AVALIÇÃO ECONÔMICA DE FONTES E DOSES DA ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DA CENOURA
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- Maria Luiza Benke Olivares
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1 AVALIÇÃO ECONÔMICA DE FONTES E DOSES DA ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CULTURA DA CENOURA Douglas César Martins de Morais (1) ; Carlos Henrique Heiterer de Souza (2) ; Dennis Hiro Nagasaki (3) ; Guilherme Guimarães Gomes e Moura (4) ; Isabela Borges Ribeiro (5). (1) Graduando em Agronomia do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM. douglasmartins77@yahoo.com.br (2) Professor do curso de Agronomia do Centro Universitário de Patos de Minas UNIPAM. carloshenrique@unipam.edu.br (3) Graduando em Agronomia do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM. dennisagrosg@gmail.com (4) Graduando em Agronomia do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM. guilherme.moura@terrenaagro.com.br (5) Graduando em Agronomia do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM. bebela.br@hotmail.com INTRODUÇÃO OA principal raiz comestível do mundo, a cenoura (Daucus carota L.), a cenoura está entre as mais consumidas no mundo (NADAL et al., 1986; NEGRINI; MELO, 2007; VILELA, 2004), grande fornecedora de nutrientes para o corpo humano (MIGUEL et al, 2011). Na agricultura o nitrogênio é essencial para que as plantas possam cumprir o ciclo de vida (MACHADO, 2002). Segundo Machado (2002) o nitrogênio (N) é o mais utilizado nas adubações e há diversos fatores climáticos que atuam na dinâmica do nitrogênio no sistema solo-planta (AMADO et al, 2002; FIGUEIREDO et al, 2005). Como fonte de nitrogênio, a uréia é uma das fontes mais utilizadas, porém possuem perdas expressivas de N, por volatilização quando aliada à baixa disponibilidade hídrica (RAPOSO, 2013), segundo Machado et. al. (2013), foram desenvolvidas fórmulas com o objetivo de liberar de maneira gradativa e até controlada os nutrientes permitindo reduzir perdas comuns na utilização da uréia. Na agricultura brasileira tem-se aumentado a utilização agrícola de compostos orgânicos, que visa fornecer para as plantas nutrientes na forma orgânica e mineral para que as perdas dos mesmos sejam diminuídas. Além da eficiência dos fertilizantes, devemos sempre observar a economicidade da utilização do fertilizante (RAIJ, 2011), com base nisso no trabalho avaliaremos a economicidade de fontes e doses da adubação nitrogenada na cultura da cenoura, sendo uréia pura e uréia protegida (polímeros) e uma fonte organomineral. MATERIAL E MÉTODOS
2 A área experimental foi instalada em área de lavoura comercial localizada na região de São Gotardo em MG, com regime de irrigação por pivô central. Os dados apresentamaltitude de metros; latitude S e longitude WO(EMBRAPA, 2006). Foi utilizada a cultura da cenoura, cultivar Juliana; a semeadura foi realizada mecanicamente, em canteiro com 1,75m de largura com oito linhas de plantas, com espaçamento de 0,2 m entre si e 6m de comprimento, com área de 10,5 m 2. A instalação foi realizada em fevereiro de 2014, como adubação de plantio,foi aplicado kg ha -1 do formulado Os tratamentos foram aplicados aos 25 e 50 dias após o plantio logo após a homogeneização do estande de plantas, estimando população de plantas ha -1.O delineamento experimental adotado foi em blocos inteiramente casualizados com quatro blocos. Os tratamentos seguiram fatorial 3x A aplicação de Nitrogênio (N) em cobertura foi realizada via três fontes de fertilizante nitrogenado,fonte 1 (N Polimerizado), fonte 2 (Uréia Convencional) e fonte 3 (N Organomineral) e doses de 100, 200 e 250 kg ha -1 de N aplicados, e tratamento controle. Ao final do cultivo as plantas foram dessecadas e os tubérculos coletados mecanicamente, para estimativa da produtividade. Os tubérculos foram selecionados quanto à classificação comerciale descarte, foi calculado também, como objetivo do trabalho, qual a fonte e qual a dose utilizada apresentou a maior economicidade. Os dados experimentaisforam submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey, a 5% de significância. Foi utilizado para análise o software SISVAR. RESULTADOS E DISCUSSÃO Resultados significativos somente para a interação de fonte e dose e para dose por si só, para fonte não houve diferença significativa, a classificação comercial e total apresentou diferenciação significativa, a classificação descarte não. As médias obtidas se encontram na tabela 1. Tabela 1: Análise da médias gerais de produção, agosto Produtividade média kg ha -1 Classificação Fontes Média N polimerizado 20714,29 b 24166,66 a 28333,33 a 27142,86 a 25089,29 a Comercial Uréia convencional 20714,29 b 27738,10 a 23928,57 a 25476,19 a 24464,29 a N organomineral 20714,29 b 26309,52 a 23214,29 a 24761,91 a 23750,00 a
3 Média 20714,29 b 26071,43 a* 25158,73 a 25793,65 a N polimerizado 36904,76 b 42142,86 a 45238,10 a 44285,72 a 42142,86 a Total Uréia convencional 36904,76 b 42023,81 a 40238,10 a 42619,05 a 40446,43 a N organomineral 36904,76 b 41547,62 a 43452,38 a 43571,43 a 41369,05 a Média 36904,76 b 41904,76 a 42976,19 a 43492,07 a *Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukeyà 5% de probabilidade. Na classificação comercial, a fonte 1 obteve sua maior produtividade com a utilização da dose de 200 kg ha -1, já a fonte 2 apresentou sua maior produtividade com a utilização da menor dose 100 kg ha -1 e a fonte 3 apresentou sua maior produtividade quando também utilizado a menor dose de 100 kg ha -1. Avaliando a economicidade da utilização dos fertilizantes nitrogenados podemos observar que se as fontes não obtiveram diferença significativa entre si, então, a fonte que possui menor custo foi escolhida, segundo Machado et. al. (2013) a escolha da fonte deve se levar em conta a eficiência agronômica e retorno financeiro seja no custo de aquisição do ponto de N, ou seja, no acréscimo de produtividade. A uréia convencional apresenta elevados teores de N quando comparada a outras fontes nitrogenadas e possui o menor preço por ponto de N (RAIJ, 2003). Na tabela a seguir (tabela 2) possui os valores dos custos do nitrogênio utilizados no experimento e a diferença da uréia convencional para as demais fontes mostrando que o uso da uréia convencional torna o custo com nitrogênio menor. Tabela 2: Análise dos custos totais com nitrogênio, agosto Fonte utilizada * Doses de Uréia N Uréia N Polimerizado Convencional organomineral Kg.ha -1 R$ Diferença média Uréia e demais fontes R$ Uréia N Pol. Uréia N Org ,00 127,80 137,02 37,20 9, ,00 255,60 274,04 74,40 18, ,00 383,40 411,06 111,6 27,66 * Valores referentes ao custo do fertilizante aplicado no solo, de acordo com a dose de N. Levantamento realizado no dia 21/08/2014, em Patos de Minas, MG. As perdas do nitrogênio por volatilização com a fonte amídica são minimizadas pela irrigação controlada em pivô central, concordando com Duarte (2006) que mediu a volatilização de N em diversos tipos do manejo de irrigação, que mostrou que a aplicação de fontes de N com a presença de lâmina de água ocorrem uma menor difusão de gás, essa
4 estratégia de manejo não impede a ocorrência da volatilização, porém retarda o fluxo do N para a atmosfera. Na classificação total, a fonte 1 obteve sua maior produtividade quando utilizado a dose de 200 kg ha -1. A fonte 2 obteve sua maior produtividade quando utilizado a dose de 250 kg ha -1. A fonte número 3 obteve sua maior produtividade utilizando também a maior dose de 250 kg ha -1, como vemos na figura 1, porém não são economicamente viáveis à utilização baseado na tabela 2 acima citada. Figura 1: Médias gerais de produção de cenoura na classificação total, agosto CONCLUSÕES A dose de 100 kgha -1 proporcionou o melhor resultado econômico e a fonte que apresentou melhor relação custo benefício foi a uréia convencional. REFERÊNCIAS AMADO, T J C; MELNICZUK, J e AITA, C. (2002) Recomendação de adubação nitrogenada para milho no RS e SC adaptado ao uso de culturas de cobertura de solo sob sistema de plantio direto. Revista Brasileira de Ciências do Solo, 26: DUARTE, Francisco Mendonza. Perdas de nitrogênio por volatilização de amônia e eficiência da adubação nitrogenada na cultura do arroz irrigado. Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil: p.
5 EMBRAPA. Centro nacional de pesquisa de hortaliças Cenoura. Disponível em: <http//: Acesso 19 fev FIGUEIREDO, C C; RESCK, D V S; GOMES, A C e URQUIAGA, S. (2005) Sistema de manejo na absorção de nitrogênio pelo milho em um Latossolo Vermelho no Cerrado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 40: MACHADO, L O. Adubação nitrogenada. UFU, Uberlândia Minas Gerais, Disponível em: < Acesso em: 25 mar MACHADO, Vanessa Júnia et al. Produtividade da cultura do milho em função de adubação nitrogenada em cobertura. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró - Rn, v. 8, n. 5, p , dez Disponível em: < Acesso em: 21 ago MIGUEL, Fernando Bergantiniet al. Custo de produção de cenoura em sistema de cultivo orgânico. Pesquisa & Tecnologia, Bebedouro, Sp, v. 8, n. 2, jul./dez NADAL, R. de; GUIMARÃES, D. R.; BIASI, J.; PINHEIRO, S. L. G.; CARDOSO, V. T. M. Olericultura em Santa Catarina: aspectos técnicos e econômicos. Florianópolis: EMPASC, p. NEGRINI, A. C. A.; MELO, P. C. T. de. Efeito de diferentes compostos e dosagens na produção de cenoura ( Daucuscarota L.) em cultivo orgânico. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROECOLOGIA, 2.; SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE AGROECOLOGIA, 5.; SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE AGROECOLOGIA, 6., 2004, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: EMATER/RS, CD-ROM. RAPOSO, Thiago Picinattiet al. Eficiência da uréia revestida com polímeros, na produtividade de milho safrinha. Rio Paranaíba, VILELA, N. J. Cenoura: um alimento nobre na mesa popular. Horticultura Brasileira. Brasília, v. 22, p , Cover article. VAN RAIJ, Bernardo. Fertilidade do solo e Manejo dos nutrientes. Piracicaba, Sp: Ipni, 2011.
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