Aula 00. Direito Constitucional- TCE-SC Aula 00- Conceito, Objeto Classificação e Normas Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

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1 Aula 00 Direito Constitucional Conceito, Objeto Classificação e Normas Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1

2 Aula Demonstrativa Olá Pessoal, tudo certo?! Daremos hoje início ao nosso curso para o cargo de CARGOS DE AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO DO TCE/SC- ESPECIALIDADE DIREITO. Antes, de efetivamente começarmos, gostaria de dizer que é um prazer enorme estarmos aqui para ministrar mais este curso pelo Ponto. É realmente uma honra podermos ajudar nos seus estudos e contribuir para a aprovação que certamente virá em breve para muitos de vocês. Para quem ainda não me conhece: eu sou o Prof. Vítor Cruz, desde 2009 estou trabalhando aqui no Ponto, ensinando (e é claro, também aprendendo muito) a disciplina mais legal dos concursos públicos: o Direito Constitucional. Atualmente trabalho como Analista Judiciário no TRE-GO. Sou ex-oficial da Marinha do Brasil, graduado em Ciências Navais pela Escola Naval e Pósgraduado em Direito Constitucional. Entre meus trabalhos editoriais, eu sou autor do livro "Constituição Federal Anotada para Concursos (7ª Edição)" publicado pela Editora Ferreira e dos livros "Vou ter que estudar Direito Constitucional! E Agora?" e "Questões Comentadas de Direito Constitucional - FGV", ambos pela Editora Método. Sou também coordenador, juntamente com o Prof. Leandro Cadenas, da coleção 1001 questões comentadas da Editora Método, onde também participo sendo autor das seguintes obras: Questões Comentadas de Direito Constitucional - ESAF; Questões Comentadas de Direito Constitucional - CESPE 2ª Edição; Questões Comentadas de Direito Constitucional - FCC; Questões Comentadas de Direito Tributário - ESAF- 2ª Edição (este em parceria com Francisco Valente). Oi pessoal, eu sou Rodrigo Duarte, também servidor do TRE-GO, bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia e pós-graduado em Direito Constitucional, futuro Defensor Público do Mato Grosso do Sul, e estou aqui também para ajudar na sua aprovação. Nossa filosofia é sempre preparar nossos alunos alcançarem a nota 10, para isso, imperioso contarmos com sua dedicação e compromisso. Por mais difícil que à primeira vista possa parecer, não podemos nos contentar em estudar para a nota 7, nota 8...lembre-se, a concorrência é grande! Mas não é por isso que seu estudo será um martírio, pelo contrário, vamos nos empenhar ao máximo para que nosso curso lhe conduza aos 100% de acertos em Direito Constitucional da forma mais agradável possível. 2

3 Nossa programação será a seguinte: Aula 0 - Constituição. Conceito, objeto, elementos e classificações. Supremacia da Constituição. Aplicabilidade das normas constitucionais; Aula 1 (08/01) - Interpretação das normas constitucionais. Métodos, princípios e limites. Poder constituinte. Características. Poder constituinte originário. Poder constituinte derivado; Aula 2 (12/01) - Princípios Fundamentais; Aula 3 (15/01) - Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos; Aula 4 (19/01) - Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos (Continuação); Aula 5 (22/01) - Direitos Sociais. Nacionalidade. Direitos Políticos. Partidos políticos; Aula 6 (26/01) - Organização do Estado. Organização político-administrativa. Estado Federal brasileiro. A União. Estados federados. Municípios. 5.6 O Distrito Federal. Territórios. Intervenção federal. Intervenção dos estados nos municípios; Aula 7 (29/01) - Administração Pública. Disposições gerais. Servidores públicos. Militares dos estados, do Distrito Federal e dos territórios; Aula 8 (02/02) - Organização dos poderes no Estado. Mecanismos de freios e contrapesos. Poder Legislativo. Estrutura, funcionamento e atribuições. Comissões parlamentares de inquérito. Processo legislativo. Prerrogativas parlamentares.; Aula 9 (05/02) - Poder Executivo. Presidente da República. Atribuições, prerrogativas e responsabilidades. Ministros de Estado. Conselho da República e de Defesa Nacional. Poder Legislativo: Fiscalização contábil, financeira e orçamentária. Tribunal de Contas da União (TCU); Aula 10 (09/02) - Poder Judiciário. Disposições gerais. Órgãos do Poder Judiciário. Organização e competências. Conselho Nacional de Justiça (CNJ); Aula 11 (12/02) - Poder Judiciário Continuação. Funções Essenciais à Justiça. Ministério Público. Princípios, garantias, vedações, organização e competências. Advocacia Pública. Advocacia e Defensoria Pública. Aula 12 (19/02) - Controle da constitucionalidade. Sistemas gerais e sistema brasileiro. Controle incidental ou concreto. Controle abstrato de constitucionalidade. Exame in abstractu da constitucionalidade de proposições legislativas. Ação declaratória de constitucionalidade. Ação direta de inconstitucionalidade. Arguição de descumprimento de preceito fundamental. Ação direta de inconstitucionalidade por omissão. Ação direta de inconstitucionalidade interventiva. Controle concreto e abstrato de constitucionalidade do direito municipal. 3

4 Aula 13 (26/02) - Defesa do Estado e das instituições democráticas. Sistema Tributário Nacional. Princípios gerais. Limitações do poder de tributar. Impostos da União, dos Estados e dos municípios. Repartição das receitas tributárias; Aula 14 (04/03) - Finanças públicas. Normas gerais. Orçamentos. Ordem econômica e financeira. Princípios gerais da atividade econômica. Política urbana, agrícola e fundiária e reforma agrária. Sistema Financeiro Nacional. Ordem Social. Jurisprudência aplicada dos tribunais superiores. CONSTITUIÇÃO. CONCEITO, OBJETO, ELEMENTOS E CLASSIFICAÇÕES. SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO. APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS Constituição - Conceito: Vamos fazer uma definição do Direito Constitucional... mas daqui a pouco, agora vamos bater um papo sobre ele: O Direito Constitucional é a "ciência" que estuda a Constituição (Óbvio, não?!). Mas você sabe o que é a Constituição? Dizer "o que é uma Constituição" não é fácil não... Atualmente não há consenso entre os estudiosos sobre o que efetivamente seria uma Constituição. Já teve inclusive muita briga com isso. Quando formos estudar a teoria da Constituição veremos que cada um fala uma coisa diferente. Não nos preocupando com isso agora, podemos dizer o seguinte (guarde bem isso): A Constituição, que trataremos aqui, é a norma máxima de um Estado, que nasce com o objetivo de limitar os poderes autoritários dos governantes em face dos particulares. É uma norma que está lá em cima da cadeia hierárquica devendo ser observada por todos os integrantes de um Estado e ela também serve de base para todos os demais tipos de normas. Um jurista austríaco chamado Hans Kelsen elaborou a seguinte pirâmide hierárquica: Constituição (normas originárias + emendas constitucionais) Normas infraconstitucionais (leis em sentido amplo) Normas infralegais 4

5 Esta pirâmide revela várias coisas, a primeira delas é que a Constituição é mais "enxuta", tem poucos detalhes e é dela que irradiam todas as outras normas, que vão cada vez encorpando mais o chamado "ordenamento jurídico" (conjunto das normas em vigor). Vejamos um exemplo hipotético: Dizeres da uma Constituição do País A É assegurado o direito à aposentadoria. Dizeres de uma lei infraconstitucional A aposentadoria poderá ser requerida por aqueles que trabalharam por 35 anos, recolhendo a efetiva contribuição. Dizeres de uma norma infralegal O recolhimento da contribuição deverá ser feito até o dia 10 de cada mês, através de guia especial, usando-se os índices percentuais que encontram-se no ANEXO II a este regulamento. Atualmente, estamos passando por um processo em que a Constituição Federal acaba por constitucionalizar diversos direitos que antes ficavam somente no campo das leis, assim, as bases do direito penal, direito civil, direito do trabalho, previdenciário e etc. estão todas na Constituição. Devido a este fato, o estudo do Direito Constitucional acaba se tornando a melhor ferramenta para se ter uma base sólida no estudo do direito como um todo. Não se consegue ser um especialista em algum ramo do direito sem que se saiba, ao menos de forma razoável, o Direito Constitucional. Assim, estamos vivendo um momento em que a Constituição passa a assumir o papel central do ordenamento jurídico, impondo regras e princípios que serão usados por todos os aplicadores do direito. Outro ponto que extraímos da pirâmide de Kelsen, é que a Constituição é hierarquicamente superior às leis, e estas são hierarquicamente superior às normas infralegais. Assim, é importante que digamos que as leis só podem ser elaboradas observando os limites da Constituição, e as normas infralegais só poderão ser elaboradas observando os limites da lei a qual regulamentam, e assim, indiretamente também deverão estar nos limites da Constituição. Não existem hierarquias dentro de cada patamar, ou seja, não existe qualquer hierarquia entre quaisquer das normas constitucionais nem qualquer hierarquia de uma lei perante outra lei, ainda que de outra espécie. 5

6 Pirâmide de Kelsen X Ordenamento brasileiro atual Na ordem jurídica nacional, esta pirâmide de Kelsen possui algumas adaptações e peculiaridade. Pelos seguintes motivos: 1- Em 2004, a Emenda Constitucional 45 passou a admitir que os tratados internacionais, caso versassem sobre direitos humanos e fossem aprovados no Congresso Nacional com o mesmo procedimento das emendas constitucionais, viessem a ter a mesma força de emendas constitucionais (status hierárquico de Constituição). 2- Em 2008, o STF passou a entender que os tratados internacionais sobre direitos humanos, caso não fossem aprovados rito de votação de uma emenda constitucional, não iriam adquirir o status constitucional (emenda constitucional). Porém, por si só, já possuem um status de supralegalidade (estágio acima das leis e abaixo da Constituição), podendo revogar leis anteriores e devendo ser observados pelas leis futuras. Os demais tratados, que não falassem sobre direitos humanos, possuem status de uma lei infraconstitucional (equivalente a uma lei ordinária, comum). Assim temos a nova pirâmide no ordenamento brasileiro: Constituição (normas originárias + emendas constitucionais + tratados de direitos humanos aprovados como emendas constitucionais). Normas supralegais (tratados de direitos humanos não aprovados como emendas constitucionais). Normas infraconstitucionais: (leis em sentido amplo) Normas da CF, art. 59: leis ordinárias e complementares, leis delegadas, decretos legislativos, medidas provisórias e resoluções + demais tratados internacionais + outras normas como decreto autônomo do presidente e Regimento dos Tribunais. Normas infralegais: Decretos (não autônomos), Regulamentos, Portarias e etc. 6

7 É importante notar que a Constituição, popularmente conhecida como Constituição Federal, na verdade é uma Constituição da República Federativa do Brasil, ou seja, uma Constituição nacional e não meramente federal, o que isso quer dizer? Quando usamos o termo federal, estamos falando de algo que está no âmbito da União Federal (o poder central da nossa federação). A Constituição não é norma federal, mas sim nacional, de toda a República Federativa do Brasil, impondo deveres e prevendo direitos em todas as esferas da federação (federal, estadual e municipal). Desta forma, o mais correto seria sempre empregarmos o termo Constituição da República Federativa do Brasil, mas por comodidade e por estar amplamente difundido, não há problemas em usarmos Constituição Federal. Até porque, desta forma, também a diferenciamos das Constituições Estaduais. Isso mesmo, cada estado tem a sua própria Constituição. E os Municípios? Quase, município não possui constituição (formal), mas sim lei orgânica, que funciona como a Constituição do município. A Constituição Federal, por ser norma de imposição nacional, deve ser respeitada por todas as Constituições Estaduais, que não podem prever nada em desacordo com ela, bem como as leis orgânicas dos municípios, que devem observar os preceitos da Constituição daqueles estados onde se localizam, bem como da Constituição Federal. Cabe uma observação, não poderá a Constituição Estadual trazer imposições à autonomia municipal maiores do que aquelas já feitas pela Constituição Federal, esta sim (CF) é a lei maior, autônoma, soberana. Mas atenção: Isso só se aplica quando falamos da Constituição! É totalmente errado falarmos que existe qualquer hierarquia entre uma lei federal, uma lei estadual e uma lei municipal. Cada ente de nossa federação (União, estado, distrito federal e município) possui uma autonomia conferida pela Constituição Federal, para que possa, dentro dos limites traçados pela própria CF, se autoorganizar, autolegislar, autogovernar e autoadministrar. Ou seja, os ordenamentos jurídicos infraconstitucionais (leis em sentido amplo e normas infralegais) são completamente independentes: Leis federais Leis estaduais Leis municipais Leis do distrito federal Autonomia Autonomia Autonomia 7

8 1. (ESAF/Analista- Min. Integração Nacional/2012) A Constituição Federal é a norma fundamental de nosso ordenamento jurídico desde que não revele incompatibilidade com os tratados internacionais de direitos humanos pactuados pelo País. A Constituição é sempre norma máxima e fundamental do país, fruto de um poder soberano, que não reconhece qualquer limitação formal. Assim, erra ao dizer desde que não revele incompatibilidade com os tratados internacionais. Gabarito: Errado. 2. (CESPE/Técnico Científico - Banco da Amazônia/2012) A Constituição é autêntica sobrenorma, por veicular preceitos de produção de outras normas, limitando a ação dos órgãos competentes para elaborá-las, o que é fundamental à consolidação do estado democrático de direito. Temos aí pessoal uma conceituação de Constituição considerada correta pela própria banca CESPE, memorize que é comum que apareça na sua prova novamente. Gabarito: Correto. 3. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010) A norma constitucional é uma sobrenorma, porque trata do conteúdo ou das formas que as demais normas devem conter, apresentando princípios que servem de guias supremos ao exercício das competências dos órgãos. Perfeito... Já da para esquentar. A Constituição é isso aí. O ponto de partida para as demais normas, é a norma suprema, ou como a questão diz uma: "sobrenorma" delineando o conteúdo e as formalidades das demais normas que estão abaixo dela. Gabarito: Correto. 4. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010) Segundo a estrutura escalonada ou piramidal das normas de um mesmo sistema jurídico, no qual cada norma busca sua validade em outra, situada em plano mais elevado, a norma constitucional situa-se no ápice da pirâmide, caracterizando-se como norma-origem, porque não existe outra que lhe seja superior. Olha só: a questão trouxe em palavras tudo aquilo que vimos na pirâmide de Kelsen: a Constituição no ápice, servindo de origem, e cada patamar devendo buscar a validade no patamar superior. 8

9 Gabarito: Correto. 5. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Pelo princípio da supremacia da Constituição, constata-se que as normas constitucionais estão no vértice do sistema jurídico nacional, e que a elas compete, entre outras matérias, disciplinar a estrutura e a organização dos órgãos do Estado. O Principio da Supremacia da Constituição, é justamente o fato de a Constituição se sobrepor sobre todo o resto do ordenamento jurídico, ocupando o mais alto patamar. É correto também dizer que a Constituição é um instrumento de organização política do Estado e de limitação do poder estatal face aos particulares. Desta forma, está perfeito se falar que cabe à constituição, entre outras coisas, disciplinar a estrutura e a organização dos órgãos do Estado. Gabarito: Correto. A CF/88 possui 2 partes: Estrutura e elementos da Constituição: 1- Parte Permanente: Formada pelo Preâmbulo + Parte Dogmática (250 artigos) dividida em 9 títulos: Título I: Princípios Fundamentais Título II: Dos Direitos e Garantias Fundamentais Título III: Da Organização do Estado Título IV: Da Organização dos Poderes Título V: Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas Título V: Da Tributação e do Orçamento Título VII: Da Ordem Econômica e Financeira Título VIII: Da Ordem Social Título IX: Das Disposições Constitucionais Gerais; 2- Parte Transitória: ADCT (até a EC 71/12 possui 97 artigos) A Constituição pode segundo José Afonso da Silva ser dividida em elementos. Baseado nas suas definições temos os seguintes elementos na Constituição. 1- Orgânicos: Normas que regulam a estrutura do Estado e do Poder. Organizam a estruturação do Estado. Ex. Título III Da Organização do Estado; Título IV Da organização do poderes e do Sistema de Governo; Forças Armadas; Segurança pública; Tributação, Orçamento; 9

10 2- Limitativos: Limitam a atuação do poder do Estado, são os direitos e gatantias fundamentais (exceto os direitos sociais = eles são sócio-ideológicos); 3- Sócio-ideológicos: Tratam do compromisso entre o Estado individualista, que protege a autonomia das vontades, com o Estado Social, onde as pessoas fazem parte de uma coletividade a ser respeitada como um todo. Ex. Direitos Sociais, Título VII Da ordem econômica e financeira; Título VIII Da Ordem Social; 4-De Estabilização Constitucional: São os elementos que tratam da solução de conflitos constitucionais, defesa do Estado, Constituição e instituições democrátitcas como o Controle de Constitucionalidade, os procedimentos de reforma, o estado de sítio, estado de defesa e a intervenção federal; 5- Formais de aplicabilidade: Regras de aplicação da Constituição, como o ADCT e normas como o art. 5º 1º - As normas definidoras dos Direitos e Garantias Fundamentais têm aplicação imediata. Também podemos inserir nesta classificação o "preâmbulo", que embora não tenha força de norma jurídica, pode servir de base para interpretar e aplicar as normas constitucionais. 6. (FCC/ Assessor Técnico- AL-PE/ 2013) Sobre os elementos das Constituições, são considerados elementos orgânicos as normas (A) que revelam o compromisso da Constituição entre o Estado individualista e o Estado Social. (B) que regulam a estrutura do Estado e do Poder. (C) destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. (D) que estabelecem regras de aplicação de outras normas constitucionais. (E) que compõem o elenco dos direitos e garantias fundamentais, limitando a atuação dos Poderes estatais. Letra A. Errado, os elementos que tratam dos compromissos entre o Estado e o indivíduo são os sócios ideológicos. Letra B. Correto. Os elementos orgânicos são os que regulam a estrutura do Estado e do Poder e organizam a estruturação do Estado. Letra C. Errado. Os elementos que tratam da solução de conflitos constitucionais, defesa do Estado e instituições democráticas são os elementos de estabilização conctitucional. Letra D. Os elementos que estabelecem regras de aplicação de outras normas constitucionais são os formais de aplicabilidade. 10

11 Letra E- Errado. Os compõe o rol de direitos fundamentais são os limitadores do poder do Estado, daí que são chamados de limitativos. Gabarito: Letra B. 7. (FCC/TCE-MG/2007) As normas constitucionais relativas aos direitos e garantias individuais, inseridas no título relativo aos direitos e garantias fundamentais, contêm elementos da Constituição ditos: a) sócio-ideológicos, por revelar o compromisso da Constituição entre o Estado individualista e o Estado social. b) orgânicos, por regularem a estrutura do Estado e do poder. c) limitativos, por limitarem a atuação do Estado, dando ênfase à sua configuração como Estado de Direito. d) de estabilização constitucional, na medida em que asseguram a defesa da Constituição e das instituições democráticas. e) formais de aplicabilidade, diante da aplicação imediata das normas definidoras de direitos dessa espécie. Pela teoria que expusemos acima. Depreende-se claramente que a resposta correta a ser assinalada seria a letra C. Já os direitos e garantias fundamentais têm o objetivo justamente de limitar o poder do Estado face ao povo. Gabarito: Letra C. 8. (CESPE/Analista-EBC/2011) As normas previstas no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias possuem natureza de norma constitucional. Toda a parte dogmática e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias fazem parte da Constituição, com mesma hierarquia e valor normativo, ressalva-se tão somente o preâmbulo. que segundo o Supremo, não possui força normativa. Gabarito: Correto. 9. (CESPE/Analista-EBC/2011) O preâmbulo da Constituição Federal não faz parte do texto constitucional propriamente dito e não possui valor normativo. Este é o pensamento do STF, segundo o qual o preêmbulo não possui força normativa e não deve ser obrigatoriamente reproduzido nas Constituições Estaduais. Vale ressaltar que, embora não tenha força de norma jurídica, o preâmbulo pode servir de base para interpretar e aplicar as normas constitucionais. 11

12 Gabarito: Correto. 10. (CESPE/Polícia Civil TO/2008) Os elementos orgânicos que compõem a Constituição dizem respeito às normas que regulam a estrutura do Estado e do poder, fixando o sistema de competência dos órgãos, instituições e autoridades públicas. Perfeita definição. Gabarito: Correto. 11. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O preâmbulo, o dispositivo que estabelece cláusulas de promulgação e as disposições transitórias são exemplos de elementos de estabilização constitucional. Seriam classificados como elementos formais de aplicabilidade, já que os elementos de estabilização constitucional são os elementos que tratam da solução de conflitos constitucionais, defesa do Estado, Constituição e instituições democrátitcas como o Controle de Constitucionalidade, os procedimentos de reforma, o estado de sítio, estado de defesa e a intervenção federal. Gabarito: Errado. 12. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Os denominados elementos formais de aplicabilidade das constituições são consagrados nas normas destinadas a garantir a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. Estes seriam os elementos de estabilização constitucional. Os elementos formais de aplicabilidade são as regras de aplicação da Constituição, como o preâmbulo, ADCT e normas como o art. 5º 1º - As normas dos Dir. Fundamentais têm aplicação imediata. Gabarito: Errado. 13. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo a doutrina, os elementos orgânicos da constituição são aqueles que limitam a ação dos poderes estatais, estabelecem as balizas do estado de direito e consubstanciam o rol dos direitos fundamentais. Esses são os limitativos e não os orgânicos. 12

13 Gabarito: Errado. 14. (CESPE/Juiz Federal Substituto TRF 5ª/2009) Os elementos limitativos da CF estão consubstanciados nas normas constitucionais destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. Os elementos limitativos, servem para limitar a atuação do poder do Estado, como os direitos e gatantias fundamentais. Quando falamos em solução de conflitos, defesa da Constituição e etc. estamos falando em elementos de estabilização constitucional. Gabarito: Errado. 15. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Os direitos individuais e suas garantias, os direitos de nacionalidade e os direitos políticos são considerados elementos limitativos das constituições. A doutrina os classificam como elementos limitativos pois são responsáveis por limitar a atuação do Estado face aos particulares. Gabarito: Correto. 16. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) São elementos orgânicos da Constituição: a) a estruturação do Estado e os direitos fundamentais. b) a divisão dos poderes e o sistema de governo. c) a tributação e o orçamento e os direitos sociais. d) as forças armadas e a nacionalidade. e) a segurança pública e a intervenção. Analisemos cada assertiva: a) a estruturação do Estado e os direitos fundamentais. Errada. Embora a estruturação do Estado seja orgânico, os direitos fundamentais são limitativos. b) a divisão dos poderes e o sistema de governo. Correta. Ambos são orgânicos, pois organizam o Poder e o Estado. c) a tributação e o orçamento e os direitos sociais. 13

14 Errada. Embora tributação e o orçamento seja orgânico, os direitos sociais são sócio-ideológicos. d) as forças armadas e a nacionalidade. Errada. Embora forças armadas seja orgânico, os direitos da nacionalidade são limitativos. e) a segurança pública e a intervenção. Errada. Intervenção é elemento de estabilização constitucional, embora a segurança pública seja orgânico. Gabarito: Letra B. 17. (TRT 23ª/Juiz Substituto - TRT 23ª/2010) Os elementos da Constituição trazem valores distintos caracterizando a natureza polifacética da Constituição, assim pode-se afirmar que o preâmbulo da Constituição constitui seu elemento formal de aplicabilidade. Exatamente. O "preâmbulo", que embora não tenha força de norma jurídica, pode servir de base para interpretar e aplicar as normas constitucionais. Gabarito: Correto. Classificação das Constituições. Vamos ver agora como a doutrina classifica as Constituições. Cada classificação refere-se a um foco específico de observação, logo, não são classificações excludentes e sim "cumulativas", já que uma constituição pode ter umas várias classificações diferentes, dependendo tão somente de qual quesito está sendo observado, por exemplo a sua estrutura, extensão, formação e até mesmo a forma como ela se relaciona com a realidade da sociedade. Vamos então analisar cada um desses itens: 1- Quanto à origem: Significa a forma pela qual a Constituição se originou. Quanto à origem, a Constituição pode ser: Promulgada (popular, ou democrática) É aquela legitimada pelo povo. É elaborada por uma Assembleia constituinte formada por representates eleitos pelo voto popular. (ex. Brasil de 1891, 1934, 1946 e 1988) Outorgada (imposta) - É aquela imposta unilateralmente pelos governantes sem manifestação popular. Muitos autores chamam de Carta e não de Constituição. (ex. Brasil de 1824, 1937, 1967 e a EC 1/69, que pode ser considerada como uma Constituição autônoma) 14

15 Cesarista (ou bonapartista) - É uma carta considerada outorgada, porém, é submetida a uma votação popular para que seja ratificada. Não se pode dizer essa participação popular torna a constituição democrática, já que se trata tão somente de uma ratificação para fins de consentimento do povo com a vontade do governante. Pulo do Gato: No Brasil tivemos 8 Constituições - 4 promulgadas e 4 Outorgadas. Foram outorgadas as Constituições de 1824, 1937, 1967 e 1969 (dica: A primeira é um número par, as demais são ímpares). Por outro lado, foram promulgadas as de 1891, 1934, 1946 e 1988 (dica: A primeira é um número ímpar, as demais são pares). 2- Quanto à forma: Escrita (ou instrumental) É formalizada em um texto escrito. (ex. Brasil de 1988) Como já foi visto, a forma escrita é uma das caracterísitcas do conceito ideal de Constituição do constitucionalismo moderno e, para o Prof. Canotilho, a constituição escrita tem função de racionalizar, estabilizar, dar segurança jurídica, além de ser instrumento de publicidade e calculabilidade (calculabilidade significa que a Constituição escrita consegue expor com maior clareza o que se pode e o que não se pode fazer). Não-escrita Também chamada de Constumeira (Consuetudinária), não se manifesta em estrutura solene. A matéria constitucional está assentada e reconhecida pela sociedade em seus usos, costumes e etc. (ex. Inglaterra). a) Para Alexandre de Moraes, para ser escrita a constituição deve estar codificada em um texto único. Se a constituição for baseada em leis esparsas não pode ser considerada uma Constituição escrita. 15

16 b) Para o Prof. André Ramos Tavares, se a constituição estiver sistematizada em um documento único será chamada de codificada, já se estiver em textos esparsos, será chamada de legal. c) O Prof. Pinto Ferreira utiliza a mesma lógica de André Ramos Tavares, mas chama a primeira (texto único) de reduzida, enquanto a segunda (textos esparsos) denomina de variada. d) É importante não confundir a nomenclatura "legal" da classificação do Prof. Tavares com outra proposta por Alexandre de Moraes. Para este autor (Alexandre de Moraes), constituição legal seria aquela que tem o poder de se impor, tem força normativa tal qual as leis (essa classificação costuma ser usada pela FCC). Assim, se utilizarmos o exemplo da CF/88, ela não seria legal, mas sim codificada sob a ótica do Prof. Tavares (a qual relaciona estes termos ao fato de os termos estarem ou não compilados), porém, seria uma constituição legal se analisada sob este aspecto proposto por Alexandre de Moraes (o qual utiliza o termo, não para distinguir a condensação ou não dos textos, mas para demonstrar a sua força normativa). 3- Quanto à extensão: Sintéticas São concisas, ou seja, aquelas que restringem-se a tratar das matérias essenciais a uma Constituição - basicamente a organização do Estado e direitos fundamentais. (Ex. EUA) Analíticas São as extensas, prolixas, que tratam de várias matérias que não são as fundamentais. Elas são a tendência das Constituições atuais, já que se percebeu que o papel do Estado não pode se limitar a garantir as liberdades do povo, mas deve agir ativamente para assegurar os direitos. (Ex. Brasil 1988) 4- Quanto ao conteúdo: Material Quando adotam-se como constitucionais apenas as normas essenciais a uma Constituição. A Constituição brasileira de 1824 era material, pois possuia em seu art. 178 o seguinte texto: "É só Constitucional o que diz respeito aos limites e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos direitos políticos e individuais dos cidadãos". Ou seja, ela limitou o que seria ou não Constitucional usando como critério o conteúdo, matéria tratada e não a forma. 16

17 Formal Independe do conteúdo, basta que o assunto seja tratado em um texto rígido supremo para ser tido como constitucional. (Ex. Brasil de 1988) 5- Quanto à elaboração: Dogmática É aquela elaborada por um órgão Constituinte consolidando o pensamento que uma sociedade possui naquele determinado momento, por isso é necessariamente escrita, pois precisa esclarecer estas situações que ainda não estão maduras, solidificadas no pensamento da sociedade. Diz-se que a Constituição dogmática sistematiza as idéias da teoria política e do direito dominante naquele determinado momento da história de um Estado. Histórica Diferentemente da dogmática, a histórica não é elaborada em um momento específico, ela surge ao longo do tempo. Desta forma, ela não precisa ser escrita pois possui seus fundamentos já solidificados. 6- Quanto à alterabilidade (ou estabilidade): Rígida Quando se sobrepõe a todas as demais normas. Assim, somente um processo legislativo especial e complexo poderá alterar seu texto. É o que ocorre na CF/1988, que prevê um processo muito mais rígido para se elaborar uma Emenda Constitucional do que para elaborar uma simples lei ordinária. Flexível Quando está no mesmo patamar das demais lei, não necessitando nenhum processo especial para alterá-la. Semirrígidas ou semi-flexível- Possuem uma parte rígida e outra flexível. a Constituição Brasileira de 1824 era semirrígida pois, como vimos, trazia em seu art. 178 que: "É só Constitucional o que diz respeito aos limites e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos direitos políticos e individuais dos cidadãos. Tudo o que não é Constitucional pode ser alterado sem as formalidades referidas, pelas legislaturas ordinárias. Imutáveis Não podem ser alteradas. Super-rígidas É como o Prof. Alexandre de Moraes classifica a CF/88. Isso ocorre pois na Constituição de 1988 temos as chamadas "cláusulas pétreas", normas que não podem ser abolidas por emendas constitucionais. 7- Quanto à finalidade: Garantia (ou negativa) É aquela que se limita a trazer elementos limitativos do poder do Estado. Dirigente Possui normas programáticas traçando um plano para o governo. 17

18 Balanço - Utilizada para ser aplicada em um determinado estágio político de um país. De tempos em tempos é revista para se adequar o texto à realidade social, ou criar uma nova Constituição. 8- Quanto à relação com a realidade (classificação ontológica): Classificação desenvolvida por Karl Loewenstein. Classificam-se as Constituições de acordo com o modo que os agente políticos aplicam a norma. Constituição normativa É a Constituição que é efetivamente aplicada, normatiza o exercício do poder e obriga realmente a todos. Constituição nominal, nominalista ou nominativa É ignorada na prática. Constituição semântica É aquela que serve apenas para justificar a dominação daqueles que exercem o poder político. Ela sequer tenta regular o poder. Essa classificação de Loewenstein possui nomenclatura semelhante a uma outra classificação trazida pelo Prof. Alexandre de Moraes. Segundo o Professor: Constituições nominalistas - Seriam aquelas que em seu texto já possuem direcionamentos para resolver os casos concretos. Basta uma aplicação pura e simples das normas através de uma interpretação gramatical-literal. Constituições semânticas - Seriam aquelas constituições onde, para se resolverem os problemas concretos, precisaria de uma análise de seu conteúdo sociológico, ideológico e metodológico, o que propicia uma maior aplicabilidade "político-normativa-social" de seu texto. Assim, segundo a classificação de Loewenstein, entendemos que o Brasil teria uma Constituição normativa, pois ela é uma norma a ser seguida e podemos exigir o seu cumprimento (embora muitos doutrinadores adotem como sendo nominalista, pois defendem que, na prática, muitos de seus preceitos são ignorados, principalmente os programáticos). Segundo a classificação trazida pelo Prof. Alexandre de Moraes, ela seria nominalista pois traz em seu texto os meios para solucionar as controvérsias. 9- Quanto à dogmática (ou ideologia): Ortodoxas (ou simples) - influenciada por ideologia única. 18

19 Ecléticas (ou complexas) - influenciada por várias ideologias. 10- Outras Classificações: A doutrina ainda traz a classificação das Constituições denominadas Pactuadas ou Dualistas que se referem a um compromisso firmado entre o rei e o Poder Legislativo, pelo qual a monarquia ficaria sujeitada aos esquemas constitucionais. Assim a Constituição se sujeitaria a dois princípios: monárquico e democrático. Um exemplo foi a Magna Carta inglesa de 1215, onde o rei João Sem Terra, para não ser deposto de seu trono, teve de aceitar uma carta imposta pelos barões, se submetendo a um rol de exigências destes. Classificação da Constituição Brasileira de 1988: Promulgada, escrita, analítica, rígida (ou super-rígida), formal, dogmática, dirigente, eclética, normativa (ou nominalista - sem consenso, neste caso - na classificação de Loewenstein), nominalista (na classificação de resolução dos problemas de Alexandre de Moraes), codificada (para André Ramos Tavares) ou reduzida (para Pinto Ferreira), legal (pelo fato de valer como lei, para Alexandre de Moraes). Quadro-resumo sobre a classificação das Constituições: Critério Classificação Conceito Origem Forma Extensão Outorgada Promulgada Cesarista Escrita Não-Escrita Sintética Analítica Imposta pelo governante. Legitimada pelo povo através de uma Assembleia Constituinte. Imposta pelo governante, mas posteriormente levada à aprovação popular (não deixa de ser outorgada). Documento Escrito (se único = codificada/se vários = legal). Consuetudinária (costumeira). O que importa é o conteúdo e não como ele é tratado. Dispõe apenas sobre matérias essenciais (organização do Estado e limitação do poder). É extensa tratando de vários assuntos, ainda que não sejam essenciais. No Brasil (CF/88) Promulgada Escrita e Codificada. Analítica 19

20 Conteúdo Formal Material Independe do conteúdo tratado. Se estiver no corpo da Constituição será um assunto constitucional, já que o importante é tão somente a forma. O importante é apenas o conteúdo. Não precisa estar formalizado em uma constituição para ser um assunto constitucional. Formal Elaboraçã o Dogmática Necessariamente escrita. Reflete a realidade presente na sociedade em um determinado momento. Dogmática Histórica Consolidada ao longo do tempo. Alterabilid ade ou estabilida de. Flexível Rígida Semirrígida ou semiflexível Pode ser alterada por leis de status ordinário. Prescinde de procedimento especial para ser alterada. Somente pode ser alterada por um procedimento especial. Possui uma parte rígida e outra flexível. Rígida (ou superrígida já que possui cláusulas pétreas). Em 1824 era semirrígida. Imutável Não podem ser alteradas Ontológic a ou conexão com a realidade Nominalista Normativa Semântica É ignorada. Efetivamente aplicada. Criada apenas para justificar o poder de um governante. Normativa ou nominalista (sem consenso) Dirigente Possui normas programáticas traçando um plano para o governo. Finalidade Garantia Constituição negativa, sintética. Não traça planos, apenas limita o poder e organiza o Estado. Dirigente Balanço Utilizada para ser aplicada em um determinado estágio 20

21 político de um país. Ideologia Ortodoxa Eclética Única ideologia Várias ideologias Eclética 18. (FCC/ Juiz Substituto/ TJ-GO/ 2012) A classificação "ontológica" das Constituições (normativas, nominais e semânticas), radicada na relação das normas constitucionais com a realidade do processo do poder, é da autoria de (A) Hans Kelsen. (B) Carl Schmitt. (C) Karl Loewenstein. (D) Pontes de Miranda. (E) José Joaquim Gomes Canotilho. Tal classificação foi criada por Karl Loewenstein Gabarito: Letra C. 19. (FCC/AJEM-TRT-7ª/2009) A Constituição que prevê somente os princípios e as normas gerais de regência do Estado, organizando-o e limitando seu poder, por meio da estipulação de direitos e garantias fundamentais é classificada como: a) pactuada. b) analítica. c) dirigente. d) dualista. e) sintética. Questão bem direta, acho que não há dúvidas que tal constituição seria uma Constituição "sintética", não é mesmo? Ela trata apenas daquilo que é essencial: organização do Estado e direitos fundamentais. A letra A e a letra D são excludentes... Pactuada seria o mesmo que dualista, são as constituições fruto de um acordo entre o rei e o legislativo. Analítica é o contrário da sintética, não fala só das coisas que o enunciado propôs, mas sim sobre um monte coisa que nem precisava estar ali. A letra C traz uma constituição que se caracteriza por também ser analítica, pois além de limitar o poder e organizar o Estado, traz as norma programáticas, ou seja, normas que irão traçar um plano para o governo se orientar. Ex. " Art. 21

22 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas". Gabarito: Letra E. 20. (FCC/AJEM-TRT-16ª/2009) A doutrina constitucional tem classificado a nossa atual Constituição Federal (1988) como escrita, legal: a) formal, pragmática, outorgada, semirrígida e sintética. b) material, pragmática, promulgada, flexível e sintética. c) formal, dogmática, promulgada, rígida e analítica. d) substancial, pragmática, promulgada, semirrígida e analítica. e) material, dogmática, outorgada, rígida e sintética. Essa questão, embora simples, faz necessário o apontamento de algumas observações: 1º - O enunciado da questão, por si, já afirma que a Constituição de 88 é uma constituição legal. Veja que a FCC adota, então, a doutrina de Alexandre de Moraes, e não a classificação do Prof. Tavares. Isso quer dizer que a CF/88 para a FCC é uma Constituição legal, pois "vale como lei", e não por estar elencada em textos esparsos (que é o que Tavares chama de constituição legal). 2º - A questão cita por 3 vezes o termo "pragmática". Somente a FCC, e por duas vezes, fez uso deste termo. Tal termo não é desconhecido no direito, geralmente é usado para temas como interpretação de normas. Ser pragmático significa, grosso modo, ser eficiente, buscar a concretização das normas, estando aberto para a realidade social. Maaaaaaas... na minha humilde opinião, a FCC colocou este termo APENAS para confundir os desavisados... Não afirmo que estou certo, mas nas vezes que a banca fez uso do termo "pragmático" não deu esta resposta como correta, até porque nenhuma das doutrinas dos principais autores sobre "classificação das constituições" faz uso do termo "pragmática" como sendo uma das classificações da Constituição. Então, considerando que a CF/88 é mesmo uma constituição legal e, deixando de lado o fato de ela ser ou não "pragmática", vamos analisar as assertivas: Letra A - Errada. A Constituição não é outorgada, nem semirrígida, nem sintética. Letra B - Errada. Ela não é material, nem flexível e nem sintética. Letra C - Perfeito! Letra D - Errada. Ela não é substancial, nem semirrígida. Letra E - Errada. Ela não é material, nem outorgada, nem sintética. Gabarito: Letra C. 22

23 21. (FCC/AJEM-TRT-4ª/2009) A Constituição da República Federativa do Brasil (1988), pode ser classificada quanto ao seu conteúdo, seu modo de elaboração, sua origem, sua estabilidade e sua extensão, como: a) formal, histórica ou costumeira, promulgada, flexível e sintética. b) material, dogmática, outorgada, rígida e sintética. c) formal, dogmática, promulgada, super-rígida e analítica. d) material, pragmática, outorgada, semirrígida e sintética. e) formal, histórica ou costumeira, outorgada, flexível e analítica. Questão muito interessante. Sabemos que a CF de 1988 é uma constituição rígida, pois somente com um processo bem complexo é que pode ser modificada (precisa seguir todo o rito que o art. 60 estabeleceu). O Prof. Alexandre de Moraes classifica a CF/88 como super-rígida, pois possui as cláusulas pétreas, ou seja, matérias que não podem ser abolidas. A FCC costuma seguir a doutrina do Alexandre de Moraes no tema "classificação das constituições", tanto que, conforme vimos, considera a CF/88 como sendo uma Constituição legal. Assim, a CF/88, embora seja uma Constituição rígida, também poderá ser considerada super-rígida, aliás, recomendo seguir esta classificação quando mencionada pela questão. ok? Desta forma: Letra A - Errado, pois ela não é histórica ou costumeira, nem flexível e nem sintética. Letra B - Errada, pois ela não é material, nem outorgada, nem sintética. Letra C - Perfeito. Letra D - Errada, pois ela não é material, nem semirrígida e nem sintética. Letra E - Errada, pois ela não é histórica ou costumeira, nem outorgada, e nem flexível. Gabarito: Letra C. 22. (CESPE/ Out. e Del. de Notas- TJ-PI/ 2013) Assinale a opção correta acerca de classificações de Constituição. (a) A Constituição nominal é aquela cujas normas efetivamente dominam o processo político. (b) Denomina-se Constituição cesarista a Constituição outorgada submetida a plebiscito ou referendo. 23

24 (c) As Constituições francesas da época de Napoleão I são classificadas como Constituições imutáveis. (d) A Constituição garantia caracteriza-se por conter normas definidoras de tarefas e programas de ação a serem concretizados pelos poderes públicos. (e) Constituições ortodoxas são aquelas que procuram conciliar ideologias opostas. Letra A. Errado. O item se refere à classificação ontológica (relação com a realidade). A constituição nominal é justamente o oposto do afirmado, pois não é efetivada na prática. Letra B. Correto. O item se refere à classificação quanto à origem, Imposta pelo governante, mas posteriormente levada à aprovação popular (não deixa de ser outorgada). Gabarito: Letra B. 23. (CESPE/ FUB-DF/ 2013) A constituição é outorgada quando é externada com a participação dos cidadãos, uma vez que as normas constitucionais são estatuídas pela deliberação majoritária dos agentes do poder constituinte. A promulgada é a legitimada pelos cidadãos. Gabarito: Errado. 24. (CESPE/ FUB-DF/ 2013) A CF, no que diz respeito à forma, é uma constituição consuetudinária. Correto. Quanto à forma, a constituição pode ser escrita ou não escrita, esta também chamada de consuetudinária. Gabarito: Correto. 25. (CESPE/ Procurador do Banco Central- Bacen/ 2013) No que se refere ao modo de elaboração, a constituição dogmática espelha os dogmas e princípios fundamentais adotados pelo estado e não será escrita. As Constituições dogmáticas são sempre escritas, daí o erro, no mais, consubstanciam os dogmas estruturais e fundamentais adotados pelo estado, como afirma a assertiva. Gabarito: Errado. 24

25 26. (CESPE/TJAA-CNJ/2013) Constituição não escrita é aquela que não é reunida em um documento único e solene, sendo composta de costumes, jurisprudência e instrumentos escritos e dispersos, inclusive no tempo. Exatamente, a Constituição não-escrita diferencia-se da escrita não por não ter efetivamente documentos escritos, mas pelo fato das normas de conteúdo constitucional não estarem sistematizadas em um documento único, formalmente superior aos demais. A Constituição não-escrita reconhece a constitucionalidade através do conteúdo e não da forma. Com efeito, esse conteúdo constitucional pode estar presente nos costumes, jurisprudências e até em diversos instrumentos escritos, dispersos. Gabarito: Correto. 27. (CESPE/Analista - TJ-RR/2012) Na denominada constituição semântica, a atividade do intérprete limita-se à averiguação de seu sentido literal. A constituição semântica é aquela que serve apenas para justificar a dominação daqueles que exercem o poder político. Ela sequer tenta regular o poder, por isso incorreto o item. Gabarito: Errado. 28. (CESPE/MPE-PI/2012) A doutrina denomina constituição semântica as cartas políticas que apenas refletem as subjacentes relações de poder, correspondendo a meros simulacros de constituição. Isso mesmo, veja o conceito que a própria banca deu sobre constituição semântica. Gabarito: Correto. 29. (CESPE/Técnico Judiciário - TJ-RR/2012) A CF pode ser classificada, quanto à mutabilidade, como rígida, uma vez que não pode ser alterada com a mesma simplicidade com a qual se modifica uma lei. Dizemos que uma constituição é rígida quando processo legislativo especial e complexo poderá alterar seu texto, como ocorre na Constituição de 1988, que prevê um processo muito mais rígido para alteração do texto via emenda 25

26 constitucional, que é bem mais difícil que para elaborar uma simples lei ordinária, daí acertada a afirmação. Gabarito: Correto. 30. (CESPE/ Técnico Judiciário - TJ-RR/ 2012) A CF, elaborada por representantes legítimos do povo, é exemplo de constituição outorgada. Quando a constituição for elaborada por representantes do Povo será Promulgada, Pê de Povo, Pê de Promulgada. Veja que o item inverteu os conceitos. Gabarito: Errado. 31. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) Outorgada por uma Assembleia Constituinte, a Constituição Federal de 1988 (CF) é também classificada como escrita, formal, analítica, dogmática e rígida. Dizer que a Constituição de 1988 é classificada como escrita, formal, analítica, dogmática e rígida, está tudo certo. O problema é que dizer que ela foi outorgada por uma Assembleia Constituinte é uma contradição. As constituições podem ser outorgadas quando forem impostas pelo governante, ou então promulgadas, no caso de elaboradas por uma Assembleia Constituinte. Gabarito: Errado. 32. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) De acordo com a classificação quanto à extensão, no Brasil, a Constituição de 1988 é sintética, pois constitucionaliza aspectos além do núcleo duro das constituições, estabelecendo matérias que poderiam ser tratadas mediante legislação infraconstitucional. Justamente pelo exposto - constitucionalizar aspectos além do núcleo duro das constituições, que poderiam ser tratadas mediante legislação infraconstitucional - a CF/88 é considerada analítica e não sintética. Gabarito: Errado. 33. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) As constituições denominadas rígidas são aquelas que não admitem alteração e que, por isso mesmo, são consideradas permanentes. 26

27 Esse é o conceito de constituição imutável. As rígidas adimitem alteração (desde que essa alteração seja feita por um procedimento especial). Gabarito: Errado. 34. (CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) Toda constituição é necessariamente escrita e representada por um texto solene e codificado. Existem as constituições consuetudinárias (costumeiras) que não se manifestam em um texto único elevado ao status constitucional. Gabarito: Errado. 35. (CESPE/MMA/2009) A CF vigente, quanto à sua alterabilidade, é do tipo semiflexível, dada a possibilidade de serem apresentadas emendas ao seu texto; contudo, com quorum diferenciado em relação à alteração das leis em geral. A CF vigente é rígida. Gabarito: Errado. 36. (CESPE/MMA/2009) Uma Constituição do tipo cesarista se caracteriza, quanto à origem, pela ausência da participação popular na sua formação. A constituição cesarista precisa de uma futura ratificação por referendo popular, logo, não podemos dizer que a participação popular é ausente. Gabarito: Errado. 37. (CESPE/Advogado-EMBRASA/2010) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF) não pode ser classificada como uma constituição popular, uma vez que se originou de um órgão constituinte composto de representantes do povo, e não da aprovação dos cidadãos mediante referendo. Ela é popular ou promulgada, justamente porque os legisladores constituintes eram representantes do povo. Gabarito: Errado. 27

28 38. (CESPE/MMA/2009) A CF de 1988, quanto à origem, é promulgada, quanto à extensão, é analítica e quanto ao modo de elaboração, é dogmática. É exatamente o que vimos, a CF 88 é promulgada, analítica e dogmática, e também estão corretas as nomenclaturas das classificações. Gabarito: Correto. 39. (CESPE/TCE-AC/2009) Segundo a classificação da doutrina, a CF é um exemplo de constituição rígida. Exato. Só pode ser alterada por procedimento especial. Gabarito: Correto. 40. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A Carta outorgada em 10 de novembro de 1937 é exemplo de texto constitucional colocado a serviço do detentor do poder, para seu uso pessoal. É a máscara do poder. É uma Constituição que perde normatividade, salvo nas passagens em que confere atribuições ao titular do poder. Numerosos preceitos da Carta de 1937 permaneceram no domínio do puro nominalismo, sem qualquer aplicação e efetividade no mundo das normas jurídicas - Raul Machado Horta. Direito constitucional. 2.a ed. Belo Horizonte: Del Rey, 1999, p (com adaptações). Considerando a classificação ontológica das constituições, a Constituição de 1937, conforme a descrição anterior pode ser classificada como constituição outorgada. A questão está errada, já que o conceito referido seria o de Constituição "semântica". Veja que ela era uma constituição outorgada, mas não se pediu na questão a classificação quanto à origem e sim a classificação ontológica, desenvolvida por Karl Loewenstein. Gabarito: Errado. 41. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Quanto à correspondência com a realidade, ou critério ontológico, o processo de poder, nas constituições normativas, encontra-se de tal modo disciplinado que as relações políticas e os agentes do poder se subordinam às determinações de seu conteúdo e do seu controle procedimental. Pelo critério ontológico, diferentemente do que ocorre nas constituições nominalistas, quando estamos diante de uma constituição normativa, o poder 28

29 consegue ser realmente regulado pela constituição, esta não é ignorada pelos governantes. Gabarito: Correto. 42. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013) A Constituição Federal de 1988 pode ser classificada como: a) material, escrita, histórica, promulgada, flexível e analítica. b) material, escrita, dogmática, outorgada, imutável e analítica. c) formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida e analítica. d) formal, escrita, dogmática, promulgada, semirrígida e sintética. e) material, escrita, histórica, promulgada, semirrígida e analítica. A opção correta é a letra C, vamos relembrar os conceitos que classificam nossa constituição: Quanto ao conteúdo: Formal Independe do conteúdo. Ainda que o assunto tratado não seja essencial a uma Constituição, basta que esse assunto seja incorporado a um texto rígido supremo que ele será tido como constitucional. Quanto à forma: Escrita (ou instrumental) É formalizada em um único texto escrito. Quanto à elaboração: Dogmática É aquela elaborada por um órgão Constituinte, consolidando o pensamento que determinada sociedade possui naquele momento, por isso é necessariamente escrita, pois precisa esclarecer essas situações que ainda não estão maduras, solidificadas no pensamento da sociedade. Diz-se que a Constituição dogmática sistematiza as ideias da teoria política e do direito dominante naquele determinado momento da história de um Estado. Quanto à origem: Promulgada (popular ou democrática) É aquela legitimada pelo povo. É elaborada por uma assembleia constituinte formada por representantes eleitos pelo voto popular. Quanto à alterabilidade (ou estabilidade): Rígida Quando se sobrepõe a todas as demais normas. Assim, somente um processo legislativo especial e complexo poderá alterar seu texto. Quanto à extensão: Analíticas: São as extensas, prolixas, que tratam de várias matérias que não são as fundamentais. Elas são a tendência das Constituições atuais, já que se percebeu que o papel do Estado não pode se limitar a garantir as liberdades do povo, mas deve agir ativamente para assegurar os direitos. Gabarito: Letra C. 29

30 43. (ESAF/MDIC/2012) Sabe-se que a doutrina constitucionalista classifica as constituições. Quanto às classificações existentes, é correto afirmar que: I. quanto ao modo de elaboração, pode ser escrita e não escrita. II. quanto à forma, pode ser dogmática e histórica. III. quanto à origem, pode ser promulgada e outorgada. IV. quanto ao conteúdo, pode ser analítica e sintética. Assinale a opção verdadeira. a) II, III e IV estão corretas. b) I, II e IV estão incorretas. c) I, III e IV estão corretas. d) I, II e III estão corretas. e) II e III estão incorretas. I Errado. Quanto à elaboração as constituições podem ser dogmáticas (elaboradas em um texto formal, em um determinado momento da história de um Estado), ou então históricas (se consolidaram ao longo dos tempos) a classificação que divide as Constituições em escritas ou não-escritas seria quanto à forma, ou seja, a formalidade em que ela se encontra no mundo jurídico. II- Errado. Motivo dito no item anterior: dogmática e histórica é modo de elaboração. Forma = escrita ou não-escrita. III- Correto. IV- Errado. Quanto ao conteúdo, as Constituições se classificam em material ou formal. A Classificação como sintética ou analítica se refere à extensão. Gabarito: Letra B. 44. (ESAF/AFRFB/2012) O Estudo da Teoria Geral da Constituição revela que a Constituição dos Estados Unidos se ocupa da definição da estrutura do Estado, funcionamento e relação entre os Poderes, entre outros dispositivos. Por sua vez, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é detalhista e minuciosa. Ambas, entretanto, se submetem a processo mais dificultoso de emenda constitucional. Considerando a classificação das constituições e tomando-se como verdadeiras essas observações, sobre uma e outra Constituição, é possível afirmar que 30

31 a) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, analítica e rígida, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e negativa. b) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é do tipo histórica, rígida, outorgada e a dos Estados Unidos rígida, sintética. c) a Constituição dos Estados Unidos é do tipo consuetudinária, flexível e a da República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, rígida e detalhista. d) a Constituição dos Estados Unidos é analítica, rígida e a da República Federativa do Brasil de 1988 é histórica e consuetudinária. e) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é democrática, promulgada e flexível, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e democrática. Letra A - Item correto, exigindo conhecimento da Constituição dos EUA do candidato... a título de informação, a constituição negativa é sinônimo de Garantia, que é aquela que se limita a trazer elementos limitativos do poder do Estado. Letra B - Errado. O erro está em afirmar que a CF-88 é histórica, na verdade ela é dogmática, pois foi elaborada por um órgão Constituinte, consolidando o pensamento que determinada sociedade possui naquele momento. Letra C - Errado. A constituição dos Estados Unidos não é consuetudinária (costumeira) ela é escrita, inclusive sabemos que foi a primeira constituição escrita da história, diferentemente do que diz o item. A classificação da Constituição de 88 está correta. Letra D - Errado. O item inverteu características das constituições do Brasil e dos EUA. Letra E - Errado. A do Brasil não é flexível, é rígida, pois somente pode ser alterada por procedimento especial. Gabarito: Letra A 45. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição dogmática se apresenta como produto escrito e sistematizado por um órgão constituinte, a partir de princípios e ideias fundamentais da teoria política e do direito dominante. A constituição dogmática é marcada justamente por expor em um papel aquela idéia de um determinado momento da sociedade. Deve ser necessariamente escrita, pois, diferentemente das constituições histórica, seus dogmas ainda não estão solidamente arraigados na sociedade. Gabarito: Correto. 31

32 46. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A constituição material é o peculiar modo de existir do Estado, reduzido, sob a forma escrita, a um documento solenemente estabelecido pelo poder constituinte e somente modificável por processos e formalidades especiais nela própria estabelecidos. Inverteu-se o conceito. Tal descrição é de uma constituição formal, aquela preocupada apenas com o status formal da norma (forma escrita, procedimento de alteração e etc.). A constituição material é aquela onde não importam as formas e os procedimentos e sim o conteúdo que está sendo tratado. Gabarito: Errado. 47. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A constituição formal designa as normas escritas ou costumeiras, inseridas ou não num documento escrito, que regulam a estrutura do Estado, a organização dos seus órgãos e os direitos fundamentais. Este é o conceito de constituição material. Para a constituição ser formal ela precisa necessariamente estar escrita e prever um processo complexo de alteração de seu texto. Gabarito: Errado. 48. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição escrita, também denominada de constituição instrumental, aponta efeito racionalizador, estabilizante, de segurança jurídica e de calculabilidade e publicidade. As constituições escritas podem realmente ser chamadas de instrumentais. E nas palavras do mestre Canotilho, apresentam efeito racionalizador, estabilizante, de segurança jurídica e de calculabilidade e publicidade. Já que é o fato de estar escrita, facilita a sua permanência e a publicidade de seu conteúdo. Gabarito: Correto. 49. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição sintética, que é constituição negativa, caracteriza-se por ser construtora apenas de liberdade-negativa ou liberdade-impedimento, oposta à autoridade. A Constituição sintética se limita a organizar o poder e resguardar as liberdades. Daí ser uma constituição negativa, pois não age positivamente como instrumento direcionador do Estado. Gabarito: Correto. 32

33 Eficácia e aplicabilidade das normas Eficácia é a capacidade que uma norma tem para produzir efeitos, o grau de eficácia das normas constitucionais é um dos temas mais controversos da doutrina, mas para nosso objetivo, as considerações abaixo serão suficientes. Doutrina clássica x Normas Programáticas: A doutrina clássica, de Rui Barbosa, baseada na doutrina norte-americana, dividia as normas em auto-aplicáveis (auto-executáveis) e não autoaplicáveis(não auto-executáveis), estas, diferentemente das primeiras exigiam a complementação do legislador para produzirem efeitos. Essa classificação, atualmente, não costuma ser aceita no Brasil. Em que pese tal fato, algumas bancas, costumam cobrar o conceito de não auto-aplicáveis em associação às normas programáticas. As normas programáticas são aquelas que definem planos de ação para o Estado, como combater a pobreza, a marginalização e os direitos sociais do art. 6º. As normas programáticas possuem o que se chama de eficácia diferida, ou seja, sua aplicação se dará ao longo do tempo, na medida em que forem sendo concretizadas. Eficácia e aplicabilidade segundo a José Affonso da Silva: Essa é a doutrina majoritária, a mais cobrada em concursos. Divide em 3 tipos as normas: 1- Eficácia Plena Não necessitam de nenhuma ação do legislador para que possam alcançar o destinatário, e por isso são de aplicação direta e imediata, pois independem de uma lei que venha mediar os seus efeitos. As normas de eficácia plena também não admitem que uma lei posterior venha a restringir o seu alcance. Ex.: Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou permanecer associado (CF, art. 5º, XX). 2- Eficácia Contida - É aquela norma que, embora não precise de qualquer regulamentação para ser alcançada por seus receptores - também tem aplicabilidade direta e imediata, não precisando de lei para mediar os seus efeitos -, poderá ver o seu alcance restringido pela superveniência de uma lei infraconstitucional. Enquanto não editada essa lei, a norma permanece no mundo jurídico com sua eficácia de forma plena, porém no futuro poderá ser restringida pelo legislador infraconstitucional. Ex.: É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendida às qualificações profissionais que a lei estabelecer (CF, art. 5º, XIII). Ou seja, As pessoas podem exercer de forma plena qualquer trabalho, ofício ou 33

34 profissão, salvo se vier uma norma estabelecendo certos requisitos para conter essa plena liberdade. Em regra, as normas de eficácia contida são passíveis de restrição por leis infraconstitucionais, porém, também se manifestam como normas de eficácia contida as normas onde a própria constituição estabelece casos de relativização. Exemplo disto é o direito de reunião que pode ser restringido no caso de Estado de Sítio ou Defesa. Ou ainda, o direito de propriedade, que é relativizado pela norma da desapropriação e pela necessidade do cumprimento da função social. A doutrina ainda considera que certos preceitos ético-jurídicos como a moral, os bons costumes e etc. também podem ser usados para conter as normas. 3- Eficácia Limitada - É a norma que, caso não haja regulamentação por meio de lei, não será capaz de gerar os efeitos para os quais foi criada, assim dizemos que tem aplicação indireta ou mediata, pois há a necessidade da existência de uma lei para mediar a sua aplicação. Como vimos, é errado dizer que não possui eficácia jurídica, ou que é incapaz de gerar efeitos concretos, pois desde logo manifesta a intenção dos legisladores constituinte, fornecendo conteúdo para ser usado na interpretação constitucional e é capaz de tornar inconstitucionais as normas infraconstitucionais que sejam com ela incompatíveis (daí se falar em eficácia negativa ou paralisante das normas de eficácia limitada). Desta forma, sua aplicação é mediata, mas sua eficácia jurídica (ou seja, seu caráter vinculante) é imediata. Ex.: O estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor (art. 5º, XXXII). Se a lei não estabelecesse o Código de Defesa do Consumidor, não se poderia aplicar essa norma por si só, ou, acaso as normas criadas pelo CDC não fossem favoráveis aos consumidores, seriam inconstitucionais por contrariar as normas de eficácia limitada que trata da matéria. Observação: O prof. José Afonso da Silva, ainda divide as normas de eficácia limitada em dois grupos: a) Normas de princípio programático - São as que direcionam a atuação do Estado instituindo programas de governo. Terão eficácia diferida e necessitam de atos normativos e administrativos para concretizarem os objetivos para quais foram criadas. b) Normas de princípio institutivo - São as normas que trazem apenas um direcionamento geral, e ordenam o legislador a organizar ou instituir órgãos, instituições ou regulamentos, observando os direcionamentos trazidos. O professor ressalta as expressões "na forma da lei", "nos termos 34

35 da lei", "a lei estabelecerá" e etc. como meios de identificação destas normas. Observação: Baseado na doutrina do Professor Canotilho, ainda podemos classificar as normas programáticas como normas-fim, pois traduz uma finalidade a ser buscada pelo Poder Público. Normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais: Art. 5º 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. Isso não quer dizer que sejam todas de eficácia plena, como já foi cobrado em concurso. É apenas um apelo para que se busque efetivamente aplicá-las e assim não sejam frustrados os anseios da sociedade. Lembramos ainda que tanto as plenas como também as contidas possuem aplicação imediata. Vamos propor um fluxograma para facilitar nossa vida nas questões sobre classificação das normas: Leia a norma com calma! Pergunta 1 -Você consegue, só pelo que está ali escrito, aplicar o preceito? Sim Não Então, estamos diante de norma que tem aplicação imediata! Mas a eficácia poderá ser plena ou contida. Então, a norma tem aplicação mediata e será somente de eficácia limitada. Mas poderá ser programática ou de princípio institutivo. Pergunta 2a - Existe a possibilidade de que, caso se edite uma lei, essa norma fique restringida? Pergunta 2b - A norma busca traçar um plano Prof. de Vítor governo Cruz e Rodrigo Duarte para direcionar o 35

36 Normas de eficácia exaurida: É o comum o uso do termo "normas de eficácia exaurida" para denominar aquelas normas presentes nos ADCT (atos transitórios) que já perderam o seu poder de produzir novos efeitos jurídicos. Por exemplo: ADCT, Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País. ADCT, Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. Tais normas já produziram seus efeitos e, embora permaneçam no corpo da Constituição, não têm papel prático na atualidade ou no futuro. Diz-se que possuem "aplicabilidade esgotada". 36

37 50. (FCC/Defensor-DPE-SP/2010) Utilizando-se a classificação de José Afonso da Silva no tocante a eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais, a norma constitucional inserida no artigo 5, XII: "é inviolável o sigilo de correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal", pode ser classificada como norma a) de eficácia plena, isto é, de aplicabilidade direta, imediata e integral, não havendo necessidade de lei infraconstitucional para resguardar o sigilo das comunicações. b) de eficácia limitada, isto é, de aplicabilidade indireta, mediata e não integral, ou seja, o sigilo somente poderá ser garantido após a integração legislativa infraconstitucional. c) de eficácia contida, isto é, de aplicabilidade direta, imediata, porém não integral, ou seja, a lei infraconstitucional poderá restringir sua eficácia em determinadas hipóteses. d) com eficácia relativa restringível, isto é, o sigilo pode ser limitado em hipóteses previstas em regramento infraconstitucional. e) de eficácia relativa complementável ou dependente de complementação legislativa, isto é, depende de lei complementar ou ordinária para se garantir o sigilo das comunicações. Vamos analisar a questão utilizando fluxograma: Passo 1 - ler a norma calmamente: "é inviolável o sigilo de correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal" Passo 2 - responder à pergunta 1: Eu consigo aplicar o preceito? Claro... ele garante a inviolabilidade das comunicações. Pronto, as comunicações estão invioláveis! É garantido o sigilo. Então, a norma tem aplicação imediata, está pronta para ser aplicável. Passo 3 - responder à pergunta 2a: Ahhh... mas tem um "porém". A norma traz uma possibilidade de restringir o último caso (comunicações telefônicas), por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer. Desta forma, pode vir uma lei trazendo hipóteses de restrição, contendo a plena aplicação da norma. 37

38 Caramba... Já acabou! Estou diante de uma norma que tem aplicação imediata, porém, de eficácia contida, já que ela é aplicável desde logo, mas pode sofrer limitações posteriores em virtude de lei. Fácil, fácil... Gabarito: Letra C. 51. (FCC/APOFP-SP/2010) As normas constitucionais de eficácia contida são dotadas de aplicabilidade direta e imediata, mas não integral, porque sujeitas a restrições. Observa-se que tais restrições podem ser impostas: a) pelo legislador constitucional, por outras normas constitucionais e como decorrência do uso de conceitos ético-jurídicos consagrados. b) pelo legislador comum, pelos Tribunais Superiores e pelos Chefes do Poder Executivo. c) pela União Federal, pelos Estados-membros, pelo Distrito Federal e pelos Municípios com exclusão dos Territórios Federais. d) por outras normas constitucionais, pelo Supremo Tribunal Federal e pelo órgão superior do Ministério Público Federal. e) pelo Conselho da República, pela União Federal, pelos Estados-membros e como decorrência de conceitos ético-jurídicos consagrados. Mais uma ótima questão. Questão bem incomum, mas nada que assuste meus alunos, que estão ou estarão, mais que preparados para o 100%. Vamos relembrar o conceito de normas de eficácia contida: "É aquela norma que, embora não precise de qualquer regulamentação para ser alcançada por seus receptores - também tem aplicabilidade direta e imediata, não precisando de lei para mediar os seus efeitos -, poderá ver o seu alcance limitado pela superveniência de uma lei infraconstitucional. Enquanto não editada essa lei, a norma permanece no mundo jurídico com sua eficácia de forma plena, porém no futuro poderá ser restringida pelo legislador infraconstitucional". Acabou por aí??? Não, temos uma observação: "Em regra, as normas de eficácia contida são passíveis de restrição por leis infraconstitucionais, porém, também se manifestam como normas de eficácia contida as normas onde a própria constituição estabelece casos de relativização (...) A doutrina ainda considera que certos preceitos éticojurídicos como a moral, os bons costumes e etc. também podem ser usados para conter as normas". Pronto!!! Fecha a conta e passa a régua! Gabarito: Letra A. 38

39 52. (FCC/AJAJ-TRT 3º/2009) Em conformidade com o art. 113 da Constituição Federal: A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. A presente hipótese trata de uma norma constitucional de eficácia: a) limitada, definidora de princípio institutivo ou organizativo. b) limitada, definidora de princípios programáticos. c) plena, mas de natureza facultativa ou permissiva. d) contida, em razão de restrições impostas por outras normas constitucionais. e) plena, mas de natureza obrigatória, de programas ou diretrizes. Comentários. Utilizando fluxograma: Passo 1 - ler a norma calmamente: A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. Passo 2 - responder à pergunta 1: Eu não consigo aplicar o preceito, pois a norma diz que a lei é que vai dispor sobre isso, e eu nem sei qual é a lei. Então, eu sei que a norma não tem aplicação imediata, mas sim "mediata" (precisa de uma lei para mediar os efeitos), sendo, assim, uma norma de eficácia limitada. Passo 3 - responder à pergunta 2b: O objetivo dela é ordenar que uma lei crie regulamentos para o exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. Ihhh... Matei! Estou diante de uma norma de eficácia limitada, definidora de princípio institutivo ou organizativo. Gabarito: Letra A. 53. (FCC/AJAJ-TRT 1ª/2011) Analise: I. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. II. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Em conformidade com o aspecto doutrinário, as referidas disposições caracterizam-se, respectivamente, como normas constitucionais de 39

40 a) eficácia plena e de eficácia negativa. b) princípio programático e de eficácia contida. c) eficácia restringível e de eficácia absoluta. d) princípio programático e de eficácia plena. e) eficácia relativa e de princípio programático. O item I traz uma norma que por si só não altera em nada o mundo prático, traz um direcionamento para que se faça algo. Assim, trata-se de uma norma de eficácia limitada de princípio programático. O item II é um exemplo clássico de norma de eficácia contida, já que ela confere a liberdade de profissão de forma ampla, mas se a lei estabelecer qualificações profissionais, nós teremos que nos enquadrar no que a lei diz. Assim, cria-se a possibilidade da lei restringir esta ampla liberdade, sendo, desta forma, uma norma de eficácia contida. Gabarito: Letra B. 54. (FCC/AJ-Arquivologia-TRT 1ª/2011) Os remédios constitucionais são tidos por normas constitucionais de eficácia: a) plena. b) limitada. c) contida. d) mediata. e) indireta. Os remédios constitucionais são ações constitucionais que funcionam como verdadeiros "remédios" contra os abusos cometidos. Por exemplo, se alguém sofrer abuso ao seu direito de locomoção, esse mal será remediado com um habeas corpus, se o abuso for relativo ao direito de informação, será usado um habeas data. Os principais remédios constitucionais são: habeas corpus, habeas data, Mandado de Segurança, Mandado de Injunção e Ação Popular. A jurisprudência do Supremo indica que estes remédios são dotados de autoaplicabilidade, possuindo eficácia plena, pois senão ficariam impedidos de alcançar a sua principal finalidade de proteção do bem jurídico sob ameaça. Gabarito: Letra A. 55. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) A norma do artigo 218, caput, da Constituição, segundo a qual "o Estado promoverá e incentivará o 40

41 desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas", deve ser classificada como a) inconstitucional e sem nenhum efeito, por ofensa ao princípio da livre iniciativa. b) programática, de eficácia limitada. c) meramente indicativa e não-vinculante aos Poderes Públicos. d) plenamente eficaz, porém restringível por meio de lei. e) de eficácia plena e aplicabilidade imediata. Novamente, vamos analisar a questão, passo a passo: Passo 1 - ler a norma calmamente: o Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas. Passo 2 - responder à pergunta 1: Eu não consigo aplicar o preceito, pois se o Estado não fizer nada, nenhuma lei, ou nenhuma ação administrativa para fins desta promoção e incentivo, o desenvolvimento científico ficará a ver navios... Logo, eu sei que a norma não tem aplicação imediata, mas sim "mediata", sendo mais uma norma de eficácia limitada. Passo 3 - responder à pergunta 2b: O objetivo dela é direcionar o Poder Público em um determinado sentido: o da promoção e incentivo do desenvolvimento tecnológico. Ah, sim! Estou diante de uma norma de eficácia limitada, que estabelece um programa para o governo: uma norma programática. Gabarito: Letra B. 56. (FCC/Assessor - TCE-PI/2009) Dispõe o artigo 14, 9º, da Constituição Federal: "Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta." Quanto à capacidade de produção de efeitos, a norma constitucional em questão a) é autoexecutável. b) possui aplicabilidade imediata e eficácia plena. c) tem natureza de norma constitucional programática não vinculante. d) é de eficácia limitada e, portanto, aplicabilidade mediata. 41

42 e) possui aplicabilidade imediata, mas eficácia contida. Vamos ao passo a passo? Passo 1 - ler a norma calmamente: Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. Passo 2 - responder à pergunta 1: Eu não consigo aplicar o preceito, pois para eu saber quais os casos de inelegibilidade, precisarei de uma lei complementar. Passo 3 - responder à pergunta 2b: Ela não traça um programa de governo, mas sim, manifesta a necessidade da criação de um regulamento para prever as inelegibilidades. Nem precisávamos chegar ao passo 3. Fizemos isso só para fins didáticos. Gabarito: Letra D. 57. (FCC/Auditor Fiscal - ISS-SP/2007) Dispõem os incisos IX e XIII do artigo 5 e o artigo 190, todos da Constituição: "Art. 5. (...) IX. é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; XIII. é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer." "Art A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento da propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do Congresso Nacional." Referidos dispositivos constitucionais consagram, respectivamente, normas de eficácia a) plena, contida e limitada. b) contida, limitada e plena. c) plena, limitada e contida. d) contida, plena e limitada. e) plena, limitada e limitada. 1ª norma, passo a passo: Passo 1 - ler a norma calmamente: é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; 42

43 Passo 2 - responder à pergunta 1: Eu consigo aplicar o preceito, pois ainda que não tenha lei, a Constituição me assegura a liberdade de expressão. Passo 3 - responder à pergunta 2a: Não, não existe margem para que uma lei venha a diminuir esta minha liberdade. Resultado: Norma de eficácia plena. 2ª norma, passo a passo: Passo 1 - ler a norma calmamente: É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Passo 2 - responder à pergunta 1: Eu consigo aplicar o preceito, pois ainda que não tenha lei, a Constituição me assegura a liberdade de profissão. Trata-se então de aplicabilidade imediata. Passo 3 - responder à pergunta 2a: Sim, a lei pode restringir, pois a CF diz " atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer". Ou seja, eu tenho a liberdade de profissão, mas se a lei estabelecer qualificações profissionais, eu tenho que me enquadrar no que a lei diz. Resultado: Norma de eficácia contida. 3ª norma, passo a passo: Passo 1 - ler a norma calmamente: A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento da propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do Congresso Nacional. Passo 2 - responder à pergunta 1: Eu não consigo aplicar a norma de pronto, pois ela manda que a lei é que venha a estabelecer como serão feitas essas coisas. Passo 3 - responder à pergunta 2b: A lei virá a estabelecer regulamentações para aquisição e arrendamento. Resultado: Norma de eficácia limitada, definidora de princípio institutivo. Gabarito: Letra A 43

44 58. (FCC/AJAA-TRE-SP/2006) Tendo em vista a aplicabilidade das normas constitucionais, considere o que segue: I. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. II. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Tais preceitos são considerados, respectivamente, de normas constitucionais de: a) eficácia redutível ou restringível; e de princípio programático. b) eficácia limitada; e de princípio programático. c) princípio institutivo; e de eficácia plena. d) eficácia redutível ou restringível; e de eficácia absoluta. e) princípio contido; e de princípio institutivo. I - Já fizemos o passo a passo e vimos que é de eficácia contida, a qual Maria Helena Diniz chama de redutível ou restringível. II - Trata-se de uma cláusula pétrea, ou seja, norma que não poderá ser abolida do nosso ordenamento. As cláusulas pétreas (CF, art. 60 4º) são: 1 a forma federativa de Estado; 2 o voto direto, secreto, universal e periódico; 3 a separação dos Poderes; 4 os direitos e garantias individuais. Assim, é uma norma de eficácia absoluta, segundo a classificação de Maria Helena Diniz. Gabarito: Letra D. 59. (CESPE/ Auditor SEFAZ-ES/ 2013) As normas constitucionais programáticas caracterizam-se por fixar políticas públicas ou programas estatais destinados à concretização dos fins sociais do Estado, razão pela qual são de aplicação ou execução imediata. De fato as normas programáticas são aquelas que definem planosde ação para o Estado, como o combate à pobreza, a marginalização e os direitos sociais previstos no art. 6º da CF. Tais normas têm, no entanto, eficácia diferida, de forma que sua aplicação se dará ao longo do tempo, na medida em que forem sendo concretizadas. Assim, são normas não auto aplicáveis. Gabarito: Errado. 44

45 60. (CESPE/ Auditor SEFAZ-ES/ 2013) Constitui exemplo de norma de eficácia limitada o dispositivo constitucional segundo o qual os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencherem os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. Correto, acaso a matéria não seja regulamentada por meio de lei, não será capaz de gerar os efeitos para os quais foi criada. Gabarito: Correto. 61. (CESPE/ Auditor SEFAZ-ES/ 2013) As normas constitucionais de eficácia contida não podem ser aplicadas imediatamente, pois necessitam de complementação legal para a produção de efeitos. Errado, as normas de eficácia contida têm aplicação imediata, de forma que podem ser aplicadas imediatamente, já que não necessitam de complementação legal para produzir efeitos, em verdade, a complementação legal pode vir restringir seus efeitos. Gabarito: Errado. 62. (CESPE/Analista Processual- MPU/2010) As normas de eficácia contida permanecem inaplicáveis enquanto não advier normatividade para viabilizar o exercício do direito ou benefício que consagram; por isso, são normas de aplicação indireta, mediata ou diferida. As normas de eficácia contida possuem aplicação imediata, tais quais as normas plenas. A única diferença é que poderão ser restringidas em seu alcance. Gabarito: Errado. 63. (CESPE/Analista Processual- MPU/2010) As normas constitucionais de eficácia limitada são desprovidas de normatividade, razão pela qual não surtem efeitos nem podem servir de parâmetro para a declaração de inconstitucionalidade. A norma de eficácia limitada desde logo manifesta a intenção dos legisladores constituinte, fornecendo conteúdo para ser usado na interpretação constitucional e é capaz de tornar inconstitucionais as normas infraconstitucionais que sejam com ela incompatíveis. Desta forma, sua aplicação é mediata, mas sua eficácia jurídica (ou seja, seu caráter vinculante) é imediata. Gabarito: Errado. 64. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A revisão constitucional realizada em 1993, prevista no ADCT, é considerada norma constitucional de eficácia exaurida e de aplicabilidade esgotada, não estando sujeita à incidência do poder reformador. 45

46 Segundo a doutrina e a jurisprudência do STF, a revisão constitucional (procedimento simplificado de modificação do texto da Constituição) só pode ocorrer uma única vez, já que seu objetivo era rapidamente reestabelecer uma possível instabilidade institucional provocada pela mudança de regime no Brasil (instabilidade esta que não ocorreu). Desta forma, não há mais motivos que justifiquem a feitura de um novo procedimento simplificado para revisão da Constituição, devendo-se seguir o procedimento especial de reforma, previsto no art. 60 da Constituição Federal. Gabarito: Correto. 65. (CESPE/Analista Adm.- MPU/2010) O livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, desde que atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer, é norma constitucional de eficácia contida; portanto, o legislador ordinário atua para tornar exercitável o direito nela previsto. A questão estava correta ao prever que é uma norma de eficácia contida, porém, a atuação do legislador infraconstitucional nesta espécie de norma não é para torná-la exercitável, mas sim para conter a plenitude de sua aplicação, já que as normas de eficácia contida possuem aplicação imediata, não necessitando de regulamentação infraconstitucional para produzir seus efeitos finalísticos. Gabarito: Errado. 66. (CESPE/Técnico - MPU/2010) As normas de eficácia plena não exigem a elaboração de novas normas legislativas que lhes completem o alcance e o sentido ou lhes fixem o conteúdo; por isso, sua aplicabilidade é direta, ainda que não integral. Errada. A questão estava caminhando perfeita, até a última curva, quando disse "ainda que não integral". Ora, a norma é de eficácia plena, justamente porque a sua aplicação se dá com plenitude, ou seja, de forma integral. A questão então, acabou por definir o que seria uma norma de eficácia contida. Gabarito: Errado. 67. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) As normas constitucionais de eficácia limitada têm por fundamento o fato de que sua abrangência pode ser reduzida por norma infraconstitucional, restringindo sua eficácia e aplicabilidade. 46

47 Essa é a definição de eficácia contida. As normas de eficácia limitada sequer conseguem ser aplicáveis caso não exista lei para mediar os seus efeitos. Gabarito: Errado. 68. (CESPE/TRT-17ª/2009) A disposição constitucional que prevê o direito dos empregados à participação nos lucros ou resultados da empresa constitui norma de eficácia limitada. A Constituição assegura em seu art. 7º, XI, a participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei. Se não tivermos uma lei disciplinando como serão estas participações, elas não poderão ser aplicáveis. Assim, está correto dizer que trata-se de norma de eficácia limitada. Gabarito: Correto. Utilize o texto abaixo para as próximas 3 questões: "A CF traz no seu artigo 5.º, entre outros, os seguintes incisos: XIII é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XXX é garantido o direito de herança; LXXVI são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito". 69. (CESPE/TJAA-STF/2008) A norma prevista no inciso XIII é de eficácia contida, pois o direito ao exercício de trabalho, ofício ou profissão é pleno até que a lei estabeleça restrições a tal direito. Perfeita definição do conceito. Enquanto não tivermos lei que faça a contenção da norma, é pleno o exercício das profissões. Gabarito: Correto. 70. (CESPE/Advogado-BRB/2010) No tocante à aplicabilidade, de acordo com a tradicional classificação das normas constitucionais, são de eficácia limitada aquelas em que o legislador constituinte regula suficientemente os interesses concernentes a determinada matéria, mas deixa margem à atuação 47

48 restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos em que a lei estabelecer ou na forma dos conceitos gerais nela previstos. Essa é a definição de eficácia contida. As normas de eficácia limitada sequer conseguem ser aplicáveis caso não exista lei para mediar os seus efeitos. Já as contidas possuem aplicabilidade imediata, porém podem futuramente serem restringidas pelo legislador. Gabarito: Errado. 71. (CESPE/TRE-MA/2009) A competência da União para elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social constitui exemplo de norma constitucional programática. Norma programática é aquela norma que estabelece um programa para atuação do governo. É uma norma cuja eficácia não se dá imediatamente, mas somente quando posto em prática o "programa" estabelecido. É o caso da norma em questão, presente no art. 21, IX, ela traz um direcionamento para ser trilhado pelo poder público federal. Gabarito: Correto. 72. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Quando a Constituição prevê que a ordem econômica e social tem por fim realizar a justiça social, não estamos diante de uma norma-fim, por não abranger todos os direitos econômicos e sociais, nem a toda a ordenação constitucional. Normas-fim são as normas que direcionam o poder público a alcançar um objetivo, uma norma programática. Segundo Canotilho, a determinação constitucional segundo a qual as ordens econômicas e social tem por fim realizar a justiça social constitui uma norma-fim, que permeia todos os direitos econômicos e sociais e os demais princípios informadores da ordem econômica são da mesma natureza. Gabarito: Errado. 73. (ESAF/AFRFB/2009) O disposto no artigo 5o, inciso XIII da Constituição Federal é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer, cuidase de uma norma de eficácia limitada. 48

49 Este é o exemplo mais clássico que temos de uma norma de eficácia contida, já que enquanto a lei não estabelecer as qualificações que devem ser atendidas, será livre o exercício de qualquer profissão. Gabarito: Errado. LISTA DAS QUESTÕES DA AULA: 1. (ESAF/Analista- Min. Integração Nacional/2012) A Constituição Federal é a norma fundamental de nosso ordenamento jurídico desde que não revele incompatibilidade com os tratados internacionais de direitos humanos pactuados pelo País. 2. (CESPE/Técnico Científico - Banco da Amazônia/2012) A Constituição é autêntica sobrenorma, por veicular preceitos de produção de outras normas, limitando a ação dos órgãos competentes para elaborá-las, o que é fundamental à consolidação do estado democrático de direito. 3. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010) A norma constitucional é uma sobrenorma, porque trata do conteúdo ou das formas que as demais normas devem conter, apresentando princípios que servem de guias supremos ao exercício das competências dos órgãos. 4. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010) Segundo a estrutura escalonada ou piramidal das normas de um mesmo sistema jurídico, no qual cada norma busca sua validade em outra, situada em plano mais elevado, a norma constitucional situa-se no ápice da pirâmide, caracterizando-se como norma-origem, porque não existe outra que lhe seja superior. 5. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Pelo princípio da supremacia da Constituição, constata-se que as normas constitucionais estão no vértice do sistema jurídico nacional, e que a elas compete, entre outras matérias, disciplinar a estrutura e a organização dos órgãos do Estado. 6. (FCC/ Assessor Técnico- AL-PE/ 2013) Sobre os elementos das Constituições, são considerados elementos orgânicos as normas (A) que revelam o compromisso da Constituição entre o Estado individualista e o Estado Social. (B) que regulam a estrutura do Estado e do Poder. (C) destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. (D) que estabelecem regras de aplicação de outras normas constitucionais. (E) que compõem o elenco dos direitos e garantias fundamentais, limitando a atuação dos Poderes estatais. 49

50 7. (FCC/TCE-MG/2007) As normas constitucionais relativas aos direitos e garantias individuais, inseridas no título relativo aos direitos e garantias fundamentais, contêm elementos da Constituição ditos: a) sócio-ideológicos, por revelar o compromisso da Constituição entre o Estado individualista e o Estado social. b) orgânicos, por regularem a estrutura do Estado e do poder. c) limitativos, por limitarem a atuação do Estado, dando ênfase à sua configuração como Estado de Direito. d) de estabilização constitucional, na medida em que asseguram a defesa da Constituição e das instituições democráticas. e) formais de aplicabilidade, diante da aplicação imediata das normas definidoras de direitos dessa espécie. 8. (CESPE/Analista-EBC/2011) As normas previstas no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias possuem natureza de norma constitucional. 9. (CESPE/Analista-EBC/2011) O preâmbulo da Constituição Federal não faz parte do texto constitucional propriamente dito e não possui valor normativo. 10. (CESPE/Polícia Civil TO/2008) Os elementos orgânicos que compõem a Constituição dizem respeito às normas que regulam a estrutura do Estado e do poder, fixando o sistema de competência dos órgãos, instituições e autoridades públicas. 11. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O preâmbulo, o dispositivo que estabelece cláusulas de promulgação e as disposições transitórias são exemplos de elementos de estabilização constitucional. 12. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Os denominados elementos formais de aplicabilidade das constituições são consagrados nas normas destinadas a garantir a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. 13. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo a doutrina, os elementos orgânicos da constituição são aqueles que limitam a ação dos poderes estatais, estabelecem as balizas do estado de direito e consubstanciam o rol dos direitos fundamentais. 14. (CESPE/Juiz Federal Substituto TRF 5ª/2009) Os elementos limitativos da CF estão consubstanciados nas normas constitucionais destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. 15. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Os direitos individuais e suas garantias, os direitos de nacionalidade e os direitos políticos são considerados elementos limitativos das constituições. 50

51 16. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) São elementos orgânicos da Constituição: a) a estruturação do Estado e os direitos fundamentais. b) a divisão dos poderes e o sistema de governo. c) a tributação e o orçamento e os direitos sociais. d) as forças armadas e a nacionalidade. e) a segurança pública e a intervenção. 17. (TRT 23ª/Juiz Substituto - TRT 23ª/2010) Os elementos da Constituição trazem valores distintos caracterizando a natureza polifacética da Constituição, assim pode-se afirmar que o preâmbulo da Constituição constitui seu elemento formal de aplicabilidade. 18. (FCC/ Juiz Substituto/ TJ-GO/ 2012) A classificação "ontológica" das Constituições (normativas, nominais e semânticas), radicada na relação das normas constitucionais com a realidade do processo do poder, é da autoria de (A) Hans Kelsen. (B) Carl Schmitt. (C) Karl Loewenstein. (D) Pontes de Miranda. (E) José Joaquim Gomes Canotilho. 19. (FCC/AJEM-TRT-7ª/2009) A Constituição que prevê somente os princípios e as normas gerais de regência do Estado, organizando-o e limitando seu poder, por meio da estipulação de direitos e garantias fundamentais é classificada como: a) pactuada. b) analítica. c) dirigente. d) dualista. e) sintética. 20. (FCC/AJEM-TRT-16ª/2009) A doutrina constitucional tem classificado a nossa atual Constituição Federal (1988) como escrita, legal: a) formal, pragmática, outorgada, semirrígida e sintética. b) material, pragmática, promulgada, flexível e sintética. c) formal, dogmática, promulgada, rígida e analítica. d) substancial, pragmática, promulgada, semirrígida e analítica. e) material, dogmática, outorgada, rígida e sintética. 51

52 21. (FCC/AJEM-TRT-4ª/2009) A Constituição da República Federativa do Brasil (1988), pode ser classificada quanto ao seu conteúdo, seu modo de elaboração, sua origem, sua estabilidade e sua extensão, como: a) formal, histórica ou costumeira, promulgada, flexível e sintética. b) material, dogmática, outorgada, rígida e sintética. c) formal, dogmática, promulgada, super-rígida e analítica. d) material, pragmática, outorgada, semirrígida e sintética. e) formal, histórica ou costumeira, outorgada, flexível e analítica. 22. (CESPE/ Out. e Del. de Notas- TJ-PI/ 2013) Assinale a opção correta acerca de classificações de Constituição. (a) A Constituição nominal é aquela cujas normas efetivamente dominam o processo político. (b) Denomina-se Constituição cesarista a Constituição outorgada submetida a plebiscito ou referendo. (c) As Constituições francesas da época de Napoleão I são classificadas como Constituições imutáveis. (d) A Constituição garantia caracteriza-se por conter normas definidoras de tarefas e programas de ação a serem concretizados pelos poderes públicos. (e) Constituições ortodoxas são aquelas que procuram conciliar ideologias opostas. 23. (CESPE/ FUB-DF/ 2013) A constituição é outorgada quando é externada com a participação dos cidadãos, uma vez que as normas constitucionais são estatuídas pela deliberação majoritária dos agentes do poder constituinte. 24. (CESPE/ FUB-DF/ 2013) A CF, no que diz respeito à forma, é uma constituição consuetudinária. 25. (CESPE/ Procurador do Banco Central- Bacen/ 2013) No que se refere ao modo de elaboração, a constituição dogmática espelha os dogmas e princípios fundamentais adotados pelo estado e não será escrita. 26. (CESPE/TJAA-CNJ/2013) Constituição não escrita é aquela que não é reunida em um documento único e solene, sendo composta de costumes, jurisprudência e instrumentos escritos e dispersos, inclusive no tempo. 27. (CESPE/Analista - TJ-RR/2012) Na denominada constituição semântica, a atividade do intérprete limita-se à averiguação de seu sentido literal. 28. (CESPE/MPE-PI/2012) A doutrina denomina constituição semântica as cartas políticas que apenas refletem as subjacentes relações de poder, correspondendo a meros simulacros de constituição. 52

53 29. (CESPE/Técnico Judiciário - TJ-RR/2012) A CF pode ser classificada, quanto à mutabilidade, como rígida, uma vez que não pode ser alterada com a mesma simplicidade com a qual se modifica uma lei. 30. (CESPE/ Técnico Judiciário - TJ-RR/ 2012) A CF, elaborada por representantes legítimos do povo, é exemplo de constituição outorgada. 31. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) Outorgada por uma Assembleia Constituinte, a Constituição Federal de 1988 (CF) é também classificada como escrita, formal, analítica, dogmática e rígida. 32. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) De acordo com a classificação quanto à extensão, no Brasil, a Constituição de 1988 é sintética, pois constitucionaliza aspectos além do núcleo duro das constituições, estabelecendo matérias que poderiam ser tratadas mediante legislação infraconstitucional. 33. (CESPE/Promotor-MPE-RO/2010) As constituições denominadas rígidas são aquelas que não admitem alteração e que, por isso mesmo, são consideradas permanentes. 34. (CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) Toda constituição é necessariamente escrita e representada por um texto solene e codificado. 35. (CESPE/MMA/2009) A CF vigente, quanto à sua alterabilidade, é do tipo semiflexível, dada a possibilidade de serem apresentadas emendas ao seu texto; contudo, com quorum diferenciado em relação à alteração das leis em gera 36. (CESPE/MMA/2009) Uma Constituição do tipo cesarista se caracteriza, quanto à origem, pela ausência da participação popular na sua formação. 37. (CESPE/Advogado-EMBRASA/2010) A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF) não pode ser classificada como uma constituição popular, uma vez que se originou de um órgão constituinte composto de representantes do povo, e não da aprovação dos cidadãos mediante referendo. 38. (CESPE/MMA/2009) A CF de 1988, quanto à origem, é promulgada, quanto à extensão, é analítica e quanto ao modo de elaboração, é dogmática. 39. (CESPE/TCE-AC/2009) Segundo a classificação da doutrina, a CF é um exemplo de constituição rígida. 40. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A Carta outorgada em 10 de novembro de 1937 é exemplo de texto constitucional colocado a serviço do detentor do poder, para seu uso pessoal. É a máscara do poder. É uma Constituição que perde normatividade, salvo nas passagens em que confere atribuições ao titular do poder. Numerosos preceitos da Carta de 1937 permaneceram no domínio do puro nominalismo, sem qualquer aplicação e efetividade no mundo das normas jurídicas - Raul Machado Horta. Direito constitucional. 2.a ed. Belo Horizonte: Del Rey, 1999, p (com adaptações). Considerando a classificação ontológica das constituições, a 53

54 Constituição de 1937, conforme a descrição anterior pode ser classificada como constituição outorgada. 41. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Quanto à correspondência com a realidade, ou critério ontológico, o processo de poder, nas constituições normativas, encontra-se de tal modo disciplinado que as relações políticas e os agentes do poder se subordinam às determinações de seu conteúdo e do seu controle procedimental. 42. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013) A Constituição Federal de 1988 pode ser classificada como: a) material, escrita, histórica, promulgada, flexível e analítica. b) material, escrita, dogmática, outorgada, imutável e analítica. c) formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida e analítica. d) formal, escrita, dogmática, promulgada, semirrígida e sintética. e) material, escrita, histórica, promulgada, semirrígida e analítica. 43. (ESAF/MDIC/2012) Sabe-se que a doutrina constitucionalista classifica as constituições. Quanto às classificações existentes, é correto afirmar que: I. quanto ao modo de elaboração, pode ser escrita e não escrita. II. quanto à forma, pode ser dogmática e histórica. III. quanto à origem, pode ser promulgada e outorgada. IV. quanto ao conteúdo, pode ser analítica e sintética. Assinale a opção verdadeira. a) II, III e IV estão corretas. b) I, II e IV estão incorretas. c) I, III e IV estão corretas. d) I, II e III estão corretas. e) II e III estão incorretas. 44. (ESAF/AFRFB/2012) O Estudo da Teoria Geral da Constituição revela que a Constituição dos Estados Unidos se ocupa da definição da estrutura do Estado, funcionamento e relação entre os Poderes, entre outros dispositivos. Por sua vez, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é detalhista e minuciosa. Ambas, entretanto, se submetem a processo mais dificultoso de emenda constitucional. Considerando a classificação das constituições e tomando-se como verdadeiras essas observações, sobre uma e outra Constituição, é possível afirmar que a) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, analítica e rígida, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e negativa. 54

55 b) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é do tipo histórica, rígida, outorgada e a dos Estados Unidos rígida, sintética. c) a Constituição dos Estados Unidos é do tipo consuetudinária, flexível e a da República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, rígida e detalhista. d) a Constituição dos Estados Unidos é analítica, rígida e a da República Federativa do Brasil de 1988 é histórica e consuetudinária. e) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é democrática, promulgada e flexível, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e democrática. 45. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição dogmática se apresenta como produto escrito e sistematizado por um órgão constituinte, a partir de princípios e ideias fundamentais da teoria política e do direito dominante. 46. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A constituição material é o peculiar modo de existir do Estado, reduzido, sob a forma escrita, a um documento solenemente estabelecido pelo poder constituinte e somente modificável por processos e formalidades especiais nela própria estabelecidos. 47. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A constituição formal designa as normas escritas ou costumeiras, inseridas ou não num documento escrito, que regulam a estrutura do Estado, a organização dos seus órgãos e os direitos fundamentais. 48. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição escrita, também denominada de constituição instrumental, aponta efeito racionalizador, estabilizante, de segurança jurídica e de calculabilidade e publicidade. 49. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição sintética, que é constituição negativa, caracteriza-se por ser construtora apenas de liberdade-negativa ou liberdade-impedimento, oposta à autoridade. 50. (FCC/Defensor-DPE-SP/2010) Utilizando-se a classificação de José Afonso da Silva no tocante a eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais, a norma constitucional inserida no artigo 5, XII: "é inviolável o sigilo de correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal", pode ser classificada como norma a) de eficácia plena, isto é, de aplicabilidade direta, imediata e integral, não havendo necessidade de lei infraconstitucional para resguardar o sigilo das comunicações. b) de eficácia limitada, isto é, de aplicabilidade indireta, mediata e não integral, ou seja, o sigilo somente poderá ser garantido após a integração legislativa infraconstitucional. c) de eficácia contida, isto é, de aplicabilidade direta, imediata, porém não integral, ou seja, a lei infraconstitucional poderá restringir sua eficácia em determinadas hipóteses. 55

56 d) com eficácia relativa restringível, isto é, o sigilo pode ser limitado em hipóteses previstas em regramento infraconstitucional. e) de eficácia relativa complementável ou dependente de complementação legislativa, isto é, depende de lei complementar ou ordinária para se garantir o sigilo das comunicações. 51. (FCC/APOFP-SP/2010) As normas constitucionais de eficácia contida são dotadas de aplicabilidade direta e imediata, mas não integral, porque sujeitas a restrições. Observa-se que tais restrições podem ser impostas: a) pelo legislador constitucional, por outras normas constitucionais e como decorrência do uso de conceitos ético-jurídicos consagrados. b) pelo legislador comum, pelos Tribunais Superiores e pelos Chefes do Poder Executivo. c) pela União Federal, pelos Estados-membros, pelo Distrito Federal e pelos Municípios com exclusão dos Territórios Federais. d) por outras normas constitucionais, pelo Supremo Tribunal Federal e pelo órgão superior do Ministério Público Federal. e) pelo Conselho da República, pela União Federal, pelos Estados-membros e como decorrência de conceitos ético-jurídicos consagrados. 52. (FCC/AJAJ-TRT 3º/2009) Em conformidade com o art. 113 da Constituição Federal: A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. A presente hipótese trata de uma norma constitucional de eficácia: a) limitada, definidora de princípio institutivo ou organizativo. b) limitada, definidora de princípios programáticos. c) plena, mas de natureza facultativa ou permissiva. d) contida, em razão de restrições impostas por outras normas constitucionais. e) plena, mas de natureza obrigatória, de programas ou diretrizes. Comentários. 53. (FCC/AJAJ-TRT 1ª/2011) Analise: I. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. II. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Em conformidade com o aspecto doutrinário, as referidas disposições caracterizam-se, respectivamente, como normas constitucionais de a) eficácia plena e de eficácia negativa. b) princípio programático e de eficácia contida. c) eficácia restringível e de eficácia absoluta. 56

57 d) princípio programático e de eficácia plena. e) eficácia relativa e de princípio programático. 54. (FCC/AJ-Arquivologia-TRT 1ª/2011) Os remédios constitucionais são tidos por normas constitucionais de eficácia: a) plena. b) limitada. c) contida. d) mediata. e) indireta. 55. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) A norma do artigo 218, caput, da Constituição, segundo a qual "o Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas", deve ser classificada como a) inconstitucional e sem nenhum efeito, por ofensa ao princípio da livre iniciativa. b) programática, de eficácia limitada. c) meramente indicativa e não-vinculante aos Poderes Públicos. d) plenamente eficaz, porém restringível por meio de lei. e) de eficácia plena e aplicabilidade imediata. 56. (FCC/Assessor - TCE-PI/2009) Dispõe o artigo 14, 9º, da Constituição Federal: "Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta." Quanto à capacidade de produção de efeitos, a norma constitucional em questão a) é autoexecutável. b) possui aplicabilidade imediata e eficácia plena. c) tem natureza de norma constitucional programática não vinculante. d) é de eficácia limitada e, portanto, aplicabilidade mediata. e) possui aplicabilidade imediata, mas eficácia contida. 57. (FCC/Auditor Fiscal - ISS-SP/2007) Dispõem os incisos IX e XIII do artigo 5 e o artigo 190, todos da Constituição: "Art. 5. (...) IX. é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; XIII. é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer." "Art A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento 57

58 da propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do Congresso Nacional." Referidos dispositivos constitucionais consagram, respectivamente, normas de eficácia a) plena, contida e limitada. b) contida, limitada e plena. c) plena, limitada e contida. d) contida, plena e limitada. e) plena, limitada e limitada. 58. (FCC/AJAA-TRE-SP/2006) Tendo em vista a aplicabilidade das normas constitucionais, considere o que segue: I. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. II. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Tais preceitos são considerados, respectivamente, de normas constitucionais de: a) eficácia redutível ou restringível; e de princípio programático. b) eficácia limitada; e de princípio programático. c) princípio institutivo; e de eficácia plena. d) eficácia redutível ou restringível; e de eficácia absoluta. e) princípio contido; e de princípio institutivo. 59. (CESPE/ Auditor SEFAZ-ES/ 2013) As normas constitucionais programáticas caracterizam-se por fixar políticas públicas ou programas estatais destinados à concretização dos fins sociais do Estado, razão pela qual são de aplicação ou execução imediata. 60. (CESPE/ Auditor SEFAZ-ES/ 2013) Constitui exemplo de norma de eficácia limitada o dispositivo constitucional segundo o qual os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencherem os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. 61. (CESPE/ Auditor SEFAZ-ES/ 2013) As normas constitucionais de eficácia contida não podem ser aplicadas imediatamente, pois necessitam de complementação legal para a produção de efeitos. 62. (CESPE/Analista Processual- MPU/2010) As normas de eficácia contida permanecem inaplicáveis enquanto não advier normatividade para viabilizar o exercício do direito ou benefício que consagram; por isso, são normas de aplicação indireta, mediata ou diferida. 63. (CESPE/Analista Processual- MPU/2010) As normas constitucionais de eficácia limitada são desprovidas de normatividade, razão pela qual não surtem efeitos nem podem servir de parâmetro para a declaração de inconstitucionalidade. 64. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A revisão constitucional realizada em 1993, prevista no ADCT, é considerada norma constitucional de 58

59 eficácia exaurida e de aplicabilidade esgotada, não estando sujeita à incidência do poder reformador. 65. (CESPE/Analista Adm.- MPU/2010) O livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, desde que atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer, é norma constitucional de eficácia contida; portanto, o legislador ordinário atua para tornar exercitável o direito nela previsto. 66. (CESPE/Técnico - MPU/2010) As normas de eficácia plena não exigem a elaboração de novas normas legislativas que lhes completem o alcance e o sentido ou lhes fixem o conteúdo; por isso, sua aplicabilidade é direta, ainda que não integral. 67. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) As normas constitucionais de eficácia limitada têm por fundamento o fato de que sua abrangência pode ser reduzida por norma infraconstitucional, restringindo sua eficácia e aplicabilidade. 68. (CESPE/TRT-17ª/2009) A disposição constitucional que prevê o direito dos empregados à participação nos lucros ou resultados da empresa constitui norma de eficácia limitada. 69. (CESPE/TJAA-STF/2008) A norma prevista no inciso XIII é de eficácia contida, pois o direito ao exercício de trabalho, ofício ou profissão é pleno até que a lei estabeleça restrições a tal direito. 70. (CESPE/Advogado-BRB/2010) No tocante à aplicabilidade, de acordo com a tradicional classificação das normas constitucionais, são de eficácia limitada aquelas em que o legislador constituinte regula suficientemente os interesses concernentes a determinada matéria, mas deixa margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos em que a lei estabelecer ou na forma dos conceitos gerais nela previstos. 71. (CESPE/TRE-MA/2009) A competência da União para elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social constitui exemplo de norma constitucional programática. 72. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Quando a Constituição prevê que a ordem econômica e social tem por fim realizar a justiça social, não estamos diante de uma norma-fim, por não abranger todos os direitos econômicos e sociais, nem a toda a ordenação constitucional. 73. (ESAF/AFRFB/2009) O disposto no artigo 5o, inciso XIII da Constituição Federal é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer, cuidase de uma norma de eficácia limitada. 59

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