SUICÍDIO E ÉTICA Uma apreciação em nossos dias à luz da Gaudium et Spes

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SUICÍDIO E ÉTICA Uma apreciação em nossos dias à luz da Gaudium et Spes"

Transcrição

1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO PONTIFÍCIA FACULDADE DE TEOLOGIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO LUIZ GONZAGA FECHIO SUICÍDIO E ÉTICA Uma apreciação em nossos dias à luz da Gaudium et Spes São Paulo 2008

2 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO PONTIFÍCIA FACULDADE DE TEOLOGIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO LUIZ GONZAGA FECHIO SUICÍDIO E ÉTICA Uma apreciação em nossos dias à luz da Gaudium et Spes Dissertação apresentada como exigência para obtenção do título de mestre em Teologia Prática, com concentração no núcleo de Moral, à comissão julgadora da Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, sob a orientação do Prof. Dr. Côn. José Adriano. São Paulo 2008

3 2 DEDICATÓRIA Não foi sem motivo que um amigo sussurrou-me, um dia, diante de um suicídio: Hoje, todos fracassamos. No fundo, ninguém se suicida sozinho (A. Artaud) 1. Em primeiro lugar, dedico este trabalho em memória de todos os que terminaram o percurso de sua vida neste mundo através da tragédia do suicídio, descrendo totalmente do valor desta vida, junto aos seus, principalmente aqueles e aquelas que somente Deus sabe o quanto lhes foi difícil tomar tal decisão, após, talvez, uma longa trajetória de complicações, em meio, às vezes, de grandes injustiças e incompreensões, diante das quais não enxergaram outra saída a não ser atentar contra a sua própria vida. De um modo particular, ofereço cada minuto do meu esforço nesta dissertação aos que, como familiares e amigos, carregam com grande sofrimento o fardo escuro desse comportamento com segredos tão insondáveis a nós, comportamento esse a respeito do qual sentem muita dificuldade de partilhar com alguém as conseqüências dele, diante do tabu, da vergonha, do escândalo que, ainda, ele pode ocasionar ou significar, embora, numa incidência menor que num passado remoto e, talvez, recente. 1 BAUTISTA, Mateo; CORREA, Marcelo. Ajuda perante o suicídio. São Paulo: Paulinas, 2000, p. 6 (Coleção: Pastoral da saúde). Antonin Marie-Joseph Artaud, poeta, ator, roteirista e dramaturgo francês, nasceu em 4 de setembro de 1896 e faleceu em 4 de março de 1948.

4 3 AGRADECIMENTOS Agradeço ao bom Deus que, sendo Fonte da Vida, por excelência, é Aquele que capacitou-me para que este projeto se concretizasse. Com gratidão, reconheço, também, o incentivo daqueles que possibilitaram-me este estudo, pastoral e economicamente, no decorrer desses dois anos, em especial os meus superiores, o bispo anterior, Dom Joviano de Lima Júnior, SSS, atual arcebispo metropolitano de Ribeirão Preto, e o bispo atual de São Carlos, Dom Paulo Sérgio Machado, como também a Ação Episcopal alemã Adveniat, pelo patrocínio da bolsa de estudo para a metade do curso. Expresso meu sincero obrigado à Congregação dos Missionários Scalabrinianos (ou Carlistas) padres, seminaristas e funcionárias que hospedaram-me fraternalmente no período das aulas, em Sou muito grato à direção, ao corpo docente e aos funcionários da Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, por tudo que pude aprender e receber de cada pessoa que proporcionou-me algo valioso neste estudo. De maneira muito particular, manifesto meu reconhecimento ao acompanhamento do Prof. Dr. Côn. José Adriano que acreditou em meu projeto, desde o início, e impulsionou-me para dedicar-me nele com afinco, na certeza de que merecia ser levado adiante, conforme o que lhe expus, tendo dele um voto de confiança motivador. Este reconhecimento torna-se mais especial ainda pelo fato do orientador estar deixando a Faculdade, após 28 anos de exercício do magistério, e eu ser seu último orientando.

5 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO O FENÔMENO DO SUICÍDIO EM SI MESMO 1.1. INTRODUÇÃO UMA MELHOR COMPREENSÃO DA SAÚDE COMO BEM-ESTAR O conceito de saúde na era da técnica e da eficiência Pressuposições da saúde como bem-estar Uma crítica ao conceito moderno de saúde O conceito de saúde na Teologia Saúde, sofrimento e finitude O conceito de saúde a partir da busca de um novo ethos O SUICÍDIO EM DADOS ESTATÍSTICOS CONFUSÃO DA LINGUAGEM EM TORNO DO SUICÍDIO FORMAS DE SUICÍDIO INFLUÊNCIAS EM NOSSA VISÃO DE SUICÍDIO A linguagem médica, em relação ao suicídio O efeito emocional na linguagem sobre o suicídio O peso da expressão cometer suicídio SUICÍDIO E TENTATIVAS DE SUICÍDIO Suicídio Tentativa de suicídio RELAÇÃO ENTRE SUICÍDIO E INTENÇÃO...40

6 Um novo modo de ver o suicídio A dificuldade da incerteza quanto à intenção Qual é a situação real de um suicídio? BUSCA DE UMA DEFINIÇÃO DE SUICÍDIO A relação entre racionalidade, entendimento e suicídio Apresentando uma definição DIFERENCIAÇÃO ENTRE SUICÍDIO E OUTRAS ATIVIDADES HUMANAS Situações de envolvimento em atividades de alto risco Situações de envolvimento em ações heróicas A REFLEXÃO ÉTICO-MORAL TRADICIONAL E ATUAL EM TORNO DO SUICÍDIO 2.1. INTRODUÇÃO O PROBLEMA DA EXISTÊNCIA ABORDAGEM TRADICIONAL O suicídio para o estoicismo A visão negativa do ato suicida em Platão e Aristóteles O suicídio e o neoplatonismo A moral agostiniana sobre o suicídio O suicídio conforme Santo Tomás de Aquino Disciplina canônica a respeito do suicídio O suicídio segundo o Magistério atual CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ATUAIS A problemática do suicídio...75

7 O suicídio dentro da nova problemática sobre o direito de viver ou de morrer À LUZ DA GAUDIUM ET SPES 3.1. INTRODUÇÃO NO ESPÍRITO DO VATICANO II A COISIFICAÇÃO DA PESSOA AS ANGÚSTIAS E AS ESPERANÇAS DO SER HUMANO EM NOSSOS DIAS A BUSCA DA FRATERNIDADE A IMPORTÂNCIA DA COMPAIXÃO A compaixão como um processo A compaixão como princípio A PRÁTICA DA MISERICÓRDIA CONCLUSÃO ANEXO GLOSSÁRIO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...133

8 7 INTRODUÇÃO... no meio do caminho da nossa vida encontrei-me dentro de uma floresta escura onde a trilha se perdia. Ah, como é difícil falar dessa floresta, selvagem e áspera e densa, que só de pensar o meu medo se renova! Tão amarga é, que dificilmente a morte pode ser mais.... Dante Alighieri 2 Percebe-se, cada vez mais, uma mudança na experiência que se tem da morte. É uma mudança com muitas causas, dentre as quais, a mais importante se deve aos progressos da medicina, da higiene alimentar... que mudaram radicalmente a longevidade humana. No entanto, o problema que se põe hoje, com crescente atualidade, não é mais tanto como retardar a morte, mas, antes, perguntar pelos motivos que se tem para prolongar a própria vida. Sem dúvida, as modificações da significação da morte e de seu contexto repercutem sobre um problema sempre antigo e, infelizmente, sempre atual: o suicídio. Trata-se, pois, de um problema bastante complexo. É comum, para muitos, inclusive autoridades pastorais, reafirmar doutrinas simples e coerentes, a fim de inspirar comportamentos bem precisos. Mas isto não é difícil de fazer. O desafio está em que, diante de situações novas na abordagem de determinados problemas, é importante e necessário ter prudência, sem se deixar levar pelo reflexo do medo, desejando, incorretamente, resolvê-los antes mesmo de tê-los colocado e de ter tomado certo tempo para observá-los mais atentamente. Até cerca de um século atrás, a questão do motivo para alguém tomar a decisão de tirar a própria vida ficou entregue, quase exclusivamente, aos teólogos, filósofos e juristas. Não se punha dúvida da responsabilidade moral da pessoa que praticava tal ato. Foi o sociólogo Durkheim, em 1897, que teve o mérito de ser o primeiro a levantar 2 ALIGHIERI, Dante. A Divina Comédia, apud CORRÊA, Humberto; BARRERO, Sérgio Perez. (ed.). Suicídio: uma morte evitável. São Paulo: Atheneu, 2006, p. 103.

9 8 dúvida quanto à liberdade do suicídio 3. Empiricamente, ele mostrou que, em condições sociais adversas, crescem os casos de auto-extermínio. Depois de oito anos, o psiquiatra Robert Gaupp, chamou a atenção para a existência, nos suicidas, de situações anormais da personalidade e para a necessidade de se distinguirem criteriosamente motivos relacionados com a situação e causas patológicas 4. Se sempre se considerar o ato de suicídio como expressão de uma doença, pode-se desprezar os motivos provocadores do mesmo. A medicina teve, há muito tempo, que desistir de traçar separações claras entre saúde e doença e, mesmo no caso de uma problemática predominantemente psíquica, é necessário examinar, em cada caso, as condições biológicas e sociais, ou melhor, as condições psicossociais em que aconteceu o suicídio, e como nele se misturam motivos conscientes (passíveis de responsabilidade) e motivos inconscientes (não imputáveis à responsabilidade). Sem desconsiderar eventuais cargas biológicas ou sociológicas, são os fatores e forças psíquicas os responsáveis pela realização de sérios propósitos de suicídio, por impulsos e tentativas de suicídio, ou por suicídios. A presente dissertação procura justificar a complexidade cada vez maior de fatores presentes no decorrer de todo um processo que desencadeia, muitas vezes, num final trágico. O que tem a ver a Gaudium et Spes com esta questão? Num primeiro momento, nada, mesmo porque a Igreja não poderia aprovar um ato suicida. Porém, diante de um quadro de profundas modificações que vêm afetando fortemente a sociedade, o acontecimento do 3 Fundador da Sociologia, David Émile Durkheim combinou a pesquisa empírica com a teoria sociológica. Sua contribuição tornou-se ponto de partida do estudo de fenômenos sociológicos, como a natureza das relações de trabalho, os aspectos sociais do suicídio e as religiões primitivas. Foi um dos primeiros a estudar mais profundamente o suicídio, o qual, segundo ele, é praticado na maioria das vezes em virtude da desilusão do indivíduo com relação ao seu meio social. Em Le Suicide tentou mostrar que as causas do auto-extermínio têm fundamento social e não individual. Descreveu três tipos de suicídio: o egoísta, em que o indivíduo se afasta dos seres humanos; o anômico, originário, por parte do suicida, da crença de que todo um mundo social, com seus valores, normas e regras, desmorona-se em torno de si; e o altruísta, por lealdade a uma causa. Durkheim faleceu em Paris, em 15 de novembro de Embora Durkheim esteja sendo citado aqui, seu nome não aparecerá mais em nenhum outro lugar desta dissertação, pois, não é objetivo dar a este trabalho um enfoque sociológico. 4 Robert Gaupp ( ) foi um dos mais proeminentes psiquiatras e neurologistas alemães.

10 9 Concílio Vaticano II, mediante a aproximação entre a Igreja e o mundo favoreceu um diálogo maior dela com o homem contemporâneo, desejando compreendê-lo mais intensamente em todos os seus problemas e iluminá-lo para dar mais sentido à sua existência. Esta aproximação ou abertura foi possível, principalmente, graças à Gaudium et Spes. Se, por um lado, objetivamente, podemos atribuir ao suicídio um adjetivo de abominável, temos de admitir, por outro, que é preciso avaliar cada caso. Não se pode negar, de certa forma, que o suicídio é uma recusa ao cumprimento de um dever, mas, também, que ele representa profundo questionamento, em relação à nossa qualidade de vida, considerando que se condena um número cada vez maior de pessoas ao isolamento, à solidão, ou, de qualquer maneira, à incapacidade de perceber o próprio sentido da vida.

11 10 1. O FENÔMENO DO SUICÍDIO EM SI MESMO 1.1. INTRODUÇÃO A abordagem do tema suicídio remete à possibilidade e à importância de trabalhar a questão da saúde em todas as dimensões humanas: física, psíquica e social. É cada vez mais perceptível que não basta ter uma doença física para afirmar que alguém goza de uma boa saúde. O ser humano necessita ser uma pessoa integrada, na qual os fatores físico, psíquico e espiritual estejam em harmonia. Os tempos atuais trouxeram condições de vida provenientes de um progresso tecnológico que nem sempre significa um progresso de bem-estar, de integração. O que se percebe são situações de neurose oriundas de uma síndrome de falta de sentido para viver. E o que podemos constatar como prejuízo aos enfermos em geral, podemos, igualmente, atribuir aos que têm tendência ao suicídio, ainda que este não acabe acontecendo. José Carlos Bermejo, discorrendo a respeito da humanização da saúde, tece afirmações a respeito do tratamento à pessoa enferma que têm sua aplicação no fenômeno do suicídio: Adquirimos a consciência de que a pessoa enferma nem sempre é tratada com a dignidade que lhe é de direito nas seguintes situações: sempre que, nas relações, são produzidos processos de despersonalização; sempre que as necessidades não são satisfeitas à medida do homem; sempre que a tecnologia anula ou toma o lugar do fundamental e insubstituível encontro interpessoal [...] 5. O fenômeno do suicídio está inserido num contexto no qual há um anseio universal por uma maior humanização, isto é, a garantia que tudo que envolva a saúde e a doença das pessoas seja digno da condição humana. [...] Não será essa, talvez, a tarefa fundamental da humanidade, garantir que seus membros sejam realmente pessoas? Pessoas vivendo em sociedade, capazes de se encontrarem com as demais na vulnerabilidade e de se acompanharem mutuamente para conseguirem, também, ser pessoas no lado escuro da vida 6. 5 BERMEJO, José Carlos. Humanizar a saúde: cuidado, relações e valores. Petrópolis: Vozes, p Ib. p

12 11 Abordando a problemática em torno da saúde e dando ênfase ao suicídio, experimentamos, com mais força, a urgência de uma humanização. A doença, em qualquer uma de suas dimensões na vida humana, sempre foi e será uma miséria. Diante do ser humano nessa situação somos profundamente interpelados quanto à solidariedade que necessitamos expressar UMA MELHOR COMPREENSÃO DA SAÚDE COMO BEM-ESTAR A Organização Mundial da Saúde define a saúde como um estado de completo bemestar físico, psíquico e social, não bastando a ausência de doença ou de enfermidade 7. A partir deste ponto, teríamos uma primeira possibilidade para orientar o caminho deste trabalho que consistiria em alargar o máximo possível o conteúdo da definição. E seria necessário dizer que o conteúdo do bem-estar, além dos setores que são elencados, devia também ser um bem-estar espiritual, com óbvia referência ao transcendente. Indo mais além, é preciso prolongar o conteúdo da saúde ao aspecto social e familiar, bem como a um grande número de outros fatores de atualidade, entre os quais devemos ressaltar os fatores ambientais, a salubridade das habitações, o urbanismo, o estilo de vida moderno, o trabalho ou a desocupação e assim por diante. Ao invés de tomar este caminho mais extensivo, pode ser mais interessante um outro mais intensivo e voltado para a qualidade, que parece mais adaptado a iluminar o conteúdo humano do conceito de saúde e mais de acordo com o ponto de vista teológico sobre a matéria. Em vista disso, vamos proceder por etapas. Em primeiro lugar, tentaremos descodificar, ou seja, converter em linguagem comum, alguns pressupostos desta definição corrente de saúde, apresentada acima. Em seguida, entraremos no seu 7 A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi criada como uma agência específica das Organizações das Nações Unidas (ONU) em Sua existência oficial foi declarada em 7 de abril daquele ano, depois de mais da metade dos membros da ONU ter assinado sua constituição. Atualmente, esta data é comemorada como o Dia Mundial da Saúde.

13 12 conteúdo propriamente antropológico e ético, sem evitar o seu relacionamento com um aspecto impopular e incômodo, que é o sofrimento. Finalmente, vamos alinhar algumas componentes a privilegiar num ethos 8 da saúde bem à medida do homem O conceito de saúde na era da técnica e da eficiência Na cultura em que estamos, a idéia de saúde como bem-estar relaciona-se fortemente com as conquistas da tecnologia. Ao contrário, a ausência de saúde e a morte são sempre vistas como uma falência técnica de qualquer órgão do corpo humano e como um fracasso da medicina. Trata-se de um modo de ver próprio da nossa civilização, assentada no conhecimento e na conquista. Primeiramente, temos o domínio humano sobre a natureza. Numa primeira fase, este domínio restringia-se mais ao domínio sobre o cosmos. Porém, numa fase mais recente, a medicina e a biologia expandiram este domínio para o próprio corpo humano, de tal maneira que a pessoa se tornou não apenas sujeito, mas também objeto da própria conquista do cosmos pelo saber e poder técnico. Não somente o elemento bioquímico do ser humano, mas também o seu mundo mental e psicológico tem sido objeto desta conquista progressiva. A descoberta, desde Freud, do mundo psíquico do ser humano possibilitou criar bem-estar a muitas pessoas acometidas por grande número de padecimentos. O fato influenciou a mentalidade em geral. Ao descobrir um número cada vez maior de mecanismos da vida psíquica, a ciência transferiu para o domínio da saúde muitos dos fatores que eram tradicionalmente atribuídos às forças sobre-humanas e tratados no campo da magia ou do religioso. Aumentaram as possibilidades de uma vida melhor, mas, ao mesmo tempo, o conceito de saúde integrou novas vertentes, ou seja, novos 8 Aqui, o termo ethos deve ser entendido como a fundamentação dos princípios morais, posteriormente transformados em convicções e em regras de comportamento (cf. PRIVITERA, Salvatore. Ethos. In: Dicionário de Bioética. Vila Nova de Gaia (Portugal): Perpétuo Socorro; Aparecida: Santuário, 2001, p. 420).

14 13 direcionamentos. Um outro fator que deve ser considerado na questão da saúde é a complexidade da vida social. De fato, observamos que a sociedade, que em estágios anteriores se ocupava de forma mínima com a vida dos indivíduos, ampliou recentemente a sua intervenção. É assim que o Estado assume sobre si próprio a responsabilidade pela saúde, principalmente pela saúde pública, mas também pela saúde privada. O efeito disso foi alargar o conceito de saúde a dimensões insuspeitadas e tornar a sua efetivação, enquanto direito e dever dos indivíduos e das instituições, a um nível de complexidade que torna esse setor um dos mais polêmicos e conflitivos das sociedades atuais. A preocupação pela higiene e saúde estendeu-se, pois, a quase todos os setores da vida humana. Durante séculos, a saúde tinha a ver apenas com a ausência de enfermidades físicas, enquanto que a saúde psíquica, espiritual, as condições de vida e o meio ambiente ou eram de foro mágico-religioso ou não constituíam ainda problema, como é o caso do meio ambiente. Certamente, o bem-estar a que se refere o estado de saúde perfeita possui um grande número de vertentes. Por outro lado, a saúde também se secundariza, no sentido de não ser propriedade e responsabilidade do indivíduo, mas de terceiros, médicos e diversos técnicos de um sistema público Pressuposições da saúde como bem-estar Diante do que foi apontado acima, a Organização Mundial de Saúde define a vida saudável como um completo bem-estar e não apenas como ausência de doenças ou enfermidades. Aprofundemo-nos um pouco no que significa esta definição. Num estudo sobre o ethos do progresso bioquímico, Jürgen Moltmann identifica quatro visões do mundo que podemos utilizar como pressuposições do conceito de saúde. Em

15 14 primeiro lugar, o desenvolvimento tem como ponto de mira um mundo asséptico, isto é, extremamente limpo. Isso significa que a vitória sobre as bactérias e os vírus levará ao domínio das doenças infecciosas e à criação de um universo quimicamente puro. Em segundo lugar, o desenvolvimento dos psico-fármacos persegue a utopia de uma vida sem dor. Em seguida, o domínio das técnicas de transplante de órgãos gera a idéia da possível substituição das partes do corpo como se fossem peças de um mecanismo, gerando, então, a miragem de uma vida sem fim temporal. Finalmente, a nova genética, conhecendo o programa dos seres humanos, levará à eliminação das doenças hereditárias e, como conseqüência, a uma melhoria da espécie humana e a uma hipotética aceleração da evolução natural 9. Cabe, agora, perguntarmo-nos: será que tal programa corresponde, de fato, a um completo bem-estar da pessoa? A relativa vitória sobre as doenças infecciosas correspondeu a um avanço inegável da qualidade da saúde e da vida. Aumentou bastante a expectativa de vida, reduziu a mortalidade infantil, garantiu a imunidade sobre um grande número de doenças. Os países considerados desenvolvidos possuem uma assistência sanitária que abrange grande parte da população. Mas esta vitória sobre a natureza hostil é apenas fonte de bem-estar para as pessoas? Não dará este fato origem a novas formas de mal-estar? O desenvolvimento da biomedicina favoreceu a explosão demográfica; por sua vez, o domínio sobre parte da seleção natural provocou uma degeneração do patrimônio genético. Este incremento das populações fez aparecer novas formas de competição entre as pessoas, competição na escola e no emprego, que, por sua vez, estão na origem de diversas formas de doenças, principalmente do foro psíquico, mas também, eventualmente, novas formas de vulnerabilidade às infecções de vírus e bactérias. Além das conseqüências sobre o meio ambiente causadas pelos meios químicos de combate aos parasitas, podemos assinalar, 9 MOLTMANN, Jürgen. Etica e progresso biomedico. In: Futuro della creazione: Brescia (Itália), 1980, apud CUNHA, Jorge Teixeira da. Bioética Breve. Apelação (Portugal): Paulus, 2002, p.12.

16 15 sobretudo, novas formas de mal-estar decorrentes da ruptura do equilíbrio entre gerações, este último conseqüência do envelhecimento das sociedades. O mesmo podemos dizer dos novos conflitos surgidos entre pobres e ricos dentro da mesma sociedade e dos mesmos entre povos de continentes ricos e pobres. Sem dúvida, não podemos deixar de considerar que o uso dos psico-fármacos tem uma vantagem evidente na superação da dor e, portanto, na criação de um bem-estar para as pessoas. Mas, aqui também o fenômeno é ambíguo e podemos visualizar o aparecimento de posteriores formas de mal-estar. Um grande exemplo, aqui, é o problema do consumo de drogas e alucinógenos que assume proporções mundiais neste momento. Mas, independentemente disso, podemos perguntar se uma vida sem dor é uma vida saudável, ou, antes, ao contrário, não corresponde a uma evidente desumanização do ser humano. De certa forma, uma vida sem dor não seria uma vida sem afeto e sem amor? Infelizmente, as possibilidades atuais no transplante de órgãos não são ainda satisfatórias, embora correspondam a um avanço inegável na conquista da saúde. Mesmo assim, a sua realização será, certamente, fonte de novos desequilíbrios para a pessoa, vista na sua totalidade. Sem olhar para o mito de uma vida sem fim, monótona, vazia e entediante, percebemos que esta possibilidade é fonte de novos mal-estares na pessoa e na sua unidade de corpo-espírito. Que será feito da dimensão corporal do ser humano numa situação de substituição freqüente de partes do organismo como se tratasse de peças de um mecanismo? Será isto uma situação de saúde perfeita? De que maneira se pode conceber uma melhora da espécie humana, tal como oferecem perspectivas as novas possibilidades da genética, mediante a eliminação de doenças? Não criaremos novas formas de mal-estar e de conflito entre elites robustas e multidões de seres comuns, não modificados?

17 Uma crítica ao conceito moderno de saúde Quando analisamos a visão da saúde humana própria da modernidade com as suas idéias de desenvolvimento, e colocamo-nos na perspectiva de um autêntico bem-estar da pessoa, precisamos reconhecer que corresponde a um real avanço da humanidade em qualidade de vida, porém não deixa de se revelar ambíguo e cheio de deficiências. A situação descrita acima faz coincidir o conceito de saúde com o avanço da medicalização e com o correspondente acréscimo de prestígio e de poder por parte da classe médica. Realmente, entende-se por saúde a ausência de enfermidades e uma grande preocupação preventiva referente a possíveis infecções. No entanto, para além disso, assistimos a uma medicalização de quase todas as fases da vida humana, sobretudo da gestação, nascimento e infância, da fase terminal da vida que precede a morte. Porém, esta expansão do âmbito médico cresce, também, em direção a outros aspectos da vida, como a vida sexual, a nutrição, a educação física, o esporte, o trabalho. Tal aspecto tem sido objeto de crítica por parte de alguns observadores e fala-se até de uma febre higienista que é difícil identificar com o conceito de saúde 10. Outro ponto a ser considerado é que é justo reconhecer que a medicina moderna se preocupa com o bem-estar do indivíduo na sua integralidade, não deixando de ter em conta as interações entre vida física, psíquica e espiritual. Porém, o modo como lida com o corpo humano ocasiona uma nova forma de objetivização do corpo que impossibilita a integração da totalidade das dimensões do ser humano. Apesar de certo acréscimo de derrota das epidemias e acréscimo de bem-estar, assistimos, atualmente, ao aparecimento de novas formas de patologia tanto físicas como 10 CUNHA, Jorge Teixeira da. Bioética Breve. Apelação (Portugal): Paulus, 2002, p. 16.

18 17 psíquicas. Aqui, queremos realçar sobretudo estas últimas, por serem mais significativas para o nosso propósito. A obra de Viktor E. Frankl é inequívoca: as sociedades modernas originam novas formas de neurose provenientes das condições de vida que ele agrupa sob a designação de síndrome da falta de sentido 11. Trata-se de uma nova fonte de mal-estar que mostra como o conceito moderno de saúde é gravemente imperfeito, visto desde a perspectiva do bem-estar da pessoa como tal. Numa palavra, podemos dizer que o conceito moderno de saúde privilegia excessivamente os fatores da eficiência e da capacidade de fruição, ou seja, do gozo, da posse, do desfrute, a capacidade de participar no processo produtivo das sociedades como condição de ter acesso a fruir dos bens produzidos. Porém, reprime outras dimensões que fazem parte do autêntico bem-estar da pessoa O conceito de saúde na Teologia De um ponto de vista teológico, podemos apontar algumas dimensões que não deveriam ser esquecidas pela cultura moderna, para que se possa avançar num programa de autêntico bem-estar da pessoa. Na busca da definição do que seja o bem-estar da pessoa, um ponto crucial é saber o significado que se dá ao sofrimento. De acordo com o seu espírito muito próprio, o pensamento ocidental evitou esta questão, tendo sempre colocado a sua atenção na parte ativa do ser, isto é, na ação e não na paixão, no poder e não no padecer. A teologia participa desse espírito, privilegiando, em geral os atributos de Deus 11 Segundo Viktor Emil Frankl (Viena, 26 de março de de setembro de 1997), existe no ser humano um desejo de sentido. Percebeu que seus pacientes não sofriam exclusivamente de frustrações sexuais ou de complexos como o de inferioridade, mas também do que considerava ser o vazio existencial. A exigência fundamental da pessoa é a plenitude de sentido. Sua filosofia é fundamentalmente otimista e baseada na crença fruto de sua experiência pessoal de que o fim último da existência humana tem uma meta fora da própria pessoa, fim este que lhe dá o sentido da própria existência.

19 18 enquanto poder e ação, deixando na sombra os aspectos de passividade 12 e de abaixamento. Durante muitos séculos, a cristologia e a soteriologia lidaram com visível desconforto com os sofrimentos que acompanham a morte violenta de Cristo. Tal desconforto está visível nas explicações elaboradas para esses sofrimentos. O sentido do sofrimento era tratado como alheio à pessoa de Jesus e à sua relação com Deus. Por sua vez, a imagem de Deus que aceitava ou tolerava o sofrimento do Filho era completamente inaceitável teologicamente. E, no entanto, é necessário dizê-lo, o sofrimento e a morte de Jesus, além de serem conseqüência da injustiça humana, são algo que tem a ver com a relação de Jesus com Deus e, por conseguinte, têm um sentido para a condição humana. Esta dissertação não tem como objetivo levar longe as implicações da afirmação acima, porém, é importante justificá-la brevemente, tanto quanto baste para mostrarmos como a integração do sofrimento na vida pessoal é um dado fundamental para quem deseja iluminar o conceito de saúde como bem-estar da pessoa. Sem cair num qualquer racionalismo para explicar o sofrimento da cruz de Cristo, o teólogo François-Xavier Durrwell 15 faz uma incursão profunda neste mistério. Aproveitando da conhecida distinção da filosofia personalista entre as realidades que pertencem à ordem do ser e as que pertencem à ordem do ter", ele percebe como o sofrimento em geral pertence ao ter" e não pode de modo sadio ser amado pela pessoa. No entanto, aceite livremente, este sofrimento pode sinalizar o autêntico altruísmo e o amor ao semelhante. Vivendo uma condenação injustificada e absurda, no contexto de um processo injusto, Jesus abriu a sua humanidade à plenitude de Deus e realizou humanamente a sua filiação divina. Porém, continua o autor, existe na morte de Jesus um sofrimento que não é da ordem do ter", e sim, do ser : aquele a que se refere o grito Meu Deus, por que me abandonaste? (Mc 14,34). 14 Este termo, aqui, não deve ser entendido num sentido pejorativo, e sim, enquanto, aceitação do sofrimento, atribuindo-lhe um valor próprio, dentro de uma determinada realidade. 15 DURRWELL, François-Xavier. Le Père. Dieu en son mystère. Paris, 1987, p , apud CUNHA, Jorge Teixeira da. Bioética Breve. Apelação (Portugal): Paulus, 2002, p Durrwell é sacerdote redentorista.

20 19 Este sofrimento pertence ao próprio âmbito da relação Pai e Filho. De acordo com a cristologia personalista de Durrwell, o mistério da filiação divina de Jesus realiza-se numa proximidade-distanciamento: Jesus é o Filho de Deus numa intimidade com o Pai, intimidade esta que coincide com a distância existencial mais extrema que é a sua encarnação na semelhança com a carne pecadora. Os psicanalistas lembram justamente que existe um vestígio nas relações humanas deste mistério profundo: o ser humano chega à individualidade e à capacidade de relacionar-se mediante a condição de ser destacado, primeiramente do corpo da sua mãe, posteriormente, separado da intimidade da sua família e, finalmente, do seu corpo, na morte 16. A partir destas breves observações teológicas, suficientes para afirmar um sentido ontológico para a passividade e o sofrimento, podemos concluir que uma compreensão do conceito de saúde apenas como eficiência e como capacidade de desfrutar prazerosamente será necessariamente incompleto. Portanto, para chegarmos a um conceito englobante, temos de incluir algo impopular mas imprescindível, que tem a ver com uma aceitação e certa capacidade para o sofrimento Saúde, sofrimento e finitude O famoso psicoterapeuta Viktor E. Frankl notou como a profissão do médico confrontava-o com pessoas que sofriam, algumas das quais eram pessoas completamente incuráveis e para as quais a condição sofredora tornou-se um destino inevitável. Desde já, podemos nos perguntar se tal condição sofredora não pertence, mais cedo ou mais tarde, a todos os seres humanos. Nestas circunstâncias, continua Frankl, será que o papel do médico 16 CUNHA, Jorge Teixeira da. Bioética Breve. Apelação (Portugal): Paulus, 2002, p. 19.

O Indivíduo em Sociedade

O Indivíduo em Sociedade O Indivíduo em Sociedade A Sociologia não trata o indivíduo como um dado da natureza isolado, livre e absoluto, mas como produto social. A individualidade é construída historicamente. Os indivíduos são

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA Fábio de Araújo Aluno do Curso de Filosofia Universidade Mackenzie Introdução No decorrer da história da filosofia, muitos pensadores falaram e escreveram há cerca do tempo,

Leia mais

LÍDER: compromisso em comunicar, anunciar e fazer o bem.

LÍDER: compromisso em comunicar, anunciar e fazer o bem. ESCOLA VICENTINA SÃO VICENTE DE PAULO Disciplina: Ensino Religioso Professor(a): Rosemary de Souza Gelati Paranavaí / / "Quanto mais Deus lhe dá, mais responsável ele espera que seja." (Rick Warren) LÍDER:

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS. UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS. UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS DIREITO À IGUALDADE, SEM DISTINÇÃO DE RAÇA RELIGIÃO OU NACIONALIDADE Princípio I - A criança desfrutará

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

TIPOS DE RELACIONAMENTOS

TIPOS DE RELACIONAMENTOS 68 Décima-Segunda Lição CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS DE QUALIDADE Quando falamos de relacionamentos, certamente estamos falando da inter-relação de duas ou mais pessoas. Há muitas possibilidades de relacionamentos,

Leia mais

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos:

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos: A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER (1864 1920) Max Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha por volta do século XIX, um pouco mais tarde do que a França, que foi impulsionada pelo positivismo.

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é:

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: a capacidade individual ou social para manter uma orientação constante, imutável, qualquer que seja a complexidade de uma situação

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

FALANDO ABERTAMENTE SOBRE SUICÍDIO

FALANDO ABERTAMENTE SOBRE SUICÍDIO FALANDO ABERTAMENTE SOBRE SUICÍDIO MOMENTO DE DERRUBAR TABUS As razões podem ser bem diferentes, porém muito mais gente do que se imagina já teve uma intenção em comum. Segundo estudo realizado pela Unicamp,

Leia mais

Selecionando e Desenvolvendo Líderes

Selecionando e Desenvolvendo Líderes DISCIPULADO PARTE III Pr. Mano Selecionando e Desenvolvendo Líderes A seleção de líderes é essencial. Uma boa seleção de pessoas para a organização da célula matriz facilitará em 60% o processo de implantação

Leia mais

ESPIRITUALIDADE E EDUCAÇÃO

ESPIRITUALIDADE E EDUCAÇÃO Instituto de Educação infantil e juvenil Outono, 2013. Londrina, de. Nome: Ano: Tempo Início: término: total: Edição IX MMXIII texto Grupo A ESPIRITUALIDADE E EDUCAÇÃO Há alguns meses estamos trabalhando

Leia mais

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior O surgimento do Serviço Social O serviço social surgiu da divisão social e técnica do trabalho, afirmando-se

Leia mais

A ESPERANÇA QUE VEM DO ALTO. Romanos 15:13

A ESPERANÇA QUE VEM DO ALTO. Romanos 15:13 A ESPERANÇA QUE VEM DO ALTO Romanos 15:13 - Ora o Deus de esperança vos encha de toda a alegria e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo. Só Deus pode nos dar uma

Leia mais

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é:

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: Atividade extra Fascículo 3 Sociologia Unidade 5 Questão 1 Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: a. Isolamento virtual b. Isolamento físico c.

Leia mais

O que são Direitos Humanos?

O que são Direitos Humanos? O que são Direitos Humanos? Por Carlos ley Noção e Significados A expressão direitos humanos é uma forma abreviada de mencionar os direitos fundamentais da pessoa humana. Sem esses direitos a pessoa não

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

A origem dos filósofos e suas filosofias

A origem dos filósofos e suas filosofias A Grécia e o nascimento da filosofia A origem dos filósofos e suas filosofias Você certamente já ouviu falar de algo chamado Filosofia. Talvez conheça alguém com fama de filósofo, ou quem sabe a expressão

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

A tecnologia e a ética

A tecnologia e a ética Escola Secundária de Oliveira do Douro A tecnologia e a ética Eutanásia João Manuel Monteiro dos Santos Nº11 11ºC Trabalho para a disciplina de Filosofia Oliveira do Douro, 14 de Maio de 2007 Sumário B

Leia mais

Jesus contou aos seus discípulos esta parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar.

Jesus contou aos seus discípulos esta parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Lc 18.1-8 Jesus contou aos seus discípulos esta parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: "Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,

Leia mais

Avaliação da aprendizagem... mais uma vez

Avaliação da aprendizagem... mais uma vez Avaliação da aprendizagem... mais uma vez Cipriano Carlos Luckesi 1 Artigo publicado na Revista ABC EDUCATIO nº 46, junho de 2005, páginas 28 e 29. Recentemente, tenho acompanhado crianças que saíram de

Leia mais

Voluntário em Pesquisa: informe-se para decidir! Qual documento garante que os meus direitos serão respeitados?

Voluntário em Pesquisa: informe-se para decidir! Qual documento garante que os meus direitos serão respeitados? Ministério da Saúde Conselho Nacional de Saúde Voluntário em Pesquisa: O que é uma pesquisa, afinal de contas? Eu, um sujeito de pesquisa? Qual documento garante que os meus direitos serão respeitados?

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling DILMA MARIA DE ANDRADE Título: A Família, seus valores e Counseling Projeto de pesquisa apresentado como Requisito Para obtenção de nota parcial no módulo de Metodologia científica do Curso Cousenling.

Leia mais

6. Considerações Finais

6. Considerações Finais 6. Considerações Finais O estudo desenvolvido não permite nenhuma afirmação conclusiva sobre o significado da família para o enfrentamento da doença, a partir da fala das pessoas que têm HIV, pois nenhum

Leia mais

Émile Durkheim 1858-1917

Émile Durkheim 1858-1917 Émile Durkheim 1858-1917 Epistemologia Antes de criar propriamente o seu método sociológico, Durkheim tinha que defrontar-se com duas questões: 1. Como ele concebia a relação entre indivíduo e sociedade

Leia mais

ÉTICA E CIÊNCIA: CONFLITO OU CONSENSO? Ekaterina Akimovna Botovchenco Rivera 2012

ÉTICA E CIÊNCIA: CONFLITO OU CONSENSO? Ekaterina Akimovna Botovchenco Rivera 2012 ÉTICA E CIÊNCIA: CONFLITO OU CONSENSO? Ekaterina Akimovna Botovchenco Rivera 2012 1 2 USO DE ANIMAIS ESTÁ CERCADO DE : aspectos emocionais questões religiosas dilemas morais aspectos culturais influenciado

Leia mais

MEIO AMBIENTE E VIDA TEXTO PARA A CAMINHADA DE CORPUS CRISTI A VIDA AMEAÇADA...

MEIO AMBIENTE E VIDA TEXTO PARA A CAMINHADA DE CORPUS CRISTI A VIDA AMEAÇADA... MEIO AMBIENTE E VIDA TEXTO PARA A CAMINHADA DE CORPUS CRISTI Daniel Cenci A VIDA AMEAÇADA... A vida é sempre feita de escolhas. A qualidade de vida resulta das escolhas que fazemos a cada dia. É assim

Leia mais

CONHECIMENTO DA LEI NATURAL. Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural

CONHECIMENTO DA LEI NATURAL. Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural CONHECIMENTO DA LEI NATURAL Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural O que é a Lei Natural? Conceito de Lei Natural A Lei Natural informa a doutrina espírita é a

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO Texto: Apocalipse 22:1-2 Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro, no meio da RUA principal da cidade. De

Leia mais

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2 Homeopatia A Homeopatia é um sistema terapêutico baseado no princípio dos semelhantes (princípio parecido com o das vacinas) que cuida e trata de vários tipos de organismos (homem, animais e plantas) usando

Leia mais

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti Jogos Redes Sociais e Econômicas Prof. André Vignatti Teoria dos Jogos Neste curso, queremos olhar para redes a partir de duas perspectivas: 1) uma estrutura subjacente dos links de conexão 2) o comportamentos

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM Faz aquilo em que acreditas e acredita naquilo que fazes. Tudo o resto é perda de energia e de tempo. Nisargadatta Atualmente um dos desafios mais importantes que se

Leia mais

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SANTOS, Silvana Salviano silvanasalviano@hotmail.com UNEMAT Campus de Juara JESUS, Lori Hack de lorihj@hotmail.com UNEMAT

Leia mais

Os encontros de Jesus O cego de nascença AS TRÊS DIMENSÕES DA CEGUEIRA ESPIRITUAL

Os encontros de Jesus O cego de nascença AS TRÊS DIMENSÕES DA CEGUEIRA ESPIRITUAL 1 Os encontros de Jesus O cego de nascença AS TRÊS DIMENSÕES DA CEGUEIRA ESPIRITUAL 04/03/2001 N Jo 9 1 Jesus ia caminhando quando viu um homem que tinha nascido cego. 2 Os seus discípulos perguntaram:

Leia mais

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014 Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. RESUMO Adriana Vieira de Lima Colégio Marista Arquidiocesano

Leia mais

CARTA DA TERRA PARA CRIANÇAS

CARTA DA TERRA PARA CRIANÇAS 1 CARTA DA TERRA A Carta da Terra é uma declaração de princípios fundamentais para a construção de uma sociedade que seja justa, sustentável e pacífica. Ela diz o que devemos fazer para cuidar do mundo:

Leia mais

Educação de Filhos de 0 a 5 anos. Edilson Soares Ribeiro Cláudia Emília Ribeiro 31/03/2013

Educação de Filhos de 0 a 5 anos. Edilson Soares Ribeiro Cláudia Emília Ribeiro 31/03/2013 Educação de Filhos de 0 a 5 anos Edilson Soares Ribeiro Cláudia Emília Ribeiro 31/03/2013 Bom dia! Aula 4 Nosso Objetivos Educando Filhos segundo a Vontade de Deus Desenvolvimento da criança Influências

Leia mais

Avanços na transparência

Avanços na transparência Avanços na transparência A Capes está avançando não apenas na questão dos indicadores, como vimos nas semanas anteriores, mas também na transparência do sistema. Este assunto será explicado aqui, com ênfase

Leia mais

Nós o Tempo e a Qualidade de Vida.

Nós o Tempo e a Qualidade de Vida. Nós o Tempo e a Qualidade de Vida. Será que já paramos e pensamos no que é o tempo? Podemos afirmar que o tempo é nossa própria vida. E a vida só é vivida no aqui e agora, no efêmero momento entre o passado

Leia mais

A continuidade da vida Roteiro 3

A continuidade da vida Roteiro 3 A continuidade da vida Roteiro 3 FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Livro IV Espiritismo, o Consolador Prometido por Jesus Módulo II A Morte e seus Mistérios Objetivos

Leia mais

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade?

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Texto divulgado na forma de um caderno, editorado, para a comunidade, profissionais de saúde e mídia SBMFC - 2006 Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Não? Então, convidamos você a conhecer

Leia mais

Oração. u m a c o n v e r s a d a a l m a

Oração. u m a c o n v e r s a d a a l m a Oração u m a c o n v e r s a d a a l m a 11 12 O Evangelho relata que por diversas vezes, quando ninguém mais estava precisando de alguma ajuda ou conselho, Jesus se ausentava para ficar sozinho. Natural

Leia mais

O Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo O Planejamento Participativo Textos de um livro em preparação, a ser publicado em breve pela Ed. Vozes e que, provavelmente, se chamará Soluções de Planejamento para uma Visão Estratégica. Autor: Danilo

Leia mais

O DESENHO DO PAR EDUCATIVO: UM RECURSO PARA O ESTUDO DOS VINCULOS NA APRENDIZAGEM 1

O DESENHO DO PAR EDUCATIVO: UM RECURSO PARA O ESTUDO DOS VINCULOS NA APRENDIZAGEM 1 O DESENHO DO PAR EDUCATIVO: UM RECURSO PARA O ESTUDO DOS VINCULOS NA APRENDIZAGEM 1 Ana Maria Rodrigues Muñiz 2 Quando o educador começa a abandonar concepções funcionalistasassociacionistas sobre a aprendizagem

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções:

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: PROJETO DE PESQUISA Antonio Joaquim Severino 1 Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: 1. Define e planeja para o próprio orientando o caminho a ser seguido no desenvolvimento do trabalho

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário Organizando Voluntariado na Escola Aula 1 Ser Voluntário Objetivos 1 Entender o que é ser voluntário. 2 Conhecer os benefícios de ajudar. 3 Perceber as oportunidades proporcionadas pelo voluntariado. 4

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo 2010 Parece, a muitos de nós, que apenas, ou principalmente, o construtivismo seja a ideia dominante na Educação Básica, hoje. Penso, ao contrário, que, sempre

Leia mais

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN. Prof. Helder Salvador

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN. Prof. Helder Salvador ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DE EDITH STEIN Prof. Helder Salvador 3 - A ANTROPOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA PEDAGOGIA. Para Edith Stein existe uma profunda relação entre os termos metafísica, antropologia e pedagogia

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

MARIA, ESTRELA E MÃE DA NOVA EVANGELIZAÇÃO

MARIA, ESTRELA E MÃE DA NOVA EVANGELIZAÇÃO MARIA, ESTRELA E MÃE DA NOVA EVANGELIZAÇÃO anuncie a Boa Nova não só com palavras, mas, sobretudo, com uma vida transfigurada pela presença de Deus (EG 259). O tema da nova evangelização aparece com freqüência

Leia mais

Jo 15.2 = Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.

Jo 15.2 = Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. A Responsabilidade dos Filhos de Deus Texto Base: 1º João 2.6 = Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou. Introdução: O nosso dever é andar como Ele (Jesus) andou.. Todos que O aceitam

Leia mais

Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund*

Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund* 1 Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund* 1. Suporte para lideranças Discuta que ajuda os líderes podem necessitar para efetuar o seu papel efetivamente. Os seguintes podem fornecer lhe algumas idéias:

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 21 Discurso na cerimónia de instalação

Leia mais

SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA

SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA José Ivo dos Santos Pedrosa 1 Objetivo: Conhecer os direitos em saúde e noções de cidadania levando o gestor a contribuir nos processos de formulação de políticas públicas.

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

Todos Batizados em um Espírito

Todos Batizados em um Espírito 1 Todos Batizados em um Espírito Leandro Antonio de Lima Podemos ver os ensinos normativos a respeito do batismo com o Espírito Santo nos escritos do apóstolo Paulo, pois em muitas passagens ele trata

Leia mais

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot Viver com atenção O c a m i n h o d e f r a n c i s c o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot 2 Viver com atenção Conteúdo 1 O caminho de Francisco 9 2 O estabelecimento

Leia mais

Profª. Maria Ivone Grilo Martinimariaivone@superig.com.br

Profª. Maria Ivone Grilo Martinimariaivone@superig.com.br Educação Inclusiva Direito à Diversidade O Ensino comum na perspectiva inclusiva: currículo, ensino, aprendizage m, conheciment o Educação Inclusiva Direito à Diversidade Profª. Maria Ivone Grilo Martinimariaivone@superig.com.br

Leia mais

Para a grande maioria das. fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo.

Para a grande maioria das. fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo. Sonhos Pessoas Para a grande maioria das pessoas, LIBERDADE é poder fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo. Trecho da música: Ilegal,

Leia mais

Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9. I A primeira ideia do texto é o apelo à firmeza da fé.

Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9. I A primeira ideia do texto é o apelo à firmeza da fé. 1 Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9 Introdução: Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre. Não se deixem levar pelos diversos ensinos estranhos. É bom que o nosso coração seja

Leia mais

Amanda Oliveira. E-book prático AJUSTE SEU FOCO. Viabilize seus projetos de vida. www.escolhas-inteligentes.com

Amanda Oliveira. E-book prático AJUSTE SEU FOCO. Viabilize seus projetos de vida. www.escolhas-inteligentes.com E-book prático AJUSTE SEU FOCO Viabilize seus projetos de vida CONTEÚDO À QUEM SE DESTINA ESSE E-BOOK:... 3 COMO USAR ESSE E-BOOK:... 4 COMO ESTÁ DIVIDIDO ESSE E-BOOK:... 5 O QUE É COACHING?... 6 O SEU

Leia mais

Como Estudar a Bíblia

Como Estudar a Bíblia Como Estudar a Bíblia Caderno de Estudos Por David Batty Estudos em Grupo Para Novos Cristãos 2 Direitos Reservados 2003 Comitê Acadêmico do Teen Challenge Internacional, EUA. Todos os direitos, incluindo

Leia mais

COMPORTAMENTO SEGURO

COMPORTAMENTO SEGURO COMPORTAMENTO SEGURO A experiência demonstra que não é suficiente trabalhar somente com estratégias para se conseguir um ambiente de trabalho seguro. O ideal é que se estabeleça a combinação de estratégias

Leia mais

1. Você escolhe a pessoa errada porque você espera que ela mude após o casamento.

1. Você escolhe a pessoa errada porque você espera que ela mude após o casamento. 10 Maneiras de se Casar com a Pessoa Errada O amor cego não é uma forma de escolher um parceiro. Veja algumas ferramentas práticas para manter os seus olhos bem abertos. por Rabino Dov Heller, Mestre em

Leia mais

7 E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. 8 Porque três são os que dão testemunho: o Espírito, e a água, e o sangue; e

7 E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. 8 Porque três são os que dão testemunho: o Espírito, e a água, e o sangue; e I João 1 1 O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida 2 (pois a vida foi manifestada, e nós

Leia mais

Mudança gera transformação? Mudar equivale a transformar?

Mudança gera transformação? Mudar equivale a transformar? Mudança gera transformação? Mudar equivale a transformar? Seminário Síntese de Adequações/Inovações no Estudo Doutrinário Espírita Federação Espírita Brasileira Janeiro/2015 JESUS Conhecereis a Verdade

Leia mais

Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens

Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens A obra salesiana teve início em Turim, na Itália, onde Dom Bosco colocou em prática seus ideais de educação associados ao desenvolvimento

Leia mais

Orientações para Palestras

Orientações para Palestras Orientações para Palestras Caro Palestrante, confeccionamos este documento para ajudá-lo a fazer uma apresentação memorável. Sinta-se à vontade para enviar contribuições de modo que possamos aperfeiçoá-lo.

Leia mais

TRADIÇÃO. Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO 2013 2014 1. TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2.

TRADIÇÃO. Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO 2013 2014 1. TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2. TRADIÇÃO JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO 2013 2014 1. TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2. A TRANSMISSÃO DO TESTEMUNHO APOSTÓLICO 3. TRADIÇÃO, A ESCRITURA NA IGREJA Revelação TRADIÇÃO Fé Teologia

Leia mais

Predestinação. Aula 15/06/2014 Prof. Lucas Rogério Caetano Ferreira

Predestinação. Aula 15/06/2014 Prof. Lucas Rogério Caetano Ferreira Aula 15/06/2014 Prof. Lucas Rogério Caetano Ferreira S S O homem é pecador Romanos 3:9-18 S Pecadores merecem a morte Genesis 2:17, Romanos 6:23 S Portanto, se é para Deus ser justo e dar somente o que

Leia mais

Educação para a Cidadania linhas orientadoras

Educação para a Cidadania linhas orientadoras Educação para a Cidadania linhas orientadoras A prática da cidadania constitui um processo participado, individual e coletivo, que apela à reflexão e à ação sobre os problemas sentidos por cada um e pela

Leia mais

MONTEIRO, Eduardo...[et al.]. Ensino Religioso Ensino Médio. A Vida é Mais educação e valores. Belo Horizonte: PAX Editora, 2010. p. 158.

MONTEIRO, Eduardo...[et al.]. Ensino Religioso Ensino Médio. A Vida é Mais educação e valores. Belo Horizonte: PAX Editora, 2010. p. 158. SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA UNIDADE: DATA: / / 03 III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA.º ANO/EM PROFESSOR(A): VALOR: MÉDIA: RESULTADO: %

Leia mais

A PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA: SERÁ QUE EU CONSIGO? UM ENFOQUE PSICOLÓGICO 1

A PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA: SERÁ QUE EU CONSIGO? UM ENFOQUE PSICOLÓGICO 1 A PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA: SERÁ QUE EU CONSIGO? UM ENFOQUE PSICOLÓGICO 1 Márcia Pilla do Valle 2 Todos sabemos que a prática de uma atividade física é fundamental para a saúde do indivíduo. Cada vez

Leia mais

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Teorias da Administração Aula 3 Teoria Científica Taylorismo (Continuação) Taylor observou que, ao realizar a divisão de tarefas, os operários

Leia mais

EMILE DURKHEIM E O FATO SOCIAL

EMILE DURKHEIM E O FATO SOCIAL EMILE DURKHEIM E O FATO SOCIAL EMILE DURKHEIM (1858-1917) -Livro: as regras do Método Sociológicos (1895) -Relações entre indivíduo e sociedade -Contribuição: a sociologia é uma disciplina que pode ser

Leia mais

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Pensar na realidade é pensar em transformações sociais. Atualmente, temos observado os avanços com relação à

Leia mais

A Busca. Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas. Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas. encontrar uma trama em comum?

A Busca. Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas. Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas. encontrar uma trama em comum? A Busca Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas em livros e filmes podemos encontrar uma trama em comum? Alguém, no passado, deixouse

Leia mais

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

MÓDULO 5 O SENSO COMUM MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,

Leia mais

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar

Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar Aula 1 Uma visão geral das comorbidades e a necessidade da equipe multidisciplinar Nesta aula, apresentaremos o panorama geral das comorbidades envolvidas na dependência química que serão estudadas ao

Leia mais

A transmissão da fé na Família. Reunião de Pais. Família

A transmissão da fé na Família. Reunião de Pais. Família A transmissão da fé na Família Reunião de Pais Família Plano Pastoral Arquidiocesano Um triénio dedicado à Família Passar de uma pastoral sobre a Família para uma pastoral para a Família e com a Família

Leia mais

Junto com todos os povos da Terra nós formamos uma grande família. E cada um de nós compartilha a responsabilidade pelo presente e pelo futuro

Junto com todos os povos da Terra nós formamos uma grande família. E cada um de nós compartilha a responsabilidade pelo presente e pelo futuro para crianças Junto com todos os povos da Terra nós formamos uma grande família. E cada um de nós compartilha a responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo

Leia mais

Buscamos compreender como ocorrem os processos de desenvolvimento humano, organizacional e social

Buscamos compreender como ocorrem os processos de desenvolvimento humano, organizacional e social instituto fonte... Buscamos compreender como ocorrem os processos de desenvolvimento humano, organizacional e social e a arte de neles intervir. Buscamos potencializar a atuação de iniciativas sociais,

Leia mais