de nossa aplicação de forma muito simples, criando mascaras de entrada para formulários, validação de campos, definindo novo layout para o projeto com CSS e implementando funcionalidades muito atuais com AJAX. Mas isso tudo, ficará para o próximo mini-curso sobre o SYMFONY.

37 Conclusões: Desenvolver usando frameworks facilita a padronização e trabalho em equipe. Acelera o ciclo de desenvolvimento. SYMFONY é fácil de aprender. SYMFONY usa uma estrutura de arquivos prática e simples

38 Perguntas: Não se acanhem, chegou a hora de vocês tirarem suas dúvidas!!!

39 Contato: Rodrigo Tadeu Claro <rlinux> rlinux.deb@gmail.com rlinux@cipsga.org.br

40 Agradecimentos: Vitor Brandi Jr Prof. Cordenador TADS na FAC SBO