por Andressa Moura Damacena

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "por Andressa Moura Damacena"

Transcrição

1 Mortalidade por câncer de útero e rastreamento das alterações citológicas cervicais no Piauí por Andressa Moura Damacena Dissertação apresentada com vistas à obtenção do título de Mestre Modalidade Profissional em Epidemiologia em Saúde Pública. Orientadora Principal: Prof.ª Dr.ª Inês Echenique Mattos Segundo Orientador: Prof. Dr. Laércio Lima Luz Rio de Janeiro, julho de 2015

2 Essa dissertação, intitulada Mortalidade por câncer de útero e rastreamento das alterações citológicas cervicais no Piauí apresentada por Andressa Moura Damacena foi avaliada pela Banca Examinadora composta pelos seguintes membros: Prof.ª Dr.ª Keila Rejane Oliveira Gomes Prof.ª Dr.ª Silvana Granado Nogueira da Gama Prof.ª Dr.ª Inês Echenique Mattos Orientadora principal Dissertação defendida e aprovada em 03 de julho de 2015.

3

4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REFERENCIAL TEÓRICO Câncer do colo do útero Epidemiologia do câncer do colo do útero Incidência do câncer do colo do útero Mortalidade do câncer do colo do útero Sobrevida do câncer do colo do útero Fatores associados ao câncer do colo do útero Prevenção e controle Alterações citológicas cervicais Classificação Caracterização das lesões cervicais Atipias de significado indeterminado em células escamosas Atipias de significado indeterminado em células glandulares Atipias de origem definida Lesão intraepitelial de baixo grau Lesão intraepitelial de alto grau Lesão intraepitelial de alto grau não podendo excluir microinvasão ou carcinoma epidermóide invasor Adenocarcinoma in situ e invasor Tratamento das lesões cervicais Revisão de estudos selecionados internacionais e nacionais sobre alterações citológicas cervicais em mulheres Programa nacional de controle do câncer do colo do útero Sistema de informação do câncer do colo do útero Qualidade do exame citopatológico do colo do útero OBJETIVOS METODOLOGIA Artigo 1... MORTALIDADE POR CÂNCER DE ÚTERO NO PIAUÍ, Artigo 2... RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO EM

5 TERESINA, PIAUÍ: ESTUDO AVALIATIVO DOS DADOS DO SISCOLO NO PERÍODO DE 2006 A CONCLUSÕES CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DA INTRODUÇÃO E DO REFERENCIAL TEÓRICO ANEXOS

6 LISTA DE QUADROS, TABELAS E FIGURAS REFERENCIAL TEÓRICO Quadro 1: Evolução histórica da classificação/nomenclatura das alterações citológicas cervicais Quadro 2: Estudos selecionados sobre a prevalência (%) das alterações citológicas cervicais em mulheres Página ARTIGO 1 Tabela 1 - Taxas de mortalidade ( mulheres) por neoplasia maligna do colo do útero, neoplasia maligna de corpo e partes não especificadas do útero, segundo faixa etária, Piauí, capital e interior do estado, por quinquênios, período Tabela 2 - Tendência das taxas de mortalidade por neoplasia maligna do colo do útero, neoplasia maligna de corpo e partes não especificadas do útero, segundo faixa etária, Piauí, capital e interior do estado, período Tabela 3 - Tendência das taxas de mortalidade por neoplasia maligna do colo do útero, neoplasia maligna de corpo e partes não especificadas do útero, segundo faixa etária, Piauí, capital e interior do estado, período e período Figura 1 Tendência das taxas de mortalidade por neoplasia maligna do colo do útero, neoplasia maligna de corpo e partes não especificadas do útero, na faixa etária anos, Piauí, capital e interior do estado, período Figura 2 Tendência das taxas de mortalidade por neoplasia maligna do colo do útero, neoplasia maligna de corpo e partes não especificadas do útero, na faixa etária anos, Piauí, capital e interior do estado, período Figura 3 Tendência das taxas de mortalidade por neoplasia maligna do colo do útero, neoplasia maligna de corpo e partes não especificadas do útero, na faixa etária 60 ou mais anos, Piauí, capital e interior do estado, período ARTIGO 2 Tabela 1: Distribuição de exames citopatológicos do colo do útero realizados por ano e faixa etária e percentual de variação, Teresina, Tabela 2: Razão entre exames citopatológicos do colo do útero e população alvo (faixas etárias de 25 a 59 anos e de 25 a 64 anos), Teresina, Tabela 3: Distribuição das alterações citológicas nos exames citopatológicos do colo do útero, por ano e tipo de alteração segundo faixa etária, Teresina, Figura 1: Índice de positividade dos exames citopatológicos do colo do útero, por faixa etária, Teresina, Tabela 4: Completitude das variáveis do Siscolo em exames citopatológicos do colo do útero, Teresina, Tabela 5: Periodicidade da realização do exame citopatológico do colo do útero na população feminina de 25 a 64 anos, Teresina, Tabela 6: Percentual de amostras insatisfatórias do exame citopatológico do colo do útero, Teresina, Tabela 7: Representatividade ZT do exame citopatológico do colo do útero, Teresina, Página

7 LISTA DE ABREVIATURAS ACOG: American College of Obstetricians and Gynecologists AGUS: Atipias Glandulares de Significado Indeterminado AIS: Adenocarcinoma in situ ASC: Atipias de significado indeterminado ASC-H: Atipias escamosas de significado indeterminado quando não se pode excluir lesão intraepitelial de alto grau ASC-US: Atipias escamosas de significado indeterminado possivelmente não neoplásicas APC: Variação percentual anual CACON: Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia CAF: Cirurgia de Alta Frequência CCU: Câncer do colo do útero CID: Classificação Internacional de Doenças CIS: Carcinoma in situ DATASUS: Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde DO: Declaração de Óbito EZT: Éxerese da Zona de Transformação FIGO: The International Federation of Gynecology and Obstetrics HIV: Vírus da Imunodeficiência Humana HPV: Papilomavírus humano HSIL: Lesões intraepiteliais escamosas de alto grau IARC: International Agency for Research on Cancer INCA: Instituto Nacional do Câncer IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística JEC: Junção escamocolunar LSIL: Lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau MEQ: Monitoramento Externo da Qualidade MIQ: Monitoramento Interno de Qualidade NIC: Neoplasia Intraepitelial Cervical OMS: Organização Mundial da Saúde RCBP: Registros de Câncer de Base Populacional SIM: Sistema de Informação sobre Mortalidade SISCOLO: Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero SUS: Sistema Único de Saúde UNACON: Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia ZT: Zona de Transformação

8 Dedico este trabalho... Aos meus pais, Eurípedes e Maria, aos meus avós, Dorico e Socorro, aos meus irmãos, Tiago e Otto, ao meu tio Gilvan (in memoriam), ao meu namorado Leonardo e aos meus orientadores Inês e Laércio.

9 AGRADECIMENTOS Ninguém e nada cresce sozinho. Sempre é preciso um olhar de apoio, uma palavra de incentivo, um gesto de compreensão, uma atitude de amor. Muito obrigada... A Deus, pelas bênçãos concedidas e por me iluminar nessa caminhada. Sem ti nada disso seria possível. Aos meus pais, meus primeiros e eternos educadores, pelos exemplos de vida, e que não mediram esforços para que seus filhos tivessem acesso a uma boa educação, mostrando sempre a importância do estudo, do amor, da honestidade, da família, confiança, humildade e perseverança. Ao meu namorado Leonardo, pelo companheirismo, compreensão, incentivo e amor. Você tem tornado minha vida mais completa e feliz. À minha orientadora Inês Mattos, exemplo de profissional, um agradecimento carinhoso por todos os ensinamentos, apoio e dedicação, pela disponibilidade, mesmo com tantas atribuições, e pela impecável condução deste trabalho. Orgulho de tê-la como minha orientadora. Ao meu segundo orientador Laércio Luz, também um agradecimento especial pelas valiosas revisões e sugestões fundamentais para a elaboração deste trabalho. Digo que Laércio e Inês fazem uma dupla de orientadores perfeita, exemplo de competência. Fui abençoada! À Escola Nacional de Saúde pública/ Fiocruz, pela oportunidade de cursar uma Pós- Graduação Stricto Sensu e pela excelência no ensino e na pesquisa em saúde. À Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública, pelo apoio e incentivo. Aos professores, que aceitaram compor minha banca de qualificação (Silvana Granado, Lívia Santiago e orientadores) e defesa (Silvana Granado, Keila Rejane e orientadores), pelas sugestões e análises significativas. Aos amigos da primeira turma do mestrado da ENSP/FIOCRUZ Teresina/Piauí, pelos momentos compartilhados, pelas trocas de experiências e pelo companheirismo. Aos funcionários da ENSP/Fiocruz, especialmente, ao Felipe, à Herida e à Flávia, pelo apoio e cordialidade. Aos professores do mestrado, pelos valiosos ensinamentos e que foram fundamentais para minha qualificação profissional. Aos meus amigos apoiadores institucionais da Fundação Municipal de Saúde de Teresina, Ana Maria, Socorro, Marcelo, Conceição Probo, Maria Raimunda por terem segurado as pontas durante as minhas ausências, pelo apoio e incentivo.

10 RESUMO A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) precede o desenvolvimento do câncer do colo do útero por longo período, processo que pode variar de 10 a 20 anos. A infecção persistente pelo vírus é necessária para o desenvolvimento e progressão de lesões do colo do útero, tanto para graus mais elevados de lesões pré-cancerosas, como para o câncer. Tais características permitem que ações preventivas sejam realizadas com o objetivo de romper a cadeia epidemiológica da doença, podendo ser curável em até 100% dos casos se diagnosticada precocemente e tratada de forma adequada. A morbimortalidade por câncer do colo do útero vem diminuindo em vários países, porém, para algumas regiões do Brasil, as estimativas apontam crescimento. O estado do Piauí tem sido destaque por apresentar um dos maiores incrementos nas taxas de mortalidade por câncer do colo do útero em comparação com os demais estados brasileiros. O objetivo desta dissertação foi analisar a tendência da mortalidade por câncer de útero no Piauí e realizar estudo avaliativo dos dados do Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (Siscolo) disponíveis para Teresina. Utilizou-se como fonte de dados o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde DATASUS (Sistema de Informação sobre Mortalidade SIM - e o Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero - Siscolo). Considerando apenas os modelos estatisticamente significativos, para o Piauí e para o interior do estado, foi observada tendência crescente e não constante das taxas de mortalidade por neoplasia maligna do colo do útero em todas as faixas etárias e tendência de redução na capital Teresina nas faixas e anos, no período A mortalidade por neoplasia maligna de corpo e partes não especificadas do útero apresentou tendência crescente e constante no Piauí e no interior do estado, na faixa etária de 60 ou mais anos. Em Teresina, a redução na mortalidade foi mais acentuada para a neoplasia maligna de corpo e partes não especificadas do útero do que para neoplasia maligna do colo do útero. Possivelmente, os casos de neoplasia de partes não especificadas encontrados na faixa etária mais jovem sejam, na maior parte, originários do colo, enquanto nas faixas mais velhas, possivelmente, são neoplasia de corpo do útero. No período de 2006 a 2013, foram registradas, no Siscolo, citologias de mulheres residentes em Teresina, das quais 1,78% (10.698) apresentaram resultados alterados. Na faixa etária alvo do programa de rastreamento do câncer de colo do útero, 25 a 64 anos, ocorreu redução de 43,9% no número de exames realizados no período analisado. As atipias de significado indeterminado (escamosas e glandulares) e as de origem indefinida foram os principais tipos de alterações encontrados. A positividade dos exames foi maior para as mulheres > 64 anos. As lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (LSIL) foram predominantes nas mulheres mais jovens (< 25 anos). Com o aumento da idade, a prevalência das LSIL diminuiu, enquanto a prevalência das lesões intraepiteliais escamosas de alto grau (HSIL) aumentou, principalmente a partir dos 64 anos. Os resultados quanto à periodicidade do exame sugerem repetição desnecessária, com alta concentração de intervalo anual. No período analisado, verificou-se aumento do percentual de amostras insatisfatórias e decréscimo constante no percentual de amostras com representatividade da Zona de Transformação (ZT). Entre as variáveis que compõem o banco de dados, os menores percentuais de completitude foram observados para escolaridade e cor/raça. A lenta progressão das lesões do câncer do colo do útero associada às deficiências observadas no processo de rastreamento desta neoplasia nas mulheres de Teresina, no período de 2006 a 2013, poderão resultar em uma tendência crescente das taxas de mortalidade por câncer do colo do útero nas mulheres da capital após alguns anos. Faz-se necessária a qualificação das ações de rastreamento do câncer do colo do útero no município de Teresina, com o objetivo de melhorar a cobertura do programa, reduzir as iniquidades das ações de controle, bem como melhorar as taxas de morbimortalidade do câncer de colo do útero. Palavras-chave: Câncer de útero. Neoplasias do colo do útero. Mortalidade. Esfregaço vaginal. Lesões pré-cancerosas. Programas de rastreamento. Siscolo.

11 ABSTRACT Infection with the human papillomavirus (HPV) precedes the development of cervical cancer for a long period, a process that can vary from 10 to 20 years. Persistent infection is required for the development and progression of cervical lesions, both to higher degrees of pre-cancerous lesions and to cancer. These features allow preventive actions are carried out in order to break the epidemiological chain of the disease and may be curable in up to 100% of cases if diagnosed early and treated appropriately. The morbidity and mortality from cervical cancer has decreased in many countries, however, for some regions of Brazil, estimates indicate growth. The state of Piauí has been featured by presenting one of the largest increases in mortality rates from cervical cancer compared to other Brazilian states. The aim of this work was to analyze the trend in mortality from cancer of the uterus in Piauí and perform evaluative study of data from the Information System of Cervical Cancer (SISCOLO) available for Teresina. It was used as a data source the Department of Health System Information - DATASUS (Mortality Information System - SIM - and the Information System of Cervical Cancer - SISCOLO). Considering only statistically significant models for the Piauí and into the state, was observed growing and no consistent trend in mortality rates for malignant neoplasm of the cervix in all age groups and downward trend of the capital Teresina on tracks and years in the period Mortality from malignant neoplasm of body and unspecified parts of the uterus showed an increasing trend trend in Piauí and in the state, at the age of 60 years. In Teresina, the reduction in mortality was more pronounced for malignant neoplasm of body and unspecified parts of the uterus than for malignant neoplasm of the cervix. Possibly, the cases of unspecified parts of neoplasia found in younger age group are mostly originating neck, while in older tracks are possibly uterine body cancer. In the period , it was recorded in SISCOLO, 604,331 smear tests to women living in Teresina, of which 1.78% (10,698) had abnormal results. In the target age group cervical cancer screening program of the uterus, 25 to 64 years, there was a reduction of 43.9% in the number of tests carried out during the period. The atypical cells of undetermined significance (squamous and glandular) and of unknown origin were the main types of changes found. The positivity of tests was higher for women> 64 years. Intraepithelial lowgrade squamous intraepithelial lesions (LSIL) were prevalent in younger women (<25 years). With increasing age, the prevalence of LSIL decreased, while the prevalence of high squamous intraepithelial lesions (HSIL) increased, especially from 64 years. The results on the basis of the examination suggest unnecessary repetition, with high concentrations of annual range. In the period analyzed, there was an increase in the percentage of unsatisfactory samples and steady decline in the percentage of samples with representative of Transformation zone (TZ). Among the variables that make up the database, the lowest percentage of completeness was observed for schooling, and color / race. The slow progression of cervical cancer lesions associated with the observed deficiencies in the screening process of this neoplasm in women of Teresina, in the period from 2006 to 2013, could result in a growing trend in mortality rates for cervical cancer in women of the capital after a few years. It is necessary to qualify as tracking actions of cervical cancer in the city of Teresina, in order to improve program coverage, reduce inequities of control actions as well as improve the morbidity and mortality rates of cervical cancer the uterus. Keywords: Uterine cancer. Cervical cancer. Mortality. Vaginal smear. Precancerous lesions. Screening programs. Siscolo.

12 12 1 INTRODUÇÃO O câncer do colo do útero (CCU) é um importante problema de saúde pública, sendo responsável, anualmente, por cerca de casos novos e óbitos no mundo, dos quais 87% ocorrem em países em desenvolvimento 1. É a segunda neoplasia mais incidente na população feminina brasileira, excetuando-se a de pele não melanoma, com uma taxa bruta de incidência estimada em 15,3/ mulheres 2 e estimativa de taxa de mortalidade padronizada por idade de 7,3/ mulheres 1. A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) é um fator necessário, mas não suficiente para a ocorrência do câncer do colo do útero, pois sua ocorrência depende, entre outras variáveis, do estado geral do hospedeiro, do subtipo do vírus, da carga viral e da persistência da infecção 3. Uma característica do CCU é a sua consistente associação, em todas as regiões do mundo, com o baixo nível socioeconômico e cultural, ou seja, com os grupos que têm maior vulnerabilidade social, acentuada pela dificuldade de acesso à rede de serviços de saúde, quer por questões geográficas ou por questões culturais 1,4-11. Foi observada uma redução nas taxas de incidência e mortalidade por câncer do colo do útero nos países desenvolvidos nos últimos 50 anos, devido à implantação de programas de rastreamento sistemático para a população em risco 12. Nos Estados Unidos, por exemplo, a incidência do câncer do colo do útero passou de 32,6/ mulheres no final dos anos 1940 para 7,9/ em 1990, com redução também das taxas de mortalidade especialmente durante os anos 1960 e No entanto, a situação tem sido diferente nos países em desenvolvimento, principalmente na América Latina, Caribe, Ásia e África, nos quais se observa um aumento anual da incidência e da mortalidade 14,15. Diferentes autores apontam tendência de aumento da mortalidade em algumas regiões do Brasil, e tendência de queda em outras 16,17. O Piauí tem sido destaque por apresentar um dos maiores incrementos nas taxas de mortalidade por câncer do colo do útero em comparação com os demais estados brasileiros 17,18. A grande variabilidade das taxas de incidência e mortalidade por este tipo de câncer entre regiões brasileiras, micro e macrorregiões dos estados, assim como entre as capitais e municípios do interior dos estados tem despertado atenção e sido objeto de investigação de alguns estudos Este estudo tem como proposta analisar a tendência da mortalidade por câncer de útero no Piauí e avaliar o rastreamento do câncer do colo do útero no município de Teresina, com base nos dados do Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero.

13 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Câncer do colo do útero Epidemiologia do câncer do colo do útero O câncer do colo do útero (CCU) é uma neoplasia prevenível e curável quando diagnosticada precocemente. Trata-se de uma doença com história natural bem conhecida, etapas bem definidas e progressão lenta das suas lesões, o que lhe confere um dos mais altos potenciais de prevenção e cura dentre todos os tipos de câncer 23. Apresenta vários estágios em sua evolução, iniciando pelo surgimento de uma lesão precursora que pode, ou não, evoluir para um processo invasor num período que varia de 10 a 20 anos 24. Esse período relativamente longo permite que ações preventivas sejam realizadas com o objetivo de romper a cadeia epidemiológica da doença, podendo ser curável em até 100% dos casos 25. Esta neoplasia é uma doença lenta e silenciosa, com uma fase pré-clínica, assintomática, porém com importantes transformações intraepiteliais 23. Conforme a doença progride, os principais sintomas são sangramento vaginal, corrimento e dor 24. A doença acomete mulheres na faixa etária reprodutiva, concentrando-se naquelas com idade acima de 35 anos, com pico máximo de incidência entre 45 e 49 anos; no entanto, tem sido observado um aumento da ocorrência em mulheres mais jovens 26. A infecção por subtipos oncogênicos do papilomavírus humano (HPV), transmitido sexualmente, constitui o fator causal primário para o desenvolvimento do CCU 27. Foram classificados como de alto risco 15 subtipos de HPV (16, 18, 31, 33, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82) 28. Os subtipos HPV16 e HPV18 são os mais comuns, e causam cerca de 60 a 70% dos casos de CCU em todo o mundo 28,29. A infecção por HPV precede o desenvolvimento do CCU por longo período, processo que pode variar de 10 a 20 anos. A infecção persistente pelo vírus é necessária para o desenvolvimento e progressão de lesões pré-cancerosas do colo do útero, tanto para graus mais elevados de lesões pré-cancerosas, como para o câncer 30. Estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquirir o vírus HPV ao longo da vida 31. No mundo, aproximadamente 291 milhões de mulheres são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos subtipos 16, 18 ou ambos 31. Contudo, o CCU é um desfecho raro, mesmo na presença da infecção pelo HPV, pois seu desenvolvimento depende, entre outras variáveis, do estado geral do hospedeiro, do subtipo do vírus, da carga viral e da

14 14 persistência da infecção pelo HPV 3. A maioria das infecções por HPV regridem espontaneamente, sendo, quase sempre, totalmente assintomáticas 32. Ou seja, a infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente para a ocorrência do CCU 3. Uma característica do CCU é a sua consistente associação, em todas as regiões do mundo, com o baixo nível socioeconômico e cultural, ou seja, com os grupos que têm maior vulnerabilidade social, acentuada pela dificuldade de acesso à rede de serviços de saúde, por questões geográficas ou culturais 1,4-11. SWAMINATHAN et al. 8, em estudo realizado na Índia, observaram que o risco de CCU foi inversamente associado ao aumento dos níveis de escolaridade. THULASEEDHARAN et al. 11, em estudo no mesmo país, também observaram que mulheres com baixo nível de escolaridade apresentavam risco significativamente aumentado de CCU Incidência do câncer do colo do útero As maiores taxas de incidência de CCU são encontradas nos países da África Oriental (42,7/ ), África Ocidental (29,3/ ), África do Sul (31,5/ ), Centro-sul da Ásia (19.3/ ), América do Sul (20,3/ ) e Melanésia (33,3/ ). As menores taxas de incidência são observadas na Finlândia (4,3/ ), Austrália/Nova Zelândia (5,5/ ), países da América do Norte (6,6/ ) e Europa Ocidental (7,3/ ) 1. Os países da Ásia Ocidental e da zona do Mediterrâneo também apresentam baixas taxas de incidência (< 5/ ), que correspondem à baixa prevalência de HPV, possivelmente explicada pela baixa transmissão do vírus, devido ao menor número de parceiros sexuais dos indivíduos, já que os princípios religiosos daquela região condenam, radicalmente, contatos sexuais extraconjugais 33. No Brasil, a grande variação nas taxas de incidência do CCU reflete diferenças geográficas na prevalência do HPV 34 e/ou a disponibilidade de um programa de rastreamento, prevenção e controle das lesões cervicais precursoras 35. Alguns autores apontam que as diferenças regionais nas taxas de incidência de CCU estão correlacionadas com diferenças sociais, mostrando associação positiva entre taxas mais elevadas e estratos socioeconômicos menos favorecidos 4,5. Para o ano de 2012, foi estimado pelo IARC a ocorrência de novos casos desta neoplasia no Brasil; representando o quarto país com maior número absoluto de casos do mundo 1.

15 15 Com base nas informações dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) existentes no país, observam-se grandes diferenças regionais na incidência de CCU. Algumas capitais do país, como Manaus, Palmas e Cuiabá, apresentam taxas de incidência de 50,59; 49,38; e 35,63/ , respectivamente, que são até cinco vezes maiores que a taxa encontrada em Jaú (10,23/ ), a cidade que registra a menor taxa de incidência de CCU entre aquelas que têm RCBP 36. Segundo o INCA 2, no estado do Piauí, para o ano de 2014, eram esperados 24 casos por mulheres, a segunda maior taxa de incidência dentre os estados do Nordeste; e para a capital Teresina, eram esperados 27 casos por mulheres. Embora em Teresina exista um RCBP implantado desde , os dados de incidência referentes ao período de seu funcionamento não foram ainda disponibilizados. Enquanto em vários países em desenvolvimento as taxas de incidência do CCU estão aumentando, observa-se em muitos países desenvolvidos um predominante declínio na incidência da neoplasia 15,38. A redução substancial na incidência do CCU em alguns países tem sido associada à implementação de programas de rastreio de base populacional, como observado na Escócia 39, Suécia 40, Islândia 41, Canadá 42, Itália 43, EUA 44, Nova Gales do Sul 45, Finlândia 46. Nos países nórdicos, no período de , as taxas de incidência do CCU reduziram em até 75% 41. As taxas de incidência da doença também diminuíram em áreas de alto risco, incluindo a Coréia do Sul 47, China 48, Índia 49 e Taiwan 50, o que tem sido explicado pela melhoria das atividades de rastreio e das condições socioeconômicas, embora o declínio proporcional tenha sido menor em comparação com os países ocidentais. Onde a cobertura de rastreio é baixa ou de má qualidade, a tendência da incidência do CCU é aumentar ou permanecer estável, conforme observado na Eslovênia 51, Bulgária, Romênia, bem como em vários países da Europa Oriental, onde estão as maiores taxas de incidência do CCU do continente europeu 52. Vários estudos mostram que a incidência de CCU vem crescendo entre as gerações mais jovens Esta tendência reflete a mudança de comportamento sexual, com diminuição da idade de início da vida sexual e aumento no número de parceiros sexuais, fatores associados à maior propabilidade de infecção pelo HPV 54,56,57. Poucos estudos avaliaram a tendência temporal da incidência do CCU no Brasil. Alguns estudos localizados sugerem aumento na incidência da doença 58, enquanto outros mostram declínio 59,60, no entanto, essa redução é bem inferior quando comparada àquela dos países desenvolvidos e com programas de rastreio de base populacional.

16 Mortalidade por câncer do colo do útero O CCU é responsável pelo óbito de mulheres, anualmente, no mundo, dos quais 87% ocorrem em países em desenvolvimento 1, sendo a principal causa de morte por câncer e morte precoce entre as mulheres na maior parte da África Subsaariana, América do Sul, Caribe e Ásia Meridional 7. Arbyn et al. 61, em estudo no período , obervaram tendências crescentes de mortalidade em alguns países da Europa Oriental, como Letônia, Lituânia, Bulgária e Romênia, enquanto observaram que na Estônia, as taxas de mortalidade mantiveram-se estáveis. Os autores explicam essa tendência pela ausência de programa de rastreio organizado: insuficiência de recursos e capacidade de gestão, e baixa cobertura, atingindo menos de 20% da população alvo. A redução nas taxas de mortalidade por CCU, em alguns países, foi proporcional à cobertura de rastreamento por eles alcançada, como observado na Escócia 39, Itália 43, China 62, Taiwan 63, entre outros. Sigurdsson et al. 41, em estudo que abrangeu o período de 1986 a 1995, verificaram redução na mortalidade por CCU em todos os países nórdicos: Islândia (76%), Finlândia (73%), Suécia (60%), Dinamarca (55%) e Noruega (43%). Os resultados destes estudos indicam um declínio na tendência da mortalidade do câncer cervical após a implantação do programa de triagem. Corroborando esses achados, Dicksion et al. 64 verificaram que, no Canadá, a mortalidade por CCU tem diminuído de forma constante, a partir de um pico de 13,5 para 2,2 por (83%), entre 1952 e Os autores também apontam que a redução da mortalidade pode ser atribuída à alta proporção de mulheres rastreadas. Simard et al. 65, em estudo de tendência de mortalidade por CCU nos EUA, observaram maior declínio na mortalidade no grupo de mulheres com maior escolaridade e maior renda. McCarthy et al. 9, em estudo que avalia o impacto das disparidades raciais/étnicas e socioeconômicas na mortalidade das mulheres com CCU, em Nova York, observaram que as mulheres brancas e que vivem em bairros de alta renda têm menor risco de morrer por CCU, em comparação com mulheres negras e que vivem em bairros de baixa renda. Segundo Gonzaga et al. 17, as taxas de mortalidade por CCU estabilizaram no Brasil, considerando o país como um todo, porém, com grandes variações regionais: tendência de queda na região Sul (-4,1%/ano), no período de , Sudeste (-3,3%/ano), no período de , Centro-oeste (-1%/ano), entre e tendência de aumento na região Nordeste (3,5%/ano), no período de e na região Norte (2,7%/ano), entre 1996 e As maiores reduções foram observadas nos estados de São Paulo (-5,1%/ano), Rio Grande do Sul,

17 17 Espírito Santo e Paraná (-4,0%/ano). Os maiores aumentos nas tendências de mortalidade ocorreram na Paraíba (12,4%/ano), Maranhão (9,8%/ano), Tocantins (8,9%/ano) e Piauí (6,6%/ano). Em São Paulo, a mortalidade por CCU não apresentou modificações expressivas em um período de 20 anos a No estado do Paraná, no período de 1980 a 2000, Muller et al. 66 observaram que a maioria das regiões do estado apresentou tendência estável das taxas de mortalidade por CCU. No entanto, três regionais de saúde, justamente as possuidoras de piores indicadores socioeconômicos, apresentaram tendências crescentes na mortalidade, as quais contribuíram para a taxa de crescimento anual de 1,67% na mortalidade por CCU no estado. Azevedo e Silva et al. 16 descreveram a tendência de mortalidade por CCU no Brasil de acordo com as regiões geográficas, capitais e outros municípios para o período de 1981 a 2006, usando a redistribuição proporcional de mortes de neoplasia do útero e porção não especificada. Após a correção, os autores verificaram tendência de queda na mortalidade por CCU nas capitais dos estados em todas as regiões geográficas do país. Nos municípios do interior, houve aumento nas regiões Norte e Nordeste, queda nas regiões Sudeste e Sul, e tendência estável no Centro-Oeste. Gamarra et al. 18 analisaram a mortalidade por CCU nas capitais e interior dos estados da região Nordeste para os quinquênios 1996 a 2000 e 2001 a A tendência decrescente mais expressiva das taxas de mortalidade, avaliada pela variação percentual entre os dois quinquênios analisados, foi observada em Natal, Rio Grande do Norte (-25%). Por outro lado, a evolução ascendente das taxas de mortalidade mais intensa foi observada no interior do Piauí (170%). Girianelli et al. 22 assinalaram, no período de 1980 a 2010, queda da mortalidade por neoplasia maligna do colo do útero no Brasil como um todo, exceto nos municípios do interior das regiões Norte e Nordeste, que apresentaram tendência de aumento, com variação percentual anual (APC), respectivamente, de 1,7% e 1%. As capitais do Nordeste apresentaram a maior redução dentre as regiões brasileiras, com variação percentual negativa de 3,3%/ano. Segundo Nunes et al. 67, a importância de analisar a mortalidade por causa básica de câncer do colo uterino, considerando o conjunto das classificações da CID (Classificação Internacional de Doenças), das subcategorias de câncer do útero, colo do útero (CID-10 C53), corpo de útero (CID-10 C54) e útero porção não especificada (CID-10 C55), responde a necessidade de observar o que acontece com as taxas deste último grupo. Na medida em que a qualidade do sistema de registros de óbitos melhora, especificando a porção do útero responsável pela neoplasia, estas mortes migram, na sua maioria, para o grupo da neoplasia do colo do útero.

18 18 A análise isolada de uma localização anatômica pode levar ao estabelecimento de conclusões equivocadas sobre as tendências de mortalidade do CCU Sobrevida do câncer do colo do útero Nos EUA, para mulheres com CCU diagnosticado entre 1984 e 1986, a sobrevida relativa de um, dois e cinco anos, foi respectivamente de 87%, 72% 67%; enquanto que, nas Filipinas, para mulheres com diagnóstico em 1987, a sobrevida relativa de um, dois e cinco anos foi respectivamente 70%, 38% e 29% 12. Chen et al. 68 analisaram a sobrevivência das mulheres com CCU na Alemanha. O período de análise para calcular a sobrevida relativa de 5 anos foi de 2002 a A sobrevida relativa ajustada por idade foi de 64,7%. O prognóstico variou fortemente com a idade da mulher e o estágio da doença. Observou-se na faixa etária de anos, uma sobrevida de 5 anos de 81,7% e, no grupo etário de 70 ou mais anos, de 46,3%. A sobrevida relativa de 5 anos atingiu 84,6% para estágio localizado, 48,2% para regional e 17,9% para avançado. Na Coréia, a taxa de sobrevida relativa de 5 anos foi de 79,2% e as taxas de sobrevivência relativa aos 5 anos, de acordo com estadiamento pela FIGO (The International Federation of Gynecology and Obstetrics) foram de 94,2%, 69,7%, 38,9% e 21,1% para os estágios I, II, III, e IV, respectivamente 69. Franco et al. 12 observaram alguns fatores que influenciam a magnitude da sobrevivência em diferentes populações: a proporção relativa de pacientes com estágio avançado da doença e em estágio inicial, a distribuição etária da coorte de pacientes, o acesso à cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Estes três fatores, particularmente o primeiro e o terceiro, estão fortemente relacionados ao nível socioeconômico. As mulheres de menor renda teriam diagnóstico tardio, quando a doença já estaria em estágio avançado e, consequentemente teriam menor sobrevida. Na Índia, no período de 1992 a 1994, a taxa de sobrevida de 5 anos foi de apenas 47,7% para as mulheres com CCU 70. Mascarello et al. 71, em estudo abrangendo o período de 2000 a 2005, analisaram a sobrevivência das mulheres com CCU atendidos em um hospital de referência em oncologia, no estado do Espírito Santo, Brasil. Os autores observaram sobrevida global de 5 anos de 58,8%. Mulheres com estágios III e IV no momento do diagnóstico apresentaram risco aumentado de 4,33% e 15,40%, respectivamente, para menor sobrevida quando comparado ao estágio I. Esses resultados mostram que diagnóstico precoce e tratamento são essenciais para a redução da mortalidade por CCU.

19 Fatores associados ao desenvolvimento do câncer do colo do útero Alguns fatores são considerados de risco para o desenvolvimento do CCU, pois aumentam a probabilidade de infecção pelo HPV, ou permitem/facilitam a ação do vírus na cérvice uterina das mulheres. Muitos estudos ao longo dos anos reforçam a associação do CCU com a atividade sexual das mulheres, evidenciando que o risco de desenvolver esse câncer é maior em mulheres com múltiplos parceiros sexuais, com início precoce da atividade sexual, que tiveram muitos filhos, ou que seus companheiros tenham tido várias parceiras sexuais, pois esses fatores se associam à transmissão e infecção pelo HPV Vários estudos referem o tabagismo como um fator de risco para o desenvolvimento de CCU A Colaboração Internacional de Estudos Epidemiológicos, pesquisando a associação do tabagismo com o risco de desenvolvimento de CCU, analisou dados individuais de mulheres com CCU e mulheres sem CCU. Os resultados mostraram que mulheres que fumavam têm risco significativamente maior (RR = 1,60) de desenvolver a neoplasia do que as mulheres que não fumavam. Ex-fumantes também apresentaram risco aumentado (RR = 1,12), embora em menor grau. Nas mulheres que fumavam, o risco relativo de desenvolver CCU foi maior com o aumento do número de cigarros fumados por dia e também com menor idade ao começar a fumar 85. O tabagismo contribui para a oncogênese cervical por meio de dois mecanismos. O primeiro mecanismo está associado com o decréscimo das células de Langerhans no epitélio escamoso cervical, sugerindo diminuição da imunidade local. As células de Langerhans são apresentadoras de antígenos e responsáveis pela ativação de imunidade celular contra o HPV 86,87. O segundo mecanismo ocorre quando o DNA das células epiteliais cervicais é exposto à nicotina e à cotidina, além de outros componentes da fumaça 88,89. O uso prolongado de contraceptivos orais também aumenta o risco de mulheres desenvolverem CCU. Hormônios esteróides na forma de contraceptivos comumente administrados durante a fase reprodutiva parecem aumentar as transformações epiteliais cervicais causadas pelo HPV 80. Smith et al. 90, em revisão sistemática, com 28 estudos (4 coorte e 24 caso-controle) realizados em diversos países do mundo, compararam o risco relativo de usuárias de contraceptivos orais desenvolverem CCU, comparadas a não usuárias. O risco relativo das usuárias de contraceptivos orais desenvolverem CCU aumentou com o tempo de

20 20 uso: usuárias por menos de 5 anos, 5 a 9 anos e 10 anos ou mais, respectivamente, os riscos relativos foram de 1,1; 1,6; e 2,2. Moreno et al. 91 verificaram que em mulheres infectadas pelo HPV, o uso prolongado de contraceptivos orais pode ser um fator que aumenta o risco de desenvolver CCU em até quatro vezes. Em usuárias de contraceptivos orais por menos de 5 anos, não houve um risco aumentado de CCU; em usuárias por 5 a 9 anos, o risco relativo foi de 2,82; e em usuárias por 10 anos ou mais, o risco foi de 4,03. Outro fator de risco é o estado imunológico. Acredita-se que o estado de imunocompetência do hospedeiro pode ter algum papel na evolução das lesões cervicais. O HPV, reconhecidamente associado ao CCU, atinge as células basais da mucosa do colo uterino. Como estas células não têm resposta eficiente aos antígenos, o HPV permanece em seu interior, sem desencadear resposta imunológica, determinando atraso em seu reconhecimento pelo sistema imune, o que facilita sua multiplicação. Mulheres que já possuem seu sistema imune debilitado, por exemplo, mulheres soropositivas para o HIV, têm maior probabilidade de desenvolver CCU comparada com a população em geral 92. A ectopia cervical tem sido discutida como outro fator relacionado com infecção pelo HPV e, dessa forma, com desenvolvimento do CCU. Toon, et al. 93 demonstraram que mulheres com citologia normal e ectopia apresentam mais frequentemente HPV-DNA que as mulheres sem ectopia. Não obstante, Karlsson et al. 94, estudando a positividade para HPV-DNA em mulheres, verificaram que 20% das mulheres com ectopia cervical apresentavam infecção por HPV, enquanto 24% que apresentavam esta infecção não tinham ectopia. Não sendo esta diferença estatisticamente significativa, os autores concluíram que a ectopia não é fator predisponente para infecção por HPV Prevenção e controle É consenso na literatura científica que um programa de rastreamento bem organizado pode reduzir a incidência e a mortalidade do CCU em até 90% 1. Essas evidências vêm, principalmente, da experiência de países desenvolvidos, nos quais foram obtidas reduções significativas após a introdução de programas de rastreio populacional. O rastreamento do CCU representa um processo complexo em múltiplas etapas: aplicação do exame de rastreamento, identificação dos casos positivos (suspeitos de lesão precursora ou câncer), confirmação diagnóstica e tratamento

21 21 O método convencional para rastreamento do CCU é a colpocitologia oncótica, ou teste de Papanicolau, considerado um método de baixo custo, simples e de fácil execução; realizado em uma população saudável, a fim de identificar os indivíduos que têm a doença, mas ainda não têm sintomas. Estas características o tornam um método amplamente utilizado em programas de controle do CCU. Na fase pré-clínica (assintomática) do CCU, a detecção de possíveis lesões precursoras se dá por meio da realização periódica do exame preventivo 95. Ainda não foram implantados com sucesso, na maioria dos países em desenvolvimento, programas de rastreio de base populacional do CCU, apesar da maior carga da doença ocorrer nesses países. O que existe é um rastreio citológico oportunista. As barreiras encontradas são: competição de necessidades de saúde (além do CCU, tais países também apresentam altas taxas de doenças transmissíveis e complicações maternas e perinatais), escassez de recursos humanos e financeiros para cobrir a população-alvo, inclusive de meios para confirmação de diagnósticos e para tratamento e acompanhamento das mulheres com resultados anormais, acesso limitado a cuidados de saúde primários, mulheres com baixo nível de escolaridade, guerras e conflitos civis 96. Atingir alta cobertura da população definida como alvo é o componente mais importante no âmbito da atenção primária para que se obtenha significativa redução da incidência e da mortalidade por CCU. No Reino Unido, em 1988, a cobertura do rastreamento do CCU era de 42% e a incidência de 14 a 16 casos novos para cada mulheres por ano. Por meio de cartas-convite, a cobertura aumentou para 85% em 1994 e, nesse curto período e sem alterações das recomendações assistenciais vigentes, a incidência caiu cerca de 50%, para 10 casos novos por mulheres. A rigor, utilizando cartas-convite, começou a ocorrer a migração do rastreamento oportunístico, realizado no momento de um atendimento eventual, para um rastreamento organizado, de acordo com a periodicidade recomendada para as mulheres definidas como de risco, e que progressivamente passou a controlar as mulheres em falta com esse acompanhamento 97. O parâmetro que distingue o rastreio oportunista do CCU dos programas de rastreio de base populacional é a falta de um processo de monitoramento e avaliação rotineira. No rastreamento de base populacional é possível identifcar o histórico individual das mulheres em relação à realização do exame citopatológico do colo do útero: periodicidade dos exames, data de realização do último exame, resultados, entre outros, o que permite identificar as mulheres que estão em falta com o rastreamento para chamá-las a repetir ou fazer pela primeira vez os exames. No rastreamento oportunista, não há o controle de qual mulher está realizando o exame, nem a periodicidade em que os exames são realizados; geralmente, o rastreio oportunista ocorre quando

22 22 a usuária procura o sistema de saúde por outro motivo, o que torna a distribuição da cobertura do Papanicolau irregular; enquanto uma parte das mulheres realiza o exame com uma rotina mais frequente que o necessário, outras nunca têm acesso Gakidou et al. 100 analisaram a cobertura do rastreio do CCU em 57 países. Em 16 dos 57 países analisados, mais da metade das mulheres nunca tinham tido um exame pélvico. Esta proporção foi maior na Etiópia e Bangladesh, onde mais de 90% das mulheres relataram nunca ter feito um exame pélvico. Na Geórgia, por exemplo, 67% das mulheres realizaram exame pélvico (cobertura bruta), mas apenas 11% tinham realizado nos três anos anteriores e acompanhado por um exame de Papanicolau (cobertura eficaz); do mesmo modo na China, a cobertura bruta foi de 70%, enquanto a cobertura de rastreio eficaz foi de apenas 23%. Os autores observaram que a cobertura do rastreio é muito baixa em países em desenvolvimento e as mulheres em maior risco de desenvolver a doença, que são as pobres, são menos propensas a serem rastreadas. A cobertura do rastreio também diminui com o avanço da idade, quando a incidência do CCU é maior. No Brasil, a inexistência atual de um cadastro universal de base populacional impede o controle das mulheres que realizam os exames e a periodicidade com que o fazem. Gasperin et al. 101, em estudo de base populacional realizado em Florianópolis, Santa Catarina, observaram maior cobertura do Papanicolau nas mulheres à medida que aumentava a renda e a escolaridade, com diferenças estatisticamente significativas. Verificaram também maior cobertura do Papanicolau entre as mulheres que informaram apresentar duas ou mais doenças crônicas, as quais favorecem a regularidade do cuidado, com realização de exames e a repetição destes com maior frequência e menor intervalo. Conforme encontrado em outras investigações 102,103, a probabilidade de receber cuidados preventivos em saúde é maior para as mulheres portadoras de doenças crônicas ou que receberam alguma intervenção, como consulta médica ou internação hospitalar, sugerindo que o rastreamento do CCU ocorre de forma oportunista. A International Agency for Research on Cancer (IARC) realizou estudo que envolveu oito países e que serviu de base para toda uma geração de normas ainda hoje vigente no mundo em relação à periodicidade de realização do Papanicolau. O estudo demonstrou que, em mulheres entre 35 e 64 anos, depois de um exame citopatológico do colo do útero negativo, um exame subsequente pode ser realizado a cada três anos, com eficácia semelhante à realização anual. Após um exame citopatológico negativo e com cobertura de 100% da população-alvo, espera-se uma redução percentual da incidência cumulativa de lesão invasora do colo do útero de 93,5% para intervalos de até um ano entre os exames citopatológicos; para intervalos de até três anos entre os exames, a redução estimada é de 90,8% 104.

23 23 Alguns estudos mostram que o rastreamento do CCU em mulheres com menos de 25 anos tem impacto muito limitado na redução da incidência e/ou mortalidade por CCU. Primeiro, porque a incidência do CCU em mulheres até 24 anos é muito baixa. Nos Estados Unidos, observou-se que apenas 1,1% dos casos da doença ocorreram em mulheres com até 24 anos de idade, em uma amostra de casos de câncer diagnosticados entre 1998 e Estudo realizado pelo IARC (1986) estimou que ao iniciar o rastreamento do CCU aos 25 anos de idade, e não aos 20 anos, perde-se apenas 1% de redução da incidência cumulativa do CCU. Além disso, o início mais precoce representaria um importante aumento de diagnósticos de lesões de baixo grau, consideradas não precursoras e representativas apenas da manifestação citológica da infecção pelo HPV, que têm grande probabilidade de regressão espontânea entre 6 meses a 2 anos após a exposição 32,106 e resultariam em um número significativo de colposcopias e procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários. Um fato importante mais recentemente demonstrado é que o tratamento de lesões precursoras do CCU em adolescentes e mulheres jovens está associado ao aumento da morbidade obstétrica e neonatal, como parto prematuro 107. Portanto, justifica-se estimular, em alguns casos, conduta conservadora relacionada a alterações citológicas cervicais, em mulheres jovens, tendo em vista que a maioria delas ainda não tem filhos. Cabe ainda ressaltar a importância do impacto psíquico que o diagnóstico de uma doença sexualmente transmissível e precursora do câncer terá em adolescentes e adultas jovens na construção da autoimagem e da sexualidade. Mulheres jovens sexualmente ativas devem ser orientadas sobre anticoncepção e doenças sexualmente transmissíveis. Essas medidas podem ser implementadas sem a necessidade da inclusão no programa de rastreamento 108. Tais fatos vêm sendo considerados em recomendações de diversos países em relação ao início do rastreamento. Recomendações internacionais vêm retardando o início do rastreamento do CCU. Nos Estados Unidos, a Sociedade Americana de Câncer (ACS) indicava o rastreio após o início da atividade sexual. Posteriormente, passou a recomendar que fosse realizado a partir dos 18 anos e, em 2002, passou a adotar três anos depois do início da atividade sexual, com limite máximo aos 21 anos 109. Em 2009, o American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) eliminou a regra de três anos depois do início da atividade sexual e passou a recomendar o rastreio apenas a partir dos 21 anos de idade 110. Na Europa, o rastreamento do CCU é iniciado preferencialmente entre 25 e 30 anos de idade 11, com algumas variações regionais 112. Há menos evidências objetivas sobre quando as mulheres devem encerrar a realização do exame citopatológico no rastreamento do CCU. Há uma tendência de ampliar o intervalo entre as

24 24 coletas em mulheres com idade mais avançada, como propõem as recomendações atuais da OMS. De qualquer forma, mesmo em países com população de alta longevidade, não há dados objetivos de que o rastreamento cause um impacto significativo após os 65 anos 113. Como outra forma de prevenção deste câncer, o Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos de idade. Em 2014, receberam a vacina meninas de 11 a 13 anos; em 2015, meninas de 9 a 11 anos e, em 2016, receberão a vacina apenas meninas de 9 anos. Foi adotado no Brasil, o esquema vacinal estendido, com 3 doses (0, 6 e 60 meses). Esta vacina protege contra os subtipos 6, 11,16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos 70% dos casos de câncer do colo do útero. Cabe lembrar que vacinação é uma ferramenta de prevenção primária e também não substitui o rastreamento do câncer, pois a vacina não confere proteção contra todos os subtipos oncogênicos de HPV. Da mesma forma, ela também não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais Alterações citológicas cervicais Classificação A classificação dos laudos cervicais da colpocitologia passou por diferentes etapas, desde a clássica categorização das alterações cervicais definidas por George Papanicolaou até a atual Nomenclatura Brasileira. Ao longo do tempo, ocorreram diversas modificações que incorporaram progressivamente o conhecimento adquirido sobre a história natural das lesões, sempre na tentativa de melhorar a correlação cito-histológica. Deve-se destacar que o objetivo do exame continua o mesmo, ou seja, a intenção é identificar alterações sugestivas de uma doença e, como consequência, também indicar ações que possibilitem o diagnóstico de certeza. Papanicolaou George Papanicolaou foi um médico grego que dedicou sua vida aos estudos sobre a citologia vaginal e da cérvice. Em 1917, descobriu como ocorria o processo de ovulação. Este fato levou-o a descobrir que existiam variações de padrões e sequências citológicas diferentes que determinavam o ciclo ovariano e menstrual 115,116.

Colpocitologia Oncótica Anormal na Gestação. O exame citopatológico da cérvice é ainda o método de rastreio por excelência

Colpocitologia Oncótica Anormal na Gestação. O exame citopatológico da cérvice é ainda o método de rastreio por excelência Colpocitologia Oncótica Anormal na Gestação José Eleutério Junior O exame citopatológico da cérvice é ainda o método de rastreio por excelência para detecção de lesões pré-malignas e malignas iniciais

Leia mais

PRÁ-SABER DIGITAL: Informações de Interesse à Saúde SISCOLO Porto Alegre 2007

PRÁ-SABER DIGITAL: Informações de Interesse à Saúde SISCOLO Porto Alegre 2007 1 SISCOLO RELATÓRIO 2007 2 Prefeitura Municipal de Porto Alegre Prefeito José Fogaça Secretaria Municipal da Saúde Secretário Eliseu Santos Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde Coordenador José Ângelo

Leia mais

Interpretação da colpocitologia

Interpretação da colpocitologia DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO -USP- Interpretação da colpocitologia 22ª Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da Maternidade Sinhá Junqueira PATRICIA

Leia mais

CÂNCER DE COLO ÚTERINO: DIAGNÓSTICOS E PREVENÇÃO, TRATAMENTO.

CÂNCER DE COLO ÚTERINO: DIAGNÓSTICOS E PREVENÇÃO, TRATAMENTO. CÂNCER DE COLO ÚTERINO: DIAGNÓSTICOS E PREVENÇÃO, TRATAMENTO. Allef Ravely Dias Gonzaga¹ Neilma Santos Cavalcanti De Andrade¹, Rúbia De Souza Porto¹, Simone De Carvalho Rocha¹ Giovanni Tavares De Sousa²

Leia mais

RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO

RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COBERTURA, PERIODICIDADE E POPULAÇÃO-ALVO ATENÇÃO ÀS MULHERES Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, 2016 O Câncer do colo do útero, apesar de prevenível e tratável, ainda é o responsável pela morte de cerca de

Leia mais

PERCENTUAL DE EXAMES ALTERADOS FRENTE À PRESENÇA DE CÉLULAS DA JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA

PERCENTUAL DE EXAMES ALTERADOS FRENTE À PRESENÇA DE CÉLULAS DA JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

PREVALÊNCIA CITOPATOLÓGICA DE ALTERAÇÕES COLO UTERINAS EM RESIDENTES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, ENTRE 2006 A

PREVALÊNCIA CITOPATOLÓGICA DE ALTERAÇÕES COLO UTERINAS EM RESIDENTES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, ENTRE 2006 A PREVALÊNCIA CITOPATOLÓGICA DE ALTERAÇÕES COLO UTERINAS EM RESIDENTES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, ENTRE 2006 A 2014 1 Douglas Vinícius Pires De Menezes 2, Matias Nunes Frizzo 3, Bruna Lanielle Roratto

Leia mais

Rastreio: Quando iniciar e quando parar? O que dizem as evidências?

Rastreio: Quando iniciar e quando parar? O que dizem as evidências? Rastreio: Quando iniciar e quando parar? O que dizem as evidências? Andréa Cytryn Trocando Ideias XIX Click to edit Master subtitle style Agosto de 2015 Trocando Ideias XIX Hospital Federal de Ipanema

Leia mais

Aula 10 Propedêutica Ginecológica IV: diagnósticos. Prof. Ricardo Mattos UNIG,

Aula 10 Propedêutica Ginecológica IV: diagnósticos. Prof. Ricardo Mattos UNIG, Saúde Integral da Mulher Aula 10 Propedêutica Ginecológica IV: diagnósticos colpocitológicos alterados Prof. Ricardo Mattos UNIG, 2009.1 Tríade Diagnóstica Colpocitologia (*Screening) Colposcopia Anatomopatologia

Leia mais

MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO, CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS E COBERTURA DO EXAME PAPANICOLAU NA PARAÍBA,

MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO, CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS E COBERTURA DO EXAME PAPANICOLAU NA PARAÍBA, MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO, CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS E COBERTURA DO EXAME PAPANICOLAU NA PARAÍBA, 2010-2014 Milena de Cassia Alves Monteiro da Silva¹; Wedja Marcelino da Silva²; Yonara

Leia mais

Profa. Dra. Margarida S. Matos

Profa. Dra. Margarida S. Matos Profa. Dra. Margarida S. Matos Objetivo da gestão NIC I Evitar uma possível progressão para câncer invasivo, considerando a possibilidade de evitar super tratamento de lesões que são susceptíveis de regressão.

Leia mais

O PERFIL DE INTERNAÇÕES DO SUS PARA NEOPLASIA DO COLO UTERINO EM IDOSAS NO NORDESTE: UMA DESCRIÇÃO DE 2015 A 2017

O PERFIL DE INTERNAÇÕES DO SUS PARA NEOPLASIA DO COLO UTERINO EM IDOSAS NO NORDESTE: UMA DESCRIÇÃO DE 2015 A 2017 O PERFIL DE INTERNAÇÕES DO SUS PARA NEOPLASIA DO COLO UTERINO EM IDOSAS NO NORDESTE: UMA DESCRIÇÃO DE 2015 A 2017 Isabel Araújo da Silva 1, Alana de Almeida Mota 1, Eryca Thaís Oliveira dos Santos 2, Claudio

Leia mais

Informe Epidemiológico- Câncer de Mama

Informe Epidemiológico- Câncer de Mama Informe Epidemiológico- Câncer de Mama Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC Câncer de Mama no Mundo As doenças não transmissíveis são agora responsáveis pela maioria das mortes globais, e espera-se

Leia mais

Patologia - orientações

Patologia - orientações Patologia - orientações Padronização para Patologistas e Ginecologistas Elaborado pelas Sociedades Brasileiras de Citopatologia, de Patologia, de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia, FEBRASGO,

Leia mais

folder_saude_da_mulher.pdf 1 19/07/16 16:48 VIVER BEM ADRIANA JUSSARA EM A MULHER QUE VALIA POR MUITAS CMY SAÚDE DA MULHER

folder_saude_da_mulher.pdf 1 19/07/16 16:48 VIVER BEM ADRIANA JUSSARA EM A MULHER QUE VALIA POR MUITAS CMY SAÚDE DA MULHER folder_saude_da_mulher.pdf 1 19/07/16 16:48 VIVER BE ADRIANA JUSSARA E A ULHER QUE VALIA POR UITAS SAÚDE DA ULHER folder_saude_da_mulher.pdf 2 19/07/16 16:48 Leia o código e assista a história de Adriana

Leia mais

A PREVENÇÃO. faz a diferença CANCRO DO COLO DO ÚTERO. #4 Junho de 2016 Serviços Sociais da CGD

A PREVENÇÃO. faz a diferença CANCRO DO COLO DO ÚTERO. #4 Junho de 2016 Serviços Sociais da CGD Todas as mulheres que alguma vez tenham tido relações sexuais estão em risco de ter cancro do colo do útero. É causado pelo Papilomavírus Humano (HPV). É mais frequente a partir dos 30 anos O Cancro do

Leia mais

MÉTODOS MOLECULARES PARA IDENTIFICAÇÃO DO HPV COLO UTERINO. Dra Rejane Santana R3 Orientadora: Dra Vera Fonseca

MÉTODOS MOLECULARES PARA IDENTIFICAÇÃO DO HPV COLO UTERINO. Dra Rejane Santana R3 Orientadora: Dra Vera Fonseca UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO SERVIÇO DE GINECOLOGIA MÉTODOS MOLECULARES PARA IDENTIFICAÇÃO DO HPV NO RASTREIO DO CÂNCER DE COLO UTERINO Dra Rejane

Leia mais

Rastreio citológico na doença anal

Rastreio citológico na doença anal Clique para editar o estilo do subtítulo mestre Declaro inexistência de conflito de interesse. Medley G. Anal smear test to diagnose occult anorectal infection with human papillomavirus in men. British

Leia mais

UNIVERSIDADE PAULISTA CENTRO DE CONSULTORIA EDUCACIONAL DELANE CRISTINA DA SILVA AVALIAÇÃO CITOLÓGICA DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO-HPV

UNIVERSIDADE PAULISTA CENTRO DE CONSULTORIA EDUCACIONAL DELANE CRISTINA DA SILVA AVALIAÇÃO CITOLÓGICA DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO-HPV UNIVERSIDADE PAULISTA CENTRO DE CONSULTORIA EDUCACIONAL DELANE CRISTINA DA SILVA AVALIAÇÃO CITOLÓGICA DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO-HPV RECIFE-PERNAMBUCO 2012 DELANE CRISTINA DA SILVA AVALIAÇÃO CITOLÓGICA DO

Leia mais

IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO E DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL

IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO E DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO E DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL Maria Franncielly Simões de Morais 1, Juliana Romano de Lima 1, Carina Scanoni Maia 1 Universidade

Leia mais

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 16 TÍTULO: REVISÃO DE CONCEITO CITOMORFOLÓGICO PARA DIAGNÓSTICO DE ADENOCARCINOMA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES

Leia mais

ANÁLISE DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: EXAMES CITOPATOLÓGICOS E ANATOMOPATOLÓGICOS DE VIÇOSA, MG

ANÁLISE DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: EXAMES CITOPATOLÓGICOS E ANATOMOPATOLÓGICOS DE VIÇOSA, MG ANÁLISE DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: EXAMES CITOPATOLÓGICOS E ANATOMOPATOLÓGICOS DE VIÇOSA, MG Ana Cristine Pepe Parabocz 1, Eliangela Saraiva Oliveira Pinto 2 Resumo:

Leia mais

Benefícios adicionais: para além da prevenção do câncer

Benefícios adicionais: para além da prevenção do câncer Trocando Idéias XVI 2 de agosto de 2012 VACINA CONTRA O HPV - DIRETO AO PONTO Benefícios adicionais: para além da prevenção do câncer Clique para editar o estilo do subtítulo mestre Flávia de Miranda Corrêa

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE O RESULTADO DO EXAME PAPANICOLAOU E A REPRESENTATIVIDADE DA JUNÇÃO ESCAMO-COLUNAR

RELAÇÃO ENTRE O RESULTADO DO EXAME PAPANICOLAOU E A REPRESENTATIVIDADE DA JUNÇÃO ESCAMO-COLUNAR RELAÇÃO ENTRE O RESULTADO DO EXAME PAPANICOLAOU E A REPRESENTATIVIDADE DA JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR CERBARO, Kamila 1 ; ROSA, Jéssica 2 ; CORADINI, Lidiane 3 ; COSER, Janaina 4 ; HANSEN, Dinara 4 ; GARCES,

Leia mais

Rastreio do Câncer de colo : porque parar aos 64 anos?

Rastreio do Câncer de colo : porque parar aos 64 anos? Rastreio do Câncer de colo : porque parar aos 64 anos? Click to edit Master subtitle style Andréa Cytryn Junho de 2016 HOSPITAL FEDERAL DE IPANEMA Rastreio do Câncer de colo Identificar e tratar lesão

Leia mais

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 13. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 13. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 13 Profª. Lívia Bahia Atenção Básica e Saúde da Família Controle do câncer do colo do útero e de mama na Atenção Básica Avaliação dos resultados do exame

Leia mais

PACTUAÇÃO DE METAS PARA O MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO

PACTUAÇÃO DE METAS PARA O MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 9. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 9. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 9 Profª. Lívia Bahia Rastreio de Câncer Cérvico-uterino em mulheres que têm ou tiveram DST Mulheres com história ou portadoras de DST

Leia mais

Equipe de Vigilância de Eventos Vitais, Doenças e Agravos Não Transmissíveis SISCOLO RELATÓRIO 2006

Equipe de Vigilância de Eventos Vitais, Doenças e Agravos Não Transmissíveis SISCOLO RELATÓRIO 2006 SISCOLO RELATÓRIO 2006 1 Prefeitura Municipal de Porto Alegre Prefeito José Fogaça Secretaria Municipal da Saúde Secretário Eliseu Santos Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde Coordenador José Ângelo

Leia mais

ASC-US e ASC-H: abordagem simplificada

ASC-US e ASC-H: abordagem simplificada ASC-US e ASC-H: abordagem simplificada Trocando Idéias XIV 27-29 de agosto de 2009 Rio de Janeiro Fábio Russomano Nomenclatura SISTEMA BETHESDA (1988) SISTEMA BETHESDA (1991) SISTEMA BETHESDA (2001) Nomenclatura

Leia mais

Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Saúde e Medicina Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia

Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Saúde e Medicina Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Saúde e Medicina Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia ESTUDO DA COBERTURA VACINAL CONTRA INFLUENZA NO PERFIL DE MORTALIDADE DE IDOSOS NO BRASIL Autora:

Leia mais

Vacinação contra HPV e Controle do câncer de colo do útero no SUS Claudio Pompeiano Noronha

Vacinação contra HPV e Controle do câncer de colo do útero no SUS Claudio Pompeiano Noronha Vacinação contra HPV e Controle do câncer de colo do útero no SUS Claudio Pompeiano Noronha Coordenação Geral de Ações Estratégicas CGAE Instituto Nacional de Câncer - INCA Ministério da Saúde junho de

Leia mais

ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA

ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA Saúde da Mulher Profa. Dra. Ana Luiza Vilela Borges Como é o perfil epidemiológico das mulheres brasileiras? Do que adoecem e morrem? Expectativa média de vida das mulheres:

Leia mais

CORRELAÇÃO ENTRE A CITOPATOLOGIA E ANATONOPATOLOGIA NO EXAME DE PAPANICOLAOU NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA

CORRELAÇÃO ENTRE A CITOPATOLOGIA E ANATONOPATOLOGIA NO EXAME DE PAPANICOLAOU NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO CORRELAÇÃO ENTRE A CITOPATOLOGIA

Leia mais

Guia de Serviços Atualizado em 04/04/2019

Guia de Serviços Atualizado em 04/04/2019 Guia de Serviços Atualizado em 04/04/2019 Realizar consulta em ginecologia (patologia cervical) Atualizado em: 19/03/2019 Descrição A Consulta em Ginecologia - Patologia Cervical avalia a mulher com o

Leia mais

Vida Você Mulher. O que é. Proteção. Público Alvo

Vida Você Mulher. O que é. Proteção. Público Alvo VIDA VOCÊ MULHER Vida Você Mulher O que é É um Seguro de Vida desenvolvido especialmente para o público feminino, com coberturas e serviços diferenciados. Proteção A segurada conta com coberturas diferenciadas,

Leia mais

INTERNATIONAL NURSING CONGRESS

INTERNATIONAL NURSING CONGRESS 1 Alterações citopatológicas do colo uterino em mulheres numa referência estadual Juliana de Almeida Gonçalves (Enfermeira / graduada pela Universidade Tiradentes/Relatora) juli.dag2@gmail.com Felipe Mendes

Leia mais

Perspectivas da introdução das vacinas contra HPV junto aos programas de rastreio

Perspectivas da introdução das vacinas contra HPV junto aos programas de rastreio Perspectivas da introdução das vacinas contra HPV junto aos programas de rastreio Trocando Idéias XIV 27-29 de agosto de 2009 Rio de Janeiro Fábio Russomano Evidências da efetividade do rastreio citológico

Leia mais

AVALIAÇÃO DA FAIXA ETÁRIA DAS MULHERES QUE PARTICIPARAM DO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA

AVALIAÇÃO DA FAIXA ETÁRIA DAS MULHERES QUE PARTICIPARAM DO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

ENFERMAGEM NA ANÁLISE DE LAUDOS CITOPATOLÓGICOS CERVICAIS

ENFERMAGEM NA ANÁLISE DE LAUDOS CITOPATOLÓGICOS CERVICAIS U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O C E A R Á D E P A R T A M E N T O D E E N F E R M A G E M P R O G R A M A D E E D U C A Ç Ã O T U T O R I A L I CURSO DE ATUALIZAÇÕES EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

Leia mais

Rastreio: Porque iniciar aos 25 anos?

Rastreio: Porque iniciar aos 25 anos? Rastreio: Porque iniciar aos 25 anos? Prof Dr Luiz Carlos Zeferino Professor Titular em Ginecologia UNICAMP Clique para editar o estilo do subtítulo mestre Rio de Janeiro Junho 2016 UNICAMP O estudo da

Leia mais

Curso Técnico em Enfermagem

Curso Técnico em Enfermagem AULA 07 CÂNCER DE COLO DO ÚTERO Sinônimos: Câncer de Cérvice Uterina, Câncer do colo uterino O câncer de colo uterino é o câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, correspondendo a, aproximadamente,

Leia mais

AÇÕES DE CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO NO BRASIL: AVANÇOS E DESAFIOS

AÇÕES DE CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO NO BRASIL: AVANÇOS E DESAFIOS ATENÇÃO ÀS MULHERES Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Ministério da Saúde. O Câncer do colo do útero, apesar de prevenível e tratável, ainda é o responsável pela morte de cerca

Leia mais

Duarte dos Santos Costa

Duarte dos Santos Costa Duarte dos Santos Costa Declaração de conflito de interesse Não recebi qualquer forma de pagamento ou auxílio financeiro de entidade pública ou privada para pesquisa ou desenvolvimento de método diagnóstico

Leia mais

Evidências científicas da efetividade da detecção e tratamento das lesões precursoras para a prevenção do câncer do colo do útero

Evidências científicas da efetividade da detecção e tratamento das lesões precursoras para a prevenção do câncer do colo do útero Evidências científicas da efetividade da detecção e tratamento das lesões precursoras para a prevenção do câncer do colo do útero Fábio Russomano Instituto Fernandes Figueira FIOCRUZ 25 A 28 DE ABRIL DE

Leia mais

Nivaldo Vieira. Oncologista Clínico

Nivaldo Vieira. Oncologista Clínico Nivaldo Vieira Oncologista Clínico Câncer de Colo de Útero Terceira causa mais comum de câncer das mulheres Desenvolve-se a partir de lesões prémalignas Altamente prevenível Doença das regiões pobres do

Leia mais

HPV - Perguntas e respostas mais freqüentes Sáb, 01 de Janeiro de :16 - Última atualização Qui, 13 de Janeiro de :02

HPV - Perguntas e respostas mais freqüentes Sáb, 01 de Janeiro de :16 - Última atualização Qui, 13 de Janeiro de :02 Autor: Inca - Instituto Nacional do Câncer. Veiculação: www.inca.gov.br O que é HPV? Os papilomavírus humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae, capazes de induzir lesões de pele ou mucosa, as quais

Leia mais

TROCANDO IDÉIAS XX 16 e 17 de junho de 2016 Windsor Flórida Hotel - Rio de Janeiro - RJ

TROCANDO IDÉIAS XX 16 e 17 de junho de 2016 Windsor Flórida Hotel - Rio de Janeiro - RJ TROCANDO IDÉIAS XX 16 e 17 de junho de 2016 Windsor Flórida Hotel - Rio de Janeiro - RJ Susana Aidé Profª Adjunto de Ginecologia Universidade Federal Fluminense Hospital Universitário Antônio Pedro Carta

Leia mais

PREVENÇÃO E TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO POR HPV. UNITAU-SP SETOR DE GENITOSCOPIA Prof. Dr André Luis F Santos

PREVENÇÃO E TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO POR HPV. UNITAU-SP SETOR DE GENITOSCOPIA Prof. Dr André Luis F Santos PREVENÇÃO E TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO POR HPV UNITAU-SP SETOR DE GENITOSCOPIA Prof. Dr André Luis F Santos 2010 DÚVIDAS MAIS FREQUENTES A transmissão pelo HPV é só sexual? Peguei do meu parceiro? Quando?

Leia mais

ANÁLISE DA MORTALIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE NEOPLASIA CUTÂNEA EM SERGIPE NO PERIODO DE 2010 A 2015 RESUMO

ANÁLISE DA MORTALIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE NEOPLASIA CUTÂNEA EM SERGIPE NO PERIODO DE 2010 A 2015 RESUMO ANÁLISE DA MORTALIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE NEOPLASIA CUTÂNEA EM SERGIPE NO PERIODO DE 2010 A 2015 Milena Katrine Andrade Santos (Acadêmica de Enfermagem, Universidade Tiradentes) Emily Santos Costa (Acadêmica

Leia mais

AVALIAÇÃO DE AÇÃO PROGRAMÁTICA DE SAÚDE DA MULHER DURANTE A VIVÊNCIA DA PRÁTICA EM SAÚDE PÚBLICA 1. INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO DE AÇÃO PROGRAMÁTICA DE SAÚDE DA MULHER DURANTE A VIVÊNCIA DA PRÁTICA EM SAÚDE PÚBLICA 1. INTRODUÇÃO AVALIAÇÃO DE AÇÃO PROGRAMÁTICA DE SAÚDE DA MULHER DURANTE A VIVÊNCIA DA PRÁTICA EM SAÚDE PÚBLICA RIBEIRO, Juliane Portella 1 ; QUADROS, Lenice de Castro Muniz 2 ; LIMA, Luciana Rodrigues dos Santos 3 ;

Leia mais

NIC II mesma abordagem da NIC III

NIC II mesma abordagem da NIC III UNICAMP NIC II mesma abordagem da NIC III Luiz Carlos Zeferino Professor Titular em Ginecologia Departamento de Tocoginecologia Faculdade de Ciências Médicas CAISM - UNICAMP Click to edit Master subtitle

Leia mais

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU: ABORDAGEM NAS MULHERES ATÉ 25 ANOS

LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU: ABORDAGEM NAS MULHERES ATÉ 25 ANOS LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA DE BAIXO GRAU: ABORDAGEM NAS MULHERES ATÉ 25 ANOS Clique para editar o estilo do subtítulo mestre Yara Furtado Professora Adjunta da UFRJ/UNIRIO Chefe do Ambulatório de Patologia

Leia mais

ROTINAS DE PATOLOGIA CERVICAL

ROTINAS DE PATOLOGIA CERVICAL ROTINAS DE PATOLOGIA CERVICAL INTRODUÇÃO O câncer de colo uterino é o 2º mais incidente entre as mulheres no mundo e no Brasil, tornandose um grave problema de saúde pública. Os fatores de risco incluem

Leia mais

Perfil das mulheres que realizaram a coleta de citologia oncótica no 1ºsem na Clínica da Unaerp.

Perfil das mulheres que realizaram a coleta de citologia oncótica no 1ºsem na Clínica da Unaerp. SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Perfil das mulheres que realizaram a coleta de citologia oncótica no 1ºsem. 2011 na Clínica da Unaerp. Kelly Cristina do Nascimento

Leia mais

CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DO EXAME CITOPATOLÓGICO NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO DAS MULHERES USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DO EXAME CITOPATOLÓGICO NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO DAS MULHERES USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DO EXAME CITOPATOLÓGICO NA DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO DAS MULHERES USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE GARCIA, Thaynara Soares 1 ; MAGALHÃES, Juliana Cristina; AMARAL, Rita

Leia mais

TÍTULO: FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DO DIAGNÓSTICO CITOPATOLÓGICO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

TÍTULO: FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DO DIAGNÓSTICO CITOPATOLÓGICO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 16 TÍTULO: FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DO DIAGNÓSTICO CITOPATOLÓGICO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Neoplasias do colo do útero. Epidemiologia. Patologia

PALAVRAS-CHAVE Neoplasias do colo do útero. Epidemiologia. Patologia 14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE

Leia mais

POLÍTICA DE SAÚDE DA MULHER

POLÍTICA DE SAÚDE DA MULHER POLÍTICA DE SAÚDE DA MULHER 1 OBJETIVOS Conceitos de epidemiologia e Indicadores epidemiológicos; Entender o senário em saúde da mulher; Conhecer e identificar os principais indicadores; Identificar medidas

Leia mais

Palavras-chave: Enfermagem. Teste Papanicolau. Câncer de colo uterino.

Palavras-chave: Enfermagem. Teste Papanicolau. Câncer de colo uterino. ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE PAPANICOLAU: DETECTAÇÃO PRECOCE DO CÂNCER CERVICAL ATUAÇÃO DO PET GRADUA-SUS ENFERMAGEM Ianka do Amaral 1 Geovane Menezes Lourenço 2 Caroline Gonçalves Pustiglione Campos 3 Resumo:

Leia mais

Prevalência de candidíase vulvovaginal e tricomoníase na citologia cérvicovaginal. corada por harris-shorr e sua associação com os sistemas de saúde

Prevalência de candidíase vulvovaginal e tricomoníase na citologia cérvicovaginal. corada por harris-shorr e sua associação com os sistemas de saúde AGENOR STORTI FILHO Prevalência de candidíase vulvovaginal e tricomoníase na citologia cérvico-vaginal corada por harris-shorr e sua associação com os sistemas de saúde pública e privada na região de Maringá-PR

Leia mais

Vírus do Papiloma Humanos (HPV) DSR-

Vírus do Papiloma Humanos (HPV) DSR- Vírus do Papiloma Humanos (HPV) O que é o HPV? O HPV é um vírus frequente nos humanos, responsável pela formação de lesões chamadas papilomas. Existem diferentes tipos de HPV Alguns podem infectar a zona

Leia mais

CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES

CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES CIÊNCIAS EJA 5ª FASE PROF.ª SARAH DOS SANTOS PROF. SILONE GUIMARÃES CONTEÚDOS E HABILIDADES Unidade II Ser Humano e Saúde 2 CONTEÚDOS E HABILIDADES Aula 11.2 Conteúdo Doenças Sexualmente Transmissíveis

Leia mais

TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES

TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES Alessandro Henrique da Silva Santos (1); Monique de Lima Santana (1). UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - alessandrohss@yahoo.com.br Resumo: De

Leia mais

Vigilância das Doenças Crônicas Não

Vigilância das Doenças Crônicas Não Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde Coletiva MEB Epidemiologia IV Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil Maria Isabel do Nascimento MEB/ Departamento de Epidemiologia

Leia mais

Adequabilidade da amostra do exame citopatológico cervico-uterino no Brasil: análise dos dados do SISCOLO, no período de 2002 a 2006

Adequabilidade da amostra do exame citopatológico cervico-uterino no Brasil: análise dos dados do SISCOLO, no período de 2002 a 2006 Adequabilidade da amostra do exame citopatológico cervico-uterino no Brasil: análise dos dados do SISCOLO, no período de 2002 a 2006 Maria Beatriz Kneipp Dias Jeane Glaucia Tomazelli Mônica de Assis Instituto

Leia mais

CÂNCER CÉRVICO-UTERINO

CÂNCER CÉRVICO-UTERINO FACULDADE NOVO MILÊNIO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM CÂNCER CÉRVICO-UTERINO Alexandre L. P. da Costa Edgard Souto Silva Juliana Merlo Marcélia Alves Marcos Renan Marotto Marques Renato Rosalem Samara

Leia mais

INDICADORES DE SAÚDE I

INDICADORES DE SAÚDE I Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Medicina / Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC Departamento Medicina Preventiva Disciplina de Epidemiologia INDICADORES

Leia mais

Aplicação do teste do HPV na citologia LSIL/ASC. Flávia de Miranda Corrêa

Aplicação do teste do HPV na citologia LSIL/ASC. Flávia de Miranda Corrêa Aplicação do teste do HPV na citologia LSIL/ASC Flávia de Miranda Corrêa Evolução da terminologia citológica Schiffman M et al. Human papillomavirus and cervical cancer. Lancet 2007; ; 370 (9590): 890-907.

Leia mais

ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001

ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001 ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001 Coordenação Geral de Informações e Análise Epidemiológica Departamento de Análise da Situação de Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde Janeiro

Leia mais

Vigilância das Doenças Crônicas Não

Vigilância das Doenças Crônicas Não Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde Coletiva MEB Epidemiologia IV Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil Maria Isabel do Nascimento MEB/ Departamento de Epidemiologia

Leia mais

Yara Furtado Professora Adjunta UFRJ/UNIRIO Chefe do Ambulatório de Patologia Cervical IG/UFRJ e HUGG Presidente ABPTGIC Capítulo RJ Secretária

Yara Furtado Professora Adjunta UFRJ/UNIRIO Chefe do Ambulatório de Patologia Cervical IG/UFRJ e HUGG Presidente ABPTGIC Capítulo RJ Secretária Yara Furtado Professora Adjunta UFRJ/UNIRIO Chefe do Ambulatório de Patologia Cervical IG/UFRJ e HUGG Presidente ABPTGIC Capítulo RJ Secretária Adjunta ABPTGIC ASC-US e ASC-H Significado clínico Sistema

Leia mais

Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil

Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde Coletiva MEB Epidemiologia IV Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil Maria Isabel do Nascimento MEB/ Departamento de Epidemiologia

Leia mais

ANÁLISE DOS EXAMES DE COLPOCITOLOGIA DA 15ª REGIONAL DE SAÚDE DE MARINGÁ-PR ANALYSIS OF TESTS OF COLPOCITOLOGIA 15TH REGIONAL HEALTH MARINGÁ-PR

ANÁLISE DOS EXAMES DE COLPOCITOLOGIA DA 15ª REGIONAL DE SAÚDE DE MARINGÁ-PR ANALYSIS OF TESTS OF COLPOCITOLOGIA 15TH REGIONAL HEALTH MARINGÁ-PR ANÁLISE DOS EXAMES DE COLPOCITOLOGIA DA 15ª REGIONAL DE SAÚDE DE MARINGÁ-PR ANALYSIS OF TESTS OF COLPOCITOLOGIA 15TH REGIONAL HEALTH MARINGÁ-PR GILDAINE DA SILVA¹ ADRIANA DE SANT ANA GASQUEZ² Resumo: O

Leia mais

Prevenção do Câncer do Colo do Útero. Laboratórios

Prevenção do Câncer do Colo do Útero. Laboratórios Prevenção do Câncer do Colo do Útero Manual Técnico Laboratórios Ministério da Saúde Brasília, 2002 Apresentação Um dos graves problemas de saúde pública que estamos combatendo ao longo dos anos é o câncer

Leia mais

UNIVERSIDADE TIRADENTES DIREÇÃO DA ÁREA DE SAÚDE COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM JULIANA DE ALMEIDA GONÇALVES URSULA CLARA AZEVEDO CARVALHO

UNIVERSIDADE TIRADENTES DIREÇÃO DA ÁREA DE SAÚDE COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM JULIANA DE ALMEIDA GONÇALVES URSULA CLARA AZEVEDO CARVALHO UNIVERSIDADE TIRADENTES DIREÇÃO DA ÁREA DE SAÚDE COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM JULIANA DE ALMEIDA GONÇALVES URSULA CLARA AZEVEDO CARVALHO INTEGRALIDADE DO CUIDADO NA ASSISTÊNCIA SECUNDÁRIA DAS LESÕES PRECURSORAS

Leia mais

Presença de células endocervicais no rastreamento do câncer do colo do útero por Unidade de Saúde em Ponta Grossa-PR

Presença de células endocervicais no rastreamento do câncer do colo do útero por Unidade de Saúde em Ponta Grossa-PR 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

Mortality trends due to tuberculosis in Brazil,

Mortality trends due to tuberculosis in Brazil, 10 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE MEDICINA INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA Tendência da mortalidade por tuberculose no Brasil, 2005 a 2014 Mortality

Leia mais

Curso de Graduação em Medicina

Curso de Graduação em Medicina Curso de Graduação em Medicina 1. Disciplina: Práticas interdisciplinares em Saúde da Mulher II Linha de Cuidado para a redução da mortalidade do câncer de colo de útero 2. Coordenadores: Profa. Departamento

Leia mais

INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE IDOSOS POR PROBLEMAS PROSTÁTICOS NO CEARÁ NO PERÍODO

INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE IDOSOS POR PROBLEMAS PROSTÁTICOS NO CEARÁ NO PERÍODO INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE IDOSOS POR PROBLEMAS PROSTÁTICOS NO CEARÁ NO PERÍODO 2008-2016 Karilane Maria Silvino Rodrigues (1); Fernanda Rochelly do Nascimento Mota (2) (Faculdade Ateneu; Universidade

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Obesidade, Colo do Útero, Teste de Papanicolaou.

PALAVRAS-CHAVE Obesidade, Colo do Útero, Teste de Papanicolaou. 14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE

Leia mais

Artigo. Prevalência do câncer do colo do útero na Paraíba. Prevalence of cervical cancer in Paraíba

Artigo. Prevalência do câncer do colo do útero na Paraíba. Prevalence of cervical cancer in Paraíba Prevalence of cervical cancer in Paraíba Josefa Juliete De Souza Rufino Priscila Maria De Barros Rodrigues Arthur Hipólito Pereira Leite RESUMO - O câncer do colo do útero é um importante problema de saúde

Leia mais

Vigilância das Doenças Crônicas Não

Vigilância das Doenças Crônicas Não Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde Coletiva MEB Epidemiologia IV Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil Maria Isabel do Nascimento MEB/ Departamento de Epidemiologia

Leia mais

CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA

CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA Autor (Bhárbara Luiza de Araújo Pontes); Co-autor (Natureza Nathana Torres Gadelha);

Leia mais

FATORES ASSOCIADOS AO DIAGNÓSTICO TARDIO DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA PARA INVESTIGAÇÃO PELO SUS

FATORES ASSOCIADOS AO DIAGNÓSTICO TARDIO DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA PARA INVESTIGAÇÃO PELO SUS FATORES ASSOCIADOS AO DIAGNÓSTICO TARDIO DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA PARA INVESTIGAÇÃO PELO SUS Camila Rafaela Cavaglier¹, Maíra Oliveira Panão², Carolina Correia Billoti³,

Leia mais

CITOLOGIA E HISTOPATOLOGIA DE PACIENTES ASSISTIDAS EM UM CENTRO DE SAÚDE DA MULHER

CITOLOGIA E HISTOPATOLOGIA DE PACIENTES ASSISTIDAS EM UM CENTRO DE SAÚDE DA MULHER CITOLOGIA E HISTOPATOLOGIA DE PACIENTES ASSISTIDAS EM UM CENTRO DE SAÚDE DA MULHER Yulla Klinger Pereira de Carvalho 1 Flávia Samara Freitas de Andrade 2 Maria Acelina Martins de Carvalho 3 Gerson Tavares

Leia mais

PRESENÇA DE ASC-US E ASC-H NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA- PR, NOS ANOS DE 2014 E 2015

PRESENÇA DE ASC-US E ASC-H NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA- PR, NOS ANOS DE 2014 E 2015 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO

Leia mais

ATUAÇÃO DE PROJETO EXTENSÃO NA PREVENÇÃO NO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA

ATUAÇÃO DE PROJETO EXTENSÃO NA PREVENÇÃO NO CÂNCER DO COLO UTERINO EM PONTA GROSSA 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO ATUAÇÃO DE PROJETO

Leia mais

Lesão intraepitelial de baixo grau: como seguir? Fábio Russomano IFF/Fiocruz Paranacolpo 25 a 27 de julho de 2013

Lesão intraepitelial de baixo grau: como seguir? Fábio Russomano IFF/Fiocruz Paranacolpo 25 a 27 de julho de 2013 Lesão intraepitelial de baixo grau: como seguir? Fábio Russomano IFF/Fiocruz Paranacolpo 25 a 27 de julho de 2013 Qual o objetivo de seguir uma lesão de baixo grau? a. Verificar se regrediu? b. Verificar

Leia mais

Cancro do Colo do Útero A eficiência dos Programas de Rastreio

Cancro do Colo do Útero A eficiência dos Programas de Rastreio Cancro do Colo do Útero A eficiência dos Programas de Rastreio Licenciatura em Gestão em Saúde Trabalho elaborado por: Ana Marina de Oliveira Gameiro N.º de estudante: 20141935 Orientador: Professor Paulo

Leia mais

Curso Teórico Prático para Profissionais de Saúde em Ações de Prevenção do Câncer de Colo Uterino e de Mama

Curso Teórico Prático para Profissionais de Saúde em Ações de Prevenção do Câncer de Colo Uterino e de Mama SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE LESTE RH / DESENVOLVIMENTO 1 DENOMINAÇÃO Curso Teórico Prático para Profissionais de Saúde em Ações de Prevenção do Câncer de Colo Uterino

Leia mais

A taxa ou coeficiente de mortalidade representa a intensidade com que os óbitos por uma determinada doença ocorrem em dada população.

A taxa ou coeficiente de mortalidade representa a intensidade com que os óbitos por uma determinada doença ocorrem em dada população. Mortalidade Mortalidade é uma propriedade natural das comunidades dos seres vivos. Refere-se ao conjunto dos indivíduos que morrem em um dado intervalo de tempo e em certo espaço. A taxa ou coeficiente

Leia mais

Introdução. Parte do Trabalho de Conclusão de Curso do Primeiro Autor. 2

Introdução. Parte do Trabalho de Conclusão de Curso do Primeiro Autor. 2 399 IMPLANTAÇÃO DA VACINAÇÃO CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) NA POPULAÇÃO FEMININA EM IDADE FÉRTIL: PERSPECTIVAS DE DIMINUIÇÃO DA INCIDÊNCIA DE CASOS DE CÂNCER DE COLO DO ÚTERO 1 Kelen Lopes Da Silva

Leia mais

6.3. INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA Introdução

6.3. INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA Introdução 6.3. INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA 6.3.1. Introdução O diagnóstico da situação relativo à infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) na região Norte (RN) foi elaborado com base

Leia mais

Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE <> PORTARIA Nº 287, DE 24 DE ABRIL DE 2006 (*)

Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE <> PORTARIA Nº 287, DE 24 DE ABRIL DE 2006 (*) Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE PORTARIA Nº 287, DE 24 DE ABRIL DE 2006 (*) O Secretário de Atenção à Saúde, no uso de suas atribuições, Considerando a Portaria GM/MS nº 3.040/98,

Leia mais

Rastreamento com teste de HPV conduta nos casos positivos

Rastreamento com teste de HPV conduta nos casos positivos Rastreamento com teste de HPV conduta nos casos positivos Yara Furtado Professora Adjunta UFRJ/UNIRIO Chefe do Ambulatório de Patologia Cervical IG/UFRJ e HUGG Presidente ABPTGIC Capítulo RJ Secretária

Leia mais

RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA

RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA ATENÇÃO ÀS MULHERES O Câncer do colo do útero, apesar de prevenível e tratável, ainda é o responsável pela morte de cerca de 5 mil mulheres por ano no Brasil. (Brasil, 2018) A realização do exame citopatológico

Leia mais

Atualização das Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero

Atualização das Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero Atualização das Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero XIII Congresso Brasileiro de Citologia Clínica 03 de julho de 2012 Fábio Russomano IFF/Fiocruz Fábio Russomano Possíveis

Leia mais

Ano V Mai./2018. Prof. Dr. André Lucirton Costa, Adrieli L. Dias dos Santos e Paulo

Ano V Mai./2018. Prof. Dr. André Lucirton Costa, Adrieli L. Dias dos Santos e Paulo O Boletim de Abril/2018 apresentou dados referentes ao o Capítulo XV Gravidez, parto e puerpério do CID 10 (Código Internacional de Doenças). Foram analisadas as internações decorrentes de gravidez, parto

Leia mais