Revista Paulista de Pediatria ISSN: Sociedade de Pediatria de São Paulo Brasil

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Revista Paulista de Pediatria ISSN: Sociedade de Pediatria de São Paulo Brasil"

Transcrição

1 Revista Paulista de Pediatria ISSN: Sociedade de Pediatria de São Paulo Brasil Strehl Machado, Rodrigo; Menezes, Yara; Hanai Brito, Helena; Yamamoto, Érika; Viriato, Aírton Contribuição das lesões não-erosivas ao diagnóstico endoscópico de esofagite em crianças e adolescentes Revista Paulista de Pediatria, vol. 24, núm. 3, septiembre, 2006, pp Sociedade de Pediatria de São Paulo São Paulo, Brasil Disponível em: Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

2 Artigo Original Contribuição das lesões não-erosivas ao diagnóstico endoscópico de esofagite em crianças e adolescentes Contribution of nonerosive esophageal lesions to endoscopic diagnosis of esophagitis in children and adolescents Rodrigo Strehl Machado 1, Yara Menezes 2, Helena Hanai Brito 3, Érika Yamamoto 3, Aírton Viriato 3 RESUMO Objetivo: Avaliar a contribuição das lesões macroscópicas não-erosivas ao diagnóstico de esofagite. Métodos: Foram avaliados 208 pacientes encaminhados ao serviço de endoscopia para endoscopia digestiva alta em um período de 33 meses. As lesões consideradas sugestivas de esofagite foram: edema, linhas verticais, erosões, hiperemia, friabilidade e prega sentinela. Coletou-se fragmento de terço distal de mucosa esofágica para avaliação histológica, a qual foi o padrão-ouro para o diagnóstico de esofagite. Sensibilidade, especifi cidade, razão de probabilidade e coefi ciente Kappa foram estimados para os achados macroscópicos em relação ao padrão-ouro. Resultados: A idade dos pacientes variou de três meses a 19 anos (média 8,6 anos) e a razão feminino:masculino foi 120:88. A endoscopia digestiva alta mostrou exame normal em 124 pacientes (59,6%). As alterações mais freqüentes foram: esofagite (41/19,7%), nodularidade de mucosa antral (26/12,5%), hérnia de hiato (13/6,2%) e duodenite (9/4,3%). A esofagite foi não-erosiva em 30 pacientes, grau A de Los Angeles em nove e grau D em dois. A biópsia de esôfago mostrou esofagite em 39 casos (49,4%). Houve concordância entre os diagnósticos macroscópico e histológico em 144 (69,2%), 26 dos quais com esofagite (κ=0,259). A sensibilidade e a especificidade do exame endoscópico para o diagnóstico de esofagite foram, respectivamente, 34,7% e 88,7%. Os achados endoscópicos mais específicos de esofagite foram: prega sentinela, hérnia de hiato, estenose esofágica, linhas verticais e friabilidade. Conclusões: A concordância entre a histologia esofágica e a endoscopia quanto ao diagnóstico de esofagite foi fraca. Palavras-chave: Esofagite péptica, endoscopia do sistema digestório, refl uxo gastroesofágico. ABSTRACT Objective: To evaluate the contribution of nonerosive macroscopic lesions to the diagnosis of esophagitis. Methods: 208 patients with digestive symptoms referred to the endoscopy facility to perform an upper gastrointestinal endoscopy were evaluated during a period of 33 months. Endoscopic lesions suggestive of esophagitis evaluated were: edema, vertical lines, erosions, hyperemia, friability and sentinel fold. A fragment of distal esophagus was collected for histology. Histology was considered the gold-standard for esophagitis. Sensitivity, specifi city, likelihood ratio and Kappa coeffi cient were estimated for macroscopic fi ndings in relation to the gold-standard. Results: Patients had a mean age of 8.6 years (Variation: three months to 19 years), 120 were females and 88 males. Endoscopy was normal in 124 (59.6%). The most common abnormalities were: esophagitis (41/19.7%), antral nodularity (26/12.5%), hiatal hernia (13/6.2%) and duodenitis (9/4.3%). Nonerosive esophagitis was diagnosed in 30 patients. According to Los Angeles grades, the esophagitis was grade A in 9 and grade D in 2. Histological examination demonstrated esophagitis in 39 patients (49.4%). Agreement between histological diagnosis and endoscopy occurred in 144 (69.2%), of which 26 with esophagitis (κ=0.259). Sensitivity and specificity of the endoscopy were 34.7% and 88.7% respectively. The most specific endoscopic findings of esophagitis were: sentinel fold, hiatal hernia, esophageal stenosis, vertical lines and friability. Conclusions: Agreement between esophageal histology and endoscopy was weak for the diagnosis of esophagitis. Key-words: Esophagitis, peptic; endoscopy, digestive system; gastroesophageal refl ux. 1 Mestre em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), médico endoscopista do Hospital Infantil Cândido Fontoura de São Paulo 2 Médico patologista do Instituto Adolfo Lutz de São Paulo 3 Médico pediatra da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutica do Hospital Infantil Cândido Fontoura de São Paulo Endereço para correspondência: Dr. Rodrigo Strehl Machado Avenida Doutor Altino Arantes, 894, apto. 101 Vila Clementino CEP São Paulo/SP rodrigo@gastroped.epm.br Recebido em: 4/4/2006 Aprovado em: 20/6/

3 Rodrigo Strehl Machado et al. Introdução O refluxo gastroesofágico patológico, atualmente designado como doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), tem importância epidemiológica crescente, sendo que complicações significativas desenvolvem-se em 10% das crianças não-tratadas (1). Embora a doença seja reconhecida e bem definida clinicamente, não há métodos diagnósticos que permitam diferenciar com razoável certeza o refluxo gastroesofágico fisiológico do patológico. A esofagite de refluxo e suas conseqüências, como estenose e esôfago de Barrett, são as principais complicações da DRGE e seu diagnóstico geralmente é realizado pelo exame endoscópico e histológico da mucosa esofágica (2). O diagnóstico histológico de refluxo é estabelecido no paciente com infiltrado de polimorfonucleares, particularmente eosinófilos, alongamento do estroma papilar (papilomatose), hiperplasia da camada basal e congestão dos capilares, enquanto o diagnóstico endoscópico baseia-se na verificação de lesões erosivas no terço distal ou de complicações, como estenose, ulcerações ou metaplasia especializada. Apesar de uma importante proporção dos pacientes que preenchem os critérios clínicos de refluxo não possuir lesões erosivas, as principais classificações de esofagite baseiam-se na extensão da quebra de continuidade da mucosa (3). Em crianças, há tendência à valorização de lesões não-erosivas, como edema, irregularidade do contorno mucoso e hiperemia. Devido a isso, classificações que levem em conta tais achados são propostas para uso em pediatria, por se considerar as erosões um evento tardio na evolução da doença (4). No entanto, a única classificação de esofagite de refl uxo adequadamente validada é a de Los Angeles, que considera apenas quebras de continuidade da mucosa esofágica, seja por erosão ou por estrias de hiperemia (5). Faltam estudos que verifiquem a importância de cada sinal não-erosivo como evidência de esofagite de refluxo e, quando esses sinais são considerados em conjunto, é reconhecida sua baixa acurácia para o diagnóstico, comparados à histologia (6). Assim, o estudo teve por objetivo verificar a relação entre avaliação endoscópica e histológica da mucosa esofágica quanto ao diagnóstico de esofagite e investigar a contribuição de lesões não-erosivas ao diagnóstico da doença. Métodos Os prontuários de pacientes encaminhados ao serviço de endoscopia para endoscopia digestiva alta diagnóstica em um período de 33 meses foram revisados quanto à indicação do exame e quanto aos relatórios dos exames endoscópico e histológico. Foram consideradas as primeiras endoscopias. Pacientes sem resultado da histologia de esôfago disponível foram excluídos. Para a endoscopia, empregou-se o gastroscópio pediátrico convencional Fuginon 100 PE ou Pentax FG24X, ambos com canal de operação de 2 mm. Os exames foram realizados sempre pelo mesmo médico (RSM). O teste rápido da urease e as biópsias de outros locais foram indicados de acordo com a solicitação do médico assistente. Realizou-se o teste rápido da urease com solução aquosa de uréia a 10% e uma gota de vermelho de fenol, com resultado lido após uma hora e interpretado como positivo quando a coloração da solução passou de amarela à rósea. As lesões sugestivas de esofagite endoscópica anotadas foram: erosões, edema (Figura 2), eritema, linhas verticais (Figura 2), Figura 1 Aspecto da mucosa esofágica normal, de cor rósea, superfície plana e vasos submucosos visíveis Figura 2 Linha vertical visível em mucosa com superfície irregular e edema acentuado no terço médio do esôfago 234

4 Contribuição das lesões não-erosivas ao diagnóstico endoscópico de esofagite em crianças e adolescentes friabilidade ou prega sentinela na mucosa esofágica junto à junção esôfago-gástrica. A esofagite erosiva foi graduada conforme o sistema de Los Angeles (5), aqui especificado: A. Uma ou mais soluções de continuidade da mucosa, cada uma com menos de 5 mm. B. Pelo menos uma das soluções de continuidade com mais de 5 mm, mas não contínua entre os topos de duas pregas mucosas. Tabela 1 Indicações de endoscopia Indicações N % Dor epigástrica 74 35,6 Dor abdominal em outra localização 35 16,8 Vômitos recorrentes 30 14,4 Controle de tratamento 28 13,5 Dor retroesternal 12 5,8 Hematêmese 5 2,4 Outras 24 11,5 Tabela 2 Diagnóstico endoscópico (há pacientes com mais de um diagnóstico) Diagnóstico N % Exame normal ,6 Esofagite 41 19,7 Nodularidade da mucosa antral 26 12,5 Duodenite 9 4,3 Hérnia de hiato 13 6,2 Outras 10 4,8 Tabela 3 Diagnóstico endoscópico de esofagite, em relação ao padrão-ouro histológico Histologia Esofagite n (%) Normal n (%) Total n (%) Endoscopia Esofagite 26 (63) 15 (37) 41 (100) Sem esofagite 49 (29) 118 (71) 167 (100) Total 75 (36) 123 (64) 208 (100) C. Pelo menos uma interrupção da mucosa contínua entre os topos de duas pregas mucosas, mas não circunferencial. D. Solução de continuidade circunferencial da mucosa. Quanto ao exame histológico, para todos os pacientes incluídos, coletou-se material de biópsia por punção da mucosa esofágica 3 cm acima da linha Z, com pinça convencional de 1,8 mm de diâmetro. Os fragmentos foram fixados em formol a 10%. O diagnóstico de esofagite foi estabelecido quando havia hiperplasia da camada basal do epitélio e/ou extensão do estroma papilar e/ou infiltrado com polimorfonucleares no epitélio ou lâmina própria (3). Para a análise estatística, estabeleceu-se como padrãoouro para o diagnóstico de esofagite o exame histológico. A concordância de cada uma das lesões endoscópicas sugestivas de esofagite com o padrão-ouro foi avaliada pelo cálculo do coefi ciente Kappa. Além disso, foram estimadas a sensibilidade, a especificidade e a razão de probabilidade das lesões endoscópicas macroscópicas em relação ao padrão-ouro. O estudo foi retrospectivo e não gerou intervenção, motivo pelo qual não foi necessário o preenchimento de termo de consentimento livre e esclarecido, conforme avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Infantil Cândido Fontoura, em São Paulo (SP). Resultados Foram estudados 208 pacientes. A idade variou de três meses a 19 anos, com média de 8,6±4,5 anos. Quanto ao gênero, 120 pacientes eram do sexo feminino e 88 do masculino. A principal indicação da endoscopia foi dor epigástrica (35,6%), conforme disposto na Tabela 1. A endoscopia mostrou-se normal em 124 pacientes (59,6%). As alterações mais freqüentes foram: esofagite (n=41/19,7%) e nodularidade de mucosa antral (n=26/12,5%) (Tabela 2). O teste rápido da urease foi realizado em 122 pacientes (58,6%), com 36 positivos (29,5%). A esofagite foi não-erosiva em 30 Tabela 4 Concordância (Kappa) e acurácia diagnóstica das alterações macroscópicas do esôfago, quanto ao diagnóstico histológico de esofagite n (%) S (%) E (%) RP- RP+ Kappa Edema 38 (92,7) 29,3 88,0 0,80 2,43 0,194 Eritema 14 (34,1) 14,7 97,7 0,87 6,50 0,151 Hérnia de hiato 13 (31,7) 13,3 97,7 0,89 5,91 0,135 Linhas verticais 12 (29,3) 12 97,7 0,90 5,32 0,119 Erosões 11 (26,8) 9,3 97,0 0,93 3,10 0,078 Friabilidade 7 (17,1) 5,3 97,7 0,97 2,36 0,038 Prega sentinela 2 (4,9) 2, ,97 0,033 S: sensibilidade; E: especifi cidade; RP-: razão de probabilidade para o teste negativo; RP+: razão de probabilidade para o teste positivo 235

5 Rodrigo Strehl Machado et al. e havia nove pacientes com esofagite grau A e dois com grau D (um dos quais tinha estenose esofágica). O encontro de área de mucosa suspeita de esôfago de Barrett ocorreu em um paciente com esofagite grau D. O diagnóstico histológico de esofagite se deu em 75 pacientes (36,1%). A idade média dos pacientes com esofagite foi 9,8±4,8 anos, enquanto naqueles sem esofagite foi 7,9±4,2 anos (p=0,005). Houve concordância entre os diagnósticos macroscópico e histológico em 144 pacientes (69,2%) (Tabela 3). A concordância entre os diagnósticos histológico e endoscópico foi fraca (coeficiente Kappa: 0,259). A sensibilidade do diagnóstico endoscópico foi 34,7%, a especifi cidade 88,7%, a razão de probabilidades para o teste positivo foi 3,07 e para o teste negativo 0,73. A lesão mais freqüente em pacientes com esofagite endoscópica foi edema (38/41, 92,7%), a menos específica em relação ao diagnóstico histológico de esofagite (87,9%). O achado de eritema, friabilidade, erosões e linhas verticais apresentou maior especificidade (Tabela 4). A hérnia de hiato ocorreu em 13 pacientes, dos quais seis tinham esofagite à endoscopia e à histologia. Dos sete pacientes com hérnia de hiato sem esofagite endoscópica, quatro tinham esofagite histológica (57%). Não houve associação entre o resultado do teste rápido da urease e o diagnóstico histológico ou endoscópico de esofagite. Discussão No presente estudo, algumas alterações macroscópicas nãoerosivas da mucosa esofágica possuem alta especificidade, superando 97% no caso de eritema, friabilidade e linhas verticais. No entanto, a razão de probabilidade para o teste positivo da endoscopia foi de apenas 3,07 e, ao avaliar cada uma das lesões em separado, a que apresentou maior razão de probabilidade para o diagnóstico foi o eritema, com valor de 6,5. A razão de probabilidades (ou razão de verossimilhança, likelihood ratio) descreve quanto um teste diagnóstico muda a chance de a doença estar realmente presente, o que a torna um instrumento importante para orientar o médico a avaliar um método diagnóstico. Um teste produz grande aumento da probabilidade pós-teste de doença quando a razão de probabilidades for superior a 10 (para o teste positivo) ou grande diminuição da probabilidades pós-teste quando for inferior a 0,1 (para o teste negativo) (7). O edema da mucosa, revelado pela perda da transparência dela, foi o sinal menos específico e com menor razão de probabilidade no presente estudo (razão de probabilidades de 2,43). Gupta e colaboradores descreveram que linhas verticais na mucosa esofágica são altamente específicas (98%) para o diagnóstico de esofagite, comparadas à histologia, contra 95% dos demais achados e 45,3% de prevalência em pacientes com endoscopia considerada normal (8). No entanto, linhas verticais, edema, nodularidade e eritema, bem como placas aderentes brancas, foram também descritos na esofagite eosinofílica (9). A sensibilidade da endoscopia foi de apenas 34,7%, o que sublinha a necessidade de coletar fragmentos de biópsia para o diagnóstico de esofagite em crianças. Dahshan e Rabah descreveram, por outro lado, sensibilidade 81,6% e especificidade 41,6% da endoscopia para o diagnóstico de esofagite, se comparada à histologia, e a presença de friabilidade teve acurácia de 71% e a de eritema de 63% (10). Gupta e colaboradores, ao avaliarem apenas as linhas verticais no diagnóstico de esofagite, mostraram sensibilidade de 37% (8). Há fraca concordância entre o diagnóstico endoscópico e histológico de esofagite, mesmo quando não consideradas as lesões não-erosivas, geralmente à custa de menor sensibilidade dos achados endoscópicos (11). Apenas 11/41 (26,8%) dos pacientes com diagnóstico endoscópico de esofagite tinham lesões erosivas. A quebra de continuidade da mucosa é a lesão básica mais aceita de esofagite endoscópica nas classificações, mas diversos autores a consideram inadequada para avaliar crianças, pois a lesão pode ser um evento tardio na evolução da doença. A classificação de Hetzel e Dent considera como primeiro grau de esofagite lesões não-erosivas e é sugerida por Hassal como adequada à avaliação de crianças. No entanto, no estudo em que tal classificação foi inicialmente citada, um ensaio terapêutico de esofagite, o autor incluiu apenas pacientes com lesões erosivas (grau 2 ou maior) e foram considerados curados os pacientes que, após tratamento, apresentaram grau 0 ou 1 (4,12). Outras classificações são propostas, mas o sistema de graduação da esofagite de refluxo mais aceito é a classificação de Los Angeles, sistema estabelecido em consenso, validado quanto à sua reprodutibilidade e baseado na extensão de quebras de continuidade da mucosa. No entanto, mesmo essa classificação é criticada, porque considerada como lesão básica as quebras de continuidade da mucosa (mucosal breaks) e descreve tanto estrias de hiperemia como erosões, além de desconsiderar complicações de esofagite, como o esôfago de Barrett, a estenose e as úlceras esofágicas (13). Contudo, as estrias vermelhas sem erosão, em claro contraste com a mucosa adjacente normal, foram validadas em relação à histologia, tendo como controle a mucosa adjacente de aparência normal (5). Os exames foram realizados sempre pelo mesmo endoscopista, o que garante a uniformidade da avaliação, mas não permite a verificação da reprodutibilidade dos achados. A variação interobservador é o principal motivo da não-adoção do critério de alterações mínimas da mucosa esofágica pela 236

6 Contribuição das lesões não-erosivas ao diagnóstico endoscópico de esofagite em crianças e adolescentes maioria das classificações de esofagite. Edema, eritema difuso e friabilidade tiveram coeficiente Kappa, respectivamente, de 0,55, 0,69 e 0,55 entre endoscopistas experientes em um estudo, mas, para endoscopistas em treinamento, os valores respectivos foram de apenas 0,19, 0,36, e 0,19, enquanto a concordância interobservador das quebras de continuidade da mucosa se situou entre 0,81 e 0,84 para ambos os grupos (14). A classificação de Hetzel e Dent, na qual o primeiro estágio é reservado para alterações mínimas, possui um coeficiente de concordância intraobservador apenas discretamente inferior à de Los Angeles em um estudo (Kappa 0,395 para a de Hetzel e Dent versus 0,436 para de Los Angeles), mas, no mesmo trabalho, não foi descrita a reprodutibilidade do primeiro grau da classificação de Hetzel e Dent (15). Os exames na presente pesquisa não foram gravados em vídeo, motivo pelo qual esse aspecto não foi avaliado. O processamento digital de imagens pode tornar objetiva a avaliação de alterações como hiperemia e edema no futuro, com programas de computador específicos de análise de tonalidade (16,17). A esofagite foi muito comum nos pacientes estudados, com 35% de prevalência, o que reforça a importância da coleta de fragmentos de esôfago durante o exame de crianças sintomáticas. Além disso, houve concordância ruim entre as lesões sugestivas de esofagite e o diagnóstico histológico de esofagite (Kappa 0,033 a 0,194). Leape, Bhan e Ramenofsky avaliaram 63 pacientes e verificaram que 52% dos assintomáticos tinham esofagite histológica, enquanto que, em 31 pacientes com endoscopia normal, 18 tinham histologia esofágica anormal. No entanto, nos pacientes sintomáticos, a esofagite histológica teve associação com a clínica e a resposta ao tratamento (18). No estudo citado (18), em 24 pacientes com histologia normal, 11 tinham esofagite à endoscopia e, na presente investigação, em 133 pacientes com histologia normal, 15 tinham esofagite à endoscopia. Vieira, Pisani e Mulinari, ao avaliarem 167 lactentes com idade até um ano e suspeita de doença do refluxo gastroesofágico, relataram 42,5% de esofagite à endoscopia (com critério diagnóstico que incluiu lesões não-erosivas) e 83,2% de esofagite histológica, com sensibilidade da endoscopia para o diagnóstico de esofagite de 45% e especificidade 71% (19). De modo geral, o diagnóstico histológico de esofagite é freqüente, mas falsos positivos podem resultar da coleta muito distal do fragmento e da maior exposição ao ácido. Além disso, os fragmentos obtidos por endoscopia são de tamanho reduzido devido à coleta tangencial do fragmento com pinça de pequeno calibre, particularmente quando o aparelho é pediátrico. Knuff e colaboradores, ao compararem a biópsia endoscópica com a biópsia de sucção, verificaram que a última produz melhores fragmentos (20). Mais da metade (59,6%) dos exames endoscópicos mostrou resultado normal, o que se aproximou dos resultados de outros estudos, principalmente dos realizados em adultos (6). O principal achado foi esofagite, encontrada em 20,2% dos exames, semelhante ao observado por El-Serag e colaboradores em mais de 400 crianças neurologicamente normais (21). Assim, a presente investigação demonstra que o diagnóstico endoscópico de esofagite apresenta concordância ruim com o diagnóstico histológico. Dentre as lesões não-erosivas avaliadas, o edema apresentou a pior especificidade. As demais lesões (eritema, linhas verticais, hérnia de hiato, prega sentinela, friabilidade e erosões), apesar de mais específicas, também possuem associação ruim com o diagnóstico histológico. 237

7 Rodrigo Strehl Machado et al. Referências bibliográficas 1. Orenstein SR, Izadnia F, Khan S. Gastroesophageal refl ux disease in children. Gastroenterol Clin North Am 1999;28: Carvalho E, Silva AA, Franco AR. Esofagite de refl uxo em lactentes: conhecimentos atuais e as lacunas do conhecimento. J Pediatr (Rio J) 2004;80: Vandenplas Y. Refl ux esophagitis in infants and children: a report from the working on gastroesophageal refl ux disease of the European Society of Pediatric Gastroenterology and Nutrition. J Pediatr Gastroenterol Nutr 1994;18: Hassall E. Macroscopic versus microscopic diagnosis of refl ux esophagitis: erosions or eosinophils?. J Pediatr Gastroenterol Nutr 1996;22: Vieth M, Haringsma J, Delarive J, Wiesel PH, Tam W, Dent J et al. Red streaks in the oesophagus in patients with reflux disease: is there a histomorphological correlate?. Scand J Gastroenterol 2001;36: Dadhich SK, Tachka SK, Srivastava A, Sikora SS, Pandey R. Endoscopic and histologic evaluation of refl ux esophagitis. Indian Pediatr 2000;37: Grimes DA, Schulz KF. Refi ning clinical diagnosis with likelihood ratios. Lancet 2005;65: Gupta SK, Fitzgerald JF, Chong SK, Croffie JM, Collins MH. Vertical lines in distal esophageal mucosa (VLEM): a true endoscopic manifestation of esophagitis in children?. Gastrointest Endosc 1997;45: Sundaram S, Sunku B, Nelson SP, Sentongo T, Melin-Aldana H, Kumar R et al. Adherent white plaques: an endoscopic fi nding in eosinophilic esophagitis. J Pediatr Gastroenterol Nutr 2004;38: Dahshan A, Rabah R. Correlation of endoscopy and histology in the gastroesophageal mucosa in children: are routine biopsies justifi ed?. J Clin Gastroenterol 2000;31: Biller JA, Winter HS, Grand RJ, Allred EN. Are endoscopic changes predictive of histologic esophagitis in children?. J Pediatr 1983;103: Hetzel DJ, Dent J, Reed WD, Narielvala FM, Mackinnon M, McCarthy JH et al. Healing and relapse of severe peptic esophagitis after treatment with omeprazole. Gastroenterology 1988;95: Armstrong D. Endoscopic evaluation of gastro-esophageal refl ux disease. Yale J Biol Med 1999;72: Armstrong D, Bennett JR, Blum AL, Dent J, De Dombal FT, Galmiche JP et al. The endoscopic assessment of esophagitis: a progress report on observer agreement. Gastroenterology 1996;111: Pandolfi no JE, Vakil NB, Kahrilas PJ. Comparison of inter- and intraobserver consistency for grading of esophagitis by expert and trainee endoscopists. Gastrointest Endosc 2002;56: Witt H, Manneberg G, Slezak P, Watanabe M, Kronander T. Quantitative endoscopic classifi cation of esophagitis by means of computerized image processing. Part II: experimental study. Hepatogastroenterology 1996;43: Toyota Y, Honda H, Omoya T, Inayama K, Suzuki M, Kubo K et al. Usefulness of a hemoglobin index determined by electronic endoscopy in the diagnosis of Helicobacter pylori gastritis. Dig Endosc 2002;14: Leape LL, Bhan I, Ramenofsky ML. Esophageal biopsy in the diagnosis of refl ux esophagitis. J Pediatr Surg 1981;16: Vieira MC, Pisani JC, Mulinari RA. Diagnóstico de esofagite de refl uxo em lactentes: a histologia do esôfago distal deve complementar a endoscopia digestiva alta. J Pediatr (Rio J) 2004;80: Knuff TE, Benjamin SB, Worsham GF, Hancock JE, Castell DO. Histologic evaluation of chronic gastroesophageal reflux. An evaluation of biopsy methods and diagnostic criteria. Dig Dis Sci 1984;29: El-Serag HB, Bailey NR, Gilger M, Rabeneck L. Endoscopic manifestations of gastroesophageal refl ux disease in patients between 18 months and 25 years without neurological defi cits. Am J Gastroenterol 2002;97:

Diagnóstico de esofagite de refluxo em lactentes: a histologia do esôfago distal deve complementar a endoscopia digestiva alta

Diagnóstico de esofagite de refluxo em lactentes: a histologia do esôfago distal deve complementar a endoscopia digestiva alta 0021-7557/04/80-03/197 Jornal de Pediatria Copyright 2004 by Sociedade Brasileira de Pediatria ARTIGO ORIGINAL Diagnóstico de esofagite de refluxo em lactentes: a histologia do esôfago distal deve complementar

Leia mais

Comparação do diagnóstico endoscópico com o histopatológico em crianças portadoras de esofagite

Comparação do diagnóstico endoscópico com o histopatológico em crianças portadoras de esofagite 155 Comparação do diagnóstico endoscópico com o histopatológico em crianças portadoras de esofagite Cláudia Souza Pires * Fernanda Nunes Paes ** Fernanda Santos Barros ** Maria Clotildes Nunes de Melo

Leia mais

- Descrito na década de 70, mas com aumento constante na incidência desde os anos 90

- Descrito na década de 70, mas com aumento constante na incidência desde os anos 90 INTRODUÇÃO - Descrito na década de 70, mas com aumento constante na incidência desde os anos 90 - Caracterizada pela infiltração de eosinófilos na mucosa esofágica - Pode ser isolada ou como manifestação

Leia mais

Resposta reparadora decorrente da exposição progressiva da mucosa do esôfago ao conteúdo gástrico (refluxo ácido, alcalino ou misto).

Resposta reparadora decorrente da exposição progressiva da mucosa do esôfago ao conteúdo gástrico (refluxo ácido, alcalino ou misto). DEFINIÇÃO Substituição do epitélio escamoso estratificado do esôfago pelo epitélio colunar com células intestinalizadas (metaplasia intestinal). Resposta reparadora decorrente da exposição progressiva

Leia mais

DRGE é fácil de ser diagnosticada? - julho 2017 Por Felipe Paludo Salles - Endoscopia Terapêutica -

DRGE é fácil de ser diagnosticada? - julho 2017 Por Felipe Paludo Salles - Endoscopia Terapêutica - A discussão sobre doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é ampla e envolve fatores de prevalência (ambientais, genéticos, culturais), fisiopatológicos (relaxamento do EEI, hipotonia do EEI), sintomatologia

Leia mais

CASO CLÍNICO : ESOFAGITE EOSINOFÍLICA

CASO CLÍNICO : ESOFAGITE EOSINOFÍLICA GUILHERME PIOVEZANI RAMOS LARISSA KRUGER GOMES CASO CLÍNICO : ESOFAGITE EOSINOFÍLICA SBAD Projeto Jovem Gastro LIAAD Liga Acadêmica do Aparelho Digestório UFPR/FEPAR CURITIBA 2010 1. CASO CLÍNICO Masculino,

Leia mais

- Infiltrado eosinofílico no epitélio esofágico : mais 15 eosinófilos / campo grande aumento (400X)

- Infiltrado eosinofílico no epitélio esofágico : mais 15 eosinófilos / campo grande aumento (400X) A esofagite eosinofílica vem sendo cada vez mais diagnosticada em nosso meio devido ao conhecimento melhor desta patologia e maior acesso ao exame de endoscopia digestiva. Classicamente a doença atinge

Leia mais

Esomeprazol em Crianças Eficácia e segurança no tratamento da esofagite erosiva em crianças.

Esomeprazol em Crianças Eficácia e segurança no tratamento da esofagite erosiva em crianças. Atualização em: Esomeprazol em Crianças Eficácia e segurança no tratamento da esofagite erosiva em crianças. Esomeprazol em Crianças Eficácia e segurança no tratamento da esofagite erosiva em crianças.

Leia mais

Doença do Refluxo Gastroesofágico

Doença do Refluxo Gastroesofágico Doença do Refluxo Gastroesofágico Novos conceitos Paula Seixas Verardo Residente do Serviço de Gastroenterologia Orientador: Dr. Márcio Carvalho A Casos Clínicos E.M.C., fem., 67 anos Pirose + regurgitação

Leia mais

Avaliação da telelaringoscopia no diagnóstico das lesões benignas da laringe

Avaliação da telelaringoscopia no diagnóstico das lesões benignas da laringe Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo Avaliação da telelaringoscopia no diagnóstico das lesões benignas da laringe Márcio Cavalcante Salmito SÃO PAULO 2012 Márcio Cavalcante Salmito Avaliação

Leia mais

DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO EM PEDIATRIA

DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO EM PEDIATRIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE CIENCIAS MÉDICAS E FARMACÊUTICAS LIGA ACADÊMICA DE PEDIATRIA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO EM PEDIATRIA ACADÊMICA: CAMILA DE OLIVEIRA SILVA 1º ANO-

Leia mais

ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE

ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE ARQGA / 1023 ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE ESOFAGITE DE REFLUXO EM CRIANÇAS: estudo histológico e morfométrico Ana Maria A. A. MADER 1, Maria Teresa de Seixas ALVES 2, Elisabete KAWAKAMI 3 e Francy

Leia mais

Análise critica dos métodos diagnósticos do RGE na infância. Prof. Dr. Mauro Toporovski FCM da Santa Casa de São Paulo

Análise critica dos métodos diagnósticos do RGE na infância. Prof. Dr. Mauro Toporovski FCM da Santa Casa de São Paulo Análise critica dos métodos diagnósticos do RGE na infância Prof. Dr. Mauro Toporovski FCM da Santa Casa de São Paulo mstoporovski@gmail.com lactentes baixo ganho ponderal vômitos recorrentes Crianças

Leia mais

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências Avaliação de Tecnologias em Saúde

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências Avaliação de Tecnologias em Saúde Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências Avaliação de Tecnologias em Saúde Sumário das Evidências e Recomendações para Seguimento Endoscópico em Pacientes com Diagnóstico de Doença do Refluxo Gastroesofágico.

Leia mais

Cuiabá. PROPOSTA DE PROTOCOLO PARA USO DA MANOMETRIA ESOFÁGICA, phmetria ESOFÁGICA E MANOMETRIA ANO-RETAL

Cuiabá. PROPOSTA DE PROTOCOLO PARA USO DA MANOMETRIA ESOFÁGICA, phmetria ESOFÁGICA E MANOMETRIA ANO-RETAL PROPOSTA DE PROTOCOLO PARA USO DA MANOMETRIA ESOFÁGICA, phmetria ESOFÁGICA E MANOMETRIA ANO-RETAL PROPOSTA DE PROTOCOLO PARA USO DA MANOMETRIA ESOFÁGICA, phmetria ESOFÁGICA E MANOMETRIA ANO-RETAL RECOMENDAÇÕES

Leia mais

Cromoscopia com corantes - maio 2016 Por Felipe Paludo Salles - Endoscopia Terapêutica -

Cromoscopia com corantes - maio 2016 Por Felipe Paludo Salles - Endoscopia Terapêutica - Corantes Classificação: 1- Corantes de absorção ou vitais (azul de metileno, violeta de genciana, lugol) 2- Corantes de contraste (índigo carmin) 3- Corantes químicos ou reativos (vermelho-congo, ácido

Leia mais

Resultados 42. IV. Resultados

Resultados 42. IV. Resultados Resultados 42 IV. Resultados Resultados 43 1. Resultados Globais No período de outubro de 1996 a outubro de 1997, foram incluídos em nosso estudo 77 pacientes HIV-positivos em seguimento na Unidade Especial

Leia mais

EVOLUÇÃO CLÍNICA E TRATAMENTO DA ESOFAGITE DE REFLUXO CRÔNICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

EVOLUÇÃO CLÍNICA E TRATAMENTO DA ESOFAGITE DE REFLUXO CRÔNICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EVOLUÇÃO CLÍNICA E TRATAMENTO DA ESOFAGITE DE REFLUXO CRÔNICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES CLINICAL EVOLUTION AND TREATMENT OF CHRONIC REFLUX ESOPHAGITIS IN CHILDREN AND ADOLESCENTS SIMONE DINIZ CARVALHO*,

Leia mais

Tumores da Junção Esófago-Gástrica

Tumores da Junção Esófago-Gástrica Tumores da Junção Esófago-Gástrica Perspetiva do Gastrenterologista João Coimbra Serviço de Gastrenterologia Hospital de Stº António dos Capuchos Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central Tumores

Leia mais

A Qualidade de Vida na Doença do Refluxo Gastroesofágico: Comparação Entre os Grupos Não-erosivo e Erosivo

A Qualidade de Vida na Doença do Refluxo Gastroesofágico: Comparação Entre os Grupos Não-erosivo e Erosivo Artigo Original A Qualidade de Vida na Doença do Refluxo Gastroesofágico: The quality of life in gastroesophageal reflux disease: comparison between the groups non-erosive and erosive PAULO ROMERO MACIEL

Leia mais

A INCIDÊNCIA DE ESOFAGOPATIAS AVALIADAS POR ENDOSCOSPIA DIGESTIVA ALTA

A INCIDÊNCIA DE ESOFAGOPATIAS AVALIADAS POR ENDOSCOSPIA DIGESTIVA ALTA 37 A INCIDÊNCIA DE ESOFAGOPATIAS AVALIADAS POR ENDOSCOSPIA DIGESTIVA ALTA Ronaldo César Aguiar Lima I André Camurça de Almeida II Sheila Ferreira Maynarde III Thiago Abrantes Barbosa IV Víctor Linhares

Leia mais

Estudos Funcionais do Esôfago: Quando Indicar?

Estudos Funcionais do Esôfago: Quando Indicar? Angela Marinho Falcão a n g e l a. f a l c a o @ h c. f m. u s p. b r Estudos Funcionais do Esôfago: Quando Indicar? Manometria ph-metria Esofágica CURSO CONTINUADO DE CIRURGIA GERAL C a pítulo de São

Leia mais

Lua Nova ISSN: Centro de Estudos de Cultura Contemporânea Brasil

Lua Nova ISSN: Centro de Estudos de Cultura Contemporânea Brasil Lua Nova ISSN: 0102-6445 luanova@cedec.org.br Centro de Estudos de Cultura Contemporânea Brasil Souza, Jessé Raça ou classe? Sobre a desigualdade brasileira Lua Nova, núm. 65, agosto, 2005, pp. 43-69 Centro

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE CARVEL SUPRIEN CARACTERIZAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, E RESPOSTA AO TRATAMENTO EM CRIANÇAS

Leia mais

Punção Aspirativa com Agulha Fina Guiada por Ultrassonografia Endoscópica PAAF-USE primeira linha suspeita de neoplasia do pâncreas

Punção Aspirativa com Agulha Fina Guiada por Ultrassonografia Endoscópica PAAF-USE primeira linha suspeita de neoplasia do pâncreas A Punção Aspirativa com Agulha Fina Guiada por Ultrassonografia Endoscópica (PAAF-USE) é utilizada para estudo de lesões pancreáticas Complementa a caracterização imagiológica Método de primeira linha

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM EOSINOFILIA ESOFÁGICA NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTO VALE

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM EOSINOFILIA ESOFÁGICA NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTO VALE 23 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM EOSINOFILIA ESOFÁGICA NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTO VALE Fernanda Girardi 1 Gabriela Delatorre Gomes 1 Rafaela Oribka 1 Lucas Baptista da Silva 1 Ricardo

Leia mais

19º Imagem da Semana: Radiografia de Tórax

19º Imagem da Semana: Radiografia de Tórax 19º Imagem da Semana: Radiografia de Tórax Enunciado Paciente de 61 anos, sexo feminino, sem queixas no momento, foi submetida à radiografia de tórax como avaliação pré-cirúrgica. Qual achado pode ser

Leia mais

DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO

DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO Serviço e Disciplina de Clínica Cirúrgica Sessão Clínica- 31/08/2018 Auditório 1 -Hospital Escola Álvaro Alvim Relatora: Fernanda Cordeiro da Silva R2 DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO CONCEITO Afecção

Leia mais

Endoscopia digestiva alta

Endoscopia digestiva alta Endoscopia digestiva alta Análise das Imagens Imagem 1: Fotografia de EDA revelando presença de extensa úlcera (áreas vermelhas), localizada em pequena curvatura gástrica, de bordas pouco elevadas, formato

Leia mais

Concurso Público UERJ 2012

Concurso Público UERJ 2012 Concurso Público UERJ 2012 1 Gastroenterologia Padrão resposta definitivo das questões discursivas Questão 1: Homem de 56 anos de idade, assintomático, realizou colonoscopia para vigilância do câncer colo-retal.

Leia mais

PERFIL CLÍNICO E ENDOSCÓPICO DOS PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO NO AMBULATÓRIO DE GASTROENTEROLOGIA

PERFIL CLÍNICO E ENDOSCÓPICO DOS PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO NO AMBULATÓRIO DE GASTROENTEROLOGIA Vol.19,n.3,pp.13-18 (Jun Ago 2017) Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research BJSCR PERFIL CLÍNICO E ENDOSCÓPICO DOS PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO NO AMBULATÓRIO DE

Leia mais

SESSÃO DE ENDOSCOPIA. Diarreia crônica: papel da endoscopia. Fabricio T. Valente R1 Gastroenterologia

SESSÃO DE ENDOSCOPIA. Diarreia crônica: papel da endoscopia. Fabricio T. Valente R1 Gastroenterologia SESSÃO DE ENDOSCOPIA Diarreia crônica: papel da endoscopia Fabricio T. Valente R1 Gastroenterologia Definições Diarreia: alteração de peso das fezes (>200 g/dia), consistência (pastosa ou líquida) e/ou

Leia mais

Imagem da Semana: Endoscopia digestiva alta

Imagem da Semana: Endoscopia digestiva alta Imagem da Semana: Endoscopia digestiva alta Imagem 01. Endoscopia digestiva alta, evidenciando o esôfago. Paciente do sexo feminino, 19 anos, natural e procedente de Belo Horizonte, procurou atendimento

Leia mais

Tomografia de abdômen evidencia espessamento da parede gástrica, sem outros achados.

Tomografia de abdômen evidencia espessamento da parede gástrica, sem outros achados. Masculino, 32 anos, previamente hígido, procura atendimento em unidade de emergência com queixa de dor epigástrica de forte intensidade há 6 dias, associada à intolerância alimentar, sem melhora com pantoprazol

Leia mais

Endoscopia digestiva alta em crianças e adolescentes: correlação entre as indicações do exame e o diagnóstico etiológico

Endoscopia digestiva alta em crianças e adolescentes: correlação entre as indicações do exame e o diagnóstico etiológico 1359 Endoscopia digestiva alta em crianças e adolescentes: correlação entre as indicações do exame e o diagnóstico etiológico Endoscopia digestiva alta en niños y adolescentes: correlación entre las indicaciones

Leia mais

LEONARDO JÖNCK STAUB

LEONARDO JÖNCK STAUB LEONARDO JÖNCK STAUB PREVALÊNCIA DE HÉRNIA HIATA POR DESLIZAMENTO NOS PACIENTES COM ESOFAGITE ERODIDA SUBMETIDOS À ENDOSCOPIA DIGESGIVA ALTA NO HU- UFSC. Trabalho apresentado à Universidade Federal de

Leia mais

Análise das indicações, achados e complicações da endoscopia digestiva alta em uma população pediátrica

Análise das indicações, achados e complicações da endoscopia digestiva alta em uma população pediátrica Artigo Original Análise das indicações, achados e complicações da endoscopia digestiva alta em uma população pediátrica Analysis of indications, complications and found the upper digestive endoscopy in

Leia mais

Factores associados ao insucesso do controlo hemostático na 2ª endoscopia terapêutica por hemorragia digestiva secundária a úlcera péptica

Factores associados ao insucesso do controlo hemostático na 2ª endoscopia terapêutica por hemorragia digestiva secundária a úlcera péptica Factores associados ao insucesso do controlo hemostático na 2ª endoscopia terapêutica por hemorragia digestiva secundária a úlcera péptica Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar do Algarve, Hospital

Leia mais

Esofagite Eosinofílica - Estudo de uma série de casos em adultos. Eosinophilic Esophagitis - Study of a series of cases in adults

Esofagite Eosinofílica - Estudo de uma série de casos em adultos. Eosinophilic Esophagitis - Study of a series of cases in adults Artigo Original Esofagite Eosinofílica - Estudo de uma série de casos em adultos Eosinophilic Esophagitis - Study of a series of cases in adults Ga b r i e l Co r b e t ta Re g i s 1, Am i lt o n Ca r

Leia mais

ARTIGO ORIGINAL. Resumo

ARTIGO ORIGINAL. Resumo 62 Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 39, n o. 1, de 2010 0004-2773/10/39-01/62 Arquivos Catarinenses de Medicina ARTIGO ORIGINAL Prevalência de sintomas de doença do refluxo gastroesofágico em pacientes

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE. Lucélia Paula Cabral Schmidt

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE. Lucélia Paula Cabral Schmidt 0 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE Lucélia Paula Cabral Schmidt ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: correlação entre as indicações

Leia mais

Protocolo Clínico e de Regulação para Pirose e Regurgitação no Adulto e no Idoso

Protocolo Clínico e de Regulação para Pirose e Regurgitação no Adulto e no Idoso Protocolo Clínico e de Regulação para Pirose e Regurgitação no Adulto e no Idoso 65 Gustavo de Assis Mota Ajith Kumar Sankarankutty Rafael Kemp Olando de Castro e Silva Junior José Sebastião dos Santos

Leia mais

Questões comentadas - Disfagia

Questões comentadas - Disfagia Questões comentadas - Disfagia UFSC 2017 Homem de 27 anos, com história de disfagia há 3 meses, inicialmente para líquidos, evoluiu com disfagia para sólidos também. Queixa-se ainda de regurgitação e perda

Leia mais

Nº / ANO DA PROPOSTA: /2016 DADOS DO CONCEDENTE OBJETO:

Nº / ANO DA PROPOSTA: /2016 DADOS DO CONCEDENTE OBJETO: MINISTERIO DA SAUDE PORTAL DOS CONVÊNIOS SICONV - SISTEMA DE GESTÃO DE CONVÊNIOS Nº / ANO DA PROPOSTA: 023550/2016 OBJETO: DADOS DO CONCEDENTE AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTO E MATERIAL PERMANENTE PARA UNIDADE

Leia mais

ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE

ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE ARQGA / 1088 ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE METAPLASIA INTESTINAL ESPECIALIZADA DE ESÔFAGO DISTAL NA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO: prevalência e aspectos clínico-epidemiológicos Leiber C. CAUM

Leia mais

Ingestão de corpo estranho

Ingestão de corpo estranho 1. INTRODUÇÃO A ingestão de corpo estranho é ocorrência comum de urgência. Geralmente a passagem e eliminação pelo trato digestivo ocorre espontaneamente sem a necessidade de intervenção. A morbidade grave

Leia mais

Comparação de insuflação com dióxido de carbono e ar em endoscopia e colonoscopia: ensaio clínico prospectivo, duplo cego, randomizado - julho 2017

Comparação de insuflação com dióxido de carbono e ar em endoscopia e colonoscopia: ensaio clínico prospectivo, duplo cego, randomizado - julho 2017 A endoscopia terapêutica tem se tornado cada vez mais invasiva, realizando procedimentos que muito se assemelham a cirurgias, por sua complexidade, dificuldade técnica, tempo de execução e possibilidade

Leia mais

Prevalência de queixas dispépticas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva

Prevalência de queixas dispépticas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva Relato de Caso Prevalência de queixas dispépticas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva Prevalence of dyspeptic complaints in patients with erosive and non-erosive reflux diseases ANGELA

Leia mais

1 INTRODUÇÃO DAOIZ MENDOZA* CÁCIO RICARDO WIETZYCOSKI**

1 INTRODUÇÃO DAOIZ MENDOZA* CÁCIO RICARDO WIETZYCOSKI** IMPORTÂNCIA DA MUSCULAR DA MUCOSA NA BIÓPSIA GÁSTRICA E DA MUSCULATURA DO APÊNDICE PARA O DIAGNÓSTICO DOS PROCESSOS INFLAMATÓRIOS AGUDOS QUANDO EXISTE A DÚVIDA DA EXISTÊNCIA DOS MESMOS DAOIZ MENDOZA* CÁCIO

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV Conhecimentos Específicos - Questão 27 Houve erro no gabarito oficial. A resposta correta é a opção B, nódulos de distribuição centro-lobular são os achados radiológicos mais característicos da silicose,

Leia mais

Protocolo Clínico e de Regulação para Dispepsia

Protocolo Clínico e de Regulação para Dispepsia 68 Funcional Protocolo Clínico e de Regulação para Dispepsia Fernanda Fernandes Souza Andreza Corrêa Teixeira Ricardo Brandt de Oliveira Jose Sebastião dos Santos INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA A prevalência

Leia mais

REVISTA BRASILEIRA DE MEDICINA INTERNA

REVISTA BRASILEIRA DE MEDICINA INTERNA Artigo de Revisão REV. BRAS. MED. INTERNA 2014; 1(1):43-48 Esofagite Eosinofílica: da Definição ao Tratamento Eosinophilic esophagitis: from definition to treatment Autores: Caroline Saad Vargas, Cecília

Leia mais

Guião de Referenciação à Consulta Externa - Cirurgia

Guião de Referenciação à Consulta Externa - Cirurgia 1 Guião de Referenciação à Consulta Externa - Hospital Santa Maria Maior, E.P.E. Barcelos 2ª Edição janeiro de 2018 Cardiologia 2 Guião de Referenciação à Consulta Externa Hospitalar Informações Gerais

Leia mais

Identificação: L. R. Data Nascimento: 23/11/1981 Idade: 28 anos Sexo: feminino Profissão: Agente de Turismo

Identificação: L. R. Data Nascimento: 23/11/1981 Idade: 28 anos Sexo: feminino Profissão: Agente de Turismo VÍDEO 01 Identificação: L. R. Data Nascimento: 23/11/1981 Idade: 28 anos Sexo: feminino Profissão: Agente de Turismo História Clínica: Desde os 19 anos apresenta quadro dispéptico. Em 2001 foi medicada

Leia mais

Fabricio T. Valente R1 Gastroenterologia

Fabricio T. Valente R1 Gastroenterologia Fabricio T. Valente R1 Gastroenterologia Tratado Ilustrado de Endoscopia Digestiva, SOBED, 2018, Cap. 30 Gastrite x Gastropatia: Em ambos coexistem lesão da célula epitelial e processo regenerativo Gastrite:

Leia mais

Tratamento Endoscópico de Deiscências de Anastomose Esofágica em Pacientes Oncológicos - Série de Casos

Tratamento Endoscópico de Deiscências de Anastomose Esofágica em Pacientes Oncológicos - Série de Casos Apresentação Trabalho de Conclusão de Curso - Centro de Treinamento SOBED Tratamento Endoscópico de Deiscências de Anastomose Esofágica em Pacientes Oncológicos - Série de Casos PRM em Endoscopia / INCA

Leia mais

QUIZ!!! Será que acerta esse? - novembro 2017

QUIZ!!! Será que acerta esse? - novembro 2017 (function(d, s, id){ var js, fjs = d.getelementsbytagname(s)[0]; if (d.getelementbyid(id)) {return;} js = d.createelement(s); js.id = id; js.src = "//connect.facebook.net/en_us/sdk.js"; fjs.parentnode.insertbefore(js,

Leia mais

Journal Club. Setor Abdome. Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas

Journal Club. Setor Abdome. Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina Departamento de Diagnóstico por Imagem Setor Abdome Journal Club Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas Data: 11.09.2013

Leia mais

Esofagite eosinofílica na infância

Esofagite eosinofílica na infância ARTIGO ORIGINAL Esofagite eosinofílica na infância Marco Antônio Duarte Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG) Doutor em Pediatria (UFMG), Mestre em Medicina Tropical (UFMG),

Leia mais

GASTRORECIFE 2019 MAR HOTEL 15 A 17 DE AGOSTO DE 2019

GASTRORECIFE 2019 MAR HOTEL 15 A 17 DE AGOSTO DE 2019 GASTRORECIFE 2019 MAR HOTEL 15 A 17 DE AGOSTO DE 2019 15 DE AGOSTO - 5ª FEIRA 08h30-12h30 SESSÃO DE TEMAS LIVRES SESSÃO DE TEMAS LIVRES 12h30-14h00 14h00-16h00 TESTE SEUS CONHECIMENTOS GASTRO 14h00 14h30

Leia mais

Introduction: The mechanisms of the otolaryngologic

Introduction: The mechanisms of the otolaryngologic Rev Bras Otorrinolaringol. V.67, n.6, 770-4, nov./dez. 2001 ARTIGO ORIGINAL «««ORIGINAL ARTICLE Achados histológicos na parede posterior da laringe em pacientes com refluxo gastroesofageano (GERD) Guilherme

Leia mais

SÉRGIO BARBOSA MARQUES

SÉRGIO BARBOSA MARQUES SÉRGIO BARBOSA MARQUES Prevalência de infecção pelo Helicobacter pylori associada às afecções diagnosticadas por endoscopia digestiva alta: análise retrospectiva de 1478 casos Dissertação apresentada à

Leia mais

Paciente jovem, gestante e lactante casos que não posso errar. Lourenço Sehbe De Carli Junho 2018

Paciente jovem, gestante e lactante casos que não posso errar. Lourenço Sehbe De Carli Junho 2018 Paciente jovem, gestante e lactante casos que não posso errar Lourenço Sehbe De Carli Junho 2018 1 ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GESTAÇÃO / LACTAÇÃO INDICAÇÃO DO EXAME ALTERAÇÕES BENIGNAS CÂNCER RELACIONADO

Leia mais

AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE HELICOBACTER PYLORI DIAGNOSTICADO PELO MÉTODO DA UREASE NO ÚNICO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA DO EM

AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE HELICOBACTER PYLORI DIAGNOSTICADO PELO MÉTODO DA UREASE NO ÚNICO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA DO EM AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE HELICOBACTER PYLORI DIAGNOSTICADO PELO MÉTODO DA UREASE NO ÚNICO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA DO EM UM MUNICÍPIO DO SUL CATARINENSE Andressa De Marco Machado 1* Samanda

Leia mais

Correlação endoscópica e histológica na esofagite eosinofílica. Endoscopic and histologic correlation in eosinophilic esophagitis.

Correlação endoscópica e histológica na esofagite eosinofílica. Endoscopic and histologic correlation in eosinophilic esophagitis. Artigo Original Correlação endoscópica e histológica na esofagite eosinofílica Endoscopic and histologic correlation in eosinophilic esophagitis Rafae la Fre iria Mate us 1, Mauro Wille m ann Bonatto 2

Leia mais

Características endoscópicas dos tumores neuroendócrinos retais podem prever metástases linfonodais? - julho 2016

Características endoscópicas dos tumores neuroendócrinos retais podem prever metástases linfonodais? - julho 2016 A incidência de tumores neuroendócrinos (TNE) retais tem aumentado ao longo dos últimos 35 anos. A maioria dos TNEs retais são diagnosticados por acaso, provavelmente devido ao aumento do número de sigmoidoscopias

Leia mais

APLV - O que é a Alergia à Proteína do Leite de Vaca: características, sinais e sintomas. Dra. Juliana Praça Valente Gastropediatra

APLV - O que é a Alergia à Proteína do Leite de Vaca: características, sinais e sintomas. Dra. Juliana Praça Valente Gastropediatra APLV - O que é a Alergia à Proteína do Leite de Vaca: características, sinais e sintomas Dra. Juliana Praça Valente Gastropediatra Reações Adversas a Alimentos Imunomediadas: Alergia alimentar IgE mediada

Leia mais

Opções endoscópicas no tratamento das complicações do anel de restrição em pacientes pós by-pass gástrico. Série Endoscopia Bariátrica - junho 2018

Opções endoscópicas no tratamento das complicações do anel de restrição em pacientes pós by-pass gástrico. Série Endoscopia Bariátrica - junho 2018 O anel de contenção no by-pass gástrico (cirurgia de Fobi-Capella) foi muito utilizado no passado com o objetivo de evitar a dilatação da anastomose e perda do efeito restritivo da cirurgia, gerando assim,

Leia mais

Esôfago negro - abril 2018

Esôfago negro - abril 2018 Esôfago proximal Esôfago proximal/médio Esôfago médio 1 / 10 Esôfago distal TEG INTRODUÇÃO A necrose esofágica aguda (NEA), também conhecida como esôfago negro ou esofagite necrotizante, é uma síndrome

Leia mais

GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA / PEDIATRIC GASTROENTEROLOGY

GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA / PEDIATRIC GASTROENTEROLOGY GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA / PEDIATRIC GASTROENTEROLOGY ARQGA/1418 EVOLUÇÃO CLÍNICA E ENDOSCÓPICA APÓS FUNDOPLICATURA PARA TRATAMENTO DA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO Alessandra Maria Borges VICENTE

Leia mais

Exame com NBI evidenciando área de epitelização colunar em esôfago distal.

Exame com NBI evidenciando área de epitelização colunar em esôfago distal. Paciente de 55 anos, sexo masculino, tabagista, obeso (IMC 38 kg/m2), com doença do refluxo gastrointestinal (DRGE) de longa data. Vem em acompanhamento de devido ao achada anterior de esôfago de Barrett

Leia mais

ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE MAIOR PREVALÊNCIA DE OBESIDADE NA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFAGIANO EROSIVA

ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE MAIOR PREVALÊNCIA DE OBESIDADE NA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFAGIANO EROSIVA ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE MAIOR PREVALÊNCIA DE OBESIDADE NA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFAGIANO EROSIVA Beatriz N. BICCAS 1, Eponina Maria Oliveira LEMME 2, Luiz J. ABRAHÃO Jr. 1, Gustavo Cálcena

Leia mais

Arquivos Catarinenses de Medicina. Luciano Nascimento Saporiti 1, Renato Rodrigues Pereima 2, Ludmila Berger de Figueiredo 3.

Arquivos Catarinenses de Medicina. Luciano Nascimento Saporiti 1, Renato Rodrigues Pereima 2, Ludmila Berger de Figueiredo 3. Arquivos Catarinenses de Medicina ISSN (impresso) 0004-2773 ISSN (online) 1806-4280 ARTIGO ORIGINAL Análise das manifestações clínicas da esofagite eosinofílica com a atopia Analysis of clinical manifestations

Leia mais

Aspectos clínicos e histológicos da úlcera duodenal em crianças e adolescentes

Aspectos clínicos e histológicos da úlcera duodenal em crianças e adolescentes 0021-7557/04/80-04/321 Jornal de Pediatria Copyright 2004 by Sociedade Brasileira de Pediatria ARTIGO ORIGINAL Aspectos clínicos e histológicos da úlcera duodenal em crianças e adolescentes Clinical and

Leia mais

ARTIGO ORIGINAL. Resumo

ARTIGO ORIGINAL. Resumo 1806-4280/07/36-01/29 Arquivos Catarinenses de Medicina Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 36, n o. 3, de 2007 29 ARTIGO ORIGINAL Avaliação endoscópica da doença do refluxo gastroesofágico e relação

Leia mais

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE MUCOSA TRATADOS COM ANTIMONIAL

AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE MUCOSA TRATADOS COM ANTIMONIAL RESUMO AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE MUCOSA TRATADOS COM ANTIMONIAL PENTAVALENTE E PENTOXIFILINA Introdução: A leishmaniose mucosa (LM) é uma forma grave de apresentação da

Leia mais

Dissertação de mestrado

Dissertação de mestrado Dissertação de mestrado Salvador (Bahia), 2017 Tratamento da leishmaniose cutânea com tamoxifeno e antimônio pentavalente: estudo piloto e análise in situ Camila Sampaio Ribeiro Professor-orientador: Paulo

Leia mais

Biopsia de glândula salivar acessória no S. de Sjögren: resultados e sua importância, numa população de 78 doentes.

Biopsia de glândula salivar acessória no S. de Sjögren: resultados e sua importância, numa população de 78 doentes. Biopsia de glândula salivar acessória no S. de Sjögren: resultados e sua importância, numa população de 78 doentes. Labial salivary gland biopsy in Sjögren s syndrome: results and their implications in

Leia mais

Anais do 38º CBA, p.0882

Anais do 38º CBA, p.0882 ESTUDO RETROSPECTIVO DE ALTERAÇÕES ABDOMINAIS DIAGNOSTICAS POR EXAME RADIOGRÁFICO NO ANO DE 2015 NO HOSPITAL VETERINÁRIO FRANCISCO EDILBERTO UCHOA LOPES EM SÃO LUÍS MARANHÃO RETROSPECTIVE STUDY OF DIAGNOSTIC

Leia mais

QUESTÕES DA PROVA DE ANATOMIA PATOLÓGICA (Edital nº 42/2016- PROGRAD)

QUESTÕES DA PROVA DE ANATOMIA PATOLÓGICA (Edital nº 42/2016- PROGRAD) QUESTÕES DA PROVA DE ANATOMIA PATOLÓGICA (Edital nº 42/2016- PROGRAD) Questão 1- Paciente masculino, 35 anos, internado com quadro de hemorragia digestiva alta e melena. Apresentava queixas dispépticas

Leia mais

Refluxo Gastro-Esofágico Esofágico. Dra. Joelma Gonçalves Martin Departamento de pediatria Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP

Refluxo Gastro-Esofágico Esofágico. Dra. Joelma Gonçalves Martin Departamento de pediatria Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP Esofágico Dra. Joelma Gonçalves Martin Departamento de pediatria Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP DOENÇA A DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO GICO Doença a crônica causada pelo fluxo retrógrado do conteúdo

Leia mais

Anatomia Patológica 2/3/2011 Esófago e Estômago

Anatomia Patológica 2/3/2011 Esófago e Estômago Anatomia Patológica 2/3/2011 Esófago e Estômago Classificação do carcinoma do esófago Carcinoma epidermóide Adenocarcionoma Carcinoma de células fusiformes - raro Carcinoma mucoepidermoide raro Classificação

Leia mais

Fazer um diagnóstico. Necessidade dos testes. Foco principal. Variabilidade do teste. Diminuição das incertezas definição de normal

Fazer um diagnóstico. Necessidade dos testes. Foco principal. Variabilidade do teste. Diminuição das incertezas definição de normal Fazer um diagnóstico Avaliação Crítica tentativa de tomar uma decisão adequada usando informações inadequadas resultado de testes diminuir a incerteza do diagnóstico Ideal saber viver com a incerteza saber

Leia mais

Orientação para preparo de. Endoscopia Digestiva Alta

Orientação para preparo de. Endoscopia Digestiva Alta Orientação para preparo de Endoscopia Digestiva Alta ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA o que é videoendoscopia? Endoscopia digestiva alta (também conhecida como gastroscopia, endoscopia gastrointestinal alta,

Leia mais

Prefeitura Municipal de Ipiguá. Concurso Público - 01/2018 RECURSO CONTRA O GABARITO OFICIAL

Prefeitura Municipal de Ipiguá. Concurso Público - 01/2018 RECURSO CONTRA O GABARITO OFICIAL ao pedir a associação incorreta entre antônimos há 2 respostas: LETRA A - adverso e contrário são sinônimos e não antonimos; LETR c- GABARITO OFICIAL Solicitado em: 27/08/2018-19:02 LÍNGUA PORTUGUESA -

Leia mais

Prevalência do Esôfago de Barrett em pacientes submetidos à endoscopia digestiva alta em hospital universitário - Natal - RN

Prevalência do Esôfago de Barrett em pacientes submetidos à endoscopia digestiva alta em hospital universitário - Natal - RN Artigo Original Prevalência do Esôfago de Barrett em pacientes submetidos Prevalence of Barrett s Esophagus in patients undergoing to upper gastrointestinal endoscopy at university hospital in Natal-RN

Leia mais

QUIZ!! Qual a alternativa correta? - dezembro 2017

QUIZ!! Qual a alternativa correta? - dezembro 2017 Paciente de 70 anos realiza exame de endoscopia com achado da lesão mostrada à seguir. A principal hipótese diagnóstica é de neoplasia gástrica precoce. 1 / 6 Levando em consideração a classificação de

Leia mais

Nº / ANO DA PROPOSTA: /2016 DADOS DO CONCEDENTE OBJETO:

Nº / ANO DA PROPOSTA: /2016 DADOS DO CONCEDENTE OBJETO: MINISTERIO DA SAUDE PORTAL DOS CONVÊNIOS SICONV - SISTEMA DE GESTÃO DE CONVÊNIOS Nº / ANO DA PROPOSTA: 023691/2016 OBJETO: DADOS DO CONCEDENTE AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTO E MATERIAL PERMANENTE PARA UNIDADE

Leia mais

Prática de medicina baseada em evidências em um centro de tratamento intensivo pediátrico

Prática de medicina baseada em evidências em um centro de tratamento intensivo pediátrico CARLOS AUGUSTO CARDIM DE OLIVEIRA Prática de medicina baseada em evidências em um centro de tratamento intensivo pediátrico Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para obtenção

Leia mais

Especializanda: Renata Lilian Bormann - E4 Orientadora: Patrícia Prando Data: 16/05/2012

Especializanda: Renata Lilian Bormann - E4 Orientadora: Patrícia Prando Data: 16/05/2012 Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina Departamento de Diagnóstico por Imagem Especificidade da TC sem contraste no diagnóstico não invasivo da esteatose hepática: implicações na

Leia mais

Dispepsia em adolescentes: uma investigação clínica da dor abdominal

Dispepsia em adolescentes: uma investigação clínica da dor abdominal 16 ARTIGO ORIGINAL Andréa Pacheco 1 Márcia Takey 2 José Augusto Messias 3 Dispepsia em adolescentes: uma investigação clínica da dor abdominal A clinical investigation in adolescents with dyspepsia and

Leia mais

QUINTA-FEIRA 22/08/19 (TARDE) ABERTURA 10 minutos Aulas de 15 minutos

QUINTA-FEIRA 22/08/19 (TARDE) ABERTURA 10 minutos Aulas de 15 minutos 13:00 QUINTA-FEIRA 22/08/19 (TARDE) ABERTURA 10 minutos Presidente da SGB Presidente da comissão científica Presidente da SOBED-BA Presidente da FBG 13:10 Aula MÓDULO: FRONTEIRAS NA GASTRO E ONCOLOGIA

Leia mais

VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS DA PRESSÃO DO LÍQUIDO CEFALORRAQUEANO NA CISTERNA MAGNA

VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS DA PRESSÃO DO LÍQUIDO CEFALORRAQUEANO NA CISTERNA MAGNA VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS DA PRESSÃO DO LÍQUIDO CEFALORRAQUEANO NA CISTERNA MAGNA A. SPINA-FRANÇA * A pressão normal do líquido cefalorraqueano (LCR) ao nível do fundo de saco lombar varia entre 7 e 18 cm

Leia mais

Diretriz na Ingestão de Agentes Corrosivos

Diretriz na Ingestão de Agentes Corrosivos Diretriz na Ingestão de Agentes Corrosivos (08/2006) Dr. Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura Dra. Fernanda Rodrigues Teani Barroso Lesão corrosiva A ingestão de agentes corrosivos pode causar acentuado

Leia mais

Impacto no Estado Nutricional

Impacto no Estado Nutricional Aspectos nutricionais das dietas de restrição nas alergias a múltiplos alimentos Impacto no Estado Nutricional Fabíola Isabel Suano de Souza fsuano@gmail.com INTRODUÇÃO 1 Qualidade de vida Diagnóstico

Leia mais

DIVERTÍCULOS DO ESÔFAGO

DIVERTÍCULOS DO ESÔFAGO Cirurgia do Esôfago DIVERTÍCULOS DO ESÔFAGO Curso Continuado de Cirurgia Geral do Capítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões Carlos Haruo Arasaki - 2007 Tipos de Divertículos Esofagianos

Leia mais

Paciente de 80 anos, sexo feminino, com dor abdominal, icterícia progressiva e perda de peso não quantificada há 08 meses.

Paciente de 80 anos, sexo feminino, com dor abdominal, icterícia progressiva e perda de peso não quantificada há 08 meses. INTRODUÇÃO: A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é o procedimento de escolha para a drenagem da via biliar comum, no caso de obstruções distais. Contudo, em aproximadamente 5% de todos

Leia mais

Estudos.

Estudos. Estudos http://aformulabr.com.br/qrcode/rstuaafv01.pdf RABEPRAZOL SÓDICO Alternativa no tratamento de úlceras e refluxos gastroesofágicos DESCRIÇÃO Derivado benzimidazólico que possui potente ação inibidora

Leia mais

1 a ETAPA - PROVA C/NP NEUROLOGIA PEDIÁTRICA

1 a ETAPA - PROVA C/NP NEUROLOGIA PEDIÁTRICA CONCURSO 2017 PARA RESIDÊNCIA MÉDICA UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE HUAP HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO COREME COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA 1 a ETAPA - PROVA C/NP NEUROLOGIA PEDIÁTRICA INSTRUÇÕES

Leia mais

Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2

Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2 Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES 1 ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2 ANTONIO PESSOA ANTUNES 3 POLLIANA VILAÇA SILVA RESUMO Introdução: O câncer

Leia mais