Escola Superior Nacional de Seguros Curso de Pós-Graduação MBA em Gestão Jurídica em Seguros e Resseguro

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Escola Superior Nacional de Seguros Curso de Pós-Graduação MBA em Gestão Jurídica em Seguros e Resseguro"

Transcrição

1 1 Escola Superior Nacional de Seguros Curso de Pós-Graduação MBA em Gestão Jurídica em Seguros e Resseguro Alunos: Alessandra Xavier de Oliveira Coelho Jacó Carlos Silva Coelho O Suicídio no Seguro de Vida, novo Entendimento do Superior Tribunal de Justiça Artigo. MBA Gestão Jurídica em Seguros e Resseguro. Goiânia, abril de 2015

2 2 Escola Superior Nacional de Seguros Curso de Pós-Graduação MBA em Gestão Jurídica em Seguros e Resseguro Alunos: Alessandra Xavier de Oliveira Coelho Jacó Carlos Silva Coelho O Suicídio no Seguro de Vida, novo Entendimento do Superior Tribunal de Justiça Artigo apresentado como avaliação da Disciplina Direito do Consumidor sob a Ótica do Seguro e Atividade Seguradora, MBA Gestão Jurídica em Seguros e Resseguro, sob a orientação do professor Angélica Carlini. Goiânia, abril de 2015

3 3 O SUICÍDIO NO SEGURO DE VIDA, NOVO ENTENDIMENTO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Alessandra Xavier de Oliveira Coelho 1 Jacó Carlos Silva Coelho 2 RESUMO: 1. A seguradora não tem obrigação de indenizar suicídio cometido dentro do prazo de carência de dois anos da assinatura do contrato de seguro de vida. O artigo 798 do Código Civil de 2002, que trata do tema, inovou trazendo um critério temporal objetivo, que não dá margem a interpretações subjetivas quanto à premeditação ou à boa-fé do segurado. A intenção do legislador foi, justamente, evitar a difícil prova de premeditação. A seguradora, todavia, é obrigada a devolver ao beneficiário o montante da reserva técnica já formada. 2. Este o novo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, que rompe com o que vinha norteando suas as decisões desde No período de carência previsto na lei há cobertura para outros tipos de morte, mas não para o suicídio. 4. Findo o prazo de dois anos, ocorrendo o suicídio, não poderá a seguradora se eximir do pagamento do seguro, por mais evidente que seja a premeditação. Palavras-chave: Seguro de Vida. Suicídio. Premeditação. Carência. ABSTRACT: 1. The insurer has no obligation to indemnify committed suicide within the grace period of two years from the signing of the life insurance contract. Article 798 of the Civil Code of 2002, which deals with the theme, innovated bringing a temporal objective criteria, which does not give rise to subjective interpretations as to 1 A autora possui graduação em Pedagogia e Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC/GO). É especialista em Educação Infantil pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. É Gerente Administrativo- Financeira e Recursos Humanos do escritório Jacó Coelho Advogados Associados SS. 2 O autor possui graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC/GO). É especialista em Direito Processual Civil pelo Centro Universitário de Goiás, em Direito Civil Obrigações pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG), em MBA Executivo em Seguros e Resseguros pela Escola Nacional de Seguros (ENS/RJ). Foi professor da Universidade Salgado de Oliveira, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC/GO), da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Fundação Escola Nacional de Seguros (FUNENSEG). É advogado há 21 anos, Sócio-Fundador e Diretor Executivo do escritório Jacó Coelho Advogados Associados SS, atuante em direito securitário na defesa do mercado segurador brasileiro.

4 4 premeditation or good faith of the insured. The legislature's intention was precisely to avoid the ordeal of forethought. The insurer, however, is required to return to the beneficiary the amount of the technical reserves already formed. 2. This new understanding of the Superior Court of Justice, that breaks with what was guiding their decisions since The grace period provided in the law's coverage for other types of death, but not for suicide. 4. At the expiry of two years, occurring suicide, the insurer can not be exempt from the insurance payment, no matter how obvious it is premeditation. Keywords: Life Insurance. Suicide. Forethought. Shortage. INTRODUÇÃO A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, na vigência do Código Civil de 1916, consolidou o entendimento de que o suicídio não intencional, involuntário, ou não premeditado, não retira do beneficiário de contrato de seguro de vida o direito à indenização pela morte do segurado. A partir do início de vigência do Código Civil de 2002 surgiram duas correntes doutrinárias: A primeira entende que é irrelevante tenha sido, ou não, o suicídio premeditado, pois a única restrição trazida pelo artigo 798 é de ordem temporal; a segunda sustenta que o referido dispositivo não teve o condão de revogar a jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça, cristalizada na Súmula 61, sobretudo porque a lei não poderia presumir a má-fé de um dos contratantes, sendo um dos fundamentos principais do Código Civil, justamente, a boa-fé. As Turmas que compunham a Segunda Seção alternaram seus entendimentos após o advento do Código Civil de 2002, até que em 2011 prevaleceu a segunda corrente doutrinária-jurisprudencial. Em 08 de abril de 2015 iniciou-se o julgamento do Recurso Especial n GO, cujo recurso foi interposto pelo advogado que subscreve o presente artigo, no qual Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, rompeu com o entendimento então consolidado.

5 5 O entendimento que prevaleceu foi no sentido de que o artigo 798 do Código Civil tem redação clara, que não permite interpretação diversa, em não mais ensejar a discussão a respeito do suicídio haver sido premeditado ou não, quando ocorrido no prazo de dois anos seguintes ao contrato. 1 ENTENDIMENTO NA VIGÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL DE 1916 A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, na vigência do Código Civil de 1916, consolidou o entendimento de que o suicídio não intencional, involuntário, ou não premeditado, não retira do beneficiário de contrato de seguro de vida o direito à indenização pela morte do segurado. Neste sentido o acórdão proferido nos autos do Recurso Especial n MS, relator Ministro Eduardo Ribeiro: "SEGURO - ACIDENTES PESSOAIS. O SUICÍDIO NÃO PREMEDITADO É DE CONSIDERAR-SE ABRANGIDO PELO CONCEITO DE ACIDENTE PARA FINS DE SEGURO. INVALIDADE DA CLÁUSULA EXCLUDENTE DESSE RISCO." O Código Civil de 1916 tratava da matéria no artigo 1440, que dispunha que a vida poderia ser objeto de contrato de seguro, desde que contra riscos possíveis, como a morte involuntária. O parágrafo único desse artigo considerava expressamente como morte voluntária a decorrente de duelo e de suicídio premeditado, por pessoa em seu juízo. O suicídio involuntário ou não premeditado tinha cobertura securitária, independentemente de prazo de carência, pois nesses casos o risco se apresentava com suas características de fato aleatório, esse o entendimento da doutrina e da jurisprudência de então. O Ministro Raul Araújo, no julgamento do Recurso Especial n RS, cita acórdão da relatoria Ministro BARROS MONTEIRO, no julgamento do Recurso

6 6 Especial n. 194/PR que, invocando a lição do grande Clóvis Beviláqua, assim tratou o tema: "O suicídio involuntário ou não premeditado, dá-se quando o agente não se acha no gozo de seu juízo perfeito. Opõe-se ao suicídio voluntário ou premeditado, que se caracteriza pela consciente e racional intenção da vítima de matar-se. Traz-se a lume, a propósito, o clássico ensinamento de Clóvis no sentido de que "o suicídio para anular o seguro deve ser conscientemente deliberado, porque será igualmente um modo de procurar o risco, desnaturando o contrato. Se, porém o suicídio resultar de grave, ainda que subtânea, perturbação da inteligência, não anulará o seguro. A morte não se poderá, neste caso, considerar voluntária; será uma fatalidade; o indivíduo não a quis, obedeceu a forças irresistíveis." (Comentários, Vol. IV, p. 571)." Nessa ordem de ideias o Superior Tribunal de Justiça equiparava o suicídio não premeditado a um acidente, o que autorizava o pagamento da indenização pela morte do segurado. Neste sentido o acórdão proferido no Recurso Especial /RS, relatora Ministra NANCY ANDRIGHI: ''Recurso especial. Seguro de vida. Embargos de declaração. Ausência de omissão, contradição ou obscuridade. Ausência de prequestionamento. Suicídio não-premeditado. Acidentes pessoais. - Os embargos de declaração são corretamente rejeitados quando o acórdão recorrido aprecia os temas levantados pelas partes, não havendo omissão, contradição ou obscuridade. - O prequestionamento dos dispositivos legais tidos como violados constitui requisito essencial para admissibilidade do recurso especial. - O suicídio não premeditado à época da contratação do seguro deve ser considerado abrangido pelo conceito de acidente para fins de seguro. - Recurso conhecido em parte e não provido. (REsp /RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, DJ 23/06/2003) O Supremo Tribunal Federal firmou seu entendimento na súmula 105: Salvo se tiver havido premeditação, o suicídio do segurado no período contratual de carência não exime o segurador do pagamento do seguro. O Superior Tribunal de Justiça sedimentou seu entendimento na súmula 61: O seguro de vida cobre o suicídio não premeditado. A jurisprudência, à época das edições das súmulas referidas, consolidou-se no sentido de que a involuntariedade do suicídio era presumida, admitindo prova em sentido contrário, ônus que recairia sobre a seguradora, que deveria provar a premeditação para ver-se eximida de sua responsabilidade. Neste sentido:

7 7 ''AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGURO. SUICÍDIO. NÃO PREMEDITAÇÃO. RESPONSABILIDADE DA SEGURADORA. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. O suicídio não premeditado ou involuntário, encontra-se abrangido pelo conceito de acidente pessoal, sendo que é ônus que compete à seguradora a prova da premeditação do segurado no evento, pelo que se considerada abusiva a cláusula excludente de responsabilidade para os referidos casos de suicídio não premeditado. Súmula 83/STJ Precedentes. 2. ''Salvo se tiver havido premeditação, o suicídio do segurado no período contratual de carência não exime o segurador do pagamento do seguro." Súmula 105/STF. 3. Agravo regimental improvido." (AgRg no Ag /MG, Rel. Ministro HÉLIO QUAGLIA BARBOSA, QUARTA TURMA, DJ 10/12/2007) 2 ENTENDIMENTO NA VIGÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL DE Primeira Fase: Alternância de Entendimentos A partir de 2010, quando iniciaram os julgamentos da questão do suicídio no Superior Tribunal de Justiça, as Terceira e Quarta Turmas alternaram seus entendimentos quanto à melhor interpretação do artigo 798 do Código Civil de 2002, dependendo a composição de Ministros. Os Ministros João Otávio de Noronha, Maria Isabel Gallotti, Fernando Gonçalves e Sidnei Benetti entendiam ser irrelevante tenha sido, ou não, o suicídio premeditado, pois a única restrição trazida pelo Código Civil de 2002 era de ordem temporal. Os Ministros Nancy Andrighi, Luis Felipe Salomão, Raúl Araújo, Aldir Passarinho Júnior, Paulo de Tarso Sanseverino e o Desembargador Convocado Vasco Della Giustina entendiam que dispositivo citado, não teve o condão de revogar a jurisprudência tranquila do Superior Tribunal de Justiça, sobretudo porque a lei não poderia presumir a má-fé de um dos contratantes, sendo a boa-fé um dos fundamentos principais do Código Civil.

8 8 2.2 Segunda Fase: Interpretação Subjetiva A Difícil Prova da Premeditação Nos Dois Primeiros Anos A partir de 13 de abril de 2011, no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de Instrumento RS, prevalece a corrente segundo a qual o artigo 798 do Código Civil de 2002, não teve o condão de revogar a jurisprudência tranquila do Superior Tribunal de Justiça, sobretudo porque a lei não poderia presumir a má-fé de um dos contratantes. A interpretação literal do artigo 798 do Código Civil confronta com o entendimento consolidado na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça há décadas, firmada na vigência do Código Civil de 1916, de que o suicídio sem premeditação não afasta o dever da seguradora de indenizar o beneficiário de contrato de seguro de vida. A norma deve ser interpretada de forma extensiva, tomando-se como base os princípios que nortearam a redação do novo Código, entre os quais o princípio da boa-fé e da função social do contrato. O Ministro Luis Felipe Salomão, no julgamento do Recurso Especial PR, citando Vicente Ráo, sustenta a aplicação do método de interpretação lógico-sistemático na busca da melhor solução exegética ao tema: "Os processos filológico e lógico-analítico se detêm no conteúdo do texto, ou disposição; ao passo que o processo lógico-sistemático introduz, no exame dos textos, elementos estranhos, pois realiza o confronto de um texto com outro texto da mesma lei (exame do contexto da lei), ou com os textos das outras leis do mesmo sistema jurídico, ou, até mesmo, com textos de outros sistemas positivos (direito comparado), desde que todos versem sobre o mesmo instituto, ou a mesma relação. Melhor se apura o pensamento contido em uma sentença, quando se a enquadra na ordem sistemática do conjunto das disposições de que faz parte, ou quando se a confronta com disposições outras, mas ligadas todas, entre si, por identidade ou afinidade de princípios". (RÁO, Vicente. O Direito e Vida dos Direitos. São Paulo: Editora dos Tribunais, 2004.p.517) Assim o artigo 798 do Código Civil deve ser interpretado em conjunto com os artigos 113 e 422, do mesmo diploma legal, adiante transcritos:

9 9 Art Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. Art Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. A partir da interpretação conjunta dos referidos artigos, fundamenta o Ministro Luis Felipe Salomão, nega-se a possibilidade de que alguém contrate um seguro de vida e, depois, cometa suicídio, e que a lei estabeleça uma presunção absoluta para beneficiar as seguradoras. Jones Figueiredo Alves doutrina que: O princípio da boa-fé não apenas reflete uma norma de conduta. Consubstancia a eticidade orientadora da construção jurídica do novo Código Civil. É, em verdade, o preceito paradigma na estrutura do negócio jurídico, do qual decorrem diversas teorias, dentre as quais a teoria da confiança tratada por Cláudia Lima Marques no alcance da certeza e segurança que devem emprestar efetividade aos contratos. (...) Sublinha Ronnie Preuss Duarte que 'apesar de a lei não trazer o conteúdo da cláusula geral de boa-fé, é importante se ter em conta que a noção de boa-fé não varia conforme o caso concreto. Não se confunde com a equidade (justiça do caso concreto), na qual, para cada hipótese de julgamento, ter-se-á uma diferente solução. Pelo contrário, a boa-fé se funda em critérios que, tanto quanto possível diante da largueza da noção, sejam objetivos. A objetivação da boa-fé é um imperativo da segurança jurídica, que não fica ao arbítrio da noção de justo, vislumbrada pelo juiz na aplicação do caso concreto." (ALVES, Jones Figueiredo. Art Código Civil Comentado. Coord. Regina Beatriz Tavares da Silva. São Paulo: Saraiva, p.382) Judith Martins-Costa, ensina: "Segundo já assinalava Couto e Silva na década de 60, 'não se pode recusar a existência de relação entre a hermenêutica integradora e o princípio da boa-fé'. Com efeito, a primeira função, hermenêutica integrativa, é a mais conhecida: atua aí boa-fé como kanon hábil ao preenchimento de lacunas, uma vez que a relação contratual consta de eventos e situações, fenomênicos e jurídicos, nem sempre previstos ou previsíveis pelos contratantes. A conjuntiva que assinala a denominação desta função deve ser bem marcada. 'Em muitos casos' - é novamente Clóvis do Couto e Silva que o ensina - 'é difícil determinar, com firmeza, o que é resultado do princípio da boa-fé e o que é conquista da interpretação integradora'. Esta, embora sirva para 'aumentar o conteúdo do negócio jurídico', tem, todavia, como ponto nuclear, 'a pesquisa e explicitação volitiva das partes no momento da constituição do negócio, não abrangendo, por conseqüência, as mesmas situações atingidas pelo princípio da boa-fé, o qual traça uma órbita bem mais ampla, assumindo, por vezes, função limitadora de direitos (...) e

10 10 alcançando todos os momentos e fases do vínculo, desde o seu nascimento até o adimplemento de deveres e obrigações". (...) Os passos essenciais à plena realização desta técnica hermenêutica se inicial com a constatação de que, na interpretação das normas contratuais deve cuidar o juiz de considerá-las como um conjunto significativo, partindo para tal escopo, do complexo contratual concretamente presente - o complexo de direitos e deveres instrumentalmente postos para a consecução de certa finalidade e da função social que lhes é cometida. Em todo e qualquer contrato, mas com particular relevância nos de trata sucessivo ou de execução diferida, as cláusulas e disposições contratuais não devem ser apartadas do conjunto formado pelas demais disposições que, eventualmente, passaram a integrar o complexo contratual ao longo do tempo de sua vigência. Por igual, infletem na formação deste conjunto significativo as circunstâncias concretas do desenvolvimento e da execução contratual visualizadas como um todo". (Martins Costa, Judith. A boa-fé no direito privado: sistema e tópica no processo obrigacional. São Paulo: Editora dos Tribunais, p.428/430) A corrente admite que o suicídio é morte intencional auto-inflingida, associada, na maioria das vezes, a distúrbios mentais ou emocionais. Todavia, busca fundamento na jurisprudência do Código Civil de 1916, especialmente na distinção entre o suicídio voluntário e o involuntário. O suicídio involuntário é provocado pelo segurado que se acha no gozo perfeito de sua saúde mental, representando sua morte uma fatalidade, enquanto que no suicídio voluntário a vítima deliberadamente procura o risco, tendo por objetivo justamente desnaturar o contrato realizado a fim de beneficiar terceiro. O Ministro Luis Felipe Salomão fundamenta ainda seu entendimento em precedente do Ministro Orosimbo Nonato: "De resto, ainda que dúvida houvesse, não seria demais invocar-se, no caso, a equidade e lembrar que se trata de contrato de adesão, em que a interpretação deve ser feita com maior benegidade com respeito ao segurado, exatamente porque se trata de contrato impresso, que contém cláusulas a que a parte adere, sem maior exame. Demais disso, o saber se o suicídio foi voluntário ou involuntário constitui 'questio facti' que o Tribunal 'a quo' resolveu, entendendo-se tratar-se de suicídio involuntário. Os autores, em sua grande maioria, entendem que a presunção é a da involuntariedade do suicídio e que o suicídio involuntário é equiparável à morte natural e, pois, devem os beneficiários receber o seguro. É essa, ao propósito, a opinião de Josserand: 'Em príncipe, lê suicide de l'assuré,souscriteur de l'apoiice, met pas em ouvre l'obligation de l'assureur du moin sfl est volontaire..." (Com. Vol. li, p. 746, n ) De acordo com a opinião do eminente jurista francês ainda se encontra lições de Ramella, Vivante, Planiol, Planiolet Ripert e, entre nossos juristas

11 11 as de J.J. Carvalho Santos, João Luiz, Olavo de Andrade e outros." (RE 27229, Relator(a): Min. HAHNEMANN GUIMARAES, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/12/1954, ADJ DATA PP EMENT VOL PP EMENT VOL PP-00711) Ainda, Clóvis Beviláqua, lembrado em precedente paradigmático do Min. Barros Monteiro, também explica que: "Traz-se a lume, a propósito, o clássico ensinamento de Clóvis no sentido de que 'o suicídio para anular o seguro deve ser conscientemente deliberado, porque será igualmente um modo de procurar o risco, desnaturando o contrato. Se, porém, o suicídio resultar de grave, ainda que subtânea, perturbação da inteligência, não anulará o seguro. A morte não se poderá, neste caso, considerar voluntária: será uma fatalidade; o indivíduo não a quis, obedeceu a forças irresistíveis (Comentários, vol. IV, pág. 571)". (REsp 194/PR Rel. Ministro BARROS MONTEIRO, QUARTA TURMA, julgado em 29/08/1989, DJ 02/10/1989 p ) A única interpretação sistemática do art. 798 do Código Civil, quando compatibilizado com os artigos 113 e 422, do mesmo diploma, é de que, caso o suicídio ocorra durante o período contratual de dois anos, para que a seguradora se exima do pagamento do seguro, deve comprovar que houve a premeditação, conforme as Súmulas 105 do STF e 61 do STJ. Daí não haverá a obrigação de indenizar apenas quando o segurado falecer em razão de suicídio premeditado dentro do prazo de carência estipulado pelo art. 798 do Código Civil, cabendo à seguradora o ônus da prova de que houve premeditação no suicídio durante esse período. Pereira: Cita o fundamento doutrinário da obra atualizada de Caio Mário da Silva "Esta regra deve ser interpretada no sentido de que após dois anos da contratação do seguro presume-se que o suicídio não foi premeditado. Se o suicídio ocorrer menos de dois anos após a contratação do seguro, caberá a seguradora demonstrar que o segurado assim fez exclusivamente para obter em favor de terceiro o pagamento da indenização. Essa prova de premeditação é imprescindível, sob pena do segurador obter enriquecimento sem causa, diante das pesquisas da ciência no campo da medicina envolvendo a patologia da depressão. Essa tinha sido a solução sugerida por mim no Código das Obrigações, e adotada no Código de 2002". (PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. V.3. Rio de Janeiro: Forense, 2007.p.467)

12 12 Carlos Roberto Gonçalves, por sua vez ensina: "A nova regra deve ser interpretada, portanto, no sentido de que, após dois anos da contratação do seguro, presume-se que o suicídio não foi premeditado. Se este ocorrer antes da consumação do referido prazo, caberá à seguradora demonstrar que o segurado assim agiu exclusivamente para obter em favor de terceiro o pagamento de indenização". (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. São Paulo: Saraiva, p.498) Jones Figueiredo Alves, um dos que auxiliaram a redação do novo Código Civil também ensina: "A norma, ao introduzir lapso temporal no efeito da cobertura securitária em caso de suicídio do segurado, recepciona a doutrina italiana, onde o prazo de carência especial é referido como spatio deliberandi. Esse prazo de inseguração protege o caráter aleatório do contrato diante de eventual propósito de o segurado suicidar-se. Assim, depois de passados dois anos de celebração do contrato, se vier o segurado a suicidar-se, poderá o beneficiário, independentemente de qualquer comprovação quanto à voluntariedade, ou não, do ato suicida praticado, reclamar a obrigação. Observa-se que o preceito veio em abona à pessoa do beneficiário, em detrimento das companhias seguradoras, que, amiúde, se valiam de eventuais suicídios para se desonerarem da obrigação, ao argumento de que teria sido premeditado o evento". (ALVES, Jones Figueiredo. ln Código Civil Comentado. Ricardo Fiúza (coord). São Paulo: Saraiva, p. 724/725) Manoel Bezerra Filho, ao comentar esse ponto, explica: "E, como é certo, o art. 798 não confronta o entendimento sumulado há quase quarenta anos e que vem sendo seguido rigidamente por todo o Judiciário Brasileiro, pois embora felizmente não vinculante, reconhecem os juízes nestas súmulas a interpretação mais de acordo com o bom direito, com o justo. Na realidade, o art. 798 veio apenas, para fixação da posição, inserir-se no espaço deixado entre as súmulas do STF e do STJ, as quais, aparentemente idênticas, deixaram um campo extremamente longo, aberto à discussão. Observa-se que a súmula de quase meio século do STF estabelece a obrigatoriedade de pagamento do seguro ressalvando apenas a hipótese de suicídio premeditado, estabelecendo que o pagamento é devido mesmo que a morte tenha ocorrido "no período contratual de carência". Já a súmula do STJ, sintomaticamente, eliminou a menção à carência, dizendo simplesmente que é devida a indenização em caso de suicídio não premeditado. Da comparação entre ambas as súmulas, verifica-se que o STJ não se limitou simplesmente a reeditar o entendimento anteriormente sumulado pelo STF; fez mais do que isto, pois deixou implícita a possibilidade de negativa de pagamento se o suicídio ocorresse no período de carência. Exatamente nesta diferença de entendimento entre as duas súmulas é que veio o novo Código, de forma correta e tranquilizadora, trazer determinação que afasta qualquer dúvida quanto carência.

13 13 Sistematicamente, o art. 798 esclareceu de vez ser possível estabelecer prazo de carência para contratos de seguro, na esteira do art. 797, que prevê essa possibilidade para qualquer contrato de seguro." (BEZERRA FILHO, Manoel Justino. O suicídio do segurado ante o novo Código Civil. ln. Aspectos Controvertidos do Novo Código Civil. ALVIM, Arruda [et al] (coord). São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p.463) Destarte, para esta corrente, que prevaleceu entre 2011 e 2014, o artigo 798 não vai de encontro às súmulas 105/STF e 61/STJ, mas as complementa, fixando um período de carência no qual, em caso de premeditação, a cláusula de não indenizar é válida. Por fim, cabe lembrar que não seria toda premeditação que invalidaria o dever de indenizar durante o período de carência, apenas aquela ocorrida durante a contratação. Todavia, não provando o segurador a premeditação, subsiste o dever de indenizar. Após o prazo de dois anos o segurador não poderia mais discutir a ocorrência de suicídio, devendo indenizar em todas as hipóteses. 2.2 Terceira Fase: Interpretação Objetiva Ausência de Cobertura para o Suicídio Ocorrido Nos Dois Primeiros Anos do Contrato A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Especial /GO, no último dia 08 de abril de 2015, rompeu com o entendimento anterior, concluindo que basta o fato objetivo da ocorrência do suicídio durante os dois anos seguintes à contratação do seguro, para afastar a pretensão à indenização, nos termos do art. 798 do Código Civil de Esta corrente doutrinária, tão bem exposta pelo Ministro Sidnei Beneti, em seu voto proferido no julgamento do Recurso Especial RS, acabou prevalecendo em julgamento inédito, que alterou o entendimento anterior por sete votos a um, segundo o qual o legislador estabeleceu critério objetivo no artigo 798 do Código Civil. Trata-se de inovação do atual Código Civil ao erigir a norma do art. 798 e Parágrafo Único para afastar a discussão, até então existente, quanto à premeditação ou não do suicídio pelo segurado, substituindo, portanto esta

14 14 discussão pelo critério objetivo do fator tempo de dois anos de contratação do seguro. Segundo a lição do Ministro Sidnei Beneti, o artigo 798 do Código Civil é claro, com redação de clareza transparente, que não permite interpretação diversa, em não mais ensejar a discussão a respeito do suicídio haver sido premeditado ou não premeditado, quando ocorrido no prazo de dois anos seguintes ao contrato, mas, ao contrário, focaliza exclusivamente o fato objetivo da exigência do tempo de dois anos para o implemento do aludido direito à indenização. Em seu voto vencido, proferido em 07 de dezembro de 2010, no julgamento do Recurso Especial RS, manifestou o seguinte entendimento: O art. 798 do Código Civil é claro, com redação de clareza transparente, que não permite interpretação diversa, em não mais ensejar a discussão a respeito de o suicídio haver sido premeditado ou não premeditado, quando ocorrido no prazo de dois anos seguintes ao contrato, mas, ao contrário, focaliza exclusivamente o fato objetivo da exigência do tempo de dois anos para o implemento do aludido direito à indenização É bem sabido que a redação taxativa desse dispositivo legal resultou de tomada de posição pelo legislativo nacional quando da elaboração do Código Civil de 2002, chegando-se ao prazo de carência de dois anos como solução de compromisso setorial, redigindo-se comando normativo claro e inequívoco, para tornar extremamente objetivos os casos de cobertura e de não cobertura securitária e, em conseqüência, para impedir o grassar de discussões penosas a respeito da premeditação, ou não do suicídio, sempre permeadas por intenso subjetivismo, como decorria das Súmulas 105 do C. Supremo Tribunal Federal e 61 do Superior Tribunal de Justiça, que dispõem: Súmula STF/105: salvo se tiver havido premeditação, o suicídio do segurado no período contratual de carência não exime o segurador do pagamento do seguro. Súmula STJ/61: o seguro de vida cobre o suicídio premeditado.

15 15 E é bom mesmo que se evite a discussão subjetiva dos motivos do suicídio, tanto no âmbito da objetividade da atividade securitária, quando no da perquirição dos antecedentes do doloroso ato de por fim à própria vida, praticado pelo segurado. 8.- A orientação objetiva de negativa da cobertura securitária, embora, à primeira vista, possa parecer de menor sensibilidade para com o beneficiário, na maioria das vezes familiar próximo que resta desprovido de indenização, significa, a rigor, e ao contrário, orientação que mais preserva a vida do segurado, que, de qualquer forma, em momento de intensa angústia, por qualquer motivo, inclusive agruras econômicas, a ponto de cogitar do suicídio, não é incentivado ao ato extremo pelo psicologicamente confortador fato de deixar indenização a pessoas às quais se ligue por profundo afeto, a ponto de em prol delas estipular. Em verdade e com toda a certeza, a orientação objetiva de necessidade de transcurso de prazo de dois anos da data da estipulação securitária para a implementação do direito à indenização é a orientação que mais preserva a vida e que se nutre de mais sentido humano, coibindo, em vez de incentivar, o triste ato de dar cabo à própria vida. Sobre o assunto, expôs com muita propriedade, o doutrinador Ricardo Bechara Santos, em artigo publicado denominado Premeditação do Suicídio. Na Conclusão do Contrato ou no Sinistro quando diz:... a letra e o espírito do art. 798 do C. Civil de 2002, veio justamente para dar uma solução a esse tão cavernoso tema, visando a eliminar, com critério puramente objetivo, os desgastes que costumavam marcar as relações entre a seguradora e os beneficiários do segurado suicida. Não se trata de iniciativa solteira do legislador brasileiro, pois, no direito comparado, já era frequente o reconhecimento da necessidade de ser atribuída à situação critério objetivo que solucionasse a questão da premeditação ou não do suicídio. O Código de Seguros da França, em artigo 62, 2º, de igual forma tem previsão com prazo de dois anos. A mesma regra está contida no Código de

16 16 Seguros da Argentina Lei /67, na qual está inserta a liberação do segurador em casos similares, enquanto não transcorrer o lapso temporal de três anos. No Código Civil da Itália, art , está contida norma semelhante com período de carência de dois anos em caso de suicídio. Na doutrina brasileira, diante da normatização apontada, há divergência de entendimento da aplicação do artigo 798 e seu Parágrafo Único, agora com tendência para sua aplicação literal. No sentir de parte dos doutrinadores brasileiros, em consonância com o entendimento pretoriano prevalecente no julgamento do Recurso Especial GO, a aplicação do art. 798 e seu Parágrafo Único do Código Civil de 2002 se impõe pela cogência da lei incidente na contratação entre as partes. Dentre outros, os Professores NELSON NERY JR e ROSA MARIA DE ANDRADE (Código Civil anotado e legislação extravagante, 2ª ed., RT, 2004, p ) ensinam: O texto do CC 798 não faz distinção entre o fato de o suicídio ter-se dado de forma premeditada ou não. Ressalva, porém, que o beneficiário não fará jus ao capital estipulado caso o suicídio se dê nos primeiros anos de vigência do contrato. A Súmula STF 105 continua dois aspectos: a) não admitia restrição ao direito dos beneficiários caso o suicídio se desse no período de carência; b) excluía a indenização nos casos de premeditação de suicídio. A nova norma impõe a exclusão da indenização tãosomente nos períodos que fixa, e não distingue ter-se dado o suicídio por premeditação, ou não. Por conseguinte, ambas as hipóteses passam a ser cobertas pelo seguro de vida. (grifo nosso) Com o mesmo entendimento, JOSÉ MARIA TREPAT CASES, ao comentar o artigo 798 do Código Civil (Código Civil Comentado, in ALVARO VILLAÇA AZEVEDO (Coord), Ed. Atlas, 2003, p. 307), afirma: Preferiu o legislador, ao elaborar o novo Código Civil, substituir a premeditação pelo lapso temporal, estabelecendo a carência bienal, com base na vigência inicial do contrato, para que possa ser exigido da seguradora o capital estipulado. Crê-se que, da inovação legislativa, criouse novel modalidade de seguro, o seguro suicídio a prazo determinado. Não distoa do que aqui ficou demonstrado, o entendimento de ERNESTO TZIRULNIK, FLAVIO CAVALCANTE e AYRTON PIMENTEL (O contrato de seguro

17 17 de acordo com o novel Código Civil Brasileiro, 2ª ed. RT, 2003, 42, p. 188), quando asseguram: A norma [art. 798] veio com o objetivo de pôr fim ao debate, estabelecendo o critério da carência de dois anos para a garantia de suicídio. O critério é objetivo: se o suicídio ocorrer nos dois primeiros anos, não terá cobertura; se sobrevier após este período, nem mesmo por expressa exclusão contratual poderá a seguradora eximir-se do pagamento. Não se discute mais se houve ou não premeditação, se foi ou não voluntário. Justifica-se este lapso temporal pelo fato de que é inimaginável que alguém celebre contrato de seguro premeditando o suicídio para dois anos a frente. Ressalte-se, ainda, que a norma do dispositivo comentado é imperativa e obriga tanto a seguradora como o segurado e seus beneficiários. Disposição contratual em contrário, por ser nula, não poderá dar cobertura ao suicídio no período lá determinado e nem nega-la no período posterior. O prof. SILVIO VENOSA (Direito Civil, Editora Atlas, 4ª edição, 3. vol., pág. 408), assim se refere a aplicação do art. 798 do Código Civil atual: O novo Código procurou solucionar de forma mais prática e objetiva a questão, estatuindo que o suicídio não gerará indenização, se ocorrido nos primeiros dois anos de vigência inicial do contrato, ou de sua recondução depois de suspenso, permitida esta pelo ordenamento (art. 798). Sob tal prisma, afastar-se-á a discussão acerca da premeditação. Comesse período de dois anos, afasta-se a possibilidade de eventual fraude de quem faz seguro de vida com a intenção precípua de suicidar-se. A ilustre jurista ELIZABETH ALVIM BONFIOLI, atualizando a obra de PEDRO ALVIM, que acompanhou de perto a tramitação do projeto que deu origem ao Código Civil de 2002, cita à página 189 de seu livro post mortem, O Seguro no Novo Código Civil, Forense Rio, organizado e compilado por sua filha ELIZABETH ALVIM BONFIOLI, a palavra do próprio jurista redator do dispositivo em comento, que deixa estreme de dúvida o propósito da norma, como que de interpretação autêntica, ipsis litteris: (...) O Professor FABIO KONDER COMPARATO assim justificou o dispositivo: Preferimos seguir neste passo o Código Civil Italiano (art. 1927), excluindo em qualquer hipótese o direito ao capital estipulado se o segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigência inicial do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, e proibindo em contrapartida a estipulação de não pagamento para o caso de o suicídio ocorrer após esse lapso de tempo (...) O único fato a ser levado em consideração é, pois, o tempo decorrido desde a contratação ou renovação do seguro, atendendo-se a que

18 18 ninguém, em são juízo, contrataria seguro com o objetivo de se matar dois anos depois. (Grifo nosso). O entendimento jurisprudencial, agora consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, pela aplicação literal do artigo 798 e seu Parágrafo Único do Código Civil, encontra eco nos Tribunais Estaduais. Veja-se o seguinte precedente do Tribunal de Justiça de Goiás: "AGRAVO RETIDO. AUSENCIA DE PEDIDO EXPRESSO. NAO CONHECIMENTO. APELACAO CIVEL. ACAO DE COBRANCA DE INDENIZACAO DE SEGURO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PRELIMINARES: CARENCIA DE ACAO E LITISCONSORCIO ATIVO. REJEICAO. CONTRATO. SUICIDIO. ART. 798 DO NOVO CODIGO CIVIL. CARENCIA. PRAZO OBJETIVO. NAO PAGAMENTO DO PREMIO NA INSTANCIA ADMINISTRATIVA. JUSTA RECUSA. SENTENCA CONFIRMADA. NAO E CONHECIVEL O AGRAVO RETIDO SE O AGRAVANTE/REU NAO REQUER EXPRESSAMENTE, PRINCIPALMENTE QUANDO LHE FALTA INTERESSE RECURSAL, HAJA VISTA TER SIDO O VENCEDOR DA DEMANDA. (...) 3 - COM A VIGENCIA DO NOVO CODIGO CIVIL, PRESCINDIVEL SABER SE O SUICIDIODO SEGURADO FOI VOLUNTARIO OU INVOLUNTARIO APOS O DECURSO DO PRAZO DE DOIS ANOS DE CARENCIA. NO ENTANTO, HAVENDO SUICIDIODO BENEFICIARIO NO PERIODO DE CARENCIA, INDISPENSAVEL SABER A ESPECIE DE SUICIDIO, QUE NA HIPOTESE, FOI VOLUNTARIO, MAS O AUTOR ASSINOU O REFERIDO CONTRATO JA CIENTE DO HISTORICO SUICIDA DO FILHO. AGRAVO RETIDO NAO CONHECIDO. APELACAO CONHECIDA E DESPROVIDA, A UNANIMIDADE DE VOTOS." (TJGO, 2A CAMARA CIVEL, PROCESSO , DES. ALFREDO ABINAGEM, FONTE: DJ 85 de 09/05/2008) A 6ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, decisão proferida em Apelação Cível , Rel. Des. Ubirajara Mach de Oliveira, data de julgamento 12/04/2007 e publicado em 03/05/2007 (extraído do sítio: in verbis: EMENTA. COBRANÇA. SEGURO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO CIVIL. SUICÍDIO. NEGATIVA DE PAGAMENTO DO PRÊMIO. PEDIDO IMPROCEDENTE.A prova produzida indica que o contrato de seguro foi firmado em 09/03/2004 e o marido da autora suicidou-se em 01/08/2004, dentro da vigência do novo Código Civil, incidindo a regra do art. 798 do referido diploma. Assim, desnecessário perquirir-se se o suicídio foi premeditado ou não, tendo em vista que o artigo mencionado é claro ao dispor que o beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado se suicida dentro de dois anos da vigência inicial do contrato. Sentença mantida. Recurso improvido.

19 19 Vejamos trechos do referido acórdão: Antes de tudo, convém ressaltar não haver discussão nos autos sobre o fato de que os contratos foram firmados na vigência do novo Código Civil, pelo que incide a regra constante do seu artigo 798, caput, assim redigida, no quanto interessa ao caso em tela: O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado se suicida nos primeiros 2 (dois) anos de vigência inicial do contrato (...)... Quando do julgamento do recurso apelatório restou decidido que o artigo 798 do Código Civil deve ser interpretado no sentido de que se o suicídio ocorrer antes dos 2 (dois anos) caberá à seguradora demonstrar que o segurado agiu de forma premeditada, exclusivamente, para obter em favor de terceiro o pagamento da cobertura contratada. Ainda outro precedente da 28ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, decisão proferida em Apelação Cível , Rel. Des. Alcides Leopoldo e Silva Júnior, data de julgamento: 06/11/2007 e publicado em 13/11/2007: SEGURO Suicídio Contratação a menos de dois anos até a data do fato Exclusão contratual Validade Inteligência do art. 798 do Código Civil de 2002 Recurso não provido. Cite-se trecho do voto proferido pelo Relator: Porém, o seguro havia sido contratado em 1º e o acidente ocorreu em , a menos de dois anos, e havia cláusula expressa de exclusão se ocorrido o suicídio neste período, o que está em conformidade com o art. 798 do Código Civil de Finalmente, a 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, decisão proferida em Apelação Cível , Rel. Desa. Denise Kruger Pereira, data de julgamento 10/12/2009 e publicado em 05/02/2010 (extraído do sítio: in verbis: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO - SEGURO DE VIDA - SUICÍDIO DO SEGURADO - CONTRATO CELEBRADO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO CIVIL - SINISTRO OCORRIDO DENTRO DO PERÍODO DE CARÊNCIA LEGAL DO ART. 798 DO CC - INDENIZAÇÃO INDEVIDA - REFORMA DA SENTENÇA. RECURSO ADESIVO PROVIDO,

20 20 OBSTANDO A ANÁLISE DAS RAZÕES DE APELAÇÃO, POR TRATAR DE QUESTÃO PRELIMINAR. 1. Redação do novo Código Civil que não mais classifica a cobertura securitária sobre suicídios premeditados e não premeditados, estabelecendo a exigibilidade do prêmio pelo critério temporal. 2. Determinação legal cogente do art. 798 do CC no sentido de que o prêmio do seguro não é exigível dentro do período de carência legal de 02 anos, sendo irrelevante a presunção quanto à premeditação ou não do suicídio. Precedentes. 3. Súmulas 61-STJ (de 1992) e 105-STF (de 1964) que não mais devem ser aplicadas, eis que editadas com base na legislação revogada, partindo, portanto, de premissas legais diferentes das atuais. Vejamos trecho voto condutor do referido acórdão: Nessas oportunidades, chega-se a conclusão de que por se tratar de norma cogente, a proibição não é afastada sequer em casos de suicídio não premeditado, sendo a divisão entre suicídio premeditado e não-premeditado inócua no ordenamento jurídico vigente. Veja-se que o Código Civil em nenhum momento presume que, ocorrido dentro do período de carência, terá sido o suicídio premeditado, de forma a afastar o dever de indenizar. E assim saliento porque apenas nessa hipótese justificar-se-ia o entendimento já narrado de que estando comprovada a não-premeditação, o dever de indenizar existiria. Em realidade, a redação é objetiva e fixa lapso temporal necessário à configuração da pretensão ora exigida. Não há que se falar, assim, em presunção em um ou outro sentido. É o transcorrer do tempo, unicamente, que definirá essa situação, de forma objetiva. Portanto, considerando-se que o contrato de seguro de vida em questão foi firmado sob a égide do novo Código Civil e que o sinistro em tela se deu após apenas 4 meses da celebração do contrato, não há que se falar na cobertura pretendida. E que não se argumente, aqui, que o segurado não foi informado de referida cláusula restritiva, já que, no caso em tela, ela é resultado de expressa referência legal, sendo vedado em nosso ordenamento jurídico o descumprimento de lei sob a alegação de seu desconhecimento. O artigo 798 do Código Civil não faz mais a diferenciação entre suicídio premeditado ou involuntário, pois de acordo com o novo texto legal, este tema passou a ser tratado de forma objetiva, evitando qualquer discussão neste sentido. Trata de norma cogente com aplicação imediata, não se podendo admitir qualquer ressalva quanto ao prazo de dois anos.

Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br

Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br O suicídio é coberto ou não pelo seguro de vida dentro do período de carência? Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br Para responder esta pergunta, vamos entender qual a sistemática do Código

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.291.738 - RS (2011/0116562-4) RECORRENTE RECORRIDO : JORGE FERNANDES FLOR : ANDRÉ FERNANDES ESTEVEZ E OUTRO(S) : BRASIL TELECOM S/A : CAROLINA DUARTE VENDRUSCOLO E OUTRO(S) RELATÓRIO

Leia mais

Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais

Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais Convidado para Diretor Sem Fronteiras Dr. Lodi Maurino Sodré Comissão indicou para os Grupos de Trabalhos e demais Comissões. A questão está na aplicação

Leia mais

O SUICÍDIO SOB O PRISMA DO CONTRATO DE SEGURO E DA DISSONÂNCIA DOS TRIBUNAIS COM O CÓDIGO CIVIL

O SUICÍDIO SOB O PRISMA DO CONTRATO DE SEGURO E DA DISSONÂNCIA DOS TRIBUNAIS COM O CÓDIGO CIVIL O SUICÍDIO SOB O PRISMA DO CONTRATO DE SEGURO E DA DISSONÂNCIA DOS TRIBUNAIS COM O CÓDIGO CIVIL Voltaire Marensi e César Peixoto Embora muito antigo, o tema suicídio ressurgiu com força total e mostra

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO JORGE SCARTEZZINI EMENTA PROCESSO CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - NEGATIVA DE PROVIMENTO - AGRAVO REGIMENTAL - SEGURO - ALEGAÇÃO DE DOENÇA PRÉ-EXISTENTE - MÁ-FÉ - REEXAME DE PROVA SÚMULA

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.246.396 - RS (2011/0066530-4) RELATOR AGRAVANTE AGRAVADO : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO : LIBERTY PAULISTA SEGUROS S/A : ANGELINO LUIZ RAMALHO TAGLIARI E OUTRO(S) :

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (Relator): Trata-se de recurso especial interposto contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo assim ementado: "Exceção

Leia mais

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de constitucionalidade Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: há diversas modalidades de controle de constitucionalidade previstas no direito brasileiro.

Leia mais

EMENTA ACÓRDÃO. LUÍSA HICKEL GAMBA Relatora

EMENTA ACÓRDÃO. LUÍSA HICKEL GAMBA Relatora INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO JEF Nº 2005.70.53.001322-8/PR RELATOR : Juiz D.E. Publicado em 20/02/2009 EMENTA ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PUBLICO. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. ANUÊNIOS SUBSTITUÍDOS POR QÜINQÜÊNIOS.

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO fls. 2 Registro: 2015.0000086160 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0011047-84.2013.8.26.0011, da Comarca de São Paulo, em que é apelante ORDALIA REGINA DA SILVA BUSO, são

Leia mais

Com a citada modificação, o artigo 544, do CPC, passa a vigorar com a seguinte redação:

Com a citada modificação, o artigo 544, do CPC, passa a vigorar com a seguinte redação: O NOVO AGRAVO CONTRA DESPACHO DENEGATÓRIO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL 2011-06-15 Alexandre Poletti A Lei nº 12.322/2010, que alterou os artigos 544 e 545 do CPC, acabou com o tão conhecido e utilizado

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.241.305 - RS (2011/0045666-6) RELATORA RECORRENTE RECORRIDO : MINISTRA NANCY ANDRIGHI : MARILENE MARCHETTI : GENÉZIO RAMPON : SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S/A :

Leia mais

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Gabinete do Desembargador José Ricardo Porto

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Gabinete do Desembargador José Ricardo Porto Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Gabinete do Desembargador José Ricardo Porto DECISÃO MONOCRÁTICA APELAÇÃO CÍVEL N. 001.2010.019169-9/001 CAMPINA GRANDE RELATOR : Des. José Ricardo

Leia mais

ACÓRDÃO. ACORDAM os Desembargadores que integram a Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de

ACÓRDÃO. ACORDAM os Desembargadores que integram a Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de TRIBUNAL DE JUSTIÇA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL Apelação Cível nº. 0208784-57.2012.8.19.0001 Apelante: SERGIO LUIZ DE LUCAS Apelado: SULAMERICA SEGUROS DE PESSOAS E PREVIDENCIA S.A. Relatora: DES. ELISABETE FILIZZOLA

Leia mais

www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS.

www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS. www.brunoklippel.com.br QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 PRINCÍPIOS. 1. MEUS CURSOS NO ESTRATÉGIA CONCURSOS: Estão disponíveis no site do Estratégia Concursos (www.estrategiaconcursos.com.br),

Leia mais

ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa

ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa APELAÇÃO E RECURSO ADESIVO N. 2001997051712-0/001 Relator Des. José Di Lorenzo Serpa 1 Apelante Banco do Nordeste do Brasil

Leia mais

A NÃO RENOVAÇÃO DO CONTRATO DE SEGURO DE VIDA EM GRUPO

A NÃO RENOVAÇÃO DO CONTRATO DE SEGURO DE VIDA EM GRUPO A NÃO RENOVAÇÃO DO CONTRATO DE SEGURO DE VIDA EM GRUPO Voltaire Marensi César Lara Peixoto No Recurso Especial 1.356.725/RS, publicado em 12.06.2014, a Terceira Turma do egrégio Superior Tribunal de Justiça,

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI EMENTA CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.

Leia mais

A COBRANÇA DE TARIFAS ADMINISTRATIVAS EM CONTRATOS DE CONCESSÃO DE CRÉDITO

A COBRANÇA DE TARIFAS ADMINISTRATIVAS EM CONTRATOS DE CONCESSÃO DE CRÉDITO A COBRANÇA DE TARIFAS ADMINISTRATIVAS EM CONTRATOS DE CONCESSÃO DE CRÉDITO Moisés da Silva Advogado Pós-graduando em Direito Processual e em Direito do Estado 59 EXCERTOS Se a instituição financeira presta

Leia mais

EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA

EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA Seminário Direitos & Deveres do Consumidor de Seguros Desembargador NEY WIEDEMANN NETO, da 6ª. Câmara Cível do TJRS Introdução O contrato de seguro, regulado pelos artigos

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.371.922 - SP (2013/0060257-8) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS AGRAVANTE : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADOR : DENISE FERREIRA DE OLIVEIRA CHEID E OUTRO(S) AGRAVADO

Leia mais

SUIC DIO, SEGURO DE VIDA, INDENIZAÇ O E A NOVA LEI CIVIL

SUIC DIO, SEGURO DE VIDA, INDENIZAÇ O E A NOVA LEI CIVIL 6 SUIC DIO, SEGURO DE VIDA, INDENIZAÇ O E A NOVA LEI CIVIL Vasco Della Giustina Segundo dados do Ministério da Justiça, das três causas de mortalidade violenta, os suicídios foram os que mais cresceram

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 593.196 - RS (2003/0164484-3) RELATOR : MINISTRO HÉLIO QUAGLIA BARBOSA EMENTA RECURSO ESPECIAL. SEGURO. ATRASO NO PAGAMENTO DOS VALORES DEVIDOS PELA SEGURADORA. LUCROS CESSANTES. OCORRÊNCIA.

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal )1( oãdróca atneme86242 DE-SM Diário da Justiça de 09/06/2006 03/05/2006 TRIBUNAL PLENO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBARGANTE(S) : UNIÃO ADVOGADO(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMBARGADO(A/S) : FERNANDA

Leia mais

DECISÃO. Relatório. Tem-se do voto condutor do julgado recorrido:

DECISÃO. Relatório. Tem-se do voto condutor do julgado recorrido: DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA. CLASSIFICAÇÃO DA PROPRIEDADE RURAL. INCLUSÃO DE ÁREAS NÃO APROVEITÁVEIS. PRECEDENTE DO

Leia mais

Tribunal de Contas da União

Tribunal de Contas da União Tribunal de Contas da União Dados Materiais: Decisão 291/97 - Primeira Câmara - Ata 40/97 Processo nº TC 002.679/96-5 Interessado: Oscar Sebastião Leão Órgãos: Delegacia de Administração do MF/DF Relator:

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO MASSAMI UYEDA EMENTA AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO - PROCESSUAL CIVIL RESPONSABILIDADE CIVIL - DANOS MORAIS - ASSALTO À MÃO ARMADA EM ÔNIBUS COLETIVO - FORÇA MAIOR - RESPONSABILIDADE

Leia mais

- A nossa legislação civil estabelece que os contratos de seguros

- A nossa legislação civil estabelece que os contratos de seguros 5, 12, 4:1 14; PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DESEMBARGADOR MANOEL PAUUNO DA LUZ ACÓRDÃO-" Apelação Cível n 200.2004.050561-8/001 zia Vara da Fazenda Pública da Capital.

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo Registro: 2011.0000073868 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 9141018-46.2006.8.26.0000, da Comarca de Campinas, em que é apelante UNIMED CAMPINAS COOPERATIVA DE TRABALHO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.072.988 - MG (2008/0153048-9) RELATOR : MINISTRO SIDNEI BENETI RECORRENTE : CATALÃO VEÍCULOS LTDA ADVOGADO : ANALUCIA COUTINHO MALTA E OUTRO(S) RECORRIDO : CLEUZA MARIA BORGES ADVOGADO

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº201070500166981/PR RELATORA : Juíza Ana Carine Busato Daros RECORRENTE : WALDEMAR FIDELIS DE OLIVEIRA RECORRIDA : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL DECLARAÇÃO

Leia mais

Nº 70034654392 COMARCA DE NOVO HAMBURGO BRUNA MACHADO DE OLIVEIRA

Nº 70034654392 COMARCA DE NOVO HAMBURGO BRUNA MACHADO DE OLIVEIRA AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO. DPVAT. LEGITIMIDADE PASSIVA. RESPONSABILIDADE DE QUALQUER SEGURADORA INTEGRANTE DO CONSÓRCIO. INCLUSÃO DA SEGURADORA

Leia mais

Nº 70020131579 COMARCA DE PORTO ALEGRE BANCO DO BRASIL S/A MARINA HELENA ALENCASTRO

Nº 70020131579 COMARCA DE PORTO ALEGRE BANCO DO BRASIL S/A MARINA HELENA ALENCASTRO AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. LITISCONSÓRCIO PASSIVO. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDENCIA, CONDENANDO APENAS UMA DAS PARTES DEMANDADAS. NÃO INCIDÊNCIA DO ART. 191, DO CDC. SÚMULA 641, DO STF. PRAZO SIMPLES PARA RECORRER.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça S EMENTA CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. CIRURGIA BARIÁTRICA. PEDIDO MÉDICO. NEGATIVA DE AUTORIZAÇÃO. DANO MORAL. DECISÃO

Leia mais

A responsabilidade pelo pagamento das cotas condominiais em caso de aquisição do imóvel mediante arrematação judicial

A responsabilidade pelo pagamento das cotas condominiais em caso de aquisição do imóvel mediante arrematação judicial A responsabilidade pelo pagamento das cotas condominiais em caso de aquisição do imóvel mediante arrematação judicial Por Maria Angélica Jobim de Oliveira À luz do artigo 1.336, inciso I, do Código Civil,

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça EDcl na PET no RECURSO ESPECIAL Nº 1.120.971 - RJ (2008/0112653-7) (f) RELATOR : MINISTRO SIDNEI BENETI EMBARGANTE : EDITORA ABRIL S/A E OUTROS EMBARGADO : FERNANDO AFFONSO COLLOR DE MELLO EMENTA PROCESSUAL

Leia mais

EMENTA: AÇÃO DE COBRANÇA - SEGURO DE VIDA EM GRUPO CLAÚSULA CONTRATUAL INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA LIMITAÇÃO DOS RISCOS COBERTOS PELO SEGURO.

EMENTA: AÇÃO DE COBRANÇA - SEGURO DE VIDA EM GRUPO CLAÚSULA CONTRATUAL INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA LIMITAÇÃO DOS RISCOS COBERTOS PELO SEGURO. EMENTA: AÇÃO DE COBRANÇA - SEGURO DE VIDA EM GRUPO CLAÚSULA CONTRATUAL INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA LIMITAÇÃO DOS RISCOS COBERTOS PELO SEGURO. Se a apólice exclui qualquer tipo de doença profissional ou acidente

Leia mais

DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO - QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA - EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - ART. 557, DO CPC.

DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO - QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA - EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - ART. 557, DO CPC. AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 929977-6, DO FORO REGIONAL DE FAZENDA RIO GRANDE DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - VARA CÍVEL E ANEXOS AGRAVANTE : ROBERTO GOMES DA SILVA AGRAVADO : BANCO SANTANDER

Leia mais

O SUICÍDIO E O SEGURO DE VIDA Professora Gleize Póvoa

O SUICÍDIO E O SEGURO DE VIDA Professora Gleize Póvoa O SUICÍDIO E O SEGURO DE VIDA Professora Gleize Póvoa Em 2009, a revista Veja publicou uma matéria intitulada de Mortes Espelhadas 1, na qual discutiu o que possivelmente leva uma pessoa a se matar. A

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 957.245 - RJ (2007/0227082-3) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO ALDIR PASSARINHO JUNIOR: Cargolux Airlines Internacional S/A opõe agravo regimental contra decisão com o seguinte

Leia mais

(ambas sem procuração).

(ambas sem procuração). ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 001.2009.006097-9 / 001 Relator: Des. José Di Lorenzo Serpa. Agravante: Itatj Seguros S/A. Advogado:

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo Registro: 2011.0000018579 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0142773-50.2009.8.26.0100, da Comarca de, em que é apelante MARITIMA SAUDE SEGUROS S/A sendo apelado LIDIA ZAHARIC.

Leia mais

AGRAVO Nº 831. JOÃO DOMINGOS KUSTER PUPPI RELATORA DESIGNADA : JUÍZA SUBST. 2º G. DENISE KRÜGER PEREIRA

AGRAVO Nº 831. JOÃO DOMINGOS KUSTER PUPPI RELATORA DESIGNADA : JUÍZA SUBST. 2º G. DENISE KRÜGER PEREIRA AGRAVO Nº 831.160-0/01, DE MEDIANEIRA - VARA CÍVEL E ANEXOS AGRAVANTE : COMPANHIA EXCELSIOR DE SEGUROS AGRAVADOS : DORIVAL ASSIS DE SOUZA E OUTROS RELATOR ORIGINÁRIO : DES. JOÃO DOMINGOS KUSTER PUPPI RELATORA

Leia mais

EMBARGOS DECLARATÓRIOS - EDCL.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS - EDCL. 1. Conceito EMBARGOS DECLARATÓRIOS - EDCL. Os embargos de declaração ou embargos declaratórios, doravante denominados EDcl., visam aperfeiçoar as decisões judiciais, propiciando uma tutela jurisdicional

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 707.286 - RJ (2004/0169313-7) RELATOR AGRAVANTE AGRAVADO : MINISTRO SIDNEI BENETI : GOLDEN CROSS ASSISTÊNCIA INTERNACIONAL DE SAÚDE LTDA EMENTA DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 467.343 - PR (2002/0105069-3) RELATOR : MINISTRO RUY ROSADO DE AGUIAR RECORRENTE : ADILSON OTTMAR DE SOUZA ADVOGADO : SANDRO BALDUINO MORAIS E OUTRO RECORRIDO : LUIZ EDMUNDO GALVEZ

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ' v ACÓRDÃO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA REGISTRADO(A) SOB N lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll *02796912* Vistos,-

Leia mais

Florianópolis, 29 de fevereiro de 2012.

Florianópolis, 29 de fevereiro de 2012. Apelação Cível n. 2011.025929-8, de Imbituba Relator: Des. Jaime Luiz Vicari AÇÃO DE COBRANÇA SECURITÁRIA CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ALEGAÇÃO DE DOENÇA PRÉ-EXISTENTE À CONTRATAÇÃO. SEGURADO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATORA RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRA NANCY ANDRIGHI : S B : JASON SOARES DE ALBERGARIA FILHO E OUTRO : T C DA C : EBER CARVALHO DE MELO E OUTRO EMENTA Direito civil e processual civil.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.280.171 - SP (2011/0144286-3) RELATOR RECORRENTE RECORRIDO : MINISTRO MASSAMI UYEDA : A C DE A : ANNA CRISTINA BORTOLOTTO SOARES E OUTRO(S) : B L C DE A E OUTRO : CLEBER SPERI EMENTA

Leia mais

PODER JUDIGÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR MANOEL PAUUNO DA LUZ

PODER JUDIGÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR MANOEL PAUUNO DA LUZ 1' t PODER JUDIGÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR MANOEL PAUUNO DA LUZ ACÓRDÃO Embargos de Declaração na Apelação Cível n 001.2004.027809-3/001 7' Vara Cível da Comarca

Leia mais

AÇÃO CIVIL PÚBLICA Valor de Mercado

AÇÃO CIVIL PÚBLICA Valor de Mercado AÇÃO CIVIL PÚBLICA Valor de Mercado Resumo: Tomamos a iniciativa de relatar este caso, dado seu interesse e relevância para o segmento segurador, além do significado para os consumidores de seguros, especialmente

Leia mais

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Órgão 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal Processo N. Apelação Cível do Juizado Especial 20120111781267ACJ

Leia mais

^ Cipii[46:41,112 ft,,c ;

^ Cipii[46:41,112 ft,,c ; ' 4 AC no 073.2010.004128-1/001 "; ^ Cipii[46:41,112 ft,,c ; Poder Judiciário do Estado da Par Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves di Eito de. D. Ferreira I ACÓRDÃO APELAÇÃO

Leia mais

Brasília (DF), 25 de novembro de 2013(Data do Julgamento) RECURSO ESPECIAL Nº 1.411.293 - SP (2013/0341500-6)

Brasília (DF), 25 de novembro de 2013(Data do Julgamento) RECURSO ESPECIAL Nº 1.411.293 - SP (2013/0341500-6) RECURSO ESPECIAL Nº 1.411.293 - SP (2013/0341500-6) RELATORA RECORRENTE RECORRIDO : MINISTRA NANCY ANDRIGHI : MAGALY APARECIDA SALORNO : ANA APULA PICCHI DANCONA VIVIANE DUARTE GONÇALVES E OUTRO(S) : SUL

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO Registro: 2013.0000209289 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº 0017770-14.2003.8.26.0224, da Comarca de Guarulhos, em que é apelante/apelado HSBC SEGUROS ( BRASIL ) S/A, são

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE 10ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE NATAL

PODER JUDICIÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE 10ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE NATAL \d \w1215 \h1110 FINCLUDEPICTURE "brasoes\\15.bmp" MERGEFORMAT PODER JUDICIÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE 10ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE NATAL Processo n. 001.08.020297-8 Ação: Ação Civil Pública Autor: Ministério

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

OITAVA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

OITAVA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO OITAVA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO APELAÇÃO CÍVEL Nº 2008.001.56923 APELANTE: BRADESCO SAÚDE S/A APELADA: VÂNIA FERREIRA TAVARES RELATORA: DES. MÔNICA MARIA COSTA APELAÇÃO

Leia mais

Em face do acórdão (fls. 1685/1710), a CNTU opõe embargos de declaração (fls. 1719/1746). Vistos, em mesa. É o relatório.

Em face do acórdão (fls. 1685/1710), a CNTU opõe embargos de declaração (fls. 1719/1746). Vistos, em mesa. É o relatório. A C Ó R D Ã O 7ª Turma CMB/fsp EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO DE REVISTA. Embargos acolhidos apenas para prestar esclarecimentos, sem efeito modificativo. Vistos, relatados e discutidos estes autos

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.188.091 - MG (2010/0056466-0) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI RECORRENTE : SANDRA MARIA RAMOS BRAGA ADVOGADO : RENATO SIFFERT GIRUNDI DO NASCIMENTO E OUTRO(S) RECORRIDO : PORTO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 100.321 - MT (2011/0227285-6) RELATOR AGRAVANTE ADVOGADO AGRAVADO ADVOGADO : MINISTRO RAUL ARAÚJO : JOSÉ VALMIR BARBOSA DE ALMEIDA : WILSON MOLINA PORTO : TOKIO MARINE BRASIL

Leia mais

PARECER Nº, DE 2011. RELATOR: Senador JOÃO DURVAL. RELATOR AD HOC : Senador PAULO PAIM I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2011. RELATOR: Senador JOÃO DURVAL. RELATOR AD HOC : Senador PAULO PAIM I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2011 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 304, de 2009 (Projeto de Lei nº 5.391, de 2005, na origem), do Deputado Gilmar Machado, que dispõe sobre as medidas

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO Registro: 2013.0000172403 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0021434-36.2009.8.26.0000, da Comarca de São Paulo,

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 730.228 MATO GROSSO DO SUL RELATORA ADV.(A/S) RECTE.(S) RECDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :RENATA GONÇALVES PIMENTEL :ITAMAR JOSÉ POTYGUARA PRATA DE PINHO E OUTRO(A/S)

Leia mais

TURMA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA - TRUJ

TURMA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA - TRUJ Página 1 de 8 PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL - 5a. REGIÃO Cais do Apolo, s/n - Edifício Ministro Djaci Falcão, 15o. Andar - Bairro do Recife - Recife - PE TURMA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE

Leia mais

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa MARIA LÚCIA AMARAL * Introdução 1. Agradeço muito o convite que me foi feito para participar neste colóquio luso-italiano de direito

Leia mais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Tribunal de Justiça de Minas Gerais Número do 1.0071.07.034954-4/001 Númeração 0349544- Relator: Relator do Acordão: Data do Julgamento: Data da Publicação: Des.(a) Bitencourt Marcondes Des.(a) Bitencourt Marcondes 25/03/2009 30/04/2009

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.476 SÃO PAULO RELATORA RECTE.(S) PROC.(A/S)(ES) RECDO.(A/S) ADV.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :ESTADO DE SÃO PAULO :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO :INTERNET GROUP

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A competência nos pedidos de adoção, guarda e tutela Rogério Medeiros Garcia de Lima* 1. INTRODUÇÃO A vigência do novel Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei federal 8.069, de

Leia mais

826 Art. 798 CÓDIGO CIVIL INTERPRETADO CC2002 CC1916

826 Art. 798 CÓDIGO CIVIL INTERPRETADO CC2002 CC1916 826 Art. 798 volução da reserva técnica prevista no parágrafo único do 797 do CC/2002. Adoção de interpretação restritiva para impor a obrigação apenas nos seguros de vida em grupo. Impossibilidade. Recurso

Leia mais

Marcas de Alto Renome: Novas Regras nos Tribunais

Marcas de Alto Renome: Novas Regras nos Tribunais Painel 13 Marcas de Alto Renome: Novas Regras nos Tribunais Márcia Maria Nunes de Barros Juíza Federal Notoriedade Código de Propriedade Industrial de 1971 (art.67): marca notória, com registro próprio,

Leia mais

CÂMARA DOS DEPUTADOS Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira

CÂMARA DOS DEPUTADOS Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira Estudo Técnico n.º 1/2010 Aperfeiçoamentos no DL nº 167/67 - Emolumentos extrajudiciais e garantias reais em Cédulas de Crédito Rural-CCR e em Cédulas de Crédito Bancário-CCB Eber Zoehler Santa Helena

Leia mais

O ISS E A PESSOALIDADE DO TRABALHO DOS SÓCIOS NAS SOCIEDADES UNIPROFISSIONAIS

O ISS E A PESSOALIDADE DO TRABALHO DOS SÓCIOS NAS SOCIEDADES UNIPROFISSIONAIS O ISS E A PESSOALIDADE DO TRABALHO DOS SÓCIOS NAS SOCIEDADES UNIPROFISSIONAIS Flavio Castellano Alguns municípios introduziram discriminações no que se refere ao tratamento tributário das chamadas sociedades

Leia mais

PARECER PGFN/CRJ/Nº 2113 /2011

PARECER PGFN/CRJ/Nº 2113 /2011 PARECER PGFN/CRJ/Nº 2113 /2011 Denúncia espontânea. Exclusão da multa moratória. Inexistência de distinção entre multa moratória e multa punitiva, visto que ambas são excluídas em caso de configuração

Leia mais

AGRAVO INTERNO EM APELACAO CIVEL 2002.02.01.005234-7

AGRAVO INTERNO EM APELACAO CIVEL 2002.02.01.005234-7 RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO BARATA AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS PROCURADOR : JANE MARIA MACEDO MIDOES AGRAVADO : O FORTE DO SABAO LTDA ADVOGADO : SAULO RODRIGUES DA

Leia mais

DECISÕES» ISS. 3. Recurso especial conhecido e provido, para o fim de reconhecer legal a tributação do ISS.

DECISÕES» ISS. 3. Recurso especial conhecido e provido, para o fim de reconhecer legal a tributação do ISS. DECISÕES» ISS INTEIRO TEOR. EMENTA. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ATIVIDADE DE INCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS. EXISTÊNCIA DE DOIS CONTRATOS: O DE COMPRA E VENDA E O DE EMPREITADA. CARACTERIZAÇÃO DE FATO GERADOR

Leia mais

(4' IRA DE ALMEIDA Presidente

(4' IRA DE ALMEIDA Presidente (çk - MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAÇÃO - CRSNSP--- --- -- 196 Sessão Recurso n 5886 Processo SUSEP n

Leia mais

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5021054-60.2015.4.04.0000/SC CÂNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR AGRAVANTE : FILIPI BUENO DA SILVA ADVOGADO : ELIANE EMÍLIA

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5021054-60.2015.4.04.0000/SC CÂNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR AGRAVANTE : FILIPI BUENO DA SILVA ADVOGADO : ELIANE EMÍLIA AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5021054-60.2015.4.04.0000/SC RELATOR : CÂNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR AGRAVANTE : FILIPI BUENO DA SILVA ADVOGADO : ELIANE EMÍLIA MACHADO PACHECO AGRAVADO : UNIÃO - ADVOCACIA

Leia mais

Excelentíssimo Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, DD. Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público:

Excelentíssimo Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, DD. Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público: Excelentíssimo Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, DD. Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público: Venho à presença de Vossa Excelência, nos termos do Regimento Interno deste Conselho, apresentar

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 (Do Sr. Arthur Oliveira Maia) Altera a redação do art. 3º da Lei nº 8.650, de 20 de abril de 1993, para suprimir qualquer restrição ou preferência legal na contratação de treinador

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DA VICE-PRESIDÊNCIA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DA VICE-PRESIDÊNCIA GABINETE DA VICE-PRESIDÊNCIA RELATÓRIO O Exmº. Sr. Desembargador Federal EDILSON PEREIRA NOBRE JÚNIOR (Vice-presidente): Trata-se de agravo regimental interposto por CONSTRUTORA TENóRIO FIGUEIREDO LTDA

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO BARROS DIAS

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO BARROS DIAS RELATÓRIO O Excelentíssimo Senhor Desembargador Federal FRANCISCO BARROS DIAS (Relator): Trata-se de recurso de apelação interposto por JOSÉ PINTO DA NÓBREGA contra a sentença que, em sede de mandado de

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 908.764 - MG (2006/0268169-1) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS RECORRENTE : MUNICÍPIO DE SANTA LUZIA ADVOGADO : JOSÉ RUBENS COSTA E OUTRO(S) RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO

Leia mais

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 1 Eficácia é o poder que tem as normas e os atos jurídicos para a conseqüente produção de seus efeitos jurídicos próprios. No sábio entendimento do mestre

Leia mais

PROCESSO Nº TST-RR-2219-65.2011.5.03.0139. A C Ó R D Ã O (5ª Turma) GMCB/jar

PROCESSO Nº TST-RR-2219-65.2011.5.03.0139. A C Ó R D Ã O (5ª Turma) GMCB/jar A C Ó R D Ã O (5ª Turma) GMCB/jar RECURSO DE REVISTA COMISSÕES. BASE DE CÁLCULO. VENDA COM CARTÕES DE CRÉDITO. TAXA PARA A ADMINISTRADORA. "REVERSÃO". NÃO PROVIMENTO. A prática realizada pela reclamada

Leia mais

Os Reajustes por Mudança de Faixa Etária nos Planos de Saúde

Os Reajustes por Mudança de Faixa Etária nos Planos de Saúde 1 Os Reajustes por Mudança de Faixa Etária nos Planos de Saúde Publicado em Revista de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro /Cont. de/ RJRJ, Rio de Janeiro, n.80, p. 95-99, jul./set.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.171.486 - SP (2009/0239644-0) RELATOR AGRAVANTE AGRAVADO : MINISTRO MARCO BUZZI EMENTA AGRAVO REGIMENTAL - AÇÃO DE COBRANÇA - ASSOCIAÇÃO DE MORADORES - PAGAMENTO DE TAXA DE

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATORA S : MINISTRA NANCY ANDRIGHI EMENTA PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO DE APELAÇÃO INTERPOSTO APÓS O TÉRMINO DO EXPEDIENTE FORENSE. INTEMPESTIVIDADE. ARTS. 172, 3º,

Leia mais

Os Reajustes por Mudança de Faixa Etária nos Planos de Saúde

Os Reajustes por Mudança de Faixa Etária nos Planos de Saúde Os Reajustes por Mudança de Faixa Etária nos Planos de Saúde Luciana de Oliveira Leal Halbritter Juíza de Direito do TJ RJ Mestre em Justiça e Cidadania pela UGF Sumário: 1. Introdução; 2. Aspectos Gerais;

Leia mais

EFA- TÉCNICO DE CONTABILIDADE UFCD 567 NOÇÕES DE FISCALIDADE

EFA- TÉCNICO DE CONTABILIDADE UFCD 567 NOÇÕES DE FISCALIDADE EFA- TÉCNICO DE CONTABILIDADE UFCD 567 NOÇÕES DE FISCALIDADE INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA LEI FISCAL Trabalho realizado: -Patrícia Alves; -Joaquim Mira; -Maria Antónia; -Ana Maltêz; 22 de Maio de 2014

Leia mais

Wi4rsgrrriS.0. 9)a4ex judicid,da da Eetada da [Pcvtat'ea figifiand de jugiça

Wi4rsgrrriS.0. 9)a4ex judicid,da da Eetada da [Pcvtat'ea figifiand de jugiça f Wi4rsgrrriS.0 9)a4ex judicid,da da Eetada da [Pcvtat'ea figifiand de jugiça ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL: N 200.2008.013.919-5/001 - Capital RELATOR: Miguel de Britto Lyra Filho, Juiz de Direito convocado

Leia mais

Ronei Danielli RELATOR

Ronei Danielli RELATOR Apelação Cível n. 2014.020063-4, de Rio do Campo Relator: Des. Ronei Danielli SEGURO DE VIDA. SUICÍDIO. PERIODO DE CARÊNCIA PREVISTO NO ART. 798 DO CÓDIGO CIVIL. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA VOLUNTARIEDADE

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.353.891 - RJ (2012/0109074-7) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI RECORRENTE : FUNDAÇÃO REDE FERROVIÁRIA DE SEGURIDADE SOCIAL - REFER ADVOGADO : ANDRÉA PICCOLO BRANDÃO E OUTRO(S) RECORRIDO

Leia mais

Apelante: R W Factoring Fomento Mercantil Ltda Apelado: Beauty Dental Clinic Ltda Apelado: Egberto Jose Hallais França Carneiro Junior

Apelante: R W Factoring Fomento Mercantil Ltda Apelado: Beauty Dental Clinic Ltda Apelado: Egberto Jose Hallais França Carneiro Junior FLS.1/cl Apelante: R W Factoring Fomento Mercantil Ltda Apelado: Beauty Dental Clinic Ltda Apelado: Egberto Jose Hallais França Carneiro Junior RELATOR: DES. VALÉRIA DACHEUX APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À

Leia mais

Os Honorários Advocatícios e o Novo CPC: Sucumbência Recursal

Os Honorários Advocatícios e o Novo CPC: Sucumbência Recursal FLÁVIO CHEIM JORGE Mestre e Doutor em Direitos Difusos e Coletivos pela PUC/SP Sócio de Cheim Jorge & Abelha Rodrigues - Advogados Associados Os Honorários Advocatícios e o Novo CPC: Sucumbência Recursal

Leia mais

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER Referência: 12649.010650201-50 Assunto: Restrição de acesso: Ementa: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação requerido

Leia mais

Gabinete do Conselheiro Almino Afonso Fernandes

Gabinete do Conselheiro Almino Afonso Fernandes PROCESSO N 0.00.000.000237/2012-32 ASSUNTO: Pedido de Providências RELATOR: Conselheiro Almino Afonso Fernandes REQUERENTE: Associação Nacional dos Procuradores da República e outros EMENTA PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 963.454 - SC (2007/0143805-5) RELATOR RECORRENTE ADVOGADOS RECORRIDO PROCURADOR INTERES. : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO : LIBERTY PAULISTA SEGUROS S/A : SÉRGIO ALEXANDRE SODRÉ

Leia mais