Certificados de Crédito Cooperativo (CCC)
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- Luiz Henrique Canto Angelim
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2 Certificados de Crédito Cooperativo (CCC) Conceito: título de crédito nominativo, transferível e de livre negociação, que representa promessa de pagamento em dinheiro e constitui título executivo extrajudicial. Emitente: Cooperativas Emissão e distribuição: deve ser pública Garantias: Alienação fiduciária de bens móveis e imóveis; Produtos da atividade econômica da cooperativa; Créditos ou receitas futuras da cooperativa; Aval.
3 Destinação: financiamento das atividades da cooperativa A remuneração paga aos detentores de CCC não poderá estar vinculada aos resultados da cooperativa Recebíveis ou direitos creditórios: contratos mercantis de compra e venda de produtos, mercadorias e/ou serviços para entrega ou prestação futura, bem como títulos ou certificados representativos desses contratos Limite máximo para o valor total dos CCCs emitidos por uma cooperativa é de 49% (quarenta e nove por cento) do patrimônio líquido O CCC e os respectivos ativos que servem como garantia deverão ser depositados em entidade autorizada a exercer a atividade de depósito centralizado pelo Banco Central do Brasil ou CVM.
4 Cédula de Produto Rural (CPR) Conceito: Título à ordem, líquido e certo, representativo da promessa de entrega de produtos rurais ou pagamento em dinheiro, com ou sem garantia cedular Destinação: financiamento rural, devendo ter por objeto produtos e subprodutos de origem agrícola, pecuária e de reflorestamento Emitente: Produtores rurais, suas associações e/ou cooperativas Modalidades Física: promessa de entrega física do produto objeto do título no vencimento, local, quantidade e qualidade nele expressas. Financeira: promessa de pagamento em dinheiro, cujo valor decorrente da multiplicação do preço pela quantidade de produto nela especificado.
5 Cédula de Crédito Bancário (CCB) Conceito: título de crédito emitido em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro É título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos extratos da conta corrente Destinação: financiamento, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade. Emitente: Pessoa física ou jurídica Adquirente: integrante do Sistema Financeiro Nacional, sendo admitida a emissão de CCB em favor de instituição domiciliada no exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro brasileiros
6 Cédula de Crédito à Exportação (CCE) Conceito: título líquido e certo emitido em favor de instituições financeiras, representativo da promessa de pagamento em dinheiro, com garantia real cedularmente constituída Destinação: financiamento à exportação ou à produção de bens para exportação, bem como às atividades de apoio e complementação integrantes e fundamentais da exportação Emitente: Pessoa física ou jurídica que exerça qualquer das atividades acima enumeradas Isenção do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários
7 Oferta e distribuição Oferta Pública com Esforços Restritos (Inst. CVM 476) Feita a 75 investidores e subscrita por 50, todos qualificados (alteração Inst. CVM 551) Meios restritos de oferta: sem prospecto e registro na CVM Oferta Pública (Inst. CVM 400) Destinatário indeterminado Meio de Negociação: Bolsa de Valores/Mercadorias e Futuros bem como mercado de balcão organizado: com prospecto e registro obrigatório na CVM
8 Garantias Reais Alienação Fiduciária Cessão Fiduciária Penhor Hipoteca Fidejussória Aval
9 Alienação Fiduciária Devedor transfere ao credor o domínio resolúvel e a posse indireta da coisa Uma vez adimplida a obrigação, o propriedade retorna ao devedor Ocorrendo inadimplemento, o credor adquire propriedade plena, devendo vender o bem para obter a satisfação de seu crédito, devolvendo eventual saldo ao devedor Não sujeição à falência (pedido de restituição) e não submissão ao plano de recuperação judicial ou extrajudicial (Arts. 85 e ss. e Art. 49, 3º, respectivamente, da Lei nº /2005)
10 Bens Móveis Alienação fiduciária de bens fungíveis só pode ser instituída em favor de instituições financeiras Infungibilização Controvérsia em relação aos bens móveis e consumíveis (exceção: CCB) Registro deve ser feito no Cartório de Registro de Títulos e Documentos Bens Imóveis Segundo leilão - quitação da dívida Uma vez vencida e não paga a dívida, o devedor será notificado para satisfazer a dívida em um prazo de 15 dias. Não purgada a mora, haverá a consolidação da propriedade no patrimônio do credor, devendo este promover o leilão em um prazo de 30 dias Registro deve ser feito no Cartório de Registro de Imóveis
11 Cessão Fiduciária Transferência ao credor da titularidade dos crédito cedidos, até a liquidação da dívida Pode ser objeto de cessão fiduciária direito sobre coisas móveis e títulos de crédito O devedor do crédito cedido deverá pagar diretamente ao credor fiduciário, até a liquidação integral da dívida, devolvendo ao cedente fiduciante o saldo que eventualmente sobejar Se as importâncias recebidas forem insuficientes, o cedente fiduciante continuará obrigado pelo saldo remanescente Registro deve ser feito no Cartório de Registro de Títulos e Documentos Não sujeição aos efeitos da recuperação judicial
12 Penhor Garantia em que o credor recebe uma coisa móvel do devedor, devendo a devolver quando a dívida for adimplida Em alguns casos, o bem empenhado continua na posse do dono, que não pode dispor da coisa Havendo o inadimplemento, o bem será vendido, para obter a satisfação do crédito, devendo o credor devolver eventual saldo ao devedor Vedação do pacto comissório - credor apropriar-se automaticamente da coisa A outorga do penhor se dá através de um documento, que deve ser registrado no Cartório e Registro de Títulos e Documentos ou de Registro de Imóveis, dependendo do bem
13 a CLASSIFICAÇÃO LEGAL COMUM ESPECIAL Art CC Vontade das partes Arts a CC Transferência da posse Vontade das partes Arts a CC + Art. 39 LSA Manutenção do devedor na posse RURAL INDUSTRIAL E MERCANTIL DIREITOS E TÍTULOS DE CRÉDITO VEÍCULOS AÇÕES
14 Hipoteca Não há tradição, o devedor fica na posse do bem O proprietário pode alienar o bem Poderá ser constituída mais de uma hipoteca sobre um mesmo imóvel. Aquele que primeiro constituiu a hipoteca, tem preferência no pagamento relativo à venda do imóvel Prazo máximo de 30 anos. Passado esse prazo, o deverá ser feito um novo título e um novo registro, mantendo-se a preferência Excussão através de leilão judicial ou hasta pública Registro deve ser feito no Cartório de Registro de Imóveis do local do imóvel
15 Aval Garantia típica dos títulos de crédito Obrigação autônoma Não há benefício de ordem (direito do garantidor de ser executado somente após a execução do devedor) Só pode garantir obrigações líquidas
16 Renato Buranello Sócio no escritório Demarest Advogados
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